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Notícias de economia, do mercado e das empresas do Brasil e do mundo, além de dicas e calculadoras para administrar suas finanças pessoais


Sorteio ocorreu nesta sexta-feira (19). Confira os números sorteados: 07 - 46 - 63 - 65 - 73. Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6420 da Quina realizado nesta sexta-feira (19): 07 - 46 - 63 - 65 - 73 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 6420: Ninguém conseguiu os 5 acertos, e a premiação acumulou para R$ 46 milhões, o maior prêmio da história do concurso; 4 acertos: 124 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 8.894,55; 3 acertos: 10.094 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 104,06; 2 acertos: 256.489 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 4,09. O próximo sorteio da Quina acontece neste sábado (20). Quina, concurso 6420 Reprodução/Caixa Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares.

G1

Fri, 19 Apr 2024 23:01:51 -0000 -


Carteira de pedidos firmes encerrou o período em US$ 21,1 bilhões, segundo a Embraer. Phenom 300 foi o jato mais entregue pela Embraer no primeiro trimestre deste ano. Divulgação/Embraer A Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta sexta-feira (19) que entregou 25 jatos no primeiro trimestre de 2024, dez a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 15 aeronaves. A alta é de 67%. O balanço da empresa aponta que foram entregues 7 aviões comerciais e 18 executivos. Ainda segundo a Embraer, a empresa registrou o maior número de pedidos dos últimos sete anos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp De acordo com a empresa, a carteira de pedidos chegou a US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre desde ano. O montante representa um aumento de US$ 2,4 bilhões na carteira de pedidos da multinacional na comparação com o último trimestre de 2023, quando foram registrados US$ 18,7 bilhões -- uma alta de 13%. O setor de Aviação Comercial da empresa foi quem puxou essa alta nos três primeiros meses do ano, com um aumento total de US$ 2,3 bilhões. Em 2023, a Embraer lançou uma nova versão do jato executivo Phenom nos EUA. O balanço da Embraer apontou que, dos 25 jatos entregues nos três primeiros meses deste ano, dez são do modelo "Phenom 300", quatro "E195-E2", quatro "Praetor 600", três "E175", três "Praetor 500" e um "Phenom 100". Ainda de acordo com a Embraer, foi entregue 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024. O destaque do trimestre foi o acordo com a American Airlines para 90 E175, com direitos de compra para outros 43 jatos adicionais. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos. A multinacional afirmou ainda que está implementando um “plano para mitigar a sazonalidade do seu negócio”, com objetivo de “consolidar um ritmo constante de produção ao longo do ano”. E-190 da Embraer. Divulgação/Embraer Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

G1

Fri, 19 Apr 2024 22:25:23 -0000 -


Empresário mexicano afirmou que maior parte do capital será empregado no setor de fibra ótica e redes 5G. Lula também se encontrou com executivos da Honda, que anunciaram investimentos de R$ 4,2 bilhões. Lula recebeu o bilionário mexicano Carlos Slim no Palácio do Planalto Ricardo Stuckert/PR Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dono da companhia de telecomunicações Claro, o bilionário mexicano Carlos Slim, anunciou que a empresa investirá R$ 40 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos. Slim afirmou que a maior parte do capital será empregado nos setores de fibra óptica e redes 5G. “Foi uma conversa ampla e interessante. Estivemos falando de como estão as economias, a do Brasil cada vez melhor, com inflação reduzida. Falamos dos nossos planos de investimento e do interesse que temos de seguir apostando de maneira importante no país”, afirmou Slim após reunir-se com Lula. A Claro faz parte do grupo mexicano América Movil, que conta com empresas como a Telmex, empresa de telecomunicações no México. O Brasil é um dos principais mercados de atuação do conjunto de negócios de Carlos Slim. Segundo o governo brasileiro, na conversa, Lula e Slim trataram sobre a expansão da rede de fibra ótica e 5G no Brasil, falaram de oportunidades de parcerias comerciais no setor de telecomunicações e sobre a melhoria do cenário econômico no Brasil. Ainda segundo o Planalto, o empresário elogiou o controle da inflação e as fortes exportações do Brasil e falou sobre a possibilidade de aumento de investimentos em relação ao PIB no Brasil e México. Ele também ressaltou o aumento de renda e salário mínimo nos dois países e a necessidade de ampliar investimentos em educação. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Leia também: Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Veículos Depois do encontro com o mexicano, o presidente brasileiro recebeu também o presidente da Honda para a América do Sul, Arata Ichinose, e representantes da equipe dele. Ao final, o vice-presidente comercial da empresa no Brasil, Roberto Akyama, anunciou que a empresa investirá R$ 4,2 bilhões na divisão de automóveis brasileira até 2030. Os investimentos da Honda serão concentrados na introdução da tecnologia de veículos híbridos e no desenvolvimento de cadeia de suprimentos-chave para esses modelos. A empresa espera, com esses investimentos, criar 1.700 novos empregos diretos e mais de 3.500 indiretos. Segundo Akyama, a empresa pretende lançar um novo carro no Brasil no segundo semestre de 2025. O executivo afirmou que o automóvel será da categoria dos SUVs compactos, mas não quis dar mais detalhes sobre o modelo. A fábrica de Itirapina (SP) deverá, já a partir da próxima segunda-feira (22), iniciar um segundo turno de produção.

G1

Fri, 19 Apr 2024 21:26:33 -0000 -


Três consórcios participaram da disputa por 14,7 milhões de ações na sede da Bolsa de Valores nesta sexta-feira (19). A oferta vencedora foi da Phoenix Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégia com a oferta de R$ 70,65 por ação. Empresa vencedora tem o empresário Nelson Tanure, da Light do Rio de Janeiro, como principal investidor. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) bate o martelo que finaliza o leilão da EMAE, na B3, Centro da capital paulista. Marcelo S. Camargo/Secom/GESP A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), última estatal de energia do estado de São Paulo, foi vendida por R$ 1,04 bilhão para o Fundo Phoenix de Investimentos em Participações Multiestratégia. O leilão de privatização aconteceu na sede da B3, no Centro da capital, nesta sexta-feira (19). A empresa Phoenix Fip Multiestratégia é um fundo de investimento de vários empresários brasileiros, cujo principal acionista é o empresário Nelson Tanure, investidor referência da Light no Rio de Janeiro. Ao todo, foram negociadas 14,7 milhões de ações. Desse total, 14,4 milhões eram de titularidade do estado de São Paulo e outras 350 mil, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O preço mínimo definido era de R$ 52,85 por ação. A venda da Emae faz parte do plano de governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatização. O governo tem previsão de privatizar 13 projetos ao longo de 2024. Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Além do Fundo Phoenix, outros dois consórcios participaram da disputa: EDF Holding, subsidiária da gigante francesa de energia, e Matrix Energy Participações, uma joint venture da gestora Prisma Capital com uma subsidiária do grupo suíço Duferco, segundo informações da Agência Reuters. Após 57 lances, a empresa vencedora arrematou a estatal com a oferta de R$ 70,65 por ação, ou seja, 33,68% acima do valor definido pelo governo de SP. Atualmente, o valor de mercado da Emae é de R$ 2,3 bilhões, enquanto sua receita líquida é de R$ 532 milhões e seu patrimônio líquido, R$ 1,16 bilhão. O fundo vencedor - Phoenix Fip Multiestratégia - é formado por vários investidores brasileiros. O principal deles é o empresário Nelson Tanure, sócio majoritário da empresa de energia Light, do Rio de Janeiro. Tanure também tem participação expressiva nas empresas Gafisa e Prio. Tarcísio bate o martelo na B3 após Fundo Phoenix arrematar Emae Serviços A Emae foi criada em 1998 com origem na Light (The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited) após o processo de cisão da Eletropaulo. A principal atividade da empresa é a geração de energia por meio de quatro usinas hidrelétrica: Henry Borden, Porto Góes, Rasgão e Pirapora. As unidades estão localizadas em São Paulo, Salto, Cubatão e Pirapora do Bom Jesus. No ano passado, segundo o governo estadual, as usinas geraram 1.663 GWh de energia, o suficiente para abastecer média de 825 mil residências na Grande São Paulo. Outro papel importante da Emae é o controle dos níveis dos rios Tietê e Pinheiros, especialmente nos períodos chuvosos. A empresa também opera o serviço de travessias em três pontos da Represa Billings. As balsas Bororé, Taquacetuba e João Basso conectam diferentes bairros de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Esse serviço deverá ser mantido de forma gratuita pelo novo controlador, informou o governo de SP. Barragem do Rio Grande e Usina Elevatória de Pedreira Reprodução/Emae Suspensão de edital Em março de 2023, o edital da privatização chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) a pedido do Ministério Público de Contas. O órgão havia acolhido uma representação do deputado estadual Emídio de Souza (PT), que questionava a legalidade do processo. Um mês depois, o TCE-SP liberou a proposta do edital para viabilizar os estudos de privatização da estatal, avaliada em R$ 2,2 bilhões.

G1

Fri, 19 Apr 2024 19:41:50 -0000 -

Proposta está em análise no Senado e pode ser votada na próxima semana. José Guimarães, líder na Câmara, diz que impacto fiscal da medida prejudica União e estados. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou nesta sexta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. Segundo o deputado, caso seja aprovada, a chamada PEC do Quinquênio "quebra o país" em razão do impacto fiscal. A proposta turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. O valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). "Se essa PEC prosseguir ela vai quebrar o país. Quebra o país e quebra os estados. Não tem o menor fundamento, na minha opinião. O presidente [Lula] não falou isso. É opinião minha como líder da Câmara. Essa PEC não pode, ela quebra fiscalmente o país", disse Guimarães. O líder adiantou que encaminhará voto contra a PEC caso a proposta passa pelo Senado. Impacto bilionário Chamada no Congresso de PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Planalto atua contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas os níveis – federal, estadual e municipal. Durante a votação na CCJ do Senado, o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o impacto fiscal da proposta seria de cerca de R$ 42 bilhões por ano. Já o líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), fez referência a estudos que apontam que o benefício pode levar a um impacto de cerca de R$ 6 bilhões. A projeção, porém, pode sofrer mudanças com o número de carreiras beneficiadas pelo texto.

G1

Fri, 19 Apr 2024 18:54:36 -0000 -


Novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. Petz/Divulgação As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para criarem a maior companhia no setor do país. O anúncio causou uma disparada de 37,14% nas ações da Petz, que chegaram a R$ 4,80 no fechamento do pregão desta sexta-feira (19). As duas empresas lideram o setor e o grupo combinado deve produzir uma receita este ano de mais de R$ 7,5 bilhões, afirmou o presidente-executivo da Petz, Sergio Zimerman, em conferência com analistas e investidores após o anúncio. Analistas do JPMorgan liderados por Joseph Giordano afirmaram que o negócio "tem alto potencial de sinergia mesmo no contexto de riscos de execução e outros desafios vistos em outras fusões no setor", acrescentando que a companhia combinada deverá ter uma participação de mercado de entre 15% e 20%. O outro grande grupo no setor é a Petlove, que tem uma grande atuação no mercado online nacional e chegou a ser citada na imprensa no mês passado de que estaria em negociações com a Petz, além dos próprios marketplaces digitais como Mercado Livre. Questionado sobre as potenciais sinergias a serem obtidas com a integração com a Cobasi — a empresa que criou o conceito de megalojas de produtos para animais de estimação no país na década de 1980 — Zimerman afirmou que elas serão dimensionadas nos próximos dias durante as discussões exclusivas entre as duas empresas, que devem durar até 90 dias. Mas ele afirmou que "tem muito mato alto para ser cortado". O executivo se referiu principalmente a ganhos de logística e com abertura de lojas. "É uma guerra que sangra ambas as companhias", afirmou o executivo sobre a situação anterior à combinação e citando que o preço de R$ 7,10 "tem zero efeito de sinergia". O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. O mercado pet nacional envolve mais de 139 milhões de animais de estimação, sendo o segundo maior do mundo, afirmou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, em nota. Segundo Cruz, a cada 100 famílias, 44 possuem um animal de estimação, enquanto apenas 36 têm crianças em casa. "Os setores relacionados aos animais de estimação são uma tendência significativa a longo prazo. Enquanto muitos discutem o envelhecimento da população como um fator impulsionador do setor da saúde, o setor pet também se destaca, pois as pessoas percebem que criar um filho se tornou mais dispendioso e optam por ter animais de estimação", afirmou Cruz. Cade A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento. Zimerman não deu detalhes sobre como será feito esse pagamento, embora dividendos possam ser uma das opções. Ao final da transação, Zimerman terá entre cerca de 15% e 25% da companhia combinada. Um acordo de acionistas entre o executivo e, do lado da Cobasi, família Nassar e o fundo Kinea será estabelecido com Zimerman na presidência do conselho de administração da nova empresa e Paulo Nassar sendo presidente-executivo. O conselho de administração da nova companhia terá nove membros com quatro sendo indicados por Zimerman e o restante por Nassar e Kinea. A nova empresa seguirá as regras do segmento de alta governança da B3, Novo Mercado. Questionado sobre o futuro das marcas do grupo, Zimerman afirmou que as empresas deverão manter as atuais, seguindo um modelo semelhante ao da fusão das redes de farmácias Raia e Drogasil em 2018, que deu origem ao grupo RD Saúde. O executivo afirmou ainda que não espera grandes problemas por conta da análise do negócio que deverá ser feita pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Falando sobre eventuais aplicações de restrições pelo órgão de defesa da concorrência, Zimerman, disse que isso pode ocorrer eventualmente "em alguma cidade específica em que possa ter uma concentração, mas nada que deveria preocupar os rumos do negócio". "O nível de concentração é baixo o suficiente para que tenhamos tranquilidade para falar isso", acrescentou. Mercado pet é um dos negócios mais procurados no país

G1

Fri, 19 Apr 2024 18:20:32 -0000 -

Manual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará fornece dicas sobre instalações e equipamentos, manejo e cuidados com alimentação das aves. Um manual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará ensina o que deve ser feito para quem está começando a criar galinhas caipiras. A cartilha fornece dicas sobre instalações e equipamentos, manejo e cuidados com a alimentação das aves. >>>Acesse aqui<<< Mais assistidos do Globo Rural

G1

Fri, 19 Apr 2024 13:41:34 -0000 -

No Brasil, rendimento médio mensal subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres O grupo dos 1% mais ricos do Brasil tem um rendimento médio mensal 39,2 vezes maior que os 40% com os menores rendimentos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O rendimento médio mensal real domiciliar per capita — ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam — do 1% mais rico foi de R$ 20.664 em 2023, um aumento de 13,2% em relação ao valor observado em 2022 (R$ 18.257). Já o rendimento médio mensal dos 40% mais pobres foi de, em média, R$ 527 no ano passado. O valor representa uma alta de 12,6% em relação ao número registrado em 2022 (R$ 468). LEIA TAMBÉM Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE Expandindo um pouco o grupo de rendimentos mais altos e olhando para os 10% da população com os maiores rendimentos, o rendimento médio mensal foi de R$ 7.580 em 2023, uma alta de 12,4%. Esse valor é 14,4 vezes maior que os 40% mais pobres. A renda média dos mais ricos, portanto, cresceu mais em um ano do que a dos 40% mais pobres. O crescimento da renda dos mais ricos também foi maior que a média nacional: o rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848, maior valor da série histórica da pesquisa. Porém, olhando especificamente para o recorte dos 20% mais pobres, o rendimento médio dessa parte da população teve um crescimento maior que as pessoas com maiores rendas. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 20% mais pobres: R$ 450, uma alta de 13,4% em relação aos R$ 397 de 2022; Entre 5% e 10% mais pobres: R$ 294, uma alta de 16,7% em relação aos R$ 252 de 2022; Entre os 5% mais pobres: R$ 126, uma alta de 38,5% em relação aos R$ 91 de 2022. Enquanto isso, o rendimento médio foi de: Entre 30% e 40% mais pobres: R$ 815, uma alta de 11% em relação aos R$ 734 de 2022; Entre 20% e 30% mais pobres: R$ 634, uma alta de 11% em relação aos R$ 571 de 2022. Já entre os mais ricos, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 5% mais ricos: R$ 4.547, uma alta de 11,6% em relação aos R$ 4.076 de 2022; Entre 5% e 2% mais ricos: R$ 8.100, uma alta de 12,6% em relação aos R$ 7.192 de 2022; Entre o 1% mais rico: R$ 20.664, uma alta de 13,2% em relação aos R$ 18.257 de 2022 Apesar da disparidade na concentração de renda, o rendimento per capita dos 40% da população com menores rendimentos no país atingiu, em 2023, o maior valor da série histórica, segundo o IBGE. O Instituto atribui essa melhora ao recebimento, pelas famílias de baixa renda, do Bolsa Família, além da melhoria do mercado de trabalho e o aumento real do salário mínimo. População com algum tipo de rendimento Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população — cerca de 140 milhões de pessoas — tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Desigualdade x crescimento econômico

G1

Fri, 19 Apr 2024 13:00:07 -0000 -

O Nordeste é a região em que esses dados aparecem com maior evidência, com 35,5% dos domicílios atendidos. No Brasil, rendimento médio mensal subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres As regiões brasileiras com a maior presença de benefícios sociais, principalmente o Bolsa Família, apresentaram as quedas mais expressivas da desigualdade social em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O Nordeste é a região em que esses dados aparecem com maior evidência. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o grupo dos 10% mais ricos tinha um rendimento médio mensal domiciliar per capita — ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam — 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres. Essa razão caiu para 14,4 em 2022 e, no ano passado, para 13,7. A queda nessa diferença entre os rendimentos dos mais ricos e dos mais pobres é inversamente proporcional ao percentual de domicílios que recebe algum tipo de programa social do governo. Em 2019, 29% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família. Em 2022, eram 33,8% e, em 2023, 35,5%. LEIA TAMBÉM Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres A região Norte apresentou uma dinâmica semelhante nos últimos anos. Em 2019, a razão entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres era de 16,2. Essa diferença caiu para 13,5 em 2022, e para 12,8 em 2023. Já a quantidade de domicílios que recebiam Bolsa Família na região, cresceu. Eram 26,3% em 2019, depois 29,1% em 2022, e 31,7% em 2023. Essa porcentagem de domicílios com o benefício social também cresceu nas outras regiões do Brasil, mas de maneira menos acentuada. Esse crescimento aconteceu após, em março do ano passado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançar o Bolsa Família, em substituição ao Auxílio Brasil, que nasceu durante a pandemia. O programa manteve seu valor mínimo de R$ 600, mas passou a incluir, também, outros benefícios a depender da composição familiar, além do incremento de R$ 150 para crianças de até 6 anos, por exemplo. Esses benefícios fizeram com que, em 2023, a renda da população beneficiada crescesse mais que a renda daqueles que não recebiam. "Em 2023, o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era inferior a 30% do rendimento médio dos domicílios não beneficiados", diz o IBGE. No entanto, "entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto entre aqueles que não recebiam o benefício a variação foi de 8,6%". Na média nacional, os domicílios que recebiam o benefício subiram de 14,3% em 2019, para 16,9% em 2022, e 19% em 2023. Já a diferença entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres caiu de 14,8 vezes em 2019 para 14,4 em 2022 e 2023. Assim como Nordeste e Norte, a região Sul também teve uma queda na diferença de rendimento entre mais ricos e mais pobres, mas menos intensa: caiu de 10,6 vezes em 2019, para 10,1 em 2022, e 9,9 em 2023. Essa é a região, porém, com o menor número de domicílios com Bolsa Família. Eram 5,1% em 2019, 6,3% em 2022, e 7,9% em 2023. Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram um aumento na diferença entre o rendimento dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres. No Sudeste, os mais ricos tinham um rendimento médio mensal domiciliar per capita 15 vezes maior que os mais pobres em 2019. A razão caiu para 13,1 em 2022, mas voltou a subir no ano passado, para 13,3. A região tinha 7,5% de domicílios beneficiários do Bolsa Família em 2019. Em 2022, eram 9,3% e, em 2023, 11,5%. No Centro-Oeste, o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos era 13,2 vezes maior que o dos 40% mais pobres. A razão caiu para 12,2 em 2022, e voltou a subir, para 12,5, em 2023. Eram 9,1% os domicílios que recebiam o Bolsa Família em 2019. Depois, em 2022, eram 11%, e 12,8% em 2023. População com algum tipo de rendimento O crescimento da renda dos mais ricos também foi maior que a média nacional: o rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848, maior valor da série histórica da pesquisa. Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população — cerca de 140 milhões de pessoas — tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Pagamentos de abril do Bolsa Família 2024 começam nesta quarta-feira (17)

G1

Fri, 19 Apr 2024 13:00:06 -0000 -

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,12%, cotada a R$ 5,2497. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (19), abaixo dos R$ 5,20. A moeda passa por um movimento de correção nos últimos dias, em meio à disparada das cotações desde a semana passada. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio. Na noite desta quinta-feira, Israel lançou um ataque contra o Irã. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar teve queda de 0,96%, cotado a R$ 5,1994. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula: alta de 1,53% na semana; ganho de 3,67% no mês; alta de 7,15% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,12%, cotado a R$ 5,2497. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 0,75%, aos 125.124 pontos. Com o resultado, acumula: queda de 0,65% na semana; recuo de 2,33% no mês; perdas de 6,75% no ano. Na véspera, encerrou em alta de 0,02%, aos 124.196 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Ontem, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos. Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes — o que aumenta a perspectiva de que o Fed pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Na segunda-feira, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. Já na quarta-feira, o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores. Na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. No Brasil, o grande destaque da semana foi a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Na cena corporativa nacional, destaque para as redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para combinarem seus negócios - ou seja, um acordo para uma possível fusão entre as companhias. Após o anúncio das negociações, as ações da Petz subiram 37,14%, chegando a R$ 4,80 no fechamento do pregão desta sexta-feira. Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Na noite desta quinta-feira, Israel respondeu ao ataque. A imprensa iraniana informou que drones foram abatidos e, segundo um militar do país, nenhum estrago foi causado. Explosões foram ouvidas próximas de uma base militar de Isfahan, uma das maiores cidades iranianas, a 450 km da capital, Teerã. A região tem instalações nucleares e, segundo uma autoridade iraniana, os barulhos ouvidos resultam da ação do sistema de defesa aérea, que foi ativado. Nenhuma instalação nuclear foi afetada. Segundo a autoridade, não houve ataque de mísseis. O espaço aéreo chegou a ser fechado, e voos foram cancelados. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil.

G1

Fri, 19 Apr 2024 12:30:06 -0000 -


Segundo a Petz, grupo combinado deve produzir uma receita de R$ 6,9 bilhões por ano. Loja Petz em shopping na zona Sul de Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para combinarem seus negócios - ou seja, um acordo para uma possível fusão entre as companhias -, anunciou a Petz nesta sexta-feira (19). As duas empresas estão entre as maiores companhias do setor no Brasil e o grupo combinado deve produzir uma receita de R$ 6,9 bilhões, com um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 464 milhões, segundo dados de 2023 citados pela Petz. A companhia afirmou que a relação de troca entre as empresas foi calculada considerando um preço por ação da Petz de R$ 7,10, mais que o dobro do valor de fechamento do papel na véspera, a R$ 3,50. "A operação implicará na união de duas companhias com modelos de negócios e direcionamentos estratégicos similares, com o fortalecimento da omnicanalidade na plataforma combinada, ganho de escala e potencialização da estratégia comercial", afirmou a Petz. O anúncio ocorreu após rumores de uma união da Petz com a rival Petlove, que foram negados no mês passado. O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 Estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento.

G1

Fri, 19 Apr 2024 11:51:38 -0000 -


Aprenda sobre os cuidados necessários para uma plantação de maçãs bem-sucedida. Divulgação Climas frios acompanham uma xícara de chá bem quentinha. Hmm... Sabia que esse também é o clima perfeito para a cultura da maçã? Vermelhinha e de doçura levemente ácida, a fruta é produzida principalmente na região sul do Brasil. No entanto, para manter uma plantação saudável e com bom rendimento, é essencial entender não apenas a importância da temperatura ideal, mas também outros aspectos cruciais para um cultivo bem-sucedido. Veja a seguir dicas para você, produtor rural, ajudar seu pomar de macieiras a expressar todo o seu potencial produtivo. Vamos lá! A temperatura importa Sua macieira dá flor, mas não dá fruto? Ou então, já tem alguns anos de idade, mas não prospera? Pode ser que ela esteja em um ambiente muito quente. Durante o outono e o inverno, as macieiras precisam de um tempo de frio para que suas árvores floresçam e seus frutos cresçam saudáveis. Isso significa que elas precisam de algumas horas com temperaturas de até 7,2°C ou menos para se desenvolverem bem. Nesse período, caso a temperatura esteja acima desse patamar, os pomares produzem menos frutas e com tamanhos menores do que o esperado. Durante o desenvolvimento das macieiras, é ideal que a temperatura esteja entre 18 °C e 23 °C. No verão, evite temperaturas acima de 25 °C. Durante a florada, temperaturas abaixo de 10 °C podem prejudicar o crescimento adequado dos frutos. Escolha a variedade ideal Compreendendo os fatores edafoclimáticos da sua região, o produtor rural pode escolher a variedade de maçã mais adequada. Cultivares como Eva, Julieta, Ana e Princesa são adaptadas a regiões mais quentes. Variedades como Fuji e Gala necessitam de um período de frio entre 600 e 800 horas para um bom desenvolvimento. Logo, a escolha certa da variedade pode fazer toda a diferença no sucesso da sua plantação. O solo para o plantio O solo influencia diretamente na qualidade e na produtividade da safra. Para garantir boas condições de crescimento, é essencial realizar uma análise detalhada do solo, avaliando sua fertilidade e necessidades de correção. Adotar práticas sustentáveis, como rotação de culturas, adubação orgânica e cobertura morta, pode melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e nutrientes. Além disso, é crucial considerar o impacto do ambiente ao redor. O plantio de macieiras não é compatível com chuvas excessivas. Esse fator torna fundamental a observação da topografia do terreno e de sua capacidade de drenagem do solo. Locais com boa drenagem evitam o acúmulo de água ao redor das raízes, prevenindo apodrecimento, doenças e promovendo um desenvolvimento saudável das plantas. Polinização adequada Para que as suas macieiras produzam frutas grandes e saborosas, é importante garantir que elas sejam polinizadas adequadamente. Se você tiver apenas uma macieira em sua fazenda, ela pode se polinizar sozinha, mas isso geralmente resulta em menos frutas. Porém, em pomares maiores, onde há várias macieiras, uma boa dica de polinização cruzada, é cultivar abelhas em conjunto. Isso significa que as abelhas levam o pólen de uma árvore para outra, aumentando a quantidade e a qualidade das frutas. Sem uma polinização adequada, as frutas podem ficar menores, deformadas, compridas, sem sementes e com um sabor menos acentuado. Planejamento, proteção e manutenção Para tornar seu pomar ainda mais eficiente, você pode adotar práticas específicas de manejo. Por exemplo, o uso de porta-enxertos anão ou semianão pode diminuir o tamanho e a densidade das copas das árvores, ou seja, a parte superior das árvores ficará mais compacta e menos exuberante. Isso ajuda a controlar o crescimento das plantas e a distribuir melhor os recursos, como nutrientes e água. Além disso, a orientação das fileiras, preferencialmente de norte a sul, e a realização de podas verdes podem aumentar a exposição solar e a circulação do ar. Em algumas regiões, também é comum o uso de telas para proteção contra granizo, que não apenas protegem contra danos, mas também ajudam a regular a radiação solar e o fluxo de ar. Essas práticas podem criar um ambiente mais propício para o crescimento das macieiras, diminuindo o risco de doenças, que podem ocorrer em períodos prolongados de umidade nas folhas. Protagonize o seu agronegócio Na jornada do cultivo de maçãs, sua dedicação é a raiz do sucesso. Como uma das principais instituições entre os bancos privados na concessão de crédito rural, o Bradesco reafirma seu compromisso em colocá-lo à frente. Desfrute de condições vantajosas e suporte financeiro para fortalecer sua produção e comunidade, com o Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Com essa solução, desenhada especialmente para produtores rurais, você pode financiar até 100% do crédito necessário, com prazos de pagamento flexíveis de até 1 ano. Além disso, as taxas são prefixadas de até 5% a.a., garantindo transparência e previsibilidade em suas operações financeiras. Com atribuições específicas que atendem às suas necessidades, o Bradesco é um parceiro do agro para impulsionar seus projetos, desde o pomar até a mesa do consumidor. Seja você pequeno, médio ou grande produtor rural. Ao contratar, você conta com um time de consultores altamente especializados, prontos para oferecer suporte personalizado e orientação em cada etapa do processo. Com mais de 800 pontos de atendimento em todo o país, o Bradesco está sempre próximo. Fale com um dos gerentes e descubra como o Pronaf pode transformar sua atividade agrícola. Clique aqui e saiba mais sobre as vantagens e condições exclusivas que o Bradesco oferece para o agronegócio. Afinal, entre nós, você vem primeiro.

G1

Fri, 19 Apr 2024 11:32:17 -0000 -

Processo que divide pela metade a remuneração paga aos mineradores tem como objetivo controlar a quantidade de bitcoins em circulação no mercado, para garantir a escassez e a valorização do ativo. Halving do bitcoin: entenda fenômeno que acontece a cada 4 anos De quatro em quatro anos, em média, o investidor em criptomoedas tem sua própria "Copa do Mundo": o "halving" do bitcoin. Halving é a expressão em inglês para "dividir pela metade". Quando acontece um halving, a remuneração de quem minera bitcoins é dividida ao meio, como uma forma de controlar a quantidade da criptomoeda em circulação. O criador do bitcoin (que ninguém sabe quem é, mas que é conhecido pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto) definiu, lá no início do projeto, que o bitcoin precisaria ser um ativo escasso e só haverá 21 milhões de bitcoins em circulação. A mineração é a única forma pela qual novos bitcoins são colocados em circulação. O trabalho do minerador é encontrar e validar as informações das transações com bitcoin. Isso serve para manter a segurança da rede. Cada transação que ocorre dentro da rede do bitcoin, equivale a um bloco. A cada bloco correto que é validado pelo minerador, ele recebe uma remuneração em bitcoins. Ao longo do tempo, a cada halving do bitcoin, a recompensa por essa operação foi diminuindo. Em 2008, eram 50 bitcoins por cada bloco minerado; Em 2012, eram 25 bitcoins; Em 2016, eram 12,5 bitcoins; Em 2020, eram 6,25 bitcoins. Agora, em 2024, a remuneração passará a ser de 3,125 bitcoins por bloco minerado. Nesta reportagem, o g1 explica por que o halving é importante, como a criptomoeda se valoriza por causa dele e, claro, quais cuidados o investidor precisa ter para não se deixar levar pelo bom momento da criptomoeda. LEIA MAIS: Como funcionam o bitcoin e outras criptomoedas? G1 Explica O que está por trás de recorde histórico do preço do bitcoin 🔎 O que é o halving Para entender o que é o halving, é necessário dar um passo atrás e compreender como a rede do bitcoin foi desenhada. A ideia inicial da criptomoeda era provar que um sistema financeiro poderia funcionar de forma segura, sem a interferência de um banco central (que tem a possibilidade de imprimir dinheiro para financiar mais gastos do governo). Theodoro Fleury, diretor de investimentos na QR Asset, lembra que o bitcoin surgiu como um "experimento anarcocapitalista" — uma ideologia político-econômica que defende a soberania do indivíduo e o livre-mercado. A emissão de moeda é muito criticada por essa ala do mercado porque, ao ter mais dinheiro em circulação sem um aumento da oferta de produtos, a inflação tende a disparar. Para isso, Satoshi Nakamoto criou uma rede descentralizada (ou seja, sem um banco central comandando), em que cada transação financeira é registrada por meio da tecnologia de "blockchain". O blockchain uma espécie de grande “livro contábil” que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores, que registra o envio e recebimento de valores. O minerador é quem verifica se os dados envolvidos naquela transação estão corretos, e recebe uma recompensa para isso. ⚠️ UM EXEMPLO PRÁTICO: Se um usuário vai transferir para outro um valor X de bitcoins por algum produto ou serviço, o trabalho do minerador é verificar se essa pessoa que está transferindo tem a quantidade necessária em conta e se os dados das partes envolvidas estão certos. A missão é garantir a correção da transação. Se o minerador identifica que o bloco é verdadeiro — ou seja, que todas as informações da transação estão corretas —, ele é incorporado à rede do bitcoin e recebe um código criptografado. Para hackear qualquer bloco da rede, então, seria necessário desvendar a criptografia de todos os códigos que vieram antes dele. E é assim que a rede se mantém segura. Os mineradores são recompensados por casa bloco verdadeiro identificado. É somente dessa maneira que mais bitcoins são colocados em circulação no mercado. Desde o último halving, cada bloco dá recompensa de 6,25 bitcoins. Cada halving acontece quando 210 mil blocos são incorporados à rede — o que leva, em média, quatro anos. Bitcoin: Saiba o que é e como funciona a mais popular das criptomoedas 📈 Por que o halving acontece O halving acontece para que o bitcoin continue sendo um ativo escasso, explica Theodoro Fleury. A lógica do mercado é que, quanto maior a escassez de um ativo financeiro, maior será o seu valor. "Essa é justamente uma das qualidades do bitcoin como ativo, que é a escassez. Ele foi desenhado para ser um ativo escasso. Depois desse próximo halving, ele vai ser mais escasso que o ouro", diz o especialista. Quando o limite de 21 milhões de bitcoins em circulação for atingido, só será possível ter a criptomoeda comprando ou recebendo de outra pessoa. Então, o preço praticado seguirá a tradicional lei da oferta e demanda: se mais gente estiver procurando do que vendendo, o preço sobe, e se mais gente estiver vendendo do que procurando, o preço cai. De fato, com a proximidade de mais um halving e essa percepção de escassez segue aumentando, o bitcoin vive um ciclo de alta nos últimos meses. O bitcoin teve uma valorização de quase 40% desde o início do ano e a expectativa do mercado é que os próximos meses, após o halving, ele continue tendo um avanço de preço, repetindo o que aconteceu nas últimas vezes. A criptomoeda chegou a atingir seu pico histórico há pouco mais de um mês, quando ficou cotada a US$ 73 mil em 13 de março. Mas o preço do bitcoin não depende só de si. A ameaça de escalada do conflito no Oriente Médio e dados mais fortes da economia americana — que fizeram o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reavaliarem o momento de baixar os juros do país — criaram um cenário de maior cautela com investimentos. Nesse contexto, a aversão aos ativos de risco cresceu, com o mercado buscando produtos com maior segurança e menos volatilidade. O bitcoin, com todo o vaivém das cotações, já devolveu parte dos seus ganhos e, atualmente, está em torno dos US$ 60 mil, uma queda de cerca de 10%. "É claro que isso tem uma influência sobre o preço do bitcoin, assim como em outros mercados, mas é uma influência de curto prazo. Não vejo isso atrapalhando a visão positiva para os preços depois do halving", comenta Fleury, QR Asset. Mas é por conta dessa volatilidade e alta sensibilidade aos assuntos macroeconômicos e políticos que o especialista alerta que é preciso ter muita cautela antes de investir. "O bitcoin é um ativo volátil, com altas e baixas acentuadas. É um ativo que pode cair 50% de repente. Então você deve colocar ali um dinheiro que, se você vir caindo pela metade, não vai te incomodar. O risco é o investidor colocar mais do que ele aguenta", destaca.

G1

Fri, 19 Apr 2024 08:00:28 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.420 da Quina pode pagar R$ 43 milhões nesta sexta-feira (19). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta sexta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias

G1

Fri, 19 Apr 2024 03:00:21 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57. Quina teve 78 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 49,5 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.714 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (18), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 100 milhões. Veja os números sorteados: 16 - 17 - 42 - 45 - 52 - 57 5 acertos - 78 apostas ganhadoras: R$ 49.552,51 4 acertos - 4.882 apostas ganhadoras: R$ 1.131,00 O próximo sorteio da Mega será no sábado (20). Mega-Sena, concurso 2.714 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Thu, 18 Apr 2024 23:02:15 -0000 -


De acordo com a petroleira, valores serão destinados a projetos que contemplam plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo e embarcações de cabotagem. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras informou nesta quinta-feira (18) que projeta investir US$ 73 bilhões em atividades de exploração e produção, sendo que parte dos recursos será destinada para demandas relacionadas à indústria naval e offshore. De acordo com a petroleira, os projetos relacionados a essas demandas contemplam, entre outros pontos, plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo, embarcações de cabotagem e destinação sustentável de unidades. A estimativa da empresa é criar até 100 mil empregos diretos e indiretos com essa demanda, no prazo estimado para os projetos. Além das 14 novas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência que já constam no planejamento estratégico da companhia, a Petrobras anunciou estudos para contratação de outras sete plataformas. Elas serão instaladas após 2028, em projetos de revitalização de campos já em produção. Crise na Petrobras: Conselheiro analisa momento na estatal  Nesta quinta-feira, a petroleira também apresentou a destinação sustentável de 23 plataformas, além de estudos para construção de 16 navios para a cabotagem (quatro navios petroleiros, oito navios gaseiros e quatro navios de cabotagem de médio curso). Em relação às embarcações de apoio, a companhia informou que irá contratar cerca de 200 unidades no período de 2024 a 2028. “Com essas encomendas devidamente mapeadas e sem o prejuízo de novos anúncios adiante, vamos agora contribuir para o governo federal recriar um ambiente favorável ao investimento e fornecimento local, ajudando decisivamente para a reabilitação da indústria naval e offshore brasileira”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em nota oficial, a empresa informou que todos esses investimentos seguem a governança interna da companhia e que são acompanhados por órgãos de controle externo.

G1

Thu, 18 Apr 2024 21:44:00 -0000 -

De acordo com o BC, nenhum desses dados era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações, mas sim relativos ao cadastro. Clientes que foram afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking O Banco Central informou nesta quinta-feira (18) que dados de chaves PIX de clientes do Banco do Estado do Pará (Banpará) foram expostos devido a uma falha técnica no sistema da instituição paraense. Nenhum desses dados, segundo o BC, era informação sensível, como senhas, saldos ou extrato de transações. Foram expostos dados cadastrais. "As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", explicou o Banco Central em nota. O BC também disse que já abriu investigação para identificar as causas da falha e aplicar sanções, se for encontrada irregularidade. De acordo com a instituição, os clientes afetados serão notificados exclusivamente pelo aplicativo do banco ou pelo internet banking. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", afirmou o Banco Central em nota.

G1

Thu, 18 Apr 2024 21:31:53 -0000 -


Colheita vai até maio, mas os produtores rurais trabalham todos os meses para garantir a disponibilidade do alimento. Amarok, Saveiro e Polo Robust, prontos para a jornada no campo. Volkswagen Quando você vai à feira ou ao supermercado comprar frutas provavelmente encontra a maçã entre os produtos oferecidos, certo? E até pode ver uma ampla variedade delas: fuji, gala, pink lady, verde… tem pra todos os gostos! Mas como será que a maçã está disponível o ano inteiro? Quanto trabalho e quantas pessoas estão por trás da produção de um fruto tão comum? Neste período do ano, pequenos e grandes produtores de maçã estão trabalhando intensamente na colheita do fruto, que vai até maio. Quando essa fase termina, começa tudo outra vez - especialmente na região Sul do país, onde está concentrada grande parte da produção nacional. É um trabalho intenso para garantir que os brasileiros tenham maçã disponível o ano todo. Enquanto os produtos são armazenados em câmaras frias para abastecer o mercado, nos pomares já inicia a fase de poda para provocar novas brotações e reiniciar o ciclo. Rotina exigente e de muito trabalho Quem é do agro sabe que o dia a dia exige determinação. São aqueles produtores que estão na lida desde o início do dia: trabalha no pomar, carrega mercadoria, transporta funcionário, resolve questões administrativas, de tudo um pouco. E essa rotina na fazenda exige um carro robusto e confiável. Se as atividades do dia a dia são diversas, ter um veículo que também tenha versatilidade é fundamental para cumprir todo tipo de tarefa, encarar diferentes estradas, condições adversas e principalmente terminar o dia (e a safra) com a missão cumprida. Ter um carro que considere essa rotina é ganhar eficiência. É por isso que a Volkswagen atende tão bem o agro. Além de ter diferentes modelos que entregam a confiança e a robustez que o agro precisa, tornam uma jornada dura mais leve com a dirigibilidade, o conforto e a segurança que só a marca tem. Quem já conhecia tudo isso na Amarok e na Saveiro, agora também encontra força no Polo Robust, versão desenvolvida para todos os desafios do agro. Não importa o momento da produção. Se as macieiras estiverem em fase de floração, frutificação ou colheita, vai ter trabalho. Quando a fase exigir uma picape para transporte de alimentos e equipamentos, a Amarok e a Saveiro Robust são ótimas parceiras. O Polo Robust vem para acrescentar como um carro para o dia a dia, um 1.0 pensado para o agro e, como tal, preparado para encarar as exigências da rotina na fazenda. Econômico, robusto e o mais alto e potente da categoria Recém-lançado, o Polo Robust é o carro certo para todo tipo de terreno. Com recursos específicos para atender todas as demandas no dia a dia de trabalho nas terras, tem o maior entre-eixos da categoria, um diferencial pro dia a dia. Aprimorado com uma suspensão elevada e pneus de perfil mais alto, é ideal para enfrentar estradas de terra e desafios com facilidade, garantindo uma condução suave e estável. O motor 1.0 MPI Flex com potência máxima de 84 cv traz mais performance e economia. Com a maior potência da categoria, o hatch proporciona uma condução ágil e eficiente mesmo em terrenos desafiadores. Tudo com conforto e tecnologia para uma experiência de condução segura e confortável. Projetado para atender todas as necessidades, é também o modelo com maior espaço interno da categoria, com 2,56 metros de entre-eixos e 1,75 metros de largura. O porta-malas, com capacidade de 300 litros, também se destaca. Com direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida, deixa o condutor muito mais seguro ao se deparar com terrenos mais íngremes e encarar a jornada com qualquer tempo. E como tudo foi pensado para o agro, há dois pacotes de acessórios exclusivos para o cliente que vive essa rotina e preza por conforto e durabilidade. O primeiro inclui capas de banco em vinil, revestimento de borracha para o assoalho e protetor de grade frontal. O segundo ainda oferece protetores de borracha para o porta-malas e engate para reboque. A Volkswagen oferece uma linha de veículos para cada necessidade, é a marca que você conhece e confia. As versões da Amarok, a Saveiro e o Novo Polo Robust entregam tudo que você precisa para ter ainda mais excelência no campo. Produtor rural e empresa ainda têm condições especiais. Acesse o site e confira as ofertas.

G1

Thu, 18 Apr 2024 20:50:54 -0000 -


Propriedade no Rio Grande do Sul aposta no reaproveitamento para aumentar a economia e os benefícios ao planeta. Assista! Divulgação No Sul, produção de maçã economiza água com a prática do reuso Na liderança de uma fazenda localizada na região gaúcha dos Campos de Cima da Serra, onde o forte é a maçã, Sérgio Martins Barbosa investiu não só na qualidade das macieiras, mas também em uma produção mais sustentável. Ele apostou no reaproveitamento de água na propriedade e hoje colhe os frutos dessa decisão benéfica para o bolso e para o planeta. "Com as práticas de reuso de água estamos economizando 1 milhão de litros por dia", comenta Sérgio, dono de uma fazenda em Vacaria (RS). Produzir alimentos, como as maçãs, sem desperdiçar um bem cada vez mais escasso e tão importante para a vida humana é o foco de Sérgio e serve de exemplo para todos cultivos. O sucesso em solo gaúcho inspira as boas práticas ambientais!

G1

Thu, 18 Apr 2024 20:40:39 -0000 -


Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um comitê para acompanhar e destravar projetos para ampliar produção e escoamento do combustível. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quinta-feira (18) que pretende aumentar a oferta de gás natural, com redução de preço para a indústria. A pasta vai criar um comitê de monitoramento dos projetos (leia mais aqui). A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores. "Dada a importância que o presidente Lula vê o aumento da oferta de gás e consequentemente melhores preços para a gente reindustrializar o Brasil, para a gente gerar mais emprego e renda, e utilizar melhor os nossos potenciais, foi necessário criar um comitê de monitoramento", disse. O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo. Ao g1, fontes a par do assunto afirmam que a principal conclusão do grupo é a necessidade de regulamentação do escoamento e processamento de gás. O mercado de gás natural é segmentado em algumas etapas: produção nos campos de petróleo e gás escoamento do gás produzido por meio de gasodutos até as unidades de processamento processamento do insumo para ter as especificações técnicas necessárias para consumo transporte até os centros de consumo distribuição aos consumidores dentro dos estados Como a maior parte da infraestrutura de escoamento e processamento de gás pertence à Petrobras, a legislação federal determina o seu compartilhamento com outras empresas. Contudo, o preço máximo que pode ser cobrado pela Petrobras às empresas que queiram compartilhar a infraestrutura da estatal ainda não foi regulamentado. Nesta quinta-feira (18), o ministro apresentou um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que afirma que o preço cobrado pela Petrobras poderia ser reduzido em cerca de US$ 7. Projetos que podem aumentar a oferta Alguns projetos estão em curso, enquanto outros estão em fase de estudos – caso do gás da Argentina e dos recursos não-convencionais no Brasil (entenda mais abaixo). O aumento de oferta deve vir dos seguintes projetos: gasoduto Rota 3, em construção pela Petrobras, deve aumentar a oferta na costa do Rio de Janeiro com o escoamento da produção dos campos do pré-sal; projeto Raia, da Equinor, que prevê produção de gás natural na costa do Rio de Janeiro; projeto Sergipe Águas Profundas da Petrobras, em desenvolvimento no litoral de Sergipe; gás produzido em Vaca Muerta, na Argentina; gás não-convencional no Brasil. Governo de Minas e Gasmig dão início à obra do gasoduto centro-oeste Importação da Argentina Nesta quinta-feira (18), o ministro disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai. A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia "pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento". O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner. O gás natural produzido em Vaca Muerta é um "gás de xisto", um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está "preso" em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção --como a injeção de líquidos. Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo. Gás não-convencional no Brasil Hoje, não há exploração de gás não-convencional no Brasil. Alguns blocos chegaram a ser leiloados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas enfrentaram problemas com licenciamento ambiental e decisões judiciais que barraram a exploração. O governo tenta viabilizar o estudo desses recursos por meio do Projeto Poço Transparente, que prevê a perfuração de um poço para extração de gás natural não-convencional e a realização de análises de impacto desse experimento. Contudo, o poço não chegou a ser perfurado.

G1

Thu, 18 Apr 2024 19:10:19 -0000 -


A cotação do petróleo Brent, referência global, registrou maior volatilidade ao longo de abril, em meio a preocupações com o conflito entre Israel e Irã. Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante primeira coletiva de imprensa à frente da estatal, em 2 de março de 2023. Tomaz Silva/Agência Brasil A Petrobras monitora as condições de mercado e por enquanto não vê razão para mexer nos preços de combustíveis, disse o presidente-executivo da empresa, Jean Paul Prates, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (18). "Estamos avaliando todas as condições de mercado. Não há razão para pânico nenhum agora", afirmou ele, após participar de evento no Rio de Janeiro. "Nós estamos avaliando o cenário internacional e, por enquanto, não há nada que faça a gente mover [preços], e o próprio preço do petróleo indica isso", acrescentou. LEIA MAIS: Guerra no Oriente Médio: governo quer que Petrobras aguarde antes de alterar preços Alexandre Silveira: governo ainda não tem posição sobre dividendos, mas fiscal é importante Distribuição de dividendos não gera problemas para investimentos da Petrobras, diz Haddad A cotação do petróleo Brent, referência global, chegou a fechar acima de US$ 90 o barril em alguns dias da última semana. Na véspera, o Brent recuou, fechando um pouco acima de US$ 87, patamar de negociação desta quinta-feira. Mas o Brent registrou maior volatilidade ao longo de abril, marcando no dia 5 uma máxima de fechamento desde outubro do ano passado, a US$ 91,17, em meio a preocupações com um conflito entre Israel e Irã. No acumulado do ano, a alta é de cerca de US$ 10 o barril, ou aproximadamente 13%. A Petrobras não aumentou os preços da gasolina e do diesel este ano, com integrantes do mercado apontando um aumento da defasagem. Não bastasse a volatilidade dos preços do petróleo, o dólar tem se valorizado frente ao real, outro fator que impacta nas contas da defasagem dos combustíveis em relação aos valores externos. Na tarde desta quinta-feira, o dólar tinha leve alta frente ao real. No acumulado do ano, a moeda registra alta de cerca de 8%. Alexandre Silveira: Petrobras não pode ter único objetivo de "ter lucros exorbitantes"

G1

Thu, 18 Apr 2024 17:46:11 -0000 -


Semana foi marcada por revisão das metas fiscais – que, somada ao cenário externo, desvalorizou o real e derrubou o Ibovespa. Governo não informou quais compromissos Haddad terá na volta. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Globonews/Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu antecipar para esta quinta-feira (18) o retorno ao Brasil, após compromissos oficiais em Washington, nos Estados Unidos. Haddad retornaria na noite desta sexta (19), mas o embarque foi adiantado para a noite desta quinta. O Ministério da Fazenda informou a mudança, mas não divulgou se houve compromissos cancelados em razão do novo horário. No comunicado, o Ministério da Fazenda informou que a antecipação tem como motivo "a agenda econômica em Brasilia e negociações com o Congresso envolvendo os projetos de interesse do governo". O texto não cita quais reuniões Haddad terá no retorno ao Brasil. Questionado, o Ministério da Fazenda disse apenas que a agenda está "cheia". Haddad viajou para Washington na última segunda, onde participou de eventos do G20 – grupo das principais economias do planeta, neste ano presidido pelo Brasil – e do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras agendas. Semana conturbada A semana da equipe econômica foi marcada por tumulto porque, na última segunda (15), o governo federal anunciou a redução da meta de superávit fiscal para os próximos anos. Veja abaixo: Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Na prática, a mudança significa que o governo terá que gastar mais dinheiro público nesse período, o que dificulta o equilíbrio das contas e aumenta a insegurança de investidores. Essa sinalização, junto com novos episódios da crise no Oriente Médio e com a trajetória dos juros dos Estados Unidos, levaram a quedas sucessivas na Bolsa de Valores e a uma forte valorização do dólar frente ao real. O cenário tem outro complicador: a disputa, também agravada nesta semana, entre a articulação política do governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso porque, mesmo para cumprir as metas menos ambiciosas anunciadas esta semana, o governo conta com uma série de medidas para ampliar a arrecadação de impostos e cortar despesas. E boa parte dessas medidas depende de aprovação do Congresso. Em meio a atritos com Lira, Lula libera emendas ao Congresso e privilegia aliados Se a relação entre Executivo e Legislativo não for pacificada, além de não aprovar esses projetos, o governo passa a correr riscos com as chamadas "pautas-bomba" – projetos que tramitam no Congresso e aumentam o gasto público, a exemplo da PEC que estabelece remuneração adicional para servidores do Judiciário e do Ministério Público.

G1

Thu, 18 Apr 2024 17:12:26 -0000 -


A moeda norte-americana subiu 0,12%, cotada a R$ 5,2497. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar voltou a subir nesta quinta-feira (18), após ter passado por um movimento de correção na véspera, em meio à disparada das cotações nos últimos dias. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e a cautela com o conflito no Oriente Médio. Com isso, investidores devem ficar atentos à participação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no G20. Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também devem ficar no radar, bem como a continuidade da temporada de balanços nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, inverteu o sinal nos últimos minutos e fechou em leve alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar subiu 0,12%, cotado a R$ 5,2497. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 2,51% na semana; 4,67% no mês; 8,19% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana interrompeu um ciclo de cinco altas consecutivas e fechou em queda de 0,50%, cotada a R$ 5,2434. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,39% na semana; 3,05% no mês; 7,44% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, no menor nível desde novembro de 2023 (123.166 pontos). Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Sem grandes destaques na agenda do dia, os investidores continuam a repercutir o cenário de juros norte-americanos e os sinais sobre a política fiscal brasileira. No exterior, os novos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos ficaram estáveis em 212 mil na semana encerrada em 11 de abril, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 215 mil pedidos. Apesar do alívio nesses dados de emprego, os demais números da maior economia do mundo continuam fortes — o que aumenta a perspectiva de que o Fed pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Na segunda-feira, por exemplo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. Já na quarta-feira, o Livro Bege do Fed, que mostra um retrato da saúde da economia norte-americana, indicou que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Com isso, falas de dirigentes do Fed, que participam de eventos ao longo do dia, também devem ficar na mira dos investidores. Na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. No Brasil, o risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. Nesse cenário, a participação de Campos Neto e Haddad nas reuniões do G20 nesta quinta-feira também devem ficar sob os holofotes. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Por fim, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação — fator que continua a ser motivo de tensão entre os mercados do mundo. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. *Com informações da Reuters

G1

Thu, 18 Apr 2024 16:51:01 -0000 -


Apostador pode usar PIX, TED, cartão de débito ou cartão pré-pago, desde que vinculados à mesma conta cadastrada na bet. Ideia é permitir que o fluxo dos recursos seja monitorado. Apostas esportivas; bet Joédson Alves/Agência Brasil O Ministério da Fazenda definiu nesta quinta-feira (18) que o pagamento de apostas esportivas não pode ser realizado usando dinheiro em espécie, cartão de crédito, boleto ou criptoativos. Segundo o governo, também está proibido o uso de qualquer outra "forma alternativa de depósito que possa dificultar a identificação da origem dos recursos". A informação consta em uma portaria da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, publicada nesta quinta no Diário Oficial da União. O texto regula as transações financeiras realizadas pelos agentes operadores de apostas (apostadores e empresas). "Também não serão aceitos cartões de crédito ou quaisquer outros instrumentos pós-pagos, como medida prudencial de desestímulo ao endividamento das famílias brasileiras", acrescentou o Ministério da Fazenda. Segundo o governo, a norma determina que o apostador poderá registrar seus palpites usando: PIX; TED (transferência bancária); cartões de débito; ou cartões pré-pagos. Qualquer que seja o meio, a portaria define que os recursos devem ser provenientes da mesma conta cadastrada na Bet. Veja outros pontos da regulamentação Além de definir os meios de pagamento, a portaria do Ministério da Fazenda também: dá o prazo máximo de duas horas para as bets autorizadas pelo governo pagarem os prêmios aos apostadores – o tempo conta a partir do encerramento da partida. diz que os recursos das apostas não podem ser usados pelas bets para cobrir despesas operacionais ou como garantia de dívidas, "minimizando assim o risco de má gestão dos recursos financeiros"; obriga as empresas a criar uma reserva financeira de R$ 5 milhões como "medida preventiva" para garantir o pagamento dos prêmios, mesmo em cenários de insolvência ou iliquidez. "Ao regular o fluxo do dinheiro, a Portaria Normativa SPA/MF dá um passo importante para inibir a lavagem de dinheiro e outros delitos envolvendo o mercado de apostas no Brasil. Além disso, contribui de modo significativo para uma maior diligência das Bets na gestão financeira dos recursos dos apostadores", acrescentou o Ministério da Fazenda. Fontes no governo confirmaram à GloboNews que o Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas: o advogado Régis Dudena. Câmara aprova texto que regulamenta mercado de apostas esportivas online Apostas esportivas Em dezembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que regulamenta o mercado de apostas esportivas online. A lei é uma das medidas do governo para aumentar a arrecadação em 2024 Com a lei, empresas e apostadores terão que pagar impostos. As novas regras também proíbem menores de 18 anos e pessoas que possam ter influência sobre o resultado dos jogos de apostar. Os apostadores pagarão uma taxa de 15% sobre o prêmio líquido por meio do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Já as empresas serão tributadas em 12% sobre o faturamento. Os jogos no estilo fantasia serão taxados com a alíquota de 15% sobre o prêmio para pessoas físicas. Nessa categoria, o apostador gerencia equipes esportivas virtualmente escalando atletas reais. A medida foi incluída para equiparar a tributação das diferentes modalidades de jogos virtuais. As empresas de apostas online precisam pagar uma taxa de R$ 30 milhões para obter a licença de operação e atuar no Brasil. Além disso, só poderão operar empresas constituídas segundo a legislação brasileira, com sede e administração no país.

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Thu, 18 Apr 2024 14:58:30 -0000 -


Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir tema. Previsão é que decisão seja tomada na semana que vem. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira Divulgação/Secom/MME O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (18) que o governo federal ainda não tem uma posição fechada sobre a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras. O Conselho de Administração da estatal se reúne nesta sexta-feira (19), mas não deve discutir o assunto. A previsão é que o tema seja votada em reunião de acionistas, no dia 25 de abril. "Essa é uma decisão que ainda não foi discutida. Amanhã tem reunião do conselho, hoje o presidente Lula chegou de viagem. Não sei nem se terá participação dele, ministro Haddad está viajando, não existe uma posição tomada até esse minuto da entrevista", declarou. Silveira que o Ministério da Fazenda é relevante na discussão sobre a distribuição dos dividendos retidos, por conta da situação fiscal. "É importante que a gente cada vez mais sinalize para as contas públicas para que a gente mantenha a política de continuidade de diminuição dos juros [...]", disse em entrevista a jornalistas, em evento realizado pela agência epbr. Em março, a Petrobras reteve R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários que seriam distribuídos aos acionistas. Uma distribuição de 100% desses dividendos retidos significaria quase R$ 13 bilhões para os cofres do Tesouro Nacional. A equipe econômica tem a meta de alcançar o déficit zero em 2024, mas vem encontrando revezes no Congresso Nacional em medidas que previam a ampliação da arrecadação.

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Thu, 18 Apr 2024 14:45:16 -0000 -


FMI espera que a Rússia cresça 3,2% neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. GETTY IMAGES via BBC O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da Rússia cresça mais rápido que a de todos os países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos, neste ano. A organização projeta um crescimento de 3,2% para a Rússia neste ano, significativamente mais do que o Reino Unido, a França e a Alemanha. As exportações de petróleo "mantiveram-se estáveis" e os gastos públicos "permaneceram elevados", contribuindo para o crescimento, afirmou o FMI. No geral, a organização afirmou que a economia mundial havia sido "notavelmente resiliente". "Apesar de muitas previsões sombrias, o mundo evitou uma recessão, o sistema bancário revelou-se amplamente resiliente, e as principais economias dos mercados emergentes não sofreram interrupções repentinas", acrescentou. O FMI é uma organização internacional com 190 países membros. Seus relatórios são utilizados por empresas para ajudar a planejar onde investir, e por bancos centrais para orientar suas decisões em relação às taxas de juros. O grupo afirma que as previsões que faz para o crescimento no ano seguinte na maior parte das economias desenvolvidas têm estado, na maioria das vezes, dentro de uma margem de aproximadamente 1,5 ponto percentual do que realmente acontece. Apesar de o Kremlin ter sido alvo de sanções pela invasão da Ucrânia, o FMI atualizou suas previsões de janeiro para a economia russa neste ano. A projeção de crescimento para 2025 é de 1,8%, superior ao esperado anteriormente. Os investimentos de empresas privadas e estatais e a "robustez do consumo privado" na Rússia promoveram o crescimento junto às fortes exportações de petróleo, segundo Petya Koeva Brooks, vice-diretora do FMI. FMI anuncia previsão de números piores nas contas públicas do Brasil; Bruno Carazza comenta A Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e, em fevereiro, a BBC revelou que milhões de barris de combustível produzidos a partir de petróleo russo ainda estavam sendo importados para o Reino Unido, apesar das sanções. Fora da Rússia, o FMI revisou para baixo suas previsões para a Europa e para o Reino Unido neste ano. Prevê um crescimento de 0,5% para o Reino Unido, que ficou como o segundo país com pior desempenho do G7, grupo das nações mais industrializadas do mundo, atrás da Alemanha. O G7 também inclui França, Itália, Japão, Canadá e EUA. Em 2025, o crescimento do Reino Unido deve chegar a 1,5%, segundo o FMI, o que colocaria o Reino Unido entre os três países com melhor desempenho do grupo, de acordo com o FMI. Para o Brasil, o FMI aumentou a projeção de crescimento em 2024 de 1,7% para 2,2%. Conflito no Oriente Médio Economistas do FMI alertaram que se o conflito entre Israel e o Hamas se agravar ainda mais no Oriente Médio, isso pode levar ao aumento dos preços dos alimentos e da energia em todo o mundo. Os contínuos ataques a navios no Mar Vermelho e a guerra da Rússia em curso na Ucrânia também podem afetar a economia global, até agora “notavelmente resiliente”, afirmou. Um potencial aumento nos custos dos alimentos, da energia e dos transportes atingiria com força os países de baixa renda, acrescentou.

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Thu, 18 Apr 2024 14:45:05 -0000 -


Cristina Balan, ex-funcionária da Tesla, trava uma batalha de uma década com a empresa automotiva de Elon Musk. Cristina Balan finalizou o tratamento de quimioterapia para câncer de mama CRISTINA BALAN via BBC Uma ex-funcionária da Tesla, a empresa automotiva de Elon Musk, enfrenta há uma década o bilionário e a companhia na Justiça — e segue buscando um pedido público de desculpas. A engenheira Cristina Balan era uma estrela em ascensão dentro da Tesla nos Estados Unidos, tanto é que suas iniciais foram gravadas nas baterias de cada carro elétrico Model S. Mas depois de denunciar uma preocupação de segurança relacionada a um erro de design que poderia afetar o sistema de freio dos automóveis em 2014, ela afirma que a direção da companhia se tornou hostil — e ela perdeu o emprego. Ela ganhou um processo de demissão sem justa causa, mas mais tarde foi acusada publicamente pela Tesla de usar seus recursos para um “projeto secreto” dela —– acusação que equivale a peculato, considerado crime pela legislação americana. Balan negou sistematicamente a acusação e tomou medidas legais — mas, anos depois, ela ainda está aguardando que o seu caso seja julgado em uma audiência pública na Califórnia. A Tesla não respondeu aos pedidos de posicionamento da BBC. A empresa nunca forneceu maiores detalhes sobre a acusação. Balan afirma que está determinada a provar sua inocência pelo bem do filho. Ela é mãe solo. “Sou a heroína dele”, diz ela. “Sou a mamãe que faz aviões e carros.” E ela não quer que ele cresça acreditando que sua mãe era uma ladra. Perto do final da nossa chamada por Zoom, Cristina Balan tirou a peruca e, com lágrimas nos olhos, me contou que havia acabado de terminar o tratamento contra câncer de mama. "Quero limpar meu nome. Gostaria que Elon Musk tivesse a decência de pedir desculpas", afirma. As iniciais CB em uma bateria do Model S, da Tesla, em reconhecimento às contribuições de Cristina Balan para o design CRISTINA BALAN via BBC Ela diz que, embora esteja atualmente em remissão de um câncer de mama em estágio 3B, sua maior preocupação é não poder viver para ver o desfecho do processo no tribunal. Balan compartilhou com a BBC News várias comunicações entre ela e a Tesla durante o tempo em que trabalhou lá. Ela começou bem: lembra-se de ter conversado com Musk na fila do almoço na cantina dos funcionários, e diz que era feliz e bem-sucedida. Apaixonada por automóveis desde a infância na Romênia, ela havia realizado um sonho. “Tudo foi para o brejo quando percebi que eles estavam escondendo alguns problemas críticos de segurança”, afirma. Balan estava preocupada com o fato de os tapetes estarem enrolando sob alguns pedais — uma falha de design simples, mas potencialmente fatal —, e disse que os clientes haviam reclamado. “Se você não consegue pisar no freio, outra pessoa, fora do Tesla, pode se machucar”, diz ela. "Eles só tinham que falar: 'Percebemos que os tapetes são ruins — simplesmente tirem eles dos carros.'" Mas os gestores rejeitaram as preocupações dela e tornaram-se hostis, afirma Balan. Ela enviou então um e-mail a Musk, que havia incentivado os funcionários a procurá-lo pessoalmente para esclarecer quaisquer preocupações que pudessem afetar a reputação da Tesla. “Mandei dois e-mails para ele”, diz Balan. “Enviei um antes de sair [da Tesla], dizendo a ele que estávamos todos ameaçados." "Na minha cabeça, eu pensava: 'Ele ainda quer fazer o que é certo para a Tesla.'" Mas não funcionou — e Balan perdeu o emprego. A BBC News apresentou as alegações da ex-funcionária à Tesla, mas não recebeu resposta. O site da empresa diz: “A segurança é a parte mais importante de cada Tesla". “Projetamos nossos veículos para exceder os padrões de segurança." Balan relata que, quando era funcionária, levou suas preocupações sobre segurança ao CEO da Tesla, Elon Musk REUTERS via BBC Outro ex-funcionário da Tesla, Lukasz Krupski , afirmou ter tido uma experiência semelhante, não relacionada ao caso, depois de enviar um e-mail a Musk sobre preocupações com as condições de trabalho na sede da Tesla na Noruega. E Balan diz que outros funcionários da Tesla podem ter “medo de falar”. O processo dela será julgado mais cedo ou mais tarde pelo Tribunal de Apelações do Nono Circuito da Califórnia. É a sua única oportunidade de recuperar sua reputação profissional, acredita Balan. “Não quero desistir da minha carreira”, diz ela. "E eu sei que se não ganhar [o processo], não importa o quão boa eu seja." “Todo mundo vai ver o que a Tesla diz sobre [mim], então minha carreira acabou." "Não quero que isso aconteça." O estilo de liderança de Musk é notoriamente pouco convencional — mas algumas pessoas que trabalharam para ele dizem que ele obtém resultados. Dolly Singh, que trabalhou para Musk na SpaceX entre 2008 e 2013, afirmou anteriormente à BBC News que ele era um “líder incrível”. “Se não fosse esse o caso, ele não estaria realizando as coisas que está realizando”, disse ela em 2022. “Sim, é cansativo trabalhar para Elon. Mas acho que é um treinamento como nenhum outro." O advogado americano Gordon Schnell, do escritório Constantine Cannon, afirma que um número cada vez maior de profissionais da área de tecnologia está denunciando práticas das empresas. Os riscos são muito altos porque os produtos tecnológicos têm “um impacto bastante amplo no mundo”, diz ele. “Realmente, afetam todas as nossas vidas.” Mas o conselho de Schnell, especializado em representar informantes, é explorar todas as opções possíveis antes de tornar pública qualquer denúncia. “Existem muitos canais protegidos em vários setores diferentes que um denunciante pode utilizar, em que pode levar preocupações confidenciais às agências governamentais que sejam mais adequadas para resolver essas preocupações”, destaca. * Reportagem adicional de Philippa Wain. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023

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Thu, 18 Apr 2024 14:00:05 -0000 -

Dados sobre mercado ilegal estão em estudo divulgado pela CNI, Firjan e Fiesp. Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. 'Um problema de todos', disse o ministro da Justiça. Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022 O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira (18) que o combate ao mercado ilegal no Brasil é urgente e deve ser levado adiante não somente com "força bruta", por meio de ações policiais, mas também com medidas de inteligência e cooperação entre os governos federal, estaduais e o setor produtivo. Levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal (leia mais aqui). Segundo Lewandowski, a Constituição de 1988 foi sábia ao estabelecer que a segurança é um dever do Estado, assim como também é um direito e responsabilidade de todos. "Não é um problema só do Estado, é um problema de todos. Espero que o enfrentemos de mãos dadas", afirmou o ministro da Justiça, durante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Também presente no evento, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o Fisco, por definição, é um órgão de inteligência. Ele afirmou que a Receita colhe milhões de informações, cruza e analisa os dados para coibir ilegalidades. "Estamos avançando bastante, agora inclusive com ajuda da inteligência artificial na análise de imagens, dados. Não tenho dúvida que a forma mais eficaz é combater instrumentos jurídicos usados por elas", disse Barreirinhas, que voltou a defender a aprovação do projeto do devedor contumaz -- que tramita no Congresso Nacional. Mercado ilegal no Brasil Levantamento divulgado nesta semana por entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. Conforme o estudo, o valor abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é "especialmente alarmante". O presidente da CNI, Antonio Ricardo Alvarez Alban, afirmou que prejuízos de centenas de bilhões de reais em arrecadação federal são registrados por conta do mercado ilegal, além da perda de mercado por empresas que atuam dentro da lei. "Estou falando da economia ilegal. Temos oportunidade de trabalhar juntos e fazer um grande esforço pelo equilíbrio fiscal, como consequência. O que ajudará toda sociedade [por meio do aumento da arrecadação]", acrescentou Alban. Ele lembrou que o Estado precisa de recursos para financiar as políticas públicas em um momento de busca pelo equilíbrio das contas públicas. "Temos uma busca acentuada do lado das receitas [aumento de arrecadação com mudanças legais], que prejudica o setor produtivo, com mais ênfase ainda o setor da indústria", avaliou. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os "gatos" de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. "É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. "Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos", acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Produtos ilegais de outros países O levantamento do setor da indústria também leva em conta a entrada no Brasil de produtos ilegais com origem em outros países. De acordo com o estudo, em 2023, a Receita Federal fez 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias. “Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes”, informa o estudo.

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Thu, 18 Apr 2024 13:57:11 -0000 -


A praga vassoura-de-bruxa derrubou renda e acesso à educação, e pode ter levado a um aumento do trabalho infantil nos municípios afetados, mostra estudo. Vassoura-de-bruxa, maior praga da história da cacauicultura brasileira, derrubou renda e acesso à educação em municípios afetados DIVULGAÇÃO MPT O cacau está em alta – em mais de um sentido. A cotação do fruto no mercado internacional é recorde e acumula alta de 75% em um ano, em meio a problemas de oferta em Gana e na Costa do Marfim, países africanos que respondem por 60% da produção global. No Brasil, o cacau está no horário nobre, como pano de fundo do enredo da novela Renascer, da Rede Globo, que em sua nova versão busca destacar práticas sustentáveis de cultivo. O país ocupa hoje a sexta posição entre os maiores produtores de cacau do mundo, mas, entre 1961 e 1988, chegou a ser o segundo, atrás apenas da Costa do Marfim. Perdemos essa vice-liderança por uma única razão: a vassoura-de-bruxa, praga causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, que afeta as árvores de cacau e esteve no centro da maior crise da história da cultura nacional do cacau. Por conta da vassoura-de-bruxa, a produção brasileira encolheu quase 80% entre 1985 e 1999, de cerca de 449 mil toneladas para apenas 96 mil. Como consequência, a microrregião de Ilhéus e Itabuna, no sudeste da Bahia, sofreu com a maior onda de desemprego da sua história. Cerca de 250 mil trabalhadores rurais perderam seus postos de trabalho, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Mas os efeitos da crise do cacau não se restringiram aos anos de auge da praga, mostra um estudo dos economistas Yuri Barreto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Rodrigo de Oliveira, do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento da Universidade das Nações Unidas (UNU-Wider, na sigla em inglês). Em artigo publicado em maio de 2023 e atualizado com novos dados em março deste ano, os pesquisadores mostram como a vassoura-de-bruxa causou prejuízos duradouros naquela região da Bahia. A praga derrubou a renda e o acesso à educação da população local e foi possivelmente a principal causa do aumento do trabalho infantil nos municípios afetados. Segundo os autores, os resultados são particularmente relevantes num momento em que o mundo é afetado pelas mudanças climáticas, o que deve tornar cada vez mais frequentes eventos extremos com impactos na produção agrícola. A importância do cacau no sul da Bahia Nativo da Amazônia, o cacau chegou à Bahia em 1746, quando o francês Louis Frederic Warneaux, que vivia no Pará, enviou sementes ao fazendeiro português Antônio Dias Ribeiro, que as semeou onde hoje está localizado o município de Canavieiras. As fazendas de cacau foram se multiplicando na região ao longo do século 19, e as exportações avançaram à medida que aumentava o consumo de chocolate, produzido a partir do cacau, na Europa e nos Estados Unidos. Nas primeiras décadas do século 20, o cacau chegou a ser o principal produto de exportação baiano. "O cacau começou a ser cada vez mais importante, tanto que se transformou em uma monocultura", observa Lurdes Bertol Rocha, professora aposentada do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e autora da tese de doutorado A região cacaueira da Bahia - Uma abordagem fenomenológica. Um ano antes da chegada da vassoura-de-bruxa, a parcela do cacau na produção agrícola total dos municípios afetados no estado era de em média 84%, segundo Barreto e Oliveira. A Bahia era responsável por 86% da produção brasileira. "O cacau se tornou a base de tudo aqui na região, até 1989, quando chegou a vassoura-de-bruxa", diz a pesquisadora. A praga Como qualquer mercadoria, a história do cacau é marcada por flutuações de preços e do volume de produção. "O que é diferente na vassoura-de-bruxa, que nos interessou como objeto de estudo, é que há uma queda na produção, mas ela não cai e volta, como de costume", observa Yuri Barreto, da UFPE. "A produção cai e não volta mais, esse é o grande diferencial dessa crise." A vassoura-de-bruxa pode afetar o cacaueiro em diversas fases, desde a muda até a planta adulta, atacando tanto galhos, quanto flores, folhas e frutos. Quando o fungo infecta os brotos da árvore, provoca um inchaço da parte afetada e uma proliferação de pequenos brotamentos que, quando secam, lembram uma vassoura, daí o nome da praga, segundo a Ceplac. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa, o que reduz a produtividade das lavouras de cacau. Nos frutos, a vassoura-de-bruxa resulta em apodrecimento da polpa SCOTT BAUER, USDA AGRICULTURAL RESEARCH SERVICE Bioterrorismo A doença sempre existiu na Amazônia, mas não se alastrou ali por dois motivos principais: as condições climáticas e o fato de que o cacau nunca foi uma monocultura na região, explicam os pesquisadores. Já no sudeste da Bahia, não havia registros da praga até o repentino surto de 1989. A descoberta da vassoura-de-bruxa aconteceu em maio daquele ano, no município de Uruçuca. Em outubro, foi a vez de Camacan reportar a presença do fungo. À época, a principal explicação para a chegada da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia foi bioterrorismo por competidores da região amazônica ou da Costa do Marfim. "Apesar de nada ter sido provado sobre a responsabilidade ou as reais motivações, o consenso é de que o espalhamento do fungo foi criminoso e intencional", destacam Barreto e Oliveira, no estudo From Fields to Futures: The Lasting Effects of Crop Diseases on Education and Earnings (Dos campos aos futuros: os efeitos duradouros de pragas agrícolas na educação e renda, em tradução livre). Em 2006, o jornalista Reinaldo Azevedo – então um feroz crítico do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – escreveu na revista Veja um artigo de grande repercussão intitulado O bioterrorismo dos petistas. O artigo foi publicado em julho daquele ano, poucos meses antes das eleições presidenciais de outubro, que dariam a reeleição a Lula. Azevedo se baseou em uma investigação da Polícia Federal, na qual um ex-funcionário da Ceplac assumia o crime, e incriminava mais quatro pessoas ligadas ao PT e ao PDT. A suposta ação criminosa também foi tema do documentário O nó: Ato humano deliberado, de 2012, baseado em depoimento deste mesmo ex-funcionário. No entanto, nada foi provado, e a investigação foi arquivada. Mas essa versão dos fatos permanece viva no imaginário da região, observa Berreto. "Até hoje, ninguém consegue cravar com certeza como surgiu a vassoura [no sudeste da Bahia]", diz o pesquisador. "Existem teorias, mas elas também podem ter sido usadas com fins políticos. Não existem provas do que causou [o surto da doença], mas o que se sabe pelas análises feitas é que o padrão da forma como ela se espalhou indica que foi intencional." Os impactos da vassoura-de-bruxa Alguns fatores explicam porque a vassoura-de-bruxa teve um impacto tão grande no sudeste da Bahia. O primeiro deles, segundo os pesquisadores – ambos baianos –, é que a produção do cacau na região à época era uma monocultura. "A renda agrícola muito alta e a produção relativamente simples não incentivavam a diversificação", observam. Um segundo fator é que a cultura do cacau na região é feita por meio de um sistema produtivo chamado cabruca, que consiste na utilização da própria floresta para "fazer sombra" no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo. Na cabruca, a floresta é utilizada para 'fazer sombra' no cacaueiro, controlando a temperatura e a evaporação de água do solo RODRIGO OLIVEIRA Então derrubar a floresta e plantar outra coisa não era uma opção fácil, e uma mudança estrutural era uma grande dificuldade. Além disso, à época, pouco se sabia sobre a vassoura-de-bruxa, e as diversas tentativas da Ceplac de controlar a praga demoraram para surtir efeito. "O fato é que a região nunca se recuperou completamente", afirma Oliveira. A professora Lurdes Rocha, da Uesc, observa que essa recuperação foi prejudicada porque "ninguém sabia o que fazer". "A Ceplac também não estava preparada, e alguns fazendeiros até se suicidaram, porque ninguém estava preparado – nem financeiramente, nem tecnicamente – para essa eventualidade." Relatos sobre essa situação de desespero são comuns até hoje na região. "Minha família tinha várias fazendas cacaueiras entre Itajuípe e Ilhéus", conta uma usuária em uma rede social, comentando em uma postagem sobre o Dia do Cacau, celebrado em 26 de março. "Foi tudo devastado pela vassoura-de-bruxa. Houve suicídio, morte por desgosto, tudo perdido. Imóveis de um dia para o outro foram vendidos a preço irrisório, trabalhadores agrícolas [ficaram] pelas ruas passando fome, tudo muito triste." Efeitos de longo prazo Para além desses efeitos devastadores imediatos, os economistas Yuri Barreto e Rodrigo Oliveira investigaram os impactos sociais de longo prazo. Eles utilizam dados dos Censos demográficos de 2000 e 2010 para um conjunto de municípios nordestinos com características semelhantes. Essa amostra foi dividida entre municípios afetados pela vassoura-de-bruxa (o grupo de tratamento) e aqueles não afetados pela doença (o grupo de controle). Os pesquisadores então comparam indicadores educacionais e de renda nesses dois grupos ao longo do tempo. E fazem uma série de testes para se assegurar de que os efeitos captados são de fato relacionados à praga e não a outros fatores, como, por exemplo, possíveis diferenças de características entre os municípios ou a migração populacional causada pela perda de produtividade das lavouras. "O principal resultado que encontramos é que indivíduos que foram expostos durante a infância [aos efeitos da vassoura-de-bruxa] têm uma menor probabilidade – de cerca de 10% em relação à média – de concluir o ensino médio e cerca de 8% de redução da probabilidade de completar o ensino fundamental", observa Barreto. O estudo também aponta que a renda média nos municípios afetados caiu entre 25% e 38% de 1991 a 2000 devido à vassoura-de-bruxa. "A literatura mostra que, se uma família é pobre o suficiente, a educação passa a ser um bem de luxo", diz o pesquisador. "Então, se há uma crise muito grande, a criança não vai para a escola, ela acaba tendo que trabalhar, seja na roça – que agora está menos produtiva, então precisa de mais pessoas –, seja fazendo algum bico ou outra coisa." Assim, eles avaliam que a praga pode ter sido o principal fator a elevar a parcela de crianças trabalhando nos municípios afetados em até 30%, em comparação com a média do grupo de controle. A importância desses resultados Para Yuri Barreto, da UFPE, estudar um choque agrícola de grandes proporções, como foi a vassoura-de-bruxa no sudeste da Bahia no fim dos anos 1980, é particularmente relevante em um mundo em mudança climática, onde eventos naturais extremos devem ser cada vez mais frequentes. "O que mostramos é o custo futuro de não se preparar para esses desastres e como é importante ter uma rede de assistência social nesses casos", afirma. O pesquisador avalia que, se naquele momento as famílias contassem com mecanismos para amenizar a perda de renda, talvez aquelas crianças não precisassem ter saído da escola. Lurdes Rocha, da Uesc, destaca que, apesar da crise, a região passa agora por uma nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço atual do cacau. A arroba do cacau (unidade equivalente a 15 kg) na Bahia passou de R$ 212 para R$ 650 entre abril do ano passado e igual mês de 2024, segundo cotações disponíveis no portal Agrolink. Cacauicultura no sul da Bahia passa por nova fase de crescimento, impulsionada por iniciativas de produção sustentável e pelo alto preço do cacau RODRIGO OLIVEIRA Há cerca de dez anos, a região começou a se reinventar, com iniciativas dedicadas à produção de chocolates finos, em vez da simples venda de sementes de cacau para a grande produção. Entre marcas com atuação na região, estão a Dengo e a local Mendoá. Além disso, agricultores familiares também têm se dedicado à produção de chocolates de alta qualidade com suporte do Centro de Inovação do Cacau da Uesc. Lurdes, que é gaúcha, mas mudou-se para Itabuna em 1978 e chegou a ter uma pequena fazenda de cacau com o marido, vê com entusiasmo essa nova etapa. Mas ela reforça a relevância de análises de longo prazo como a de Barreto e Oliveira. "É importante porque, fazendo uma análise histórica do que aconteceu, não repetimos o erro", diz a professora. "Por exemplo, já sabemos que monocultura não dá certo, que na hora que houver um problema com aquela cultura, toda a região sofre." *Com a colaboração de Camilla Costa, da equipe de Jornalismo Visual da BBC. Saiba mais sobre a produção de chocolate no Brasil: Cacau era considerado alimento dos deuses por diversos povos De onde vem o que eu como: chocolate Saiba como funciona uma fábrica de chocolates finos na Amazônia Gente do campo: ribeirinhas se unem para preservar a Amazônia e gerar renda com chocolate Gente do campo: Chocolatier ajuda comunidades da Amazônia a obterem renda com o cacau

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Thu, 18 Apr 2024 12:32:22 -0000 -


Em abril, a desvalorização do real chegou a 4,5%. Getty Images via BBC O real se desvalorizou 4,5% no mês de abril — mais do que qualquer outra moeda entre os países do G20. As moedas que mais chegaram perto do real em desvalorização em relação ao dólar foram o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano — todos com desvalorização de 2%. Já outras moedas como o euro e a libra esterlina se desvalorizaram menos que 1% contra o dólar americano no mesmo período. Nesta semana, os mercados em todo o mundo sofreram com alguns choques econômicos que abalaram a confiança dos investidores. No Oriente Médio, um ataque com mísseis e drones do Irã a Israel aumentou temores de uma escalada de violência regional. E nos Estados Unidos, autoridades monetárias sinalizaram que as taxas de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano) devem cair mais lentamente do que analistas de mercado imaginavam. Números da semana passada sobre a economia dos EUA revelaram que a inflação não está caindo como o desejado pelas autoridades. Por isso, os juros devem ser mantidos num patamar mais alto por mais tempo — aumentando custos e até mesmo riscos de uma recessão no país. As repercussões dessas notícias foram globais. A principal delas foi nos juros dos papéis do Tesouro americano de 10 anos — que subiram de 4,35% em média para mais de 4,6%. Com juros maiores nos EUA, a moeda americana se valorizou em todo o mundo, já que se tornou mais atraente para investidores americanos manterem suas posições em dólares, e não em moedas estrangeiras. A notícia provocou mau humor entre investidores no mundo todo, que acreditam que os juros americanos maiores por mais tempo vão prejudicar a economia como um todo. O índice Ibovespa, o principal da bolsa brasileira, caiu 2% neste mês. Já o Dow Jones e o Nasdaq — índices de ações nos Estados Unidos — desabaram 4,4% e 3% respectivamente. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Real mais desvalorizado que as demais moedas O ministro da Economia, Fernando Haddad, sugeriu esta semana que o cenário internacional "explica dois terços" da desvalorização do real no Brasil. No entanto, o real brasileiro se desvalorizou muito mais do que as demais moedas no mundo neste mês (confira os dados na tabela abaixo.) Analistas de mercado dizem que um grande fator da desvalorização do real foi o anúncio feito nesta semana pelo governo brasileiro de que não pretende cumprir as metas de superávit fiscal no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina no final de 2026. As contas do governo têm impacto nos juros e na cotação da moeda nacional. Quando o governo arrecada mais do que gasta, ele produz o chamado superávit fiscal — o que contribui para a queda do endividamento público do Brasil. Esse menor endividamento contribui para reduzir preços, juros e custos na economia. A combinação dos cenários externo (queda mais lenta dos juros americanos) e doméstico (anúncio do abandono da meta de superávit para os próximos dois anos) fez com que o mercado mudasse suas previsões para o futuro no boletim Focus, o levantamento semanal feito pelo Banco Central brasileiro. Os agentes de mercado acreditam agora que a taxa Selic — o juro referência na economia brasileira — vai terminar o ano em 9,13%, em média. Na semana passada, a projeção era de 9%. A projeção da cotação do dólar para o final de ano subiu de R$$ 4,95 para R$ 4,97.

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Thu, 18 Apr 2024 11:48:29 -0000 -


Fruto é conhecido pela polpa amarela e o sabor marcante; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. Pequi, piqui, pequiá, piquiá, amêndoa-de-espinho... as formas de chamar são várias, mas todas se referem ao fruto que é um dos queridinhos do Cerrado brasileiro e parte importante da culinária local. Mas ele pode também ser um "vilão" para quem não comer do jeito certo... que o diga o influencer que foi para no hospital depois de morder um: é que o pequi tem espinhos dentro dele. Isso não é motivo para deixar de experimentar a fruta: o podcast "De onde vem o que eu como" ensina como comer sem riscos, inclusive com dicas compartilhadas pelo cantor Luan Santana. 🎧OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, saiba mais curiosidades do pequi. Espinhos do pequi Rede Globo 😬Jeito certo de comer Um spoiler: para quem vai comer a fruta, a dica é roer e não morder. Afinal, os espinhos ficam entre o caroço e a polpa. Então, o jeito é roer ou dar dentadas de leve na polpa, ensinou Luan em um vídeo postado nas redes sociais do cantor. No futuro, porém, talvez não seja preciso ensinar mais nenhuma "técnica" para comer a fruta. Isso porque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem desenvolvido algumas variedades de pequi sem espinhos. A pesquisa começou em meados dos anos 1990, com a produção de mudas por sementes e vegetativas, e hoje existem seis variedades: três delas com espinhos e outras três sem. 🍽️Pratos típicos Um dos pratos mais famosos é o arroz com pequi, no qual o sabor marcante e aromático do fruto faz uma ótima combinação com o arroz cozido e alguns temperos. Outra preparação popular é o frango com pequi, onde pedaços de frango são cozidos lentamente em um molho, perfumado pelo aroma do pequi. Arroz com pequi, Goiás Reprodução/TV Anhanguera Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera 😋Rico em nutrientes ➡️Vitaminas: o pequi é uma excelente fonte de vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, e a vitamina A, importante para a visão e pele. ➡️Saúde cardiovascular: a fruta contém compostos antioxidantes e ácidos graxos essenciais, que ajudam a reduzir o aspecto inflamatório. Ela também melhora os níveis de colesterol, quando consumida de maneira equilibrada. ➡️Digestão saudável: devido ao seu alto teor de fibras, o pequi ajuda a promover a saúde digestiva, prevenindo constipação intestinal e dando uma sensação de saciedade, o que pode auxiliar no controle do peso. É importante lembrar que o consumo do pequi deve ser moderado, devido ao alto teor de gordura presente. Incorporar ele em uma dieta equilibrada e variada pode trazer benefícios significativos para a saúde. "O pequi não é uma opção ideal para pessoas com dietas com baixo teor de gordura devido seu alto teor de macronutrientes", complementa Isolda Prado, nutróloga e professora na Universidade do Estado do Amazonas. Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem o que eu como: salada toma 'banho' com sabão e pode até se 'afogar' De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: banana

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Thu, 18 Apr 2024 08:43:05 -0000 -


Episódio conta sobre os espinhos dessa fruta que tem sua origem no Cerrado Brasileiro. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Apesar dos espinhos que o protegem, o pequi é uma verdadeira iguaria na culinária brasileira, sendo apreciado não apenas pela população local, mas também por visitantes de outras regiões do país. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Como evitar os espinhos do pequi; seus nutrientes e como eles ajudam na saúde; e os pratos típicos com essa fruta do Cerrado brasileiro. O podcast 'De onde vem o que eu como' é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.  Fruto do pequi, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera Leia também: 5 receitas com pequi para conhecer o fruto típico do Cerrado; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz; Mamão produz látex com propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias; entenda. 🎧OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: 📺ASSISTA TAMBÉM: De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão De onde vem o que eu como: flores comestíveis De onde vem o que eu como: chocolate Pequi é o tema do 85º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo

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Thu, 18 Apr 2024 08:40:05 -0000 -

Análise foi feita pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, com base nos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025 apresentado pelo governo. Depois de afrouxar a meta fiscal, a equipe econômica do governo trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação, mas uma análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado mostra que a mudança nos compromissos fiscais deixa o governo ainda mais longe de equilibrar as contas. O estudo da IFI projeta que o governo precisaria de um superávit anual de 1,5% do PIB para diminuir os riscos da economia brasileira e conter a trajetória da dívida pública. Segundo o diretor-executivo da Instituição, Marcus Pestana, além de combater o déficit, é preciso evitar o crescimento da dívida. “O objetivo do governo era atingir, em 2026, um superavit de 1% do PIB. Isso foi postergado para 2028. Para estabilizar a relação entre dívida e PIB, seria preciso um superávit anual de 1,5%”, afirmou. Klava: Haddad e Tebet devem ir a campo acalmar temores sobre meta fiscal no Brasil O relatório de acompanhamento da IFI, a partir da análise dos dados do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2025, aponta muitas dúvidas de que o governo consiga cumprir a meta e terminar 2024 com as contas no zero a zero. Segundo a Instituição, a mudança nas metas para os próximos anos permite um aumento de gastos de R$ 159 bilhões em 2025 e 2026. O valor difere pouco dos cálculos do governo (entenda abaixo). “A mudança da meta no primeiro ano do novo regime fiscal aprovado em 2023 é muito ruim para a credibilidade da política fiscal e cria um ambiente de desconfiança. Isso traz consequências como o aumento da taxa de juros e o aumento da dívida publica”, alerta Pestana. Segundo o diretor da IFI, outro problema é a desconfiança. “A criação de expectativas negativas quanto a política econômica pode abalar a disposição de investidores e agentes econômicos relevantes de apostar no Brasil”. acrescenta. Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas — valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), a equipe econômica previu, no projeto da LDO, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões.

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Thu, 18 Apr 2024 07:00:16 -0000 -


Contribuinte que cai na malha fina pode ter atraso no recebimento da restituição e corre o risco de receber uma multa do Fisco. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Os contribuintes que enviarem informações erradas ou diferentes dos dados fornecidos por outras entidades que também precisam prestar informações à Receita Federal — como empresas, instituições financeiras, planos de saúde e outros — podem acabar caindo na malha fiscal (também conhecida como “malha fina”). Nesses casos, a declaração é separada pela Receita para uma análise mais profunda, na qual fará uma verificação de pendências e de eventuais erros. Caso isso aconteça, o contribuinte pode ter atrasos no recebimento da restituição, se houver, e corre o risco de receber uma multa do Fisco. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 Como saber se eu caí na malha fina? Você pode saber se sua declaração está retida na malha fiscal por meio do e-CAC. Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida. Veja alguns pontos que podem ajudar a evitar a malha fina: ▶️ Cuidado com a omissão de rendimentos de dependentes: muitas vezes, o contribuinte esquece de colocar os rendimentos de seu dependente na declaração de Imposto de Renda, o que pode acabar levando à malha fina. Além disso, também vale lembrar que uma pessoa não pode ser declarada como dependente em mais de uma declaração; ▶️ Comprove as informações com atenção e não omita receitas: assim como no caso de dependentes, o contribuinte precisa ter cuidado ao comprovar seus próprios rendimentos. Verifique com atenção as informações financeiras para que não haja divergências em relação aos dados informados pelas empresas e entidades que também prestam contas ao Fisco; ▶️ Atenção com o carnê-leão: o erro acontece quando os contribuintes esquecem de acrescentar as informações do carnê-leão na declaração. Para que isso não aconteça, é preciso lembrar de importar as informações do documento para a declaração anual do Imposto de Renda 2024. Para isso, basta abrir o programa do IR e clicar em “Importações”. Na aba, selecione a opção “Carnê-leão 2024”. Depois, basta permitir o acesso do programa à conta gov.br ou digitar o código de acesso, e então as informações serão importadas e inseridas na declaração; ▶️ Caso opte pela declaração pré-preenchida, não esqueça de conferir as informações: os dados desse tipo de declaração são preenchidos com base no que é informado na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), entregue ao órgão por pessoas jurídicas pagadoras, empresas do ramo de imóveis e prestadores de serviços de saúde até o final de fevereiro. Ainda assim, o contribuinte ainda é responsável por confirmar, alterar, incluir ou excluir dados, se necessário; ▶️ Esteja com todos os documentos necessários em mãos: a falta de um documento na hora de preencher a declaração pode acabar gerando divergências em relação ao que foi declarado pela Dirf. Veja aqui quais são os documentos necessários para fazer a declaração; ▶️ Não confunda PGBL e VGBL: O PGBL permite deduzir até 12% do Imposto de Renda e deve ser declarado em “Pagamentos Efetuados”. Já o VGBL, que não é dedutível do IR, precisa ser informado na ficha “Bens e Direitos”; ▶️ Atenção na hora de declarar pensão alimentícia: houve uma a atualização no ano passado dos rendimentos de pensão alimentícia, que foram para a “Ficha de Rendimentos Isentos e Não tributáveis”. Outras dicas para evitar a malha fina são: ▶️ Revise os dados com calma; ▶️ Evite deixar para entregar a declaração na última hora; ▶️ Cuidado para não errar os números; ▶️ Atenção com a continuidade das informações passadas no ano anterior. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.

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Thu, 18 Apr 2024 03:00:22 -0000 -


Publicação falsa mente ao falar em saque total do FGTS e oferece ao leitor link para chat que induz a golpe. Circula pelas redes sociais uma publicação que promete saque do total do FGTS e oferece ao leitor um link para consulta e recebimento do valor. É #FAKE. g1 A publicação é intitulada "REVIRAVOLTA no FGTS 2024: Lula autorizou SAQUE TOTAL do FGTS? Saiba agora". Ao navegar pela página, o leitor e convidado a clicar no link: "Verifique se possui valores". Ele recebe a falsa informação de que tem dinheiro a receber -- em um teste feito pelo Fato ou Fake, a página informa que haveria R$ 3.284,72 a receber para saque imediato. A condição: pagar uma taxa de R$ 67. O leitor acaba transferido para uma página que simula ser o site oficial do governo brasileiro (https://www.gov.br/pt-br), mas que tem domínio diferente (começa com https://resgatarsaque.com/) A página é falsa e induz o leitor a um golpe. A Caixa, agente operador do FGTS, alerta que não há nenhuma campanha de saque do FGTS em andamento e que as operações são realizadas apenas por meio dos canais oficiais do banco, como o App FGTS, Internet Banking CAIXA, além das agências físicas. Para evitar fraudes, como no caso descrito, o banco recomenda que não sejam fornecidas senhas ou demais dados de acesso em outros sites e aplicativos que não os oficiais da Caixa. Segundo a Caixa, as hipóteses de saque do FGTS estão elencadas no art. 20 da Lei n° 8.036/90, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Entre elas estão, por exemplo, demissão sem justa causa, aposentadoria e ainda trabalhadores ou dependentes que tenham tido câncer. Veja a lista aqui. A Caixa informa ainda que os procedimentos para o saque do FGTS estão disponíveis para consulta na página da CAIXA na internet ou por meio do Portal do FGTS . Reitera que o cliente deve estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual e, principalmente, não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber. O autor da página em que o golpe aparece esclarece que o site não tem relação com o golpe, veiculado em forma de anúncio automatizado. Ele afirma que bloqueou e denunciou os anúncios golpistas e fez uma nova reportagem "esclarecendo e denunciando esses sites, que realmente são golpistas', mas não tem relação com seu site. É #FAKE página que promete saque total do FGTS Reprodução Fato ou Fake Explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)

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Thu, 18 Apr 2024 03:00:18 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.419 da Quina pode pagar R$ 40 milhões nesta quinta-feira (18). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quinta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias

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Thu, 18 Apr 2024 03:00:13 -0000 -


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.714 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (18), em São Paulo. No concurso da última terça (16), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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Thu, 18 Apr 2024 03:00:12 -0000 -


Projeção é que a empresa tenha mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final do ano. Mercado Livre Divulgação A empresa argentina de comércio eletrônico e serviços financeiros Mercado Livre anunciou nesta quarta-feira (17) que irá criar 18 mil empregos diretos no México, Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, chegando a mais de 76 mil trabalhadores em sua folha de pagamento até o final de 2024. A empresa tecnológica, presidida pelo magnata argentino Marcos Galperín, deve seu crescimento nos últimos anos principalmente à sua operação no México e no Brasil, onde incorporará 8,2 mil e 6,5 mil pessoas, respectivamente. Também opera em seu país de origem, a Argentina, onde empregará este ano mais 1,8 mil pessoas, assim como na Colômbia, onde recrutará 900, no Chile (360), Uruguai, Peru, Equador e Venezuela. LEIA TAMBÉM: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias; entenda os motivos Bolsa Família 2024: veja o calendário de pagamentos de abril Eletrobras quer permitir demissões em massa e cortar salários em 12,5% "Estamos comprometidos com a inclusão e o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico de nossa região, e para isso continuaremos contratando os melhores talentos", detalhou no comunicado Sebastián Fernández Silva, chefe de recursos humanos da empresa. Aos 25 anos de sua criação, a empresa se tornou em 2020 a companhia de maior valor de mercado da América Latina, segundo a revista Forbes. A empresa começou como uma plataforma para compra e venda de produtos, e depois expandiu para desenvolver serviços financeiros como a carteira virtual Mercado Pago, muito popular na Argentina e no Uruguai. Entenda o acordo de naming rights do estádio do Pacaembu

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Thu, 18 Apr 2024 00:35:53 -0000 -


Dezoito apostas que acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo vão levar R$ 36,9 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (20). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 139 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (17), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 174 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 18 apostas acertaram cinco dezenas e um ou nenhum trevo e vão levar R$ 36.963,04 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 03 - 08 - 25 - 27 - 41 - 43 Trevos: 2 - 5 Os outros ganhadores foram: 4 acertos + 2 trevos - 142 apostas ganhadoras: R$ 1.544,65 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1.724 apostas ganhadoras: R$ 127,22 3 acertos + 2 trevos - 3.005 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 18.026 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 23.810 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 14.4036 apostas ganhadoras: R$ 6 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (20). +Milionária, concurso 139 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa

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Wed, 17 Apr 2024 23:03:04 -0000 -

Fontes do governo confirmaram à GloboNews que secretário será o advogado Régis Dudena. Mercado de apostas esportivas online é visto como uma relevante fonte de receitas para o governo. O Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, o nome do novo secretário de Prêmios e Apostas esportivas. Fontes no governo confirmaram à GloboNews que o novo secretário é o advogado Régis Dudena. Dudena não vem do setor, mas é especialista em direito público e regulatório. Ele é sócio de um escritório de advocacia que atua na capital federal e doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A posse de Dudena está marcada para a próxima segunda-feira (22). O novo secretário já frequenta o Ministério da Fazenda. Ele vem se reunindo com membros da equipe e também se inteirando das questões relacionadas ao credenciamento das empresas de apostas esportivas. A indicação do advogado é atribuída ao secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. Dario e Dudena trabalharam juntos no Palácio do Planalto durante o governo de Dilma Rousseff. Ambos atuaram na secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. O nome de Dudena é ligado a outros nome da esquerda. Ele tem boas relações com Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP). A secretaria de prêmios e apostas começou a operar há dois meses. Desde então, estava sem um chefe efetivo. O advogado José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda que coordenou a regulamentação das apostas esportivas desde o começo, era o mais cotado para assumir o posto. Mas foi exonerado por pressão de políticos do Centrão. O cálculo que levou à sua demissão é de que Manssur não conseguia mais dialogar com o grupo político. O que poderia prejudicar a área econômica do governo em votações importantes no Congresso. Manssur vem atuando no setor privado. À Globonews, ele disse: "Dudena tem as melhores referências. Tem base e conhecimento para dar certo no cargo". Representantes das bets ouvidos pela GloboNews receberam bem o nome de Régis Dudena. Havia uma insegurança no setor desde a queda de Manssur. O temor era de que a secretaria passasse a ser chefiada por um nome do Centrão. Quem vinha coordenando os trabalhos na secretaria de Prêmios e Apostas como interina era a advogada Simone Vicentini, que também participou da regulamentação das bets desde o começo da gestão Lula. Fontes na área econômica afirmam que Simone deverá deixar o cargo. Câmara aprova texto-base da taxação das apostas esportivas e regulamentação do mercado de carbono

G1

Wed, 17 Apr 2024 22:21:17 -0000 -

Governo mudou contrato para atrair investidores, depois de três tentativas frustradas de leiloar a BR-381. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (17) a realização de um novo leilão para a BR-381 em Minas Gerais, conhecida como "rodovia da morte" pelo alto índice de acidentes. De acordo com o TCU, o trecho a ser licitado tem 303,46 km, de Belo Horizonte a Governador Valadares. O contrato será de 30 anos, com previsão de R$ 5,76 bilhões em investimentos. O governo fez algumas modificações no contrato para aumentar a atratividade do certame, depois de tentativas frustradas de leiloar o trecho rodoviário à iniciativa privada. Veja: aumento na taxa de retorno do empreendimento de 9,88% ao ano para 11,97% ao ano; aumento em torno de 5% nas tarifas a serem cobras em cinco praças de pedágio; aumento da tarifa teto, que será de R$ 18,34 a cada 100 km em pista simples e de R$ 25,68 a cada 100 km em pista duplicada; redução na quilometragem das faixas com construção de duplicações, travessias urbanas e acessos. Além disso, houve redução também em novos retornos, rotatórias e passarelas. Três pessoas ficam feridas após acidente na BR-381 em Ipatinga Outra alteração no projeto foi a exclusão do lote que prevê a realocação de pessoas em situação de moradia irregular no entorno do Anel Viário, em Belo Horizonte. Essas obras ficarão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A empresa que arrematar a concessão ficará responsável apenas pela prestação de serviços de atendimento, como socorro médico, mecânico e veículos de inspeção de tráfego. Tentativas frustradas O Ministério dos Transportes pretende levar a BR-381 a leilão ainda este ano. É uma das 13 concessões planejadas pela pasta, com previsão total de investimentos na ordem de R$ 122 bilhões. O governo tenta leiloar o trecho à iniciativa privada desde o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas sem sucesso. A estrada chegou a ter as obras licitadas em 11 lotes, mas a construção atrasou em vários trechos. Em 2022, a rodovia foi leiloada novamente, mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) cancelou o certame por falta de interessados. A agência pretendia aumentar a atratividade da concessão com a inclusão de um trecho da BR-262, no Espírito Santo, mas não obteve sucesso. Na última tentativa de leilão, neste ano, não houve interessados novamente. A rodovia é considerada pela ANTT como de alto risco, o que atrai menos investidores. A BR-381 é uma das rodovias mais perigosas do país, com alto índice de acidentes. Até dezembro de 2023, o trecho havia registrado mais de 2 mil acidentes.

G1

Wed, 17 Apr 2024 21:05:17 -0000 -


Governo estima que a medida, já em vigor em razão de uma MP, beneficia 15,8 milhões de pessoas. Proposta seguirá para sanção do presidente Lula. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto que, na prática, isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 2.824 mensais – o equivalente a dois salários mínimos, em 2024. O texto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apresentada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a proposta replica o teor de uma medida provisória, editada por Lula em fevereiro e que já está em vigor. Com a eventual sanção do texto, a MP será revogada, dando lugar à lei. Imposto de Renda: Quem deve declarar? Complemento fora do texto No papel, o projeto prevê uma faixa de isenção menor, que passará de R$ 2.112 para R$ 2.259,20. Este valor, no entanto, será complementado por um desconto estabelecido pelo governo para assegurar a isenção a dois salários mínimos. O benefício será de R$ 564,80. Somados, os dois montantes atingem os R$ 2.824. Portanto, na prática, quem ganha até dois salários mínimos não pagará IR — nem na fonte, nem na declaração de ajuste anual. O teto de isenção do Imposto de Renda estava congelado desde 2015. No último ano, subiu de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 mensais, já considerando o mecanismo de desconto criado pelo governo. LEIA TAMBÉM: Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja o calendário dos lotes de restituição Pré-preenchida e recebimento via PIX dão prioridade na restituição Receita espera receber 43 milhões de declarações neste ano Veja os limites para as deduções no Imposto de Renda Robô ajudará contribuinte a saber se deve declarar Mudanças rejeitadas Em seu parecer, o relator da proposta, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), rejeitou sugestões de mudança que estabeleciam novas ampliações na faixa de isenção. O valor corresponde a uma promessa feita por Lula na campanha ao Planalto em 2022 e reiterada pelo petista nos últimos dois anos. Segundo ele, até o fim de seu mandato, a isenção do IR será ampliada para até R$ 5 mil. Randolfe argumentou que as medidas serão discutidas, mais profundamente, em um projeto de reforma do Imposto de Renda, que deverá ser enviado pelo governo ainda este ano. De acordo com o governo, em 2024, a atualização da faixa de isenção do IR beneficiará 15,8 milhões de brasileiros. O Ministério da Fazenda estima uma redução de R$ 3 bilhões em receitas. Tabela do IR A atualização prevista no projeto é limitada somente à faixa de isenção do IR. As outras parcelas da tabela do Imposto de Renda permanecem sem mudanças. Apesar disso, o aumento da isenção beneficia indiretamente mesmo quem ganha mais de dois salários mínimos. Isto porque o IR não é cobrado sobre todo o salário. A tributação incide somente sobre os valores que ultrapassam as faixas isentas ou de tributação reduzida.

G1

Wed, 17 Apr 2024 20:27:25 -0000 -


Dívida pública bruta do país deve avançar para 86,7% em 2024. Já o déficit primário deve chegar a 0,6% do PIB este ano. Sede do FMI em Washington Reuters O Brasil deve registrar déficit primário maior que o esperado este ano e ter aumento da dívida pública bruta na comparação com o ano passado, mostraram projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas nesta quarta-feira. Segundo o organismo, em seu relatório Monitor Fiscal, a dívida pública bruta do país deve avançar para: 86,7% do PIB em 2024 (de 84,7% em 2023). 89,3% do PIB em 2025, e 90,9% em 2026. O dado é referente ao setor público não financeiro, excluindo a empresa de energia Eletrobras e a estatal Petrobras, e inclui a dívida soberana mantida no balanço do Banco Central. FMI recomenda que Brasil faça esforço fiscal mais ambicioso O déficit primário, por sua vez, deve chegar a 0,6% do PIB este ano — previsão acima do esperado pelo fundo em outubro passado, de déficit primário de 0,2% —, recuar a 0,3% em 2025 e somente em 2026 atingir o marco zero. FMI eleva projeção para o desempenho da economia brasileira em 2024 As projeções do FMI são piores do que a meta proposta pelo governo de resultado primário zero para 2025, que gerou temores sobre a questão fiscal no Brasil, dado que a proposta representa uma redução do esforço anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do PIB no próximo ano. Nesta quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, cumprindo agenda em Washington, disse que é preciso entender como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 afetará a função de reação da autoridade monetária. O FMI apontou para uma preocupação global com os crescentes gastos fiscais, em um ano em que uma contenção fiscal pode se tornar ainda mais difícil dado o recorde de países realizando eleições em todo o mundo.

G1

Wed, 17 Apr 2024 20:27:16 -0000 -


Relatos de clientes que tiveram o convênio suspenso aumentaram consideravelmente nos últimos meses, apontam especialistas. Muitas vezes, as pessoas são idosas ou realizam tratamentos para doenças graves, como o câncer. Entenda quais são os direitos do consumidor numa situação dessas. Stella Tarantino, de 90 anos, teve o plano de saúde cancelado repentinamente Arquivo pessoal via BBC Durante uma consulta de rotina com o cardiologista, a aposentada Stella Tarantino Lima, de 90 anos, foi orientada a marcar uma avaliação com um nefrologista, o médico especialista em rins. Mas o que parecia ser uma tarefa simples se transformou rapidamente num susto e numa enorme dor de cabeça que se prolongou por semanas. Logo após a passagem pelo cardiologista, uma das filhas de Stella, a engenheira Marília Tarantino Burger, foi buscar na internet um nefrologista que estivesse dentro da cobertura da Unimed Nacional, o convênio da mãe dela. Apesar de mudanças constantes nos nomes de empresas e nos pacotes de benefícios oferecidos, a aposentada paga o plano de saúde há mais de 30 anos. Atualmente, a mensalidade sai por cerca de R$ 3.900,00. Ao acessar o portal do cliente no final de março, porém, veio a surpresa na forma de uma mensagem: "A Unimed Nacional reitera que o contrato encontra-se em fase de rescisão, tendo sua vigência encerrada em 09/05/2024." "Fiquei perplexa, não entendi direito o que aquilo significava…", relata Marília. "Procurei uma consultora que analisa os planos de saúde e ela me confirmou que o plano seria de fato rescindido." “E só descobrimos isso por acaso, porque entramos no sistema para buscar um especialista”, destaca ela. Stella confessa que ficou indignada e aborrecida com a notícia. "Simplesmente me botaram para fora, sem justificativa nenhuma", conta ela. "Imagine pagar por um serviço durante 30 anos, para uma entidade que você confia, e de repente ser ‘cancelada’. Fiquei frustrada e com medo, pois já tenho 90 anos." A jornalista Mônica Tarantino, outra filha de Stella, resolveu expor a situação nas redes sociais. Uma postagem que ela compartilhou no Linkedin sobre o caso recebeu mais de 9,5 mil curtidas. "Nos comentários, muita gente relatou situações bem parecidas, de idosos, de pessoas em tratamento de câncer e até de crianças com autismo que acabaram excluídas pelos planos de saúde", destaca Mônica. "Eu não esperava essa repercussão com a postagem. Porque as empresas cancelam um contrato aqui e ali e achamos que sempre são casos pontuais. Mas não é uma coisa individual. Parece existir um problema coletivo aqui", considera ela. De fato, os números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a instância do governo responsável por regular esse setor, mostram que essas rescisões de contrato pelas empresas são relativamente frequentes. Segundo reportagem publicada no jornal Valor Econômico, nos últimos cinco anos foram mais de 69 mil reclamações relacionadas ao cancelamento unilateral dos planos de saúde. Apenas nos três primeiros meses de 2024, a ANS contabilizou 4,8 mil queixas do tipo. O advogado Rafael Robba, sócio do Vilhena Silva, escritório especializado em direito à saúde, também notou um aumento de casos parecidos ao de Stella. "Essa prática dos planos de saúde tem se tornado cada vez mais comum", observa ele. "Nós fizemos um levantamento aqui no escritório e, só no primeiro trimestre deste ano, ingressamos com o triplo de ações relacionadas à rescisão de contratos em comparação com o mesmo período do ano passado." Número de reclamações para mudança de plano de saúde sobe 44% 'Legislação omissa' Robba explica que existem dois tipos principais de planos de saúde. O primeiro é o individual, que uma pessoa contrata diretamente para si ou para a família. O segundo é o coletivo, que geralmente é acertado por uma empresa para os funcionários — ou por sindicatos e entidades de classe para os associados. "Para os planos individuais ou familiares, a legislação proíbe o cancelamento unilateral do contrato, a menos que exista inadimplência ou fraude", explica o advogado. No entanto, a mesma regra não vale para os convênios coletivos. Nesses casos, as empresas podem, sim, fazer o cancelamento quando bem entenderem, se isso estiver previsto no contrato que foi assinado no início. A rescisão só deve respeitar três regras. Número um: ela só pode ocorrer na data de aniversário do contrato. Dois: toda a carteira de clientes daquele plano coletivo deve perder o acesso (ou seja, não é possível excluir um indivíduo específico). E três: os usuários devem ser avisados com dois meses de antecedência sobre o término. "A legislação é omissa e, por conta disso, as operadoras colocam no contrato essa previsão de que podem cancelar o contrato sem nenhuma justificativa", opina Robba. A advogada Marina Magalhães, pesquisadora do Programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), destaca que a esmagadora maioria dos brasileiros que possuem planos de saúde estão em contratos coletivos — como a própria Stella. "Cerca de 82% dos brasileiros com acesso à saúde complementar têm planos coletivos", estima ela. "Os planos individuais, em que não há a possibilidade de cancelamento, são uma minoria e estão cada vez mais restritos e difíceis de contratar", complementa ela. Os consumidores precisam recorrer, então, aos planos coletivos oferecidos para empresas, sindicatos e associações, mesmo que exista o risco do cancelamento unilateral. No entanto, essa rescisão pode ser contestada na Justiça — algo que os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem estar cada vez mais frequente. “Em determinadas situações, esses cancelamentos podem ser considerados abusivos, principalmente quando o contrato inclui pessoas muito idosas ou que fazem um tratamento de saúde, que dificilmente vão conseguir contratar outro plano”, aponta Robba. “Nesses casos, a rescisão contraria a própria natureza do plano de saúde, que é justamente proteger a pessoa quando ela precisa de um cuidado. Nós pagamos o convênio por longos anos, enquanto estamos saudáveis, para justamente ter a garantia de usá-lo quando necessário.” “E essa decisão deixa a pessoa numa situação de extrema vulnerabilidade”, complementa ele. “No Idec, consideramos essa prática patentemente abusiva, em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil”, destaca Magalhães. A mensagem que as filhas de Stella viram quando acessaram o portal de serviços da Unimed Nacional BBC Robba explica que, nesses casos, os advogados que representam os clientes podem entrar com pedidos de liminar na Justiça para restaurar o plano — geralmente, os juízes tomam decisões favoráveis às pessoas e contrárias às empresas. “O Judiciário tem dado respostas muito rápidas nessas situações, muitas vezes no mesmo dia”, diz ele. “A ideia da liminar é justamente preservar o bem jurídico mais valioso que nós temos, que é a saúde e a vida. Em situações de cancelamento, o Judiciário tem dado respostas efetivas para impedir esse tipo de abuso contra o consumidor.” Os especialistas concordam que, apesar da agilidade dos processos e das liminares na Justiça, é preciso pensar em maneiras de resolver o problema na origem — ou seja, diminuir as brechas na legislação e coibir o cancelamento unilateral dos planos. Existe um projeto de lei em discussão na Câmara que pretende mudar algumas das regras que regem o mercado dos convênios. O PL 7419, criado em 2006, agrega cerca de 270 propostas de modificações na legislação — entre elas, uma possível proibição do cancelamento unilateral dos contratos coletivos. O atual relator do projeto é o deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que divulgou um parecer sobre as mudanças na lei em setembro do ano passado e fez o assunto voltar à pauta. Em outubro, porém, o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que o projeto de lei dos planos de saúde ainda não seria colocado em votação pelo plenário, pois há a necessidade de se discutir melhor o assunto e incluir as operadoras de saúde no debate. “Não temos nenhuma sinalização de que esse cenário vai mudar em breve”, lamenta Magalhães. Clientes podem perder acesso aos serviços de saúde contratados com o cancelamento do plano GETTY IMAGES via BBC 'Qualidade do serviço' e 'sustentabilidade' Procurada pela reportagem, a ANS informou que “atua ativamente na defesa dos direitos de todos os beneficiários da saúde suplementar, mantendo e atualizando normativos que visam protegê-los”. “Por isso, a reguladora destaca que tem regras claras sobre o cancelamento de planos e salienta que a operadora que rescindir o contrato de beneficiários, seja de plano coletivo ou individual, em desacordo com a legislação do setor pode ser multada em valores de até R$ 80 mil.” “Importante destacar que é lícita a rescisão unilateral, por parte da operadora, do contrato coletivo com beneficiários em tratamento. No entanto, se houver a rescisão do contrato de plano coletivo (por qualquer motivo) e existir algum beneficiário ou dependente em internação, a operadora deverá arcar com todo o atendimento até a alta hospitalar. Da mesma maneira os procedimentos autorizados na vigência do contrato deverão ser cobertos pela operadora, uma vez que foram solicitadas quando o vínculo do beneficiário com o plano ainda estava ativo”, destaca a ANS. “A agência orienta o usuário que estiver enfrentando problemas de atendimento para que procure, inicialmente, sua operadora para que ela resolva o problema e, caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos canais de atendimento [site, telefone e postos físicos]”, conclui a nota. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destacou que, “com o objetivo de garantir a qualidade na prestação dos serviços de saúde e a sustentabilidade dos contratos, as operadoras avaliam continuamente cada um dos seus produtos comercializados em conformidade com as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”. “Essa avaliação pode indicar a necessidade de readequar a estrutura dos produtos (planos de saúde) e descontinuar outros. Vale ressaltar, portanto, que pode haver a rescisão do contrato entre as pessoas jurídicas (a empresa contratante e a operadora) a pedido de uma ou outra parte, devendo ser sempre precedida de notificação prévia, observando-se as disposições contratuais”, explica o texto. “As operadoras possuem amplo portfólio de planos de saúde ativos sendo comercializados, proporcionando assim opções para quem deseja manter ou adquirir acesso à saúde suplementar”, diz a Abramge. Representantes das operadoras dizem que mudanças nos contratos visam garantir 'qualidade na prestação de serviços' e 'sustentabilidade' GETTY IMAGES via BBC Plano restaurado Enquanto buscava documentos e estudava as alternativas judiciais e de novos planos de saúde, a família Tarantino foi surpreendida por uma nova notícia. A Qualicorp, empresa que administra os planos de saúde, entrou em contato com Mônica no dia 11 de abril e informou que houve um "erro de comunicação". Portanto, o plano de saúde de Stella não havia sido cancelado de fato. A BBC News Brasil entrou em contato com a Qualicorp e com a Unimed Nacional, que confirmaram a informação. "Já estamos em contato com a família da beneficiária para garantir que todas as questões sejam esclarecidas de forma abrangente e satisfatória", escreveu a Unimed. "O plano está ativo e disponível para utilização, tanto pela beneficiária, quanto pelos demais associados da entidade. A administradora de benefícios informa que enviou comunicação para a cliente para prestar o devido esclarecimento e disponibiliza seus canais oficiais para esclarecer mais informações e tirar dúvidas", complementou a Qualicorp. Para Mônica, a notícia representa um alívio, mas não resolve todos os problemas. “O cancelamento da exclusão da minha mãe resolve temporariamente uma questão individual que ganhou muita visibilidade, mas não muda um cenário que permite às operadoras excluírem unilateralmente os usuários dos planos por adesão”, avalia ela. “Isso precisa ter fim, o que só acontecerá quando houver legislação que ponha um freio em mais esse abuso.” Mônica pretende agora compilar todos os relatos que foram compartilhados nas postagens de redes sociais sobre cancelamentos de planos de idosos, crianças com autismo ou pacientes com câncer — e depois compartilhá-los com as autoridades. “Quem sabe isso possa servir de subsídio para que as agências reguladoras e os legisladores tomem alguma decisão?”, questiona ela. Já Stella diz ter perdido a confiança no plano de saúde — e teme ser excluída novamente no futuro. “Quem garante que eles não vão me colocar para fora de novo assim que essa crise de agora for esquecida?”, conclui ela, referindo-se à repercussão do seu caso.

G1

Wed, 17 Apr 2024 19:15:05 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.418 da Quina pode pagar R$ 38 milhões nesta quarta-feira (17). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta quarta. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias

G1

Wed, 17 Apr 2024 17:50:04 -0000 -


Para presidente do BC, possibilidade de aumento de gastos públicos somada à piora do cenário econômico externo aumentam incertezas sobre o controle da inflação. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em imagem de 2023 Pedro França/Agência Senado O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17) que o trabalho da instituição para conduzir a inflação aos patamares pré-estabelecidos ficou mais "custoso e difícil" com a decisão do governo de propor mudanças nas metas fiscais de 2025 e 2026 (leia mais aqui). Isso porque, ao possibilitar mais gastos públicos em relação ao que era esperado anteriormente com a mudança das metas fiscais, a tendência é de uma pressão maior sobre inflação nos próximos anos -- dificultando seu controle. "A evidência do que vimos nos últimos dias nos mostra que o mercado ficou mais preocupado com relação ao fiscal [contas públicas], e qual vai ser o equilíbrio fiscal no futuro, com efeito no prêmio de risco, o que torna o trabalho mais difícil e custoso", afirmou Campos Neto, durante participação em evento da XP em Washington, nos Estados Unidos. Ele afirmou, entretanto, que a mudança das metas para as contas públicas por si só não gera uma relação mecânica na definição da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O importante, segundo Campos Neto, é como a alteração afeta as variáveis importantes para a expectativa de inflação, que levam o Banco Central a reagir por meio da taxa de juros, seja com elevação ou com redução da Selic. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro. Se as estimativas estão em linha com as metas, pode reduzir os juros. Se estão acima, pode manter a taxa estável ou até mesmo subir. Neste momento, a instituição já está mirando a meta deste ano, e também para o primeiro e o segundo semestres de 2025 (em doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida. "Mas o problema é que a âncora fiscal [meta para contas públicas] e monetária [objetivos de inflação] são intimamente relacionados. Se perde credibilidade, ou se há mais questionamentos sobre a âncora fiscal, fica mais caro do outro lado. São relacionadas. Sempre defendemos que devemos manter a meta, e fazer o que é necessário para atingi-la. Entendemos que houve necessidade de mudar", declarou o presidente do Banco Central. Campos Neto observou que a piora no cenário externo, juntamente com a alteração das metas para as contas públicas, aumentaram as incertezas em relação à última reunião do Copom, realizada em março. Com juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, percepção que se consolidou no mercado financeiro nas últimas semanas após a divulgação de índices de inflação, há um impacto sobre o dólar no Brasil -- que tende a ficar mais pressionado, como vem acontecendo nos últimos dias. E dólar mais alto pode indicar novas pressões sobre a inflação. O presidente do BC afirmou, ainda, que a instituição fará o que "for necessário" para trazer as expectativas de inflação para as metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Entenda as mudanças nas metas fiscais propostas pela equipe econômica do governo Mudança nas metas fiscais Nesta segunda-feira (15), o governo federal propôs reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As mudanças ainda têm de passar pelo Legislativo. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão.

G1

Wed, 17 Apr 2024 16:26:22 -0000 -

Caso o novo acordo seja aprovado, a companhia vai poder dispensar trabalhadores em grupo sem apresentar plano de demissão voluntária. Proposta de acordo prevê também possibilidade de cortes salariais. A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que prevê, entre outros pontos, corte de 12,5% em salários e a autorização para "demissões em massa", hoje proibidas. A autorização não significa, necessariamente, que as demissões serão feitas assim que o acordo for assinado. Em nota divulgada ao g1, a empresa disse que não há previsão de "demissões em massa". E que o que a Eletrobras busca é "rever cláusulas" do acordo coletivo para "implementar politicas de pessoal que estejam em linha com práticas do setor privado" (veja a íntegra da nota mais abaixo). As medidas foram propostas durante a renegociação do acordo coletivo, que vence neste semestre – as discussões começaram já em abril. Caso o novo acordo seja aprovado, com a anuência dos funcionário, a Eletrobras vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária -- que garante alguns benefícios àqueles que escolhem se desligar da empresa. Já a proposta de corte dos salários prevista na proposta da Eletrobras vale para os funcionários que recebem até R$ 15,5 mil. Quem recebe esse valor, por exemplo, pode ter um corte de mais de R$ 1,9 mil por mês. A legislação trabalhista atual prevê que salários acima desse patamar podem ser negociados fora do acordo coletivo. O g1 apurou que, ao abrir a negociação, a Eletrobras enviou aos sindicatos uma lista das cláusulas do acordo atual que a empresa "aceitaria" manter na nova versão. A cláusula sétima, que trata das demissões, não está nessa lista. O trecho que a Eletrobras não quer renovar por mais um ano diz que: "Para o período de 01.05.2022 a 30.04.2024 fica definido para as Empresas Eletrobras que as dispensas em massa efetuáveis de uma só vez; as coletivas, realizadas em lotes; e as individuais sucessivas, caracterizadas pelo somatório como massivas, ficarão condicionadas à prévia oferta do plano de desligamento voluntário incentivado, nos termos do parágrafo segundo." Modelo de privatização da Eletrobras é criminoso ao tirar poder de decisão do governo, diz ministro Íntegra da nota da Eletrobras Veja a íntegra da nota divulgada pela Eletrobras: "As negociações da Eletrobras com os sindicatos da categoria não envolvem qualquer possibilidade de demissão em massa. Pelo contrário: nos últimos dez meses, a empresa contratou mais de 1.000 profissionais, valorizando sua força de trabalho. O que a Eletrobras busca é rever cláusulas de seu acordo coletivo anterior à capitalizacao para implementar politicas de pessoal que estejam em linha com práticas do setor privado", afirmou a empresa. Trabalhadores citam negociação difícil O assunto chegou ao governo federal no início de abril. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu integrantes da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que reclamaram de dificuldades para negociar com a nova gestão da Eletrobras privatizada. Segundo a coordenadora do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Fabíola Latino Antezana, o sindicato questionou a Eletrobras sobre a redução da folha salarial durante a segunda rodada de negociação. "Questionamos também na proposta uma tentativa de redução salarial sem o que está estabelecido na CLT pós-reforma trabalhista, que traz algumas premissas de redução, entre elas a garantia de emprego. E a empresa foi categórica em afirmar que não há na proposta a garantia de emprego aos trabalhadores", disse. Segundo Antezana, a preocupação dos sindicatos é que, com menos empregados, haja precarização dos serviços prestados pela Eletrobras, de geração e transmissão de energia. "Por isso que, para nós, é tão importante que haja a cláusula da garantia de emprego para evitar essas demissões em massa, que a Eletrobras inclusive já tem, através de seus atos de gestão internos, comunicado a algumas categorias de trabalhadores", declarou. A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022. O Estado brasileiro continuou acionista da companhia, embora não tenha mais controle acionário -- ou seja, não pode mais decidir os rumos da Eletrobras. A nova gestão que a assumiu a Eletrobras após a privatização, em uma chapa composta por alguns dos acionistas privados, iniciou um processo de redução de custos e lançamento de planos de demissão voluntária com o objetivo de "enxugar" a companhia.

G1

Wed, 17 Apr 2024 15:52:11 -0000 -

Governo autorizou R$ 2,4 bilhões em repasses nesta semana. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu R$ 24 milhões, enquanto presidente da Câmara não teve emenda liberada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destravou a liberação de emendas nesta semana e privilegiou aliados na distribuição da verba ao Congresso Nacional. Foram autorizados cerca de R$ 2,4 bilhões, e os repasses atendem principalmente a pedidos de senadores e deputados mais próximos ao governo. Esse lote de dinheiro para o Congresso é recorde no ano e ocorre em meio a votações importantes que Lula enfrentará, como uma folga de R$ 15 bilhões no Orçamento desse ano e a análise de vetos, prevista para a próxima semana. Todos os deputados e senadores têm direito a emendas, que são aqueles recursos que eles usam para bancar obras e projetos em seus redutos eleitorais. Com isso, os parlamentares conseguem ganhar mais capital político entre os eleitores. O governo, porém, pode ditar o ritmo desses repasses e fazer acenos ao Congresso quando propostas do presidente precisam avançar. Ou seja, a autorização de emendas é geralmente usada como moeda de troca em votações na Câmara e no Senado. A cúpula do Congresso é um exemplo da discrepância na lista de parlamentares beneficiados pelo dinheiro liberado por Lula até agora. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu o aval no valor de R$ 24 milhões. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não teve emendas repassadas ainda. Arthur Lira sobre Alexandre Padilha: "Desafeto pessoal" O embate entre Lira e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), escalou na semana passada. Padilha é responsável pela articulação política do governo, o que inclui a liberação de emendas. O desgaste ganhou novo desdobramento após a exoneração do primo de Lira, Wilson César de Lira Santos, do cargo de superintendente do Incra em Alagoas. O presidente da Casa já tinha sido avisado que a situação do primo era insustentável, mas foi surpreendido com a exoneração nesta terça-feira (16). Como mostrou o blog do Valdo Cruz, Lira deixou claro, durante reunião com líderes, que, em sua opinião, está sendo retaliado pelo Palácio do Planalto. Disse também que pretende dar prioridade para as pautas da oposição nas próximas semanas, como pacote anti-invasão de terras e também projetos da área de costume, além da instalação de cinco CPIs simultaneamente. Distribuição no Senado As principais liberações até agora foram nas emendas individuais. Pelas regras, todo deputado, seja governista ou de oposição, tem direito a R$ 37,9 milhões. Os senadores têm R$ 69,6 milhões. Esses valores são para todo o ano. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) conseguiu o repasse de R$ 63 milhões, quase todo o montante do ano. Outros aliados do governo, como os senadores Marcelo Castro (MDB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Davi Alcolumbre (União-AP), receberam entre R$ 26 milhões e R$ 34 milhões. Esses números divergem das autorizações para senadores de oposição, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Jorge Seif (PL-SC), que ficaram com R$ 810 mil e R$ 700 mil, respectivamente. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que também é próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu R$ 18 mil. Distribuição na Câmara Na Câmara, apesar de os deputados terem direito a menos recursos, alguns conseguiram ocupar o topo da lista, junto com alguns senadores. É o caso do deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), que conseguiu a liberação de R$ 23 milhões. O deputado Castro Neto (PSD-PI) obteve R$ 19 milhões. Os dois são, respectivamente, filhos dos senadores Otto Alencar e Marcelo Castro. Os deputados Gabriel Nunes (PSD-BA), Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Zeca Dirceu (PT-PR) conseguiram entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões, enquanto Mário Frias (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP) conseguiram R$ 200 mil. Os parlamentares vinham cobrando do Palácio do Planalto que as emendas fossem destravadas ainda neste mês. A partir de junho, por causa do calendário eleitoral, há limitações a esses repasses. Portanto, quem consegue a liberação de emendas mais cedo tem mais tempo para obter ganhos políticos com os recursos às vésperas da eleição municipal, quando parlamentares tentam emplacar aliados nos cargos e se fortalecerem para a eleição de 2026.

G1

Wed, 17 Apr 2024 15:43:38 -0000 -

Texto concede 5% de aumento a cada cinco anos para Judiciário e MP até limite de 35%. Valor não estaria sujeito ao 'abate-teto'; governo aponta risco de rombo e efeito-cascata. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede um aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. O texto, que seguirá para análise do plenário, turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. Pelo texto da PEC, o valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). Relator da proposta, o senador Eduardo Gomes (PL-TO) estendeu, em seu parecer, o benefício para ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e conselheiros dos tribunais de contas municipais e estaduais. Gomes também propõe permitir que o penduricalho seja pago a: defensores públicos servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) procuradores dos estados e do DF e delegados da Polícia Federal O acréscimo do salário para estas categorias valerá para os casos em que o servidor for impedido ou optar por não exercer a advocacia privada. Em todos os casos, o texto autoriza o pagamento do penduricalho a aposentados e pensionistas. Lira reage à pecha de vilão e questiona aliados: 'Preciso descer para organizar a base?' Governo vê 'pauta-bomba' Popularmente conhecida como PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, com o apoio do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os senadores chegaram a colocar em votação uma versão anterior da PEC que tramitava desde 2013. Aliados do então presidente eleito Lula, no entanto, conseguiram adiar a análise. Lideranças do Planalto têm atuado contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas as esferas, federal, estadual e municipal. O presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), usou de uma estratégia regimental para avançar com a votação do texto – a despeito de críticas de parlamentares, que tentavam retomar a discussão da PEC. Líder do governo na Casa, o senador Jaques Wagner (PT-BA) classificou a proposta como uma “bomba [fiscal] que pode estar por vir”. O senador disse haver um estudo que indica que o impacto dos benefícios previstos na proposta pode ser de cerca de R$ 42 bilhões por ano. “É um tsunami do ponto de vista das carreiras jurídicas. Isso vai ter impacto nos 26 estados e no DF. Não ficará restrito. A pressão sobre os governadores será imensa [...] Entendo o espírito do presidente Rodrigo [Pacheco], o esforço que ele está fazendo. Mas estou só alertando pro tipo de impacto fiscal que vai dar. Não existe orçamento próprio de nenhum Poder”, disse Jaques. Defensores da PEC, entre eles o presidente Rodrigo Pacheco, avaliam que o texto é uma forma de valorizar as carreiras, enquanto não há propostas de reformulação das estruturas dos servidores. De acordo com o texto, o benefício vai substituir outros adicionais por tempo de serviço. A implantação do quinquênio dependerá, ainda segundo a proposta, de ato próprio do órgão responsável pelas carreiras beneficiadas. Também será preciso comprovar recursos no Orçamento para financiar o penduricalho. Durante a discussão desta quarta, senadores pleitearam a inclusão de novas categorias dentro do escopo da proposta. Davi Alcolumbre defendeu que eventuais alterações sejam discutidas no plenário. Segundo o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco deverá convocar, antes de dar início à discussão da proposta, uma sessão exclusiva para debater o teor da proposta. Limite aos supersalários O presidente do Senado tem defendido que o avanço da PEC do Quinquênio no Congresso estará associado a um projeto que combate os chamados supersalários no funcionalismo público, que driblam o teto constitucional de R$ 44 mil. Segundo Alcolumbre, Pacheco tem conversado com representantes das categorias e até mesmo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para costurar um acordo em torno da PEC. “Aí, nós vamos resolver esses problemas dos penduricalhos, que nós acompanhamos muitas das vezes pela imprensa, magistrados recebendo 200, 300, 400, 500 mil de remuneração. Por quê? Porque não tem uma regra estabelecida concreta que proteja, que acabe com o penduricalho e que dê uma situação de estabilidade na vida desse servidor público”, disse o presidente da CCJ.

G1

Wed, 17 Apr 2024 15:22:44 -0000 -

Rogério Ceron afirmou ao g1 e à TV Globo que a área econômica trabalha em novas ações para elevar receitas. Medidas serão incluídas na proposta de Orçamento para 2025, a ser enviada ao Congresso em agosto. A proposta do governo de afrouxar as metas fiscais para 2025 e para 2026 não afastou a necessidade de buscar arrecadação extra para tentar cumprir os objetivos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a equipe econômica já trabalha em novas medidas para aumentar a arrecadação e, com isso, perseguir as metas para as contas públicas. "Têm medidas [para elevar a arrecadação] que vão ser feitas ainda. Para atingir esses objetivos, temos de continuar perseguindo eles, adotando medidas. Se tivermos uma ruptura no compromisso com a recuperação fiscal do país por qualquer um dos poderes, nós teremos dificuldades nesses objetivos", declarou Ceron ao g1 e à TV Globo. As medidas, que estão em estudo no âmbito da Secretaria da Receita Federal, serão incluídas na proposta de orçamento do ano que vem -- que tem de ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto. Para 2025, os números do Tesouro indicam que será preciso arrecadar R$ 60 bilhões a mais, mesmo com a meta fiscal de "déficit zero", menos ambiciosa – entenda mais abaixo nessa reportagem. No ano passado, o governo adotou o mesmo procedimento. Incluiu no orçamento a proposta de elevar a arrecadação em R$ 168 bilhões para tentar cumprir a meta fiscal de 2024 -- que é de zerar o rombo das contas públicas. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Entre as propostas anunciadas em 2023, havia mudanças no Carf (instância de recursos da Receita Federal), tributação de fundos exclusivos e "offshores", além de alteração no formato do regime de juros sobre capital próprio (das empresas) -- todas, já aprovadas pelo Congresso Nacional. "Para o envio da proposta orçamentária [de 2025, em agosto], elas serão enviadas. Como fizemos no ano passado", confirmou o secretário Rogério Ceron. O secretário do Tesouro não quis antecipar quais ações para aumentar a arrecadação estão em estudo. Essas receitas adicionais serão necessárias mesmo que a arrecadação prevista até o momento seja, de fato, atingida. Ou seja: a previsão de gastos supera a previsão de receitas, até o momento. Ceron, do Tesouro Nacional, avalia que o resultado é factível, apesar da descrença do mercado financeiro. “Não há perspectiva alguma de alteração da meta [de zerar o déficit]. Não tem por que jogar a toalha e não perseguir essa meta em 2024”, declarou. Corte de despesas não é suficiente O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado nesta semana pelo governo inclui, além da revisão das metas, as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As ações já foram, inclusive, tomadas: a revisão do cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para combater fraudes, e mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A projeção do governo é que, com essas propostas, seria possível economizar cerca de R$ 9,3 bilhões por ano. O valor não é suficiente para cobrir a arrecadação extra. Desde o ano passado, economistas ouvidos pelo g1 avaliam que há espaço para o governo avançar nas medidas de reduções de despesas. Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos Arrecadação adicional No mês passado, o Tesouro Nacional informou, por meio do relatório de projeções fiscais, que a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026 para cumprir as metas fiscais. Nesta semana, o governo anunciou a proposta, que ainda precisa passar pelo crivo do Legislativo, de reduzir as metas fiscais dos próximos anos. Em 2025, ao invés de buscar um superávit de R$ 62 bilhões, quer atingir uma meta de déficit zero (sem superávit, e nem déficit). Para 2026, ao invés de buscar um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões), quer uma meta de um saldo positivo menor, de cerca de R$ 33 bilhões. Com a redução das metas fiscais nestes dois anos, o espaço que o governo ganhou para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Mesmo assim, segundo os números do Tesouro Nacional, ainda faltam cerca de R$ 130 bilhões nos dois anos para atingir as metas – valor da arrecadação adicional necessária para cumprir as metas. Faltam cerca de R$ 60 bilhões em 2025; Faltam aproximadamente R$ 70 bilhões em 2026. Rombo nas contas em todo governo Lula Apesar de buscar um superávit nas contas em 2026, o último da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica previu, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada nesta semana, rombos fiscais para o país durante toda a atual gestão. Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas fiscais serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Em temos de metas fiscais, objetivo do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões.

G1

Wed, 17 Apr 2024 15:01:52 -0000 -

Montante reúne, por exemplo, prejuízos com pirataria, contrabando e ligações clandestinas de água e luz. Estudo da CNI será apresentado ao ministro Ricardo Lewandowski. Brasil perdeu R$ 453,5 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022 Levantamento de entidades do setor da indústria mostra que o Brasil registrou em 2022 um prejuízo total de R$ 453,5 bilhões com o mercado ilegal. O estudo, chamado “Brasil Ilegal em Números”, foi produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações estaduais das indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento será apresentado nesta quinta-feira (18) em Brasília ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante seminário na CNI. O montante de R$ 453,5 bilhões, conforme o estudo, abrange os prejuízos com: contrabando; pirataria; roubo; fraude fiscal; sonegação de impostos; furto de serviços públicos. Para o diretor da Fiesp e da Firjan Carlos Erane de Aguiar, os números do levantamento mostram um “desastre nacional”, que atinge diretamente cidadãos e os governos. “A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade”, afirmou em comunicado divulgado pela CNI. Máfia dos cigarros falsificados proíbe a venda de contrabando do Paraguai, usando terror “Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, acrescentou. Segundo o levantamento, dados do Índice Global de Crime Organizado mostram o Brasil na posição de número 171 em um ranking que avalia o mercado de produtos falsificadas em 193 países. Isto quer dizer, ainda conforme o estudo, que a situação do Brasil é “especialmente alarmante”. Impactos diretos De acordo com o levantamento das entidades do setor da indústria, os principais impactos do mercado ilegal incluem: ao menos 15 setores da economia afetados diretamente; cerca de 370 mil postos de trabalho que deixaram de ser gerados nesses setores; R$ 136 bilhões que deixaram de ser arrecadados em impostos; R$ 6,3 bilhões que deixaram de ser arrecadados com os “gatos” de energia, isto é, conexões clandestinas; R$ 14 bilhões que deixaram de ser arrecadados com as ligações clandestinas de água. “ É notório que o mercado ilegal é um problema que afeta não apenas a indústria, mas toda a sociedade, responsável por um ciclo gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo. “Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos”, acrescenta o levantamento. Apreensões de contrabando de alho e cebola aumentaram 1.000% neste ano Produtos ilegais de outros países O levantamento do setor da indústria também leva em conta a entrada no Brasil de produtos ilegais com origem em outros países. De acordo com o estudo, em 2023, a Receita Federal fez 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$3,78 bilhões em mercadorias. “Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes”, informa o estudo.

G1

Wed, 17 Apr 2024 13:32:49 -0000 -

Esse foi o quarto mês consecutivo de crescimento do nível de atividade. Em 12 meses até fevereiro, o IBC-Br apresentou crescimento de 2,34%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central do Brasil, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior, informou a instituição nesta quarta-feira (17). O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. De acordo com dados do BC, esse foi o quarto mês seguido de crescimento do nível de atividade. Na comparação com fevereiro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,59%. Na parcial do ano, o índice teve alta de 2,95%. Já em 12 meses até fevereiro, apresentou crescimento de 2,34%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal. O Fundo Monetário Internacional revisou a previsão de crescimento da economia mundial e também da brasileira PIB e IBC-Br O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,95% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%. O IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE. O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. No fim de março, a taxa foi reduzida para 10,75% ao ano pela sexta vez seguida.

G1

Wed, 17 Apr 2024 12:02:49 -0000 -


Moeda norte-americana caiu 0,50%, cotada a R$ 5,2434. Já o principal índice acionário da bolsa de valores recuou 0,17%, aos 124.171 pontos. Dólar opera em baixa Freepik O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (17), em um movimento de correção após uma sequência de cinco avanços das cotações nos últimos dias, que fizeram a moeda disparar 5,25% em uma semana. Os principais pontos de atenção dos investidores seguem os mesmos: a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, a piora da percepção de risco fiscal no Brasil e, além disso, a cautela com o conflito no Oriente Médio. O mercado ainda repercute a temporada de balanços nos Estados Unidos, com algumas empresas entregando resultados positivos. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, também teve queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar fechou em queda de 0,50%, cotado a R$ 5,2434. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula: alta de 2,39% na semana; ganho de 4,55% no mês; alta de 8,06% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada em R$ 5,2697, no maior patamar desde março de 2023 (R$ 5,2884). Ibovespa O Ibovespa teve queda de 0,17%, aos 124.171 pontos, no menor nível desde novembro de 2023 (123.166 pontos). Com o resultado, acumula: queda de 1,41% na semana; baixa de 3,07% no mês; recuo de 7,46% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,75%, aos 124.389 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Investidores voltaram a acreditar que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora a percepção do mercado sobre os juros americanos, mais da metade dos investidores espera que o primeiro corte nas taxas seja só em setembro. Antes, as expectativas eram de que o ciclo de baixas começasse ainda no primeiro semestre. Essa percepção veio depois da divulgação de dados fortes da economia nos últimos dias. Na segunda, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na terça-feira que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. "Minha perspectiva básica continua sendo a de que a inflação diminuirá ainda mais, com a taxa básica mantida estável em seu nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com a demanda e a oferta de trabalho continuando a se reequilibrar", disse Jefferson em comentários preparados para um discurso em uma conferência de pesquisa do Fed em Washington. "É claro que as perspectivas ainda são bastante incertas, e se os dados disponíveis sugerirem que a inflação é mais persistente do que espero atualmente, será apropriado manter a atual orientação política restritiva por mais tempo. Estou totalmente empenhado em fazer a inflação voltar a 2%." Nesta quarta-feira, o Fed divulgou o Livro Bege, um retrato da saúde da economia norte-americana. O relatório diz que a atividade dos EUA expandiu ligeiramente do final de fevereiro até o início de abril, e havia temores entre as empresas de que o progresso na redução da inflação ficasse estagnado. "Dez dos doze distritos tiveram um crescimento econômico leve ou modesto (...). A perspectiva econômica entre os contatos foi cautelosamente otimista, no geral", diz. No relatório, o ritmo da alta dos preços foi descrito em geral pelas empresas como modesto, em média, mas seis distritos do Fed destacaram aumentos moderados nos preços de energia e os contatos em alguns deles, principalmente no setor de manufatura, viram riscos de alta no curto prazo nos preços de insumos e de produção. O risco fiscal também continua pesando sobre os mercados. Na segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na segunda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. ENTENDA: Dólar dispara de R$ 5 a R$ 5,26 em sete dias Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Além disso, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil.

G1

Wed, 17 Apr 2024 12:02:33 -0000 -


Valores voltados a investimentos são até 116% maiores do que os programados para o ciclo 2023/2024. Câmara setorial da Abimaq aponta necessidade de mais recursos para reduzir dependência dos bancos e garantir mais estabilidade à indústria nacional. Custeio e investimentos podem ser pleiteados no Plano Safra Freepik À espera do anúncio do Plano Safra 2024/2025, representantes do agronegócio solicitam ao menos R$ 36 bilhões para investimentos em máquinas agrícolas pelo pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp De acordo com Pedro Estevão Bastos Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, foram solicitados R$ 26 bilhões pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), incluindo valores para o médio produtor (Moderfrota Pronamp), além de R$ 10 bilhões pelo Pronaf Mais Alimentos. Os valores, sugeridos durante um encontro com autoridades em Brasília (DF) há cerca de um mês, representam incrementos de 116% e 66% com relação aos créditos disponibilizados no ciclo 2023/2024. Segundo Oliveira, a elevação visa garantir que as linhas do governo federal, com taxas de juros menores que as dos bancos, durem mais tempo e permitam maior estabilidade nas vendas das indústrias brasileiras ao longo do ano. Para 2024, o setor projeta um recuo de 15% nas vendas, diante de um cenário de desvalorização das commodities e questões climáticas. "O Modefrota durou quatro meses. Ou seja, você passa oito meses sem dinheiro do governo. (...) Um período do ano você fica com as vendas muito dependendo de juros de mercado. E aí se tem um período muito intenso de vendas e outro meio parado. Isso para a indústria não é bom. Para a indústria é bom você ter um negócio que fica ao longo do tempo, sem grandes variações", argumenta. O presidente da Câmara setorial, no entanto, pondera que as taxas de juros a serem definidas pela União devem ficar em um patamar "razoável", abaixo dos 18%, mas não tão reduzidas, porque a prioridade é a maior disponibilidade de recursos. "Se você colocar um juro muito baixo, você tem um subsídio maior em relação à taxa atual. E se você coloca um subsídio muito grande, o governo diminui o valor. Então a gente sempre deixa esse assunto para o governo resolver, porque nós sempre advogamos por um maior volume de dinheiro. Se você baixa muito o juro, o volume de dinheiro cai muito", explica. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 Destinado a ajudar no custeio e nos investimentos do setor agropecuário brasileiro, o Plano Safra é divulgado todos os anos geralmente no período entre maio e junho e com validade entre julho e junho do ano seguinte. Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq Divulgação/ Abimaq Para o período compreendido entre 2023 e 2024, o governo federal anunciou um total de R$ 435,8 bilhões, dos quais 73% já tinham sido utilizados até o início de abril. Mas valores voltados para renovação e expansão da frota agrícola, segundo Oliveira, já não estão disponíveis. Nesse sentido, segundo ele, as lideranças também chegaram a pedir ao governo federal uma antecipação no anúncio do Plano Safra para melhorar as perspectivas de negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio. "Esses recursos basicamente são para custeio, não servem. Custeio você empresta para um ano, no máximo dois, então você tem outra dinâmica. Quando você fala em investimento, está emprestando para sete, dez anos, e tem outra perspectiva de tempo e de custo." Enquanto o novo Plano Safra não é anunciado, diferentes entidades ligadas ao campo no país apresentam suas propostas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), com outros sindicatos rurais, por exemplo, solicitou um montante total de R$ 568 bilhões para 2024/2025 e taxas de juros de até 9%. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

G1

Wed, 17 Apr 2024 09:01:09 -0000 -


Série 'De onde vem o que eu como' mostra o cultivo de um dos alimentos mais consumidos no Brasil desde a época pré-colonial. De onde vem o que eu como: mandioca Mandioca tem cianeto, uma substância tóxica que é eliminada durante o cozimento. Popular em Belém do Pará, a mandioca passa por esse processo para fazer caldo: "Eu vou tomar um tacacá, dançar, curtir, ficar de boa", conhece esse hit da música brasileira? Também conhecida como macaxeira, aipim ou até pão-de-pobre, dependendo da região — a mandioca está presente na culinária brasileira nos quatro cantos do país desde a época pré-colonial, quando os indígenas a tinham como um dos principais alimentos devido ao seu valor nutricional e facilidade de preparo. Neste episódio da série De onde vem o que eu como, o g1 foi até Ubirajara, interior de São Paulo, entender como a mandioca é produzida, do campo até a sua mesa. Nesta reportagem, você verá que... 🍠... a mandioca contém cianeto, uma substância tóxica que é removida do alimento durante o cozimento. Quando a quantidade do composto químico é alta, a mandioca é chamada de brava e precisa passar por um cozimento industrial antes de ir para mesa. Quando o nível de cianeto é baixo, ela é chamada de mansa e pode ser consumida após o cozimento simples. 🌱... e não dá para uma pessoa que não seja especialista diferenciar qual é brava e qual não é só de olhar... Mas o produtor já diferencia na hora da colheita. As folhas da planta, por exemplo, podem indicar qual o tipo. Outra alternativa é experimentar um pedaço pequeno. Se estiver amargo, é de mandioca brava. Mas não convém arriscar. 🎋Pará, Paraná e São Paulo são os estados que mais produzem o alimento. Em 2023, o Brasil produziu 19 milhões de toneladas de mandioca. Produtor organizando manivas para plantar mandioca Fábio Tito/g1 Produtores colhendo mandiocas Fábio Tito/g1 Mulher está sentada descascando mandioca Fábio Tito, g1 Produtor de mandioca colhendo o alimento Fábio Tito/g1 Créditos do "De onde vem" Coordenação editorial: Luciana de Oliveira Reportagem: Murillo Otavio e Fábio Tito Roteiro: Murillo Otavio, Gabi Gonçalves e Paula Salati Narração: Gabi Gonçalves Edição e finalização: Rafael Leal Produção: Murillo Otavio e Giovana Toledo Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Luiz Pinheiro Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas e Gabriel Wesley Marques Motion Design: Veronica Medeiros Fotografia: Fábio Tito Motorista: Ricardo Barbosa Veja como mais alimentos são produzidos De onde vem o que eu como: baunilha Lúpulo da cerveja é 'parente' da cannabis e depende de luz artificial ao anoitecer no Bras De onde vem o Maracujá De onde vem o sorvete Água de coco não é tudo igual: veja quais tipos podem ser comercializados no Brasil

G1

Wed, 17 Apr 2024 08:30:07 -0000 -


Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. Pagamento previsto é de R$ 600 por família, com possíveis adicionais; valores serão pagos de forma escalonada até o fim do mês. Calendário do Bolsa Família 2024 é divulgado. MDS A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de abril do Bolsa Família nesta quarta-feira (17). Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício será pago durante os últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada — com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado. Há exceção também para os moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Governo Federal. Para essas pessoas, o pagamento será realizado de forma unificada, no primeiro dia do repasse, independentemente do número final do NIS. O Bolsa Família prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família. Há também os adicionais de: R$ 150 por criança de até 6 anos; R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos; R$ 50 por bebê de até seis meses. Confira o calendário do Bolsa Família para abril de 2024: Final do NIS: 1 - pagamento em 17/4 Final do NIS: 2 - pagamento em 18/4 Final do NIS: 3 - pagamento em 19/4 Final do NIS: 4 - pagamento em 22/4 Final do NIS: 5 - pagamento em 23/4 Final do NIS: 6 - pagamento em 24/4 Final do NIS: 7 - pagamento em 25/4 Final do NIS: 8 - pagamento em 26/4 Final do NIS: 9 - pagamento em 29/4 Final do NIS: 0 - pagamento em 30/4 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Maio: de 17/5 a 31/5; Junho: de 17/6 a 28/6; Julho: de 18/7 a 31/7; Agosto: de 19/8 a 30/8; Setembro: de 17/9 a 30/9; Outubro: de 18/10 a 31/10; Novembro: de 14/11 a 29/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família 2024: pagamentos começam nesta quinta-feira; veja calendário Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.

G1

Wed, 17 Apr 2024 03:00:42 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 139 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 173 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (17), em São Paulo. No concurso do último sábado (13), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.

G1

Wed, 17 Apr 2024 03:00:26 -0000 -


Pietro Mendes havia sido afastado por decisão judicial na última semana. Presidente do conselho volta ao cargo a tempo de participar de discussão sobre dividendos. O desembargador federal Marcelo Saraiva decidiu nesta terça-feira (16) devolver o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras a Pietro Mendes – que havia sido afastado por decisão judicial na última semana. Pietro Mendes, em Comissão Mista no Senado, em 2018. Geraldo Magela/Agência Senado A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região ainda precisa discutir o assunto para que a decisão seja definitiva. Para o desembargador, não há conflito de interesses na indicação de Mendes ao cargo e na suspensão dele do cargo "revela-se evidente o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, caso não concedido o efeito suspensivo". A decisão chega a tempo de Pietro comandar a próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na próxima sexta-feira (19). Segundo apurou o g1, na ocasião, os conselheiros devem debater a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas. Decisões suspensas Na terça-feira (15), o desembargador também suspendeu outra decisão do juiz federal que afastou o conselheiro Sergio Rezende do cargo. Ambos, Mendes e Rezende, são representantes da União – que havia perdido poder de voto com os afastamentos. Na última semana, o juiz federal Paulo Cezar Neves afastou Pietro do cargo, em ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira Lima (Novo-SP). O juiz entendeu que havia conflito de interesses no fato de Pietro ocupar o cargo no conselho e, ao mesmo tempo, comandar a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia – pasta à qual a Petrobras está vinculada. Além disso, a decisão também avaliou que a indicação do governo teria contrariado o estatuto da Petrobras, uma vez que o nome não foi escolhido entre candidatos de uma lista tríplice, elaborada por uma empresa independente. Gerson Camarotti: 'Presidente sabe que agora precisa pacificar a Petrobras' Na sexta-feira (12), a União recorreu da decisão, pedindo a recondução de Pietro Mendes ao cargo de presidente do Conselho de Administração da estatal. No documento, o advogado da União afirma que não há conflito de interesses, uma vez que "a atuação da Petrobras contempla a tutela de interesses públicos e a função ocupada pelo indicado [...] é igualmente de ordem pública". Leia também: Distribuição de dividendos pela Petrobras não gera problemas para investimentos da estatal, diz Haddad Governo cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo diante de conflito no Oriente Médio Entenda o processo A suspensão dos mandatos do Conselho da Petrobras têm como base ações protocoladas contra a primeira composição do Conselho de Administração da Petrobras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionam eventual conflito de interesses dos integrantes do colegiado. O conselho é o órgão responsável pelas decisões estratégicas da Petrobras, sendo composto por: seis representantes da União; quatro representantes dos acionistas minoritários, ou seja, investidores privados; uma representante dos petroleiros, eleita por eles. A Petrobras segue um processo interno de verificação dos currículos indicados, que passa por análise da área técnica, parecer do Comitê de Elegibilidade e do Comitê de Pessoas. Esse parecer é opinativo, cabendo ao Conselho de Administração vigente a decisão sobre levar um parecer favorável ou não aos nomes indicados para apreciação da Assembleia de Acionistas. Petrobras Jornal Nacional/Reprodução Contudo, como a União tem 36,6% de participação na Petrobras, seu poder de voto na Assembleia é suficiente para eleger os indicados, mesmo com pareceres contrários pela governança da estatal. Foi o que aconteceu em 2023. Naquela ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras era composto por integrantes do governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e representantes dos minoritários. Tanto os comitês quanto o colegiado deram pareceres contrários a algumas indicações da União, entre elas a de Pietro Mendes. Contudo, o Ministério de Minas e Energia havia elaborado um parecer jurídico que viabilizou a eleição. Além disso, uma decisão do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski sobre vedações para indicações na Lei das Estatais também abriu caminho para a eleição.

G1

Tue, 16 Apr 2024 23:15:14 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 09 - 23 - 25 - 26 - 35 - 58. Quina teve 66 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 55,3 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.713 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (16), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 72 milhões. Veja os números sorteados: 09 - 23 - 25 - 26 - 35 - 58 5 acertos - 66 apostas ganhadoras: R$ 55.368,20 4 acertos - 4.712 apostas ganhadoras: R$ 1.107,90 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (18). Mega-Sena, concurso 2.713 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Tue, 16 Apr 2024 23:02:22 -0000 -

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirma que essa medida poderia garantir a melhoria na qualidade dos serviços. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, discute com o grupo de trabalho de renovação das concessões de distribuição de energia a previsão, nos novos contratos, de criação de canais de atendimento direto a prefeituras e governos estaduais. Segundo Silveira, essa medida poderia garantir melhoria na fiscalização dos serviços e na qualidade de atendimento por parte das distribuidoras. Nesta terça-feira (16), Silveira se encontrou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB ) para tratar do assunto. Nunes critica a distribuidora que atende à capital e à região metropolitana de São Paulo, a Enel SP. Alexandre Silveira diz que falhas da Enel em São Paulo serão investigadas Mais cedo, nesta terça-feira (16), o prefeito entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), um projeto de lei que dá aos municípios e ao Distrito Federal o poder de fiscalizar as empresas. O texto ainda determina que o Ministério de Minas e Energia, a quem compete a renovação dos contratos, consulte as prefeituras antes de decidir sobre a continuidade da concessão. A apresentação da proposta vem na esteira de declarações do prefeito contra a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e na região metropolitana de São Paulo, a Enel SP. Dois eventos recentes acirraram o debate sobre a qualidade dos serviços de distribuição: o apagão de 3 de novembro de 2023, que deixou milhões de clientes sem energia por dias; os blecautes no centro de São Paulo, em março. Renovação das concessões No momento, o governo está conduzindo o processo de renovação de contratos de distribuição de energia com 20 empresas espalhadas pelo país. Os contratos se encerram até 2031 e, juntos, representam 62% do mercado. Estão nesse grupo empresas como a Light, Enel Rio e Enel SP. O governo é o responsável por dar prosseguimento à renovação, com a publicação de um decreto que vai listar os critérios para os novos contratos. Contudo, esse decreto está atrasado. Na última segunda-feira (15), Silveira disse que o texto deve sair em até 15 dias. No início do mês, o ministro afirmou que usaria o processo de renovação dos contratos para "arrancar até a última gotinha" das distribuidoras.

G1

Tue, 16 Apr 2024 21:49:07 -0000 -

Valorização da moeda norte-americana frente ao real está relacionada ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio, à piora de expectativa por uma queda de juros nos Estados Unidos e ao afrouxamento da meta fiscal para controle das contas públicas do Brasil. Entenda por que o dólar disparou em poucos dias Nos últimos sete dias, o dólar disparou frente ao real. A moeda norte-americana saltou de R$ 5 para R$ 5,26, o que representa uma alta de 5,25% nesse curto período. Após o encerramento do pregão desta terça-feira (16), o dólar não só atingiu como renovou seu maior patamar em mais de um ano, acendendo um alerta para o governo brasileiro e sua equipe econômica. Em 2023, a moeda norte-americana havia acumulado uma queda de 8,06% no primeiro ano da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi um fator importante para o controle da inflação e o consequente início do ciclo de corte de juros. No início de 2024, o caminho se inverteu. Até aqui, o dólar passou a acumular ganhos de 8,60% sobre o real — impulsionado, em especial, pelas altas desta semana. Três fatores relacionados à migração de investimentos para os Estados Unidos e às contas do governo brasileiro ajudam a explicar a desvalorização da moeda brasileira nesta semana. São eles: ▶️ Piora nas expectativas sobre cortes na taxa de juros norte-americana ▶️ Escalada dos conflitos entre Irã e Israel ▶️ Mudança na meta fiscal anunciada pelo governo brasileiro Expectativa sobre os juros nos EUA Desde a última decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foram divulgados novos dados da economia norte-americana, que indicaram um mercado de trabalho aquecido e aceleração da inflação no país. São informações importantes e que deixam o BC dos EUA receoso de cortar os juros do país. Queda de juros nos Estados Unidos ajuda a valorizar o real frente ao dólar. Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries (títulos públicos norte-americanos), os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país. Em relação a moedas emergentes, como o real, o movimento de valorização do dólar fica ainda mais claro, porque investidores deixam as aplicações mais arriscadas para destinar recursos aos EUA. Quanto menos dólar entra no mercado brasileiro, mais a moeda norte-americana se valoriza. Na semana passada, no dia 10, houve a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Contra as expectativas do mercado financeiro, a inflação ao consumidor acelerou e chegou a 3,5% em março, ante 3,2% registrados em fevereiro. Após a divulgação dos dados, a maioria das bolsas pelo mundo ficaram no vermelho. As três principais bolsas de valores de Wall Street fecharam em queda, assim como alguns índices acionários na Europa. Aqui, o dólar passou dos R$ 5,0070 para R$ 5,0774, alta de 1,41% no dia. Mais números de inflação ao produtor, divulgados ainda na semana passada, levaram a moeda americana a R$ 5,1212 na sexta-feira. Escalada dos conflitos entre Irã e Israel No fim de semana, um novo capítulo complicou a situação. O Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após um suposto ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Desde então, o mundo está observado a possibilidade de que Israel possa revidar um ataque realizado pelo Irã no último fim de semana. Caso isso aconteça, os conflitos podem se agravar no Oriente Médio — região que já tem sido paco dos embates sangrentos entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O aumento dos conflitos também significa uma fuga para o dólar, que é considerado um investimento mais seguro. Esse processo valoriza a moeda norte-americana e, por consequência, desvaloriza as moedas emergentes. A primeira reação do mercado veio cedo: o dólar disparou na segunda-feira, chegando à casa dos R$ 5,18. "Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira (12), quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", explicou o analista de investimentos Vitor Mizara, na segunda-feira (15), após o início dos conflitos. Fontes falam em resposta moderada de Israel ao Irã; resposta militar não deve acontecer em território iraniano A região também é importante produtora de petróleo, o que afeta a cotação da commodity no mercado internacional. A alta do petróleo é uma preocupação primordial por aqui porque acrescenta pressão à política de preços da Petrobras. Um aumento do preço do petróleo deveria afetar diretamente os valores de combustíveis no Brasil, mas a empresa tem segurado os reajustes desde a mudança da política de preços em maio do ano passado. Mudanças na meta fiscal Entenda a linha do tempo da escalada de tensões entre Irã e Israel O último elemento para a disparada do dólar nos últimos dias foi a mudança na projeção fiscal do país, anunciada nesta segunda-feira (15) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A nova previsão é de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado. ▶️ Para entender melhor: Superávit é quando o governo consegue gastar menos do que arrecada com impostos e guarda dinheiro para pagar a dívida pública. Déficit é o contrário: quando o governo gasta mais do que arrecada, e as contas ficam no vermelho, com aumento da dívida pública. A mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Segundo o blog do Valdo Cruz, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso Nacional não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Com o afrouxamento do arcabouço, o cálculo dos investidores é o seguinte: O país tem uma perspectiva menor de controle da dívida pública; Um país mais endividado tem uma probabilidade maior de não cumprir os pagamentos, e se torna mais arriscado; Um país mais arriscado só se torna atrativo se pagar juros mais altos pelos títulos; Com países mais seguros pagando juros mais altos no exterior, o Brasil fica menos atrativo; Se o Brasil está pouco atrativo, os investidores tiram dólares do país. Por isso, na noite de ontem, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alertou que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) divulgado nesta terça-feira, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto

G1

Tue, 16 Apr 2024 20:04:48 -0000 -


Destinadas a colecionadores, as moedas de prata têm valor de face de R$ 5 e foram vendidas por R$ 440. Tiragem inicial foi de 3 mil unidades. Moeda comemorativa aos 200 anos da Constituição de 1824 lançada pelo Banco Central nesta quinta Raphael Ribeiro/BCB A moeda em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil está esgotada. A tiragem inicial foi de 3 mil unidades. Destinados a colecionadores, a moeda foi produzida em prata e cravada em sua face com o valor de R$ 5. Cada unidade custava R$ 440. O Banco Central lançou a moeda comemorativa no dia 11, e informou que o número de unidades poderá subir para até 10 mil peças. O site Clube da Medalha, que realizou as vendas, não estipula data para início de uma nova tiragem. A moeda foi apresentada em um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com a presença de representantes do BC, da Casa da Moeda e da Câmara. Em uma de suas faces, a peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país, outorgada pelo imperador D. Pedro I. Também estão cravadas as seguintes legendas: “Primeira Constituição”, “Poder Legislativo”, “200 Anos” e “1824-2024”. Na outra face, a moeda tem a representação do Palácio do Congresso Nacional, em Brasília. Ao fundo, ilustrações de dois círculos fazem referência aos plenários da Câmara e do Senado. Estão gravadas, ainda, as seguintes legendas: “BRASIL”, “2024” e “5 REAIS”. LEIA TAMBÉM Copa do Mundo, Olimpíadas, Ayrton Senna: relembre as moedas comemorativas lançadas pelo BC PERNAMBUCO: Empresário Rodrigo Carvalheira é preso suspeito de estuprar e agredir mulheres ESTADOS UNIDOS: Morre OJ Simpson, ex-jogador de futebol americano absolvido da acusação de matar a ex-mulher Veja detalhes da moeda lançada em comemoração aos 200 anos da primeira Constituição do Brasil Constituição imposta por Dom Pedro I O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, afirmou que o lançamento da peça é uma contribuição da autoridade monetária para que a lembrança da primeira Constituição se "torne perene na memória da nação brasileira". "O Banco Central está lançando hoje uma moeda comemorativa, homenageando, ao mesmo tempo, as duas câmaras do Poder Legislativo e o texto legal que os deu origem. Presente e passado se encontram nessa moeda, que, de um lado, mostra o Palácio do Congresso Nacional, símbolo do Poder Legislativo; e, de outro, o livro aberto da primeira Constituição, com a pena, como foi escrito 200 anos atrás", declarou. Homenageada pelo BC, a primeira Constituição brasileira foi outorgada — isto é, imposta — por D. Pedro I, em 25 de março de 1824, menos de dois anos após a proclamação da Independência do Brasil. Ficou em vigor por 65 anos, sendo a mais longeva do Brasil até hoje. O primeiro texto constitucional brasileiro estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional hereditária. Também instituiu, pela primeira vez, o Poder Legislativo bicameral, prevendo a existência da Câmara dos Deputados e do Senado, e mais três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo). A Constituição de 1824 ainda criou o Supremo Tribunal de Justiça que, atualmente, é o Supremo Tribunal Federal (STF). Além da homenagem aos 200 anos da primeira Constituição, o Banco Central já lançou diversas moedas comemorativas ao longo da história. Em 2022, disponibilizou, por exemplo, duas peças para comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil. Em uma das faces, peça tem gravada a ilustração do livro manuscrito da primeira Constituição do país Raphael Ribeiro/BCB

G1

Tue, 16 Apr 2024 19:20:06 -0000 -


Informação foi confirmada pelo secretário da Receita, Robinson Barreirinhas. Ele citou aparelhos eletrônicos, brinquedos, cosméticos, entre outros produtos que não se adequem às regras brasileiras. Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal Edilson Rodrigues/Agência Senado O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta terça-feira (16) que está em contato com agências reguladoras para barrar a importação de remessas internacionais que não estejam de acordo com as regras brasileiras. O objetivo é proteger o consumidor. "Estamos monitorando o comportamento das plataformas. Sei que há galpões grandes sendo construídos. A Receita Federal tem ferramentas para limitar abusos ao comércio nacional e utilizaremos eles para que isso não saia do controle. Demos alguns recados, você está vindo aqui e construindo galpões, lembre que a conta não é definitiva", declarou Barreirinhas, durante participação em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). A autarquia tem tratado sobre o tema com entidades como: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por regras para aparelhos eletrônicos, como aparelhos celulares; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trata de cosméticos; e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que regulamenta o mercado local de brinquedos, roupas e calçados. Segundo o secretário, o objetivo das tratativas é colher mais informações sobre os padrões técnicos cobrados da indústria nacional, e replicá-los para as importações, barrando aquelas que não estiverem nas regras. Robinson Barreirinhas observou que as fábricas de roupas brasileiras, pelas normas técnicas, têm de seguir padrões de tecidos e de tintas para evitar riscos ao consumidor. O mesmo acontece com os demais setores. Consumidores brasileiros gastaram R$ 6,4 bilhões em encomendas internacionais em 2023 No caso de brinquedos, por exemplo, ele citou o possível risco à crianças -- que costumam levá-los à boca. "Isso não depende de lei nem nada. Se houver um laudo que a plataforma não pode vender o produto, vai mandar de volta ou vai destruir", afirmou o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Se as empresas de comércio internacional insistirem no envio de produtos que não estejam de acordo com as regras brasileiras, Barreirinhas informou que a companhia poderá ser removida do programa Remessa Conforme. A iniciativa concede isenção de imposto de importação para compras abaixo de US$ 50. Se for excluída do programa, a alíquota do tributo é de 60%. Além disso, há a incidência de 17% em ICMS. O secretário confirmou, também, que a alíquota atual do imposto de importação, em zero para produtos de até US$ 50, pode ser elevada no futuro. "A portaria do Remessa Conforme diz que a Receita vai monitorar o andamento do programa, e fará relatórios bimestrais, inclusive sugerindo alíquotas do imposto de importação", acrescentou. Entenda Governo desiste de taxar encomendas internacionais, entre pessoas físicas, de até US$ 50 Desde agosto do ano passado, estão valendo novas regras para compras internacionais por meio dos chamados "market places", que englobam sites do exterior ou aplicativos, nas quais não há cobrança do imposto de importação para encomendas abaixo de US$ 50 – desde que as empresas façam adesão ao "Remessa Conforme". Com a tarifa zero para importações, porém, o governo está abdicando de arrecadação no momento em que busca elevar a receita para tentar cumprir as metas fiscais – o objetivo é zerar o rombo neste ano. Além disso, o governo vem recebendo fortes críticas do setor varejista brasileiro, que enfrenta a competição com produtos importados, principalmente da China. Em nota técnica divulgada no ano passado, a Secretaria da Receita Federal estimou que a isenção para compras internacionais de até US$ 50, se mantida pelo governo federal, resultará em uma "perda potencial" de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027. Em meados do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas anunciadas naquele momento para o comércio eletrônico representavam apenas o começo do processo de regularização, e indicou que haverá taxação por meio de tributos federais no futuro. Empresas certificadas De acordo com a Receita Federal, até fevereiro deste ano, sete plataformas de comércio eletrônico tinham se certificado para atuar no Programa Remessa Conforme. São elas: Sinerlog Aliexpress Shein Mercado livre Shopee Amazon Magazine Luiza Segundo a Receita Federal, entre as principais obrigações estabelecidas para o programa estão: as plataformas devem passar a incluir, no momento da operação de venda em seus sites, o valor dos impostos (federal e estadual) -- para valores acima de US$ 50 e para empresas que não aderiram ao programa -- e repassá-los ao transportador que, por sua vez, efetiva o recolhimento à administração tributária. as plataformas também devem fornecer todas as informações da operação ao transportador, para que ele possa cumprir as obrigações acessórias, tais como o preenchimento antecipado da Declaração de Importação. Setor varejista Também no mês de fevereiro deste ano, mais de 40 entidades do setor varejista brasileiro divulgaram um manifesto contra a demora da Receita Federal em taxar as importações via comércio eletrônico. Entre aquelas que subscreveram o documento, estão o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Força Sindical, a Eletros e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). "É injustificável a demora do governo em decidir sobre o fim da isenção dos impostos federais para vendas de até 50 dólares das plataformas internacionais de e-commerce, cujos efeitos seguem sendo analisados pelo Ministério da Fazenda, conforme vem sendo noticiado na imprensa. Não há mais o que aquilatar, considerando os claríssimos efeitos nocivos dessa benesse na indústria e no varejo nacionais, decorrentes da falta de isonomia tributária", avaliaram as entidades, em fevereiro. Essas entidades alertam que o Dia das Mães, em maio, está próximo, e é considerada uma "data de extrema importância comercial, significando faturamento proporcional expressivo no balanço anual das empresas". E acrescentam: "Caso a isenção de impostos para as plataformas internacionais seja mantida, os efeitos nocivos serão ainda mais graves".

G1

Tue, 16 Apr 2024 16:37:59 -0000 -

Estimativa consta no projeto enviado ao Congresso Nacional; previsões para os próximos anos ainda serão revisadas. Texto para 2025 precisa ser aprovado pelos parlamentares. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Congresso nesta segunda-feira (15) pelo governo federal, indica que a equipe econômica prevê rombos fiscais para o país durante todo o governo Lula. A área econômica mira em uma reversão do quadro – e diz que vai tentar um superávit fiscal de 0,25% em 2026, ou seja, um resultado positivo: arrecadar cerca de R$ 33 bilhões mais do que gastar. Em 2025, a meta passou a ser de receitas iguais a despesas. Déficit zero, mas também superávit zero. Apesar das metas de que as contas voltem ao azul, as últimas previsões oficiais dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento são de que as contas terão rombo até 2026 -- o último da atual gestão. E que voltarão a ter superávit somente em 2027. A obtenção do equilíbrio das contas públicas é uma diretriz do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Não é fácil. A medida provisória do finalzinho do ano [sobre déficit zero] foi menos bem recebida do que as medidas do ano passado. É da vida, da democracia, mas nós precisamos discutir seriamente esses casos para continuar na trilha de, ao equilibrar as contas [sem déficit], permitir que os juros caiam, permitir que o crescimento seja mais robusto", disse Haddad nesta segunda-feira (15). Mesmo com a previsão de que as contas permanecerão no vermelho em todo o governo Lula, a equipe econômica avalia que as metas serão atingidas nos próximos anos por estarem dentro da banda (dentro do intervalo previsto pelo arcabouço fiscal). Ou o superávit pode vir pelo abatimento de precatórios. Precatórios são dívidas que o governo tem que pagar e já foram reconhecidas pela Justiça. Se o governo conseguir adiantar esses pagamentos, libera espaço nas contas dos anos seguintes. Metas X estimativas Em termos de metas, o governo diz trabalhar para atingir o déficit zero neste ano e em 2025 – ou seja, levar os gastos públicos para um patamar semelhante ao da arrecadação. A meta anterior, de superávit já em 2025, foi alterada. Ou seja, a intenção do governo é atingir os seguintes resultados: 2024: déficit zero 2025: déficit zero 2026: superávit de 0,25%, cerca de R$ 33 bilhões Já em termos de projeções, o cenário é outro. O governo estima que, se o quadro atual for mantido, o país terá: 2024: rombo de R$ 9 bilhões; 2025: rombo de R$ 29,1 bilhões; 2026: rombo de R$ 14,37 bilhões. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Entenda Pela proposta, a meta central é de um saldo zero em 2025. Mas o resultado das contas públicas poderá oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho, sem que o objetivo seja formalmente descumprido. Isso porque existe uma banda em relação à meta central (de déficit zero), de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), para cima e para baixo. Para 2026, a meta central é de um superávit de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a banda existente, as contas poderão oscilar entre um saldo zero e um superávit de R$ 66 bilhões. O governo explica, na LDO, que, em 2025 e 2026, as ADIs 7064 e 7047 permitem a exclusão do pagamento de precatórios. Com isso, esses valores poderão ser abatidos do resultado e, mesmo com déficit, a meta seria atingida em 2026. Histórico das contas e meta atual Entre 2014 e 2021, o Brasil teve déficit. Em 2022, foi registado um superávit de R$ 54 bilhões. Já no ano passado, as contas retornaram ao vermelho, com um saldo negativo de R$ 230 bilhões. Esses números envolvem somente o resultado primário -- que não considera as despesas do governo com os juros da dívida pública. A meta atual para as contas do governo em 2025, que ainda não foi alterada, é de um superávit de 0,5% do PIB, cerca de R$ 62 bilhões. O governo, no entanto, propôs a mudança para a meta de déficit zero – a medida ainda precisa passar pelo Legislativo. Com a redução da meta fiscal em 0,5 ponto percentual do PIB em 2025, e com uma flexibilização adicional de 0,75 ponto percentual do PIB no ano seguinte, se aprovados, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. O que diz a equipe econômica Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já indicava que a meta para 2025, de um superávit de 0,5 do PIB, não era factível e seria alterada. "Nós estamos esgotando o tempo para fazer as contas necessárias para fixar uma meta factível à luz do que aconteceu de um ano para cá", declarou em entrevista a jornalistas na porta do ministério", disse Haddad, na ocasião. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026, para cumprir as metas fiscais existentes atualmente. No começo deste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu que "já está se exaurindo o aumento do orçamento brasileiro pela ótica da receita, ou seja, por meio de medidas para aumentar a arrecadação". "Passar disso significaria aumentar imposto. Até agora o que nós fizemos foi recuperar receitas públicas no Brasil sem aumentar impostos", declarou ela, naquele momento. Questionado nesta segunda-feira por que o governo está propondo mudança nas metas fiscais de 2025 e de 2026, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que algumas medidas adotadas pela equipe econômica de aumento de arrecadação "tardaram a sua materialização". "Nós passamos boa parte do ano discutindo Carf, paralisações nos julgamentos no Carf, algumas medidas que levam tempo de maturação. E o resto é um pouco dessa conclusão que chegamos a esse processo de revisão. Nós tínhamos déficit estrutural de mais de 1% do PIB. Mas observando que temos uma trajetória consistente. Só por manter as metas, elas não teriam efeito, ou geraram efeito inverso. É melhor que o país dê passos na direção correta, inflação controlada do que fazer um movimento que pode colocar tudo a perder", declarou Ceron, a jornalistas.

G1

Tue, 16 Apr 2024 15:35:09 -0000 -


Proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 foi enviada nesta segunda ao Legislativo. Texto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, onde pode sofrer alterações. Professores da UnB votam pela greve na universidade Fernanda Bastos/g1 A equipe econômica informou que há recursos disponíveis para reajustes a servidores no próximo ano no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. No entanto, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não detalhou, na proposta encaminhada ao Congresso nesta segunda-feira (15), os valores que serão destinados aos aumentos. "Essas negociações ainda se encontram em curso. Não há valores definidos. Quem lidera essa discussão é o Ministério da Gestão. O que consta é apenas um cenário que, no agregado, é compatível com uma perspectiva inicial que havia sido anunciada pelo Ministério da Gestão. Tem espaço [para reajustes no orçamento de 2025] compatível com as necessidades que nos foram encaminhadas", declarou o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos. Em 2022, por exemplo, o governo Jair Bolsonaro (PL) informou em abril que havia R$ 11,7 bilhões separados para aumento a servidores no em 2023. O reajuste linear concedido no ano passado, de 9% aos servidores públicos – o primeiro aumento amplo a servidores públicos em sete anos – foi concedido justamente com os valores reservados na LDO de 2023 pela área econômica do então ministro Paulo Guedes. Pressão de servidores O presidente Lula tem sido pressionado pelo funcionalismo, em meio a greves e manifestações de várias categorias por reajustes salariais. Para 2023, o governo concedeu um aumento linear de 9%. E há sinalizações para mais 4,5% em 2025 e outros 4,5% em 2026. As negociações serão por categoria. A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que, se as projeções se confirmarem, haverá um reajuste total de 19% a servidores ao final deste mandato de Lula. "Ninguém teria perda ao longo do governo. Mas não teríamos facilidade de recuperar perdas do governo anterior", disse na última quinta-feira (11). Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos Negociação em 2024 Em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo, o governo propôs na semana passada aos servidores públicos federais um reajuste em auxílios como alimentação e creche. O texto que o governo propôs reajusta já a partir de maio deste ano: o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%); a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio-saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215; a assistência pré-escolar (auxílio-creche) de R$ 321 para R$ 484,90 Além disso, o Executivo disse que busca abrir negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais. O governo afirmou ter o compromisso de abrir todas as mesas de negociação até julho deste ano.

G1

Tue, 16 Apr 2024 13:46:15 -0000 -


A moeda norte-americana avançou 1,64%, cotada a R$ 5,2697. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com uma queda de 0,75%, aos 124.389 pontos. Dólar Pixabay O dólar fechou em forte alta nesta terça-feira (16) e atingiu seu maior patamar em mais de um ano, com investidores ainda repercutindo o aumento das tensões no Oriente Médio e a mudança da meta fiscal brasileira. O mundo seguiu observando a possibilidade de que Israel possa revidar o ataque realizado pelo Irã no último fim de semana, o que pode agravar e espalhar o conflito na região. Com o mercado já estressado pela tensão geopolítica, a notícia de que o governo deixará de perseguir um superávit das contas públicas já em 2025 aumentou o mau humor dos investidores. Agora, a projeção é de déficit zero no ano que vem, além de redução do superávit previsto para os anos seguintes. Em meio ao cenário negativo, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar subiu 1,64%, cotado a R$ 5,2697 — maior patamar desde 23 de março de 2023, quando fechou a R$ 5,2884. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 2,90% na semana; 5,07% no mês; e 8,60% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,24%, cotada em R$ 5,1847, no maior patamar em um ano. Ibovespa O Ibovespa recuou 0,75%, aos 124.389 pontos — menor nível desde 14 de novembro de 2023, quando fechou aos 123.166 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 1,24% na semana; 2,90% no mês; e 7,30% no ano. Na véspera, encerrou em queda de 0,49%, aos 125.334 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Apesar de o conflito no Oriente Médio continuar a pesar nos mercados nesta terça-feira (16), o destaque do dia no Brasil é a avaliação de que houve um aumento do risco fiscal do país. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula 3, que agora é ter déficit zero em 2025. Ele também informou que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Conforme apuração do blog do Valdo Cruz, essa mudança na meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. O mercado financeiro não gostou do afrouxamento ainda no segundo ano da existência do novo arcabouço fiscal. Ontem, o dólar fechou no maior patamar em um ano e continua subindo neste pregão, enquanto o Ibovespa enfrenta uma sequência de quedas. Investidores enxergam a medida como uma derrota da equipe econômica, que havia projetado superávit de 0,25% em 2025. Segundo o blog, o governo poderia ter optado por cortes para atingir esse patamar, mas a equipe econômica acabou avaliando que o clima no Congresso não é mais favorável a aumento de receitas e, por outro lado, o presidente Lula não quer sacrificar projetos de investimentos. Também na noite de ontem, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, advertiu que mudar a meta fiscal não é o ideal e que a política monetária precisa andar junto à política fiscal. Em outras palavras, indicou que o patamar de juros no final do ciclo de quedas pode ser reavaliado. No boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas) desta semana, as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,13% em 2024. Juros altos por mais tempo são prejudiciais para a economia porque tornam o acesso ao crédito mais caro e reduzem o consumo. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Além disso, o mercado também segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. No fim de semana, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel, após acusarem o governo israelense de atacar a embaixada iraniana na Síria. Há um esforço diplomático internacional, principalmente dos Estados Unidos e Europa, de conter a escalada das tensões, impedindo que Israel responda ao ataque. No entanto, o governo israelense prometeu uma retaliação e voltará a se reunir nesta terça para discutir uma resposta. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano, mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters. O Irã disse, depois do ataque, que tratava a questão como encerrada, mas disse que vai revidar caso haja um novo ataque de Israel. Neste contexto de incertezas, investidores recorrem a ativos vistos como sendo mais seguros para proteger seu patrimônio. Assim, o dólar ganha vantagem sobre outras moedas, principalmente as de países emergentes, como o Brasil. Além disso, dados dos EUA voltaram a vir fortes, fazendo investidores acreditarem que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não reduzir suas taxas de juros de maneira significativa neste ano. Atualmente, os juros nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. Ontem, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo aumentaram 0,7% em março, acima do 0,3% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Já os dados de fevereiro foram revisados para alta de 0,9%, em vez do 0,6% informado anteriormente. Os números fizeram os rendimentos das Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) de dez anos — referência global de investimentos seguros — superarem os 4,60%. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira que a inflação continua a se mostrar mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, o que significa que Fed provavelmente precisará de mais tempo do que pensava para ter certeza de que os preços caminham para a meta de 2%. "Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante evento realizado em Washington. Já o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que "será apropriado manter a atual postura restritiva da política monetária por mais tempo" caso a inflação não desacelere como esperado. "Minha perspectiva básica continua sendo a de que a inflação diminuirá ainda mais, com a taxa básica mantida estável em seu nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com a demanda e a oferta de trabalho continuando a se reequilibrar", disse Jefferson em comentários preparados para um discurso em uma conferência de pesquisa do Fed em Washington. "É claro que as perspectivas ainda são bastante incertas, e se os dados disponíveis sugerirem que a inflação é mais persistente do que espero atualmente, será apropriado manter a atual orientação política restritiva por mais tempo. Estou totalmente empenhado em fazer a inflação voltar a 2%." *Com informações da agência de notícias Reuters.

G1

Tue, 16 Apr 2024 12:59:26 -0000 -

Números foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo BC. Para 2025, analistas aumentaram a expectativa para inflação e mantiveram estimativa para crescimento da economia. Entenda como a inflação é calculada Os analistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação para 2024, ao mesmo tempo em que também passaram a projetar um crescimento maior da economia no período. As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (16) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. Para inflação de 2024, os analistas baixaram a estimativa de 3,76% para 3,71%. A redução aconteceu após o bom resultado do IPCA de março -- que desacelerou para 0,16%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,53% para 3,56% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a projeção subiu de de 1,90% para 1,95%. Foi a nona alta seguida no indicador. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 9% para 9,13% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro manteve a projeção estável em 8,5% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 4,95 para R$ 4,97. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu de US$ 80,5 bilhões para US$ 79,7 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo subiu de US$ 74,6 bilhões para US$ 75 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 65 bilhões para US$ 67 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73,1 bilhões para US$ 73,4 bilhões. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

G1

Tue, 16 Apr 2024 11:32:38 -0000 -

Assunto voltou a tona depois que o governo federal propôs, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Proposta dá espaço para o governo obter cerca de R$ 161 bilhões para novos gastos públicos. Simone Tebet diz que não haverá mudança no limite de gastos A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feria (16), em entrevista ao Em Ponto, que não haverá mudança no limite de gasto. O assunto voltou a tona depois que o governo federal propôs ontem, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. As medidas incluídas na LDO, na prática, facilitam a realização de mais gastos públicos em 2025 e em 2026 – e, por conta disso, tendem a pressionar ainda mais a dívida pública para cima nesse período. Com a redução da meta fiscal, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. "É preciso, antes de tudo, ter compromisso com a responsabilidade fiscal", declarou a ministra. Hoje, a regra limita o crescimento das despesas públicas, que poderão subir acima da inflação, desde que respeitando uma margem de 0,6% a 2,5% de crescimento real ao ano. Se as contas do governo estiverem dentro da meta de gastos, o crescimento das despesas terá um limite de 70% do crescimento das receitas primárias. Caso o resultado primário fique abaixo da meta, o limite para os gastos cai para 50% do crescimento da receita. Além disso, a ministra afirmou que perseguirá a meta zero, para garantir que o Brasil nunca mais entre em déficit (quando o Brasil gasta mais do que arrecada). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse que para a colunista Andreia Sadi que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado pelo governo na segunda anunciou uma mudança na expectativa para as contas do governo em 2025. A projeção inicial era de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto - o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período. Agora, o governo reconheceu que não vai mais conseguir alcançar esse resultado e mudou a projeção para um déficit zero - a mesma meta já estabelecida para 2024. Isso significa que as receitas vão ser iguais às despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Ela também justificou que o governo resolveu ser mais conservador em relação ao anúncio de revisão de gastos, ao invés de abrir o menu de políticas públicas que poderia gerar qualquer valor para a economia. "O Brasil não pode gastar mais do que arrecada, não pode gastar tudo o que arrecada, e precisa gastar bem o que arrecada", declarou Tebet ainda.

G1

Tue, 16 Apr 2024 11:23:44 -0000 -

Mercados emergentes, como o Brasil, tiveram um primeiro pregão difícil após a escalada do conflito no Oriente Médio. Ainda é cedo, mas efeitos ainda podem desencadear uma alta nos preços de combustíveis — e da inflação como um todo. Tensão no Irã e economia brasileira Além da questão humanitária e geopolítica, a ameaça de espalhamento do conflito no Oriente Médio no fim de semana mexeu também com o mercado financeiro nesta segunda-feira (15). A guerra que começou na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo terrorista Hamas, tem agora uma participação mais evidente do Irã. A rivalidade entre os países é antiga, mas o conflito esquentou porque Israel acusa o Irã de ser um dos financiadores do Hamas. No fim de semana, o governo iraniano lançou mísseis e drones contra o território de Israel, em resposta a um bombardeio no dia 1º de abril contra a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, em que um comandante sênior das Guardas Revolucionárias do Irã foi morto. E esse foi o primeiro ataque iraniano direto contra Israel na história. A primeira reação do mercado veio cedo: o dólar disparou desde a manhã desta segunda, chegando à casa dos R$ 5,21, enquanto a bolsa de valores brasileira teve queda. Em momentos de tensão, os investidores "correm" para ativos mais seguros (como ouro e títulos dos Estados Unidos), prejudicando mercados emergentes como o nosso. Mas uma expansão do conflito teria consequências além do câmbio e da bolsa por aqui. Cabe destacar os possíveis efeitos abaixo, que serão explicados nesta reportagem: ⛽ uma possível alta no preço do petróleo, que pode levar a um aumento nos preços dos combustíveis; 💸 a disparada do dólar pode impactar a inflação, sobretudo dos produtos importados; 📈 os juros podem cair menos que o esperado. O Irã deu o assunto por encerrado e classificou o ataque como legítima defesa. O governo israelense, contudo, afirma que pretende revidar. LEIA MAIS Israel quer responder ataque, e comunidade internacional tenta evitar escalada do conflito: o que vem por aí Irã x Israel: qual o tamanho dos efetivos militares dos dois países Ataque do Irã a Israel gera repercussões em todo o mundo e medo de resposta Alta do petróleo e preço dos combustíveis O principal impacto esperado pelos especialistas ouvidos pelo g1 era uma alta do preço do petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma grande exportadora da commodity. Na sexta-feira (12), com o aviso do Irã de que lançaria o ataque contra Israel, o preço do barril do petróleo subiu e encerrou o dia cotado a mais de US$ 90. Mas, nesta segunda-feira, o preço não decolou. É verdade que os preços já subiram bastante no ano passado, desde o início da guerra entre Israel e Hamas. Mas esse reforço é uma preocupação primordial por aqui porque acrescenta pressão à política de preços da Petrobras. Um aumento do preço do petróleo deveria afetar diretamente os valores de combustíveis no Brasil, mas a empresa tem segurado os reajustes desde a mudança da política de preços em maio do ano passado. "Hoje, o preço dos combustíveis no Brasil já possui uma defasagem próximo de 17% em relação aos preços internacionais. Se o conflito no Oriente Médio escalar, o barril do petróleo pode bater facilmente US$ 100, o que pressionaria a Petrobras a fazer um reajuste", comenta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital. Apesar disso, segundo apuração do blog do Valdo Cruz, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), considera que a empresa não deveria reagir imediatamente ao aumento da tensão nos mercados por causa da entrada direta do Irã no conflito no Oriente Médio. SAIBA MAIS Disparada do dólar Além de mexer com o preço do petróleo, o ambiente de incertezas geopolíticas também impacta na cotação do dólar, que é considerada a moeda mais segura do mundo. Felipe Vasconcellos, da Equus Capital, explica que, em momentos assim, acontece um movimento comum no mercado financeiro, conhecido como "flight to quality" (ou "voo para a qualidade", na tradução do inglês). "Em períodos de forte turbulência global, o dinheiro migra para a economia mais segura do mundo, no caso, a americana. Isso faz com que o dólar se valorize sobre todas as moedas, inclusive o real, que é uma economia emergente e com maior risco, pelo ponto de vista do investidor", afirma. A economista Ariane Benedito destaca ainda que o sentimento de aversão aos riscos é mais intenso no Brasil em razão das últimas notícias sobre as contas públicas. Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, que o governo reduziu a meta fiscal de 2025 para um novo déficit zero para as contas públicas. Para 2026, o governo passa a prever um superávit de 0,25%, e de 0,5% em 2027, até chegar a 1% em 2028. Além das novas metas, o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano, e ambas as propostas estão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. Em outras palavras, isso significa mais tempo para um equilíbrio da dívida pública. A confirmação dos planos de Haddad reforçou a alta do dólar ainda durante entrevista do ministro ao Estúdio i. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Pressão inflacionária e juros caindo menos A equação de fortalecimento do dólar com pressão sobre os preços de combustíveis é perigosa para a inflação. Sempre que grandes potências do mundo petrolífero se envolvem em questões diplomáticas, as commodities — em especial, o petróleo — ficam mais voláteis no mercado internacional. Uma nova complicação na oferta pode acionar mais um gatilho para que os preços de combustíveis subam em todo o mundo. E sempre que há aumento do preço dos combustíveis, começa um efeito em cadeia de repasse de preços para outros setores, como os serviços e indústria alimentícia. Além disso, produtos importados também refletiriam o valor da moeda americana. "Teríamos um impacto direto em todos os produtos importados e commodities, como o agronegócio por exemplo", diz Felipe Vasconcellos, da Equus Capital. "Por um lado, a agricultura e a pecuária seriam beneficiados diretamente, assim com as empresas brasileiras exportadoras. Entretanto, diversos outros produtos, que dependem de insumos importados — desde o trigo que vai no pão, até os medicamentos — teriam um reajuste de preço, pois o custo de produção aumentaria." Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, destaca que, caso a tendência de aumento de preços se confirme, haveria chance de prejudicar o ciclo de corte nos juros no Brasil. Os juros são usados, principalmente, como forma de controlar a inflação. Uma disparada nos preços poderia dificultar o caminho do BC na redução das taxas. Já em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) optou por cortar a taxa básica de juros (Selic) pela sexta vez, para 10,75% ao ano, mas prometeu apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual, deixando em aberto os próximos passos. "Apesar de mediana das expectativas dos economistas para a taxa Selic terminal ser de 9%, o mercado de juros futuros já precifica uma Selic final na casa de 10%", comenta Goldenstein.

G1

Tue, 16 Apr 2024 08:03:22 -0000 -


Famosos têm feito propaganda sobre uso de assessoria para receber o benefício. Solicitação pode ser feita pela própria trabalhadora pelo site do governo ou pelo aplicativo Meu INSS. Salário-maternidade pode ser pedido gratuitamente, alerta do INSS O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou um alerta nesta segunda-feira (15) informando que não é preciso contar com intermediários para conseguir o salário-maternidade. A publicação aconteceu após diversos famosos fazerem propaganda de uma empresa que oferece assessoria para mulheres receberem o auxílio. Nas redes sociais, os influencers costumam chamar a atenção para a publicidade com frases como "Atenção, mamães e gravidinhas". Após a repercussão, o INSS acionou a Procuradoria Federal Especializada, órgão de execução da Advocacia-Geral da União (AGU). que encaminhou a solicitação para conhecimento e atuação conjunta com a Polícia Federal. Mas o INSS , que já tinha feito um alerta semelhante em 2023, destaca que o benefício pode ser solicitado pela própria trabalhadora. E que isso é feito à distância, não é preciso comparecer a uma agência (veja o passo a passo no vídeo acima). Além disso, todo o processo é gratuito e não existe cobrança de multas ou valores adiantados para que o salário-maternidade seja liberado. DADOS SENSÍVEIS - O pedido deve ser feito por meio do aplicativo ou do site Meu INSS, além da Central de Atendimento 135. Ao acessar o Meu INSS para dar entrada em qualquer benefício, é necessário ter um login e senha na plataforma Gov.br. Por isso, a recomendação é de que somente uma pessoa de confiança tenha esses dados. O INSS alertou para o risco de entregar essas informações para sites desconhecidos. Nesta reportagem, o g1 explica algumas dúvidas sobre o salário-maternidade. Veja abaixo: O que é o salário-maternidade? Quem tem direito ao salário-maternidade? Como é feito o cálculo do salário-maternidade? Como solicitar o salário-maternidade? Onde e quando pedir o salário-maternidade? Tem prazo máximo? Qual a duração do salário-maternidade? Como fugir de golpes na internet? Benefício é liberado por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial Imagem ilustrativa/Divulgação 1. O que é o salário-maternidade? O salário-maternidade é um direito trabalhista que garante à mulher um afastamento de 120 dias do emprego para cuidar do filho, sem prejuízo da sua remuneração. 2. Quem tem direito ao salário-maternidade? O benefício é liberado para trabalhadoras que se afastaram das atividades devido ao nascimento do filho, a aborto não criminoso, a adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Ele é garantido para as seguradas do INSS, inclusive aquelas que não estejam em atividade, mas permaneçam em período de manutenção da qualidade de segurado (até 12 meses após a última contribuição). O período de segurado pode ser maior ou menor em situações como pessoas que recebem outros tipos de benefícios (auxílio-acidente e auxílio-suplementar), ex-beneficiários por incapacidade, que tenham feito mais de 120 contribuições mensais, entre outras. 3. Como é feito o cálculo do salário-maternidade? O valor do salário-maternidade é calculado de formas diferentes para cada pessoa que pedir o benefício. Veja na tabela abaixo como funciona: 4. Como solicitar o salário-maternidade? A única forma legal e correta de pedir o benefício do salário-maternidade é pelo aplicativo ou site Meu INSS. Basta seguir os seguintes passos: Entre no Meu INSS; Clique no botão “Novo Pedido”; Digite “salário-maternidade urbano” ou “salário-maternidade rural; Na lista, clique no nome do serviço/benefício; Leia o texto que aparece na tela e avance, seguindo as instruções. Conforme alertado pelo INSS, não é necessário contratar uma empresa para intermediar o pedido. Porém, se a beneficiária precisar de um auxílio, a orientação é que ela procure um advogado devidamente registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "(Isso) se você não se acha apto ou tem dúvidas, como: 'Será que eu ainda estou com a qualidade de segurada?' Aí, sim, você deve procurar ajuda de um advogado de confiança", explica Washington Barbosa, especialista em direito previdenciário. 5. Onde e quando pedir o salário-maternidade? Tem prazo máximo? Todo atendimento relacionado ao salário-maternidade é realizado à distância, não sendo necessário o comparecimento presencial nas unidades do INSS, somente quando solicitado, para comprovação. visualisation/17570367?1120806 Além das regras na tabela acima, há, ainda, o chamado “período de prescrição”, afirma o advogado. Isso significa que, se no momento em que a criança nasceu, a mãe preenchia os requisitos para obter o salário-maternidade, mas não pediu o benefício por algum motivo, ela ainda tem um prazo de 5 anos para fazer a solicitação. 6. Qual a duração do salário-maternidade? O tempo de duração depende do motivo que deu origem ao benefício. Atualmente, há quatro categorias com calendários diferentes. 120 dias, em caso de parto; 120 dias, em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, independentemente da idade do adotado que deverá ter no máximo 12 anos de idade; 120 dias, em caso de natimorto; 14 dias, em caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico. 7. Como fugir de golpes na internet? Sites e redes sociais que oferecem supostas facilidades ou dizem ser canais oficiais para conseguir o salário-maternidade devem ser vistos com atenção, pois podem representar risco à segurança de dados do cidadão. O INSS não utiliza intermediários para a liberar o benefício, além de não cobrar multas ou valores adiantados para que o salário-maternidade seja liberado. Além disso, não se deve fornecer dados pessoais como CPF, nome, data de nascimento, etc. para sites ou empresas de origem desconhecida. Revisão da vida toda: entenda o que mudou com a nova decisão do STF e quem vai ser afetado 13º salário: saiba quem tem direito e quando cai na conta Saiba o que a lei diz sobre reuniões fora do horário de trabalho contratual

G1

Tue, 16 Apr 2024 08:03:06 -0000 -


Distribuição de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo estão relacionados à proliferação do mosquito. País investe pouco para universalizar acesso ao saneamento. Aedes aegypti Reprodução EPTV O Brasil passa por um surto de dengue que pode ser o pior da história na América Latina, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao mesmo tempo, atrasa a execução das metas de universalização do saneamento básico, que podem reduzir a proliferação do mosquito. Segundo estudo elaborado a partir de audiências públicas do Senado no ano passado, o Brasil precisa dobrar os investimentos em infraestrutura de saneamento para alcançar as metas até 2033 –prazo estabelecido em lei. "Isso porque a média anual de investimentos tem sido de R$ 20 bilhões, ao passo em que é necessária uma média (conservadora) de 44 bilhões anuais para ser possível o atingimento da meta legal exigida", diz o documento do Senado. Como saber se você está com dengue e se é grave Metas de saneamento Em 2020, o governo publicou o Marco Legal do Saneamento Básico, que estabelece que as metas de universalização devem ser cumpridas até 31 de dezembro de 2033. Segundo o texto, até essa data: 99% da população deve ter acesso à rede de distribuição de água; 90% da população deve ter acesso a coleta e tratamento de esgoto. Segundo dados do Ministério das Cidades, em 2022, cerca de 85% da população tinha acesso à rede de distribuição de água, enquanto 56% era atendida com rede de esgoto. "O marco veio para trazer esse senso de urgência. O Brasil tem mais de 5,5 mil municípios, cada município precisa entender qual é a sua realidade, entender como que está o seu contrato [...], entender quais são as metas, e estabelecer um planejamento", diz a presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto. Saneamento básico: Brasil ainda está longe de cumprir metas após três anos do marco legal Segundo a entidade, em 2022, o Brasil investiu em média R$ 138,7 por habitante, quando deveria estar investindo R$ 231. Para Pretto, se o país mantiver esse nível de investimento, dificilmente conseguirá atingir as metas de universalização. A presidente do Instituto Trata Brasil também destaca a desigualdade no acesso ao saneamento. "Temos diferentes realidades. Hoje, a diferença em relação ao acesso ao saneamento é muito grande principalmente na região Norte e Nordeste, o gap [diferença] é enorme", declarou. Segundo Pretto, a região Norte tem 60% da população com acesso a água e 14% com acesso a coleta e tratamento de esgoto. O Nordeste tem pouco mais de 30% de coleta e tratamento. Já o Sudeste, destaca, está perto da universalização. Relação entre dengue e acesso à água Para a professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Anice Mureb Sallum, a falta de acesso à distribuição de água, ou sua intermitência, incentiva o armazenamento, que pode se tornar um foco de dengue. "Quando falamos em saneamento básico, entra também essa questão de distribuição de recursos hídricos, de água potável. Aqui [São Paulo], por exemplo, temos distribuição de água potável, o problema é que ela não é confiável o suficiente para não precisar de caixa d’água", afirma. Sallum explica que o armazenamento de água é uma forma de garantir a disponibilidade do recurso. "Só que se a caixa d’água não for construída de maneira adequada, para não permitir a entrada do aedes aegypti para depositar ovos, ela acaba se tornando um criadouro importante e altamente produtivo", declarou. A professora também ressalta que o descarte inadequado de resíduos, como plásticos, pode levar ao acúmulo de água. Esses objetos se tornam então um importante criadouro do mosquito. "As pessoas jogam em locais e acabam acumulando uma quantidade às vezes incrível de material plástico, garrafas pet, garrafas e embalagens de todo tipo. Em geral, em terrenos baldios, construções abandonadas, então esses recipientes também se tornam bons criadouros para mosquitos quando também conseguem acumular água", diz. Tratamento de esgoto A professora da USP afirma que ainda não há casos documentados de proliferação do mosquito da dengue em esgotos no Brasil, embora estudos em laboratório comprovem que o mosquito também pode se reproduzir nesses ambientes. "Em outros lugares do mundo, já foram encontradas larvas do aedes aegypti em esgoto in natura. Além disso, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná que, em experimentos em laboratório, demonstraram que as fêmeas do aedes aegypti depositam larvas, que se desenvolvem muito bem e geram adultos em águas de esgoto in natura", conta Sallum. Ela ressalta que falta encontrar esses casos na natureza, mas afirma que os esgotos são locais que "merecem certa vigilância imunológica". Para Pretto, do Instituto Trata Brasil, a falta de saneamento tem relação com a proliferação de doenças ligadas à qualidade da água e transmitidas por mosquitos. "Quando não tem acesso à coleta e tratamento de esgoto, temos aquele esgoto bruto infiltrando no solo, ou às vezes indo para valas ao céu aberto, e aí com a mistura desse esgoto com água da chuva acaba também às vezes formando poças e locais de água parada", diz.

G1

Tue, 16 Apr 2024 07:01:25 -0000 -


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.713 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 66 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (16), em São Paulo. No concurso do último sábado (13), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Tue, 16 Apr 2024 03:00:31 -0000 -


Devem ser informadas no IR 2024 todas as dívidas com valores acima de R$ 5 mil. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Os empréstimos e financiamentos que ultrapassem os R$ 5 mil devem ser informados na declaração do Imposto de Renda 2024 — sejam eles tomados em instituições financeiras ou de conhecidos e parentes. Há dois tipos de empréstimos que precisam ser considerados na hora da declaração: Empréstimos concedidos: quando o contribuinte empresta um recurso em dinheiro para outra pessoa física; Empréstimos obtidos: quando o contribuinte toma dinheiro emprestado com outra pessoa ou instituição financeira. Veja abaixo como fazer a declaração. Saiba como declarar a venda de carro no imposto de renda 2024 LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Todos os empréstimos precisam ser declarados? Pelas regras da Receita Federal, só é necessário fazer a declaração do empréstimo tomado ou concedido quando o valor ultrapassa os R$ 5 mil — ou seja, valores iguais ou inferiores a essa faixa não precisam ser informados. ▶️ ATENÇÃO: Todos os tipos de empréstimos se enquadram nessa categoria, desde o consignado até o cartão de crédito e o cheque especial, por exemplo, desde que estejam dentro do valor de obrigatoriedade. Como preencher a declaração? Tanto os empréstimos concedidos quanto os obtidos precisam ser declarados. ▶️ RECURSOS EMPRESTADOS O contribuinte precisará preencher a ficha de "Bens e Direitos", informando os dados no "Grupo 05 – Créditos" e na opção "01 – Empréstimos Concedidos"; É preciso discriminar o valor do crédito, o prazo e as condições estipuladas, além do nome e do número de inscrição no CPF ou no CNPJ do devedor. ▶️ DÍVIDAS O contribuinte precisa lançar o valor na ficha de "Dívidas e Ônus Reais"; O contribuinte também precisará informar a situação do empréstimo em 31 de dezembro de 2022 e em 31 de dezembro de 2023, além do valor pago ao longo do ano passado. A regra se aplica ao titular e também ao dependente, quando houver. Caso a declaração seja em conjunto ou se os Bens e Direitos comuns forem relacionados na declaração, o contribuinte também deve incluir as dívidas do cônjuge ou companheiro. Como declarar um empréstimo familiar? Quem tomou mais de R$ 5 mil emprestados de qualquer pessoa física também deve declarar a operação. O valor do empréstimo deverá ser informado na ficha de "Dívidas e Ônus Reais", bem como o nome e CPF da pessoa que emprestou o dinheiro e as datas e valores pagos para a quitação do débito — mesmo que o empréstimo já tenha sido integralmente pago em 2023. Quem emprestou também precisa declarar a operação informando o valor, o nome e o CPF do mutuário (pessoa que recebeu o dinheiro) e as datas e valores recebidos. Segundo o Fisco, o valor recebido deve ser não só comprovado por meio de documentação e pelo devido lançamento nas respectivas declarações, como também precisa ser compatível com os rendimentos e disponibilidades financeiras declaradas, nas respectivas datas de entrega e recebimento dos valores. "A simples alegação de que parte ou todo o acréscimo patrimonial é proveniente do recebimento de quantias anteriormente emprestadas a terceiros não justifica o aumento patrimonial", afirma a Receita em seu site. Os juros recebidos de pessoas físicas em decorrência de empréstimos são tributáveis no carnê-leão e no ajuste anual. Os juros decorrentes de empréstimos concedidos a pessoa jurídica também estão sujeitos à incidência do imposto, às alíquotas de: 22,5%, com prazo de até seis meses; 20%, com prazo de seis meses e um dia até 12 meses; 17,5%, com prazo de 12 meses e um dia até 24 meses; 15%, com prazo acima de 24 meses. Como declarar financiamento de imóveis? Se você financiou a compra de um imóvel e estava pagando as parcelas até 31 de dezembro de 2023, vai precisar preencher todas as informações referentes a esse empréstimo na declaração de Imposto de Renda. Mas é preciso atenção, uma vez que a declaração de um imóvel financiado no Imposto de Renda tem duas pegadinhas que podem confundir o contribuinte: ▶️ ONDE DECLARAR: A primeira é que o financiamento deve ser declarado na ficha de "Bens e Direitos", e não na de "Dívidas e Ônus Reais". ▶️ VALOR A DECLARAR: A segunda, é que o valor declarado tem que ser o valor efetivamente pago naquele ano, e não o valor de mercado do imóvel. Especialistas orientam que o contribuinte peça o informe de rendimento sobre dívidas fornecido pela instituição financeira e o informe de rendimentos do FGTS fornecido pela Caixa Econômica Federal para ajudar no preenchimento de declaração. Veja como fazer, em detalhes, na reportagem abaixo. Imposto de Renda 2024: saiba como declarar imóvel financiado Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.

G1

Tue, 16 Apr 2024 03:00:28 -0000 -


Afirmação do presidente do Banco Central vem após o governo propor trocar superávit por déficit zero em 2025. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (15) ser necessário que as âncoras fiscal e monetária trabalhem juntas e que o ideal é não mudar a meta fiscal, sendo que quaisquer alterações em caso de "desvios" precisam ser bem comunicadas. A afirmação vem após o governo divulgar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que será encaminhado ao Congresso Nacional. A proposta prevê meta de resultado fiscal zero para o ano que vem, sendo que a expectativa anterior era de superávit primário. LEIA TAMBÉM: Governo propõe reduzir metas para contas públicas e superávit só em 2026 Governo prevê alta de R$ 90 no salário mínimo em 2025, para R$ 1.502 A mudança adia a trajetória de estabilização da dívida inicialmente planejada quando o novo marco fiscal foi introduzido, no ano passado. Em um evento promovido pelo Council on Foreign Relations, Campos Neto destacou que o mercado tem um número muito pior para o resultado fiscal do que o governo. É muito ruim alterar uma meta fiscal tão cedo, diz Daniel Sousa sobre redução da meta para 2025 "Sempre que há uma mudança no governo, isso torna a âncora fiscal menos transparente ou menos crível. Assim, o custo da política monetária se torna mais alto", disse Campos Neto. "O ideal é não mudar as metas." O aumento da dívida global será uma grande preocupação, disse Campos Neto, destacando que a política fiscal mundial está se tornando muito menos coordenada com a política monetária. Questionado sobre a proposta de usar a renda de ativos russos congelados para pagar pela reconstrução da Ucrânia, ele disse que "o risco moral que pode ser criado por isso excede em muito os benefícios". "As pessoas precisam entender que todo o sistema é baseado na confiança de que, uma vez que você acumula reservas e as investe no exterior, você pode obter seu dinheiro quando precisar", disse ele. "Como uma autoridade de banco central que tem reservas investidas em diferentes lugares, eu me preocupo que essa confiança possa ser quebrada." Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reuters/Brendan McDermid

G1

Mon, 15 Apr 2024 23:50:13 -0000 -


Falha em regularizar situação pode gerar multa de R$ 1.467,35 por infração gravíssima. Norma vale para condutores profissionais, que devem conferir necessidade na Carteira Digital. Exame toxicológico é obrigatório para motoristas com CNH nas categorias C, D e E Reprodução/RPC A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai enviar esta semana notificações para 3,4 milhões de motoristas com carteiras das categorias C, D e E que ainda não realizaram exame toxicológico. O prazo para regularização da situação termina no fim deste mês. O alerta será disparado por meio da Carteira Digital de Trânsito (CDT) e mira motoristas com carteira de habilitação com vencimentos entre julho e dezembro. Quem não fizer o exame poderá ser multado diretamente pelos sistemas eletrônicos do Detran já no dia 1º de maio. A infração neste caso é considerada gravíssima, o que significa uma multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na carteira de motorista. A aplicação da multa, no entanto, não é automática. Quem precisa fazer O exame é obrigatório para motoristas das categorias C, D e E — que dirigem veículos como caminhões, vans e ônibus — com habilitações novas ou renovadas a partir de 3 de setembro de 2017. O prazo original para regularização já foi alterado diversas vezes, mas a última prorrogação, realizada em janeiro deste ano, estendeu a data limite para: 31 de março – no caso dos motoristas com carteiras de validade entre janeiro e junho; e 30 de abril, no caso dos motoristas com carteiras de validade entre julho e dezembro Para verificar se o exame toxicológico está em dia o motorista deve: Acessar a área do condutor da CDT; Clicar no botão “Exame toxicológico”; Verificar se o prazo para realização está vencido; Em caso positivo, buscar um dos laboratórios credenciados e fazer a coleta para a realização do exame toxicológico. 2,4 milhões de motoristas ainda não fizeram o exame toxicológico

G1

Mon, 15 Apr 2024 21:56:20 -0000 -

Proposta consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, enviada nesta segunda-feira ao Congresso Nacional. Governo avalia que essas primeiras medidas de revisão de gastos são conservadoras. Governo revê trajetória das contas e adia superávit para 2026 A equipe econômica propôs, no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, as primeiras medidas de cortes de gastos públicos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As duas medidas anunciadas, entretanto, já foram adotadas pelo governo. A primeira delas é uma revisão do cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com o objetivo de combater fraudes, e a segunda são mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) -- já adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção do governo é que, com essas propostas, seria possível economizar cerca de R$ 9,3 bilhões por ano. Questionado por que foram adotadas medidas tímidas no âmbito da revisão de gastos públicos, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que foi uma estimativa conservadora -- com medidas que já foram adotadas. "É o começo. A gente quis dar transparência e mostrar os desafios. Se a gente simplesmente colocar números de ações que ainda não foram tomadas, ou que a gente não tem um cenário a apresentar. Os números poderiam mostrar um conforto maior, o que não é o intuito. Temos desafios, e a revisão tem de continuar", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães. Em setembro do ano passado, o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Sergio Firpo, antecipou ao g1 que algumas avaliações sobre revisão de gastos seriam incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 -- divulgada hoje pela equipe econômica. O corte de gastos é considerado importante por economistas para ajudar na busca pelas metas fiscais e, também, para tentar impedir que os gastos obrigatórios (como salários de servidores, aposentadorias e pensões) ocupem todo o espaço do orçamento -- um problema já mostrado pelo g1. Entenda De acordo com o arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado, as despesas não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e também não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação por ano. Estudo da Consultoria de Orçamento da Câmara mostra que, entre 2009 e 2016, antes do teto de gastos (que limitava os gastos apenas à variação da inflação), as despesas totais do governo (sem contar o orçamento financeiro, da dívida pública) cresceram em média 4,6% ao ano em termos reais (acima da inflação). No mês passado, estudo divulgado pelo Tesouro Nacional mostra que, sem limitação de outras despesas obrigatórias, a estimativa do órgão é que as despesas livres dos demais ministérios (aquelas que não são obrigatórias) não terão mais espaço a partir de 2030. O possível impacto em serviços públicos já foi visto antes, durante o teto de gastos (regra anterior para as contas públicas, que antecedeu o arcabouço fiscal -- vigorando entre 2017 e 2023). Com um limite para despesas atrelado à inflação do ano anterior, o espaço para os gastos livres dos ministérios caiu muito. E algumas políticas públicas chegaram a ser afetadas, como por exemplo: defesa agropecuária; bolsas do CNPq e da Capes; Pronatec; emissão de passaportes; programa Farmácia Popular; bolsas para atletas fiscalização ambiental e do trabalho, entre outros. Entre os gastos livres dos ministérios, também estão despesas com água, luz e segurança dos prédios do governo. Nesse caso, embora sejam "livres", as despesas têm de ser feitas sob o risco de paralisia da máquina pública. Analistas pedem cortes de gastos A demora do governo em começar a indicar possíveis cortes de gastos públicos foi amplamente criticada por analistas no ano passado -- em um momento no qual o governo propunha, e aprovava, uma série de medidas para elevar a arrecadação federal. A percepção é que o ajuste fiscal estava se concentrando somente do lado das receitas, deixando em segundo plano o controle de despesas -- considerado importante também para melhorar a qualidade dos gastos públicos. Entre as possíveis mudanças em leis, para conter despesas, os analistas apontaram alguns caminhos. Entre eles: Gastos com servidores, por meio de uma reforma administrativa Gastos previdenciários, por meio de uma nova reforma da Previdência Reforma de gastos sociais Mudanças ou fim do abono salarial Revisão de contratos e programas Gastos em saúde e educação

G1

Mon, 15 Apr 2024 21:36:30 -0000 -

Programa divide estoque de terras em dez categorias para facilitar redistribuição, segundo o governo. Nove assentamentos também serão criados durante a cerimônia. O governo federal lançou nesta segunda-feira (15) um novo programa para incentivar o processo de reforma agrária e o assentamento de famílias. Chamado de Terra da Gente, o programa estabelece uma espécie de "prateleiras de terras" disponíveis no país – e classifica esse estoque de propriedades em dez categorias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que define formas para se obter e destinar as áreas rurais. Segundo o governo, a intenção é incluir 295 mil famílias no processo de assentamento até 2026 (veja detalhes abaixo). O programa divide o estoque em dez categorias: Terras adquiridas: áreas sob domínio do Incra e em processo de seleção de famílias e criação de assentamentos; Terras em aquisição: áreas com processo de aquisição em andamento por meio da modalidade compra e venda; Terras passíveis de adjudicação: áreas envolvidas em pagamento de grandes dívidas com a União e que, após processo administrativo, podem ser usadas na reforma agrária. Imóveis improdutivos: áreas vistoriadas pelo Incra e que não cumprem a função social da terra, conforme a Constituição e a lei da reforma agrária; Imóveis de bancos e empresas: áreas rurais em posse de bancos e empresas públicas transferidas de forma onerosa ao patrimônio da União e do Incra; Áreas de ilícitos: imóveis expropriados por terem relação com crimes, como áreas usadas para produção de drogas ou exploração de trabalho em condições análogas à escravidão; Terras públicas federais arrecadadas: áreas destinadas à reforma agrária após decisão da Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais; Terras estaduais: áreas que os estados podem repassar e abater dívidas com a União. Terras doadas: áreas repassadas sem custos ao Incra; Terras financiadas: áreas de até R$ 280 mil ofertadas no Programa Nacional de Crédito Fundiário, com crédito subsidiado para agricultores sem acesso à terra ou com pouca terra. 'Expedição Cerrado' mostra os desafios da Reforma Agrária Meta é atender 295 mil famílias O governo informou que prevê até 2026, último ano do mandato de Lula, incluir 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária. O número se divide em: 74 mil famílias assentadas; 221 mil famílias reconhecidas ou regularizadas em assentamentos existentes. O governo também estima que outras 7 mil famílias poderão comprar terras no Programa Nacional de Crédito Fundiário. Para 2024, o governo prevê investir R$ 520 milhões para compra de áreas rurais. Nove assentamentos Durante o lançamento do Terra da Gente, o governo assinou o criação de nove assentamentos de reforma agrária em seis estados. São Félix do Xingu, PA (Pai Eterno) - 8,1 mil hectares - 160 famílias Manoel Urbano, AC (Afluente) - 20,3 mil hectares - 125 famílias Tartarugalzinho, AP (Altamir Mineiro) - 9,6 mil hectadres - 120 famílias Sena Madureira, AC (Arez) - 21,1 mil hectares - 91 famílias Novo Mundo, MT (Novo Mundo) - 2 mil hectares - 74 famílias Tabocão, TO (Olga Benário) - 724 hectares - 58 famílias Barra do Ouro, TO (Reginaldo Lima) - 1.320 hectares - 46 famílias Sinop, MT (Reassentamento Beckhauser) - 1 mil hectares - 28 famílias Hulha Negra, RS (Nossa Senhora de Aparecida) 0 443 hectares - 22 famílias Ainda foi realizada a entrega de um título definitivo de área ao projeto de assentamento Jacy Rocha, localizado em Prado (BA). O governo também assinou o termo de transferência da Fazenda Volta Grande, localizada em uma área de 804 hectares em Santa Catarina, da Secretaria do Patrimônio da União para o Incra. A fazenda foi incluída no pagamento de uma dívida com a União e, segundo o governo, é a primeira área da prateleira de terras obtida por meio de adjudicação.

G1

Mon, 15 Apr 2024 21:23:42 -0000 -

Equipe econômica também sugeriu diminuir meta de superávit em 2026 de 1% para 0,25% do PIB. Se aprovadas pelo Congresso, metas vão possibilitar mais gastos nos próximos anos. Governo revê trajetória das contas e adia superávit para 2026 O governo federal propôs nesta segunda-feira (15), por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, reduzir as metas de superávit primário para as contas públicas dos próximos anos. Isso significa que o governo está reduzindo a diferença entre receitas e despesas. Na LDO, o governo também estimou que só alcançará superávit em 2026. Antes, a previsão era conseguir ainda em 2025. Superávit primário é quando o governo consegue gastar menos do que arrecada com impostos e guarda dinheiro para pagar a dívida pública. Déficit é o contrário: quando o governo gasta mais do que arrecada, e as contas ficam no vermelho. Entre 2014 e 2021, o Brasil teve déficit. Em 2022, teve superávit de R$ 54 bilhões. Em 2023, novo déficit, dessa vez de R$ 230 bilhões. Esses números usam a métrica do superávit ou déficit primário, que não considera o dinheiro que o governo gasta para pagar juros da dívida. As medidas incluídas na LDO, na prática, facilitam a realização de mais gastos públicos em 2025 e em 2026 – e, por conta disso, tendem a pressionar ainda mais a dívida pública para cima nesse período. Também está previsto na LDO um salário mínimo de R$ 1.502 (leia mais aqui). Governo propõe alta de R$ 90 no salário mínimo, de R$ 1.412 para R$ 1.502 Para serem alteradas, as novas metas ainda precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional. Com a redução da meta fiscal em 0,5 ponto percentual do PIB em 2025 e com uma flexibilização adicional de 0,75 ponto percentual do PIB no ano seguinte, o espaço que o governo pode obter para novos gastos públicos é de cerca de R$ 161 bilhões nos dois anos. Com as novas metas fiscais, a equipe econômica estimou que a dívida bruta do setor público, indicador acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, vai terminar o governo Lula, em 2026, em 79,1% do PIB. Esse número representaria uma alta de quase cinco pontos percentuais entre 2023, no início do governo, quando somava 74,4% do PIB, e 2026. Principais pontos Para 2024, não houve mudança nas metas. O governo manteve a meta fiscal em zero, ou seja, sem superávit ou sem déficit. Pelo arcabouço fiscal, há um intervalo de 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo, de modo que as contas do governo poderão ter um resultado deficitário, ou superavitário, de até R$ 28,75 bilhões sem que as metas fiscais sejam descumpridas. Para 2025, o governo propôs uma mudança da meta fiscal atual, que é de um superávit de 0,5% do PIB (+R$ 62 bilhões) para uma meta fiscal zero, sem déficit nem superávit. Com a meta atual, o saldo poderia ficar entre R$ 31 bilhões e R$ 93 bilhões de superávit. Caso a mudança proposta seja aprovada, poderá oscilar entre um déficit de R$ 31 bilhões e um saldo positivo de igual tamanho no ano que vem sem que a meta seja formalmente descumprida. Para 2026, a equipe econômica propôs uma mudança na meta vigente, que é de um saldo positivo de 1% do PIB (cerca de R$ 132 bilhões) para um superávit menor, de 0,25% do PIB -- cerca de R$ 33 bilhões. Com a meta atual, o saldo pode ficar entre R$ 99 bilhões e R$ 165 bilhões de superávit. Caso a mudança proposta seja aprovada, poderá oscilar entre um saldo zero e um saldo positivo de R$ 66 bilhões. As estimativas para o PIB nominal em 2025 e 2026, usadas para os cálculos, foram feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Os valores estimados são de R$ 12,388 trilhões em 2025, e de R$ 13,237 trilhões no ano seguinte. Efeitos práticos O estabelecimento de metas mais modestas para as contas do governo, se aprovado, facilitaria a realização de gastos públicos. Isso porque, no caso de as projeções de a arrecadação não estarem caminhando, no decorrer de cada ano, dentro do esperado para a obtenção das metas fiscais fixadas em lei, o governo seria obrigado a "contingenciar" (bloquear) despesas para tentar atingir os objetivos. Com metas menores de superávit, abre-se espaço para gastar mais, no caso de a arrecadação não estar em linha com o esperado pela equipe econômica para o ano em questão. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, a equipe econômica precisaria elevar a arrecadação, por meio de medidas adicionais, em R$ 296 bilhões em 2025 e 2026, para cumprir as metas fiscais existentes atualmente. No começo deste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu que "já está se exaurindo o aumento do orçamento brasileiro pela ótica da receita, ou seja, por meio de medidas para aumentar a arrecadação". "Passar disso significaria aumentar imposto. Até agora o que nós fizemos foi recuperar receitas públicas no Brasil sem aumentar impostos", declarou ela, naquele momento. Se as metas fiscais forem alteradas, como propôs a equipe econômica nesta segunda-feira (15), a necessidade de receita adicional estimada para os próximos anos cai substancialmente. Também por conta das regras do arcabouço fiscal, no caso de as metas fiscais não serem atingidas (dentro do intervalo das bandas), o gasto do governo pode crescer, no ano seguinte, 0,6% acima da inflação. Caso as metas fiscais sejam obtidas, as despesas podem crescer bem mais: 2,5% acima da inflação. O estabelecimento de metas menores para as contas públicas, porém, indicaria uma trajetória mais gradual na busca por resultados primários (receitas menos despesas, sem contar juros) com superávits crescentes com o passar dos anos -- o que resultaria em um crescimento maior da dívida pública no período.

G1

Mon, 15 Apr 2024 19:31:18 -0000 -


Valor consta de projeto de diretrizes para Orçamento do próximo ano e considera a estimativa da inflação em 12 meses até novembro de 2024. Salário é referência para 54 mi de pessoas. Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet em imagem de 2023 REUTERS/Adriano Machado A equipe econômica enviou nesta segunda-feira (15) ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 prevendo que o salário mínimo será de R$ 1.502 no próximo ano. O valor representa uma alta de 6,37%, ou de R$ 90, em relação ao patamar atual – que é de R$ 1.412. O blog do Camarotti já havia antecipado, mais cedo, as cifras do novo mínimo. O valor calculado para o ano de 2025 considera a política permanente de valorização do salário mínimo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já aprovada pelo Congresso Nacional. Pela lei, foi instituída uma fórmula de valorização real do salário mínimo – ou seja, de aumento do valor acima da inflação. Pelo formato adotado, o reajuste corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 -- que cresceu 2,9%. Como ainda não se sabe o valor da inflação em 12 meses até novembro, o valor para o salário mínimo do ano que vem é apenas uma estimativa. Ou seja, ele poderá ser alterado até o final deste ano. Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025 Referência para 54 milhões de pessoas De acordo com informações divulgadas em maio pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 54 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor. O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. Impacto nas contas públicas Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo. De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo criou-se uma despesa em 2024 de aproximadamente R$ 389 milhões. O aumento maior do salário mínimo é um dos itens que eleva as despesas obrigatórias. Com isso, sobrarão menos recursos para os gastos "livres" do governo, chamados de "discricionários" - o que pode afetar políticas do governo federal. Lei de Diretrizes Orçamentárias O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhado pelo governo estabelece as bases para a elaboração do orçamento do próximo ano. A LDO traz, entre outros, as metas fiscais (para as contas públicas) que deverão ser perseguidas pela equipe econômica. Já o projeto com o orçamento em si — a Lei Orçamentária Anual (LOA) — traz mais detalhes sobre as receitas e despesas. O documento tem de ser enviado pelo governo ao Congresso até 31 de agosto. Ambos os projetos precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.

G1

Mon, 15 Apr 2024 19:30:45 -0000 -


Sergio Rezende teve a nomeação suspensa pela Justiça Federal de São Paulo na última semana. Decisão original foi dada em ação protocolada por deputado estadual paulista. O desembargador federal Marcelo Saraiva aceitou nesta segunda-feira (15) um recurso do governo e devolveu o mandato de conselheiro de administração da Petrobras a Sergio Rezende – cuja nomeação havia sido suspensa na última semana. Gerson Camarotti: 'Presidente sabe que agora precisa pacificar a Petrobras' Na decisão, o desembargador afirma que manter a suspensão representaria "perigo de dano ou risco" ao resultado do processo. A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal ainda deve analisar o caso para uma decisão definitiva. Suspensão O recurso da União foi registrado depois que, no último dia 8, a 21ª Vara Cível Federal de São Paulo suspendeu o mandato de Rezende como conselheiro da estatal, em decisão tomada no âmbito de ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP). O conselho de administração da Petrobras é responsável por tomar as decisões estratégicas da companhia, como a distribuição de dividendos aos acionistas. A União tem seis das 11 cadeiras do colegiado, mas havia perdido maioria no Conselho por conta de decisões judiciais que suspenderam os mandatos de dois conselheiros, Rezende e o presidente do colegiado, Pietro Mendes. A União também recorre do afastamento de Pietro. Entenda o processo A suspensão dos mandatos do Conselho da Petrobras têm como base ações protocoladas contra a primeira composição do Conselho de Administração da Petrobras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionam eventual conflito de interesses dos integrantes do colegiado. Rezende foi ministro de Educação e de Ciência e Tecnologia nos governos Lula. Quando foi indicado para o Conselho de Administração da Petrobras, estava filiado ao PSB e participava da cúpula decisória do partido – o que é um impeditivo no estatuto social da companhia. Já Mendes é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, pasta à qual a Petrobras está ligada. Pietro Mendes, em Comissão Mista no Senado, em 2018. Geraldo Magela/Agência Senado A Petrobras segue um processo interno de verificação dos currículos indicados, que passa por análise da área técnica, parecer do Comitê de Elegibilidade e do Comitê de Pessoas. Esse parecer é opinativo, cabendo ao Conselho de Administração vigente a decisão sobre levar um parecer favorável ou não aos nomes indicados para apreciação da Assembleia de Acionistas. Contudo, como a União tem 36,6% de participação na Petrobras, seu poder de voto na Assembleia é suficiente para eleger os indicados, mesmo com pareceres contrários pela governança da estatal. Foi o que aconteceu em 2023. Naquela ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras era composto por integrantes do governo passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e representantes dos minoritários. Tanto os comitês quanto o colegiado deram pareceres contrários a algumas indicações da União, entre elas a de Pietro Mendes. Contudo, o Ministério de Minas e Energia havia elaborado um parecer jurídico que viabilizou a eleição. Como a União já tinha os votos necessários, a atual composição do colegiado foi montada.

G1

Mon, 15 Apr 2024 19:29:22 -0000 -


Ministro da Fazenda deu a declaração em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Haddad também classificou como 'correta' a manutenção de Jean Paul Prates na chefia da companhia. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Globonews/Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (15) que a área econômica do governo entende que a eventual distribuição de dividendos pela Petrobras não geraria problemas para para investimentos da estatal. Em março, a Petrobras decidiu reter R$ 49,3 bilhões em dividendos extraordinários, que seriam pagos aos acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor rentabilidade da estatal. Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Essas parcelas podem ser ordinárias (pagamento mínimo estabelecido) ou extraordinárias (além do mínimo, de acordo com regras da Petrobras). A estatal anunciou o pagamento dos dividendos mínimos e reteve os extraordinários sob a justificativa de que o montante retido ajudaria a empresa a aumentar sua capacidade de financiar investimentos. Essa verba foi destinada para um caixa de contingência, que também não poderia ser revertido para investimentos, conforme explicação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. "Entendíamos à época [da decisão sobre distribuição de dividendos], e continuamos entendendo, que não há problemas para investimentos [da Petrobras]", declarou o ministro Haddad, durante participação no programa Estúdio i, da GloboNews. Questionado se apoiou a manutenção de Jean Paul Prates no comando da Petrobras, Haddad disse apenas que levou um "ponto de vista técnico" sobre o assunto. "Com argumentos racionais, com dados, para que o governo forme o melhor juízo. E as consequências pessoais, isso é atribuição do presidente da República julgar se vale a pena substituir ou não. Pior coisa que um ministro pode fazer é atuar para solapar, ou fortalecer por simpatia pessoal, alguém no cargo. O que fizemos foi levar ao presidente nosso posicionamento técnico. Pelos dados que temos, a posição correta é essa", afirmou. Ele criticou também a política de preços da estatal nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, que eram atrelados à paridade internacional dos preços dos combustíveis (dólar e cotação do petróleo). Essa política foi alterada em maio de 2023, o que gerou menor previsibilidade sobre quais critérios a estatal está utilizando ao fixar seus preços. Atualmente, a estatal está operando com preço abaixo da paridade internacional, o que significa que está gerando menos lucros aos seus acionistas -- em comparação com a política de preços anterior. "Tem duas coisas diferentes. Uma é transformar a Petrobras em uma espécie de cassino, a outra é levar em consideração uma trajetória sustentável dentro de um canal técnico para a Petrobras. Que acionistas privados e minoritários tenham segurança da administração. Aquele padrão do governo anterior, que a cada dia que você passava no posto pagava um preço, ficou para trás. Era um susto atras do outro. O padrão de governança da companhia foi respeitado, mas dentro de um padrão estabelecido que dava previsibilidade", declarou Haddad. Petrobras: entenda a polêmica dos dividendos Conselheiros afastados O Conselho de Administração da Petrobras deve se reunir na próxima sexta-feira (19). Composto por 11 cadeiras, das quais seis são do governo, o colegiado é responsável por tomar as decisões estratégicas da companhia. Contudo, no momento, o governo perdeu a maioria no Conselho de Administração. Na última semana, a Justiça Federal em São Paulo afastou dois representantes da União do colegiado, Sergio Rezende e o presidente do Conselho, Pietro Mendes. Com apenas quatro das seis cadeiras, a União perde vantagem no Conselho. As outras vagas são compostas por quatro indicados pelos acionistas minoritários e uma representante dos petroleiros, eleita por eles.

G1

Mon, 15 Apr 2024 18:55:02 -0000 -


Último relatório anual da empresa de Elon Musk mostra que companhia tem cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), da SpaceX e da Tesla Reuters/Tingshu Wang A Tesla planeja cortar "mais de 10%" de sua força de trabalho em todo o mundo, de acordo com o site de notícias Electrek, que publicou nesta segunda-feira (15) um e-mail do fundador do grupo, Elon Musk, anunciando a medida. Os cortes de empregos foram necessários após o "rápido crescimento" que levou à duplicação de funções, destacou Musk no e-mail aos funcionários, de acordo com o Electrek, um site focado em veículos elétricos. "Não há nada que eu odeie mais, mas tenho que fazer isso", declarou. "Realizamos uma análise profunda e tomamos a decisão de reduzir nossos efetivos em mais de 10% a nível mundial", acrescentou. LEIA MAIS: Elétricos com preços mais acessíveis? Entenda os desafios e perspectivas do setor Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reanimou as montadoras no Brasil CEO da Volkswagen fala ao g1 sobre nova onda de investimentos Em seu último relatório anual, a Tesla indicou que no final de dezembro tinha cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. A Tesla não respondeu aos pedidos de comentários da AFP. O anúncio acontece quase 10 dias depois de a empresa informar uma diminuição nas entregas de automóveis no primeiro trimestre, em um relatório que decepcionou investidores. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil A companhia de Musk também determinou uma série de reduções nos preços dos veículos elétricos em resposta à crescente concorrência e ao baixo crescimento da demanda em alguns mercados. No final do ano passado, a Tesla iniciou as entregas do Cybertruck, um veículo inspirado na era espacial que Musk promoveu, ao mesmo tempo que alertou que sua produção levaria tempo para atingir rentabilidade. A Tesla perdeu o primeiro lugar mundial no mercado de veículos elétricos para a chinesa BYD no último trimestre de 2023. Além disso, a fabricante, que desde o seu início visava veículos de alto padrão, sofre com a concorrência dos carros chineses a preços muito baixos. No primeiro trimestre de 2024, entregou muito menos veículos do que o esperado e sua produção caiu 1,6% na comparação anual. "As entregas do primeiro trimestre foram um pesadelo, com a demanda chinesa e global por veículos elétricos caindo" drasticamente, estimaram analistas da Wedbush Securities. Nesta segunda-feira (15), o vice-presidente sênior da Tesla, Drew Baglino, anunciou sua saída do grupo na rede X, propriedade de Musk. Era um dos rostos mais conhecidos do grupo, onde trabalhou por 18 anos. Segundo a Bloomberg, outro vice-presidente, Rohan Patel, também deixará a empresa. Até 11h35 (horário de Brasília), a Tesla perdia 2,88% na bolsa de Nova York.

G1

Mon, 15 Apr 2024 18:48:07 -0000 -

Tensão na região se intensificou no fim de semana, após Irã entrar diretamente no conflito com Israel. Governo espera que Petrobras aguarde desdobramentos antes de alterar preços dos combustíveis. Eventual agravamento da crise entre Israel e Irã tem consequências planetárias O Ministério de Minas e Energia criou, nesta segunda-feira (15), um grupo de trabalho para monitorar o preço do petróleo diante do conflito no Oriente Médio. A informação foi dada pelo ministro Alexandre Silveira, em entrevista a jornalistas. "É importante que estejamos atentos. O ministério está debruçado [sobre o assunto], hoje mesmo já fiz uma reunião cedo com a Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis a fim de que a gente possa, no grupo que acabei de criar de monitoramento permanente da oscilação do preço do Brent [petróleo], a gente possa estar atento e agindo de pronto com os mecanismos que temos", declarou. A tensão na região se intensificou no fim de semana, depois que o Irã entrou diretamente no conflito com Israel e enviou drones e mísseis para atacar o território do país. O ataque aumenta o risco de a guerra entre Israel e o Hamas escalar para todo o Oriente Médio. A região responde por grande parcela da produção mundial de petróleo. E um conflito generalizado pode aumentar o preço da commodity, que influencia o valor dos combustíveis no Brasil, como gasolina e óleo diesel. Segundo o colunista do g1 Valdo Cruz, o governo espera que a Petrobras aguarde os próximos desdobramentos da guerra antes de alterar os preços de combustíveis no Brasil. A jornalistas nesta segunda-feira (15), Silveira disse que não falou com a estatal sobre o conflito e que qualquer medida tomada vai respeitar a governança da companhia. "Ainda não conversei com a Petrobras. O ministério tem papel muito distinto da Petrobras. [...] Primeiro, fizemos essa reunião para poder avaliar a crise internacional, chegamos a essa conclusão de montar esse grupo de trabalho", declarou. Segundo Silveira, pasta deve manter diálogo com a estatal e com outras empresas do setor de petróleo ao longo do dia. "Durante o dia com certeza nossos contatos serão intensos, não só com a Petrobras, mas com as distribuidoras, com os outros membros da cadeia de suprimento para que estejamos preparados para possíveis maiores escaladas internacionais", completou. Dividendos extraordinários O ministro também comentou a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da companhia, quando questionado se o conflito poderia mudar a expectativa de pagamento. "São coisas completamente distintas. Esse assunto não está na mesa", disse. A Petrobras passa por um momento turbulento desde o último mês: com a retenção de dividendos aos acionistas e perda de valor de mercado; a quase demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates; e, na última semana, o afastamento de dois conselheiros de administração representantes da União. Agora, o conflito internacional pode pressionar a companhia para segurar reajustes nos preços dos combustíveis, colocando a empresa de economia mista mais uma vez no meio de interesses privados e da União.

G1

Mon, 15 Apr 2024 12:56:41 -0000 -


A moeda norte-americana avançou 1,24%, cotada em R$ 5,1847, no maior nível desde março de 2023. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou com um recuo de 0,49%, aos 125.334 pontos. Dólar Pixabay O dólar emplacou a 4ª alta seguida nesta segunda-feira (15), refletindo a escalada dos conflitos no Oriente Médio, após o Irã atacar Israel no fim de semana. Na máxima, chegou a operar acima dos R$ 5,20. Na expectativa de que Israel não vai continuar os ataques, os mercados operaram com um pouco mais de tranquilidade neste início de semana, mas a moeda americana continuou a ganhar força sobre o real e outras moedas de países emergentes. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. A declaração reforçou a alta do dólar, durante entrevista do ministro ao Estúdio i, da GloboNews. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Ao final da sessão, o dólar avançou 1,24%, cotado em R$ 5,1847. Na máxima do dia, chegou aos R$ 5,2149. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula altas de: 1,24% na semana; 3,38% no mês; e 6,85% no ano. Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,61%, cotada em R$ 5,1212. Ibovespa Já o Ibovespa fechou com um recuo de 0,49%, aos 125.334 pontos. Com o resultado, acumula quedas de: 0,49% na semana; 2,16% no mês; e 6,60% no ano. Na sexta, encerrou em queda de 1,14%, aos 125.946 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? A atenção dos investidores seguiu voltada para o Oriente Médio nesta segunda-feira (15), enquanto o mundo aguarda novas sinalizações do que deve acontecer. Na última sexta-feira, os mercados encerraram o dia estressados, com queda nas bolsas de valores ao redor do mundo e fortalecimento do dólar ante outras moedas, após o Irã informar que lançaria um ataque contra o território israelense. A ofensiva foi uma resposta do país a um bombardeio de Israel contra a embaixada iraniana na Síria. Essa foi a primeira vez que o Irã atacou Israel diretamente. "Queira ou não, dólar é proteção. É proteção no mundo inteiro. Então, na sexta-feira, quando aconteceram os ataques, o mundo inteiro correu para o dólar", comenta o analista de investimentos Vitor Mizara. Autoridades iranianas disseram que veem o assunto como encerrado e justificaram o ataque como legítima defesa. Israel, por outro lado, quer fazer um contra-ataque, mas não tem apoio da comunidade internacional, principalmente dos Estados Unidos — que são grandes rivais do Irã. Já no Brasil, o destaque ficou com a confirmação de que o governo reduziu a meta fiscal e descartou um superávit para 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a meta do governo Lula 3 é de ter déficit zero em 2025 e que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias será apresentado ainda nesta segunda-feira (15). "Até me explicar aqui: nós não costumamos antecipar os dados da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial, mas vazaram estes dois dados. Eu até me desculpo por estar falando disso antes das 17h que o horário é combinado, mas sim, os dados são esses", disse Haddad. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem. Além de 2025, as metas devem ser corrigidas para superávit de 0,25% para 2026, 0,5% para 2027 e 1% para 2028. LEIA TAMBÉM Guerra no Oriente Médio: governo quer que Petrobras aguarde antes de alterar preços de combustíveis no Brasil

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Mon, 15 Apr 2024 12:02:44 -0000 -

Meta deve ser zero, diz Gerson Camarotti ao comentar sobre o que esperar da LDO O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que será apresentado nesta segunda-feira vai prever um salário mínimo de R$ 1.502 – alta de 6,37% sobre os R$ 1.412 atuais. O percentual segue a nova regra de valorização do salário mínimo, que leva em conta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) além da inflação do período. O projeto da LDO também trará meta de déficit zero para 2025, e não mais de superávit, como previsto até o ano passado. A projeção do salário mínimo ainda pode ser alterada se, até o fim do ano, a inflação for maior ou menor que o previsto. A LDO serve como um "guia" para a elaboração do Orçamento de 2025, mas também envia sinais ao mercado sobre como o próprio governo vê o horizonte econômico. Até agora, o governo trabalhava com a expectativa de um superávit de 0,5% do PIB em 2025. Ou seja, que fosse possível arrecadar mais do que gastar. O número, no entanto, exigiria um esforço muito grande – o que poderia criar desconfiança no mercado e até mesmo no Congresso Nacional. A mudança de meta também afeta os anos seguintes, segundo interlocutores do governo ouvidos pelo blog. Para 2026, o governo passa a prever um superávit de 0,25%, e de 0,5% em 2027, até chegar a 1% em 2028. LEIA MAIS Governo deve reduzir meta e descartar superávit para 2025 Contas públicas: como analistas encararam a perspectiva de mudança da meta fiscal em 2025 Em busca de R$ 300 bi adicionais, equipe econômica já admite rever objetivos Essa projeção é justamente um dos fatores que impactam na revisão do superávit previsto anteriormente. Além do salário mínimo, a área política do governo também pressiona a área econômica para flexibilizar a meta fiscal e, com isso, poder gastar mais nos próximos anos. Diante disso, manter em 2025 um superávit de 0,5% do PIB exigiria um esforço fiscal maior do país – em outras palavras, gastar menos com políticas sociais e investimentos. Mercado financeiro eleva previsão de crescimento pela oitava vez Dificuldades no Congresso O governo já enfrenta dificuldades neste ano para chegar ao déficit zero, já que o Congresso resiste em aprovar novas medidas arrecadatórias – inclusive, a reoneração dos municípios e a delimitação do Perse (programa criado na pandemia para o setor de eventos). Para 2025, a intenção de garantir um superávit de 0,5% do PIB exigiria uma série de medidas adicionais. Integrantes da própria equipe econômica fazem uma avaliação realista de que não há mais espaço político para manter o mesmo ritmo de incremento da arrecadação federal no ano passado. Pelo menos, no que depender de decisões do Congresso. A percepção no governo é de que as metas projetadas inicialmente eram muito ousadas, mas a realidade vem se impondo. E, a essa altura do campeonato, seria melhor manter a credibilidade de uma meta realista do que trabalhar com previsões que não serão realizadas.

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Mon, 15 Apr 2024 11:54:43 -0000 -


Lei de Diretrizes Orçamentárias para o próximo ano deve rever previsão anterior na tentativa de equilibrar as despesas do governo. Governo deve reduzir meta e descartar superávit para 2025 Uma fonte do Ministério da Fazenda disse ao g1 que o governo federal vai propor déficit zero para as contas em 2025 no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, que será entregue nesta segunda-feira (15). Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o governo tentava fixar uma "meta factível" para as contas públicas no ano que vem. Segundo fonte do governo, a proposta apresentada será a seguinte: 2025: 0 2026: +0,25% 2027: +0,5% 2028: +1% Meta fisca: previsão do governo para 2025 GloboNews/Reprodução LEIA MAIS Contas públicas: como analistas encararam a perspectiva de mudança da meta fiscal em 2025 Em busca de R$ 300 bi adicionais, equipe econômica já admite rever objetivos Haddad cita mudança no cenário e diz que busca 'meta factível' para contas de 2025 Apesar da mudança, a avaliação é de que o objetivo segue o mesmo: de equilibrar as despesas para estabilizar a dívida. A avaliação da equipe da Fazenda é de que a adaptação foi necessária porque, no ano que vem, não haverá incremento de receita como neste ano. Além disso, os desafios no Congresso são enormes e não será possível aprovar novas medidas de arrecadação no segundo semestre. Em conversa com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que não haverá pauta-bomba e que a crise política não afetará a reforma tributária ou a pauta econômica, mas fez uma alerta: nas outras pautas de interesse, o governo terá que conseguir votos por conta própria. Haddad diz que governo busca meta fiscal "factível" para 2025

G1

Mon, 15 Apr 2024 11:18:49 -0000 -


Super-ricos e seus herdeiros buscam especialistas para aconselhá-los até sobre casamentos e contratação de parentes enquanto cresce debate sobre imposto global sobre fortunas. Com 31 anos, Mark Mateschitz, herdeiro da marca Red Bull, ganhou o posto de jovem bilionário com maior fortuna segundo a lista da Forbes deste ano GETTY IMAGES via BBC Na tradicional lista dos mais ricos do planeta divulgada no início do mês pela revista Forbes, uma tendência chama a atenção: há muitos rostos jovens e desconhecidos figurando entre as maiores fortunas. Muitos deles sequer começaram a trabalhar ou escolheram suas carreiras, mas tiveram uma grande ajuda para estar ali: pela primeira vez desde 2009, todos os bilionários com menos de 30 anos listados no ranking da Forbes são herdeiros. Dos 25 bilionários com 33 anos de idade ou menos que figuram no ranking, apenas sete construíram seus próprios impérios. Para a Forbes, a presença massiva de jovens herdeiros é sinal de que está em curso um fenômeno há tempo preconizado no universo das finanças globais: a “grande transferência de riqueza”, período em que grande parte de todo o patrimônio dos ricos do mundo mudará de mãos para as próximas gerações. A estimativa é de que, somente até o fim de 2029, mais de US$ 8,8 trilhões sejam transferidos dos bilionários para seus jovens sucessores. “E não estamos falando só de dinheiro, mas também das empresas”, explica o advogado Yuri Freitas, responsável pelo time de planejamento patrimonial para o Brasil do banco suíço UBS. Ele comanda um grupo de especialistas que fica à disposição dos clientes donos de fortunas com uma função: ajudá-los a planejar o que fazer com seu patrimônio depois que eles morrerem. Reforma tributária apressou os planos de transferência de heranças entre os donos de fortunas no Brasil, diz Freitas, do UBS DIVULGAÇÃO via BBC Apesar da formação financeira e jurídica de Freitas, o trabalho dele e de sua equipe envolve mais habilidades do que cuidar dos números e conhecer leis. Vai desde conversar com a família sobre o uso dos recursos por todos os parentes e agregados (quem pode usar o jatinho? quem pode emprestar o iate?) a sugerir regras para a contratação de familiares como funcionários e calcular o risco que novos casamentos podem representar para o patrimônio dos herdeiros. A função inclui também mapear os objetivos de cada cliente para o seu patrimônio após a morte: como dividir empresas, obras de arte, embarcações, aeronaves e imóveis, entre outros. A equipe de planejamento do patrimônio também ajuda a criar protocolos para questões delicadas que misturam laços familiares e dinheiro. O planejamento abrange aspectos íntimos da vida familiar, como o regime de bens se o cliente é casado, se tem filhos, se os filhos são casados, se moram no Brasil ou fora, por exemplo. Para quem não é herdeiro de nenhuma grande fortuna, uma boa referência a esse universo é a série Succession, da HBO, que aborda o drama de uma família de bilionários. “Por mais caricata que a série seja, as famílias têm conflitos que se desenvolvem numa dinâmica de comportamento parecida”, conta Freitas. A BBC News Brasil reuniu especialistas, artigos e exemplos práticos para explicar o que é a grande transferência de riqueza e qual o debate em torno dos impactos negativos que esse nível de concentração de renda pode acarretar. Preparação com comitês e psicólogos Uma das etapas de um trabalho como o de Freitas é o de construir com a família dona da fortuna um protocolo familiar, de preferência antes do doador transmitir a herança aos filhos. “É quando o patriarca está bem e ativo que é importante tomar essas decisões para enfrentar conflitos lá na frente”, diz o executivo da UBS. Pesquisa realizada pela consultoria americana The Williams Group estima que 70% das transferências de riqueza nos Estados Unidos falham, e que 60% dessas falhas resultam em falta de confiança e comunicação entre os membros da família rica. “A família precisa ter regras de como lidar com o patrimônio muito bem estabelecidas. E não estou falando só dos instrumentos jurídicos, como testamento, o contrato social da empresa, o acordo de acionistas”, diz Freitas. “Estou falando do aspecto moral, por exemplo: como eu vou contratar um primo ou um sobrinho? Que requisitos ele ou ela tem que ter, que escolaridade? Quem pode usar o jatinho da família?”, segue o especialista. Sem familiaridade com o mundo dos bilionários? Assistir à série Succession pode ajudar HBO via BBC A criação do protocolo familiar para o planejamento da herança pode envolver a criação de comitês familiares para apresentar os investimentos e até de psicólogos e outros profissionais para mediar as conversas. “É muito comum que a discussão sobre a qualificação do executivo a ser contratado descambe para: ‘Ah, você contrata o seu filho e agora quer demitir o meu'. A gente ajuda o cliente a construir esse protocolo”, diz o executivo. Em 15 anos de experiência na área, a percepção de Freitas coincide com o diagnóstico da revista Forbes: a grande transferência de fortuna global já está em curso de maneira acelerada, e os bilionários do Brasil e do mundo estão começando cada vez mais cedo a repassar seus patrimônios para a próxima geração. Exemplo brasileiro De tempos em tempos, cada geração de adultos herda das gerações anteriores o patrimônio acumulado por determinada família. Como no exemplo brasileiro abordado pela Forbes: a Weg, multinacional que exporta para 135 países e é uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, foi cofundada por Werner Ricardo Voigt, bilionário que morreu em 2016. Hoje, são bilionárias também as netas de Werner, Lívia Voigt, 19 anos, e sua irmã Dora Voigt, 26, que não participam ativamente do dia a dia da empresa. Mas a riqueza fundada por Werner não enriqueceu apenas as duas netas: além de Lívia e Dora, outros 28 empresários têm a WEG como origem de sua fortuna. De acordo com a Forbes, os descendentes dos fundadores da WEG têm, juntos, um patrimônio de R$ 85,53 bilhões. Movimentos como o da família Voigt estão acontecendo e devem se acelerar, de acordo com as projeções dos institutos que acompanham as grandes fortunas. Os números divergem, mas apontam para o mesmo cenário: nas próximas duas décadas, trilhões de dólares devem passar das mãos de abastados baby boomers (nascidos em 1964 ou antes, nas duas décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial) para as afortunadas próximas gerações de herdeiros millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e geração Z (entre 1997 e 2013). A empresa de pesquisa de mercado Cerulli Associates estima que US$ 84 trilhões mudarão de mãos até 2045 - sendo US$ 72,6 trilhões transferidos para herdeiros e US$ 11,9 trilhões para filantropia. Relatório do banco UBS sobre ambições bilionárias em 2023 aponta que, pela primeira vez na história do estudo, novos bilionários adquiriram mais riqueza por meio de heranças do que pelo empreendedorismo. Em um ano, um total de US$ 150 bilhões foram obtidos por 53 herdeiros, enquanto 84 bilionários acumularam US$ 140,7 bilhões por meio do empreendedorismo. O UBS também estima que, nos próximos 20 a 30 anos, mais de mil bilionários de hoje transferirão mais de US$ 5,2 trilhões a seus herdeiros. “Como calculamos esta estimativa? Apenas somando a riqueza dos 1023 bilionários que têm 70 anos ou mais hoje”, diz o relatório. Nos Estados Unidos, a estimativa é que a geração dos baby boomers retenha atualmente US$ 95,9 trilhões dos US$ 147,1 trilhões da riqueza das famílias dos EUA, segundo o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. E por que essa geração que está envelhecendo tem tanto dinheiro para dar aos seus sortudos sucessores? “A riqueza excepcional resultante do boom da atividade empresarial desde os anos 90 estabeleceu uma base para gerações futuras de famílias bilionárias”, segue o texto. Clube dos 90+: veja quem são os bilionários mais velhos do mundo Choque de gerações “Nunca antes tanto dinheiro - em imóveis, terra, ações e espécie - mudará tão repentinamente de uma geração para outra, e nunca antes a próxima geração teve sentimentos tão diferentes sobre o futuro do planeta e o capitalismo em comparação a seus precursores”, explica em artigo publicado no ano passado o banqueiro e filantropo sul-africano Ken Costa, autor do livro The 100 Trillion Dollar Wealth Transfer e uma das vozes mais contundentes a respeito do fenômeno. A principal tese de Costa, ele mesmo um bilionário boomer, é que os jovens, excluídos da riqueza desfrutada pelas gerações mais velhas durante tanto tempo, são desgostosos em relação ao capitalismo atual. Mais do que isso, culpam com razão os boomers por destruírem o planeta numa corrida precipitada por riquezas a curto prazo. Os boomers, culpados, pioraram as coisas por serem arrogantes e resistentes à mudança, na visão de Costa. “Os Zennials [nome que ele criou para se referir aos jovens millenials, nascidos entre 1981 e 1996 mais os Gen Z, entre 1997 e 2013] herdarão recursos de capital, poder e influência, e a tecnologia será a ferramenta que utilizarão para implementar a sua filosofia", prevê. “Não há como escapar deste evento sísmico e, de fato, a transferência já começou e está acelerando rapidamente. E este evento não acontecerá isoladamente. Também criará um efeito cascata na economia, na tecnologia e na cultura. O que sairá dessas mudanças depende da nova geração”. “O que espero é que eles alcancem um futuro financeiro estável e próspero, e acredito que é essencial que nós, boomers, ajudemos a concretizar isso”, afirma Costa. Preparação de passagem de fortunas envolve criação de comitês familiares e até psicólogos GETTY IMAGES via BBC Preocupação com impostos Há diversos motivos que levam os patriarcas e donos das grandes fortunas a apressarem cada vez mais a transferência de patrimônio para as novas gerações, e a principal delas é o medo de pagar mais impostos. Nos Estados Unidos, a doação de heranças em vida é isenta de impostos até um limite de US$ 12 milhões; sobre o que extrapolar esse limite, as alíquotas chegam a 40% sobre o valor doado. “É quase metade do patrimônio que acaba sendo pago em impostos. Então, o estudo de estruturas e estratégias para suavizar essa transmissão sempre foi uma preocupação que habitou o imaginário desses executivos”, diz Freitas. No Brasil, a pressão dos impostos sobre as grandes fortunas e heranças sempre foi mais branda que a da maioria dos países e exigiu menos planejamento dos bilionários - com muitas opções para que os muito ricos acumulassem rendimentos ao longo da vida com pouca tributação. No ano passado, o governo agiu para acabar com a vantagem concedida em algumas aplicações onde era possível adiar o pagamento de impostos que são devidos quando se aplica o dinheiro. "Até o final de 2023, era muito comum que o cliente tivesse um fundo multimercado exclusivo dele e esse fundo só pagava imposto no momento de uma amortização, de um resgate. Então você tinha ali uma estrutura que ficava 10, 15 anos, só rentabilizando sem pagar imposto”, diz o executivo do UBS. A reforma tributária de 2023 mudou um pouco o cenário na tributação de heranças, principalmente ao prever potencial aumento da alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), conhecido como o “imposto das heranças”. Atualmente, o ITCMD é estadual e possui alíquotas que variam entre 4% e 8%. A cobrança é diferente em cada Estado brasileiro. Em São Paulo, a alíquota é de 4%. Em Minas Gerais, de 5%. Já o Rio de Janeiro prevê seis alíquotas progressivas de 4% a 8% à medida que a herança aumenta. A reforma estabelece que o imposto será obrigatoriamente progressivo, - ou seja, quanto maior o valor da herança ou doação, maior será a alíquota aplicada. “O Estado de São Paulo pratica uma alíquota de 4% historicamente, e a expectativa é que em algum momento a Assembleia Legislativa se mova para aumentar essa alíquota. Então, muita gente vê muitas transmissões de patrimônio acontecendo ou se acelerando por conta disso”, explica Freitas. Em seu segmento de planejamento patrimonial do UBS, nunca houve tanta demanda de clientes brasileiros por informações e atendimento a respeito das novas regras de herança, doações e temas relacionados como no ano passado, por causa da reforma tributária, diz Freitas. “Foi o ano mais desafiador da minha carreira. Quando você tem uma reforma que muda toda a regra, e realmente mudou, o baby boomer precisa entender as novas regras, que são complexas, e rever as decisões. Tudo isso vai pressionando ele [a acelerar os planos]”, diz. “O assunto do ano passado foi reforma tributária, e o deste ano são os ajustes que se tem que fazer para por conta da reforma tributária”, aponta Freitas. Bom para quem? O ativista Peter Tatchell segura um cartaz pedindo imposto sobre a riqueza dos bilionários para financiar o sistema de saúde britânico em 2023 em Londres GETTY IMAGES via BBC Essa nova leva de jovens herdeiros bilionários prevista para as próximas décadas ocorre em um momento da história em que a concentração de renda nas mãos de poucas famílias piora a vida da maioria das pessoas do mundo. O relatório Desigualdade S/A, divulgado no início do ano pela Oxfam, aponta que a riqueza dos cinco maiores bilionários do mundo dobrou desde 2020, enquanto a de 60% da população global – cerca de 5 bilhões de pessoas – diminuiu nesse mesmo período. Enquanto sete em cada dez das maiores empresas do mundo têm bilionários como CEOs ou principais acionistas, apenas 0,4% das mais de 1.600 maiores e mais influentes empresas do mundo se comprometeram publicamente com o pagamento de salários dignos a seus trabalhadores. O impacto de tanta desigualdade de renda é gritante, destaca a publicação. “A década de 2020, que começou com a covid-19 e depois assistiu à escalada de conflitos, à aceleração da crise climática e ao aumento do custo de vida, parece estar se transformando em uma década de divisão", diz o documento. "A pobreza nos países de renda mais baixa é ainda maior do que era em 2019. Em todo o mundo, os preços estão ultrapassando os salários, e centenas de milhões de pessoas têm dificuldades”, alerta o texto. Daniel Duque, pesquisador da área de economia aplicada do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), explica que tal esforço dos super-ricos em repassar seus bens para as próximas gerações pode ser uma reação às recentes iniciativas de diversos países de debater e implementar modelos mais progressivos de tributação - após décadas de alíquotas que foram generosas com os bilionários. Movimento que cresceu fomentado principalmente pela visibilidade dada ao trabalho do economista francês Thomas Piketty, que defende reparos ao sistema capitalista capazes de interromper esse processo de concentração de riqueza. “Está havendo um movimento em diversos países de haver uma tributação maior sobre grandes fortunas, o que gera uma pressão sobre os super-ricos de passar logo para a próxima geração”, diz Duque. Outro debate que pode pressionar esse público é o que ocorre no G20 em torno da criação de um tributo global sobre grandes fortunas, proposta apresentada ao grupo em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante encontro em São Paulo. “Um tributo como esse tornaria muito mais difícil para os super-ricos gerarem essa herança sem tributação. Porque até então, quando se cobrava um imposto, eles migravam o dinheiro para outro lugar", aponta o pesquisador. Tanta concentração de renda traz riscos econômicos e políticos para o planeta, diz o Duque, bem como a assimetria de oportunidades, bastante desfavorável para quem tem menos dinheiro. “Um dos principais riscos é como lidar com o poder tão concentrado nas mãos de tão poucos. Antigamente, a capacidade de os mais ricos influenciarem a política era mais limitada, com menos capacidade de ação nos meandros do poder. Com uma concentração alta, isso começa a mudar e se vê indivíduos que conseguem mudar rumos”, diz ele. O que pensam os jovens herdeiros? Como em todo debate geracional, profissionais de todas as áreas têm se debruçado para tentar prever o comportamento desses jovens herdeiros e as mudanças que eles causarão no mundo dos negócios. Principalmente os bancos, que correm o risco de perder os clientes cujo patrimônio tão vultoso eles ajudaram a construir e compartilharam por décadas. O que se sabe é que os bilionários da nova geração são mais conectados socialmente, mais digitais e, pelo menos no discurso, se importam mais do que os pais sobre o impacto positivo que os seus investimentos terão no planeta, tanto no clima quanto socialmente. Relatório da consultoria EY estima que investidores millenials têm o dobro da disposição em investir em empresas ou fundos que busquem transformações sociais e ambientais. Além disso, 17% dos millenials dizem querer investir em companhias que adotam práticas de ESG de alta qualidade, comparados a 9% entre investidores não-millenials. No UBS, a equipe de wealth management realiza há anos uma série de eventos e programas voltada a atender aos investidores next gen, como são chamados os herdeiros de fortunas. No Brasil, o banco criou em 2019 um encontro de troca de experiências exclusivamente voltado para herdeiros. "Ali a gente trouxe alguns herdeiros falando para outros herdeiros sobre temas como inovação no negócio familiar, governança familiar, family office", afirma Freitas. Nota-se diferenças comportamentais: se os baby boomers apreciam o sigilo e a privacidade de uma relação formal e de confiança com o consultor do banco, os jovens gostam de mais interação com seus pares. “Ele vê o banco como um lugar que pode proporcionar para ele contato com outros empreendedores e pode abrir portas com pessoas com outros clientes”, diz Freitas. No programa para sucessores seletos de patrimônio mais elevado, há até uma comunidade global criada pelo banco especialmente para a convivência entre herdeiros do mundo todo, onde eles compartilham dicas, eventos e relações para além das mediadas pelo banco. Dá para esperar que os bilionários gerarão mudanças positivas para o mundo - que sofre, entre outras questões, com a enorme concentração de renda na mão de poucas famílias? O relatório do UBS pontua que, embora existam vários casos bem divulgados de empresários bilionários que prometem doar grande parte de suas fortunas à filantropia, é menos conhecido o fato de que entre herdeiros essa intenção seja mais reticente. “Embora mais do que dois terços (68%) dos bilionários da primeira geração tenham declarado que seguir seus objetivos filantrópicos e gerar impacto no mundo tenha sido o objetivo principal de seu legado, menos de um terço (32%) das gerações herdeiras expressou a mesma intenção", diz o estudo. Na experiência do UBS, as gerações sucessoras são muitas vezes relutantes em doar dinheiro que não ganharam e, em alguns casos, elas podem simplesmente continuar investindo nas eventuais fundações existentes na família. "No entanto, há uma tendência para investir ou gerenciar negócios de maneira que abordem questões ambientais e sociais, tanto para fins comerciais como fins altruístas", aponta o relatório. A pesquisa do banco ouviu alguns desses herdeiros. “Por mais que meu pai trabalhasse em petróleo, gás e mineração, estou tentando mudar todo o negócio para assuntos relacionados à tecnologia, áreas que têm menos impacto no meio ambiente”, explicou um bilionário de segunda geração ao estudo. "Mas eu não vou vender todos esses negócios em um dia. É uma jornada que comecei há vários anos, quando assumi negócios da família." Relações familiares e poder Outro fator que apressa o planejamento da sucessão entre bilionários, para Freitas, é a pressão crescente dos mercados nas últimas décadas por mais transparência, regulação e compliance (conjunto de práticas para garantir o cumprimento de regras legais e éticas definidas pelos Estados ou pelas próprias empresas). Segundo o executivo do UBS, no setor bancário, a regulação de compliance nos últimos 30 anos passou a cobrar muito mais transparência, com contatos frequentes por e-mail. "O baby boomer que já construiu a sua fortuna gosta do papel, ele gosta da presença física”, diz ele. No caso dos baby boomers brasileiros, o apego ao controle de todas as decisões financeiras e operacionais relacionadas ao patrimônio é ainda mais marcante, diz Freitas. “Mesmo quando faz sentido do ponto de vista tributário um projeto de passagem de bastão, por exemplo, o projeto não acontece se você não tiver o patriarca engajado”, afirma, citando um exemplo fictício. “Às vezes, ele até diz que está engajado, mas quando chega na hora de falar ‘você deixa de ser executivo da empresa e vai passar para o conselho de administração', ele topa, mas está ali no chão de fábrica todo dia, vendo tudo de perto”. Como imaginar que, tão habituados ao controle de todo seu patrimônio, tais bilionários baby boomers estejam cedendo tão rapidamente o poder às próximas gerações, como sugere a grande quantidade de jovens listados pela Forbes? Há muitos recursos para manter o poder mesmo após a doação dos ativos, explica Freitas. Um deles é a reserva de usufruto, que prevê que o dono fundador mantenha o poder político sobre aquele patrimônio. “No exemplo de uma empresa: eu doei as ações, já recolhi o imposto sobre herança, mas eu reservei o usufruto político e econômico: o que significa que eu ainda mando e ainda posso receber o rendimento”, explica. Existe também a cláusula de incomunicabilidade da herança, que é prevista no Código Civil para possibilitar que bens herdados ou doados não sejam transmitidos ao cônjuge - “para que o ativo não se contamine com patrimônio do agregado, da nora, do genro”, diz Freitas. O que significa que, embora abastadíssimos, com um futuro promissor e cheio de regalias, estar na lista da Forbes não significa que a nova geração já esteja integralmente no comando. “Muitos dessa nova geração são muito ricos, mas quando você olha de perto, têm pouco poder de decisão”, conclui o executivo da UBS.

G1

Mon, 15 Apr 2024 10:40:12 -0000 -


Da uva à taça, produção de vinho em Brasília é marcada pelo cuidado com os vinhedos que enfrentam o clima tropical sazonal do Cerrado. Vinícola de porte médio será inaugurada no dia 21 de abril, aniversário da capital do país 🍷. Dez famílias lançam vinícola de médio porte que vai produzir 400 mil litros de vinho por ano no DF. Divulgação/Vinícola Brasília O amor pela produção de vinho e pela ancestralidade é manifestado desde o cultivo da uva até a taça da bebida produzida por 10 famílias do Distrito Federal. Os produtores de vinho de Brasília desafiam o clima tropical sazonal da região – composto por invernos secos e verões chuvosos – para gerar bebidas "autenticamente brasilienses e de alta qualidade". "Cada região tem a sua peculiaridade, mas aqui no DF são vinhos elegantes, fáceis de beber, bem aromáticos e com grande potencial de guarda [de envelhecimento em garrafa]”, diz Ronaldo Triacca, produtor de vinho de Brasília. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. No próximo domingo (21), aniversário de Brasília, as 10 famílias lançam uma vinícola de médio porte que vai produzir 400 mil litros de vinho por ano. Vinhos do Cerrado brasileiro (saiba mais abaixo). Ronaldo Triacca, de 58 anos, um dos produtores, se diz um "apreciador e estudioso" do vinho há mais de 20 anos. Ele explica que a produção no Distrito Federal foi iniciada em 2020, quando a tecnologia da dupla poda foi implantada para a criação de vinhos de inverno no DF🍷. "É a inversão do ciclo da videira, deixa a planta produzir no inverno e não no verão. Cuidamos da videira o ano inteiro, quase seis meses cada ciclo. No primeiro ciclo, a gente não deixa a planta produzir, ela só vegeta e a gente tira os cachos. O ciclo de produção é no inverno, por isso essa nova categoria é chamada de vinhos de inverno”, diz. A uva, que é plantada apenas uma vez – já que produz frutos por cerca de 30 a 40 anos, no mínimo – conta com duas podas: uma em setembro e outra em março. Em julho e agosto há a colheita da fruta (veja o ciclo completo abaixo). A dupla poda é a alteração do ciclo reprodutivo das vinhas, com a colheita ocorrendo no inverno e não no verão. Em setembro: vinhedos são podados Em outubro: a planta vegeta e emite os cachos, que são retirados para não dar frutos Em março: vinhedos são podados novamente Em abril: planta emite cachos até agosto Em julho e agosto: uvas formadas são colhidas O custo, por conter essas duas podas, tem aumento de 40% a 50% se comparado a uma produção de uma única poda. No entanto, de acordo com Ronaldo Triacca, o clima do DF, que é muito seco, favorece a menor incidência de doenças e pragas e uma menor utilização de defensivos químicos. Produção de vinhos da Villa Triacca. Divulgação/Vinícola Brasília A Villa Triacca, com seis hectares de vinhedos, produz por ano de 10 a 12 mil garrafas de vinho. Além disso, cerca de 600 pessoas visitam a pousada por mês. A safra de 2022 do vinho tinto Seu Claudino, em homenagem ao pai de Ronaldo. Este é o primeiro vinho 100% brasiliense, e foi premiado como melhor vinho tinto brasileiro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A força das mulheres da viticultura Com as raízes fincadas no Distrito Federal, a produtora de vinhos Oma Sena, nasceu para representar a força das mulheres da família de descendentes de imigrantes italianos, alemães e portugueses. Oma significa avó em alemão e Sena era o apelido carinhoso da avó paterna da agrônoma Isabella Bonato, que se chamava Azenia. "A ideia de homenagear a minha avó é homenagear as mulheres fortes da minha família. [...] Quem veio antes da gente, constrói a nossa história, molda o que a gente é e o que a gente vai ser, é muito importante lembrar dessa pessoas", diz Isabella Bonato. O resgate da ancestralidade se uniu ao cuidado diário de cada vinhedo dos três hectares de produção da Oma Sena, que entrega 5 mil litros por ano para o mercado de vinho. Isabella Bonatto, de 33 anos, conta que é uma atividade prazerosa. "É muito gostoso, a viticultura é uma atividade que apesar de ser muito trabalhosa, ela é um crochê, de ponto em ponto de linha em linha para formar o vinhedo inteiro. As cores que a gente enxerga são tão lindas, o processo é maravilhoso, os cheiros são incríveis, beber vinho, analisar vinho”", diz a produtora. Isabella é agrônoma e explica que, durante a faculdade na Universidade de Brasília (UnB), nunca cogitou produzir vinho no clima do DF. No entanto, após a implantação da dupla poda, se vê todo dia vivendo o sonho que sempre fez parte do seu imaginário. "Até agora parece fora da realidade, a sensação de ‘meu Deus que loucura produzir vinho no cerrado’. Acordo todo dia de manhã e sentir que eu estou fazendo parte dessa história é emocionante é só o comecinho”, diz Isabella Bonato. Além do cuidado com cada "criatura" como carinhosamente chama os vinhedos, Isabella destaca que o vinho é também uma bebida viva, e que um dos momentos que aprecia no trabalho é ver a mudança da uva até o produto final engarrafado. "E mesmo depois, o vinho não é estático, vai evoluindo até o seu ápice", explica. Isabella conta orgulhosa que o vinho tinto Vernáculo, produzido na Oma Sena, ganhou o melhor vinho sem barrica na Wine Piri em 2023. 'Amadurecendo com o passar dos anos' Produção de uva e vinho no DF. Como um bom vinho, o cultivo das videiras para o casal Sérgio Lima e Sandra Cenci, da Horus Vinhos e Vinhedo, foi amadurecendo ao longo do tempo. O processo inicial de plantio, manejo, adubação e cultivo dos vinhedos demorou cerca de 1 ano e meio. “O início foi extremamente trabalhoso, pois antes mesmo do plantio da videira, havia um esforço de manejo e adubação da terra e infraestrutura do parreiral como madeira, arames e mão de obra. Ainda assim, é muito gratificante ver nascer um legado que irá amadurecer com o passar dos anos”, conta Sérgio Lima. Com 6,5 hectares, e no terceiro ano de produção com foco na qualidade, a Horus conta com as uvas Malbec, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Syrah e Sauvignon Blanc. Sérgio e os outros dois produtores entrevistados pelo g1 explicam as principais vantagens do cultivo da uva no cerrado: Vantagens da produção no cerrado Clima bem definido com duas estações marcadas: invernos secos e verões chuvosos Boa diferença de amplitude térmica – distância da temperatura máxima até a mínima Altitude de 1.172 metros propicia grandes amplitudes térmicas Inverno não chove e favorece a videira, que não tolera excesso de umidade, principalmente no período da maturação Vinícola Brasília A abertura oficial da Vinícola Brasília vai ser no dia 21 de abril, aniversário de Brasília. Divulgação/Vinícola Brasília Com o objetivo de transformar o Distrito Federal em um polo de enoturismo, os três produtores entrevistados se uniram a outros sete e vão lançar, no dia 21 de abril, aniversário da capital, a Vinícola Brasília. O projeto pretende utilizar 60% da produção de uva de cada um dos sócios para produzir 400 mil litros por ano de vinhos. Os vinhedos participantes são: Casa Vitor Ercoara Horus Marchese Miro Monte Alvor Oma Sena Alto Cerrado Villa Triacca Vista da Mata O lançamento traz cinco rótulos, além do Vinho Monumental Syrah, lançado em 2023: Rosé Pilottis: blend das uvas Syrah e Tempranillo com aroma delicado de cereja, ameixa e maçã Sauvignon Blanc Cobogó: vinho intenso e aromático com pêra, melão, goiaba, figo e notas de arruda e broto de tomate Malbec Syrah Croqui: vinho tinto encorpado que harmoniza bem com carnes vermelha, suína, massas e queijos fortes Malbec Alvorada: vinho tinto encorpado amadurecido 18 meses em barricas de carvalho, com grande potencial de guarda Syrah Alvorada: vinho tinto encorpado e amadurecido 12 meses em barricas de carvalho e fácil de harmonizar com uma grande diversidade de pratos, em especial carnes, aves e queijos fortes e maturados Programe-se Abertura oficial da Vinícola Brasília Data: domingo, 21 de abril Horário: 16h Ingressos: a partir de R$ 390 Mais informações: @vinicolabrasilia LEIA TAMBÉM: VINHO DE BRASÍLIA: DF já tem 15 propriedades rurais dedicadas à produção de vinho EXPEDIÇÃO CERRADO: Conheça o vinho produzido em Brasília Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

G1

Mon, 15 Apr 2024 09:11:16 -0000 -


Especialista fala sobe polêmica dos dividendos da petroleira e explica os impactos que isso gera para acionistas e a bolsa brasileira. Depois de anunciar R$ 14,2 bilhões em dividendos no começo de março, as ações da Petrobras viveram dias difíceis. No dia do anúncio, os papéis caíram 10%. Apesar de bilionário, o valor veio abaixo das expectativas e representa o mínimo que a companhia deveria pagar — equivalente a 45% do fluxo de caixa livre da empresa. Não foram pagos os dividendos extraordinários, e houve frustração do mercado com a decisão da empresa de reter o restante. A partir daí, rumores dos bastidores de Brasília diziam que o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, poderia ser demitido, depois que ele se posicionou contra a decisão de não distribuir os dividendos, como queriam os acionistas. Depois de mais essa turbulência na empresa, este episódio do podcast Educação Financeira vai explorar como essa crise impacta os acionistas e o mercado financeiro brasileiro como um todo. OUÇA O PODCAST ABAIXO: Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.

G1

Mon, 15 Apr 2024 05:01:05 -0000 -


Benefício no valor de até um salário-mínimo é concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa; entenda. PIS/Pasep - Saques em agência da Caixa Econômica Federal José Cruz/Agência Brasil O pagamento do abono salarial PIS-Pasep 2024, referente ao ano-base 2022, será feito nesta segunda-feira (15) para os trabalhadores nascidos em março e abril. Esta será a terceira leva do benefício liberada pelo governo federal neste ano. Em fevereiro, o Ministério do Trabalho autorizou o pagamento para os nascidos no mês de janeiro. Já em março, foi a vez dos trabalhadores nascidos em fevereiro. ➡️ O abono salarial é um benefício no valor de até um salário-mínimo concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. No geral, têm direito ao abono funcionários da iniciativa privada (PIS) e servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante pelo menos 30 dias no ano-base e receberam até dois salários-mínimos por mês. O banco de recebimento, data e os valores, inclusive de anos anteriores, estão disponíveis para consulta no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e no portal Gov.br. Neste ano, o calendário de pagamento foi unificado: tanto os trabalhadores da iniciativa privada como os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário (confira o cronograma abaixo). Ao todo, 24,8 milhões de trabalhadores receberão o abono, segundo o Ministério do Trabalho, sendo 21,9 milhões da iniciativa privada e 2,9 milhões do serviço público. Neste 3º lote de pagamento, serão beneficiados 3,8 milhões trabalhadores de empresas privadas, com um total de R$ 4,05 milhões, além de outros 492 mil servidores públicos, cujos benefícios somam R$ 596 mil. Veja perguntas e respostas: Quem tem direito ao abono salarial? Quem não tem direito ao abono salarial? Qual é o valor? Como consultar? (passo a passo) Como serão os pagamentos? Canal de dúvidas Calendário de Pagamento Pis-Pasep 2024 (Ano-Base 2022) 1. Quem tem direito ao abono salarial? Os trabalhadores devem atender aos seguintes critérios para ter direito ao benefício: estar cadastrado no programa PIS/Pasep ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos; ter trabalhado para empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); ter recebido até 2 salários-mínimos médios (no valor em vigor no ano-base) de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base da apuração (2022); ter os dados informados pelo empregador (pessoa jurídica ou governo) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou no eSocial do ano-base considerado para apuração (2022). 2. Quem não tem direito ao abono salarial? empregado(a) doméstico(a); trabalhadores rurais empregados por pessoa física; trabalhadores urbanos empregados por pessoa física; trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica. 3. Qual é o valor? O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço do trabalhador no ano-base em questão. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário-mínimo. Neste ano, o benefício irá variar de R$ 118 a R$ 1.412. Veja abaixo os valores conforme a quantidade de meses trabalhados: Valor do Abono Salarial 4. Como consultar? Para fazer a consulta pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, siga o passo a passo: Certifique-se de que o aplicativo esteja atualizado; Acesse o sistema com seu número de CPF e a senha utilizada no portal gov.br; Toque em "Benefícios" e, em seguida, em "Abono Salarial". A tela seguinte irá informar se o trabalhador está ou não habilitado para receber o benefício. Vale lembrar que trabalhadores do setor privado também podem consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem. 5. Como serão os pagamentos? O pagamento do PIS (Programa de Integração Social) aos trabalhadores da iniciativa privada é administrado pela Caixa Econômica Federal. São quatro opções para receber: As pessoas que possuem conta corrente ou poupança na Caixa receberão o abono automaticamente, informou o banco. Também é possível receber os valores por meio da Poupança Social Digital, cuja movimentação é feita pelo aplicativo Caixa Tem. Outra opção é fazer o saque com o cartão social e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e Caixa Aqui. Se o trabalhador não possuir cartão social, o pagamento também pode ser realizado em qualquer agência da Caixa com a apresentação de um documento de identificação. Já o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) é válido para os servidores públicos, e os depósitos são feitos pelo Banco do Brasil. Nesse caso, o pagamento será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária, transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento, informou o Ministério do Trabalho. 6. Ainda tem dúvidas? Mais informações podem ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo e-mail: trabalho.uf@economia.gov.br (substituindo os dígitos UF pela sigla do estado do trabalhador). Saiba regras do PIS-Pasep: Consulta ao abono salarial PIS-Pasep 2024 é liberada

G1

Mon, 15 Apr 2024 03:00:17 -0000 -


Pesquisa da USP usa combinação de nanotecnologia e biotecnologia para combater de forma sustentável bactéria que causa intoxicação alimentar. Projeto já pediu registro de patente. Bactérias da espécie Bacillus cereus observadas em microscópio ILVO/IFSC-USP/Divulgação Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Física da Universidade de São Paulo de São Carlos (IFSC-USP) pretende diminuir o uso de antibióticos na agricultura usando uma técnica que une nanotecnologia e biotecnologia para combater a bactéria Bacillus cereus, que pode causar intoxicação alimentar e está muito presente em vegetais de folhas verdes e na indústria de laticínios. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp De acordo com a pós-doutoranda Fernanda Coelho, o trabalho busca uma agricultura mais sustentável e se baseia em um conceito conhecido como terapia fágica, que é o uso de vírus capazes de infectar bactérias para tratar infecções em seres humanos, animais ou plantas. Como funciona O vírus bacteriófago produz a endolisina, uma proteína capaz de reconhecer e romper a parede celular das bactérias. “O vírus usa essa enzima para entrar na bactéria, tornando lisa a parede celular bacteriana e causando sua morte”, explica a pesquisadora. LEIA MAIS: Controle biológico cresce no campo e ajuda na redução de custos da lavoura Hormônios, insetos, vírus: entenda como os defensivos biológicos podem ser alternativas aos agrotóxicos Pesquisadores desenvolvem controle biológico contra a principal doença da laranja O estudo da USP usou uma endolisina potencializada, produzida por meio de biotecnologia, associada a nanopartículas de prata, que também possuem efeito antimicrobiano. “Após a obtenção da proteína purificada, ela foi combinada com nanopartículas de prata, criando um composto bioativo. Análises de microscopia comprovaram que ele foi eficiente para causar o rompimento da parede celular e a eliminação do Bacillus cereus”, afirmou. A pesquisadora já fez o pedido de patente do composto, que segundo ela, pode ser utilizado na agricultura, por meio de um processo de pulverização em hortaliças, ou adicionado em amostras de leite durante o processo de pasteurização, com o intuito de reduzir a contaminação pela B. cereus. Sustentabilidade Controle biológico desenvolvido pela USP pode ser usado em vegetais verdes Julio Covello/Divulgação/ ArquivoSECS A terapia fágica é muito empregada nos Estados Unidos e na Europa, nas áreas da saúde e agricultura. Segundo a pós-doutoranda, existem vários estudos que comprovam que há vírus altamente seletivos para bactérias específicas, justamente por causa da endolisina. “Ao trabalhar com endolisinas, desenvolvemos um sistema altamente direcionado para combater uma bactéria específica. Neste estudo, a associação com nanopartículas de prata amplifica a eficácia. Dessa forma, conseguimos propor um sistema de controle biológico que representa uma alternativa viável, eficiente e ambientalmente mais apropriada que os antibióticos atualmente utilizados. Essa abordagem é de particular importância para promover uma agricultura sustentável”, afirma Fernanda. Veja os vídeos da EPTV Central Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

G1

Sun, 14 Apr 2024 12:19:35 -0000 -


Devido à falta de chuva, muitos produtores rurais tiveram dificuldade em produzir o grão. Ela pode atrapalhar, mas esteve ausente no momento mais importante do cultivo. Safra da soja em SP tem queda de produtividade e preço menor do grão Reprodução/TV TEM Nenhum outro grão é tão cultivado no Brasil quanto a soja. Com alto destaque nas exportações, a área de plantio aumentou consideravelmente com o passar dos anos, e seu preço no mercado internacional atraiu fortemente os produtores rurais. Em uma propriedade rural de Guareí (SP), a colheita está na fase final. O cultivo é feito em uma área de, aproximadamente, 430 hectares. Porém, a safra enfrentou uma grande dificuldade neste ano: o clima. A chuva, que mais atrapalha durante o processo, esteve ausente no momento mais importante. “A cultura da soja tem uma alta demanda de água, principalmente quando ela entra no estado reprodutivo. Este é o momento de soltar flores, pegar as vagens, de formação, que exige muita chuva. E justo nessa época, ficamos 40 dias na seca”, afirma Thiago Vicente da Silva, proprietário da plantação. Veja a reportagem exibida no programa em 14/04/2024: Safra da soja em SP tem queda de produtividade e preço menor do grão O somatório de temperaturas mais elevadas, má distribuição das chuvas com redução do número de chuvas acarretou na redução drástica das produtividades. Na safra passada, a produtividade foi de 70 sacos por hectare. Desta vez está sendo muito diferente e a média deve ser bem menor, por volta de 45 sacos. “Será um ano muito difícil. Estamos na reta final e percebemos que o desempenho foi abaixo do esperado. O desconto também está sendo bem alto. Consegui pagar as contas, mas vamos torcer para melhorar na safra seguinte”, relata. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

G1

Sun, 14 Apr 2024 10:30:09 -0000 -


Segundo o IBGE, 90% das empresas têm perfil familiar no Brasil, respondem por mais da metade do PIB, e empregam 75% da mão de obra do país. Sucessão no agro exige planejamento e interesse das gerações mais novas Reprodução/TV TEM Apesar da vontade da família, a continuidade do agronegócio pelos filhos nem sempre é possível, pois exige planejamento e o interesse das gerações mais novas. Uma sede construída em 1929 é o coração de uma fazenda que fica em Palmares Paulista (SP). Quase centenária, a casa guarda lembranças de uma família que, há sete gerações, mantém o patrimônio. O desejo de seguir os passos da mãe fez com que uma engenheira agrônoma, desde muito pequena, se interessasse pela terra. Seu pai, dentista, também acabou se envolvendo com os negócios da fazenda, e preparou a herdeira mais velha para cuidar do cultivo da cana de açúcar, que atualmente é predominante na propriedade. Para atrair o interesse de mais mulheres da família, a filha teve a ideia de iniciar uma nova cultura na fazenda, que permitisse mais integração, começando a plantar cacau em consórcio com a banana. Sua irmã caçula também passou a se envolver mais com a vida no campo e, como parte deste novo desafio, elas abriram uma fábrica de chocolates em Limeira (SP). A ideia é que, no futuro, a matéria-prima saia da fazenda. Segundo o IBGE, 90% das empresas têm perfil familiar no Brasil, respondem por mais da metade do PIB, e empregam 75% da mão de obra do país. Assim como na cidade, fazer a sucessão familiar no campo é uma tarefa que exige planejamento e dedicação. Um estudo do Banco Mundial apontou que apenas 30% das empresas familiares chegam à 3ª geração, e só metade disso sobrevive à sucessão de três gerações. Veja a reportagem exibida no programa em 14/04/2024: Sucessão no agro exige planejamento e interesse das gerações mais novas VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

G1

Sun, 14 Apr 2024 10:30:08 -0000 -


Ciro Possobom analisou o cenário econômico que motivou a montadora a anunciar R$ 16 bilhões em suas fábricas no Brasil até 2028. CEO da Volkswagen fala ao g1 sobre nova onda de investimentos O mercado automotivo brasileiro passa por um ciclo histórico de investimentos. Montadoras que atuam no país anunciaram recentemente aportes que, juntos, chegam a R$ 125 bilhões, conforme dados compilados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O montante representa um recorde para o setor. Entre os novos anúncios, está o plano da Volkswagen de aplicar R$ 16 bilhões nas suas quatro fábricas no Brasil até 2028. São R$ 9 bilhões novos que se somam aos R$ 7 bilhões divulgados em 2021 pela montadora. O valor total prevê a fabricação de 16 novos veículos, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e total flex, além de "projetos inovadores" e "foco em descarbonização". A montadora informou ainda que irá produzir quatro veículos inéditos — entre eles, uma picape. Conforme mostrou o g1, o cenário positivo para a indústria ocorre em um contexto de melhora na perspectiva de crédito, diante do ciclo de quedas da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Esse é um fator crucial para o setor, que é bastante dependente de financiamentos. Para analisar o cenário e comentar os novos investimentos da Volkswagen, o g1 foi recebido pelo CEO da empresa, Ciro Possobom. Na análise do executivo, a nova onda de aportes é consequência, principalmente, de um cenário mais positivo após a pandemia de Covid-19 e depois do pico de escassez de semicondutores — equipamento fundamental para a indústria automotiva. "Quando a cadeia de fornecimento começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente ter mais força para anunciar esses planos de investimentos. É por isso que muitas montadoras estão anunciando nesse período", diz. Possobom destaca que esse é um momento em que o setor automotivo está se transformando de uma indústria a combustão para uma mais eletrificada, com carros híbridos e os 100% elétricos. "É o momento também da Volks anunciar esse trabalho", diz o CEO da montadora, que vê na produção de modelos híbridos a grande novidade do ciclo de investimentos da empresa até 2028. O montante anunciado pela empresa (R$ 16 bilhões) é o segundo mais alto do novo ciclo de investimentos, atrás apenas da Stellantis (R$ 30 bilhões). Veja os principais pontos da entrevista com o CEO da Volkswagen: g1 – O que reanimou a Volkswagen aqui no Brasil? As montadoras têm ciclos. Tivemos o primeiro ciclo de R$ 7 bilhões em investimentos, com o lançamento de vários carros. E também falamos: 'Nós precisamos fazer mais'. Agora, nesse momento em que a indústria automotiva está se transformando de uma indústria 100% a combustão para uma indústria um pouco mais eletrificada — com os híbridos e elétricos —, é o momento de a Volks também anunciar esse trabalho. g1 – Então, era um movimento já previsto? Estamos em um período logo após a pandemia, que segurou muito os investimentos — não só no nosso setor, mas em vários outros. Em seguida, teve toda a situação dos semicondutores. Isso também segurou as decisões de investimento. A partir do momento em que isso se equilibra, que toda essa cadeia de fornecimento já começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente agora estar mais forte e anunciar esses planos de investimentos. g1 – E como as perspectivas para a economia do país e para o setor influenciaram os aportes? O mercado [automotivo] brasileiro ainda é um pouco baixo, mas tem crescido todo ano. E existe uma capacidade ociosa bastante forte no setor como um todo. (...) No ano passado, por exemplo, a Volks avançou quase 30% em volume de vendas. Isso faz com que a gente acredite mais nesse investimento. Além disso, o cenário de queda na taxa de juros deve ajudar, com impacto no crédito para a pessoa física. E contribui não só para a venda carros, mas também de outros bens de consumo. CEO da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom posa para foto na fábrica da montadora em São Bernardo do Campo (SP). Celso Tavares/g1 g1 – O programa Mover também foi decisivo? O importante do Mover é que ele dá uma direção para as montadoras. O programa atua reduzindo alguns impostos para elétricos e híbridos e penaliza o modelo que funciona só a gasolina — pagando mais imposto do que um carro 100% flex. Então, o governo está dizendo que o flex e o eletrificado têm vantagens fiscais. Isso nos ajuda. Agora, estamos trabalhando junto ao governo no processo de regulamentação, já que é preciso muito cuidado para o Mover não criar uma superestrutura que encareça mais os carros. g1 – E o aumento do imposto para importação de elétricos? As condições têm que ser iguais para todas as montadoras. Seria muito mais fácil trazer um carro importado da China ou da Alemanha do que desenvolver a região. (...) Se você deixa entrar facilmente todos os carros importados, você não desenvolve toda uma cadeia de fornecedores para desenvolver a indústria. Então, a chegada de novos competidores [no país] e a nossa iniciativa de investir R$ 16 bilhões fazem com que a gente realmente desenvolva toda essa cadeia aqui dentro — o que também ajuda a deixar o carro mais acessível. g1 – Qual é o principal foco dos novos investimentos da Volkswagen? Hoje, no Brasil, 85% dos carros são flex e 95,5% são a combustão. Então, apenas 4,5% do mercado são carros eletrificados — modelos que estão em crescimento. Nesse cenário, dos 16 veículos que vamos produzir, teremos carros flex, híbridos — com foco na tecnologia desenvolvida pela Volkswagen — e, também, elétricos. g1 – Como ficam os veículos a combustão? Como nova tecnologia, estamos produzindo os híbridos. Mas também não podemos deixar os carros a combustão para trás, já que essa é grande parte do mercado. Nós não somos uma montadora de nicho. Somos uma montadora para todo mundo. E se você adiciona uma tecnologia, esse carro fica com preço maior. Então, tem que ter muito cuidado para não deixar o carro muito fora de preço. g1 – Ainda sobre os elétricos: como a Volkswagen vê a chegada das chinesas BYD e GWM no mercado brasileiro? Competição. Algumas montadoras saíram, outras estão chegando. Faz parte do negócio. A gente fica contente que eles estão vindo para cá, instalando fábricas, ajudando a desenvolver o país e a cadeia de fornecimento. Isso colabora com o setor como um todo. Eu falo: 'Quer vender aqui? Então vem para cá, vem produzir no Brasil'. Isso ajuda no processo. Nesse sentido, a chegada dos elétricos e dos híbridos também força uma reação nossa para, realmente, acompanharmos esse movimento. g1 – Por fim, quais desafios econômicos e de negócios a Volks enxerga pela frente? Primeiro, as guerras e os conflitos que estão acontecendo pelo mundo não ajudam a parte do abastecimento das linhas de produção. Tem muita peça que não consegue chegar ao Brasil, formando um desafio de abastecimento que ainda existe aqui. O segundo desafio é o econômico. As taxas de juros ainda estão elevadas para o cliente comprar — e o nosso negócio é muito dependente de crédito. O terceiro ponto é a Argentina. O país é um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Nós temos duas plantas lá e somos muito fortes em market share. Se a Argentina não subir, eu não consigo exportar carros do Brasil para lá. Praticamente todas as montadoras têm fábricas no país. Uma Argentina forte, portanto, também ajuda o nosso negócio. O último ponto é a eletrificação. Qual a velocidade com que ela vai ocorrer no Brasil? Estamos acompanhando também esse movimento.

G1

Sun, 14 Apr 2024 08:00:12 -0000 -


Nova série do g1 responde às dúvidas enviadas por meio da caixinha de perguntas nas redes sociais. Selo home imposto de renda 2024 arte/g1 Como prestação de serviço, o g1 responderá semanalmente a 10 perguntas enviadas pelos leitores sobre o Imposto de Renda 2024. O envio será realizado pelas redes sociais, e um especialista trará as respostas em reportagem publicada aos domingos. Nesta semana, Antonio Gil, sócio de impostos da EY, responde sobre declaração de dependentes, de fundos imobiliários e criptomoedas. Veja abaixo quais perguntas serão respondidas. Filho dependente do pai no IR, mas o plano de saúde é vinculado à mãe. A mãe pode deduzir a despesa? Quem já pagou ITCMD sobre doação de valores vai ter que pagar de novo, ou pagar mais alguma coisa? Por que eu sempre tenho que pagar e nunca recebo nada de restituição? Quem ganha R$ 3 mil tem que declarar, mesmo sendo autônoma? Quem teve câncer pode ser isento? Como proceder? Ganho R$ 1,5 mil como MEI e R$ 1.835 como CLT. Como devo declarar? Dei baixa em meu MEI em novembro de 2023. Preciso declarar? O dinheiro recebido de processo judicial trabalhista é tributável? Como declarar? Quando posso consultar se estou no 1º lote de restituição? Como declarar fundos imobiliários e criptomoedas? LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Saiba quem precisa declarar o Imposto de Renda 2024 1. Filho dependente do pai no IR, mas o plano de saúde é vinculado à mãe. A mãe pode deduzir a despesa? Os gastos com planos de saúde são dedutíveis na declaração em que o beneficiário estiver como dependente. Nesse caso, mesmo a mãe suportando financeiramente a despesa com o plano do filho, é na declaração do pai, em que ele está como dependente, que a despesa é informada. 2. Quem já pagou ITCMD sobre doação de valores vai ter que pagar de novo, ou pagar mais alguma coisa? Para a declaração de Imposto de Renda, quem doa deve informar o valor da doação, incluindo nome e CPF do donatário (para quem doou) na ficha Doações (código 80 ou 81). Já quem recebeu (donatário), deve informar o valor na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis sob o código 14, incluindo o nome e CPF do doador. O ITCMD é imposto estadual sobre doações, mas para fins da declaração de Imposto de Renda trata-se de Rendimento isento. 3. Por que eu sempre tenho que pagar e nunca recebo nada de restituição? Há mais de uma justificativa para isso, mas normalmente ocorre nos casos de possuir mais de uma fonte de renda, onde cada uma delas faz uso da tabela progressiva mensal para reter o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Assim, são usados os descontos da tabela mais de uma vez ao mês (cada fonte pagadora usa o desconto da tabela ao calcular o IR mensal). Na declaração, isso é ajustado, gerando muitas vezes imposto a pagar. Note que o resultado “Imposto a pagar” significa que você teve mais dinheiro disponível ao longo do ano, o que pode ter sido vantajoso. Ou seja, ter resultado “Imposto a pagar” não significa necessariamente algo negativo. 4. Quem ganha R$ 3 mil tem que declarar, mesmo sendo autônoma? Quem recebeu rendimentos do trabalho, assalariado ao não assalariado (autônomo por exemplo), recebeu rendimentos tributáveis, e sendo o total destes acima do limite de R$ 30.639,90 (é o seu caso), precisa declarar. 5. Quem teve câncer pode ser isento? Como proceder? São isentos de imposto os rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma recebidos por portadores de: tuberculose ativa; alienação mental; esclerose múltipla; neoplasia maligna; cegueira (inclusive monocular); hanseníase; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante); contaminação por radiação; síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids); hepatopatia grave e fibrose cística (mucoviscidose). Para que a isenção possa ser aceita, é necessário comprovar a doença por meio de laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. 6. Ganho R$ 1,5 mil como MEI e R$ 1.835 como CLT. Como devo declarar? Como nem todo o rendimento recebido pelo MEI é tributável (a depender da atividade um determinado percentual é isento – VEJA AQUI), pode ser que você não esteja obrigado a declarar. Ao menos por esse requisito, mas pode haver outros que o obriguem a declarar. (veja a lista completa abaixo) Quanto aos rendimentos tributáveis do trabalho, portanto, você precisará somar o valor recebido anualmente como CLT ao valor da parcela tributável anual como MEI, e verificar se ultrapassou R$ 30.639,90. Se ultrapassou, precisará declarar. 7. Dei baixa em meu MEI em novembro de 2023. Preciso declarar? O fato de ser ou não MEI não é fator de obrigatoriedade para declarar, é preciso checar a lista no fim da reportagem. Há também a declaração do MEI, chamada de Declaração Anual do Simples Nacional (Dasn-Simei). Essa declaração deve ser realizada uma vez ao ano, até o dia 31 de maio. A declaração não acarreta nenhuma cobrança adicional porque o imposto é pago mensalmente no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), mas é obrigatória. SAIBA TUDO AQUI. 8. O dinheiro recebido de processo judicial trabalhista é tributável? Como declarar? Os valores recebidos podem ter natureza tributável ou não, e por isso você precisa verificar através da decisão judicial se os valores recebidos foram de uma natureza ou de outra, ou que parte do que recebeu foi tributável e que parte foi isenta/não tributável. Na dúvida, verifique com seu advogado. Além disso, se atente, pois normalmente tais rendimentos tem características de serem "Rendimentos Recebidos Acumuladamente", e há ficha específica para estes na declaração. Os rendimentos tributáveis seguem nessa ficha, enquanto os isentos na ficha "Rendimentos Isentos" (código 04 – indenizações trabalhistas). 9. Quando posso saber se estou no 1º lote de restituição? A partir de 31 de maio já ocorre o pagamento do primeiro lote, que é destinado aos contribuintes com idade igual ou superior a 80 anos. A partir dessa data, mensalmente haverá lotes de restituição, sendo o último lote em 30 de setembro de 2024. 10. Como declarar fundos imobiliários e criptomoedas? Cada um dos ativos tem um percurso diferente. ▶️ Fundos imobiliários As cotas e descrição do FII devem ser declarados na ficha Bens e Direitos, pelo custo de aquisição. Os rendimentos recebidos (dividendos) são isentos e seguem na ficha Rendimentos Isentos e Não tributáveis. Em caso de venda das cotas, a apuração está sujeita a ganho de capital e os resultados líquidos (positivos ou negativos) são informados na ficha Renda Variável – Operações em FII. ▶️ Criptomoedas A quantidade que possui e o custo de aquisição vão na ficha Bens e Direitos, informando o quanto possuía em 31/12/22 e em 31/12/23. Caso haja vendas no mês que ultrapassaram R$ 35 mil (valor de venda), os ganhos estavam sujeitos a ganho de capital tributável, e você deveria ter recolhido o imposto ao longo do ano de 2023 (o programa GCAP 23 é usado na apuração). É possível realizar agora, mas arcando com juros e multa. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.

G1

Sun, 14 Apr 2024 08:00:07 -0000 -


Pela primeira vez, lucro com a exportação da raiz no Espírito Santo chegou aos R$ 184 milhões, e o gengibre já é o quarto produto mais importante do agronegócio no estado. Maior exportador de gengibre do Brasil aposta na qualidade para enfrentar produto chinês Raiz que agrada e é valorizada no mercado internacional, o gengibre é fonte de renda para mais de 3 mil famílias no Espírito Santo. O estado foi o que mais exportou o produto no Brasil em 2023, segundo a Secretaria de Agricultura. Entretanto, após dois anos positivos, o preço começa a cair devido a entrada da raiz chinesa ao mercado, e os produtores capixabas apostam na qualidade para garantir os bons resultados. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Pela primeira vez, a produção capixaba chegou a $ 37 milhões de geração de lucros com exportação em 2023, o equivalente a R$ 184 milhões de reais. A caixa que era vendida a R$ 15 em 2022, saltou para R$ 90, em média, no ano passado, preço que segue praticado. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O gengibre agora é o quarto produto mais importante do agronegócio capixaba, atrás somente do café, da celulose e da pimenta do reino. A produção ultrapassou em R$ 80 milhões de reais o mamão, que agora caiu para o quinto lugar neste ranking. O Espírito Santo foi o estado que mais exportou gengibre no Brasil, em 2023. TV Gazeta O extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (incaper), Galderes Magalhães, explica que fatores internacionais influenciaram no período da colheita ajudaram a alavancar os números nos últimos anos. “A gente vem de um ano muito bom em 2023 o que se repetiu nesse começo de 2024, devido aos problemas de guerra no mundo, como em Israel. A diminuição da produção no mundo fez com que os produtores capixabas colhessem gengibre novo em janeiro, que é algo que não acontecia. Normalmente, só se arrancava nesse período gengibre que ficava do ano anterior. Mas, como o ano de 2023 teve preços muito atrativos, os produtores arrancaram 100% das suas lavouras. A China agora conseguiu chegar com o seu gengibre nos países importadores então o preço está começando a diminuir”, disse Galderes. O produtor Leomar Schaeffer, do município de Domingos Martins, entende que a qualidade faz a diferença para o produto exportado pelo Espírito Santo. “A exigência do consumidor de fora é, primeiramente, qualidade. Você tem que mandar só produto top de linha, não adianta botar coisa ruim na caixa, que o cliente chega, reclama e não paga. Então tem que caprichar!”, contou Leomar Schaeffer. O gengibre é o quarto produto mais importante do agronegócio capixaba, atrás somente do café, da celulose e da pimenta do reino. TV Gazeta O secretário de agricultura Enio Bergoli ressalta o profissionalismo entregue pelos produtores no Estado. “Eu acredito na capacidade empreendedora dos produtores rurais, que trabalham com qualidade, têm custos baixos de produção e garantem qualidade. Todos os produtos que saem do estado para o mundo são auditados, sofrem uma série de análises em relação à resíduos, à sustentabilidade e os nossos produtores cumprem todos os protocolos. Saem daqui, atravessam os oceanos e vão parar em todos os continentes”. Olho do produtor garante qualidade e produtividade Leomar Schaeffer trocou a produção de café e apostou no gengibre há 20 anos. TV Gazeta No Espírito Santo, o gengibre é produzido, especialmente, na Região Serrana, em municípios como Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Domingos Martins. A raiz se adaptou muito bem ao clima ameno da região. Leomar Schaeffer, apostou no gengibre há 20 anos e hoje colhe noventa vezes mais do que produziu em seu primeiro ano. “A gente mexia com café, mas o café não tava dando preço, aí chegava o final do ano a gente ficava sem dinheiro, sem nada. Vi outros produtores começando com gengibre e melhorando de vida. Aí eu pensei, ‘sabe de uma coisa?! Vou plantar também!’. Plantei mil quilos no primeiro ano e a produção foi só aumentando”. LEIA TAMBÉM: Produtores do ES miram exportação de gengibre em meio à alta dos preços no mercado internacional Clima prejudica produção de cacau, e chocolates ficam mais caros nesta Páscoa Hoje, o Leomar possui 20 hectares plantados. A previsão é colher 90 toneladas de gengibre em 2024. Para ele, o cuidado na lavoura é o que garante o sucesso da colheita. “Tem que fazer o preparo, usar adubo orgânico, sempre colocar na hora certa, não pode atrasar. Se atrasar muito ele perde a força, a qualidade vai ser inferior”, explica. Além disso, o controle de doenças é rigoroso. “Fazemos um trabalho de monitoramento na roça, verificando a presença de sintomas de alguma doença na parte áerea da raiz. Se está meio amarelada ou começou a secar, pode ser indício de ataque de fungo ou bactéria. Então é feita a identificação e retirada do borto, do rizoma, a verificação se tem doença realmente ou se foi dano de algum inseto, e a liberação ou descarte do broto”, descreveu Galderes Magalhães. No galpãp, a raiz passa por limpeza, é selecionada novamente e depois embalada em caixas de papelão. TV Gazeta Entre as mais de 3 mil famílias que produzem a raiz no Espírito Santo, cerca de 300 levam o gengibre para o galpão Leomar, onde a carga passa por limpeza, é selecionada novamente - além do trabalho feito na roça - e depois embalada em caixas de papelão. Esse procedimento ocorre pelo menos duas vezes por dia, e até 50 caixas são embaladas em 24h no local. Após o empacotamento, o fruto vai para outro galpão, onde a carga toda é preparada e levada diretamente para o Aeroporto de Vitória. Etapas detalhadas assim atendem a exigência dos Estados Unidos, países da Europa e da África, principais compradores do gengibre capixaba. Galderes Magalhães reforça o protagonismo do Espírito Santo na produção. “Nosso produto é referência a nível mundial porque o nosso produtor trabalha com pequenas áreas, é ele quem coloca a mão no produto, quem faz a sua lida diariamente, não perde tempo. Ele já entende o momento em que a planta precisa de adubo, vai lá e coloca; entende o momento em que a planta precisa de terra, vai lá e faz processo de amontoa. Se deixar de fazer esse processo na hora certa acaba perdendo produtividade. Então essa dedicação faz com que o nosso produto, que se adaptou muito bem às nossas condições climáticas,tenha melhor desempenho”. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

G1

Sun, 14 Apr 2024 07:00:25 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 07 - 15 - 19 - 35 - 40 - 42 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.711 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (13), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 66 milhões. Veja os números sorteados: 07 - 15 - 19 - 35 - 40 - 42 5 acertos - 99 apostas ganhadoras: R$ 41.893,09 4 acertos - 6.276 apostas ganhadoras: R$ 944,05 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (16). Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Sat, 13 Apr 2024 23:20:19 -0000 -


Saiba quais são os países latinos com grandes reservas de petróleo e onde elas se encontram. Brasil, Bolívia, Colômbia, México e Guiana descobriram novas reservas de petróleo recentemente. Getty Images via BBC A disputa pela região do Essequibo voltou a se intensificar após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgar uma lei aprovada pela Assembleia Nacional do País que, na prática, criou um estado venezuelano na região que hoje faz parte da Guiana. Em resposta, as autoridades guianenses advertiram então que "não tolerarão a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte" de seu território soberano. A região é rica em petróleo e outros minerais, e o momento mais recente da disputa – que já dura mais de um século – chegou a fazer com que o Brasil reforçasse seu contingente militar na fronteira com Venezuela e Guiana. A crise se agravou nos últimos anos, depois de terem sido descobertas importantes reservas de petróleo e gás na área e de o governo guianês ter concedido licenças para exploração para a empresa americana ExxonMobil. São mais de mil campos de exploração de petróleo e gás na região – cerca de 980 têm produção superior a 1 milhão de barris por ano ou reservas maiores que 25 milhões de barris. Desdes grandes campos, 40 foram descobertos recentemente. Foi a América Latina, aliás, que teve o maior percentual de novas descobertas de petróleo no mundo em 2022 e 2023, segundo o relatório mais recente dos pesquisadores do Global Energy Monitor. Foram 37,3% das novas reservas de petróleo no mundo, na Guiana, Colômbia, Cuba e Suriname. As novas reservas de petróleo da Guiana têm pelo menos 11 bilhões de barris e vêm sendo exploradas por petroleiras dos Estados Unidos e da China. A atividade fez com que o país tivesse o maior crescimento econômico nos últimos anos, segundo dados do Banco Mundial. De acordo com o Global Energy Monitor, a Guiana foi o país do mundo onde mais reservas de petróleo e gás foram descobertas nos últimos dois anos. Em termos de reservas sancionadas, ou seja, que já obtiveram aprovação para começarem a ser exploradas, a Guiana ficou atrás somente dos Estados Unidos. Assim, o pequeno país se junta aos grandes produtores de petróleo na América Latina, que já inclui México, Venezuela, Colômbia, Brasil, Equador, Peru, Bolívia e Argentina. O Brasil é o maior produtor, com um pico de 5,4 milhões de barris por dia, e pretende dobrar sua produção até 2029. Tensão Israel-Irã: petróleo atinge maior valor desde outubro de 2023

G1

Sat, 13 Apr 2024 17:00:06 -0000 -


Embrapa usa tecnologia e treinamento para capacitar famílias a produzir alimentos em casa. Projeto com potencial de combate à fome já foi exportado para oito países. Plantação de hortaliças com técnica do Sisteminha, da Embrapa José Rey Santos Souza/Embrapa Pense em um terreno de aproximadamente 100 metros quadrados. Nele, há uma casa com um ou dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Do lado de fora, há um tanque com peixes descarregando nutrientes na água, que ajuda a irrigar um pequeno terreno com sementes de milho e feijão. E, se ainda sobrar espaço, coloque um pequeno galinheiro com duas ou três galinhas. É este o cenário mais comum entre as famílias brasileiras, com média de cinco pessoas cada, que já colocaram em prática o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, conhecido como Sisteminha. Com potencial de combater a insegurança alimentar, o projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já foi empregado em 14 estados brasileiros, além de oito países africanos - Angola, Camarões, Etiópia, Gana, Moçambique, Senegal, Tanzânia e Uganda - e deve chegar a nações da América do Sul em breve. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O objetivo é tornar uma casa autossustentável. Primeiro, garantir nutrição da própria família. E depois fazer com que o excedente vire renda. O projeto custa cerca de R$ 25 mil por família e atualmente é colocado em prática a partir de incentivos do setor privado e iniciativas públicas de combate à fome. Frango e peixes são alguns dos alimentos produzidos por meio do Sisteminha, da Embrapa Divulgação/Embrapa Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a insegurança alimentar grave atinge em torno de 735 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são 20,1 milhões. "Geralmente, as famílias que participam já estão em situação de vulnerabilidade há anos e dificilmente terão acesso a uma linha de crédito que as permita pagar a médio prazo a implantação do Sisteminha", afirma o pesquisador da Embrapa e idealizador do projeto, Luiz Carlos Guilherme. Ele aposta em uma parceria anunciada no final de março entre a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a implantação de 1 mil unidades do projeto que, agora, ganha um outro perfil. O Sisteminha quer abastecer grupos maiores de pessoas e vai começar a ser implantado em comunidades quilombolas e indígenas no Norte e Nordeste do Brasil. "A colaboração entre pesquisadores, formuladores de políticas e a sociedade civil será essencial para enfrentar os desafios persistentes e criar um futuro mais justo e seguro para todos”, reforça o estudo. Com tecnologias e inovações voltadas para a agropecuária sustentável, a Embrapa é uma das empresas participantes da 29ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Considerada uma das maiores de tecnologia agrícola do mundo, a feira acontece de 29 de abril a 3 de maio e espera receber 200 mil visitantes. Em 2023, o evento movimentou R$ 13,2 bilhões em negócios. Treinamento, paciência e conscientização Segundo a Embrapa, o Sisteminha tem quatro princípios básicos: Miniaturização: Estruturas simples e compactas, adaptáveis a qualquer cantinho. Replicabilidade: Pode ser reproduzido em diferentes locais, com recursos disponíveis. Escalonamento da produção: Cresce conforme a demanda e a capacidade da família. Segurança alimentar e nutricional: Além de alimentar, nutre a esperança. A entidade acaba de lançar um curso online de 30 horas para capacitação gratuita para interessados em colocar a ideia em prática por conta própria. "O que temos notado é cada vez mais o interesse de famílias que não estão em situação de pobreza extrema, mas que desejam ter uma alimentação mais sustentável e acabam implantando o projeto por mais qualidade de vida", afirma Luiz Carlos Guilherme. Aviário do Sisteminha, da Embrapa Flávia Raquel Bessa Ferreira/Embrapa São cinco opções de conjuntos de produção. Cada família opta pelo que mais interessa ou pelo que mais se adequa ao espaço disponível. Há locais melhores para criação de porcos do que de galinha, terrenos com mais potencial para plantar melancia do que mandioca, por exemplo. Também é preciso paciência. Segundo o pesquisador, o Sisteminha demora em média 90 dias para mostrar resultados efetivos. "Há um treinamento intensivo para que a pessoa entenda como funciona o sistema. Por exemplo, não adianta você receber um animal, um pintinho das raças GLK, ISA Brown, com a capacidade de postura de até 300 ovos por ano e não alimentá-lo com ração balanceada específica ou substituí-la por milho e outros alimentos alternativos, que não suprem a necessidade imposta pela alta produção.” Autonomia alimentar em casa Na tarde de domingo, 7 de abril, Milena Martins foi tomar um café e comer um bolo na casa da comadre dela. As duas são vizinhas na comunidade Quilombo São Martins, no interior do Piauí. Todos os ingredientes usados na refeição foram produzidos no quintal da pequena construção de alvenaria ou comprados a partir da venda do excedente. “Hoje conseguimos produzir o nosso próprio alimento. Já podemos vender batatas para comprar açúcar e vender uma dúzia de ovos para comprar manteiga. A minha avaliação é totalmente positiva”, conta Milena, que é da Associação de Quilombolas e coordenadora de Apoio das Comunidades Quilombolas do Piauí. LEIA TAMBÉM Pulverização eficiente, dados precisos, máquinas silenciosas: aplicações de IA são tendência na agricultura Baixa nas commodities, seca, recuo de vendas: quais as projeções do setor de máquinas agrícolas para 2024 Centro-Sul fecha safra 2023/2024 com recorde histórico na produção de cana-de-açúcar e alta de 19% Em 2015, a São Martins teve o primeiro contato com o Sisteminha. Apenas uma família topou o desafio e acabou virando exemplo para os demais moradores. Em novembro de 2020, graças a iniciativas públicas, outras 25 das 103 famílias locais implantaram o projeto de forma comunitária. Organizados em cinco grupos, os moradores fizeram um mutirão para construir 25 tanques e galinheiros. O foco principal é na criação de peixes e galinhas poedeiras. Atualmente, cada família produz entre 18 a 20 ovos por dia e até 40 quilos de tilápia a cada três meses. O próximo passo é uma linhagem industrial de frango de corte branco de peito duplo. “O projeto estimulou a produção e a comercialização com qualidade, variou e melhorou o hábito alimentar com a inserção comercial dos produtos vindos dos nossos quintais. Antes só se consumia peixe na quaresma ou na semana santa; frutas, verduras e hortaliças vinham de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA); ovos eram sempre comprados em Paulistana (PI). Hoje temos tudo isso na comunidade, com qualidade, e ainda podemos incrementar a produção com mais estrutura”, conta Ivanete Pereira Rosa, presidente da Associação. A comunidade compra os insumos e compartilha e troca a produção entre si. O excedente é comercializado e o lucro, dividido. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região j

G1

Sat, 13 Apr 2024 12:01:05 -0000 -


Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que o sentimento positivo do setor vem na esteira da melhora no cenário de crédito e da cadeia de fornecimento, além de incentivos mais claros à indústria e perspectivas mais positivas para a economia. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br Há pouco mais de três anos, a Ford chocou a indústria nacional ao decidir deixar o Brasil. O anúncio, divulgado em janeiro de 2021, veio na esteira da pandemia de Covid-19 — que moldou, até então, um cenário de inflação bastante elevada e juros em tendência de alta. Não bastassem os aspectos macroeconômicos, a situação foi agravada também por uma escassez global de semicondutores, equipamento fundamental para a indústria automotiva. (entenda mais abaixo) E a conjuntura negativa resultou não só na saída da Ford: nos últimos três anos, também se tornaram comuns os anúncios de cortes e paralisações entre as montadoras no país. Só no início de 2023, por exemplo, ao menos quatro delas anunciaram férias coletivas em suas fábricas. As interrupções nas linhas de produção foram resultado ainda da falta de matéria-prima e também da redução da demanda, em um cenário de empréstimos mais caros e condições financeiras mais apertadas para os clientes. (entenda mais abaixo) Mas, entre o fim de 2023 e o início de 2024, uma onda otimista tomou conta da indústria automotiva brasileira. Grandes montadoras voltaram a aquecer o mercado anunciando investimentos que, juntos, chegam a R$ 125 bilhões até 2033. Esse é o maior ciclo de aportes do setor na história, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Só em 2024, foram anunciados mais de R$ 60 bilhões pelas empresas, em recursos destinados à ampliação de produção e desenvolvimento de tecnologia no país. Mas o que reanimou as montadoras no Brasil? Além dessa resposta, nesta reportagem você vai entender: Qual era o cenário que desembocou na saída da Ford? Por que chegamos a ter paralisação nas montadoras? O que fez a maré mudar Quais as perspectivas para o setor O que dizem as montadoras Qual era o cenário que desembocou na saída da Ford? O Brasil ainda enfrentava fortes picos de contaminação pela Covid-19, ao mesmo tempo em que ensaiava a retomada das atividades na economia. Nesse vaivém imposto pela crise sanitária, as perspectivas eram de uma atividade pouco animadora para o ano de 2021. Se, por um lado, a taxa básica de juros do país iniciou o ano na casa dos 2% — muito abaixo do nível atual —, por outro, a tendência já era de alta. Tanto que, na tentativa de combater a inflação, o Banco Central do Brasil (BC) elevou a taxa Selic em 7,25 pontos percentuais só naquele ano, chegando a 9,25% na reunião de dezembro. Veja no gráfico mais abaixo. Juros mais altos, vale lembrar, representam crédito mais caro, dificultando principalmente a compra de bens de maior valor agregado — como os carros. Além disso, taxas em patamares elevados inibem investimentos pelas empresas devido ao aumento dos custos. A inflação oficial do país, por sua vez, também sofria em 2021 com os reflexos persistentes da pandemia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 10,06%, a maior taxa desde 2015, sob forte influência dos preços dos combustíveis. Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) ainda começava a se recuperar em meio às tentativas de retomada das atividades econômicas, chegando a um crescimento de 4,8% no ano — após uma retração de 3,3% em 2020, ano em que foi declarada a pandemia. Veja abaixo. Evolução do PIB ano a ano Arte g1 Os impactos eram percebidos também no setor automotivo. Em 2020, primeiro ano de pandemia, as montadoras viram uma redução de 26,16% na venda de veículos novos em comparação com 2019. Os números consideram automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em 2021, o cenário até melhorou: houve avanço de 2,98% nos emplacamentos na comparação com 2020. Ainda assim, o resultado foi 23,96% abaixo do registrado em 2019. Já em relação à máxima histórica de vendas registrada em 2012, os números do pós-pandemia ficam ainda mais distantes, mostram dados da Anfavea. Naquele ano, as vendas foram de 3.802.071 unidades, enquanto, em 2023, o total foi de 2.308.689 — o que representa uma redução de 39,27%. Veja abaixo a série histórica. O desempenho mais fraco da indústria, aliado à instabilidade econômica e aos problemas financeiros já enfrentados pela Ford, são fatores que também colaboraram com o fechamento da montadora no Brasil — e com o desânimo geral do setor. Na época, a companhia justificou que a decisão foi tomada "à medida em que a pandemia de Covid-19" ampliou "a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas". E continuou: "desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas". A empresa informou ainda que a matriz, nos Estados Unidos, vinha auxiliando nas necessidades de caixa — situação que, então, deixou de ser sustentável. Com a saída do país, o abandono da produção de compactos e o foco em picapes e SUVs, a empresa passou de 5ª maior montadora em emplacamentos no Brasil para um modesto 12º lugar entre veículos e comerciais leves. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Procurada pelo g1, a Ford não concedeu entrevista. Por que chegamos a ter paralisação nas montadoras? Conforme mostrou o g1 em março de 2023, a indústria automotiva passava por um novo momento de dificuldade naquele ano. Prova disso eram os anúncios de paralisações de gigantes como a Volkswagen, GM/Chevrolet, Stellantis, Mercedes-Benz e Hyundai, que interromperam suas produções e colocaram funcionários em férias coletivas. O mesmo aconteceu em 2022, quando montadoras pararam suas atividades 36 vezes ao longo do ano e deixaram de produzir 250 mil veículos. A pandemia de Covid-19, entretanto, não estava mais no centro das atenções: o foco, naquele momento, era a alta dos juros — que começava a trazer consequências mais fortes para a economia. Uma delas era a redução do consumo devido à dificuldade de concessão de crédito. A falta de semicondutores no mercado global era outro fator por trás das paralisações. A crise, que vinha se arrastando havia quase três anos, causou fortes impactos na indústria graças à importância dessas peças: elas são usadas no painel, no sistema multimídia, no retrovisor, no sistema de freio e até no motor. Para se ter uma ideia, tem carro que precisa de mais de 3 mil semicondutores para funcionar. Em 2024, a situação mudou. Além de a cadeia de fornecimento estar voltando à normalidade, entidades do setor acreditam em um bom impulso no mercado graças à melhora na perspectiva de crédito, com a queda de juros desde agosto passado. Atualmente, os financiamentos representam cerca de 40% dos novos veículos emplacados no país. Em tempos de juros mais baixos, o percentual cresce. Por outro lado, especialistas ouvidos pelo g1 ponderam que o acesso a empréstimos mais baratos ainda chega a passos lentos ao consumidor, mesmo com a recente sequência de quedas da taxa básica de juros do país. Isso porque o repasse da queda da Selic aos juros na ponta tem um período de defasagem, que leva de três a seis meses para ser sentido pela população. A mudança pode ser um pouco mais rápida nas linhas de crédito com garantia, ou por fatores como o tempo de relacionamento com os bancos. ENTENDA SE VAI FICAR MAIS FÁCIL COMPRAR UM CARRO ZERO EM 2024 Carro é produzido em fábrica da Volkswagen. Divulgação/Volkswagen O que fez a maré mudar Os recordes de investimentos anunciados recentemente pelas montadoras escancaram a expectativa de um setor mais próspero para os próximos anos. Mas, afinal, o que causou essa onda otimista? Essa é a resposta que o g1 foi buscar com especialistas. Em linhas gerais, a melhora no cenário foi alavancada pelos seguintes motivos: ciclo de queda da taxa juros, estabilidade econômica e câmbio estável; programas do governo federal voltados à indústria e ao setor automotivo; caminho global rumo à eletrificação dos veículos; e a reforma tributária. A análise do diretor de desenvolvimento de negócios da JATO do Brasil, Milad Kalume Neto, é de que o país está em um processo de estabilidade econômica, com um "panorama muito melhor para o segundo semestre", o que tem gerado mais confiança para as montadoras. Além das melhoras nos índices econômicos — com uma inflação mais controlada, ciclo de barateamento do crédito e PIB no campo positivo — o cenário mais propício para investimentos também passa por uma estabilização política, explica o especialista. "Na gestão passada, tínhamos um presidente [Jair Bolsonaro] que fazia declarações negativas para todo o mercado, inclusive o setor automotivo. Por outro lado, o atual presidente [Lula] 'nasceu' na indústria automotiva e sempre defendeu os interesses da indústria nacional", diz Milad. O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, também aponta a melhora na relação política como fator crucial para a renovação do ânimo das montadoras. "Esse governo é bem mais conciliador. Isso traz confiança para o empresário. Tanto é que a estabilidade política foi citada em revisões de notas de crédito do Brasil por agências internacionais classificadoras de risco", relembra. O ciclo de queda da taxa básica de juros do país também tem sido fator comemorado pelo segmento. Após a inflação disparar ao redor do mundo por conta da Covid-19 — e por causa da guerra na Ucrânia, posteriormente —, os bancos centrais passaram a aumentar as taxas de juros para restringir o consumo e conter a alta de preços. No Brasil, não foi diferente. Como mostra o gráfico no início desta reportagem, o juro básico do país disparou entre 2021 e 2022. Agora, com os preços arrefecendo, o Banco Central passou a promover cortes na taxa Selic. Na prática, juros mais baixos significam um ambiente mais propício para investimentos pelas empresas, graças ao consequente barateamento do crédito. "A redução da taxa de juros está ocorrendo. A questão do crédito era extremamente importante para a retomada do setor", afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em coletiva de imprensa de divulgação dos números do setor. Sobre o cenário econômico, Leite destacou ainda a estabilidade do câmbio — que também tem dado "previsibilidade e segurança" para as montadoras. O país passou recentemente por um momento de valorização gradativa da moeda brasileira, justamente após superar os impactos mais intensos da pandemia, explica André Galhardo, da Análise Econômica. "A previsão é que o real continue se valorizando em 2024. Em algum momento, o banco central dos EUA irá cortar a taxa de juros do país — medida que tem sido adiada diante dos dados fortes da economia norte-americana. Com isso, a moeda brasileira segue 'esperando' um sinal", diz. Cortes nos juros dos EUA tendem a fortalecer a moeda brasileira, uma vez que aumentam o apetite ao risco dos investidores — que buscam melhores rendimentos em mercados de maior risco, como o brasileiro. Em outras palavras: com mais dólar entrando aqui no país, o real se fortalece. O papel do programa Nova Indústria Brasil, com previsão de R$ 300 bilhões em financiamentos para a indústria até 2026, também é destacado pelos especialistas. Eles apontam que os atuais investimentos na indústria representam uma mudança de postura em relação ao governo anterior. "O mercado entende que esse governo é um pouco mais intervencionista", exemplifica Galhardo. Há ainda o Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O programa prevê frotas mais limpas e produção de novas tecnologias, tornando a iniciativa outro grande impulsionador do novo ciclo de investimentos. Na prática, a indústria nacional passa a ter, então, clareza sobre as prioridades do país — questão considerada uma das demandas do setor. Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, o Mover "traz mecanismos inteligentes para o futuro da indústria automotiva e, principalmente, garante previsibilidade, que é o que as empresas querem". "O programa traz uma política inteligente de incentivos à produção e Pesquisa e Desenvolvimento, com foco na descarbonização. A tudo isso se soma uma forte demanda reprimida no mercado brasileiro, que ainda tem um baixo índice de motorização per capta em relação a outros países”, disse. Por meio do Mover, serão concedidos até R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros entre 2024 e 2028 para investimentos em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica. Os valores poderão ser usados pelas empresas por meio de abatimento de impostos federais. De acordo com o governo federal, após o Mover, ao menos 11 montadoras anunciaram investimentos: Stellantis – R$ 30 bilhões (2025/2030) Volkswagen – R$ 16 bilhões (2022/2028) Toyota – R$ 11 bilhões (2024/2030) GWM – R$ 10 bilhões (2023/2032) General Motors – R$ 17 bilhões (2021/2028) Hyundai – R$ 5,45 bilhões (até 2032) Renault – R$ 5,1 bilhões (2021/2027) CAOA – R$ 4,5 bilhões (2021/2028) BYD – R$ 5,5 bilhões (2024/2030) Nissan – R$ 2,8 bilhões (2023/2025) BMW – R$ 500 milhões Governo define regras de adesão ao programa Mover Especialistas também destacam a cadeia de fornecimento — que está voltando à normalidade após a pandemia — como mais um fator a colaborar com o novo ciclo otimista. A pandemia e a consequente interrupção de atividades levaram não só à paralisação das montadoras, mas também de fornecedores, que suspenderam a distribuição de peças e equipamentos. Agora, com o restabelecimento dessa cadeia a patamares anteriores a 2020, as companhias passam a ter mais fôlego para produzir e, consequentemente, voltar a investir. A reforma tributária, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, e a definição sobre o imposto de importação de carros elétricos são outros destaques do ponto de vista da previsibilidade para as empresas, aponta a Anfavea. No caso da reforma tributária, o entendimento de especialistas é que a mudança na forma como os impostos são cobrados no país garantirá mais eficiência, reduzindo burocracias. Em relação ao aumento do imposto para os importados, a compreensão é que os produtos nacionais tendam a ficar mais atraentes, uma vez que o custo deverá ser menor ao consumidor final. Também tem colaborado para o cenário o fato de o setor estar, em nível global, direcionado para o desenvolvimento de veículos híbridos, flex e elétricos, explica Milad, da JATO do Brasil. Com a indústria brasileira atrasada nesse tipo de investimento, as montadoras chinesas — já desenvolvidas nesse sentido — passaram, portanto, a pressionar fortemente o mercado interno, colaborando com essa nova corrida dentro do setor. "De repente, a indústria teve a necessidade de montar produtos para competir não só no mercado interno — que, agora, conta com a tecnologia trazida pelos chineses a um preço competitivo —, mas também em outros mercados", observa o especialista. Quais as perspectivas para o setor Na esteira dos novos investimentos, Milad acredita que "agora, portanto, teremos dinheiro para o desenvolvimento de novas tecnologias", com fatores "convergindo para que o país tenha um grande potencial de crescimento do setor". "Então, esse é o momento em que o Brasil se encaixa: necessidade da nossa indústria, visão global voltada para motores híbridos ou elétricos e a questão da economia interna", conclui. A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é de um crescimento de 12% nas vendas de automóveis e comerciais leves em 2024, totalizando 2,44 milhões de emplacamentos. “Estamos prevendo uma possível melhora na oferta do crédito, assim como um ambiente positivo na indústria, que terá mais incentivos para o desenvolvimento de novos produtos a partir do programa Mover", analisou Andreta Jr., presidente da Fenabrave, em relatório publicado no início deste ano. Enquanto isso, a Anfavea estima um aumento de 6,2% na produção de veículos leves e pesados em 2024, além de um avanço de 6,1% nos emplacamentos. O que dizem as montadoras Volkswagen O g1 foi recebido pelo CEO da Volkswagen, Ciro Possobom, para analisar o cenário e comentar os novos investimentos da montadora. Para o executivo, a nova onda de aportes é consequência de um cenário mais positivo após a pandemia de Covid-19 e o pico de escassez de semicondutores — equipamento fundamental para a indústria automotiva. "Quando a cadeia de fornecimento começa a restabelecer o que era antes de 2019, a gente pode realmente ter mais força para anunciar esses planos de investimentos. É por isso que muitas montadoras estão anunciando nesse período", diz. Possobom destaca que esse é um momento em que o setor automotivo está se transformando de uma indústria a combustão para uma mais eletrificada, com carros híbridos e os 100% elétricos. "É o momento também da Volks anunciar esse trabalho", diz o CEO da montadora, que vê na produção de modelos híbridos a grande novidade do ciclo de investimentos da empresa até 2028. O montante anunciado pela empresa (R$ 16 bilhões) é o segundo mais alto do novo ciclo de investimentos, atrás apenas da Stellantis (R$ 30 bilhões). BYD Para a BYD, o Brasil é um dos maiores mercados de automóveis do mundo e, por isso, possui uma importância estratégica. É o que afirma Alexandre Baldy, conselheiro especial da montadora, que também atribui ao país um "enorme potencial de transformação rumo a uma economia verde e sustentável". "Por esse motivo, [a BYD] vem investindo fortemente no Brasil, além de estar otimista com as políticas públicas do governo federal em relação à sustentabilidade", sustenta o executivo. A previsão é que, até o fim de 2024, os primeiros veículos da BYD comecem a ser produzidos no complexo de Camaçari, na Bahia, onde a fábrica da montadora está sendo instalada. O polo industrial é o mesmo onde funcionou a Ford até a empresa deixar o país. A companhia também pretende ampliar sua rede de concessionárias de automóveis. A expectativa é chegar até o final de 2024 com um total de 200 estabelecimentos no Brasil, diz Baldy, reforçando que "o país é o principal foco da BYD fora da Ásia". "A grande aposta da BYD no Brasil e no mundo é na criação de soluções sustentáveis amparadas por pesquisas. A empresa acredita na prosperidade no mercado de energia e que o país possa ter autonomia completa neste segmento", conclui. Toyota A Toyota "tem planos ambiciosos para acelerar ainda mais suas operações no país", afirma o diretor de comunicação da empresa e presidente da Fundação Toyota, Roberto Braun. Segundo ele, os novos investimentos vão viabilizar a expansão do parque fabril da montadora em Sorocaba, no interior de São Paulo, que ganhará novas instalações. O foco principal dos aportes, diz, é "impulsionar a descarbonização por meio de novas tecnologias de eletrificação". "Além disso, a empresa busca se desafiar a conquistar novos mercados, indo além dos 22 países para os quais já exporta." O porta-voz da empresa também destaca que, em termos globais, a Toyota acredita em diferentes rotas tecnológicas para a descarbonização, "mas aposta que o caminho para a eletrificação no Brasil começa pelos híbridos flex". "Isso devido ao contexto brasileiro de infraestrutura e ao uso do etanol, uma fonte limpa e renovável que gera empregos e renda no país", conclui Roberto Braun. Procurada, a Stellantis não respondeu às perguntas do g1 sobre os temas abordados nesta reportagem. A GM/Chevrolet, por sua vez, informou que não iria se pronunciar.

G1

Sat, 13 Apr 2024 10:18:16 -0000 -

g1 > Tecnologia

Confira notícias sobre inovações tecnológicas e internet, além de dicas sobre segurança e como usar melhor seu celular


Músico foi palestrante no Web Summit Rio, onde falou sobre construção de ‘hits’ no mercado fonográfico brasileiro. João Gomes brincou ainda com a dificuldade de acompanhar evento em inglês. Cantor João Gomes fala sobre o que o filho de 3 meses gosta de ouvir quando dorme O cantor João Gomes contou que o filho Jorge, de apenas 3 meses, gosta de ouvir as músicas do cantor Zé Ramalho antes de dormir. O músico falou sobre o mercado fonográfico no Web Summit Rio – evento que reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo. “Rapaz, ele gosta de dormir escutando Zé Ramalho. Boto Zé Ramalho e ele apaga. Mas, eu acho que essa galera de hoje escuta muito funk. Ele vai acabar gostando de escutar uma musiquinha assim. E está tudo bem também. Hoje em dia, também vai ser muito mais fácil para ele pegar um violão e aprender a tocar”, disse João Gomes. Durante a entrevista ao g1, ele comentou sobre a palestra que deu no evento e brincou sobre a dificuldade que teve com a comunicação, uma vez que os outros participantes falavam em inglês. João Gomes no Web Summit Rio Viviane Mateus/g1 “Chique né? Deu um frio na barriga. Mas, falar sobre música é falar sobre a nossa paixão, é falar sobre uma coisa que nos pegou pelo braço desde quando a gente era criança. Só tenho a agradecer a Deus por estar aqui hoje e estar conhecendo essa festa maravilhosa. Foram os 25 minutos mais demorados da minha vida”, brincou. O músico disse ainda que as redes sociais tem papel fundamental na construção de um "hit" - a internet, segundo ele, serve como um termômetro para os cantores. “Eu comecei pela internet, fazendo vídeos. Acho que é ali que você tem o termômetro sobre o que você está fazendo. Se a galera vai pagar para ver aquilo, se a galera está gostando ou não". LEIA TAMBÉM: Como empreender? Influencer Mari Maria dá dicas de como ganhar dinheiro na internet TikTok: entenda como app impacta nos negócios e conheça produtos que viraram sucesso João Gomes foi pai do seu primeiro filho há 3 meses Reprodução/Instagram

G1

Fri, 19 Apr 2024 15:47:10 -0000 -


Autoridades chinesas alegam preocupações com a segurança nacional. O Telegram e Signal também foram removidos. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue A Apple removeu, nesta sexta-feira (19) ,o WhatsApp e o Threads, ambos da Meta, da App Store na China após receber ordens do governo chinês, que citou preocupações com a segurança nacional. "A Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção desses aplicativos da loja da China com base em suas preocupações com a segurança nacional", disse a Apple. "Somos obrigados a seguir as leis dos países em que operamos, mesmo quando não concordamos", disse a empresa. A remoção dos aplicativos sugere uma intolerância crescente por parte do governo chinês em relação aos serviços de mensagens estrangeiros que estão fora de seu controle. O Telegram e Signal também foram removidos da loja. Outros aplicativos da Meta, incluindo Facebook, Instagram e Messenger, permaneciam disponíveis para download, de acordo com verificações da Reuters. Não ficou claro como WhatsApp e o Threads podem ter causado preocupações de segurança para as autoridades chinesas. Segundo o jornal New York Times, o governo chinês encontrou conteúdo sobre o presidente, Xi Jinping, que violava as leis de segurança cibernética. A Meta se recusou a comentar e encaminhou os questionamentos à Apple. A Administração do Ciberespaço da China também não se pronunciou. Nenhum dos quatro aplicativos — WhatsApp, Threads, Telegram e Signal — é amplamente utilizado na China. O WeChat, da Tencent, é de longe o serviço mais usado. As plataformas suspensas continuam disponíveis em Hong Kong e Macau porque são regiões autônomas. Leia também: Como limpar a lente da câmera do celular? Regulação da inteligência artificial é necessária, mas não pode ser excessiva, defendem líderes Estudo contraria ideia de que jovens brasileiros usam mais internet Assista ao vídeo abaixo e saiba o que fazer se o celular cair na água Saiba o que fazer se o celular cair na água Como funciona um celular sem aplicativos? Veja abaixo Um smartphone sem apps

G1

Fri, 19 Apr 2024 13:14:20 -0000 -


Mulher que diz ter sido violentada durante 18 horas conseguiu escapar de agressor após enviar a localização a amigos. WhatsApp, Apple, Google e Facebook oferecem o serviço. Veja apps para compartilhar a localização Foto de RDNE Stock project Os aplicativos de localização podem ser extremamente úteis para encontrarmos amigos em meio a multidões, acompanharmos a chegada de alguém que estamos esperando e para mostrar onde estamos quando vamos a um lugar que não estamos certos sobre a segurança. Foi graças a esse tipo de ferramenta que uma mulher, de 31 anos, que foi estuprada e agredida por 18 horas no Rio de Janeiro conseguiu escapar do agressor. A vítima havia compartilhado a localização com um amigo ao sair para um encontro com um homem que conheceu online. O amigo foi até o endereço e a resgatou. A Polícia Civil do RJ prendeu o agressor, Lucas José Dib, de 35 anos, na quinta-feira (18), por estupro, cárcere privado, ameaça e tortura. Veja a seguir os principais aplicativos de compartilhamento de localização. WhatsApp No WhatsApp, aplicativo mais usado por brasileiros, compartilhar e acompanhar a localização dos amigos é simples. O usuário pode escolher compartilhar usando a opção "Localização em Tempo Real", que irá mostrar onde ele está e acompanhará o deslocamento, ou a "Localização atual", que repassa onde o usuário está no momento exato em que enviar os dados, mas não atualizará com a movimentação. Neste último caso, o WhatsApp também oferece a opção de compartilhar a localização de forma "offline". Essa opção pode ser útil como último recurso, caso você esteja ficando sem bateria ou internet no celular. Veja o passo a passo: para compartilhar a localização em tempo real, abra uma conversa e clique no ícone de "Anexar" (Android) ou de Adicionar (Apple); selecione a opção "localização", depois a opção "localização em tempo real" e selecione o tempo que quer compartilhar essa informação; pronto, agora você pode mostrar onde está e até acompanhar o local de vários amigos ao mesmo tempo (caso tenham trocado os dados em uma conversa de grupo). Como compartilhar localização por meio do WhatsApp Reprodução/Whatsapp Google Maps Existem duas formas de se compartilhar a localização pelo Google Maps. Veja a seguir. Se a pessoa com quem você vai compartilhar a localização tiver uma conta no Google, você deve: adicionar o endereço do Gmail da pessoa aos seus Contatos do Google, caso ainda não tenha feito isso; abrir o aplicativo e fazer login; tocar em sua foto do perfil ou na sua localização no mapa e selecionar "Compartilhar de local"; escolher por quanto tempo você quer que a pessoa tenha acesso a sua localização. Há a opção por 1 hora e "Até você desativar"; tocar no perfil da pessoa com quem você quer compartilhar sua localização; permitir que o Google Maps tenha acesso aos seus contatos, se solicitado; tocar em "Compartilhar". Caso a pessoa não tenha um perfil no Google, você deve: abrir o Google Maps e tocar na sua foto de perfil ou na sua localização no mapa, em seguida em "Compartilhar Local"; escolher a opção de copiar o link de compartilhamento e tocar em "Copiar para a área de transferência"; para compartilhar o link com alguém, basta colar em um e-mail, uma mensagem de texto ou em outro app de mensagens. Para acessar esse serviço, é preciso autorizar o aplicativo a obter a localização "o tempo inteiro" e não somente durante o seu uso. Google Maps é outro aplicativo usado por muita gente que pode te ajudar a encontrar as pessoas Reprodução/Google Maps Facebook Messenger O usuário no Facebook Messenger, precisa: na aba de Bate-papos, abrir a conversa com a pessoa com quem quer compartilhar; tocar no símbolo ao lado da caixa de texto para enviar outros tipos de mensagem; clicar em "Localização" e toque em "Compartilhar localização atual". Messenger permite compartilhar a localização por até 60 minutos Reprodução/Messenger Apple Para quem tem iPhone e tem amigos que também usem aparelhos da Apple, vale usar o aplicativo "Buscar" ("Find My", em inglês). Esse app é nativo do sistema iOS, ou seja, já vem instalado desde a fábrica. Veja como usar o aplicativo a seguir: ao abrir o app, toque no símbolo "+" e escolha "Compartilhar Localização"; no campo "Para", digite o nome de um amigo para compartilhar sua localização ou toque novamente no símbolo "+" e selecione um contato; toque em "Enviar" e escolha por quanto tempo deseja compartilhar a sua localização; quando um amigo compartilha a localização, você pode usar o app para achá-lo no mapa. App "Buscar" do iPhone ajuda a localizar amigos que também Reprodução/Apple Leia também: VEJA: o passo a passo do que fazer quando o celular sumir TUTORIAL: como localizar iPhone e Android pelo computador Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Fri, 19 Apr 2024 12:47:50 -0000 -


Fabricantes indicam o uso de pano de microfibra, mas nem sempre ele está à mão. Saiba o que fazer. Celular com a lente suja Fabio Tito/g1 Situação comum: tirar o celular do bolso para fotografar e a lente da câmera estar suja – tem até smartphone que avisa dos resíduos naquela área e que a foto pode ficar embaçada. A reação mais comum é pegar o pedaço de pano que estiver por perto (ou mesmo a própria camiseta) e dar aquela esfregada rápida. Funciona? Sim. É o certo? Mais ou menos. A limpeza correta de uma lente de celular é feita utilizando "somente panos macios que não soltem fiapos. Evite usar toalhas, toalhas de papel e itens parecidos”, de acordo com a Apple. Materiais ásperos – que podem arranhar o aparelho – também não são recomendados, segundo a companhia. A Samsung diz para usar "um pano de microfibra macio e sem fiapos, para limpar suavemente a superfície externa do telefone”. O problema é que nem todo mundo tem um paninho de microfibra sempre à mão (ou na mochila ou bolsa). E aí, o que fazer? Se você usa óculos, pode ser mais fácil. “Os paninhos para limpar óculos são de microfibra”, lembra Daniel Kawano, gerente de produtos da Asus. Usar a camiseta ou camisa não vai estragar a lente do telefone. Veja a seguir como fica a mesma imagem feita com a lente do celular suja e depois limpa usando tecidos de algodão e microfibra. Fotos com a lente do celular suja, com a lente limpa com camisa de algodão e limpa com microfibra Fabio Tito/g1 “Na ausência do tecido ideal, é bom usar tecidos sintéticos porque geralmente eles riscam menos por terem as fibras mais organizadas”, diz a fabricante Honor, em nota. “Todas as marcas usam vidros temperados e é muito difícil que você risque a lente limpando com uma camiseta de algodão ou semelhante”, completa a marca chinesa. Se for só para limpar as lentes, não precisa retirar a capa. Se quiser tirar as marcas do resto do aparelho, remova a capa e limpe o resto. A grande restrição mesmo é usar produtos químicos para tentar limpar a lente. Nada de álcool (mesmo o isopropílico, que costuma ser usado para desinfetar as telas). "Produtos de limpeza podem riscar ou deixar as lentes opacas permanentemente", finaliza Renato Citrini, gerente sênior de produto da Samsung. A Realme informa que os aparelhos da marca recebem um tratamento que repele marcas de impressões digitais na proteção da lente. É algo que grande parte dos fabricantes faz e que ajuda a evitar as manchas, mas que pode ser corroído por produtos de limpeza. O Guia de Compras selecionou 5 panos de limpeza de microfibra, com valores que iam de R$ 12 a R$ 50, e 5 celulares com câmeras de alta resolução, que custavam de R$ 3.000 a R$ 10.000. Os preços foram consultados nas principais lojas on-line em abril. Panos de microfibra Pano para limpeza de óculos (10 unidades) Flanela 40x40cm Cadillac Pano 30x30 cm Flash Limp (kit com 3 unidades) Toalha 35 x 35 cm Kala (kit com 4 unidades) Pano Tramontina (kit com 3 peças) Celulares Apple iPhone 15 Pro Max Motorola Edge 50 Pro Realme 11 Pro+ Samsung Galaxy S24 Ultra Xiaomi Redmi Note 13 Pro Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Saiba o que fazer se o celular cair na água

G1

Fri, 19 Apr 2024 10:00:23 -0000 -


O g1 ouviu executivos de Google, TikTok, Lenovo e Totvs, que compartilharam suas visões sobre controle e fomento da IA no país. Tema foi discutido durante o Web Summit Rio 2024. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil. Divulgação/Web Summit Rio Mais de 50 painéis trataram sobre inteligência artificial durante o Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. O tema foi destaque nos três dias de evento, com foco em como a tecnologia pode aumentar a produtividade e transformar empresas de todos os segmentos. A regulação da IA é discutida em vários países, inclusive no Brasil. O g1 ouviu a opinião de executivos brasileiros de Google, TikTok, Lenovo e Totvs sobre como devem ser as medidas para controlar a IA generativa, que cria novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. Para o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, qualquer tecnologia nova deve ser bem debatida. O executivo disse que está em conversa com o Senado Federal para mostrar como a empresa pode ajudar no debate. "Os esforços com a IA devem ser ousados e responsáveis. Ousadia para a gente discutir inovações que possam sair do Brasil para o mundo todo e responsabilidade porque estamos lidando com algo novo", disse Coelho durante o painel "Aproveitando a IA para um futuro melhor". "Quando trabalhada com todas as fontes, a regulação pode ser benéfica", disse ao g1 Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina. "Ainda é importante garantir a segurança para a comunidade [de redes sociais], deixando claro quando o conteúdo foi produzido com inteligência artificial", completa. Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina. Divulgação/Web Summit Hildebrando Lima, diretor executivo da Lenovo, empresa que apresentou no Web Summit o primeiro tradutor de Libras do mundo criado com IA, afirma que a regulação é bem-vinda, mas precisa ser democrática. "Ela tem que ser coerente com o que a sociedade precisa, senão a gente priva a empresa, o governo e a população, deixando o país para trás. Tudo isso precisa estar em harmonia para que a IA seja uma coisa que ajude as pessoas, que faça com que a gente seja mais produtivo", diz Lima. Já Dennis Herszkowicz, presidente-executivo da empresa brasileira de softwares Totvs, defende a educação da sociedade para lidar com a IA. "Eu acredito num caminho mais informativo do que já criar logo de cara algo que impeça o desenvolvimento da tecnologia". "Se a regulação foi dura demais no início, corre o risco de impedir que se extraia todo o valor que essa tecnologia pode", completa. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Fri, 19 Apr 2024 07:01:27 -0000 -

Julgamento recomeça no plenário virtual do tribunal a partir da madrugada desta sexta-feira (19). Caso específico a ser analisado é determinação da Justiça de Sergipe, em 2016, para suspender o Whatsapp por descumprimento de ordem judicial. O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar, a partir da madrugada desta sexta-feira (19), uma ação que discute se é possível bloquear aplicativos de mensagens -- como Whatsapp ou Telegram -- por decisões da Justiça. Os ministros retomam o caso no plenário virtual, ambiente eletrônico da Corte, em que os votos são depositados via internet. O julgamento termina no dia 26 de abril, se não houver pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque (leva o caso para julgamento presencial). A disputa judicial que os ministros vão analisar envolve a interpretação sobre um trecho do Marco Civil da Internet, de 2014. Veja abaixo perguntas e respostas: O que os ministros vão julgar? O que diz o Marco Civil da Internet? Por que o caso será analisado pelo Supremo? Em que ponto está o julgamento? O que os ministros vão julgar? Será retomado o julgamento de uma ação apresentada em 2016, pelo partido Cidadania. A legenda questionou uma decisão tomada pela Justiça de Sergipe, que determinou a suspensão do Whatsapp em todo o território nacional, por 72 horas. A suspensão ocorreu porque o aplicativo teria descumprido uma ordem anterior, que determinava a quebra do sigilo de mensagens do aplicativo, necessária para contribuir com uma investigação judicial sobre crime organizado e tráfico de drogas, Para o partido, a determinação feriu princípios constitucionais, como a liberdade de expressão, livre concorrência e igualdade. Também sustentou que o Supremo deveria estabelecer que não é possível outras decisões judiciais do tipo. O relator é o ministro Edson Fachin. O caso envolve a aplicação de trechos do Marco Civil da Internet. O que diz o Marco Civil da Internet? A Justiça de Sergipe informou que a decisão de suspensão do aplicativo teve como base os trechos do Marco Civil da internet que: ▶️ determinam que provedores de conexão e aplicações da internet respeitem a legislação brasileira, os deveres e direitos de privacidade e proteção de dados pessoais na coleta e guarda de informações dos usuários. ▶️fixam a obrigação, para estas empresas, de manter, por prazos específicos, os registros de conexão e de acesso a aplicativos dos usuários, de forma sigilosa; ▶️ viabilizam que investigadores da polícia e do Ministério Público tenham acesso aos dados, desde que com autorização da Justiça; ▶️ permitem, como sanção por descumprimento da lei, a suspensão temporária dos aplicativos; Ou seja, na prática a legislação detalha um dever das empresas de guardar as informações dos usuários. Permite o acesso, com o aval da Justiça, aos dados para fins de investigação e prevê a possibilidade de suspensão do aplicativo caso as ordens judiciais não sejam cumpridas. Um dos pontos levantados pelos representantes de aplicativos é que haveria uma dificuldade técnica para atender às determinações de magistrados de fornecimento das mensagens entre os usuários. Ela estaria na tecnologia da "criptografa de ponta-a-ponta". Isso porque, uma vez criptografados, somente os participantes da conversa poderiam ter acesso ao conteúdo remetido. Por que o caso será analisado pelo Supremo? O Supremo foi provocado a se posicionar, a partir do pedido feito pelo partido Cidadania. Além disso, a questão envolve princípios constitucionais, como liberdade de expressão, igualdade, proporcionalidade, livre iniciativa. Em que ponto está o julgamento? O caso começou a ser julgado em maio de 2020. Relator do processo, o ministro Edson Fachin votou para considerar que não ordem judicial não pode exigir acesso ao conteúdo de mensagens criptografadas ponta-a-ponta. Para o ministro, a legislação autoriza apenas o fornecimento de informações não protegidas por sigilo, os chamados metadados, referentes a detalhes do usuário e da utilização do aparelho. Considerou ainda que determinação judicial não pode enfraquecer a proteção criptográfica de aplicações da internet. A ministra Rosa Weber também votou nesta linha. O julgamento foi interrompido pode um pedido de vista (mais tempo de análise) do ministro Alexandre de Moraes. Os ministros voltam a analisar o caso a partir da decisão do ministro Ricardo Lewandowski. EM 2016, na presidência, ele suspendeu decisões judiciais que bloquearam o Whatsapp.

G1

Thu, 18 Apr 2024 22:19:56 -0000 -


Vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, anunciou a demissão através de um e-mail. Manifestações ocorreram na terça-feira (16), nos Estados Unidos, contra um suposto acordo de 1,2 bilhão que estaria apoiando o conflito na Faixa de Gaza. Manifestantes exigem que Google encerre contrato de nuvem com Israel REUTERS/Nathan Frandino O Google demitiu nesta quinta-feira (18) 28 funcionários que protestaram contra projeto Nimbus, um acordo da empresa com o governo de Israel. O contrato de US$ 1,2 bilhão prevê o uso da estrutura de nuvem da companhia para serviços de inteligência artificial e detecção facial. O desligamento dos funcionários foi anunciado pelo vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, em um e-mail enviado ao corpo de empregados da companhia, ao qual o jornal norte-americano The Wall Street Journal teve acesso. Em comunicado, funcionários do Google afiliados à campanha No Tech for Apartheid (Nenhuma tecnologia para o apartheid, em tradução livre) classificaram a medida de “ato flagrante de retaliação”. Além disso, a nota diz que alguns dos empregados demitidos não estavam no protesto, que ocorreu na terça-feira (16) nas cidades de Nova York e Sunnyvale, ambas nos Estados Unidos. Na ocasião, os manifestantes ameaçavam ocupar os escritórios da empresa até o cancelamento do contrato (saiba mais abaixo). Ao todo, 9 trabalhadores chegaram a ser presos em Sunnyvale no dia do protesto, segundo à Reuters. “Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, afirmou o Google em comunicado. Os empregados do Google protestam e criticam publicamente o contrato desde 2021, mas à medida que o conflito entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas aumenta, isso se intensificou. Leia também: Estudo contraria ideia de que jovens brasileiros usam mais usa internet O que acontece com nossas contas de rede social quando morremos 📄O contrato O projeto Nimbus fornece serviços em nuvem ao governo israelense. Esse acordo, segundo a Reuters, poderia apoiar o desenvolvimento de ferramentas militares pelo governo israelense. A Amazon, outra grande empresa do setor, também faz parte do acordo. O serviço disponibiliza ferramentas de inteligência artificial, detecção facial, categorização automatizada de imagens, rastreamento de objetos e análise de sentimentos. Em sua declaração, o Google sustentou que o contrato da Nimbus “não é direcionado a cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares relevantes para armas ou serviços de inteligência”. Em nota ao TechCrunch , Hasan Ibraheem, um engenheiro de software do Google que participou do protesto na cidade de Nova York, disse que, ao fornecer infraestrutura de nuvem e IA para os militares israelenses, o Google está “ diretamente implicado no genocídio do povo palestino”. Ajudar pessoas na rua e filmar para postar e ganhar seguidores é crime? Saiba mais no vídeo abaixo Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações g1 testou óculos virtual da Apple; assista ao vídeo e veja as impressões Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 18 Apr 2024 15:20:45 -0000 -


A diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, esteve no Web Summit nesta quarta-feira (17) e citou exemplos como o livro 'É Assim Que Começa', da escritora Colleen Hoover, que explodiu de vendas após usuários o colocarem em lista de recomendação. A diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, esteve no Web Summit nesta quarta-feira (17) Raoni Alves / g1 Rio Se você ainda acredita que o TikTok é apenas uma rede social para ver e postar dancinhas coreografadas é preciso rever seus conceitos. Este foi uma das ideias passadas na apresentação da diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, no Web Summit nesta quarta-feira (17). Ela apresentou alguns exemplos de como a plataforma está impactando os negócios de diferentes setores. Segundo Gabriela, o TikTok não deve ser visto como uma rede social e sim como uma plataforma de entretenimento e conteúdo. "O TikTok não é uma rede social. O principal papel do TikTok é entretenimento e conteúdo. Não importa o número de seguidores, o feed construído é baseado em seus interesses". "Você não entra no TikTok para ver o que um amigo ta fazendo, você entra pra ver conteúdo", definiu a executiva. Com mais de 1 bilhão de usuários ativos no planeta, o TikTok vem se destacando pela influência de suas comunidades. Esses grupos são formados por usuários com o mesmo interesse. São comunidades que passaram a causar grande impacto em seguimentos como o literário, musical, de cosméticos, de produtos de limpeza e de educação financeira, por exemplo. Segundo Gabriela, os seguidores de determinado grupo ficam sabendo de algum produto através do TikTok e passam a recomendar para outros usuários. Quando aquele item viraliza geralmente as vendas explodem. Exemplos de sucesso após viralização: livros da escritora Colleen Hoover; produtos de beleza da marca Skala; hidratante labial Carmed Fini; e músicas feitas pensando na plataforma; Na opinião da executiva da plataforma de vídeos curtos, essas comunidades estão criando movimentos culturais, além de impulsionar vendas dos produtos que eles aprovam. "O grande ponto aqui (TikTok) é que não importa quantos seguidores você tem. Não importa se você tem 10 milhões, 1 milhão, 500 mil ou dez mil seguidores. O que importa, de fato, é a história que cada um de vocês veio para contar", analisou. "Por isso a gente fala da democratização da cultura. Todo mundo pode e tem voz na plataforma", explicou Gabriela. Escritora independente vira líder de vendas Uma das comunidades mais famosas e engajadas do Tiktok é a 'BookTok'. Seus usuários conseguiram influenciar a maneira como os livros são lançados, divulgados e vendidos no Brasil e no mundo. Executiva do TikTok ensina como monetizar na plataforma; veja dicas Na maioria dos vídeos, os seguidores da 'BookTok' compartilham indicações de livros e resenhas. O principal exemplo de sucesso que surgiu desse grupo foi a escritora norte-americana Colleen Hoover, que nos últimos dois anos liderou o número de vendas online de livros no Brasil. Os livros “É Assim que Começa” e “É Assim que Acaba”, são dois exemplos de como os usuários mudaram a carreira de Colleen. A escritora de 44 anos já tinha mais de 20 publicações, sem muito destaque, até que um de seus livros viralizou no TikTok. "É Assim que Começa" fala sobre relacionamento abusivo, violência doméstica e violência contra a mulher e virou febre no TikTok, principalmente no Brasil, onde já ultrapassou os 2 milhões de unidades vendidas. O impacto provocado pela comunidade foi tão grande, que a escritora decidiu dedicar aos usuários do TikTok uma página inteira no livro que conta a sequência da história. "Na última página do livro dela (É Assim que Acaba) ela dedica para a comunidade e ela fala que ele só aconteceu porque a comunidade pediu a sequência da história", explicou Gabriela. Com a descoberta desse novo fenômeno da internet, as editoras, livrarias e sites de e-comerce passaram a criar sessões dedicadas aos livros que viralizam no TikTok. Estoque zerado em 15 dias Assim como as livrarias, muitas farmácias brasileiras também precisaram se adaptar e criar áreas para um produto que viralizou no TikTok. Como ganhar dinheiro no TikTok? Conheça as modalidades Séries e Bônus Ao mencionar o impacto da plataforma para os negócios, Gabriela lembrou o caso Carmed Fini, um hidratante labial produzido pela Cimed em parceria com a empresa de doces Fini. O sucesso começou com um vídeo postado por uma das donas da Cimed. A publicação mostrava a produção do novo produto. O vídeo bombou. Segundo Gabriela, a empresa tinha previsto um estoque para seis meses. A procura foi tão grande que eles venderam tudo em 15 dias. "As pessoas começaram a correr nos pontos de venda procurando o Carmed Fini, que ainda não tinha. A empresa acelerou a produção e eles venderam em 15 dias o que eles esperavam vender em 6 meses", contou a executiva do TikTok. "As farmácias tiveram que colocar na entrada placas dizendo que não tinham Carmed Fini porque as pessoas entravam na loja procurando", completou. A própria dona da Cimed, Karla Marques Felmanas, postou um vídeo falando sobre a situação inusitada. "Eu sou a prova viva da força do TikTok. Vocês conhecem esse produto? Ele é um sucesso porque o TikTok estourou ele antes dele chegar na farmácia. Esse produto aqui foi quase seis meses pensando no lançamento, pedindo estoque para seis meses de venda. Pra nossa surpresa, esgotou tudo em 15 dias", reforçou Karla. Empresa passou a exportar para os EUA Um vídeo postado por uma cliente peruana que morava nos EUA e estava no Brasil de passagem fez uma pequena empresa mineira ganhar milhares de clientes nos Estados Unidos. Na publicação, a jovem peruana falava sobre um produto para cabelos comprado no Brasil por menos de cinco dólares. Segundo ela, o creme era maravilhoso. O vídeo teve mais de 10 milhões de visualizações em poucos dias. A Skala, empresa que vendia o produto, passou a ver grande potencial no mercado norte-americano. "Ela subiu esse vídeo no TikTok organicamente. Esse vídeo viralizou nos EUA e a Skala começou a exportar o produto para o mercado americano por conta de um vídeo orgânico que subiu no TikTok", comentou Gabriela. O mesmo impacto já havia sido percebido no mercado da produção musical no Brasil. Segundo a executiva do TikTok, muitos artistas já compõem pensando primeiro em viralizar na plataforma. "As marcas que hoje estão tendo todo esse sucesso entenderam como fazer essa comunicação, como engajar profundamente uma comunidade e como consequência estão vendendo cada vez mais", disse Gabriela durante sua palestra. Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Thu, 18 Apr 2024 09:00:16 -0000 -


Fábio Coelho participou do Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece até quinta-feira (18). Declaração acontece dias após ameaças e ataques de Elon Musk contra decisões do STF. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, esteve no Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece no Rio de Janeiro até a próxima quinta-feira (18). Raoni Alves / g1 Rio O presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, afirmou nesta quarta-feira (17) que a empresa é a favor da liberdade de expressão, desde que a opinião publicada não seja crime. A declaração foi feita no evento de tecnologia e inovação Web Summit Rio 2024. "O exercício da cidadania pressupõe a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão não inclui homofobia, racismo e o crime de ódio", disse Fábio durante o evento na Zona Oeste do Rio. A fala do executivo acontece dias após ameaças e ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinavam a suspensão de perfis dessa plataforma. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a conduta de Musk seja investigada em novo inquérito. Ele também incluiu o empresário entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais. "As empresas, as plataformas, estão sujeitas ao arcabouço legal do país. Decisões em primeira instância podem ser discutidas, mas quando chega na suprema corte, no Supremo Tribunal Federal, essa decisão tem que ser cumprida. A internet não é um espaço onde vale qualquer coisa", comentou Fábio Coelho. Luta contra a desinformação Fábio Coelho participou do painel "Aproveitando a IA para um futuro melhor". No evento, ele também contou como o Google lida com "fakes news" e quais são as estratégias da empresa para impedir a propagação de notícias falsas. "Todas as empresas têm que ter responsabilidade para tratar das questões da desinformação", disse o executivo. Ele afirmou que o Google tenta valorizar conteúdos de qualidade e remover rapidamente o conteúdo de baixa qualidade com a ajuda de algoritmos. "E, finalmente, temos que respeitar as ordens judiciais, principalmente as da Suprema Corte, que estão aí para serem cumpridas", completou. O presidente do Google Brasil também falou sobre o papel do cidadão na batalha contra a desinformação. Fábio Coelho afirmou que as pessoas podem ter opinião, mas não devem repassar aquilo que sabem ser "fake news". "O contraditório é importante. Deixar as pessoas ter opinião é super importante, mas aquilo que são realmente fake news tem que ser removidas da internet". "O cidadão também tem um papel nisso ao não repassar coisas que a gente sabe que são fake news", finalizou. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Wed, 17 Apr 2024 19:55:58 -0000 -


Objetivo da empresa é fazer com que usuários possam aproveitar o app para unir a comunidade LGBTQIA+ para 'busca de recomendações, informações, recursos locais'. Chinesa dona do Grindr vende aplicativo por US$ 608 milhões Aly Song/Reuters O Grindr, principal app de relacionamento LGBTQIA+, anunciou que deseja ajudar a criar "bairros gays (também chamados de "gayborhoods) em sua plataforma, espaços em que pessoas podem interagir com segurança. Parte das comemorações de 15 anos do aplicativo, a novidade foi apresentada no Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. Ela vai envolver algumas mudanças no aplicativo, começando pelo recurso batizado de Roam. O Roam do Grindr permite ao usuário exibir seu perfil em outros países antes mesmo de viajar. Já em testes e prevista para ser lançada globalmente no terceiro trimestre, a funcionalidade é parecida com o que existe em aplicativos como Tinder e Bumble. Segundo o presidente-executivo do Grindr, George Arison, o recurso vem para aprimorar laços entre a comunidade e fazer com que o app também seja usado para outros tipos de conexões: "busca de recomendações, informações, recursos e um senso de conexão". "Em breve, vamos anunciar a nossa nova declaração de missão já com o propósito dos bairros gays e teremos outras novidades exclusivas para eles", conta George Arison em entrevista ao g1. Com 50 milhões de seguidores, influencer Mari Maria dá dicas de como empreender na internet Por que o Grindr quer criar bairros gays? O Grindr afirma que, durante muito tempo, a comunidade LGBTQIA+ se conectou fisicamente em várias cidades do mundo criando os "gayborhoods" ("bairros gays" na tradução). O objetivo era fazer com que pessoas da comunidade pudessem se conectar livremente e em segurança, explicou Arison em sua palestra. "Quando as pessoas se assumiam como gay, por exemplo, elas queriam estar cercadas de gente como elas, frequentando locais em que elas se sentem bem e para conhecer novas pessoas. Mas nem todo mundo tem ou teve essa oportunidade em suas regiões. O Grindr quer ajudar elas nisso", diz George Arison. Apesar da nova proposta, a empresa ressalta que não quer mudar a ideia principal da plataforma, que é um ser um app de relacionamento, assim como o Tinder. LEIA TAMBÉM: Embraer abre inscrições para programa de estágio com vagas em todo o Brasil; veja como concorrer Lenovo apresenta primeiro tradutor de Libras do mundo desenvolvido com inteligência artificial Boca Rosa diz apostar na diversidade para faturar R$ 1 bilhão por ano em 2030 George Arison, CEO do Grindr no Web Summit Rio 2024 Darlan Helder/g1 O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Wed, 17 Apr 2024 19:21:29 -0000 -


Pesquisa sobre níveis de conectividade mostra que pessoas entre 10 e 24 anos, que estão na faixa de maior conectividade, não passam de 25%. Desigualdade social é o principal motivo. Pesquisa aponta que jovens brasileiros não são maioria em conexão virtual Freepik Jovens brasileiros entre 10 e 24 anos de idade não são maioria entre aqueles que têm uma experiência completa na internet no Brasil. É o que aponta o estudo do Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) sobre os níveis de uso da rede no Brasil. O levantamento apontou deficiências no acesso, na forma de utilizá-la e no alcance da internet no âmbito nacional. No recorte de faixa etária, o estudo aponta que não é real a ideia de que quanto mais jovem, mais conectada ao mundo virtual a pessoa será. A coordenadora do estudo, Graziela Castello, explica que a pesquisa contraria a ideia de que a inclusão digital está relacionada a uma possível transição geracional, partindo do que sugere o senso-comum, de os jovens são superconectados. "Quando entendemos a conectividade como um todo, fica claro que uma parcela importante desse grupo possui condições precárias de conectividade e vai ingressar no mercado de trabalho com uma desvantagem grande", declara. Segundo ela, a realidade de um jovem que mora na periferia e não tem qualidade na conexão "é muito distinta da de um jovem da mesma idade que tem melhores condições. Essas diferenças potencializam desigualdades já existentes". Nesse contexto, a pesquisa teve como base 9 indicadores: custo da conexão domiciliar; plano de celular; dispositivos per capita; computador no domicílio; uso diversificado de dispositivos; tipo de conexão domiciliar; velocidade da conexão domiciliar; frequência de uso da internet; locais de uso diversificado. A partir disso, o levantamento revela que somente 16% e 24% daqueles com idades entre 10 e 15 anos e 16 e 24 anos, respectivamente, preenchem de 7 a 9 desses indicadores, como mostra o gráfico abaixo: Gráfico sobre níveis de conectividade e dimensão sociodemográfica no Brasil Fonte: NIC.BR (2023C) Os níveis mais elevados ocorrem justamente entre os grupos etários de maior incidência no mercado de trabalho - entre 25 e 44 anos. A pesquisa aponta ainda que 84% da população brasileira de 10 anos ou mais acessa a internet, mas somente 22% dos brasileiros a partir dessa idade têm condições de utilizar a internet de forma satisfatória, enquanto para a maioria (57%), a realidade é menos positiva.

G1

Wed, 17 Apr 2024 13:00:14 -0000 -


Dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup, a empresária de 31 anos foi uma das convidadas do Web Summit 2024, no Rio. Ao g1, ela contou como começou a empreender e quais são os próximos passos da carreira. Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet Com mais de 50 milhões de seguidores em suas redes, dona de uma marca que fatura milhões por mês, com produtos em todo o Brasil e uma das influenciadoras mais bem pagas do mundo, Mari Maria é um fenômeno digital brasileiro. No primeiro dia do Web Summit 2024, nesta terça-feira (16), a dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup afirmou que sonha em levar seus produtos de beleza para o mundo, sem esquecer do seu principal objetivo: melhorar a autoestima das pessoas. Ao g1, a mineira, que morou em Brasília e hoje vive em São Paulo, justamente para estar mais perto do seu negócio, contou um pouco sobre sua trajetória e deu algumas dicas para quem está começando a empreender. Com mais de 50 milhões de seguidores, a influencer Mari Maria participa do Web Summit Divulgação Dicas da Mari Forme o seu público "Eu vou começar com dicas que eu acabei fazendo na minha carreira. Primeira dica é para você conquistar um público. Quando você encontra um público você já sabe porque você vai fazer aquele produto". Descubra qual produto o seu público quer "A segunda dica é saber qual produto que vai fazer sentido para o seu público. Quando você cria essa comunidade e oferece esse produto certo, você sabe que vai ter uma comunidade fiel". Se envolva com o negócio "A terceira dica é: Esteja dentro do desenvolvimento, viva o seu negócio. É importante você viver aquilo que você acredita. Então você tem que estar ali todo dia. Ser obcecado pelo seu negócio faz muito sentido. Essas são as dicas que não só eu dou pra você como eu dou pra mim todo dia". Trajetória de sucesso A carreira como influenciadora digital de Mari Maria teve início em 2014, quando ela começou a fazer seus primeiros vídeos. Influenciada pelo marido, Mari decidiu mostrar na internet como ela fazia suas maquiagens. "Eu comecei na internet pela minha paixão pela make, muito pelo incentivo do meu marido. Ele via eu me maquiando e falava pra eu gravar vídeos na internet. Um belo dia resolvi gravar", disse. Grande público para ouvir Mari Maria no Web Summit Raoni Alves / g1 Rio Do início quase despretensioso aos primeiros contratos, não demorou muito. Apesar de ser uma época em que os vídeos não tinham o mesmo alcance de hoje, Mari foi notada por algumas marcas do setor depois de fazer tutoriais de maquiagem para cobrir uma de suas marcas registradas, as sarnas no rosto. "Naquela época, as coisas não viralizavam como hoje. Eu comecei pelo Youtube, fazendo uns vídeos. Mas eles só começaram a viralizar quando eu passei a mostrar como eu cobria as minhas sardas. As marcas começaram a ter interesse na divulgação do meu perfil, por conta dos meus tutoriais". Poucos anos depois, Mari e o marido, Rudy Loures, viram que aquela ideia poderia ter um potencial de grande negócio. Nessa época, eles decidiram investir em um produto próprio, mas sem deixar de fazer parcerias. Com alguns bons resultados, a dupla de empresários resolveu então dar mais um passo fora da zona de conforto do casal. Eles deixaram a cidade de Brasília e se mudaram para São Paulo. A ideia era estar mais perto das fábricas que desenvolviam os produtos da Mari. "Não dava mais para ser só criador de conteúdo. Por muito tempo eu fui criador e eu podia morar onde eu quisesse. As marcas me mandavam os produtos e eu fazia os vídeos. Mas a partir do momento que você faz e desenvolve os produtos você tem que ta nos grandes centros, principalmente perto das fábricas", explicou Mari. "Meu sonho é conseguir levar a maquiagem brasileira, com fórmulas brasileiras, falar de brasilidade no mercado internacional. E fazer isso com qualidade", apontou Mari Maria. Mari Maria tem mais de 50 milhões de seguidores Raoni Alves / g1 Rio A carreira de Mari explodiu depois da mudança de cidade. A Mari Maria Makeup fechou grandes parcerias com gigantes do setor de cosméticos e passou a expandir suas vendas para todo o Brasil. Atualmente, a empresa conta com mais de 5 mil pontos de venda, tem parcerias com marcas de shampoo e sapato e um potencial enorme. Contudo, mesmo com a estrada bem pavimentada, os fãs de Mari podem ficar tranquilos que ela não pretende deixar as redes sociais para ocupar apenas o papel de empresária. "Eu não quero só ser empresária e não aparecer mais na internet. Eu acho que seria ruim para os seguidores e talvez não vendesse mais como eu vendo hoje. Eu acho que tem que fazer sentido", ponderou. Depois de dez anos de trabalho, Mari Maria segue pensando em como levar seus produtos para mais lugares e como influenciar cada vez mais pessoas. "Eu to sempre buscando novidades, buscando entender como encaixar, entender meu seguimento, meu público-alvo. É bem complexo, mas meu objetivo é influenciar para que as pessoas possam ter acesso a maquiagens de qualidade. Hoje eu quero ser uma grande influenciadora e grande marca no Brasil e no mundo", projetou a empresária. "Eu acredito que a maquiagem mexe com a parte interna das pessoas, a autoestima, a confiança e pode mudar a vida de muitas pessoas. Se eu sou parte desse movimento, eu sempre vou buscar novas fórmulas, entender o que existe de novo no mercado e trazer isso de forma democrática", disse a empresária de 31 anos, dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup.

G1

Wed, 17 Apr 2024 09:00:11 -0000 -


Ao todo, são 200 vagas ofertadas e podem participar candidatos dos cursos de administração, engenharia e tecnologia da informação. Embraer abre inscrições para programa de estágio com vagas em todo o Brasil; veja como concorrer Divulgação/Embraer A Embraer está com inscrições abertas para o seu programa de estágio em todo o Brasil. São 200 vagas disponíveis para início em agosto de 2024. O anúncio foi feito pela própria empresa durante o Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece até o dia 18 de abril no Rio de Janeiro. As inscrições começaram nesta terça-feira (16) e vão até o dia 10 de maio. Os interessados podem se inscrever neste link — todo o processo seletivo será on-line, segundo a companhia. Há oportunidades para estágio nos modelos remoto, híbrido ou presencial em diversas áreas, como administração, engenharia e tecnologia da informação (TI) dos níveis técnico e superior, de todas as idades. A bolsa-auxílio pode variar entre R$1.000 a R$2.400, e depende da quantidade de horas de estágio por semana. Os aprovados também receberão convênio médico e odontológico, vale-transporte, vale-refeição, recesso remunerado e outros benefícios. Veja mais sobre trabalho e carreira: Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas Usuários do TikTok compartilham o momento em que são dispensados de seus trabalhos O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil

G1

Wed, 17 Apr 2024 08:02:56 -0000 -


Projeto apresentado no Web Summit, no Rio, foi feito em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e usa IA para transformar gestos em texto e áudio. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 O primeiro tradutor simultâneo de Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi apresentado nesta terça-feira (16) durante o Web Summit Rio 2024, evento de tecnologia e inovação que acontece no Rio de Janeiro. O sistema, que conta com o uso de inteligência artificial (IA) para reconhecer o que está sendo comunicado na linguagem de sinais, foi desenvolvido pela Lenovo em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), um núcleo de pesquisa e inovação sem fins lucrativos. A empresa investiu US$ 4 milhões no projeto e já patenteou a tecnologia no país, revela o diretor executivo da Lenovo, Hildebrando Lima, em entrevista ao g1. Lauro Elias Neto, diretor executivo da Cesar, afirma que o projeto levou cinco anos para ser desenvolvido e o maior desafio foi reunir dados. "Diferente de outras soluções em que você utiliza IA, para este produto, nós não tínhamos uma biblioteca de informações para ensinar a IA a traduzir", diz. "Nós, então, criamos uma base de informações do zero, com várias pessoas que se comunicam com Libras para conseguir lançar o tradutor", completa Lauro. Tradutor de Libras foi desenvolvido pela Lenovo em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife Divulgação A inteligência artificial é a responsável por capturar os movimentos das mãos e dedos e transformá-los em mensagens de texto e áudio em português. Tudo é feito em tempo real. A demonstração do recurso ao público do Web Summit foi feita usando um notebook, mas o objetivo é que ele esteja em outras soluções, como totens de atendimento ao público e aplicativos para celulares, por exemplo. Neste primeiro momento, o tradutor estará disponível apenas nos canais de suporte de atendimento ao cliente da Lenovo. Leia também: Boca Rosa diz apostar na diversidade para faturar R$ 1 bilhão por ano em 2030 Web Summit pode injetar R$ 33 milhões por dia na economia do Rio Meta e Google revelam nova geração de chip de inteligência artificial para empresas Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação Youtubers ensinam a lucrar com uso de inteligência artificial para criar vídeos e livros

G1

Wed, 17 Apr 2024 08:02:45 -0000 -


Ordem foi da comissão eleitoral; eleições acontecem na sexta. A empresa, controlada por Elon Musk, afirmou que discorda das ordens da comissão, mas que vai cumpri-las. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo A rede social X (antigo Twitter) afirmou nesta terça-feira (16) que a comissão eleitoral da Índia deu ordem para derrubar posts de políticos, partidos e de candidatos. A plataforma afirma que tirou as publicações do ar. Não está claro o motivo da restrição emitida pela comissão. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A empresa, que é controlada por Elon Musk, afirmou que discorda das ordens da comissão eleitoral da Índia, mas que vai cumpri-las --no Brasil, aconteceu algo parecido: Musk afirmou que o X não iria obedecer ordens do Tribunal Superior Eleitoral, mas a companhia enviou uma carta ao Supremo Tribunal Federal dizendo que vai acatar as determinações da Justiça do Brasil. (Leia mais abaixo) “Em cumprimento às ordens, nós suspendemos esses posts até o fim do período eleitoral, no entanto nós discordamos dessas ações e afirmamos que a liberdade de expressão deve ser estendida a esses posts e ao discurso político em geral”, diz a nota, segundo o jornal “Times of Índia”. A empresa pediu para no futuro que a comissão eleitoral torne públicas suas ordens à rede social X. A rede X divulgou imagens das ordens da comissão. Em uma das ordens, afirma-se que há uma cláusula da regra eleitoral que determina que não se pode publicar críticas a vida particular de políticos, “não conectadas às atividades públicas dos líderes de outros partidos”. O texto termina da seguinte forma: “Portanto, X (Twitter) é ordenado a derrubar o tuíte imediatamente. Isso foi aprovado pela autoridade competente”. Initial plugin text Eleições na Índia As eleições na Índia começam na próxima sexta-feira (19) e vão durar 44 dias. Há quase 1 bilhão de eleitores indianos, e essa é considerada a maior democracia do mundo. O atual primeiro-ministro, Narendra Modi, está buscando o terceiro mandato consecutivo. Ele enfrentará uma aliança de partidos de oposição. A maioria das pesquisas prevê que o partido de Modi, o Bharatiya Janata, vencerá com folga. No Brasil No Brasil, Elon Musk se envolveu em uma polêmica ao dizer, em 7 de abril, que não cumpriria ordens de bloqueio de contas do X emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na sequência, Moraes determinou a abertura de inquérito contra Musk por crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime depois de ele ter dito que publicaria as demandas do magistrado e supostamente mostraria como essas solicitações violariam "a lei brasileira". Em 15 de abril, no entanto, a defesa do X no Brasil informou a Moraes que a rede social vai continuar a cumprir integralmente quaisquer ordens emitidas pela corte e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). LEIA TAMBÉM: Barroso considera polêmica de Musk 'assunto encerrado', mas avisa que haverá consequências se leis não forem respeitadas Representante do X no Brasil renuncia ao cargo, aponta ficha da Junta Comercial de SP Ameaças de Elon Musk de não cumprir ordens judicias geram críticas de presidentes de dois poderes A última manifestação da defesa do X do Brasil destoa da posição inicialmente adotada pela plataforma no caso. Advogados do X chegaram a pedir uma isenção sobre o caso e queriam que Moraes tratasse diretamente com a matriz da companhia nos EUA ao alegarem que não tinham qualquer capacidade de interferir na administração da plataforma, tampouco autoridade sobre decisões relativas a ordens judiciais. O ministro do Supremo, contudo, rejeitou o pedido da X do Brasil e chegou a dizer que a posição inicial beirava a má-fé.

G1

Tue, 16 Apr 2024 19:31:42 -0000 -


A influenciadora digital Bianca Andrade, dona da marca de maquiagem Boca Rosa Beauty, falou sobre sua pesquisa para identificar as tonalidades de pele do brasileiro. Segundo ela, são 144 tons diferentes, que serão atendidos por sua marca. A influenciadora Bianca Andrade, dona da marca de maquiagem Boca Rosa Beauty, falou sobre sua pesquisa para identificar as tonalidades de pele do brasileiro durante o Web Summit Raoni Alves / g1 Rio Com um faturamento anual na casa dos R$ 160 milhões, a marca de maquiagem Boca Rosa Beauty anunciou, nesta terça-feira (16), durante sua apresentação no Web Summit Rio, como pretende bater a marca de R$ 1 bilhão de faturamento anual até 2030. Web Summit Rio tem IA, criptomoedas, matrizes energéticas e mais: veja destaques Segundo Bianca Andrade, CEO da empresa, e mais conhecida como Boca Rosa, a meta será alcançada apostando na diversidade da população brasileira - a empresa tem a meta de atender 144 tonalidades de pele diferentes no Brasil. A empresária afirmou que a maquiagem não é uma futilidade e sim uma aliada, principalmente das mulheres, para enfrentar as barreiras da sociedade. "A grande revolução que eu queria fazer no meu mercado, um mercado muito potente, o mercado brasileiro de maquiagem, eu queria trazer uma nova consciência em relação a diversidade dentro da maquiagem. Esse é o nosso maior investimento e compromisso: fazer com que cada pessoa, cada mulher consiga achar seu tom de base", comentou. Para Bianca, a sociedade ainda cobra da mulher um cuidado que não cobra dos homens. Para ela, sua marca precisa entender que as pessoas são diferentes. "A gente não usa maquiagem por futilidade (...) A maquiagem é uma aliada na vida dessa mulher moderna, que hoje muitas vezes é mãe, trabalha pra caramba, tem que cuidar da casa, do marido ou não, mas tem uma vida muito mais exaustiva do que antes". "Vai essa mulher ter uma olheira, uma acne, ter alguma coisa e aparecer no trabalho sem uma maquiagem, sem estar bem arrumada. Você imagina? Isso não é aceito. Por isso a maquiagem é uma amiga dessa mulher", comentou Bianca. Tons de pele Em sua apresentação no palco principal do maior evento de tecnologia do mundo, Bianca anunciou o resultado de uma pesquisa que sua empresa financiou para descobrir quantos tons diferentes de pele existem no Brasil. "Se eu to falando de Brasil, eu preciso de uma pesquisa que fale sobre as tonalidades de pele que tem no Brasil. E assim desenvolver a maior cartela de base que esse país já teve", disse. "Nós descobrimos que no Brasil são 144 tonalidades de pele e eu tinha só 9 na minha marca", destacou Bianca. Boca Rosa durante coletiva de imprensa no Web Summit Raoni Alves / g1 Rio A empresária, que hoje tem mais de 30 milhões de seguidores em suas redes sociais, disse também que o mercado também precisa entender sobre essas diferenças. "A gente vai precisar educar o mercado, que antes se baseava nas cores que mais vendem e não nas que existem. Esse pra gente foi o maior investimento", completou. Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação

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Tue, 16 Apr 2024 19:06:50 -0000 -

Proposta prevê taxa anual baseada no faturamento, além de mecanismos para estimular produção brasileira. Texto inclui lataformas de vídeo como YouTube e TikTok na tributação. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou em definitivo nesta terça-feira (16), por 17 votos a 1, o projeto que cria uma cota de conteúdo nacional em serviços de streaming (vídeo sob demanda). O texto também autoriza a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) sobre as plataformas, que será de até 3% sobre a receita bruta anual das empresas no Brasil. A proposta já tinha sido aprovada em novembro de 2023, mas passou por uma nova votação por questões regimentais. Nesse período, senadores sugeriram novas mudanças no texto – que foram rejeitadas pelo relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO). Agora, o projeto segue para a análise da Câmara dos Deputados, a menos que haja algum recurso no Senado para levar o tema ao plenário. As regras previstas na proposta serão válidas para empresas que atuam no Brasil, mesmo que não tenham sede ou infraestrutura no país. Além dos serviços tradicionais de streaming, a regulação também vai ser aplicada: às plataformas de compartilhamento de conteúdos audiovisuais, como YouTube e TikTok; e às plataformas que oferecem canais de televisão em serviços online e os chamados canais de televisão FAST, disponibilizados por empresas em troca de assinatura ou financiados por publicidade. Entre as duas votações na comissão, uma emenda foi apresentada para retirar as plataformas de vídeo da regulamentação. Após consultar a Agência Nacional do Cinema (Ancine), no entanto, o relator Eduardo Gomes optou por manter a regra. Segundo o texto que segue para a Câmara, para operar no Brasil, as empresas terão de seguir regras para estimular o consumo e a produção de obras nacionais. Haverá uma reserva mínima de produções brasileiras no catálogo, que funcionará com base no número total de conteúdos disponibilizados pelo serviço (veja mais abaixo). As plataformas também terão que se credenciar junto à Ancine e pagar a Condecine. “O momento atual é marcado pela entrada e a consolidação de novos provedores internacionais do serviço no Brasil, bem como o surgimento e amadurecimento de provedores brasileiros. Esse novo cenário demanda o estabelecimento de um marco legal para o segmento de VoD [sigla para video on demand — vídeo sob demanda, em tradução para o português]”, defendeu Eduardo Gomes. As empresas que atuarem no país deverão ser credenciadas pela Ancine. Terão até 180 dias após o início da oferta do serviço ao mercado brasileiro para fazer o pedido. Caberá à agência também fiscalizar e aplicar eventuais sanções ao descumprimento da cota e do pagamento da Condecine. Entenda a seguir, nesta reportagem, o que a proposta prevê para: reserva de catálogo (cota) para conteúdos nacionais pagamento da Condecine mecanismos de estímulo ao consumo de obras brasileiras fomento do setor audiovisual brasileiro fiscalização do setor serviços que ficarão de fora da regulação TV 3.0 vai ser interativa e gratuita, e dará acesso à programação de TV aberta e streaming no mesmo lugar Cota para conteúdo De acordo com o texto, as plataformas deverão manter em seus catálogos — de forma permanente e contínua — quantidades mínimas de conteúdos audiovisuais brasileiros. A regra será aplicada somente às empresas com faturamento bruto anual igual ou superior a R$ 96 milhões. O cumprimento será fiscalizado pela Ancine, a partir de documentação enviada pela plataforma. A medida vai entrar em vigor de forma escalonada, com a cobrança integral da cota após oito anos de a lei ter começado a valer. A reserva mínima no catálogo vai seguir o número total de obras disponibilizadas pela empresa em seu serviço: a partir de 2 mil obras: no mínimo, 100 produções brasileiras em catálogo a partir de 3 mil obras: no mínimo, 150 produções brasileiras em catálogo a partir de 4 mil obras: no mínimo, 200 produções brasileiras em catálogo a partir de 5 mil obras: no mínimo, 250 produções brasileiras em catálogo a partir de 7 mil obras: no mínimo, 300 produções brasileiras em catálogo Segundo o projeto, metade das produções nacionais disponibilizadas pelas plataformas deverá ser de conteúdo produzido por produtoras independentes. A proposta também estabelece que, no catálogo das plataformas, não serão contabilizados os conteúdos hospedados por terceiros — por exemplo, vídeos postados por usuários comuns no YouTube —, sem vinculação direta ou indireta com a empresa responsável pelo serviço. As empresas responsáveis por ofertar as plataformas audiovisuais poderão solicitar à Ancine a dispensa para o cumprimento da cota, desde que comprovem a impossibilidade de atingir os mínimos exigidos. Voltar ao início. Ancine ganha mais poderes para combater pirataria audiovisual Condecine O projeto aprovado pela CAE estende a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para os serviços de streaming e para as plataformas de compartilhamento audiovisual e de canais de televisão. A alíquota será de até 3% sobre a receita bruta anual das empresas no Brasil. Criada em 2001, a Condecine é uma taxa paga periodicamente por diversos setores do audiovisual brasileira, como a TV paga. Os recursos arrecadados são repassados para o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que, segundo a Ancine, se tornou o maior mecanismo de fomento do audiovisual no país. Segundo o texto, a cobrança sobre esses novos serviços ocorrerá anualmente e será feita sobre a renda bruta anual das empresas com a atuação no Brasil — antes de impostos e custos de operação das empresas. Entram no cálculo da receita os valores obtidos com anúncios publicitários. Haverá três faixas para a Condecine dos serviços de vídeo sob demanda: alíquota de 3%: será cobrada para empresas que tiverem receita bruta anual igual ou superior a R$ 96 milhões alíquota de 1,5%: para empresas com receita bruta anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 96 milhões alíquota zero: empresas com receita bruta anual inferior a R$ 4,8 milhões O parecer de Eduardo Gomes estabelece que as empresas poderão separar as receitas obtidas com conteúdos jornalísticos e com publicidade vendida para esses conteúdos. O texto também prevê também que as empresas poderão abater, em até 60%, o valor da Condecine com o investimento direto de recursos em projetos de capacitação e formação de profissionais do audiovisual, produções independentes, entre outros. A proposta estabelece que a alíquota da Condecine será cortada pela metade para empresas que ofertarem catálogo com mais de 50% de obras nacionais. Voltar ao início. Especialista fala sobre projeto de lei que pode banir TikTok nos EUA Estímulo ao consumo O projeto estabelece que as plataformas de streaming deverão adotar mecanismos para destacar obras nacionais em seus catálogos. Poderão ocorrer por meio de espaços em sugestões, busca, seções específicas e exposição destacada na página inicial do serviço. A Ancine vai fiscalizar, por amostragem, o cumprimento da regra, que não será exigida para plataformas de compartilhamento. Voltar ao início. Fomento do setor O montante arrecadado com o pagamento da Condecine pelos serviços sob demanda deverão ser utilizados para fomentar o setor audiovisual em todo país. O texto aprovado pela CAE sugere a seguinte distribuição: a partir de 30% do valor deverá ser destinado para produtoras brasileiras independentes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a partir de 20% do valor deverá ser destinado às produtoras brasileiras independentes da Região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo a partir de 10% do valor deverá ser destinado para atividades de capacitação técnica no setor audiovisual a partir de 5% do valor deverá ser destinado para produção de obras audiovisuais independentes produzidas e/ou dirigidas por pessoas integrantes de grupos sociais minorizados 1% do valor deverá ser destinado para a proteção de direitos autorais de obras audiovisuais a partir de 5% do valor deverá ser utilizado para fomentar a criação de plataformas nacionais de streaming e 5% do valor deverá ser destinado para programas de atração de investimento Todos esses repasses seguirão critérios a serem estabelecidos pela Ancine. A proposta determina, ainda, que a agência deverá estimular, nos editais para destinação do dinheiro, a participação de mulheres, negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência e outras minorias. Voltar ao início. Fiscalização De acordo com o projeto, o descumprimento de qualquer regra poderá ser punido pela Ancine com: advertência multa, que poderá ser diária, entre R$ 10 mil e R$ 50 milhões A pedido da Ancine, a empresa poderá, após processo judicial ou administrativo, ser punida também com a: suspensão temporária do credenciamento para atuar no país cancelamento do credenciamento para atuar no país e suspensão temporária de abatimentos na cobrança da Condecine A proposta aprovada pela CAE determina, ainda, que o streaming e as plataformas de compartilhamento e canais FAST serão submetidos às regras de livre concorrência, com fiscalização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O texto estabelece que fabricantes de televisores ou receptores de televisão não poderão privilegiar, em seus dispositivos, serviços de streaming operados pelas próprias empresas. Também impede que serviços de oferta de canais de televisão online insiram ou sobreponham anúncios publicitários, sem autorização prévia, em canais de TV aberta e paga. Voltar ao início. Quem fica de fora Segundo a proposta, as regras e a Condecine não serão exigidas para: serviços em que a oferta de conteúdo audiovisual é secundária serviços com transmissão simultânea de rádio, TV aberta e de serviço de TV paga conteúdos jornalísticos e informativos videoaulas jogos eletrônicos conteúdos audiovisuais sob demanda de órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário conteúdos disponibilizados em serviços da mesma empresa produtora no primeiro ano seguinte à última exibição em TV aberta ou paga conteúdos de eventos esportivos Voltar ao início.

G1

Tue, 16 Apr 2024 13:55:42 -0000 -


Produtos infantis feitos em massa preocupam especialistas por baixa qualidade pedagógica. 'Basta ter cores chamativas', diz um influencer em um dos vídeos. Youtubers ensinam a lucrar com uso de inteligência artificial para criar vídeos e livros Em vídeos com milhares de visualizações, youtubers ensinam como criar vídeos e livros infantis com uso de inteligência artificial (IA). "Inteligência artificial insana, que cria livros infantis em segundos, e tem conexão para você vender direto na Amazon e começar a ganhar dinheiro aqui na internet. E quer mais? Grátis", diz um dos vídeos. 🚨 No entanto, produtos infantis feitos em massa preocupam especialistas. Baixa qualidade pedagógica, ponto de vista enviesado e pouca diversidade (refletida, por exemplo, na ausência de personagens negros) são alguns dos problemas apontados. (Veja mais abaixo.) Além disso, os canais ou conteúdos criados muitas vezes não informam ao público quando houve uso de inteligência artificial. 'Simples de criar e que monetiza rápido', diz canal Os tutoriais foram publicados no último ano, após o surgimento e popularização de ferramentas de inteligência artificial. Os vídeos mais vistos passam de 300 mil visualizações. Neles, os youtubers explicam, em minutos ou até segundos, como o espectador pode criar um ebook (livro digital) ou um vídeo para o público infantil – na maioria das vezes gratuitamente. Um dos vídeos mais acessados sobre o assunto tem como título: "Ganhe dinheiro no YouTube com esse canal dark simples de criar e que monetiza rápido". Nele, o youtuber diz: "Se você sonha em ter um canal dark no YouTube, este é o caminho! Canais semelhantes estão ganhando dinheiro no youtube e você não pode perder essa chance de começar a transformar suas ideias em sucesso". 🎥 O termo "dark" é usado para chamar os canais em que o youtuber não aparece. Ou seja, a página possui apenas conteúdos como animação, gravação de tela do computador, etc. 🤑 Os produtores de conteúdo ensinam como criar os vídeos e também como ganhar dinheiro com eles. Em um vídeo publicado em agosto de 2023 e que já passa de 60 mil visualizações, o dono do canal @ganhandonoautomatico alega que o conteúdo criado tem "conexão" com a Amazon. O canal @ReinaldoeMayara tem três livros digitais feitos com IA a venda na Amazon, com valor médio de R$ 67,03 (veja imagem abaixo). Desde junho, eles publicaram 42 vídeos voltados para a criação de conteúdo com inteligência artificial, sendo sete desses direcionados para crianças. O g1 entrou em contato com os youtubers para saber quantos livros foram vendidos desde que foram anunciados – dois deles em dezembro e um janeiro de 2024 –, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Livros anunciados na Amazon feitos por inteligência artificial Reprodução/Amazon 'Basta ter cores chamativas', orienta um dos tutoriais ✏️ Na maioria dos vídeos, os youtubers explicam comandos que os espectadores precisam seguir, como pedir ao ChatGPT para que escreva a história. 🎨 Além das diretrizes tecnológicas, os youtubers também apontam detalhes específicos que devem existir no conteúdo infantil, como a locução e as cores. "Galera, lembrando que como é canal e vídeo infantil basta ter cores chamativas, músicas animadas e movimento que já vai fazer sucesso, não precisa ser tão detalhista ta?". Sobre a locução, eles indicam que o espectador utilize uma voz infantil para captar a atenção das crianças. Uma das tecnologias sugeridas pelos youtubers é o Kreado.AI – a tecnologia oferece 140 idiomas, mais de mil tipos de vozes e reproduz 800 caracteres em áudios. Quanto às cores, eles ressaltam que é preciso ser chamativo para reter a atenção da criança. O g1 entrou em contato com o YouTube para confirmar quantos vídeos infantis são produzidos com o uso de inteligência artificial e quantos vídeos que ensinam sobre como criar esse tipo de conteúdo existem na plataforma, mas a rede social não se posicionou até a publicação desta reportagem. Vídeos no YouTube que ensinam a fazer conteúdos para crianças com IA Reprodução/YouTube Falta de representatividade e moral da história repetida Apesar da facilidade e rapidez tecnológica, os conteúdos para crianças feitos com IA são criticados por especialistas, especialmente por dois motivos: personagens em sua maioria brancos e moral da história sempre igual. Os personagens criados por IA são na maioria das vezes muito parecidos e pouco diversos. E, segundo os especialistas, isso ajuda na predisposição das crianças desenvolverem algum preconceito. “Se você procurar uma imagem de princesa, provavelmente receberá personagens brancas, loiras e de olhos claros. Dificilmente aparecerá outras etnias ou raças”, explica Agnaldo Arraio, professor de faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Por exemplo, no vídeo: "Criar vídeos animados digitando texto com inteligência artificial gratuita", com 61 mil visualizações, do canal @chamadatech, a IA criou uma menina branca, sendo que o youtuber pediu apenas que a personagem tivesse "cabelos cacheados cor de mel e olhos que brilhavam como estrelas". No último ano, este canal publicou 21 vídeos ensinando como criar conteúdos infantis. Em outro canal, do @thiagofelizola, o vídeo: "Como criar desenhos animados usando IA & ChatGPT [Grátis]" mostra que a tecnologia criou um menino branco, sendo que não havia nenhum pedido específico sobre o tom de pele. (veja imagens abaixo). Procurados pelo g1, o dono do canal, Thiago Felizola, afirmou que não pensa na cor de pele dos personagens para criar os vídeos. "Peço de maneira genérica e (a inteligência artificial) me mostra isso mesmo". Já o @chamadatech não respondeu até a publicação desta reportagem. "Na prática, esses personagens (sempre brancos) podem induzir crianças a padrões que não as ajudem a reconhecer ou valorizar outras culturas", diz o professor de pedagogia da USP. "Mas ele ressalta que, a depender de como a tecnologia é usada, (os pais e as crianças) podem ter experiências diferentes na educação. Mas é preciso usar a IA com pensamento crítico". Personagens brancos nos conteúdos criados por IA para crianças @chamadatech e @thiagofelizola/YouTube Outro problema pedagógico apontado é que os textos produzidos pela inteligência artificial são muito semelhantes – ou seja, a "moral da história" é muitas vezes a mesma, prejudicando o aprendizado infantil. Em uma nota divulgada em 2021, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, afirmou que ler muitos livros – consequentemente, com diferentes narrativas – ajuda explorar várias ideias e culturas. No vídeo do @chamadatech, o ChatGPT criou uma história sobre Sofia, uma garota que encontra uma árvore mágica e pede para que seu animal comece a falar para poderem brincar juntos, e o desejo é realizado. A história, segundo o vídeo, tem a moral de que o amor e o companheirismo não têm barreiras. O tema foi abordado de forma parecida no vídeo do @thiagofelizola. O youtuber pediu apenas que a inteligência artificial criasse uma história "infantil e emocionante" com aproximadamente 200 palavras. A tecnologia produziu a história de um menino chamado Leo, que sonhava em tocar as estrelas. Então, uma estrela-cadente caiu em suas mãos, e ele a ajudou, "com amor e companheirismo" a fazer com que ela voltasse para o céu. "Ensinamos a criar histórias morais de amor e amizade, bem melhor do que muitos desenhos que ensinam sobre bruxas fantasmas, etc", diz o canal @ReinaldoeMayara, que também explica como fazer conteúdo infantil com IA aos seus espectadores. O g1 entrou em contato com o ChatGPT para entender por que as histórias sugeridas são parecidas, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Conteúdos não informam que foram criados com IA Além de problemas pedagógicos, os especialistas destacam outra desvantagem – e dessa vez focado nos pais: a falta identificação de quais livros digitais ou vídeos foram criados por IA. Isso porque ainda não há regras específicas para desenhos infantis na Amazon ou no YouTube, por exemplo. Os três livros digitais do canal @ReinaldoeMayara disponíveis na Amazon não informam que são feitos por inteligência artificial. Os youtubers apenas disseram em um dos vídeos disponíveis no YouTube que usaram IA para criar os ebooks. E para o livro digital não ser detectado como feito por IA, o canal ressalta que: "(Depois que pedir para o ChatGPT criar o conteúdo), você deve reescrever a sua história, (e então) usar a plataforma Smodin, para detectar se o texto foi gerado por humanos ou não. Você pode ir trocando as palavras, mudando alguns sentidos", diz a youtuber, no vídeo "Como Criar um livro de história infantil corretamente para vender na Amazon KDP". A Amazon solicita que o autor apenas informe se o produto foi totalmente gerado por IA. Segundo o documento de diretrizes da empresa, caso as ferramentas tecnológicas tenham sido usadas para auxiliar na escrita ou edição, por exemplo, não há necessidade da comunicação do uso da ferramenta. O g1 entrou em contato com a empresa para entender se existe alguma perspectiva de mudança nas regras, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Print do vídeo "Ganhe dinheiro no YouTube com esse canal dark simples de criar e que monetiza rápido" Reprodução/YouTube/@CanalClaYOliveiraOficial O YouTube, por sua vez, criou em março um selo que obriga o youtuber a informar se houve o uso de IA apenas em determinadas situações, como a troca do rosto de uma pessoa por outra ou a representação realista de eventos fictícios. "O objetivo é fortalecer a transparência com os espectadores e construir confiança entre os criadores e seu público", informou a empresa em nota. Porém, até o momento, a plataforma de vídeos não exige que os criadores informem se a inteligência artificial foi usada na etapa de produção, como a geração de roteiros, ideias de conteúdo ou quando a mídia for irrealista – como um desenho infantil.

G1

Tue, 16 Apr 2024 07:21:55 -0000 -


Influenciadores divulgam dicas de como produzir (e lucrar) com vídeos e livros criados com base em conteúdos gerados por ferramentas como o ChatGPT. Os riscos de crianças consumirem conteúdos gerados por Inteligência Artificial Cada vez mais populares nas redes sociais, conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) voltados para o público infantil viraram motivo de alerta entre especialistas. Baixa qualidade pedagógica, ponto de vista enviesado e pouca diversidade (refletida, por exemplo, na ausência de personagens negros) são alguns dos problemas apontados. Esse nicho tem sido impulsionado por influenciadores que ensinam como produzir, em questão de minutos, livros digitais e animações para crianças – além de explicarem como fazer dinheiro com esses produtos. Os vídeos mais assistidos no YouTube, por exemplo, chegam a bater 300 mil visualizações. O uso de ferramentas de IA, como o ChatGPT, da empresa OpenAI, é relativamente novo. Tanto que adultos ainda enfrentam dificuldade para lidar com os conteúdos gerados por esses softwares – se determinada informação é verdadeira ou falsa, como os casos de deepfake. Quando se trata de crianças, então, a situação exige ainda mais cuidados. É o que explica Débora Cardoso, professora de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. As crianças são pessoas em desenvolvimento e funcionam como esponjas. O que elas consumirem pode interferir no desenvolvimento delas. Ela pondera, no entanto, que as crianças do século 21 já nasceram na era digital, então é preciso encontrar um equilíbrio para o uso da tecnologia na infância. Além do consumo de conteúdos gerados por IA, a popularização da tecnologia abre espaço para que as crianças utilizem essas ferramentas – e isso também é motivo de preocupação para especialistas. Veja, abaixo, quais são os problemas para as crianças que podem ser agravados em decorrência dessa tecnologia. 🧠 Preguiça mental Segundo Álvaro Machado Dias, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso excessivo e ferramentas de IA e o consumo de conteúdos de baixa qualidade produzidos por meio dessas ferramentas podem deixar o cérebro preguiçoso. como identificar: para o professor, os pais conseguem identificar que a criança está usando IA se passou a ter mais tempo livre. Por exemplo, passou a fazer as lições de casa em menor tempo. riscos: se esses vídeos estão sendo usados para otimizar o tempo, reduzindo os esforços cerebrais, a criança pode desenvolver um "enferrujamento mental", alertam os especialistas. Além disso, elas podem até desenvolver uma dificuldade cognitiva de prestar atenção em mais de um assunto. o que fazer: Tirar o acesso ao computador pode até ser uma solução fácil, mas pouco funcional, alerta o especialista. O ideal é motivar o aprendizado da criança e, se for usar inteligência artificial, que seja ao lado dos responsáveis. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) recomenda que crianças com menos de 13 anos não acessem ferramentas de IA. A OpenAI, dona do ChatGPT, também indica a mesma idade. Porém, não há restrição etária para acessar. 📖 Manipulação A criança tem poucas experiências de vida e repertórios que a ajudem ter pensamentos críticos. Por isso, os vídeos feitos por IA podem atrapalhar o discernimento sobre o que é certo ou errado, assim como o processo de tomada de decisões. Como identificar: para a professora do Mackenzie, a criança manipulada demonstra mudanças de comportamento – podem ficar mais agressivas ou tristes, sentimentos que antes não eram comuns. Esses sentimentos, segundo a especialista, podem aflorar se, por exemplo, a criança pedir para os pais comprarem um brinquedo que sempre aparece em um vídeo feito por IA e não conseguir o que quer. riscos: Agnaldo Arraio, professor de faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que entre os riscos está o entendimento do que é certo ou errado. "Se diariamente nos deparamos com adultos sendo manipulados pela desinformação, que supostamente já são escolarizados e teriam as competências para discernir o que é real e o que é manipulado, imagine uma criança muito pequena que ainda não teria essa possibilidade de discernimento". o que fazer: Arraio sugere acompanhar as crianças durante o uso da IA pode ser um dos melhores caminhos. “Proibir não funcionaria, pois elas [crianças] poderiam acessar escondido e longe da possibilidade de acompanhamento de adultos”, afirma. 🧑🏾 Estereótipos e preconceito A criança pode desenvolver algum tipo de preconceito a depender do conteúdo consumido. Isso porque, segundo especialistas, a tecnologia pode apresentar personagens dentro de padrões de raça e gênero, por exemplo, prejudicando o acesso às diferenças, criando bolhas e falta de repertório em termos de diversidade. Como identificar: segundo os especialistas, observar a criança é a melhor saída: se fala algo preconceituoso, se faz alguma piada ou tira sarro de outro colega, seja pela cor ou por algum problema físico, por exemplo. Além disso, indicam observar se os conteúdos produzidos por IA e consumidos pelas crianças têm tons pejorativos. riscos: o principal risco é a criança continuar com pensamentos preconceituosos e estereotipados, podendo chegar a praticar bullying com colegas de sala, por exemplo. o que fazer: Débora Cardoso, professora do Mackenzie, afirma que o primeiro contato que a criança pode ter com falas preconceituosas é no âmbito familiar. Dessa forma, os pais precisam ficar atentos aos discursos e conversas que a criança escuta. Além disso, precisam ficar em contato com a escola para ver se o filho está convivendo com colegas que também tenham falas problemáticas. 🫂 Problemas na socialização: O uso excessivo de tecnologia pode inibir a criança de ter vontade de conviver com colegas de sala. Assim como pode, desde cedo, colocá-las em uma bolha virtual, limitando suas oportunidades de ter contato com novas culturas. como identificar: Crianças gostam de ficar sozinhas, ressalta a professora do Mackenzie Débora Cardoso. Porém, é necessário ficar atento se estão gastando mais tempo no celular do que com os colegas de sala, por exemplo. E se a criança está conversando apenas sobre o universo da internet ou consegue falar sobre outros assuntos. riscos: de acordo com o professor da USP Agnaldo Arraio, a forte presença das máquinas no cotidiano das crianças pode desumanizar qualquer pessoa – ou seja, “o risco de deixar a criança exposta apenas às máquinas é quase que tirar o direito de acesso às diferenças que existem no mundo”. o que fazer: os especialistas recomendam que os pais tentem controlar o tempo que o filho fica no celular. Não é preciso tirar o aparelho da criança, mas ficar de olho no conteúdo que é consumido. Além disso, é indicado que os responsáveis ofereçam mais tempo ao filho, para conseguirem se divertir juntos, sem internet. Como esses conteúdos são produzidos Vídeos que ensinam a fazer conteúdos com IA para crianças Reprodução/YouTube O conteúdo para crianças feitos com IA também são criticados pelos especialistas, especialmente por dois motivos: "moral da história" sempre igual e personagens em sua maioria brancos. No primeiro caso, a criança fica presa a apenas uma visão de mundo; no segundo caso, elas podem desenvolver algum tipo de preconceito Segundo especialistas, os textos de IA não são diversos – ou seja, a moral é muitas vezes a mesma, prejudicando o aprendizado infantil. Em uma nota divulgada em 2021, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, afirmou que ler muitos livros – consequentemente, com diferentes narrativas – ajuda explorar várias ideias e culturas. As imagens desses conteúdos, por sua vez, retratam personagens na maioria das vezes muito parecidos, sem contemplar a diversidade. E, segundo os especialistas, isso ajuda na predisposição das crianças desenvolverem algum preconceito. “Se você procurar uma imagem de princesa, provavelmente receberá personagens brancas, loiras e de olhos claros. Dificilmente aparecerá outras etnias ou raças”, explica Arraio, professor da USP. ""Na prática, esses personagens (sempre brancos) podem induzir crianças a padrões que não as ajudem a reconhecer ou valorizar outras culturas". Por exemplo, no vídeo: "Criar vídeos animados digitando texto com inteligência artificial gratuita", com 61 mil visualizações, do canal @chamadatech, a IA criou uma menina branca, sendo que o youtuber pediu apenas que a personagem tivesse "cabelos cacheados cor de mel e olhos que brilhavam como estrelas". Em outro canal, do @thiagofelizola, o vídeo: "Como criar desenhos animados usando IA & ChatGPT [Grátis]" mostra que a tecnologia criou um menino branco, sendo que não havia nenhum pedido específico sobre o tom de pele. (veja imagens abaixo). Personagens brancos nos conteúdos criados por IA para crianças @chamadatech e @thiagofelizola/YouTube Procurados pelo g1, o dono do canal @thiagofelizola, Thiago Felizola, afirmou que não pensa na cor de pele dos personagens para criar os vídeos. "Peço de maneira genérica e (a inteligência artificial) me mostra isso mesmo". Já o canal @chamadatech não respondeu até a publicação desta matéria.

G1

Tue, 16 Apr 2024 07:21:21 -0000 -


Segundo a Eve Air Mobility, empresa de mobilidade urbana responsável pelos eVTOLs da Embraer, o objetivo é iniciar a operação até o fim de 2026. Conceito do eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve Mesmo que isso ainda pareça distante, é possível que, em pouco mais de dois anos, carros voadores estejam se deslocando no céu do Brasil. Isso porque a previsão da Embraer é que os eVTOLs (sigla em inglês para 'veículo elétrico de pouso de decolagem vertical') entrem em operação até o fim de 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Com isso, as empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores da companhia de aviação sediada em São José dos Campos (SP) têm se planejado para poder oferecer viagens no país. Leia aqui um guia completo sobre os carros voadores da Embraer De acordo com Eve Air Mobility, corporação de mobilidade urbana responsável pelos eVTOLs da Embraer, já há cartas de intenções para até 2.850 carros voadores para operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados em todo o mundo. Ao todo, são 29 clientes espalhados por todos os continentes. No Brasil, dos 2.850 eVTOLs, são 335 veículos encomendados, sendo que 100 são para a Avantto, 50 para a Helisul, 50 para a OHI (Revo), 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar. O g1 entrou em contato com as seis empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores para entender como elas pretendem usá-los no país. Confira abaixo: Embraer anuncia parceria com aérea para carro voador operar transporte urbano nos EUA Divulgação/Embraer Flapper A empresa confirmou que, até o momento, encomendou 25 carros voadores, que estão previstos para serem entregues entre 2025 e 2027. Além do Brasil, há previsão de que eles possam ser usados também em outros países da América. Atualmente, a Flapper tem como foco voos de táxi aéreo, como por exemplo para operações de ‘transfer’ (transporte de um passageiro de/ou para aeroportos), e viagens de curta distância, como de Guarulhos para São Paulo, de São Paulo para Angra dos Reis, Porto Seguro para Trancoso e Rio de Janeiro para Angra dos Reis. Os carros voadores, portanto, vão reforçar esse tipo de operação, que já é feita pela empresa com outros veículos aéreos. “A ideia é substituir as atuais operações da frota tradicional de táxi aéreo por aeronaves de nova geração, mais econômicas, seguras e silenciosas. A maior oportunidade é abrir o mercado para um público totalmente novo, que hoje utiliza carros de alto padrão para se deslocar até seu destino, seja a negócios ou a lazer”, explica a Flapper. Conceito da área interna do eVTOL mostra cidade do Rio de Janeiro, mas primeiros testes na cidade usarão helicópteros Divulgação/Embraer Em relação aos preços, a empresa informou que pretende oferecer voos mais baratos do que os que são feitos de helicóptero. “Os clientes poderão reembolsar entre R$ 500 e R$ 1.000 por voo. Com o tempo, à medida que a capacidade das aeronaves e de suas baterias melhorarem - e as operações se tornarem totalmente autônomas - esperamos que o preço caia para R$ 300 por passageiro”. Atualmente, um ‘transfer’ de helicóptero entre o aeroporto de Guarulhos e a avenida Brigadeiro Faria Lima custa de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Como funciona "Carro Voador" da Embraer ? OHI (Revo) A OHI (Revo) informou que tem trabalhado para desenvolver requisitos operacionais e infraestruturas necessários para receber 50 carros voadores da Eve Air Mobility. De acordo com a empresa, ao menos numa fase inicial a ideia é incluir os eVTOLs em rotas com distâncias de voo menores, como por exemplo a rota de Guarulhos. “O principal objetivo é tornar os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis”, explica. Também conforme a companhia, ainda não é possível estimar um custo exato para esse serviço, mas a expectativa é que os carros voadores diminuam o valor de investimento dos passageiros. “Estamos comprometidos em criar um futuro em que os voos urbanos serão mais democráticos e neutros em carbono”, garante a OHI (Revo) Embraer anuncia fabricação de carro voador em Taubaté FlyBIS Com carta de intenções para aquisição de até 40 aeronaves, a FlyBis terá como foco inicial desenvolver a mobilidade aérea urbana no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Posteriormente, o objetivo será expandir o serviço para outros países da América do Sul, como Argentina e Uruguai. “Planejamos oferecer o serviço de mobilidade aérea urbana e “transfer” para aeroportos em Porto Alegre e Florianópolis. A FlyBIS também tem foco no turismo na região da Serra gaúcha (Gramado e Bento Gonçalves) e no litoral norte de Santa Catarina (Balneário Camboriú)”, diz a empresa. Em relação ao preço, a empresa comentou que também não consegue prever um valor para viagens com os carros voadores neste momento. eVTOL vai começar operação com espaço para quatro passageiros mais um piloto Divulgação/Eve Voar Dos 70 carros voadores encomendados pela Voar, 15 já foram selecionados para serem usados na capital paulista, para “melhorar a eficiência dos serviços de transporte aéreo na região, considerando a importância econômica e logística de São Paulo no cenário nacional”, conforme afirma a empresa. Além disso, a empresa prevê também usar os veículos em diversas outras cidades do país, como por exemplo Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Goiânia, Ribeirão Preto, Florianópolis e Balneário Camboriú. “As principais áreas metropolitanas e destinos turísticos serão estruturados pela Voar levando em consideração as necessidades específicas dos eVTOLs incluindo espaço para pousos e decolagens, além da infraestrutura de recarga elétrica das aeronaves”, afirma. A empresa informou ainda que o custo do serviço será influenciado por diversos fatores, mas que o objetivo é oferecer preços acessíveis. Conceito de eVTOL da Eve, empresa da Embraer Divulgação/Eve Helisul A Helisul conformou que já encomendou 50 carros voadores da Embraer e que eles serão usados para viagens de turismo e voos panorâmicos. A empresa também afirmou que “é muito cedo para ter uma noção de preço”. O g1 entrou também em contato com a Avantto, mas não obteve retorno da empresa. As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

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Tue, 16 Apr 2024 06:00:08 -0000 -


Manifestação ocorre dias após o bilionário Elon Musk, dono da rede social, ter atacado Moraes e dito que não cumpriria ordens de bloqueio de contas emitidas pelo magistrado. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo A defesa da plataforma X (ex-Twitter) no Brasil informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que a rede social vai continuar a cumprir integralmente quaisquer ordens emitidas pela corte e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A manifestação dos advogados da plataforma no Brasil ocorre dias após o dono da rede social, o bilionário Elon Musk, ter atacado Moraes e dito que não cumpriria ordens de bloqueio de contas emitidas pelo magistrado. "Por fim, conforme já comunicado à Polícia Federal, a X Brasil informa que todas as ordens expedidas por esse egrégio Supremo Tribunal Federal e egrégio Tribunal Superior Eleitoral permanecem e continuarão a ser integralmente cumpridas pela X Corp", disse a defesa do X no Brasil ao Supremo nesta segunda-feira (15). No documento, a filial brasileira do X também informa ao STF que a X Corp, dos Estados Unidos, foi intimada pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA a fornecer informações sobre as ordens do Supremo brasileiro em relação à moderação de conteúdo, e comprometeu-se a manter Moraes informado de quaisquer informações que recebesse sobre o tema "em cumprimento ao seu dever de transparência e lealdade processual". Na sexta-feira (12), o governo suspendeu novos contratos de publicidade com a X, rede onde investiu R$ 5,4 milhões em publicidade, de acordo com dados do Portal da Transparência. Entre 2023 e 2024, foram R$ 654.152,85. Nos últimos dias, sem citar Musk, Lula deu algumas declarações que foram interpretadas como indiretas ao dono do X. LEIA TAMBÉM: Barroso considera polêmica de Musk 'assunto encerrado', mas avisa que haverá consequências se leis não forem respeitadas Representante do X no Brasil renuncia ao cargo, aponta ficha da Junta Comercial de SP Ameaças de Elon Musk de não cumprir ordens judicias geram críticas de presidentes de dois poderes Moraes havia determinado a abertura de inquérito contra Musk por crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime depois de ele ter dito que publicaria as demandas do magistrado e supostamente mostraria como essas solicitações violariam "a lei brasileira". A última manifestação da defesa do X do Brasil destoa da posição inicialmente adotada pela plataforma no caso. Advogados do X chegaram a pedir uma isenção sobre o caso e queriam que Moraes tratasse diretamente com a matriz da companhia nos EUA ao alegarem que não tinham qualquer capacidade de interferir na administração da plataforma, tampouco autoridade sobre decisões relativas a ordens judiciais. O ministro do Supremo, contudo, rejeitou o pedido da X do Brasil e chegou a dizer que a posição inicial beirava a má-fé.

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Tue, 16 Apr 2024 00:53:41 -0000 -


Reclamações começaram na manhã desta segunda-feira (15), mas diminuíram após às 15h. Usuários notaram falha nos stories do Instagram Unsplash Alguns usuários do Instagram perceberam instabilidade no aplicativo nesta segunda-feira (15). A maior parte das reclamações foi sobre os stories, que, em alguns casos, estavam sendo publicados apenas com uma tela preta, sem imagem ou texto. O problema começou a ser notado por volta das 10h40, de acordo com o site Downdetector, que reúne relatos de vários países. O número de notificações no Brasil, porém, se manteve baixo, chegando a 176 por volta das 14h40. Mas desde as 15h os registros foram diminuindo. Número de reclamações no site Downdetector aumentou a partir das 10h nesta segunda-feira (15) Reprodução A equipe do g1 procurou a Meta para entender sobre o problema, mas não obteve resposta até o momento da publicação dessa reportagem. No X, antigo Twitter, alguns usuários compartilharam a dificuldade em publicar um story. Usuários apontam instabilidade no Instagram Reprodução/X Alguns usuários relataram instabilidade no Instagram Reprodução/X Usuários relatam problemas nos Stories do Instagram Reprodução/X Leia também: Apple Pay e Carteira do Google: como pagar por aproximação com iPhone e Android WhatsApp atualiza visual; veja o que mudou e quais são as críticas WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app

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Mon, 15 Apr 2024 16:23:45 -0000 -


Com o avanço da tecnologia e bilhões de pessoas em todo o mundo que utilizam plataformas de redes sociais, o que acontece com a presença online de uma pessoa após sua morte virou um grande tema. O marido de Hayley Smith, Matthew, morreu de câncer, aos 33 anos, há mais de dois anos BBC/Divulgação “Algumas pessoas não sabem que Matthew faleceu, ainda veem seu aniversário e escrevem parabéns em seu perfil. Não é particularmente agradável.” O marido de Hayley Smith, Matthew, morreu de câncer, aos 33 anos, há mais de dois anos. E ela ainda luta para saber o que fazer com as contas dele nas redes sociais. “Tentei transformar a conta de Matthew no Facebook em uma página de memorial, e o que é pedido é que você envie a certidão de óbito”, diz a profissional do setor de caridade que mora no Reino Unido. “Já fiz isso mais de 20 vezes e simplesmente não funciona – nada acontece. Não tenho energia para entrar em contato com o Facebook e tentar resolver o problema.” O que é uma conta memorial? Com o avanço da tecnologia e bilhões de pessoas em todo o mundo utilizando plataformas de redes sociais, o que acontece com a presença online de alguém após sua morte tornou-se um grande tema. As contas permanecem vivas e ativas, a menos que um parente informe à plataforma de rede social em questão que a pessoa faleceu. Algumas plataformas oferecem a opção de encerrar o perfil após a notificação oficial do falecimento por um familiar, enquanto outras oferecem alternativas. Por exemplo, quando a Meta – a empresa proprietária do Facebook e do Instagram – recebe uma certidão de óbito, a conta da pessoa que faleceu pode ser apagada ou transformada em uma página de “memorial” – o que significa que a conta seria congelada no tempo e convertida em uma página de lembrança do usuário, permitindo que as pessoas postem fotos e recordações. As plataformas abordam a questão de diferentes formas, mas todas as empresas priorizam a privacidade do falecido Getty Images via BBC Uma mensagem in memoriam aparece ao lado do nome do usuário e ninguém poderá fazer login na conta se o usuário original não tiver anteriormente fornecido um “contato de legado” – um membro da família ou um amigo autorizado a gerenciar o conteúdo ou solicitar a desativação do perfil. No Facebook, as contas transformadas em memorial não são recomendadas a potenciais amigos virtuais como “Pessoas que você talvez conheça”, e os usuários da lista de amigos da pessoa falecida não receberão notificação do aniversário. O Google, proprietário do YouTube, Gmail e Google Fotos, oferece a opção de alterar as configurações de “conta inativa” para decidir o que acontecerá com as contas e dados uma vez que fiquem inativos por um determinado período de tempo. O X (antigo Twitter) não oferece a opção de manter o perfil em memória do dono e só é possível desativar a conta em caso de falecimento ou impossibilidade de uso do proprietário. “Existem várias abordagens, mas todas as empresas priorizam a privacidade do falecido”, diz Joe Tidy, correspondente de tecnologia do Serviço Mundial da BBC. “Nenhum detalhe de login será compartilhado, e você só poderá acessar determinados dados, como fotos e vídeos, com solicitações específicas que às vezes precisam de ordem judicial.” As plataformas sociais mais novas, como TikTok e Snapchat, no entanto, não possuem caminhos específicos. 'Fui colocada em deepfake pornô pelo meu melhor amigo' Devemos preparar um legado digital? Perfis ativos de usuários falecidos podem representar um problema caso dados, fotos ou outros conteúdos caiam nas mãos erradas, alerta Sasa Zivanovic, especialista em crimes cibernéticos e ex-chefe do departamento de crimes de alta tecnologia do Ministério do Interior da Sérvia. Isso pode acontecer ao serem baixados alguns dados do perfil, mas também assumindo o controle de toda a conta. “Fotografias, dados e vídeos podem ser usados para criar contas falsas com nome falso, extorquir dinheiro de conhecidos e amigos que não sabem que a pessoa em questão faleceu”, afirma. James Norris, presidente da Digital Legacy Association do Reino Unido, destaca que é importante que todos pensem no conteúdo que compartilham nas redes sociais e façam uma cópia de segurança sempre que possível. Ele ressalta que no Facebook, por exemplo, você pode baixar um arquivo completo de suas fotos e vídeos e repassá-lo para seus familiares. “Assim, se eu fosse diagnosticado com uma doença terminal e tivesse um filho pequeno que não estivesse no Facebook, eu poderia baixar todas as minhas fotos e vídeos, remover as mensagens - porque não gostaria que meu filho visse minhas mensagens privadas -, selecionar minhas fotos favoritas e escrever uma história sobre cada uma delas”, diz ele. Ele acredita que planejar o que você quer que aconteça com suas contas de rede social após sua morte é crucial e aconselha as pessoas a prepararem um legado digital. “Em última análise, as redes sociais são um negócio. Essas plataformas não são as guardiãs do seu legado digital”, afirma. “O guardião do seu legado digital é você.” Mesmo assim, ele acredita que as plataformas de rede social poderiam facilitar o processo para os parentes em luto. “Ações como aumentar a conscientização sobre o que a plataforma oferece e quais ferramentas estão disponíveis são importantes porque nem todo mundo sabe que elas existem”, diz ele 'Eram meu rosto e minha voz, mas era golpe': como criminosos 'clonam pessoas' com inteligência artificial 'Legado digital não diz respeito apenas às redes sociais' “O legado digital é um grande tema”, alerta Sarah Atanley, enfermeira investigadora da Marie Curie, uma instituição de caridade com sede no Reino Unido que presta cuidados e apoio a pessoas com doenças terminais e a seus entes queridos. Ela enfatiza que as pessoas precisam pensar não apenas em suas contas nas redes sociais, mas em tudo o que possuem digitalmente e no que fazer com esse material em caso de morte. Sarah Atanley diz que o legado digital não envolve apenas mídias sociais Getty Images via BBC “Fotografias e vídeos digitais podem conter muitas memórias. Mas hoje fazemos bastante gestão financeira online, em termos de serviços bancários”, diz ela. “Depois, há contas de música geradas para criar listas de reprodução, e temos visto um aumento na utilização de jogos online, em que as pessoas dedicam muito tempo e esforço à criação dos seus avatares e à vida num ambiente online." “Então, acho que vale a pena dizer que o legado digital não diz respeito apenas a redes sociais.” Ela concorda que é importante começar a pensar sobre o que possuímos digitalmente e o que queremos que aconteça com o material. “Queremos que alguém assuma o controle de nossas contas de rede social? Queremos que alguém nos homenageie? Queremos poder passar um álbum de fotografias digitais aos nossos filhos? Ou queremos imprimi-lo como as pessoas costumavam fazer e ter um belo álbum de fotos impresso que possamos passar para alguém depois de morrermos? O legado digital é definitivamente algo que precisa ser pensado e falado.” Para Hayley e Matthew, no entanto, esse não foi um assunto fácil de discutir. “Eu realmente não falei com Matt sobre isso quando ele estava nos últimos dias, porque ele realmente não queria falar sobre a morte”, diz ela. “Ele queria viver o máximo que pudesse, mas depois ficou gravemente doente. Ele não era ele mesmo. Então, ele não foi capaz de responder às minhas perguntas.” Eles estavam casados ​​há pouco mais de um ano quando Matthew foi diagnosticado com glioblastoma em estágio 4 em julho de 2016, aos 28 anos. “Sua vida está prestes a mudar para sempre e não para melhor”, disse o médico, ao comunicar que Matthew tinha um tumor cerebral e que precisava imediatamente de uma cirurgia para salvar sua vida. Embora a cirurgia e a quimioterapia tenham corrido bem, com o tempo o tumor voltou a crescer e Matthew foi informado que teria apenas mais um ano de vida. “O nome dele estava em tudo. Em nossas contas, em absolutamente tudo que eu tinha”, diz Hayley. “Tive que transferir tudo e foi muito difícil. Levei quase 18 meses para fazer toda a administração digital que era necessário fazer.” Ela diz que ainda quer tornar a página de Matthew no Facebook num memorial, mas não está tratando disso no momento. “Acho muito doloroso ficar constantemente olhando para um documento que é uma certidão de óbito. É por isso que tenho evitado fazer isso, porque é um pedacinho de papel horrível. Só acho que é realmente um processo excessivamente complicado e que as empresas deveriam torná-lo mais fácil para as pessoas enlutadas”, conclui. ChatGPT lança seu modelo de inteligência artificial, assista ao vídeo abaixo e conheça Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Sun, 14 Apr 2024 17:13:47 -0000 -


Evento que acontece no Riocentro até quinta (18) reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo. Entre os palestrantes, destaque para os presidentes do Google Brasil e da BYD Brasil, e da líder de soluções globais do TikTok na América Latina. Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação Desde segunda-feira (15), o Rio de Janeiro é a capital da tecnologia e da inovação na América Latina. Essa é a proposta do Web Summit Rio 2024, maior evento do setor no mundo, que chega à sua 2ª edição na cidade. A expectativa da Prefeitura do Rio é que, por dia, 40 mil pessoas passem pelo Riocentro para aprender, ensinar e desenvolver novas ideias. Os organizadores apostam no Web Summit como um ponto de encontro, uma oportunidade de novos negócios em escala global, além de uma ferramenta de conexão entre empreendedores, investidores e curiosos por um mercado em expansão. Os ingressos para o evento desse ano já estão esgotados. Ao todo, são mais de 600 palestrantes e mil startups apresentando seus negócios e buscando um lugar ao sol. Em vários palcos espalhados pelo Riocentro, lideranças globais e personalidades da inovação vão abordar assuntos variados como: marketing, inteligência artificial, saúde, criptomoedas, comércio eletrônico, big data e muito mais. Nessa edição, os temas mais relevantes giram em torno da aplicação da inteligência artificial e das ações dos governos para efetivar sua regulamentação, além da interferência da geopolítica na tecnologia e o uso de matrizes energéticas. Ronaldo Cohin vence disputa de pitch em 2023 Sam Barnes/Web Summit Rio/Divulgação Entre os nomes mais badalados estão: o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho; Tyler Li, presidente da BYD Brasil; Gabriela Comazzetto, líder de soluções globais do TikTok na América Latina; e o cantor e compositor Gilberto Gil. Confira alguns destaques: Jens Nielsen, CEO da Fundação Mundial do Clima; Mike Brock, CEO TBD e incentivador do bitcoin; Daniel Moczydlower, CEO Embraer-X; Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; Martin Kocher, ministro do Trabalho e Economia do Governo da Áustria; Bianca Andrade (Boca Rosa), influenciadora; Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro; Luiza Trajano, presidente da Magazine Luiza; Gabriela Comazzetto, líder de soluções globais do TikTok na América Latina; Tyler Li, presidente BYD Brasil; Fábio Coelho, presidente do Google Brasil; Txai Suruí, ativista climático; Gustavo Vitti, CHRO Ifood; KondZilla, produtor musical Gilberto Gil, cantor e compositor; João Gomes, cantor; Bruno Gagliasso, embaixador da UNICEF; Marcos Senna, diretor de marketing do Flamengo; Diego Ribas, ex-jogador de futebol profissional e fundador do Podcast 10 e Faixa; Gilberto Silva, ex-jogador de futebol; Flávia Alessandra, atriz e apresentadora; Otaviano Costa, ator e apresentador; Luccas Neto, criador de conteúdo; Mari Maria, influenciadora e CEO da Mari Maria Maquiagem; Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro; Marcelo Braga, presidente IBM Brasil; Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil. Veja todos os palestrantes no site do Web Summit Rio. Confira a programação completa clicando aqui. R$ 33 milhões por dia na economia do Rio A expectativa da Prefeitura do Rio de Janeiro é que o maior evento de tecnologia do mundo possa injetar na economia local cerca de R$ 33 milhões por dia de encontro. A projeção do município sobre o impacto econômico do evento aponta para um total de R$ 1,5 bilhão, somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028. O estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio (2024-2028)”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro também fala sobre a projeção de público nos próximos anos. O município espera ver o número de pessoas presentes no evento o dobrar, na comparação entre a 1ª e 2ª edições. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Arte g1 Os três dias de evento podem atrair mais de 120 mil pessoas para as palestras que acontecerão no Riocentro, revelou o levantamento da prefeitura. O estudo da prefeitura fez uma projeção de público para os próximos anos do Web Summit no Rio. O município acredita que as edições seguintes vão crescer gradativamente, até chegar em 2027 com 70 mil pessoas por dia, mantendo esse nível em 2028. Nesse sentido, a estimativa de público no acumulado das seis edições do evento é de 933 mil pessoas presentes. Hotéis cheios A expectativa da Prefeitura do Rio começou a se concretizar nesse final de semana que antecede o Web Summit. Hotel Sheraton da Barra da Tijuca Divulgação/ Sheraton De acordo com uma pesquisa do HotéisRIO, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade está em 72,36% durante o período do evento, de 15 a 18 de abril. Esse desempenho é ligeiramente acima da média registrada por conta do evento em 2023, que ficou com 72,25%. Como o evento será realizado no Riocentro, a maior demanda (86,78%) foi por hotéis localizados na região da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste e próximos ao local do evento. Em seguida, a pesquisa aponta maior procura nos bairros da Zona Sul, Ipanema e Leblon (75,81%), Flamengo/Botafogo (69,80%), Copacabana/Leme (67,03%).

G1

Sun, 14 Apr 2024 08:00:19 -0000 -


Documento mostra que Diego de Lima Gualda apresentou carta de renúncia no dia 8 de abril, dois dias após Elon Musk atacar Alexandre de Moraes no antigo Twitter. A rede X vai ser derrubada pelo STF? O representante e administrador da rede social "X" no Brasil, Diego de Lima Gualda, apresentou carta de renúncia ao cargo, de acordo com documento da Junta Comercial de São Paulo. A renúncia foi protocolada no dia 8 de abril, dois dias depois de o dono da rede social, Elon Musk, atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a ficha cadastral da empresa, Gualda foi designado representante do X no Brasil em agosto de 2023. O documento cita que ele foi nomeado como procurador e administrador da rede social no país. Além disso, Gualda, que é advogado, também ocupou cargo de diretor jurídico do antigo Twitter no Brasil. Antes do X, ele trabalhou em outras empresas, inclusive como representante do Yahoo. O g1 tenta entrar em contato com o advogado. Governo tira publicidade do X, diz Secom Musk e Moraes Twitter passou a se chamar X Alamy via BBC No dia 6 de abril, Elon Musk usou a própria rede social para acusar Alexandre de Moraes de censura e de ameaçar prender funcionários da rede social no Brasil. Ele também disse que poderia reativar perfis bloqueados por determinações judiciais. No dia seguinte, Moraes determinou que a conduta de Elon Musk fosse investigada e ordenou que o antigo Twitter não desobedeça às decisões judiciais, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil bloqueado que for reativado. Na decisão, Moraes afirmou ter visto indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes de Musk. Além disso, o ministro entendeu que o bilionário usou as redes sociais para espalhar desinformação e desestabilizar instituições do Estado Democrático de Direito. "Na presente hipótese, portanto, está caracterizada a utilização de mecanismos ilegais por parte do 'X'; bem como a presença de fortes indícios de dolo do CEO da rede social 'X', Elon Musk, na instrumentalização criminosa anteriormente apontada e investigada em diversos inquéritos", escreveu. Em outro trecho da decisão, o ministro escreveu em letras maiúsculas: "AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI! AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA DE NINGUÉM!" Após a decisão de Moraes, Elon Musk fez novos ataques ao ministro. O bilionário publicou que Moraes é um "ditador brutal" e que tem o presidente Lula "na coleira". A Polícia Federal deve ouvir representantes no Brasil da rede X nos próximos dias. LEIA MAIS: Milei se encontra com Elon Musk e oferece apoio para o bilionário em investigações do STF no Brasil Eventual pedido de depoimento de Musk exigiria cooperação internacional Comissão de Segurança da Câmara, reduto de oposicionistas, aprova moção de aplauso e louvor a Musk VÍDEOS: mais assistidos do g1

G1

Sat, 13 Apr 2024 04:13:42 -0000 -


Não ficou claro como esse apoio poderia acontecer. Após ameaças de Musk, dono da plataforma X, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, Moraes solicitou a investigação do bilionário pela Justiça brasileira. Milei se encontra com Elon Musk em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais O presidente da Argentina, Javier Milei, e o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, se encontraram no Texas, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (12). Milei ofereceu apoio a Musk nos processos da Justiça brasileira em que o bilionário está sendo investigado, disse o porta-voz do presidente argentino, Manuel Adorni. (Leia mais abaixo) Não ficou claro como esse apoio de Milei a Elon Musk poderia acontecer. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nos últimos dias, Elon Musk teve desavenças com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nas redes sociais, em que o bilionário dono do X utilizou sua plataforma para atacar Moraes e ameaçar reativar contas desativadas em processos movidos pelo tribunal. Segundo Adorni, Milei e Musk também prometeram trabalhar juntos para promover soluções de livre mercado. Após ameaças de Musk a Moraes, o ministro determinou a investigação do bilionário americano e ordenou que a rede X não desobedeça a ordens judiciais dadas pelo STF. (Leia mais abaixo) Saiba quem é Elon Musk, bilionário americano dono da rede social X Relembre o histórico do embate entre Musk e Judiciário brasileiro Ataques a Moraes Desde o último domingo (7), Elon Musk vem atacando Alexandre de Moraes e ameaçando reativar perfis de usuários bloqueados na rede social X pela Justiça brasileira no âmbito de dois inquéritos que Moraes é relator no STF: o das milícias digitais: que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. o do 8 de janeiro: que investiga a tentativa de golpe no Brasil por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?", questionou Musk, em inglês. No curso das apurações dos inquéritos, ao longo dos últimos anos, Moraes determinou que as redes sociais bloqueassem a conta de alguns investigados. De acordo com o ministro, eles usavam as plataformas para o cometimento das práticas irregulares, que estão sendo investigadas. Investigação Após as ameaças e ataques de Elon Musk a Alexandre de Moraes, o ministro do STF determinou que a conduta do empresário seja investigada em novo inquérito. Moraes também incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais. O ministro ordenou ainda que a rede X não desobedeça a nenhuma ordem da Justiça brasileira. E estipulou multa de R$ 100 mil para cada perfil que seja reativado irregularmente. Para investigar Musk, Moraes afirmou que viu indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes do bilionário nos últimos dias. A Polícia Federal deve ouvir representantes no Brasil da rede X nos próximos dias. LEIA TAMBÉM: Ameaça de Irã atacar Israel é 'real', diz Casa Branca; países orientam cidadãos a não viajar para a região Após pacto, idosa de 80 anos guarda cadáver de amiga em maleta por 1 ano no Chile Príncipe William faz primeira aparição pública desde anúncio de câncer da princesa Kate Javier Milei, presidente da Argentina, se encontrou com Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) no Texas, Estados Unidos, em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais

G1

Fri, 12 Apr 2024 18:12:13 -0000 -


Processadores vão concorrer com semicondutores de IA das gigantes Intel e Nvidia. Além disso, elas entram na disputa com outras big techs que têm seus próprios chips, como Amazon e Microsoft. Meta e Google revelam nova geração de chip de inteligência artificial AP/Reuters A Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, e a Alphabet, controladora do Google, anunciaram nesta semana a nova geração de seus chips (processadores) de inteligência artificial exclusivos para empresas. Segundo a agência Reuters, a Meta já planejava implementar uma nova versão de um chip de data center para lidar com a crescente quantidade de potência de computação para executar produtos de IA no Facebook, Instagram e WhatsApp. A nova geração, chamada de MTIA, será capaz de alcançar três vezes o desempenho de seu processador de primeira geração, disse a companhia. Já o Google afirma que o seu equipamento, chamado de Axion, vai ajudar a aprimorar aplicativos, bancos de dados, caches de memória, processamento de mídia e treinamento de IA, de acordo com o Business Insider. Com esses anúncios, Google e Meta agora podem reduzir a dependência de empresas como Intel e Nvidia, que são grandes fabricantes de semicondutores, segundo o portal de tecnologia The Verge. Além disso, as big techs passam a concorrer com Intel e Nvidia, mas não só com elas, já que Amazon (Web Services) e a Microsoft (Azure) também têm seus próprios processadores. Veja abaixo detalhes dos novos equipamentos: Meta MTIA Meta MTIA Divulgação/Meta A taiwanesa TSMC vai produzir a nova geração de chip de IA da Meta. O equipamento é chamado MTIA e foi criado exclusivamente para data centers (ou centros de dados, na tradução para o português). Segundo a empresa, o semicondutor é capaz de fornecer "recomendações de alta qualidade aos usuários". Ele faz parte de um amplo esforço no processo de desenvolvimento de chip de silício personalizado da empresa, que inclui também olhar para outros sistemas de hardware. O equipamento ajudará a Meta a reduzir sua dependência dos chips de IA da Nvidia e a reduzir seus custos de energia em geral. Além de construir os chips e hardware, a Meta tem feito investimentos significativos no desenvolvimento de software necessário para aproveitar o poder de sua infraestrutura da forma mais eficiente. A empresa disse que possui vários programas em andamento "que visam expandir o escopo do MTIA", incluindo o suporte a cargas de trabalho ainda mais complexos. Google Axion Google Axion Divulgação/Google Produzido pela britânica Arm, o processador da gigante das buscas também foi desenvolvido para data centers e pode lidar com qualquer atividade, desde anúncios no YouTube até fazer análise de big data, dentre outras, segundo o Washington Post. "O Axion oferece desempenho e eficiência energética líderes do setor e estará disponível para clientes do Google Cloud ainda este ano", disse a empresa. "Os clientes poderão usar o Axion em muitos serviços do Google Cloud, incluindo Google Compute Engine, Google Kubernetes Engine, Dataproc, Dataflow, Cloud Batch e muito mais", completou. Eles são uma das poucas alternativas viáveis aos avançados processadores da Nvidia, embora os desenvolvedores só possam adquiri-lo por meio da plataforma de nuvem do Google e não comprá-los diretamente. A empresa disse que ele tem desempenho superior aos chips x86 e aos chips Arm de uso geral na nuvem. Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações

G1

Fri, 12 Apr 2024 13:08:25 -0000 -


Distribuição de prêmios com fins beneficentes precisa de autorização do Ministério da Fazenda e deve cumprir várias exigências. Sorteios identificados pelo g1 não informam seus números de registros nem quais instituições serão beneficiadas. Emerson Falkevicz e Willian Braz Reprodução/Instagram As redes sociais têm sido usadas por influenciadores com milhões de seguidores para divulgar vídeos em que fazem doações a pessoas que precisam de ajuda. Alguns deles, além das doações, fazem sorteios com vendas de números, com a promessa de reverter o valor arrecadado para projetos sociais. Segundo especialistas, sorteios filantrópicos só podem ser realizados por empresas ou organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas, e dependem de autorização do Ministério da Fazenda. Quando em desacordo com a lei, essa prática pode ser classificada como uma rifa, considerada uma contravenção penal (como acontece com o jogo do bicho). Isso porque a modalidade envolve pagar para participar de um jogo cujo resultado depende exclusivamente da sorte. "O problema está no ato de pagar por um número em troca da mera possibilidade de receber um prêmio que você não tem como controlar", explica o advogado Thiago Valiati, especialista em direito administrativo e sócio do escritório Razuk Barreto Valiati. Influencers ganham milhões de visualizações com vídeos que mostram ajuda a pessoas em supermercados e nas ruas Quem são os influenciadores que fazem os sorteios? Entre os criadores de conteúdo que promovem os sorteios estão Emerson Falkevicz, que tem 6,1 milhões de seguidores no Instagram, e Willian Braz, que reúne 1,9 milhão. Também conhecidos como Emerson Resolve e Willian da Bondade, eles publicam em suas páginas vídeos de doações em dinheiro ou em alimentos a pessoas que encontram nas ruas. Os dois dizem que os sorteios são usados para arrecadar dinheiro para suas doações. Nas campanhas mais recentes, os influenciadores prometeram distribuir carros e celulares de luxo e oferecem o pagamento em dinheiro. Os sites divulgados pelos dois influenciadores dizem que os sorteios são baseados nos resultados da Loteria Federal. Ambos afirmam que valor arrecadado será revertido em ações filantrópicas, mas não detalham as instituições que serão beneficiadas. O g1 perguntou ao Ministério da Fazenda se as empresas Emerson Falkevicz, ligada ao influenciador, e Lorenza Empreendimentos e Desenvolvimento Pessoal Ltda., apontada como organizadora dos concursos de William Braz, tinham autorização para a realização de promoções comerciais. A pasta negou. O g1 entrou em contato com os dois, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A página promovida por Falkevicz diz ainda que a campanha cumpre a lei por envolver um sorteio filantrópico que destina o que arrecada para "ajudar pessoas necessitadas com alimentos, educação, saúde". Sorteio promovido por Emerson Falkevicz, também conhecido como Emerson Resolve Reprodução Sorteio promovido por Willian Braz, também conhecido como Willian da Bondade Reprodução Entenda as regras para sorteios A realização de sorteios, por si, não é ilegal. Porém, a prática deve cumprir uma série de requisitos estabelecidos pela Lei nº 5.768, de 1971, que trata da distribuição gratuita de prêmios. Entre vários pontos, a lei determina que: os sorteios precisam de autorização do Ministério da Fazenda por meio do Sistema de Controle de Promoções Comerciais (SCPC), que permite consultar promoções em andamento por meio deste link; não pode haver distribuição de prêmios em dinheiro; a distribuição de prêmios só pode ser feita por pessoas jurídicas, como empresas e organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas; os sorteios com fins beneficentes só podem ser realizados por organizações da sociedade civil que se dediquem exclusivamente a atividades filantrópicas; os sorteios devem obedecer aos resultados da extração das Loterias Federais. Os sorteios voltados para causas sociais se enquadram nas chamadas "operações filantrópicas", que têm requisitos mais rígidos, segundo Valiati. "Por exemplo, deve haver prova de que a propriedade dos bens a sortear tenha se originado de doação de terceiros devidamente formalizada", diz o advogado. E o recurso arrecadado, necessariamente, precisa ser revertido para a atividade ao qual as entidades foram criadas. "Não são autorizados sorteios que proporcionem lucros imoderados. E a autorização não pode ser utilizada para explorar de sorteios como forma de renda", diz o advogado Gleibe Pretti, professor da faculdade Estácio. Em qualquer modalidade de sorteio, é preciso dar informações claras aos participantes. "A divulgação deve ser ampla e transparente, informando o regulamento, a data e o local do sorteio, e o contato de quem está organizando", afirma Pretti. A distribuição de prêmios sem autorização ou em desacordo com a regulamentação pode levar à cassação da autorização, à proibição de realização de sorteios por até dois anos e a multa de até 100% do valor total dos prêmios. Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações

G1

Fri, 12 Apr 2024 10:35:42 -0000 -


Fenômeno não acontece só no Brasil. De um lado, há quem defenda o incentivo a fazer o bem; do outro, especialistas em direitos humanos criticam exposição de pessoas em situação de vulnerabilidade. Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações Uma câmera se aproxima de uma pessoa que está pedindo dinheiro para comprar alimentos em um supermercado. Quem está filmando pergunta: “Topa entrar e comprar tudo o que você quiser?” A gravação acompanha o indivíduo selecionando, emocionado, os produtos nas prateleiras, e termina com ele agradecendo imensamente pelo auxílio. 📱Esse enredo, com variações, tem se multiplicado nas redes sociais. Os vídeos produzidos a partir de cenas como a descrita acima alcançam milhões de visualizações para os influencers que os produzem. 🤳🏽O g1 encontrou, no Instagram e no TikTok, sete produtores de conteúdo brasileiros que criam vídeos com esse perfil, de vários locais do país, como Curitiba, São Paulo e Maceió. Todos são homens e têm entre 1 milhão e 6 milhões de seguidores (leia mais abaixo). Outras páginas replicam esse material, ampliando o alcance. 🌍 O fenômeno não acontece só no Brasil. Existem vídeos semelhantes em perfis do México, de Portugal e dos Estados Unidos. O maior youtuber do mundo, o americano Mr Beast, dedica uma seção de seu canal a ações do tipo e afirma já ter dado mais de 20 milhões de refeições a pessoas necessitadas. O youtuber também produz vídeos em que mostra doações de alto valor, como uma casa doada de gorjeta a um entregador de pizza. Em uma versão brasileira, um influencer entregou, de presente, uma moto ao entregador. Sorteios filantrópicos feitos por influenciadores: o que diz a lei 'Quero que este gesto se multiplique', diz influenciador Com a divulgação dos vídeos, os produtores de conteúdo dizem que querem influenciar positivamente quem assiste. “A ideia de divulgar essas ações nas redes sociais tem o propósito de inspirar e motivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Quero que esse gesto se multiplique”, disse Felipe Martins, um músico de Maceió que tem as redes sociais como principal fonte de renda. Perguntado sobre quanto já doou a terceiros, ele não revelou. “Nunca me interessei em calcular esses valores, pois para mim o gesto de carinho e a ação solidária estão acima de tudo”. Professor de educação física em Natal, Leandro Pessoa contou que inicialmente ajudava pessoas nas ruas sem filmar. Mas, ao registrar as ações e divulgar, passou a ver o impacto que causava. "Recebi muitas mensagens lindas dos meus seguidores falando que, através do vídeo, eu mudei o dia deles. Pessoas com depressão, ansiedade, que se sentem outras depois que assistem aos meus vídeos". Pessoa disse ter gastado mais de R$ 20 mil nos vídeos de ajuda, e que o dinheiro que ganha vem sobretudo das aulas que dá, e não da monetização nas redes. Empresário e influencer de São Paulo que mescla os vídeos de ajuda com outros de culinária, Alex Granig afirmou já ter doado mais de R$ 100 mil – e outros R$ 500 mil por meio de vaquinhas virtuais que promove em seus canais. "Hoje a minha renda é diversificada. Tenho imóveis, ações, criptomoedas e diversos canais na internet, além do canal Alex Granig, que é de ajudas sociais. Sou criador de diversos canais, como Nayara Granig (a mulher dele), Bruxinha das Receitas, entre outros, em diversos idiomas", descreveu o influenciador. 'Idolatria, cancelamento... Tudo isso vira engajamento', diz psicanalista “Minha intenção com os vídeos não é expor a vida de ninguém, mas, sim, ajudar e inspirar você que tá assistindo a fazer o bem pelo próximo também”, justificou-se, em uma postagem, o influenciador Emerson Falkevicz, conhecido como “Emerson Resolve”, de Mafra (SC). Para o psicanalista e analista de cultura e comportamento Lucas Liedke, este formato de conteúdo, de fato, pode passar uma mensagem positiva, como a de "inspirar algumas pessoas a também fazerem doações para quem está em situação de vulnerabilidade" ou a de "se envolver em algum tipo de trabalho social”. Contudo, há também quem critique a exposição dos beneficiados, em comentários nas próprias contas dos influenciadores. Liedke entende que este tipo de conteúdo pode instigar diversas reações - todas elas, entretanto, podem se traduzir em interações com as contas dos influenciadores nas redes sociais. “É um tipo de conteúdo que é alegre, mas é triste, parece correto, mas parece errado, e isso gera afetos conflitantes em quem está assistindo. Faz as pessoas quererem se posicionar contra ou a favor, gera discussão, desperta idolatria ou tentativas de cancelamento, e tudo isso vira engajamento [nas redes]”. Ações sociais gravadas podem parecer atitude nobre, mas não são, diz socióloga Segundo a doutora em serviço social e mestre em sociologia Jucimeri Isolda, os influencers se beneficiam financeiramente com a projeção desses vídeos nas redes. Para ela, há uma exploração da pobreza das pessoas que recebem ajuda. “É explorada a sua condição de indignidade, de vulnerabilidade extrema, de situação de pobreza, de precarização e de desproteção. Pode parecer uma atitude nobre, mas não é”, afirmou. “Subalternidade é o que tem de pior na condição da vulnerabilidade, porque é essa falta total de protagonismo e autonomia até para dizer ‘não, não quero participar disso’”. É permitido filmar essas pessoas sem consentimento? A advogada Luciana Marin Ribas, doutora em direitos humanos pela USP, ressaltou o direito à imagem das pessoas filmadas. "Se você filma alguém e veicula sua imagem, é necessário ter autorização expressa dessa pessoa", explicou. Os influencers que responderam à reportagem, Felipe Martins, Leandro Pessoa e Alex Granig, afirmam que solicitam a autorização de imagem de todas as pessoas que aparecem nos vídeos. Emerson Falkevicz (conhecido como "Emerson Resolve"), Willian Braz (conhecido como "Willian da Bondade"), Iago Felipe (conhecido como "Iago Milionário") e Derick Silverio não responderam aos questionamentos do g1. Idosa ganhou R$ 500 de influencer e R$ 600 de homem que não a filmou Isa Nascimento dos Santos, de 74 anos, ou dona Isa, como é conhecida, mora sozinha em uma casa na Zona Leste de São Paulo. Ela é de Jequié, na Bahia, e chegou à capital paulista aos 18 anos. Trabalhou a maior parte da vida como empregada doméstica e cozinheira, e, nos últimos dois anos, passou a vender panos de prato na rua. Ela tem o sonho de, antes dos 80 anos, voltar para Jequié e comprar sua primeira casa própria. “A gente fica cansada, mas não pode desistir. Eu não tenho mais idade para isso, mas eu preciso [trabalhar]”. Neste ano, Isa recebeu ajuda do influencer Willian Braz (“O Cara da Bondade”), enquanto estava sentada na calçada com suas mercadorias. O influenciador a abordou e deu R$ 500 – valor que a idosa leva, em média, uma semana para conseguir com as vendas. O vídeo da ação no Instagram de Willian rendeu mais de um milhão de visualizações. Isa Nascimento dos Santos, de 74 anos, vende panos de prato nas ruas de São Paulo. Paula Paiva Paulo/g1 ➡️Ao g1, Isa relatou que não sabia que estava sendo filmada e que não foi solicitada sua autorização. No entanto, ela disse que não vê problema nisso e não se incomodou em ver sua imagem na internet. “Deus tem posto muitas pessoas boas no meu caminho, outras pessoas também fazem isso”, afirmou. Ela contou que essa foi a segunda maior ajuda que já recebeu. Em outra ocasião, um homem que passou na rua e pediu seus dados fez um depósito de R$ 600 em sua conta. Neste caso, o gesto não foi divulgado. Pegadinhas, sorteios e até exigência de ficar pelado Sorteio promovido por Emerson Falkevicz, também conhecido como Emerson Resolve Reprodução Os vídeos apresentam uma variedade de abordagens. Enquanto alguns influenciadores simplesmente documentam a doação, outros condicionam o auxílio a pegadinhas e jogos de alternativas. Veja abaixo: 🔴É o caso de Iago Felipe, que se denomina “Iago milionário” nas redes. Em um vídeo, ele diz a um menino em uma loja de brinquedos: “Se você não falar no microfone, eu compro o que você quiser. Entendeu a brincadeira?”. A criança, então, responde com gestos, "e ganha o direito de escolher os itens da loja. 🔴Em outra situação, o influenciador Willian Braz aborda uma idosa na rua e oferece: "Dez reais ou girar a roleta?". Na roleta, a senhora tem a chance de ganhar até R$ 150 ou não ganhar nada. 🔴Num outro vídeo, Derick Silvério desafia dois grupos a montar quebra-cabeças e realizar gincanas -- pelados. O prêmio final é de R$ 1 milhão de reais. “[Você] Se perdeu no conteúdo, mano, antes você ajudava as pessoas sem humilhar elas”, disse um seguidor em um comentário. 🔴Há ainda dois produtores de conteúdo, Emerson Falkevicz e Willian Braz, que promovem sorteios de carros de luxo como BMWs em suas páginas. Esse tipo de sorteio precisa seguir regras: deve ser autorizado pelo Ministério da Fazenda, e só pode ser feito por empresas ou organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas; a venda de números só pode ser feita por instituições filantrópicas que queiram arrecadar fundos. Os sorteios promovidos pelos dois influenciadores não informam a instituição que receberá o dinheiro ou o número de registro no governo federal. O g1 perguntou ao Ministério da Fazenda se as empresas Emerson Falkevicz, ligada ao influenciador, e Lorenza Empreendimentos e Desenvolvimento Pessoal Ltda., apontada como organizadora dos concursos de William Braz, tinham autorização para a realização de promoções comerciais. A pasta negou.

G1

Fri, 12 Apr 2024 10:34:46 -0000 -


Estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro mostra o impacto econômico do maior evento de tecnologia do mundo em setores como hotelaria e alimentação. Levantamento também faz projeção para as próximas edições que acontecerão no município até 2028. Maior feira de tecnologia do mundo, Web Summit Rio Globoplay/Reprodução A Prefeitura do Rio de Janeiro está bastante otimista com a segunda edição do Web Summit Rio esse ano na cidade. A expectativa é que o maior evento de tecnologia do mundo possa injetar na economia local cerca de R$ 33 milhões por dia de encontro. O evento, que acontece entre 15 e 18 de abril, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo, além de nomes de destaque do mercado, que vão falar sobre suas experiências e novidades do setor. A projeção do município sobre o impacto econômico do evento aponta para um total de R$ 1,5 bilhão, somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028. O estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio (2024-2028)”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro também fala sobre a projeção de público nos próximos anos. O município espera ver o número de pessoas presentes no evento o dobrar, na comparação entre a 1ª e 2ª edições. “No ano passado foram cerca de R$ 17 milhões por dia inseridos na economia da cidade, pela presença de turistas que vem fazer negócios no Rio de Janeiro e dos cariocas. Esse ano a gente espera que tenha pelo menos R$ 33 milhões de impacto na economia", comentou o secretário Chicão Bulhões. De acordo com a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, a realização de um megaevento como Web Summit fortalece o ecossistema de tecnologia e inovação carioca. "Este é mais um importante passo na direção de transformar o Rio na capital da tecnologia e inovação na América Latina, principalmente pelas conexões que um evento desse porte proporciona". 40 mil pessoas por dia Se a edição de estreia do Web Summit no Rio de Janeiro, em 2023, teve ingressos esgotados e um total de 63 mil pessoas (21 mil ingressos vendidos para cada um dos três dias de evento), a expectativa para esse ano é de 40 mil pessoas por dia. Os três dias de evento podem atrair mais de 120 mil pessoas para as palestras que acontecerão no Riocentro. Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões, esse volume de pessoas interessadas no evento é que alavancar o impacto na economia local. "A vinda do Web Summit para o Rio, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo, têm como objetivo tornar a cidade a capital de inovação da América Latina, fortalecendo o desenvolvimento econômico do Rio, movimentando a economia e gerando emprego e renda para os cariocas", disse Bulhões. O estudo da prefeitura fez uma projeção de público para os próximos anos do Web Summit no Rio. O município acredita que as edições seguintes vão crescer gradativamente, até chegar em 2027 com 70 mil pessoas por dia, mantendo esse nível em 2028. Nesse sentido, a estimativa de público no acumulado das seis edições do evento é de 933 mil pessoas presentes. R$ 191 milhões em 2024 O estudo também apresenta números detalhados por setores e as áreas que serão positivamente afetadas pela realização do evento na cidade. Além disso, o material aponta a evolução do impacto entre os seis anos de Web Summit no Rio. O impacto econômico diário do evento em todos os setores da economia carioca pode passar de R$ 17,5 milhões em 2023, para R$ 33,3 milhões em 2024. Em 2026, a prefeitura espera que esse número ultrapasse os R$ 50 milhões por dia de evento. Só o setor de hotelaria, o mais beneficiado pela presença do Web Summit no Rio, pode sair dos R$ 9 milhões de impacto diário, da edição de 2023, para R$ 17,2 milhões, esse ano. A projeção do município indica que até 2028 esse número ultrapasse os R$ 30 milhões por dia. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Arte g1 Já o impacto diário no setor de alimentação, com bares e restaurantes, pode chegar a R$ 11,5 milhões, em 2028. O valor do impacto no setor, em 2023, foi de 3,5 milhões por dia. A expectativa para esse ano é de uma injeção de R$ 6,6 milhões no setor por cada dia do evento. De acordo com os estudos da prefeitura, o impacto econômico de todo o evento em 2023 foi de R$ 100,5 milhões. Em 2024, a projeção geral é de R$ 191,4 milhões. Em 2028, último ano dos seis eventos já programados para acontecer no Rio, o município espera um impacto total superior aos R$ 300 milhões. Somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028, a projeção do município aponta para um total de R$ 1,5 bilhão de impacto econômico na cidade. Aumento de arrecadação do ISS Além da injeção de R$ 1,5 bilhão na economia carioca, a prefeitura também aposta em um crescimento na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Em 2023, o Rio arrecadou R$ 409,5 milhões de impostos (ISS) do setor de tecnologia, o que correspondeu a 7,1% da arrecadação total. Segundo a prefeitura, esse foi o quinto maior pagador de imposto da cidade no ano passado. O ISS de Tecnologia, no período entre 2017 e 2022, foi responsável pela arrecadação de R$ 2,7 bilhões para os cofres municipais. A expectativa para os seis anos seguintes, entre 2023 e 2028, é de aumentar a arrecadação total do ISS de Tecnologia no período para R$ 3,6 bilhões. Para esse aumento, o estudo considera a forte presença do Web Summit na cidade, com suas edições anuais, mas também destaca a inauguração do Porto Maravalley, o maior hub de inovação e educação do país, além de programas e projetos como o IMPA Tech, Sandbox.Rio, Programadores Cariocas, ISS Tech, ISS Neutro, entre outros. 'Point de selfie' no Web Summit Rio, no Riocentro g1 Rio Para o prefeito Eduardo Paes (PSD), o Web Summit e os projetos na área da tecnologia e inovação fazem parte do plano do atual governo municipal para transformar a cidade na "capital da inovação na América Latina". "Queremos atrair cada vez mais empresas e startups para cá. O Rio vem se transformando, de olho nas oportunidades, para se posicionar como um protagonista no mapa global do mercado de tecnologia", explicou Paes. Investimento no setor Ainda nesta quinta-feira (18), o prefeito participa da inauguração do Porto Maravalley, o maior hub de inovação e educação do país, na região portuária da cidade. Em construção desde novembro de 2022, o Porto Maravalley tem como objetivo reunir empresas, startups, investidores, academias e centros de pesquisa em um mesmo espaço, proporcionando conexão e negócios entre os diversos agentes desse ecossistema. O espaço também contará com uma área voltada para a formação e capacitação de profissionais de tecnologia. Esse lado acadêmico será administrado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), instituição de educação superior inaugurada em dezembro de 2023. O Porto Maravalley conta com uma área de 10 mil m2, onde o município investiu cerca de R$ 37 milhões para a realização das obras e compra de mobiliário. "O Web Summit é parte de uma estratégia maior da prefeitura. Ele traz as pessoas para a cidade, os estrangeiros e pessoas de todo o Brasil. E também serve para os cariocas fazerem negócios. Mas o mais importante é quando eles chegarem aqui, eles verem os projetos que estão acontecendo na cidade. Até porque, no final do dia, o que a gente quer é que mais empresas invistam no Rio e estejam aqui no Rio abrindo esses negócios ou investindo também em empresas cariocas", comentou Chicão Bulhões. Sobre o Web Summit Com o intuito de reunir startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo, o Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, chega ao Rio de Janeiro para sua segunda edição na próxima segunda-feira (15). O evento de 2023, primeiro a ocorrer fora da Europa, contou com mais 100 horas de palestras, com 300 palestrantes convidados, e mais de 700 startups. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Divulgação A conferência tecnológica que teve seu primeiro evento em Dublin, na Irlanda, em 2009, costuma atrair especialistas e interessados nas indústrias: fintechs, auto techs, energy techs, venture capital, soluções de software empresariais, comércio eletrônico, deeptech, inteligência artificial, big data, entre outros. O Web Summit 2024 dará grande destaque para os seguintes temas: aplicação da inteligência artificial e ações dos governos para efetivar sua regulamentação, além da interferência da geopolítica na tecnologia e o uso de matrizes energéticas. Entre os destaques da edição carioca desse ano estão confirmados: Gilberto Gil, KondZilla, Bianca Andrade, Txai Suruí, Fábio Coelho, Camila Loures, Luccas Neto, Luiza Trajano e a norte-americana Meredith Whittaker, presidente da Signal, que vai participar de uma das mesas mais aguardadas, sobre as diferentes camadas da indústria de IA.

G1

Thu, 11 Apr 2024 21:47:22 -0000 -


Usuários relatam falhas no serviço do aplicativo de delivery nas redes sociais. Empresa afirma que todos os pedidos e pagamentos afetados estão em tratativa para estorno e nenhum cliente, parceiro ou entregador será prejudicado. Entregador da Ifood Divulgação O aplicativo de delivery iFood apresenta instabilidade na tarde desta quinta-feira (11), segundo relatos de usuários nas redes sociais. Os problemas começaram por voltas das 14h e, uma hora depois, o site Downdetector, que monitora e reúne relatos de problemas no uso de serviços na internet, já registrava mais de 600 reclamações. Segundo o Downdetector, o principal problema é a finalização de compras, seguido de falhas no aplicativo. Downdetector mostra falha no iFood nesta quinta-feira Reprodução Procurado pelo g1, o iFood confirma que o aplicativo passou por um período de instabilidade na tarde desta quinta-feira e diz que o problema já foi resolvido. "A empresa afirma que todos os pedidos e pagamentos afetados estão em tratativa para estorno e nenhum cliente, parceiro ou entregador será prejudicado." No X (antigo Twitter), usuários também relatam a instabilidade. Uma pessoa escreveu que fez o pedido, pagou com cartão e já teve o valor debitado da conta, mas o aplicativo diz que o pagamento não foi processado. "Eles não respondem nem devolvem meu dinheiro", disse. Outras pessoas relatam o mesmo problema. Veja abaixo. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Um smartphone sem apps

G1

Thu, 11 Apr 2024 18:07:04 -0000 -


Serão abertas vagas em diversos níveis, de estágio a cargos de liderança, como resultado de parceria para ocupar prédio no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. Escritório do Google em São Paulo Divulgação/Google O Google planeja inaugurar seu Centro de Engenharia em São Paulo somente em 2026, mas já tem vagas abertas para o futuro espaço. A empresa não dá um número exato, mas espera contratar centenas de pessoas para cargos que vão do nível de estágio até liderança. As novas oportunidades incluem as áreas de engenharia de software, segurança, ciência de dados, entre outras. Quem for contratado vai começar a trabalhar em outros escritórios do Google e, posteriormente, poderá ser realocado para o futuro Centro de Engenharia. O primeiro espaço do tipo da empresa no Brasil, em Belo Horizonte, tem cerca de 200 funcionários. A expansão da equipe no país é resultado da parceria que o Google firmou para ocupar um prédio de 7.000 m² no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), nos arredores da Universidade de São Paulo (USP). "Isso é um dos passos na nossa jornada de mostrar que o Brasil é uma potência para talentos de engenharia e chave para o ecossistema global de inovação do Google", disse Alexandre Freire, diretor de engenharia do Google no Brasil e líder do projeto de implantação do novo espaço da empresa em São Paulo. Em entrevista ao g1, Freire explicou que os profissionais não serão contratados apenas para traduzir produtos da empresa para o português: "Vamos criar coisas aqui no Brasil que depois lançaremos para o resto do mundo". E o líder de recrutamento da empresa na América Latina, Daniel Borges, destacou o que é valorizado em candidatos nos processos seletivos da companhia. Os executivos adiantaram que: 🤝 O Google vai contratar profissionais de diversos níveis e prepara um programa de estágio para sua equipe na cidade de São Paulo, bem como vagas exclusivas para pessoas pretas e pardas e pessoas com deficiência; 🛠️ Do ponto de vista técnico, a empresa valoriza desenvolvedores que consigam trabalhar em várias posições na área de programação e que entendam conceitos básicos de ciência de computação, como escrever códigos eficientes; 📝 Vagas de engenharia de software exigem habilidades em inglês e experiência com linguagens de programação, além de graduação na área; 👍 Vontade de aprender coisas novas, trabalho em equipe e liderança são alguns dos valores buscados pela área de recrutamento. Veja mais detalhes sobre os pontos abaixo: Como será o Centro de Engenharia do Google em SP? Quais são as vagas disponíveis? O que o Google procura em profissionais? Como é o processo seletivo no Google? E se um candidato não atender aos requisitos? Como será o Centro de Engenharia do Google em SP? O Google anunciou em fevereiro o plano de criar na cidade de São Paulo o seu segundo Centro de Engenharia no Brasil – já existe um em Belo Horizonte, inaugurado em 2005, que também foi o primeiro do tipo para a empresa na América Latina. O espaço na capital paulista será usado principalmente na criação de soluções de privacidade e segurança para o Google, mas também será aberto para pessoas de fora participarem de cursos e treinamentos relacionados a ferramentas da empresa. A estrutura também será usada para abrigar um espaço de acessibilidade, em que desenvolvedores e autoridades poderão testar ferramentas usadas na internet por pessoas com deficiência e discutir como torná-la mais inclusiva. >>>Volte ao topo<<< Cientista e engenheiro de dados estão em alta; veja como entrar na área Quais são as vagas disponíveis? O Google já tem dezenas de vagas abertas em seu site para trabalhos como cientista de dados e consultor de segurança e privacidade — carreiras que estão em alta no mercado —, engenheiro de software e gerente de produto. Haverá posições exclusivas para pessoas pretas e pardas e pessoas com deficiência. A empresa espera ampliar a lista de oportunidades em diversos níveis. "Vamos trazer bastante gente em início de carreira com um programa de estágio que vamos lançar em São Paulo", adiantou o diretor de engenharia Alexandre Freire. "Mas também vamos contratar pessoas em posições de liderança". >>>Volte ao topo<<< O que o Google procura em profissionais? Desenvolvedores do Google trabalham principalmente com linguagens de programação TypeScript, Java, C++ e Go. Mas o diretor de engenharia explicou que a empresa busca profissionais capazes de atuar em várias posições. "No Google, temos um perfil bem generalista. Engenheiro de software deve poder resolver os problemas do stack inteiro [ou 'full stack', nome dado para desenvolvedor que pode atuar em todas as áreas de programação]", disse Freire. Mais do que saber linguagem e pacote de programação em alta, "o importante é ter a base sólida dos conceitos fundamentais de ciência da computação que não vão sair de moda", disse o executivo. Uma das qualidades valorizadas pela empresa é a capacidade de criar códigos que não consumam a capacidade de servidores de forma desnecessária. "Na nossa escala, o pessoal precisa saber escrever um algoritmo eficiente e conseguir explicar quanto tempo vai demorar para rodá-lo". >>>Volte ao topo<<< Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) E a empresa também costuma valorizar características pessoais de seus contratados. "Do meu ponto de vista, duas coisas importantes são a vontade de aprender e não ter medo de desafios que parecem ser impossíveis", disse Freire. "Tentamos sempre ter impacto enorme em escala inimaginável. Se você entrou aqui, é para resolver problemas grandes para bilhões de pessoas. Tem que estar com essa gana de poder encarar desafios que parecem ser muito grandes". O executivo destaca ainda que a empresa busca profissionais que demonstrem capacidade de colaboração. "Você deve ser uma pessoa que sabe jogar em time. Pode ser um superespecialista, mas você só vai ter um impacto maior se você trabalhar junto com os seus colegas". Alexandre Freire, diretor de engenharia do Google no Brasil Divulgação/Google Daniel Borges, líder de recrutamento do Google na América Latina, pontuou que a liderança também é uma característica buscada em profissionais de todos os níveis. "Medimos a liderança por meio da capacidade de resolver problemas de forma autônoma e proativa e conseguir navegar por situações ambíguas. Esses são atributos de Googleyness (termo utilizado para definir características e comportamentos valorizados pelo Google)", afirmou. >>>Volte ao topo<<< Como é o processo seletivo no Google? No processo seletivo, o Google busca entender como as experiências dos candidatos se relacionam com o cargo que eles estão buscando, explicou Borges. "Para vagas de engenharia de software, o Google exige graduação nas áreas de ciências da computação ou engenharia de software, ou experiência prática equivalente, além de habilidades de comunicação em inglês e experiência com linguagens de programação", resumiu. Para vagas de profissionais de tecnologia da informação (TI), a seleção costuma ter as duas etapas abaixo após o recebimento do currículo: 👤 Contato com o recrutador, que buscam identificar como o candidato lida com resolução de problemas e vivencia seu dia a dia no trabalho 💻 Entrevistas técnicas sobre código e design de sistemas, em que são discutidos temas como estrutura de dados e algoritmos Imagem de projeto do centro de engenharia do Google em São Paulo, previsto para ser inaugurado em 2026 Divulgação/Google As exigências variam de acordo com o grau de experiência esperado na vaga. O profissional de nível intermediário "deve ser capaz de conduzir o desenvolvimento e o progresso dos projetos, além de resolver problemas e orientar os membros mais juniores do time". Já a liderança "deve ser responsável pelos resultados e saber como resolver problemas complexos, ao mesmo tempo em que inspira e influencia os demais". O Google também conta com esta página, em que oferece detalhes sobre como as contratações são feitas, e um canal no YouTube com dicas sobre cada posição. >>>Volte ao topo<<< E se o candidato não atender aos requisitos? A empresa diz que tem um compromisso de aumentar a representatividade em sua força de trabalho ao redor do mundo e, por isso, além de se inscrever em cursos, é possível concorrer a vagas em programas de inclusão do Google. Um deles é o Prep Tech, que dá a mulheres e/ou pessoas que se declaram pretas, pardas e indígenas um curso preparatório para o processo seletivo na área de engenharia de software. O programa está com inscrições abertas até 12 de maio, e as inscrições podem ser feitas neste link. O curso será realizado pela internet e vai durar quatro meses. Os selecionados vão estudar dados, algoritmos e inglês, além de acompanhar palestras de funcionários do Google e participar de um programa de mentoria. Imagem de projeto do Centro de Engenharia do Google em São Paulo, previsto para ser inaugurado em 2026 Divulgação/Google >>>Volte ao topo<<< LEIA TAMBÉM: Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais; veja como entrar O que faz um engenheiro de dados? Profissão tem salário alto e deve bombar em 2024 Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor

G1

Thu, 11 Apr 2024 08:30:06 -0000 -


Bilionário, que no fim de semana ameaçou descumprir decisões do STF, também compartilhou fake news sobre sistema eleitoral dos EUA e foi desmentido por autoridades de 3 estados americanos. Elon Musk, em junho de 2023, em Paris, na França REUTERS/Gonzalo Fuentes Antes de atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ameaçar descumprir decisões judiciais, Elon Musk usou o X (antigo Twitter), do qual é dono, para questionar a condenação de um político da Bélgica por compartilhar memes racistas e uma ação que tramita na Justiça alemã contra um político por uso de slogan nazista. Musk também usou o X para compartilhar uma mensagem falsa sobre o sistema eleitoral dos Estados Unidos, que foi desmentida por governos de três estados. Participe do canal do g1 no WhatsApp Elon Musk: de onde vem a fortuna do bilionário e quais empresas ele comanda Quem é Elon Musk Para Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador das redes sociais, os ataques ao STF são mais graves, por embutirem uma ameaça de descumprimento de decisão judicial. Veja mais sobre os três casos abaixo e, a seguir, a avaliação do especialista. 🔴12 de março: Musk questiona condenação por racismo na Bélgica O ex-parlamentar e ativista de extrema direita belga Dries Van Langenhove foi condenado a 1 ano de prisão por espalhar conteúdos racistas e nazistas por meio de um aplicativo de conversas. Os conteúdos, segundo a agência de notícias Associated Press, incluíam piadas macabras sobre diversos temas, da fome na África aos campos de concentração do Holocausto. “O réu elogiou a ideologia nazista, que causou e continua a causar sofrimento incalculável a inúmeras pessoas. O processo mostrou que ele quer minar a sociedade democrática e substituí-la por um modelo social de supremacia branca”, afirmou o juiz Jan Van den Berghe, segundo a agência de notícias Associated Press. No dia 12 de março, Musk usou uma publicação do político no X para perguntar se mais alguém havia sido condenado a prisão por "enviar esse meme em um grupo de conversa", e retuitou uma publicação de uma ativista holandesa de extrema direita que chamou a condenação de “tirania total". Após as postagens do bilionário, o secretário de estado belga para a Recuperação Econômica e Investimentos Estratégicos, Thomas Dermine, respondeu a Musk, ainda no X, que "na Bélgica, o racismo não é uma opinião. É um crime", e acrescentou que "a liberdade de expressão termina onde o ódio começa”. 🔴6 de abril: Musk pergunta 'por que é ilegal' usar slogan nazista Em 6 de abril, Björn Höcke, líder da ala mais radical do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), escreveu no X que seria julgado na cidade alemã de Halle por uma citação em que, segundo o político, "expressou seu patriotismo incorretamente". Höcke vai ser julgado por ter usado, em um evento de campanha de 2021, a frase “Tudo pela Alemanha” – lema de um movimento paramilitar nazista, segundo a agência de notícias alemã Deutsche Welle. O político investigado alega que a frase foi “tirada de contexto”. No mesmo dia, Musk perguntou, também no X: "por que isso é ilegal?" Na Alemanha, qualquer apologia ao nazismo é crime. O Código Penal alemão proíbe negar publicamente o Holocausto e divulgar propaganda nazista. Isso inclui compartilhar imagens como suásticas, usar um uniforme da SS e fazer declarações apoiando a ideologia nacional-socialista. LEIA TAMBÉM CASO MARIELLE: Com Câmara dividida, CCJ analisa hoje prisão do deputado Chiquinho Brazão ECONOMIA: Inflação desacelera e sobe 0,16% em março; alta em 12 meses é de 3,93% 🔴2 de abril: Musk compartilha fake sobre sistema eleitoral dos EUA Em 2 de abril, Musk compartilhou um post de uma conta anônima que afirmava haver fraude no sistema eleitoral americano. A mensagem afirmava, falsamente, que havia um crescimento no número de eleitores que se registraram com documentos de identidade sem foto no Texas, no Arizona e na Pensilvânia. O texto indicava que esse seria um caminho para que imigrantes ilegais participassem das eleições nos EUA. No mesmo dia, Donald Trump – o virtual candidato republicano à Presidência em 2024 – repercutiu o assunto em sua rede social. “Quem são todos aqueles eleitores que se registraram sem documento de identidade com foto no Texas, Pensilvânia e Arizona??? O que está acontecendo???”. No dia seguinte, a secretária de Estado do Texas, Jane Nelson, desmentiu as alegações e os números divulgados pela conta anônima. O governo da Pensilvânia também negou o texto falso. “Os dados citados em uma postagem viral em uma mídia social em abril de 2024 NÃO representam o número de eleitores recém-registrados na Pensilvânia, e qualquer afirmação em contrário é falsa”. Stephen Richer, que faz parte da administração eleitoral do estado do Arizona, também respondeu a Musk, desmentindo os números alardeados. Musk não se retratou nem apagou o post. Ataque no Brasil é mais grave, afirma pesquisador Para Pablo Ortellado, professor da USP e coordenador do Monitor do Debate Político Digital, o ataque de Musk às instituições brasileiras é mais grave do que esses outros três episódios. Em suas publicações, Musk ameaçou descumprir decisões de Moares, a quem chamou de "ditador brutal", e defendeu o impeachment do magistrado. Para o pesquisador, nas postagens sobre Alemanha, Bélgica e EUA, Musk "está sendo um tuiteiro, meio troll". "Aqui [no Brasil], não. Ele deu um passo a mais, ele claramente disse que vai descumprir uma ordem judicial”, ressalta Ortellado. Para o pesquisador, as ações de Musk nesses casos "tem a ver com a posição da direita com a ideia de que os sistemas constitucionais defendem demais as minorias e limitam as maiorias". Guga Chacra: por que Musk não critica a China e a Arábia Saudita Musk já se declarou um "absolutista da liberdade de expressão", e estudos indicam que, após a compra do antigo Twitter pelo bilionário, o discurso de ódio cresceu na plataforma. Para Guga Chacra, comentarista e mestre em relações internacionais pela Columbia University de Nova York, Musk é hipócrita ao dizer que defende a liberdade de expressão. "A gente não pode esquecer que ele fabrica a Tesla na China, a China proíbe o Twitter, e ele jamais ousou fazer uma crítica a China", afirmou Chacra ao Estúdio i, da GloboNews. " "A Arábia Saudita condena as pessoas a [vários] anos e até a décadas na prisão por posts críticos ao esquartejador [príncipe herdeiro da Arábia Saudita] Mohammed bin Salman. O Elon Musk jamais ousou questionar, criticar, citar de forma minimamente negativa o esquartejador Mohammed bin Salman." Salman é acusado de ser responsável pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, que foi esquartejado em 2018 na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. 'É um hipócrita que morre de medo das ditaduras da China e da Arábia Saudita', diz Guga Chacra ao analisar polêmica criada por Elon Musk Veja outras polêmicas de Elon Musk envolvendo autoridades e decisões judiciais

G1

Wed, 10 Apr 2024 10:01:24 -0000 -


Setor é fundamental para inteligência artificial, mas ainda faltam pessoas qualificadas e nem todas as empresas têm olhado com atenção para esse universo, segundo quem está na área. 'Pode ser mais complicado para quem está iniciando', diz cientista dados sobre setor Gustavo Ramos/Arquivo Pessoal O paraense Gustavo Ramos, de 27 anos, é um cientista de dados, uma das profissões que estão no auge no mundo da TI (tecnologia da informação), principalmente por ser muito ligada à inteligência artificial. Formado em matemática, ele chegou a dar aulas em uma escola. E o domínio com números e estatísticas contribuiu para o aprendizado e a migração para a ciência de dados, no ano passado. Enquanto batalha por um emprego fixo, Gustavo aposta em trabalhos remotos e mantém uma comunidade on-line chamada "Açaí com Dados", para troca de ideias sobre o setor e para promover a profissão na Região Norte. O QUE FAZ? O cientista é responsável por trazer destaques e soluções para a empresa a partir do que é coletado pelo engenheiro de dados. Então, a estatística está muito presente no dia a dia desses profissionais, o que foi favorável para Gustavo. Cientistas de dados também trabalham mais próximo da inteligência artificial generativa, um tipo de IA capaz de criar novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. Daí a carreira estar em ascensão. Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que a média salarial em 2024 para o cientista de dados está em R$ 7.801. Comparada a outras carreiras da área de dados, como analista e engenheiro, é a que tem uma remuneração maior. A remuneração de um cientista, em nível intermediário, pode chegar a R$ 18.700 ao mês, aponta um estudo da consultoria Robert Half divulgado no fim de 2023. Para líderes, chega a R$ 24.100. A luta dos iniciantes Gustavo ainda luta para chegar a esses patamares. O primeiro "job" em TI foi conquistado ainda em 2023, junto a uma empresa de varejo, onde ele conseguiu tirar R$ 1.200. Como freelancer, atualmente ganha pouco mais de R$ 2 mil por mês e sonha em ter um emprego com contrato CLT. Mas diz ter dificuldades para encontrar oportunidades, pois muitas empresas preferem contratar quem já tem experiência. "Na minha situação atual, como eu divido as contas da casa com outra pessoa, o valor me atende bem, mas, claro, eu gostaria de ganhar mais", diz Gustavo. Para aumentar as chances, o paraense passou a estudar a linguagem de programação Python — uma das mais importantes para a área — e fez curso técnico de ciência de dados. Uma reportagem do g1 publicada no último domingo (7) deu mais dicas para quem quer entrar na ciência de dados e também em profissões correlatas, como de engenharia e de análise de dados. "Aqui na minha região, mesmo, não se encontra tanto emprego em dados. Por isso, eu tento procurar oportunidades remotas", conta Gustavo, que mora em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Ainda faltam investimentos O matemático também afirma que, mesmo com a área de dados em alta, muitas empresas ainda estão atrasadas no investimento, um cenário que é confirmado por Suelane Garcia Fontes, coordenadora técnica do centro de ciência de dados do Insper. Segundo ela, existe um movimento das empresas para olharem mais para os dados, mas ainda falta maturidade para o "como investir". "Muitas (empresas) contratam o cientista e acham que só ele é suficiente. Falta maturidade para entender como estruturar isso dentro da companhia. Às vezes, ela está tão incipiente que não pensa em ter o analista e o engenheiro", explica Suelane. A coordenadora também destaca o fato de a área ser muito nova e faltarem profissionais qualificados. "Você precisa estudar e se empenhar bastante porque o setor de tecnologia muda muito rápido. Para crescer (como cientista de dados), é preciso ter conhecimentos mais sólidos", recomenda. Bruna Zamith, especialista e cientista de dados da Amazon Brasil, alerta sobre a falta de diversidade no mercado. "De alguma forma, os dados deveriam refletir a realidade. Só que, para que eles reflitam a realidade, é preciso diversidade de informações e tem que evitar vieses", diz. "E, para que isso aconteça, a gente precisa de pessoas diversas trabalhando com dados, o que ainda é inexistente na área", finaliza. Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor

G1

Wed, 10 Apr 2024 08:30:07 -0000 -

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o texto anterior foi 'polemizado' e perdeu condições de ser votado. Líderes partidários da Câmara decidiram em reunião nesta terça-feira (9) mudar o relator do projeto da Regulação das Redes Sociais e criar um grupo de trabalho para debater o assunto. O primeiro relator do texto foi o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A avaliação dos líderes é que Silva não conseguiu fazer o debate avançar e deixou seu texto se contaminar por polêmicas. Ainda não está definido quem será no novo relator. Também não foi estabelecido um prazo para o grupo de trabalho concluir os debates sobre o novo texto. Com a mudança de relator e a criação do grupo de trabalho, as discussões em torno do projeto devem recomeçar praticamente da estaca inicial. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou após a reunião de líderes que o texto anterior foi "polemizado" e perdeu as condições de ser votado na Casa. "Simplesmente não tem acordo. Não é questão de governo e oposição. É posição individual de cada parlamentar." "Por mais esforço e consideração que tenhamos pelo relator Orlando, não tivemos tranquilidade e apoio parlamentar para votação no plenário da Câmara", disse Lira. "O texto foi polemizado", completou. Segundo o presidente da Câmara, o grupo de trabalho funcionará por entre 30 e 45 dias. Na sequência, o projeto seguirá para o plenário da Casa. A intenção de líderes partidários é que o texto pode se expandir para além dos temas da fake news e legislar também sobre inteligência artificial. A discussão sobre o projeto de lei (PL) da Regulação das Redes Sociais voltou com força ao Congresso após os ataques do dono do X (antigo Twitter) ao Judiciário brasileiro. Musk chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ditador e ameaçou descumprir ordens da Justiça e reativar contas bloqueadas no X por terem divulgado informações falsas e ataques às instituições democráticas. Os bloqueios ocorreram no curso de inquéritos dos quais Moraes é o relator. O atual texto sobre a regulação das redes, que está na Câmara, foi aprovado pelo Senado ainda em 2020. Em 2023, estava prestes a ser votado pelos deputados, mais foi deixado de lado por falta de consenso e pressão das big techs (as grandes empresas das plataformas sociais). 'Gerou uma polêmica muito grande', diz Orlando Silva, ex-relator do PL das Redes Sociais O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na esteira dos ataques de Musk, disse nesta segunda (8) que a regulação é "inevitável". O mesmo defende o governo. A decisão agora está com a Câmara. O grupo de trabalho deve debater também a regulação da Inteligência Artificial. Esse ponto, atualmente, não está no PL da Regulação das Redes. Questionado por jornalistas sobre os ataques e ameaças de Musk, Lira disse: "Não tenho nada a comentar sobre isso". O que prevê o projeto hoje Com a troca do relator e a retomada dos debates, o PL deve sofrer importantes alterações. Hoje, o texto prevê os seguintes pontos principais: Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. Punições Além de responsabilizações no Judiciário, as empresas que descumprirem as medidas previstas no texto poderão, por exemplo, ser punidas com: advertência multa diária de até R$ 50 milhões multa de até 10% do faturamento da empresa no Brasil multa por usuário multa de até R$ 50 milhões por infração e suspensão temporária das atividades no Brasil A proposta também prevê que todas as empresas que tiverem operações no Brasil deverão ter representantes jurídicos no país.

G1

Tue, 09 Apr 2024 19:25:56 -0000 -


Uma das pessoas mais ricas do mundo, Musk ganha dinheiro com empresas de mídia social, aeroespacial, infraestrutura e automotiva. Atualmente, ele tem uma fortuna que se aproxima de US$ 200 bilhões. Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, Paris, França 16/06/2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes O nome do bilionário Elon Musk vem ganhando os holofotes no Brasil após ele ter feito postagens na rede social X, antigo Twitter, atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ameaçando descumprir ordens da Corte. Com uma fortuna avaliada em US$ 195 bilhões, Musk é, hoje, a segunda pessoa mais rica do planeta, segundo a Forbes. Ele só está atrás do francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH, que administra a Louis Vuitton e a Sephora. Já na lista da Bloomberg, o bilionário é considerado o terceiro mais rico do mundo, com US$ 186 bilhões, atrás de Arnault e Jeff Bezos, fundador da Amazon. A riqueza de Musk vem de ao menos seis grandes empresas, como X, Tesla e SpaceX. Ele também teve participação em outras companhias, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, que ele acabou deixando em 2018. A seguir, conheça os negócios de Musk e de onde vem sua fortuna. 🏤 Primeiras empresas de Musk Seu primeiro empreendimento foi a Zip2, uma empresa que criou em 1995 com seu irmão Kimbal e com o amigo Greg Kouri e que oferecia um diretório para encontrar empresas on-line. Ela foi vendida em 1999 para a Compaq. Pouco depois dessa venda, Musk fundou a X.com, que era uma empresa de serviços financeiros on-line e de e-mail. Um ano depois de criada, a companhia se fundiu com a Confinity, que tinha um serviço de transferência de dinheiro chamado PayPal – que acabou virando o nome do negócio. Entusiasta do bitcoin e de outras criptomoedas, ele também já se aventurou pelos ramos de energia solar, do transporte ultrarrápido, da internet via satélite e da neurociência. Leia também: 👨‍🦳 Quem é Elon Musk 🎧 O ASSUNTO: como o bilionário entrou na mira de Moraes Musk ataca a soberania nacional, diz secretário de políticas digitais do governo federal 🐦 X, antigo Twitter O Twitter é a empresa mais recente no portfólio de Elon Musk. A aquisição foi feita em 25 de abril de 2022 e, segundo a agência Reuters, o bilionário pagou US$ 44 bilhões pela rede social. Para levantar esse montante, Musk precisou de empréstimos e vendeu ações da Tesla, que passou a operar em queda na bolsa. De acordo com a CBC News, estima-se que, hoje, a plataforma vale cerca de 71% menos do que valia quando Musk a comprou, segundo uma avaliação de mercado divulgada em janeiro de 2024. Antes mesmo de adquiri-la, o empresário já era um usuário frequente do Twitter e, após a aquisição, prometeu "melhorias" na rede social. Segundo ele, a plataforma tinha um "potencial tremendo" e deveria ser uma espécie de "arena" de defesa da liberdade de expressão. Em maio de 2023, o bilionário escolheu Linda Yaccarino, ex-NBCUniversal, para assumir o cargo de presidente-executiva do Twitter. Musk passou a cuidar das áreas de design de produtos e novas tecnologias. 🚗 Tesla Desde 2004, Elon Musk é o maior acionista e o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Diferente de outras empresas dele, a Tesla está listada na bolsa de valores de Nova York. Em 2021, era avaliada em cerca de US$ 700 bilhões e chegou, em alguns momentos, a ultrapassar montadoras tradicionais como Ford e General Motors, que têm números de produção e vendas muito maiores. Musk impulsionou a empresa a ponto de abrir uma fábrica na China, grande consumidora de carros elétricos, além da Alemanha. Com o braço Tesla Energy, a companhia também produz painéis para captação de energia solar. A Tesla ganhou notoriedade pela adoção de um polêmico sistema de semiautonomia para os carros, o Autopilot, que permite que eles dirijam sozinhos por um certo tempo, desde que o motorista mantenha as mãos no volante. Alguns acidentes e flagrantes de condutores dormindo a bordo desses veículos tornam o recurso bastante controverso até hoje. 🚀 SpaceX Em 2002, Musk fundou a SpaceX, voltada ao transporte aeroespacial. Ele também é o presidente-executivo da empresa. A SpaceX se especializou no desenvolvimento e lançamento de foguetes reutilizáveis, algo que não existia na indústria e que pode baratear as viagens. O primeiro lançamento de um foguete da companhia só aconteceu em 2008. Dez anos depois, a fim de testar seu foguete mais poderoso até então, Musk mandou um carro da Tesla para o espaço. Depois, passou a enviar satélites e também já transportou gente para fora da Terra. Em 2021, a SpaceX conquistou um marco importante no turismo espacial com o lançamento de 4 pessoas "comuns" à órbita da Terra – que até então só tinha recebido astronautas profissionais. O ricaço também faz planos para a colonização de Marte com a SpaceX. Para isso, desenvolve supernaves, como a Starship, com a qual realiza testes, ainda sem tripulantes, desde 2023. Em março, SpaceX fez seu melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo 🛰️ Starlink A Starlink é um braço da SpaceX voltado para fornecimento de internet via satélite. Nesse segmento, Musk também concorre com Bezos e sua Blue Origin. Ambos trabalham nas chamadas "constelações de satélites", que têm o objetivo de levar conexão para áreas remotas em todo o planeta. A SpaceX está à frente na corrida e já lançou mais de 1.800 unidades. A empresa atua inclusive no Brasil, sobretudo na Amazônia. O Ibama já apontou que a expansão da tecnologia de Musk naquela também impulsiona atividades ilegais, como no garimpo. Quem é Elon Musk? 🧠 Neuralink A Neuralink é uma startup de neurociência de chips cerebrais cofundada por Musk em 2016. A empresa também tinha como criador o engenheiro Tim Hanson, que trabalhou por dois anos com o bilionário e saiu da empresa em 2018. O chip produzido pela Neuralink "conectar cérebros a computadores". O objetivo é que, no futuro, pessoas com limitações motoras possam controlar dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento. Recentemente, Musk noticiou que a Neuralink fez seu primeiro implante de chip em um cérebro humano. A empresa não é a única a investir nesta tecnologia. O bilionário também tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia. Ele diz que isso ajudaria a humanidade a prevalecer em uma suposta guerra contra a inteligência artificial, mas especialistas adiantam que a prática não é viável. The Boring Company Musk possui ainda a The Boring Company, que projeta um sistema semelhante a um trem-bala que depende de um túnel modificado para atingir altas velocidades (sistema apelidado de "hyperloop"). Segundo o portal de tecnologia The Verge, a Boring Company começou perfurando em um estacionamento da SpaceX, na Califórnia (EUA). Agora, a empresa tenta promover os seus negócios em outras áreas e já conta com túneis em Los Angeles, Las Vegas e Chicago. O objetivo da empresa é aliviar e agilizar o tráfego de veículos em grandes cidades. Em 2022, a empresa valia quase US$ 6 bilhões, segundo a CNN norte-americana. Elon Musk ataca a soberania nacional, diz secretário de políticas digitais do governo federal Veja outras polêmicas de Elon Musk envolvendo autoridades e decisões judiciais O caso Musk e a regulação de redes sociais

G1

Tue, 09 Apr 2024 15:59:41 -0000 -


Imóvel de 57m² com sala, banheiro, cozinha e dois quartos custa R$ 120 mil. Segundo o Crea, construção deve seguir as mesmas determinações legais que obras tradicionais. Casa impressa em 3D tem 52m² Grupo Katz/Divulgação Já imaginou morar em uma casa que não foi construída com tijolo, areia e reboco? Essa realidade já é possível e tem um exemplar à mostra em Nova Lima, na Grande BH. O imóvel foi impresso em 3D e tem acabamentos, louças e mobiliário – e custa R$ 120 mil. De acordo com a empresa responsável pela construção, a técnica utilizada possibilita a criação de estruturas feitas a partir de microconcreto, matéria-prima que promete garantir mais resistência, durabilidade e economia. Segundo Daniel Katz, presidente do Grupo Katz e cofundador da Cosmos 3D, empresa responsável pela construção do protótipo, o primeiro imóvel vendido será construído na região da Costa do Descobrimento, na Bahia. Veja mais fotos da casa impressa em 3D ao final desta reportagem. Impressão A impressora usada na construção pesa quase três toneladas e ocupa um espaço de 11,91 metros de comprimento, 6,58 metros de largura e 4,22 metros de altura. A casa de 57m² tem sala, cozinha, banheiro, dois quartos – ou um quarto e um escritório. Por ser controlada por um software e um robô, a impressora chama a atenção pelo grau de precisão, reduzindo o desperdício a quase zero. Neste primeiro modelo foram necessários oito dias para a conclusão da obra, sendo quatro para o processo de impressão, dois para a montagem e outros dois para acabamentos e decorações. Mesmo sendo impressa com tecnologia 3D, a obra precisa de fundação, segundo informou Katz. “A Cosmos 3D está desenvolvendo o projeto de um prédio de até cinco pavimentos para habitação popular. A impressora oferece infinitas possibilidades de execução, para os mais variados projetos, o que oferece extrema flexibilidade de ideias para os clientes tanto para impressão de casas quanto para mobiliários e afins”, disse. LEIA TAMBÉM VIOLÊNCIA: Após morte de estudante em tiroteio, universidade federal no Rio suspende aulas GOIÁS: Funcionária entra na Justiça após demissão e acaba tendo que restituir empresa em R$ 100 mil SÃO PAULO: Amigo de motorista do Porsche passa por 2ª cirurgia e acorda do coma induzido Modelo de casa impressa em 3D que custa R$ 120 mil Grupo Katz/Divulgação Legislação O gerente do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), Nicolau Neder, disse que, independentemente do tipo de obra, de alvenaria ou impressa em 3D, o trabalho tem que seguir determinações legais e da engenharia civil. Além disso, Neder falou que o projeto arquitetônico precisa sempre de aprovação da prefeitura da cidade onde a obra será realizada. Na impressão 3D as regras não mudam. É preciso ter os projetos da fundação, arquitetônico, hidrossanitário e de eletricidade (leia mais abaixo). Como está sendo feita a primeira 'impressão' 3D de casa com dois andares dos EUA Bairro com casas feitas em impressora 3D começa a ser inaugurado no Texas Responsável técnico Para a construção em 3D, Neder explicou que o responsável técnico também é uma das exigências mantidas. Ele falou ainda que o profissional que executa o projeto e a construtora têm que ser habilitados. O engenheiro afirmou que todas os projetos de construção civil devem ter segurança, porque a técnica utilizada é de responsabilidade de quem executa o trabalho. “O profissional habilitado é a garantia de que o serviço será realizado da melhor forma possível”, ressaltou. O gerente disse também que toda construção deve apresentar projetos complementares, como o de eletricidade e o hidrossanitário (leia mais abaixo). Projetos Hidrossanitário O projeto hidrossanitário engloba toda a distribuição de água fria, água quente, esgoto e água pluvial na edificação. Ele é essencial para que a água que vem da concessionária chegue até as peças de utilização, como chuveiro e torneiras, por exemplo. Fundação O projeto de fundação é o responsável por garantir a estabilidade e a segurança da estrutura, seja ela uma casa, um prédio, uma ponte, etc. Arquitetônico O projeto arquitetônico ou projeto de arquitetura é a atividade técnica da criação de uma obra de arquitetura. Eletricidade O projeto de eletricidade garante a correta instalação elétrica em uma obra. Arquitetos e engenheiros devem seguir uma série de cálculos que são aplicados de acordo com as normas. Veja fotos da casa Projeto de casa impressa em 3D é sustentável ambientalmente Grupo Katz/Divulgação Banheiro construído em impressão 3D Grupo Katz/Divulgação Casa em 3D pode ter dois quartos ou um quarto e um escritório Grupo Katz/Divulgação Parede feita em microconcreto e impressa em 3D Grupo Katz/Divulgação Veja vídeo de quando a primeira casa de tecnologia 3d foi colocada à venda nos EUA, em 2021: Primeira casa com tecnologia 3D está à venda nos EUA Vídeos mais assistidos do g1 Minas

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Tue, 09 Apr 2024 09:00:57 -0000 -


Apesar de salários que podem passar de R$ 20 mil, setor vive escassez de profissionais por falta de qualificação e exige bastante de quem está trabalhando nele. Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados Arquivo pessoal A brasiliense Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados em um app de delivery brasileiro, para o qual trabalha remotamente. Ela é responsável pela engenharia de plataformas, gerenciando a infraestrutura de ferramentas de visualização de dados da companhia. Gabrielle conta que, em vários momentos de sua carreira, pensou em pedir demissão do emprego porque sua área exige muito conhecimento — até por isso, esse setor vive uma escassez de profissionais (entenda mais abaixo). Outras pessoas procuradas pelo g1 e que trabalham com dados confirmam o que Gabrielle diz. Uma reportagem do g1 publicada no último domingo (7) contou que a engenharia de dados está em alta, oferece bons salários e como é trabalhar nesse cargo e em outros relacionados à área, como cientista e analista de dados. 🎲 O que faz um engenheiro de dados? É responsável por projetar, construir e gerenciar a infraestrutura de dados de uma organização. Esse profissional garante que os dados sejam disponíveis, confiáveis e estejam prontos para serem utilizados pelos demais times da empresa. A profissão é uma das mais procuradas pelas empresas, na área da TI (tecnologia da informação), segundo levantamento da consultoria Robert Half. 🤑 E o salário é alto mesmo? Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que, em 2024, a média salarial do engenheiro de dados está em R$ 6.927. "Os engenheiros tiveram incremento salarial de 7% neste ano. Isso indica que as empresas estão investindo mais em estruturação, análise e engenharia de dados", diz Fabio Maeda, diretor da unidade de candidatos da plataforma de vagas. Para um profissional experiente, a remuneração média mensal fica em torno de R$ 24 mil, segundo a Robert Half. Leia também: Quem é Elon Musk, bilionário que entrou na mira de Alexandre de Moraes Dificuldades, estudo e crescimento Gabrielle começou a trabalhar no iFood como analista de dados, mas logo mudou para engenharia, por recomendação de um chefe. "Ele falou que engenharia seria mais interessante para mim e que eu tinha feito um bom trabalho até ali, me estimulando a migrar", conta. A jovem é formada em engenharia de produção pela Universidade de Brasília (UnB) e teve seu primeiro contato com dados em 2018, quando era estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Gabrielle em uma palestra de dados Arquivo pessoal Atualmente, Gabrielle recebe cerca de R$ 11 mil com carteira assinada (CLT) e reconhece que o salário nesse setor é realmente alto. No entanto, ela dá alguns alertas para quem pensa em investir nessa profissão. "Eu acho que o mais difícil é você conseguir entrar na área. Você precisa iniciar já sabendo de muita coisa, como construção de banco de dados, SQL, nuvem (cloud), versionamento de código e mais", descreve. Quem é do ramo lembra que nem sempre a graduação é o único caminho para trabalhar como analista, engenheiro ou cientista de dados. Cursos superiores podem ajudar a pessoa a ter uma base mais sólida, mas um primeiro contato com cursos disponíveis na internet já é algo vantajoso. "É preciso ter uma certa experiência. A curva de aprendizado também é bem maior do que as outras áreas da TI", completa. Veja mais dicas para começar em dados. Segundo Gabrielle, talvez, seja melhor iniciar em outra área de dados, como analista ou cientista, para depois migrar para a engenharia. O que fazem o cientista e o analista de dados Gabrielle também admite que não é uma área fácil nem para quem já tem alguma experiência. Como em outras áreas da TI, o estudo constante se torna essencial, porque tecnologia muda o tempo todo. "Eu gosto muito do que eu faço e da empresa onde trabalho, mas só no ano passado eu consegui parar em falar sobre demissão. A engenharia de dados cobra muito da gente", diz. "Parei de pensar em me demitir ao perceber que o mercado desacelerou, pagando menos em outros cargos. E a minha área está em alta e é muito difícil de entrar nela, ou seja, seria perder uma chance muito grande", reflete. "Então, só pensei que valeria a pena continuar tentando porque a empresa é ótima, meu time, também." É o fim da bolha? Vagas de tecnologia devem passar por uma desaceleração dos salários, dizem especialistas Quem já conseguiu se qualificar, passa a ficar mais exigente em relação às vagas. Esses profissionais muitas vezes são atraídos por companhias estrangeiras, que pagam em euro ou dólar, permitindo até que a pessoa trabalhe do Brasil. Esse tipo de oferta mais atraente faz com que o mercado interno tenha dificuldades para reter os talentos. "Quando vira sênior, você não quer mais trabalhar para companhias brasileiras porque dá para ganhar muito mais recebendo em dólar, e trabalhando do Brasil. Eu já recebi uma proposta para receber US$ 7 mil por mês de uma empresa gringa", diz Gabrielle. Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor  Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

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Tue, 09 Apr 2024 08:30:09 -0000 -


Bilionário nascido na África do Sul é dono do X, antigo Twitter, desde 2022. Também comanda a fabricante de carros elétricos Tesla e a empresa SpaceX, de voos espaciais, que tem um braço dedicado à internet por satélite, a Starlink. Quem é Elon Musk? Elon Musk, bilionário nascido na África do Sul, é figurinha constante na mídia por suas inúmeras polêmicas. Desde o último sábado (7) vem postando ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ameaçando descumprir ordens da Corte na rede social X, antigo Twitter. Musk comprou o Twitter em 2022 e uma de suas medidas foi trocar o nome que a plataforma teve por mais de 15 anos. A rede social já era usada pelo empresário como a principal forma de ele se comunicar com o público e atacar desafetos. Seu perfil tem, atualmente, mais de 180 milhões de seguidores. Antes de ser dono do X, Musk já era famoso por estar à frente da fabricante de carros Tesla, uma das primeiras a apostar somente em modelos elétricos, e da SpaceX, empresa de voos espaciais. Com ela, o magnata tem planos para colonizar Marte. A SpaceX tem ainda um braço voltado à internet via satélite chamado Starlink, que atua inclusive no Brasil. Ele também foi um dos fundadores da OpenAI, criadora do ChatGPT. Em 2022, Musk chegou a ser o homem mais rico do mundo. No último ranking anual da "Forbes", divulgado na semana passada, estava em segundo lugar, com um patrimônio avaliado em US$ 195 bilhões. Leia nesta reportagem: A trajetória de Musk Quais são as empresas do bilionário 8 filhos, a mãe é TikToker e ele diz não ter casa Colecionador de polêmicas Por que Musk comprou o Twitter A trajetória de Musk Elon Musk em foto de 13 de agosto de 2021 Patrick Pleul/Reuters Filho mais velho de um sul-africano e de uma canadense de classe alta, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul, em 1971. Ele já foi casado duas vezes e teve oito filhos. Musk viveu na África do Sul até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes do seu aniversário de 18 anos. Começou a faculdade na Queen's University em Ontário, no Canadá, mas, no meio da graduação, se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde se naturalizou cidadão americano. É bacharel em física e economia. Musk aprendeu a programar sozinho e criou jogos na adolescência. Seu primeiro empreendimento foi a Zip2, uma empresa que criou em 1995 com seu irmão Kimbal e com o amigo Greg Kouri e que oferecia um diretório para encontrar empresas on-line. A companhia foi vendida em 1999 para a Compaq. Pouco depois dessa venda, Musk fundou a X.com, que era uma empresa de serviços financeiros on-line e de e-mail. Um ano depois de criada, a companhia se fundiu com a Confinity, que tinha um serviço de transferência de dinheiro chamado PayPal – que acabou virando o nome do negócio. Em outubro de 2002, a eBay adquiriu a PayPal por US$ 1,5 bilhão em ações. Em 2004, Musk se tornou o maior investidor e assumiu o comando da recém fundada fabricante de carros elétricos Tesla, bem antes de montadoras tradicionais apostarem nesse tipo de veículo (leia mais aqui). Alguns meses antes, em 2002, Musk havia criado a sua empresa mais ambiciosa: a SpaceX, de transporte aeroespacial (saiba mais). Entusiasta do bitcoin e de outras criptomoedas, ele também já se enveredou pelos ramos de energia solar, do transporte ultrarrápido, da internet via satélite e da neuciência (leia mais). A primeira aparição dele no ranking dos bilionários da revista "Forbes" foi em 2012, com a fortuna estimada em US$ 2 bilhões. Dez anos depois, ele somava US$ 219 bilhões, quando ocupou o topo da lista pela primeira vez. Em 2021, Musk foi eleito a "Personalidade do Ano" em 2021 pela revista "Time". Em 2023, sua biografia foi lançada pelo jornalista Walter Isaacson, o mesmo que escreveu a história de Steve Jobs em 2011. Voltar ao topo Quais são as empresas do bilionário ⚡TESLA Tesla inaugura fábrica em Xangai, na China Yilei Sun/Reuters Desde 2004, Elon Musk é o maior acionista e o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla, fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Com sede em Austin, no Texas, nos EUA, a empresa entrou no ramo quando poucas marcas apostavam nesse tipo de veículo; o primeiro modelo foi lançado em 2009. Foi a partir daí que Musk começou a ganhar atenção da mídia. A Tesla também obteve notoriedade pela adoção de um polêmico sistema de semiautonomia para os carros, o Autopilot, que permite que eles dirijam sozinhos por um certo tempo, desde que o motorista mantenha as mãos no volante. Alguns acidentes e flagrantes de condutores dormindo a bordo desses veículos tornam o recurso bastante controverso até hoje. Musk impulsionou a empresa a crescer a ponto de abrir uma fábrica na China, grande consumidora de carros elétricos, além da Alemanha. Com o braço Tesla Energy, a companhia também produziu painéis para captação de energia solar. Empresa com ações na bolsa de Nova York, a Tesla chegou, em alguns momentos, a ultrapassar montadoras tradicionais como Ford e General Motors, que têm números de produção e vendas muito maiores. 🚀SPACEX Missão da SpaceX em 2021 foi um marco para o turismo espacial AFP/Inspiration4 Antes de se juntar à Tesla, Musk fundou, em 2002, a SpaceX, voltada ao transporte aeroespacial. Ele também é o presidente-executivo da empresa. A SpaceX se especializou no desenvolvimento e lançamento de foguetes reutilizáveis, algo que não existia na indústria e que pode baratear as viagens. O primeiro lançamento de um foguete da companhia só aconteceu em 2008. Dez anos depois, a fim de testar seu foguete mais poderoso até então, Musk mandou um carro da Tesla para o espaço. Depois, passou a enviar satélites e também já transportou gente para fora da Terra. Em 2021, a SpaceX conquistou um marco importante no turismo espacial com o lançamento de 4 pessoas "comuns" à órbita da Terra – que até então só tinha recebido astronautas profissionais. Musk não estava a bordo, mas, com o sucesso da missão, ofuscou de certa forma seus concorrentes no segmento, os também bilionários Jeff Bezos, dono na Amazon, e Richard Branson, da Virgin Galactic. O ricaço também faz planos para a colonização de Marte com a SpaceX. Para isso, desenvolve supernaves, como a Starship, com a qual realiza testes, ainda sem tripulantes, desde 2023. 🛰️ STARLINK Primeiros satélites Starlink sobrevoam o observatório CTIO no Chile Tim Abott/CTIO A Starlink é um braço da SpaceX voltado para fornecimento de internet via satélite. Nesse segmento, Musk também concorre com Bezos e sua Blue Origin. Ambos trabalham nas chamadas "constelações de satélites", que têm o objetivo de levar conexão para áreas remotas em todo o planeta. A SpaceX está à frente na corrida e já lançou mais de 1.800 unidades. A empresa atua inclusive no Brasil, sobretudo na Amazônia. O Ibama já apontou que a expansão da tecnologia de Musk naquela também impulsiona atividades ilegais, como no garimpo. OUTROS NEGÓCIOS 🧠 Ele também está envolvido na Neuralink, startup de neurociência que quer "conectar cérebros a computadores". O objetivo é que, no futuro, pessoas com limitações motoras possam controlar dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento. Recentemente, Musk noticiou que a Neuralink fez seu primeiro implante de chip em um cérebro humano. A empresa não é a única a investir nesta tecnologia. O bilionário também tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia. Ele diz que isso ajudaria a humanidade a prevalecer em uma suposta guerra contra a inteligência artificial, mas especialistas adiantam que a prática não é viável. 🤖 Musk também foi um dos fundadores da Open AI, de inteligência artificial, a qual deixou em 2018. Quatro anos depois, a startup se tornou famosa pela criação do robô conversador ChatGPT. O bilionário, que passou a ser um crítico da OpenAI, criou sua própria empresa de inteligência artificial, a xAI. em 2023. 🚅 Musk possui ainda a The Boring Company, que projeta um sistema semelhante a um trem-bala que depende de um túnel modificado para atingir altas velocidades (sistema apelidado de "hyperloop"). Voltar ao topo 8 filhos, mãe TikToker e sem casa própria Elon Musk levou o filho X AE A-XII para visita ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Nova York, em 17 de setembro de 2023 Murat Cetinmuhurdar/PPO via Reuters A biografia "Elon Musk" , lançada em 2023, mostra o empresário como um homem infantilizado, que tirou suas ideias sobre o mundo de videogames, quadrinhos e livros de ficção científica, conforme reportou o "Fantástico", em entrevista com o autor, o jornalista Walter Isaacson. Segundo o escritor, Musk é obcecado com a ideia da humanidade estar em perigo na Terra, daí a ideia de colonização em Marte. Isso também explicaria por que ele teve tantos filhos. A LETRA X - O bilionário também seria fascinado pela letra X, uma influência dos personagens de X-Men. Além de a letra renomear o Twitter e batizar modelos de carros da Tesla , ela também aparece nos excêntricos nomes de herdeiros de Musk. Em 2020, ele deu o impronunciável nome de X AE A-XII a seu sexto filho, com a então namorada, a cantora canadense Grimes. Dois anos depois, já separada de Musk, ela afirmou que teve também uma filha com o bilionário, chamada Exa Dark Sideræl Musk. E, em 2023, a biografia do empresário revelou um terceiro bebê do ex-casal chamado Techno Mechanicus. Musk já era pai de cinco filhos do casamento com a autora de livros Justine Musk: gêmeos nascidos em 2004 e trigêmeos nascidos em 2006 — todos com nomes menos complicados, entre eles Xavier (também um personagem de X-Men). O casal ainda perdeu o primeiro bebê, que sofreu morte súbita algumas semanas após o nascimento. Após se divorciar de Justine, Musk se casou com a atriz inglesa Talulah Riley, de quem também se separou. Em 2015, Musk tirou seus cinco filhos mais velhos de uma prestigiada escola para crianças superdotadas e criou a Ad Astra, um centro privado de ensino em Los Angeles, nos EUA. Filha de Musk, Vivian Jenna Wilson, que é uma mulher trans, retificou seu nome em 2022 e não quis manter o sobrenome do pai. Ela justificou a mudança por causa de sua identidade de gênero e "pelo fato de eu não viver ou desejar estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma". 🏠 NADA DE CASA PRÓPRIA - Apesar de tantos investimentos, Musk já disse que vive em imóveis de amigos. "Seria problemático se eu tivesse gastado bilhões de dólares em consumo pessoal. Na verdade eu nem possuo casa própria. Estou ficando em casa de amigos. Se eu for para a baía, onde tem a engenharia da Tesla, eu percorro por quartos vagos de casas de amigos. Eu não tenho iate, eu não tiro férias", afirmou. MÃE E MODELO - A mãe de Musk, Maye, também é frequentadora das redes sociais. Modelo, ela tem atualmente mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram e 1 milhão no X, onde costuma defender o filho. Kimbal Musk, irmão mais novo de Elon Musk, também tem perfis públicos nas redes, onde se apresenta como chef, empreendedor e filantropo. Ele faz parte do conselho da Tesla. Elon Musk e a mãe dele, Maye Musk, no Met Gala 2022 Dimitrios Kambouris / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP AUTISMO - Em maio de 2021, durante uma aparição no programa americano "Saturday Night Live", Musk revelou que tem Síndrome de Asperger, um tipo de autismo leve. "Sei que disse ou postei coisas estranhas, mas é assim que meu cérebro funciona. Para qualquer pessoa que ofendi, só quero dizer: reinventei os carros elétricos e estou enviando pessoas a Marte em um foguete", declarou. "Vocês acharam que eu seria um cara normal e relaxado?" Assim o biógrafo Isaacson definiu Musk ao Fantástico: "Ele meio que tem personalidades múltiplas. Numa reunião faz piadas, é gentil e inspirador e tem ótimas ideias. Aí alguém diz algo que pra ele é um gatilho, e ele entra num estado que uma das amigas chama de 'modo demoníaco', muito severo com as pessoas. E aí quando volta, ele mal se lembra do que fez." Voltar ao topo Colecionador de polêmicas Musk está longe de ser um ricaço discreto. Gosta de dar entrevistas e posta quase que diariamente no X. Já apresentou por uma noite o programa de humor americano "Saturday Night Life", que só recruta celebridades, frequenta o baile Met Gala e já foi filmado fumando um cigarro de maconha durante participação em um podcast transmitido ao vivo pelo YouTube. Elon Musk fumou cigarro de maconha durante entrevista ao podcast do comentarista de Joe Rogan, em setembro de 2018 Reprodução/YouTube No antigo Twitter, seu canal preferido para se comunicar com milhões de seguidores, dispara mensagens que podem causar "terremotos" nos mercados de ações e de criptomoedas. Ele já foi até punido por isso por autoridades americanas, após um post sobre a Tesla, em 2018. Apesar de ser usuário superativo, Musk sempre se mostrou um crítico das regras do Twitter. Ele entendeu, por exemplo, que a rede social "censurou" Donald Trump ao bani-lo, no começo de 2021. A medida foi tomada, segundo o Twitter, por violação de política de uso da plataforma depois da invasão do Capitólio promovida por apoiadores do ex-presidente que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts nas redes. Musk acabou devolvendo o perfil a Trump depois de comprar a plataforma, em 2022. Durante a pandemia, Musk também tuitou duvidando do coronavírus e criticando o lockdown e a obrigatoriedade da vacina. Um de seus bate-bocas mais famosos na rede foi com um mergulhador que fez parte da equipe que salvou crianças presas por 9 dias em uma caverna na Tailândia, em 2018. O caso comoveu o mundo. O bilionário disse que poderia ceder um minissubmarino da SpaceX para o resgate, que era difícil e delicado. Vernon Unsworth, o mergulhador, chamou a sugestão de "manobra de relações públicas" e disse que Musk poderia "enfiar o submarino onde dói". A partir daí, os dois trocaram agressões verbais a ponto de o empresário chamar Unsworth de pedófilo. O caso foi parar na Justiça. Veja mais polêmicas de Musk. Voltar ao topo Por que Elon Musk comprou o Twitter Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica Em março de 2022, o bilionário fez para assumir o controle total do Twitter, que não foi bem recebida pelos acionistas. A compra só foi concluída depois de uma longa "novela" de seis meses, entre idas e vindas. A cronologia da compra do Twitter por Musk O relacionamento entre Musk e a rede social tinha começado com a compra de 9,2% da empresa, ainda em março de 2022, o que o tornava o maior acionista individual da plataforma. A operação só veio a público no mês seguinte, pouco antes da notícia de que Musk queria ser o dono do Twitter. Semanas depois, saiu o acordo para a compra por US$ 44 bilhões. Musk disse que pagaria uma parte "do próprio bolso", com a venda de ações da Tesla, e, para o restante, precisou de empréstimos. Em julho de 2022, Musk chegou dizer que desistiria da compra, depois de levantar suspeitas sobre os dados do percentual de contas falsas existentes na plataforma. Ele também questionava o valor de mercado do Twitter. A rede social chegou a ir à Justiça para exigir o cumprimento do acordo. Mas, em setembro, no limite do prazo previsto, o negócio se concretizou. Em outubro, Musk assumiu a rede social, chegando à sede da empresa segurando uma pia, para fazer uma piada com a palavra "sink" ("pia", em inglês). Elon Musk entra na sede do Twitter carregando uma pia Reprodução/Twitter PREOCUPAÇÃO COM MODERAÇÃO - Ao se tornar o dono do Twitter, o bilionário prometeu que faria mudanças na moderação de conteúdo, o que gerou preocupação imediata com relação ao combate à desinformação nas redes. Isso porque o magnata sempre fez críticas à política de uso do Twitter. No comunicado da compra, Musk ressaltou que "a liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento'" e que o Twitter é "a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos". Ainda em 2022, ele reativou a conta de Donald Trump, após uma enquete na plataforma terminar com resultado favorável ao ex-presidente americano. O perfil de Trump havia sido banido da rede em 2021 por violação das regras, após a invasão do Congresso americano por um grupo de apoiadores dele que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts nas redes. O Facebook e o YouTube também puniram Trump com suspensão de sua conta. Na época, Musk considerou que o ex-presidente foi alvo de censura. No entanto, perfis de jornalistas foram bloqueados na "era Musk", sem que os motivos fossem explicados. O bloqueio aconteceu em um momento em que a imprensa criticava a forma como o bilionário conduzia a rede social. A rede X vai ser derrubada pelo STF? DEMISSÕES E EMOJI DE 💩 - Musk chegou a dizer que não queria comprar o Twitter para "fazer dinheiro". Mas, segundo a imprensa americana, ele prometeu aos bancos que emprestaram dinheiro para o negócio que poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa, em um esforço para tirar custos da rede social, e desenvolveria novas maneiras de monetizar tuítes. Ao assumir o comando da plataforma passou a cobrar pelo selo de verificação de perfis, com a criação do plano pago Twitter Blue, e realizou diversas rodadas de demissão em massa de funcionários, inclusive do então presidente-executivo. Musk ficou por 6 meses como CEO do Twitter, até nomear a atual ocupante do cargo, Linda Yaccarino. Durante esse tempo, jornalistas que procurassem o time de comunicação da empresa recebiam como resposta um emoji de cocô. Sob a gestão da Yaccarino, a rede social mudou de nome e de logotipo. Voltar ao topo Leia também outras curiosidades sobre Elon Musk: Seis segredos para o sucesso do homem mais rico do mundo A misteriosa e exclusiva escola criada por Musk para educar seus filhos Executivo diz que não tem casa própria e mora em imóveis de amigos Em post, bilionário desafia Putin para um duelo

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Mon, 08 Apr 2024 19:24:11 -0000 -

Presidente do Congresso deu a declaração na esteira dos ataques de Elon Musk, dono da rede X, ao ministro Alexandre de Moraes e às decisões judicias do Brasil. Pacheco defendeu a aprovação do PL da Regulação das Redes. O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (8) que a regulamentação das redes sociais é "inevitável" e "fundamental". Pacheco deu a declaração na esteira dos ataques que o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, fez ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e às decisões judiciais no Brasil. Musk chegou a ameaçar desobedecer ordens da Justiça brasileira e reativar contas no X (antigo Twitter) bloqueadas por ordem judicial por espalharem desinformação, discurso de ódio ou ataques à democracia. Em consequência, o ministro determinou a investigação do empresário por obstrução de Justiça e incitação ao crime. Pacheco falou sobre o tema após uma reunião com ministros do governo e líderes governistas no Congresso para tratar da pauta de votações dos próximos dias. “Acho que é algo inevitável [regulação das redes]. Precisamos ter uma disciplina legal em relação a isso. Sob pena de haver discricionariedade por parte das plataformas, que não se sentem obrigadas a ter um mínimo ético do manejo dessas informações e desinformações. Ao mesmo tempo, a participação do Poder Judiciário tendo que discutir questões relativamente ao uso dessas redes sociais sem que haja uma lei”, afirmou o senador. Moraes determina que bilionário Elon Musk seja investigado no Brasil Pacheco mencionou um projeto de regulamentação das Redes Sociais que já foi aprovado em 2020 pelo Senado, mas travou na Câmara no ano passado, depois da pressão contrária das grandes empresas de tecnologia. "O Senado aprovou, em 2020, um projeto de regulamentação das plataformas digitais. Considero isso fundamental. Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais, para que não haja captura de mentes, de forma indiscriminada, que possa manipular desinformação, disseminar ódio, violência, ataques a instituições", afirmou o presidente do Congresso. Agora, com as declarações de Musk, ganhou força novamente na Câmara a tentativa de aprovar o PL das Regulação das Redes Sociais (entenda mais abaixo o que o texto diz). O relator na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já informou que vai pedir para a Câmara para o projeto ser pautado. De acordo com Pacheco, as redes sociais viraram um “campo completamente sem lei”, que permite a veiculação de conteúdos criminosos com o objetivo de aumentar a base de usuários e, consequentemente, o lucro. “Com mais adesão, tudo se resume a lucro, à busca por dinheiro, nessa história. É uma busca indiscriminada, antiética e criminosa pelo lucro”, disse. Pacheco argumentou que as redes sociais, pelo impacto que têm na sociedade, devem exercer um papel cívico, e isso implica responsabilidade com o conteúdo que divulgam. "Há um papel cívico que deve ser exercido pelas plataformas digitais de não permitir que esse ambiente não seja de vale tudo, para que haja adesão de pessoas e, com isso, gere mais lucro para as plataformas digitais. Espero que a Câmara possa evoluir para que a gente possa ter uma lei, uma lei federal", declarou o senador. Leia também: Elon Musk, dono do X, ataca Alexandre de Moraes e ameaça reativar contas bloqueadas pela Justiça 'Toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição', diz Barroso em nota após ameaças de Elon Musk O que diz o PL da Regulação das Redes Sociais Alguns dos principais pontos do PL em discussão na Câmara são: Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. Punições Além de responsabilizações no Judiciário, as empresas que descumprirem as medidas previstas no texto poderão, por exemplo, ser punidas com: advertência multa diária de até R$ 50 milhões multa de até 10% do faturamento da empresa no Brasil multa por usuário multa de até R$ 50 milhões por infração e suspensão temporária das atividades no Brasil A proposta também prevê que todas as empresas que tiverem operações no Brasil deverão ter representantes jurídicos no país. Regulação da Inteligência Artificial Pacheco e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também defenderam a aprovação de um outro projeto, voltado especificamente para a regulação de ferramentas de inteligência artificial. O texto, que foi protocolado pelo próprio presidente do Senado, tem sido debatida por uma comissão, que deve apresentar, em breve, um parecer. A aprovação tem sido tratada como prioridade para Pacheco em 2024. “A internet é um advento extraordinário, mas precisa ser usada para o progresso da nação, e não para disseminação de estupidez, de violação a instituições”, afirmou o senador. 'Comodismo' Em entrevista na noite desta segunda-feira (8) à GloboNews, o autor do projeto, Alessandro Vieira (MDB-SE), disse que existe um certo comodismo em não se pautar o tema no Congresso. "Existe mais marcadamente na Câmara, mas também no Senado uma consequência muito negativa da polarização, que é o comodismo. Você congela as discussões. É mais simples, é muito fácil você mobilizar eleitorado, consolidar bases trabalhando com mentiras, desinformação, e polarização pura, do que você se dedicar para compreender o tema", disse. Segundo ele, o projeto foi amplamente discutido junto à sociedade civil e às empresas. "Eu falava para eles [empresas]: vocês não querem ter uma lei, vocês vão ter uma decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. E é isso o que está acontecendo. O judiciário não tem a capacidade de fazer isso com a profundidade necessária. Isso é um papel do legislativo, mas se o legislativo não faz e o judiciário é demandando, ele naturalmente vai vai decidir", pontuou. Ainda de acordo com Vieira, a falta de legislação implica em não impedir tragédias que têm relação com as redes sociais. "E a gente está vendo e é, infelizmente, deve continuar acontecendo, porque tem muita gente mais preocupada em manter o seu engajamento alto para poder ter público fidelizado para as próximas eleições e não tem preocupado com as tragédias. Você tem uma declaração histriônica, meio ridícula de um bilionário dono de uma rede social, mas semanalmente a gente tem casos de suicídio, incitação a automutilação, abusos praticados pelas redes sociais e que ficam acobertados pela falta de legislação, é um drama que o Brasil tá enfrentando e que a gente não tem uma chave de saída ainda", prosseguiu.

G1

Mon, 08 Apr 2024 18:11:49 -0000 -


Embate entre o dono do X, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, reacendeu discussão sobre proposta que responsabiliza plataformas pela veiculação de conteúdos falsos. Alexandre de Moraes e Elon Musk. Rosinei Coutinho/SCO/STF e REUTERS/Gonzalo Fuentes Os recentes embates entre o dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reacenderam a discussão sobre a necessidade de o Congresso aprovar um projeto de regulamentação das plataformas digitais – o chamado PL da Regulação das Redes Sociais. Nos últimos dias, Musk fez investidas contra decisões do STF sobre bloqueio de perfis no X. No sábado (6), o empresário afirmou que não cumpriria determinações de Moraes, e reativaria contas bloqueadas, desrespeitando ordens judiciais. Em reação, Moraes estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para cada perfil que o X reativar sem autorização. O ministro também ordenou a abertura de investigação contra a plataforma e a inclusão de Musk no inquérito das milícias digitais. Diante do movimento de Musk, ministros e parlamentares passaram a defender a regulamentação das redes sociais. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL da Regulação das Redes Sociais, disse que pedirá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), incluir a proposta na pauta de votações. O projeto torna crime a promoção ou financiamento de divulgação em massa de mensagens com conteúdo inverídico por meio de contas controladas por robôs. Também prevê mudanças na responsabilização de plataformas por conteúdos criminosos, além de estabelecer prazos para o cumprimento de decisões judiciais. O PL da Regulação das Redes Sociais já foi aprovado pelo Senado, mas não conseguiu avançar na Câmara. Em 2023, Lira chegou a entrar no circuito de articulação. Em maio passado, ao avaliar que não havia votos suficientes para aprovar o texto, ele adiou a análise da proposta no plenário da Casa. De lá para cá, o deputado analisou possíveis fatiamentos, mas o projeto não caminhou. Críticas da bancada evangélica e a pressão das big techs — gigantes do mercado da tecnologia que controlam redes sociais — sobre os parlamentares são vistas como os principais fatores do recuo do texto na Câmara. A interlocutores, no último ano, Arthur Lira chegou a sinalizar que o texto só receberia novo fôlego se houver uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obrigue o Congresso a legislar sobre o tema. Veja nesta reportagem o que diz o PL da Regularização das Redes Sociais (clique no link para seguir ao conteúdo): responsabilização das redes dever de cuidado decisões judiciais punições Moraes, STF, inclui Elon Musk, dono do X, no inquérito das milícias digitais Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Voltar Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Voltar Entenda o PL da Regulação das Redes Sociais Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. 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G1

Mon, 08 Apr 2024 14:39:49 -0000 -


Total de operações desta sexta superou as 178,7 milhões de transações registradas em 6 de março de 2024 – que era o recorde anterior. Transações via PIX bateram recorde em 5 de abril Reprodução/Jornal Hoje O Banco Central informou que as transações via PIX bateram um novo recorde nesta sexta-feira (5): foram 201,6 milhões de operações em um único dia. O total de operações desta sexta superou as 178,7 milhões de transações registradas em 6 de março de 2024 – que era o recorde anterior. O recorde coincidiu com um dia de instabilidade registrada pelos bancos no acesso de clientes à plataforma. O BC, no entanto, disse que o serviço estava funcionando normalmente. "Os números são mais uma demonstração da forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo Banco Central em novembro de 2020", avaliou o Banco Central. O PIX é um sistema de pagamentos em tempo real desenvolvido pelo Banco Central e está em funcionamento desde novembro de 2020. Em 2022, o PIX se tornou principal instrumento do mercado, com 29% das transações, superando o cartão de crédito. Em todo o ano de 2023, as transferências de recursos e os pagamentos feitos por meio do PIX, somaram R$ 17,18 trilhões. O Banco Central prevê lançar uma nova funcionalidade para o PIX em 28 de outubro deste ano: o Pix automático. Essa modalidade do Pix vai permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas. O Pix automático poderá ser usado, por exemplo, para pagar: contas de água e luz escolas e faculdades academias, condomínios parcelamento de empréstimos Mais de 35 milhões de transferências por PIX no valor de um centavo foram realizadas em 2023 Esse tipo de pagamento já pode ser feito através do débito automático, mas na avaliação do Banco Central, o Pix automático terá a capacidade de alcançar mais pessoas. Outra modalidade do Pix, chamada de Pix agendado recorrente, também será obrigatória a partir de outubro de 2024. O Pix agendado poderá ser usado, por exemplo, para: Mesada Doação Aluguel entre pessoas físicas Prestação de serviço por pessoas físicas (como diarista, terapia, educador físico etc)

G1

Mon, 08 Apr 2024 12:15:43 -0000 -


Inteligência artificial atual é considerada 'estreita' ou 'fraca'. Mas princípios para uma nova tecnologia mais avançada ainda não existem. - GETTY IMAGES No último ano, a inteligência artificial deixou de ser apenas uma peça de ficção científica ou uma ferramenta restrita às gigantes de tecnologia e caiu no domínio público. Na verdade, a inteligência artificial já vinha sendo usada no dia a dia das pessoas há anos, mas nem sempre essas tecnologias eram rotuladas com esse nome. As buscas por termos no Google ou assistentes de voz como a Siri são exemplos de inteligência artificial que estão sendo usadas pelo público há anos. Mas o mundo começou a abrir os olhos para a inteligência artificial a partir de 30 de novembro de 2022, com o lançamento do ChatGPT e suas habilidades quase "humanas" de realizar tarefas. O ChatGPT consegue redigir artigos em qualquer formato - como cartas, relatórios ou até mesmo poemas -, responder perguntas complexas ou resumir o conteúdo de determinados textos. Outras ferramentas que usam a mesma tecnologia conseguem gerar imagens ou sons novos a partir de ordens expressas dos usuários. Em um artigo de julho, a revista Nature disse que o ChatGPT conseguiu "quebrar o teste de Turing" - a ideia de uma máquina que consegue interagir com humanos sem que eles percebam que se trata de uma máquina. Por mais impressionante que seja o ChatGPT - e seus concorrentes que chegaram ao mercado desde então, como o Gemini do Google e o Copilot da Microsoft - quem trabalha desenvolvendo inteligência artificial diz que a humanidade está apenas na infância desta tecnologia. Até agora todos esses sistemas que citamos nesta reportagem são exemplos de uma mesma categoria conhecida como inteligência artificial "estreita" ou "fraca". Os computadores conseguem "imitar" o comportamento dos humanos para resolver problemas específicos, como gerar um texto ou analisar grandes volumes de dados. Mas o próximo passo das empresas de tecnologia e cientistas da computação é mais ambicioso. Existe uma corrida para se alcançar o que vem sendo chamado de Inteligência Artificial Geral (IAG) — uma nova geração da tecnologia que virou uma espécie de Santo Graal da indústria. O que é Inteligência Artificial Geral? Inteligência Artificial Geral poderia ajudar a criar diagnósticos e tratamentos personalizados na medicina GETTY IMAGES A Inteligência Artificial Geral ainda é uma teoria -- na prática ela não existe atualmente. A tecnologia existente hoje permite que computadores realizem tarefas específicas: dirijam um carro, joguem jogos complexos ou respondam perguntas elaboradas. A Inteligência Artificial Geral aproxima os computadores ainda mais dos humanos, com uma capacidade de usar o conhecimento de forma mais abstrata. "Nós temos muita dificuldade de falar sobre essa inteligência artificial geral, porque ainda não conseguimos nem definir exatamente o que é inteligência. A inteligência artificial seria comparável à humana, mas as máquinas já superam os humanos em muitas atividades", diz Esther Luna Colombini, professora do Instituto de Computação da Unicamp. "Elas fazem cálculos muito complexos em tempo recorde, mas não por isso necessariamente elas são mais inteligentes. Ao mesmo tempo, elas são muito ruins para fazer coisas que pra gente parecem triviais, como reconhecer a face de uma pessoa, ou ser capaz de pegar um conceito que você aprendeu e levar isso para outro cenário." Essas habilidades mais sofisticadas são justamente o que cientistas da área estão tentando aperfeiçoar. "A IA Geral vai possuir uma capacidade humana de transformar o conhecimento de uma área para a outra", explica Ana Cristina Bichara, professora de computação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). "Isso é uma capacidade humana. Por exemplo, um médico que entenda de uma certa especialidade é capaz de usar esses conhecimentos para resolver outro problema médico." Além disso, a Inteligência Artificial Geral teria outra habilidade tipicamente humana: a de entender o que ela ainda não entende -- e buscar maneiras de se aprofundar nessas lacunas. "Dependendo de como eu enquadro o problema, eu posso achar uma solução ou não. Se eu reenquadrar o problema, eu posso achar soluções inovadoras em que eu não tinha nem pensado." Essa capacidade de abstração de pensamento permitiria que a Inteligência Artificial Geral realizasse tarefas que hoje são impossíveis tanto para humanos como para computadores, como encontrar diagnósticos e planos de tratamento específicos para pacientes a partir da análise de dados médicos. Ou descobrir formas de atacar o problema das mudanças climáticas, também a partir de análises aprofundadas sobre dados já disponíveis hoje. Diante de um problema científico, a atual inteligência "estreita" só é capaz de realizar experimentos e testar hipóteses de acordo com ideias elaboradas por humanos. Caso houvesse a inteligência artificial geral, que se pretende criar, a própria máquina seria capaz de elaborar hipóteses — algo impensável hoje. Como chegar lá? Um dos grandes problemas de se atingir o desejado Santo Graal da Inteligência Artificial Geral é que não existe hoje clareza sobre qual seria o princípio tecnológico que permitiria que uma máquina tivesse um grau de abstração parecido com o dos humanos. A atual tecnologia — a inteligência artificial estreita — é baseada em um modelo matemático de redes neurais, que segue princípios matemáticos. Algumas das teorias que sugeriam que seria possível chegar a essa tecnologia são bem antigas, ainda dos anos 1950. Mas realizar uma tarefa complexa exigia um nível de processamento de dados que as máquinas só começaram a ter recentemente. Por exemplo, digamos que se tente fazer um computador reconhecer dígitos escritos a mão por humanos - de 0 a 9. Essa capacidade é banal para uma pessoa, mas razoavelmente complexa para uma máquina. Inteligência artificial estreita é capaz de reconhecer dígitos escritos por pessoas GETTY IMAGES O processo das redes neurais, que permite que uma máquina faça isso, é separado em diferentes camadas. Na primeira camada (chamada de "input layer"), é colocada uma imagem do dígito escrita à mão. Na última camada (a "output layer"), coloca-se o dígito correto - o número que queremos que o computador produza como resposta. Entre as duas camadas, há diversas camadas ocultas ("hidden layers") que fazem todo o trabalho. Aqui, a imagem é dividida em pequenas partes -- e cada uma dessas partes é descrita em termos matemáticos. Em cada uma das camadas ocultas, essas partes vão sendo estudadas. comparadas com o número final desejado e aprimoradas. Por exemplo, um dígito "1" costuma ser escrito com um rabisco vertical longo. Ao identificar rabiscos assim, o computador vai "aprendendo" que rabiscos verticais longos provavelmente se referem ao número "1". E ele "aprende" as características de todos os números, baseados nessas pequenas partes. Essa tarefa é repetida diversas vezes, e a cada erro, o modelo matemático usado pelo computador vai sendo corrigido, até atingir uma eficiência grande. É esse aprendizado "profundo" que faz com que uma máquina consiga realizar tarefas que parecem humanas. E no caso da Inteligência Artificial Geral? No caso da Inteligência Artificial Geral não existe sequer um princípio teórico bem definido. Cientistas estão testando diferentes ideias que permitiriam que as máquinas emulassem comportamentos humanos bem mais complexos do que apenas a lógica — como criatividade, percepção e aprendizado. Alguns acreditam que seria possível alcançar essa tecnologia desenvolvendo ainda mais as atuais redes neurais artificiais — com maior sofisticação dos modelos e maior capacidade de processamento das máquinas. No exemplo anterior, isso seria alcançado aumentando o número de camadas na rede neural. Carros autônomos são exemplos de inteligência artificial estreita, ou fraca GETTY IMAGES Mas alguns dizem que isso por si só não seria suficiente para se dar um salto tecnológico dessa magnitude no campo da inteligência artificial. Seria preciso, por exemplo, construir modelos e computadores que se assemelham mais com os humanos na forma como percebem o mundo ao seu redor e fazem conexões entre os objetos. As grandes empresas de tecnologia — Google, Meta, Microsoft e Amazon, além de diversas outras startups — estão em uma corrida bilionária para atingir o "Santo Graal" da computação. Por enquanto não existe sequer uma perspectiva de quando a IAG seria criada. Mas há pessoas preocupadas com o potencial destrutivo que ela poderia ter. Ian Hogwarth é diretor de uma fundação recém-criada pelo governo britânico para pesquisar inteligência artificial. Em um artigo publicado no ano passado no jornal Financial Times, ele alertou que a Inteligência Artificial Geral seria uma espécie de “Deus em forma de inteligência artificial” — por conta de seus poderes quase ilimitados. “Recentemente, a competição entre algumas empresas para criar uma IA semelhante a Deus se acelerou muito. Elas ainda não sabem como perseguir esse objetivo com segurança e não estão sendo supervisionadas. Elas estão correndo em direção à linha de chegada sem entender o que pode estar do outro lado.” A preocupação é que sistemas de inteligência artificial como esses poderiam causar danos grandes à humanidade, seja por serem totalmente imprevisíveis ou por poderem ser desenvolvidos por agentes com más intenções. Preocupações semelhantes estão por trás de um pedido feito no ano passado por diversas personalidades do mundo da tecnologia, como Elon Musk e Steve Wozniak, para que pesquisas sobre IA sejam interrompidas por seis meses. A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, ressalta na página sobre seu projeto de Inteligência Artificial Geral os perigos que existem na tecnologia. "A IAG também apresentaria sérios riscos de uso indevido, acidentes drásticos e perturbações sociais. Dado que a vantagem da IAG é tão grande, não acreditamos que seja possível ou desejável que a sociedade interrompa o seu desenvolvimento para sempre; em vez disso, a sociedade e os desenvolvedores precisam descobrir como fazer do jeito certo."

G1

Sun, 07 Apr 2024 15:17:15 -0000 -


Anúncio ocorre semanas após a fabricante do iPhone ser multada em 1,84 bilhão de euros pela UE por prejudicar a competição de suas rivais, no segmento musical, por meio de restrições impostas na App Store. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue A Apple anunciou na sexta-feira (5) medidas para facilitar que aplicativos de streaming de música presentes na App Store em países da União Europeia informem seus usuários sobre outras formas de comprar serviços digitais, cumprindo assim uma regra do bloco europeu. O anúncio ocorre semanas após a fabricante do iPhone ser multada em 1,84 bilhão de euros pela UE por prejudicar a competição de suas rivais no segmento musical por meio de restrições impostas na App Store. A Comissão Europeia afirmou em março que as restrições configuravam condições comerciais injustas e que a empresa deveria parar com tal conduta. Após uma reclamação, em 2019, protocolada pelo serviço de streaming sueco Spotify, a Comissão acusou a Apple no ano passado de impedir a empresa e outros aplicativos de informarem usuários sobre formas de pagamento fora da App Store. Ainda na sexta, a Apple anunciou que vai permitir que desenvolvedores de aplicativos de música convidem os usuários a fornecerem seu endereço de email para receberem um link que os redireciona para o site da empresa, a fim de efetuarem lá a aquisição de conteúdos e serviços musicais, e informá-los sobre onde e como comprar itens, bem como o preço. A empresa disse que o anúncio traz "ainda mais" flexibilidade aos aplicativos de música, incluindo o Spotify, que possui 56% do mercado europeu. O Spotify não respondeu imediatamente a um pedido para comentar o caso. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

G1

Sun, 07 Apr 2024 13:46:21 -0000 -


Com desafio de encontrar mão de obra qualificada, profissões seguem em alta em 2024 porque empresas valorizam cada vez mais o uso de dados na tomada de decisões. O g1 conversou com pessoas envolvidas nessas áreas para entender como está o mercado de trabalho. Cientista e engenheiro de dados estão em alta e têm salário que pode passar de R$ 20 mil; veja como entrar Arquivo pessoal No universo da tecnologia da informação (TI), as áreas de cientista e engenheiro de dados são as atuais queridinhas do momento. Elas oferecem salários realmente atrativos, mas encontram barreiras para procurar profissionais. ➡️ Eis a explicação: elas são relativamente novas e fazem parte do boom da IA generativa. As empresas estão atrás de quem realmente domina o assunto, mas são poucos aqueles que estão preparados. Quem já conseguiu se qualificar, passa a ficar mais exigente em relação às vagas. Esses profissionais muitas vezes são atraídos por companhias estrangeiras, que pagam em euro ou dólar, permitindo até que a pessoa trabalhe do Brasil. Esse tipo de oferta mais atraente faz com que o mercado interno tenha dificuldades para reter os talentos. "Quando vira sênior, você não quer mais trabalhar para companhias brasileiras porque dá para ganhar muito mais recebendo em dólar, e trabalhando do Brasil. Eu já recebi uma proposta para receber US$ 7 mil por mês de uma empresa gringa", conta a engenheira de dados Gabrielle Azevedo, de 27 anos. Outra profissão relacionada é a de analista de dados. Ela não tem tanta valorização como as outras duas nem remuneração tão alta, mas a possibilidade de crescimento profissional existe (entenda abaixo). "Dados são gerados e consumidos o tempo todo e qualquer área pode se beneficiar deles. Isso explica o porquê de estes setores estarem em alta", diz Bruna Zamith, cientista de dados da Amazon Brasil. "Hoje em dia, não tem como você fazer inteligência artificial sem ter dados. O engenheiro vai dar suporte, mas o cientista vai ter a habilidade de criar os modelos generativos, por exemplo", diz Suelane Garcia Fontes, coordenadora técnica do centro de ciência de dados do Insper. O g1 conversou com três profissionais que têm a mesma idade (27 anos), mas que estão em trajetórias e momentos de carreira diferentes. Eles falam sobre suas experiências, desafios e como está o mercado de engenharia, ciência e análise de dados. O g1 também ouviu professores e uma cientista de dados da Amazon Brasil, que falam mais sobre o mercado e dão dicas para quem tem interesse em investir nessas carreiras. Nesta reportagem, você saberá: O que fazem esses profissionais? E como está o salário? Onde posso trabalhar com dados? Preciso de formação profissional? Cursos gratuitos e comunidades de dados O que dizem os profissionais 🧑‍🔬 O que fazem esses profissionais? ➡️ Um engenheiro de dados é responsável por projetar, construir e gerenciar a infraestrutura de dados de uma organização. Esse profissional garante que os dados sejam disponíveis, confiáveis e prontos para serem utilizados pelos demais times da empresa. ➡️ O cientista de dados faz a análise dos dados obtidos pelo engenheiro e descobre coisas a partir deles. Com essas informações em mãos, ele vai trazer destaques e soluções. A estatística está muito presente no dia a dia dele. Além disso, vale observar que o cientista trabalha mais próximo de inteligência artificial generativa, um tipo de IA capaz de criar novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. ➡️ Já o analista vai usar os dados para preparar gráficos e gerar relatórios que ilustrem uma situação. Em outras palavras, ele traduz e transforma os dados em informações que apoiam a tomada de decisões de negócios pelo cientista, por exemplo. ⚠️ Ainda existem outros profissionais com funções relacionadas a essas acima, como engenheiros de analytics, engenheiros de plataforma de dados, engenheiros de machine learning, especialistas em DataOps e por aí vai, explica Artemísia Weyl, professora de programação e de engenheira de dados. >>>Volte ao topo<<< Leia também: Quem é Elon Musk, bilionário que entrou na mira de Alexandre de Moraes 🤑 E como está o salário? Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que a média salarial em 2024 do cientista de dados está em R$ 7.801, enquanto a do engenheiro fica em R$ 6.927. Quando olhamos para o analista, a média fica em R$ 3.094, segundo o Vagas.com. Tanto o levantamento da Catho como o da Vagas.com foram feitos nos primeiros meses deste ano. Fabio Maeda, diretor da unidade de candidatos da Catho, diz que houve aumento na média salarial de profissionais na área de dados entre 2023 e 2024. "Os cientistas e os engenheiros tiveram incremento salarial de 3% e 7%, respectivamente. Isso indica que as empresas estão investindo mais em estruturação, análise e engenharia de dados". Para a consultoria Robert Half, os números podem ser ainda maiores no caso do cientista de dados. O estudo divulgado no fim de 2023 mostrou que um iniciante, que ainda está se desenvolvendo, pode receber em média R$ 14.400. Um profissional intermediário pode tirar R$ 18.700 ao mês, enquanto os líderes têm uma remuneração de R$ 24.100. "Depois da pandemia, quando houve uma série de demissões, as empresas não queriam mais pagar aqueles salários altos. Só que depois elas voltaram a contratar, mas com salários menores. Ainda assim, a remuneração para essas áreas está acima da média em relação a outras profissões", analisa Isabela Marinho Rangel, fundadora da comunidade Data & Analytics Fórum. Note que a pessoa que faz análise de dado tem média salarial menor em relação ao cientista e ao engenheiro. Segundo o profissional Raphael Pavan, isso acontece porque esse cargo é um pouco mais antigo, ao contrário do cientista e do engenheiro, que são novos (entenda mais abaixo). >>>Volte ao topo<<< 🏢 Onde posso trabalhar com dados? Ainda segundo a Robert Half, os setores que vão liderar as contratações de profissionais de dados este ano são bancos, indústrias, seguradoras, empresas de educação e de saúde. Isso também quer dizer que não existem limitações para estas três profissões. É possível encontrar oportunidades em empresas de varejo, alimentos, bebidas, comunicação, saúde, no setor do agronegócio, dentre outros. Apesar disso, Bruna Zamith, da Amazon Brasil, faz um alerta sobre a falta de diversidade nessas áreas. "De alguma forma, os dados deveriam refletir a realidade. Só que, para que eles reflitam a realidade, é preciso diversidade de informações e tem que evitar vieses", diz. "E, para que isso aconteça, a gente precisa de pessoas diversas trabalhando com dados, o que ainda é inexistente na área", completa. >>>Volte ao topo<<< 🎓 Preciso de formação profissional? Assim como em outras áreas da tecnologia da informação, especialistas dizem que a graduação nem sempre é o único caminho para trabalhar como analista, engenheiro ou cientista de dados. Um primeiro contato com cursos disponíveis na internet já é algo vantajoso e o estudo constante se torna essencial, porque tecnologia muda o tempo todo. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, os cursos superiores podem ajudar a pessoa a ter uma base mais sólida. "Caso a pessoa não tenha graduação e queira atuar na área, ela precisa entrar em uma faculdade de estatística, ciência da computação ou atualmente no curso tecnólogo de ciência de dados, por exemplo", diz a professora especializada em dados Artemísia Weyl. Engenharia de computação, análise e desenvolvimento de sistemas, banco de dados, física ou matemática (estas últimas exigem complemento em TI, posteriormente) são outras graduações que podem ajudar. >>>Volte ao topo<<< 🫧 Cursos gratuitos e comunidades de dados Edumi: trata-se de uma organização da sociedade civil (OSC) que tem como objetivo capacitar jovens de baixa renda para o mercado de tecnologia, com foco na área de dados. Oferece conteúdos, exercícios e mentorias para os novatos. PyLadies: comunidade dedicada para mulheres que têm interesse em trabalhar com tecnologia e linguagem Python. Realiza encontros on-line e presencial sobre o tema. Data Girls: comunidade que busca promover o aprendizado, networking e colaboração para mulheres na ciência de dados e na inteligência artificial. Possui grupos de discussões no Telegram e no Discord. Programa de aprendizado do Data Analyst: pensado para quem pensa em atuar como analista de dados, esse curso gratuito do Google Cloud abordando temas como big data, machine learning, SQL, entre outros. Programa de aprendizado do Data Engineer: outro curso gratuito do Google Cloud para quem tem interesse em engenharia de dados. Aborda processamento de dados, criação de pipelines, fundamentos de big data e mais. Açaí com Dados: comunidade com grupo no WhatsApp para troca de ideias sobre o universo de dados e promover a profissão na região Norte do país. >>>Volte ao topo<<< O que dizem os profissionais Gabrielle Arquivo pessoal A brasiliense Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados no iFood. Ela é responsável pela engenharia de plataformas, gerenciando a infraestrutura de ferramentas de visualização de dados da companhia. Lá, ela começou como analista de dados, mas logo mudou para engenharia por recomendação de um chefe. "Ele falou que engenharia seria mais interessante para mim, e que eu tinha feito um bom trabalho até aqui, me estimulando a migrar", conta. A jovem é formada em engenharia de produção pela Universidade de Brasília (UnB), teve seu primeiro contato com dados em 2018, quando era estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Um ano depois, ela começou a estagiar no Google, em São Paulo, onde atuava analisando dados dentro do setor de marketing, entre outras tarefas relacionadas. Gabriele Arquivo pessoal Atualmente, Gabrielle recebe cerca de R$ 11 mil com carteira assinada (CLT) e reconhece que o salário nesse setor é realmente alto. No entanto, ela faz alguns alertas necessários para quem pensa em investir nessa profissão. "Eu acho que o mais difícil é você conseguir entrar na área. Você precisa iniciar já sabendo de muita coisa, como construção de banco de dados, SQL, nuvem (cloud), versionamento de código e mais. É preciso ter uma certa experiência. A curva de aprendizado também é bem maior do que as outras áreas da TI", conta. "Eu gosto muito do que eu faço e da empresa onde trabalho, mas só no ano passado eu consegui parar em falar sobre demissão. A engenharia de dados cobra muito da gente", diz Gabrielle. "Parei de pensar em me demitir ao perceber que o mercado desacelerou, pagando menos em outros cargos. E a minha área está em alta e é muito difícil de entrar nela, ou seja, seria perder uma chance muito grande. Então, só pensei que valeria a pena continuar tentando porque a empresa é ótima, meu time, também", completa. Gustavo Arquivo pessoal O paraense Gustavo Ramos, de 27 anos, é um cientista de dados, uma das profissões que mais está no auge no universo dos dados. Ele trabalha como freelancer e sonha em conseguir uma oportunidade fixa com contrato CLT. Gustavo é formado em matemática e chegou a dar aulas em uma escola. O domínio com números e estatísticas contribuiu para o aprendizado e migração para a ciência de dados. Ele ainda passou a estudar a linguagem de programação Python e fez um curso técnico de ciência de dados. Como freelancer, quando há demanda, ele consegue tirar entre R$ 2.000 a R$ 2.200 por mês. O primeiro "job" com isso foi conquistado em 2023 para uma empresa de varejo, onde ele conseguiu tirar R$ 1.200. "Aqui na minha região, mesmo, não se encontra tanto emprego em dados. Por isso, eu tento procurar oportunidades remotas", conta Gustavo, que reside na cidade de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Assim como na engenharia de dados, as empresas têm dado preferência para profissionais mais experientes, revela Gustavo. "Para iniciantes, que é o meu caso, é um pouco mais complicado de encontrar vagas". Raphael Pavan Arquivo pessoal O analista de dados Raphael Pavan, de 27 anos, vive em Campinas, no interior de São Paulo, e, hoje, trabalha para o banco Agibank. Ele conta que, embora seja apaixonado pela profissão, reconhece que ela não é tão queridinha como as demais, quando se olha para a remuneração. "A nossa profissão existe há mais tempo em relação ao engenheiro e ao cientista. Então, a galera que já manjava um pouco dados conseguia assumir o papel do analista, mas de modos bem diferentes, de forma simplificada", explica. Segundo Suelane, professora do Insper, o analista não faz modelagem e predições como o cientista, por exemplo. "O analista é um princípio e, de fato, é uma profissão mais comum porque ela já existia", confirma. "Apesar disso, o analista consegue ter um bom salário e tem bastante oportunidade no mercado. As possibilidades de crescimento contam muito a favor, também. Consequentemente, o salário vai aumentando", diz Raphael. Raphael é formado em ciência da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalha com dados desde 2018, sempre como analista, incluindo estágios. Passou por várias instituições financeiras, por empresas de educação e startups. Inicialmente, o seu objetivo não era trabalhar como analista de dados, já que buscou por vagas em ciência da computação. Por fim, ele acabou entrando no universo do analista, quando foi chamado para estagiar em uma empresa brasileira do setor financeiro, a Elo. "Eu me apaixonei de cara. Como estagiário, mesmo, eu já pude entregar bastante coisa legal. Ali, eu já assumia responsabilidades do analista", conta. Hoje, mais experiente, ele diz que esse profissional precisa conhecer bem o negócio em que ele atua. Por exemplo, se você trabalha para um banco, é importante estudar sobre mercado financeiro. Se for atuar para uma empresa de app de delivery, é importante analisar o comportamento do cliente na hora de pedir comida. Raphael também reforça que a pessoa que deseja entrar nessa área precisa saber se comunicar. O analista é quem vai chegar nas reuniões e fazer apresentações em público — traduzir o que os dados dizem. "E, claro, não importa se você quer ser analista, engenheiro ou cientista, você tem que saber SQL e linguagem Python, porque são fundamentais para trabalhar com dados. Eu acho que, em breve, Python vai ser o novo 'inglês fluente obrigatório' na nossa área", finaliza Pavan. >>>Volte ao topo<<< Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor  Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor 5 dicas para começar na carreira de TI 5 dicas para começar na carreira de TI

G1

Sun, 07 Apr 2024 11:57:45 -0000 -


Corte atinge trabalhadores que estavam envolvidos no projeto Apple Car, que seria o primeiro carro da big tech, segundo um site especializado. Empresa disse que não vai comentar. Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015 REUTERS/Mike Segar A Apple está demitindo mais de 700 funcionários na Califórnia (EUA), segundo um documento do Departamento de Desenvolvimento de Emprego do estado obtido pelo site de tecnologia 9to5Mac. Só em Cupertino, onde está a sede da big tech, serão mais de 600 demitidos. Também houve corte em outras cidades da Califórnia onde a companhia tem escritório, como em Santa Clara e San Diego — nesta última, serão 120 pessoas demitidas. O g1 procurou a Apple para obter mais detalhes, mas a empresa disse que "não comentará no momento". Os funcionários foram informados sobre o desligamento no dia 28 de março e alguns deles já não poderão mais entrar nos escritórios da Apple a partir de 27 de maio, de acordo com o portal CNBC. Segundo o 9to5Mac, os cortes afetam pessoas que atuavam no projeto Apple Car, que poderia ser o primeiro carro feito pela empresa de Tim Cook. Rumores recentes de sites especializados afirmam que a Apple desistiu da ideia de ter um automóvel em seu portfólio. Entre os demitidos, também estão pessoas que poderiam atuar no desenvolvimento de telas Micro-LED. Os sites especializados afirmam que a companhia planejava produzir seus próprios displays Micro-LED para o Apple Watch, seu relógio inteligente. Hoje, a Apple terceiriza a fabricação de seus produtos. A taiwanesa Foxconn é uma da companhias que fabrica os iPhones para a big tech. LEIA TAMBÉM: Por que Taiwan é tão importante no mercado de chips e como uma interrupção na produção poderia afetar o mundo Como descobrir a senha do seu Wi-Fi no Windows e no Mac? Elon Musk, Zuckerberg, Jeff Bezos: as pessoas mais ricas da tecnologia em 2024, segundo a Forbes Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Samsung lança Galaxy S24 em três versões Samsung lança Galaxy S24 em três versões

G1

Fri, 05 Apr 2024 14:54:09 -0000 -


Elgin, LEDVance, Steck e TP-Link iluminam bem com luz branca, mas o brilho deixa a desejar quando começam a trocar de cores. Guia de compras: teste com lâmpadas conectadas Vitor Souza Pereira/g1 Lâmpadas inteligentes simplificam a iluminação de casa e são um primeiro passo para ter um lar automatizado. 💡 Elas podem ser programadas para acender em horários específicos, deixam a tonalidade da luz mais clara ou colorida e tornam os ambientes mais aconchegantes à noite. Até dançam conforme a música, literalmente. E, se quiser, dá para comandar as luzes usando a voz. O Guia de Compras testou 5 lâmpadas com conectividade wi-fi. Os modelos estão mais baratos, mais fáceis de configurar e oferecem mais funcionalidades que os analisados no início de 2022. As lâmpadas testadas foram: Elgin SmartColor 10W Elgin SmartColor 30W LEDVance Smart+ Steck Lâmpada LED RGBW Wi-Fi 12W TP-Link Tapo L530E As lâmpadas custavam entre R$ 50 e R$ 130 nas lojas on-line consultadas no início de abril. Em 2022, o preço começava em R$ 70. O que os produtos da avaliação têm em comum: Soquete padrão E27, igual ao das lâmpadas LED convencionais São capazes de mostrar 16 milhões de cores Controle por app no celular (Android ou iOS) ou assistente de voz (Alexa/Google) São bivolt Quatro das lâmpadas testadas têm potência entre 8,7W e 12W, as mais comuns encontradas nas lojas on-line. A exceção no comparativo é a Elgin SmartColor 30W, a única que o Guia de Compras encontrou com a potência de 30W. Demais lâmpadas de 30W estavam disponíveis apenas na cor branca, sem opções de conectividade wi-fi nem opção colorida. OUTROS GUIAS: SEM COLOCAR NO ARROZ: o que fazer se o celular cair na água? IPHONE ANTIGO: saiba até qual versão ainda vale a pena comprar PRIVACIDADE: o que usar para destruir dados de etiquetas e embalagens TODOS OS GUIAS DE COMPRAS Vale ressaltar que lâmpadas conectadas precisam ser encaixadas em dispositivos como luminárias e abajures, não no teto de uma sala em um grande candelabro. O motivo é simples: o interruptor precisa ficar ligado o tempo inteiro – mesmo apagada, a lâmpada segue conectada para saber se vai acender ou precisa cumprir alguma programação de cena. Se a lâmpada for ligada direto em um spot no teto, existe a chance de esbarrar no interruptor e cortar a energia por acidente. Veja a seguir o que cada lâmpada consegue oferecer e leia a conclusão ao final da reportagem. Elgin SmartColor 10W A Elgin SmartColor 10W é uma lâmpada de configuração rápida, com ótimo desempenho na luz branca (fria ou quente). Como ocorre na grande parte desses dispositivos, a iluminação colorida não é tão brilhante. O modelo é o mais barato da avaliação, sendo vendido na faixa dos R$ 50 nas lojas on-line consultadas em abril. A garantia é de 1 ano. Outros dois modelos da avaliação são bastante similares à Elgin SmartColor 10W – a LEDVance Smart+ e a TP-Link Tapo L530E. São lâmpadas com potência na faixa entre 8 e 10W (equivalentes a 60W em uma luz LED tradicional) e com quantidade de lúmens (número que indica quanto brilha uma lâmpada) similar, na faixa dos 800 lúmens para os três modelos. Isso significa que são bem claras com a luz branca, mas a iluminação colorida é mais fraquinha, como dá para ver abaixo na comparação com as demais lâmpadas. Veja abaixo os cinco modelos comparados, com brilho no máximo: De cima para baixo: Elgin 10W, Elgin 30W, LEDVance, Steck e TP-Link Henrique Martin/g1 A lâmpada pode ser instalada em luminária ou spot e requer o uso de um app da fabricante, chamado Elgin Smart, que vai guiar no processo de conectar a lâmpada à rede wi-fi da casa. É preciso fazer um cadastro de conta por e-mail e criar uma senha no aplicativo. O app é bastante similar ao utilizado pela Steck em sua lâmpada conectada – as duas empresas usam uma plataforma chamada Tuya, que pode ser personalizada de acordo com cada fabricante. App da Elgin para controle de lâmpada conectada Reprodução Pelo Elgin Smart, é possível programar a iluminação, como acender a lâmpada antes do pôr do sol, ajustar cenas como trabalhar, ler ou deixar luz suave e sincronizar as cores com a música que está sendo reproduzida no ambiente. Esse recurso musical utiliza o microfone do celular que está com o app instalado e é mais indicado para uso em festas. A luz muda mesmo – e rápido – de acordo com as batidas da canção em reprodução. O app também serve para conectar a lâmpada da Elgin a assistentes digitais, como Alexa ou Google Assistente. Desse modo, usando o aplicativo do smartphone ou um alto-falante conectado, é possível acionar a lâmpada com a voz. Também dá para comandar outros itens de casa inteligente da mesma marca, como câmeras, por exemplo. Elgin SmartColor 30W A Elgin SmartColor 30W é a maior, mais cara e mais potente lâmpada da avaliação. O modelo custava R$ 130 nas lojas da internet pesquisadas em abril e a garantia é de 1 ano. Quando colocada ao lado da sua “irmã" Elgin SmartColor 10W, dá para entender os motivos de ser a mais cara e maior em tamanho. Apesar do bocal compatível com o padrão E27 (de rosquear), essa lâmpada é muito grande – e não cabe em qualquer luminária. Lâmpada da Elgin de 30W ao lado da de 10W Henrique Martin/g1 A fabricante indica que esse modelo de 30W é feito para uso em ambientes com bastante espaço: garagens, varandas e salões de festas. A Elgin, porém, ressalta que essa lâmpada não deve ser utilizada em áreas de churrasqueiras, por conta do calor. Vale notar que a Elgin SmartColor 30W é o único modelo que o Guia de Compras encontrou com essa potência (e cores) nas lojas on-line. Demais lâmpadas de 30W estão disponíveis apenas na cor branca, sem outras cores ou conectividade wi-fi. A luz branca é bastante forte e preenche todo o ambiente com muito brilho tanto no modo branco como o colorido, por conta dos 30W de potência. Isso é equivalente a uma lâmpada convencional de 150W. Em lúmens, são 2.600 – mais que o triplo de algumas das concorrentes na avaliação (Elgin, LEDVance e TP-Link). A configuração é feita pelo mesmo app Elgin Smart, usado pela lâmpada SmartColor 10W. Dá para programar horários, definir perfis de iluminação e sincronizar a luz com música. Durante os testes feitos em um spot convencional, foi o único modelo que esquentou bastante durante o uso, sendo necessário esperar esfriar para poder trocar. A recomendação da fabricante de requerer bastante espaço se mostrou bastante válida. LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W A LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W é uma lâmpada conectada de configuração rápida e simples, vendida na faixa dos R$ 70 nas lojas on-line consultadas em abril. A garantia da fabricante é de 2 anos. É o único modelo da avaliação compatível com o padrão Matter para casa conectada. O Matter é uma espécie de "tradutor universal" para a casa conectada, fazendo com que aparelhos de vários fabricantes – como lâmpadas, câmeras de segurança, aspiradores-robô, fechaduras, entre outros – falem a mesma "língua", usando um só aplicativo, independentemente da marca. Mas o Matter ainda é muito recente e depende da adoção no mundo real – marcas como Apple, Samsung, Amazon e Google já se comprometeram a lançar produtos compatíveis com o padrão. Na iluminação, a LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W é bastante parecida com o modelo de 10W da Elgin e o de 8,7W da TP-Link: ótimo brilho na cor branca – ajustável entre tons frios e quentes –, mas mais reduzido nos tons coloridos. Na hora da instalação, o aplicativo pediu um cadastro rápido com envio de código de segurança por e-mail, a senha da rede wi-fi e encontrou rápido o dispositivo. Os controles pelo app são mais refinados na comparação com os da Elgin e da Steck. Dá para definir por tom – vermelho ou azul, por exemplo – ao clicar na cor, definindo o nível de saturação e de brilho. App da LEDVance para controle da lâmpada – com padrão Matter Reprodução O aplicativo também tem ajustes de modos de uso (trabalho, leitura, entre outros), permite programação de horários e controle da luz por música, assim como os comandos por voz (com Alexa ou Google Assistente). Steck RGBW Wi-Fi 12W Entre as lâmpadas da avaliação, a Steck Lâmpada LED RGBW Wi-Fi 12W é uma das mais poderosas – tem 12W de potência, perdendo nesse quesito apenas para a Elgin SmartColor 30W. A lâmpada custava R$ 70 nas lojas on-line pesquisadas no início de abril. A garantia da fabricante é de 1 ano. A potência maior do modelo da Steck reflete em uma luz mais forte e brilhante, tanto no modo branco como colorido. Os 12W do LED são equivalentes a uma lâmpada convencional de 75W. Dá para ver na imagem abaixo – tirada no escuro, apenas com a lâmpada do teste acesa e na mesma configuração da câmera para todos os modelos – que a Steck permite ver a cor da parede atrás no modo branco, algo mais escondido nas concorrentes. Steck RGBW Wi-Fi 12W Henrique Martin/g1 O aplicativo – chamado apenas Steck – é “gêmeo" do utilizado pela Elgin, apenas com cores diferentes. No teste de 2022, isso foi visto em outras marcas de lâmpadas conectadas, como Geonav, Positivo e Intelbras, que usam uma plataforma chamada Tuya – que é adaptada de acordo com o fabricante, compartilhando os recursos. App da Steck: igual ao da Elgin Reprodução Os recursos de Elgin e Steck são os mesmos, com as mesmas telas para comandar vários aparelhos conectados da marca, ajustar os temas e programações de iluminação, configurar assistentes digitais e até sincronizar a luz com música. Só muda o nome mesmo. TP-Link Tapo L530E 8W A TP-Link Tapo L530E é a lâmpada conectada de menor potência da avaliação – 8,7W – mas com os mesmos 806 lúmens (número que indica quanto brilha uma lâmpada) do modelo da LEDVance, de 10W. O dispositivo custava na faixa dos R$ 70 nas lojas on-line consultadas em abril, com garantia de 2 anos da fabricante. A iluminação fornecida pela TP-Link Tapo é similar à encontrada na Elgin SmartColor 10W e na LEDVance Smart+. As luzes na cor branca (com tons quentes ou frios) iluminam bastante, mas as coloridas deixam um pouco a desejar – algo comum a quase todos os modelos da avaliação. O aplicativo da TP-Link, porém, tem algumas diferenças em comparação com os demais apps. A configuração padrão – com e-mail, código de acesso e senha – é similar aos outros, mas o aplicativo Tapo permite um controle mais refinado da iluminação, como ocorre com o app da LEDVance. Dá para escolher a cor direto em uma lista, sem precisar ficar navegando por uma roda de cores (como na Elgin e Steck). O aplicativo para celular Tapo também é o único entre os avaliados com informações sobre consumo de energia das lâmpadas, o que ajuda a entender melhor – e talvez dar uma ideia – do quanto será gasto por dia, semana e mês. Tapo: com informações sobre consumo de energia Reprodução Pelo Tapo, é possível ainda configurar modos de uso predefinidos, , programar os temporizadores de iluminação e até mesmo definir se a lâmpada deve acender aos poucos, com brilho progressivo, em vez de acender com o brilho total de uma só vez. 💡Conclusão CUSTO-BENEFÍCIO: Entre as cinco lâmpadas testadas, dois modelos apresentam a melhor relação custo e benefício. A Elgin SmartColor 10W, tem um brilho forte no branco, não muito no colorido, mas é a mais barata da avaliação – na faixa de R$ 50 ou menos. O modelo da Steck também merece destaque por ter a lâmpada de tamanho convencional (tirando a Elgin SmartColor 30W) com o brilho mais forte e que deixa um ambiente colorido ou branco bem iluminado, sem passar a sensação de que fica muito escuro no local. PARA MAIOR BRILHO: a Elgin SmartColor 30W é, sem dúvida, a lâmpada mais brilhante do teste. Mas é preciso levar em consideração o preço (em torno dos R$ 130) e que ela é um produto grande, que não cabe em qualquer luminária e requer bastante espaço para instalação. O QUE MUDOU DE 2022 PARA CÁ: Dá para dizer que as lâmpadas conectadas estão mais fáceis de configurar – os apps apresentam menos erros no geral e encontram os dispositivos bem mais rápido. Apesar de grande parte das lâmpadas de 2022 também estar na faixa dos 800 lúmens, a impressão é que as lâmpadas de 2024 estão mais brilhantes no modo colorido. E recursos como sincronização da luz com música não existiam na primeira avaliação. COMO FORAM FEITOS OS TESTES: As lâmpadas foram usadas algumas horas por dia em março, sendo avaliadas as funções de acender e apagar em horários programados, ajustar modos de iluminação (como trabalho, lazer, leitura, foco, por exemplo) e uso de outras funcionalidades, como a sincronia com música ambiente. As lâmpadas foram escolhidas baseadas em outras marcas populares nas lojas on-line que não tinham sido testadas na avaliação anterior. Apenas a Ekaza não enviou um modelo. Os produtos foram enviados por empréstimo e serão devolvidos. ATENÇÃO COM O WI-FI: todas as lâmpadas do teste requerem um roteador compatível com redes 2,4GHz, que fornecem maior estabilidade de sinal pela casa. As fabricantes indicam que alguns equipamentos fornecidos por operadoras de telefonia, como modems com Wi-Fi, podem não funcionar com as lâmpadas. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Saiba o que fazer se o celular cair na água

G1

Fri, 05 Apr 2024 10:00:32 -0000 -


Em entrevista à BBC, jovem inglesa conta como descobriu que o responsável por usar sua imagem era um de seus melhores amigos. 'Fui colocada em deepfake pornô pelo meu melhor amigo' GETTY IMAGES via BBC “Jodie” encontrou fotos suas usadas em pornografia deepfake na internet — e, na sequência, descobriu algo ainda mais chocante. Em entrevista ao programa de rádio File on 4, da BBC, ela contou sobre o momento em que percebeu que o responsável era um de seus melhores amigos. AVISO: contém linguagem ofensiva e descrições de violência sexual. Na primavera de 2021, Jodie (nome fictício) recebeu um link para um site de pornografia de uma conta de e-mail anônima. Ao clicar, ela se deparou com imagens explícitas e um vídeo do que parecia ser ela fazendo sexo com vários homens. O rosto de Jodie havia sido adicionado digitalmente ao corpo de outra mulher — o que é conhecido como “deepfake”. Alguém havia postado fotos do rosto de Jodie em um site de pornografia, dizendo que ela o deixava “muito excitado” — e perguntando se outros usuários do site poderiam fazer "pornografia fake" com ela. Em troca dos deepfakes, o usuário se oferecia a compartilhar mais fotos de Jodie e detalhes sobre ela. Falando pela primeira vez sobre a experiência, Jodie, que está agora com 20 e poucos anos, relembra: “Eu gritava, chorava, mexia violentamente no meu telefone para entender o que estava lendo e o que estava vendo." “Sabia que aquilo poderia realmente arruinar minha vida”, acrescenta. Jodie se forçou a navegar pelo site pornô, e conta que sentiu seu “mundo inteiro desmoronar”. Ela havia se deparado com uma imagem específica — e percebido algo terrível. Uma série de acontecimentos desconcertantes Não era a primeira vez que Jodie havia sido alvo. Na verdade, era o ápice de anos de abusos anônimos online. Quando Jodie era adolescente, ela descobriu que seu nome e fotos estavam sendo usados ​​em aplicativos de relacionamento sem o seu consentimento. Isso durou anos, e ela chegou a receber uma mensagem no Facebook de um estranho, em 2019, que disse que iria encontrá-la na estação de Liverpool Street, em Londres, para um encontro. Ela contou ao desconhecido que não era com ela que ele vinha falando. E lembra que ficou “nervosa”, porque ele sabia tudo sobre ela, e havia conseguido encontrá-la online. Ele foi atrás dela no Facebook depois que a “Jodie” do aplicativo de relacionamento havia parado de responder. Em maio de 2020, durante o lockdown imposto pela pandemia de covid-19 no Reino Unido, Jodie também foi alertada por um amigo sobre uma série de contas no Twitter que estavam postando fotos dela, com legendas sugerindo que ela era uma profissional do sexo. "O que você gostaria de fazer com a pequena adolescente Jodie?", dizia uma legenda ao lado de uma imagem de Jodie de biquíni, que havia sido retirada de sua conta privada nas redes sociais. As contas do Twitter responsáveis pela postagem destas imagens tinham nomes como “expositor de vagabunda” e “chefe pervertido”. Todas as imagens que estavam sendo usadas, Jodie havia compartilhado em suas redes sociais com amigos próximos e familiares — com mais ninguém. Ela descobriu depois que estas contas também postavam imagens de outras mulheres que ela conhecia da universidade, assim como de sua cidade natal, Cambridge. “Naquele momento, tive uma sensação muito forte de que estava no centro daquilo, e que aquela pessoa estava tentando me machucar”, afirma. Leia também: O que fazer se o celular cair na água? Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular OpenAI, dona do ChatGPT, revela nova ferramenta de clonagem de voz Contra-ataque Jodie começou a entrar em contato com as outras mulheres nas fotos para avisá-las, incluindo uma amiga próxima que vamos chamar de Daisy. “Eu simplesmente me senti mal”, conta Daisy. Juntas, as amigas descobriram muitas outras contas no Twitter postando fotos delas. “Quanto mais a gente procurava, pior ficava”, diz Daisy. Ela enviou mensagens aos usuários do Twitter, perguntando onde eles haviam conseguido as fotos. A resposta foi que as fotos eram “envios” de remetentes anônimos que queriam que fossem compartilhadas. “É um ex-namorado ou alguém que se sente atraído por você”, respondeu um usuário. Daisy e Jodie elaboraram uma lista de todos os homens que seguiam ambas nas redes sociais — e que poderiam acessar os dois álbuns de fotos. As amigas concluíram que devia ser o ex-namorado de Jodie. Ela o confrontou, e o bloqueou. Por alguns meses, as postagens pararam — até que alguém entrou em contado por um e-mail anônimo. “Desculpe permanecer anônimo”, dizia o e-mail, “mas vi que esse cara estava postando fotos suas em subreddits (comunidades da plataforma Reddit) medonhos. Sei que isso deve ser muito assustador". Jodie clicou no link e foi direcionada à rede social Reddit, onde um usuário havia postado fotos de Jodie e de duas amigas dela, numerando-as: 1, 2 e 3. Outras pessoas online foram convidadas a participar de um jogo — com qual destas mulheres você faria sexo, se casaria ou mataria. Abaixo da postagem, 55 pessoas já haviam comentado. As fotos utilizadas no site eram recentes, e haviam sido postadas depois que Jodie bloqueou o ex-namorado. As amigas perceberam então que haviam culpado a pessoa errada. Seis semanas depois, a mesma pessoa anônima entrou em contato novamente por e-mail – desta vez, para alertar sobre os deepfakes. 'A traição máxima' Ao elaborar a lista, Jodie e Daisy descartaram alguns homens em quem confiavam completamente, como membros da família — e o melhor amigo de Jodie, Alex Woolf. Jodie e Alex estabeleceram um forte laço de amizade quando eram adolescentes — foi o amor que compartilhavam pela música clássica que aproximou os dois. Alex Woolf (entrevistado aqui no programa Newsnight, da BBC) era um dos melhores amigos de Jodie BBC Jodie buscou consolo em Woolf quando descobriu que seu nome e fotos estavam sendo usados ​​em aplicativos de relacionamento sem o seu consentimento. Woolf se formou em música pela Universidade de Cambridge e ganhou o prêmio de Jovem Compositor do Ano da BBC em 2012, além de ter aparecido no programa britânico Mastermind em 2021. “Ele [Woolf] estava muito consciente dos problemas enfrentados pelas mulheres, especialmente na internet”, diz Jodie. "Eu realmente achava que ele era partidário." No entanto, quando ela viu as imagens pornográficas deepfake, havia uma foto dela de perfil com a imagem do King's College, da Universidade de Cambridge, atrás. Ela se lembrava claramente de quando havia sido tirada — e que Woolf também estava na foto. Ele também foi a única pessoa com quem ela havia compartilhado a imagem. Era Woolf quem havia se oferecido para compartilhar mais fotos originais de Jodie em troca das mesmas serem transformadas em deepfakes. “Ele sabia o impacto profundo que aquilo estava tendo na minha vida”, diz Jodie. "E ainda assim, ele fez isso." 'Completamente envergonhado' Em agosto de 2021, Woolf, de 26 anos, foi condenado por retirar imagens de 15 mulheres, incluindo Jodie, das redes sociais e enviá-las para sites de pornografia. Ele foi condenado a 20 semanas de prisão, com liberdade condicional por dois anos, e a pagar a cada uma de suas vítimas £ 100 de indenização. Woolf disse à BBC que está “totalmente envergonhado” do comportamento que levou à sua condenação — e que está “profundamente arrependido” por suas ações. “Penso no sofrimento que causei todos os dias, e não tenho dúvidas de que continuarei a fazer isso pelo resto da vida”, afirmou. “Não há desculpas para o que fiz, nem posso explicar adequadamente por que agi de forma tão desprezível com base nesses impulsos na época.” Woolf nega ter qualquer relação com o assédio que Jodie sofreu antes dos eventos pelos quais ele foi acusado. Para Jodie, descobrir o que seu amigo havia feito foi a "traição e humilhação máxima”. "Repassei todas as conversas que tivemos, quando ele havia me consolado, me apoiado e sido gentil comigo. Era tudo mentira", diz ela. Entramos em contato com o X (antigo Twitter) e o Reddit sobre as postagens. O X não respondeu, mas um porta-voz do Reddit declarou: "Imagens íntimas não-consensuais (NCIM, na sigla em inglês) não têm lugar na plataforma Reddit. O subreddit em questão foi banido". O site pornô também foi retirado do ar. Em outubro de 2023, o compartilhamento de pornografia deepfake se tornou um crime como parte da Lei de Segurança Online no Reino Unido. Há dezenas de milhares de vídeos deepfake online. Uma pesquisa recente descobriu que 98% são pornográficos. Jodie está indignada, no entanto, com o fato de que a nova lei não criminaliza uma pessoa que pede a outras para criarem um deepfake, que foi o que Alex Woolf fez. Também não é ilegal criar um deepfake. “Isso está afetando milhares de mulheres, e precisamos ter leis e ferramentas adequadas para impedir que as pessoas façam isso”, ela conclui. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives; VÍDEO Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives Apple Vision Pro: veja ao vídeo abaixo para saber primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 04 Apr 2024 07:01:12 -0000 -


País asiático atingido por terremoto na última quarta-feira (3) produz 90% dos semicondutores mais avançados do planeta. Seus clientes são big techs, montadoras e indústrias de todo o mundo. Por que Taiwan é considerada potência na fabricação de chips e como uma interrupção na produção pode impactar o mundo Getty Images Os Estados Unidos concentram as principais empresas de tecnologia do mundo, como Apple, Amazon e Microsoft. Mas o "coração" dos produtos dessas e de muitas outras companhias, o chip, é produzido principalmente em um lugar bem longe dali: Taiwan. Na última quarta-feira (3), o país asiático foi atingido pelo terremoto mais forte registrado lá em 25 anos, e fábricas de chips chegaram a paralisar algumas operações ao longo do dia para avaliar os impactos. Os primeiros relatos são de que não houve danos graves. Mas o tremor levantou a preocupação sobre como um desastre natural poderia desestabilizar o fornecimento desses componentes e causar um baque ainda maior do que a recente "crise dos chips", que atingiu a indústria entre 2020 e 2023 e freou até a produção de carros. ⚡Afinal, o que é um chip? É um componente muito pequeno, feito de material semicondutor, principalmente o silício (encontrado na areia). O chip contém um circuito eletrônico e é considerado semicondutor porque deixa passar menos eletricidade do que o cobre, por exemplo, mas não chega a ser um isolante. Fazendo a eletricidade passar e parar de passar, os chips permitem, por exemplo, que aparelhos eletrônicos executem comandos ao apertar de um botão ou que dados sejam armazenados, entre muitas funções. 🤳 Quem depende dos chips: não é só celular que tem chip... ele está no cartão do banco, nas geladeiras, nas máquinas de lavar, em lâmpadas de LED, nos aviões. Nos carros atuais, são usados milhares de chips em diversos sistemas, como computador de bordo, gerenciamento do motor e controle de navegação. ‘Guerra dos Chips’: como Taiwan se tornou centro de disputa política e econômica entre China e EUA ⚙️Por que Taiwan domina: os EUA inventaram o chip, mas hoje o país asiático produz 90% dos modelos mais avançados usados no mundo. Inclusive aqueles necessários para desenvolver inteligência artificial, que são bastante sofisticados. Taiwan investiu no ramo a partir dos anos 70, deixando de ser uma região conhecida pela produção agrícola e se transformando no centro de exportação dos chips mais avançados do mundo. Como grupo de jovens engenheiros tornou Taiwan uma potência em microchips A maior companhia do setor em todo o mundo fica lá. Fundada em 1987, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) fornece componentes para clientes como a Apple, criadora do iPhone, e a Nvidia, que se tornou uma das empresas mais valiosas do mundo graças ao desenvolvimento de chips mais complexos, aqueles usados para inteligência artificial. "Praticamente todo celular, a maioria dos computadores e qualquer banco de dados do mundo tem chips produzidos pela TSMC e só ela é capaz de produzir. 90% dos chips de processamento mais avançados do planeta saem de lá", diz Chris Miller, historiador e autor de "A Guerra dos Chips". Fábrica de chips da TSMC, a maior produtora do mundo no setor, sediada em Taiwan Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., Ltd. O império da TSMC inclui nove fábricas em Taiwan. A empresa também está construindo uma unidade no Japão e pretende ter outras nos EUA e na Alemanha. Ela emprega 73 mil pessoas, de acordo com a "Forbes". Segundo o "The New York Times", a Coreia do Sul , onde fica a Samsung, está logo atrás de Taiwan no "poder" de fabricação de chips. Só que os semicondutores taiwaneses ainda são menores e mais rápidos que os sul-coreanos. O domínio de Taiwan causou até uma crise política com os EUA, que, por meio de sanções, “proibiram” o país de exportar a tecnologia para a China, alegando que os chineses querem desenvolver armas táticas de guerra. Do Vale do Silício a Taiwan: veja a evolução tecnológica mundial da produção dos chips O que acontece se a produção de chips parar O mercado de chips já vive uma crise e impacta várias empresas de diferentes setores. Uma possível paralização poderia agravar o cenário. A pandemia de coronavírus impulsionou a venda de dispositivos eletrônicos para as pessoas trabalharem em casa, lembra? Ao mesmo tempo, a indústria automotiva reduziu a demanda por chips no início da pandemia, mas voltou com força no final de 2020. No entanto, as montadoras sentiram dificuldade para conseguir os semicondutores que necessitavam, inclusive modelos mais simples de chips. Em 2022, várias fabricantes pararam e deixaram de produzir veículos devido à falta deles. Um levantamento da consultoria Gartner divulgado em 2021 indicou que a escassez também atrasou o lançamento e a oferta de celulares. O que dizem as principais empresas De acordo com a agência Reuters, a TSMC disse que suspendeu o trabalho temporariamente em suas fábricas após o terremoto para avaliar os impactos. Ainda nesta quarta, em nota enviada à agência NPR, informou que apenas "um pequeno número de equipamentos foi danificado, em certas unidades", impactando parcialmente as operações. "Em todo caso, não houve prejuízo em ferramentas essenciais", afirmou a empresa. A United Microelectronics Corp (UMC), rival da TSMC no país, disse que todos os funcionários estavam seguros e que suas fábricas funcionavam normalmente na última quarta, ainda segundo informações da Reuters. Algumas máquinas foram desligadas, mas a empresa trabalhava para reiniciá-las. A NPR apontou que, considerando o volume de produção concentrado no país, analistas de mercado dizem que, mesmo interrupções mínimas pode atrasar o envio da produção e gerar prejuízos de milhões de dólares. Fantástico mostra centro de pesquisa de chips nos EUA; veja VÍDEO Fantástico mostra como funciona uma fábrica de chips; veja VÍDEO Veja no Fantástico uma disputa mundial que coloca em risco a produção e o comércio de chips Veja no Fantástico uma disputa mundial que coloca em risco a produção e o comércio de chips

G1

Thu, 04 Apr 2024 07:00:29 -0000 -


Usuários do Brasil e diversos países relataram por volta das 15h que não estavam conseguindo enviar mensagens e que o feed não carregava. Queixas começaram a diminuir cerca de meia hora depois. WhatsApp, Instagram e Facebook apresentam instabilidade nesta quarta-feira WhatsApp, Instagram e Facebook apresentam instabilidade no Brasil e no mundo na tarde desta quarta-feira (3). O site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade em sites de plataformas, registrou mais 100 mil reclamações de usuários do Brasil sobre problemas para enviar mensagens no WhatsApp. No Instagram, foram mais 4 mil notificações de usuários que não estavam conseguindo atualizar o feed. No Facebook, as reclamações passaram de 800 no Brasil. Os registros de instabilidade começaram por volta das 14h50 e atingiram o seu pico às 15h20. Após este horário, as notificações começaram a diminuir. A falha também gerou diversos memes (veja ao fim da reportagem). O que diz a Meta A Meta, dona do WhatsApp, Instagram e Facebook, afirmou em uma postagem no perfil do WhatsApp no Twitter (hoje chamado X) que estava ciente de que "algumas pessoas" estavam com problemas para acessar o aplicativo e que trabalhava para resolver o problema. Além do Brasil, houve reclamações em países como Estados Unidos, França, Chile e Canadá. Nos EUA, por exemplo, os relatos de erros para usar o WhatsApp passaram de 20 mil, enquanto no Instagram, chegaram a 5 mil, e, no Facebook, a 1 mil. Perfil do WhatsApp no X se pronuncia após instabilidade X/Reprodução WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira (3). Reprodução Downdetector Usuários relataram instabilidade no Instagram nesta quarta-feira (3) Downdetector/Reprodução Facebook também apresenta instabilidade nesta quarta-feira Downdetector Relatos no Twitter WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp e Instagram apresentam instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp e Instagram apresentam instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira Reprodução/Twitter

G1

Wed, 03 Apr 2024 18:19:45 -0000 -


Você não precisa mexer nas configurações do roteador para descobrir a credencial da sua rede. Computadores que rodam Windows e MacOS podem exibir a senha da sua internet nos ajustes do sistema. Como descobrir a senha do Wi-Fi salva no Windows e no Mac? Unsplash/Joseph Frank Vamos supor que você comprou um celular novo. Só que, na hora de configurá-lo, se deu conta de que esqueceu a senha do seu Wi-Fi. E agora? O que fazer? Felizmente, é possível descobrir a senha da sua rede de internet sem mexer nas configurações do seu roteador. Para isso, você só precisa entrar nos ajustes de um computador que já esteja conectado à sua rede. Tanto notebooks Windows como os Macs, da Apple, têm o recurso de visualização. Veja como fazer: Como descobrir a senha do meu Wi-Fi 💻 Windows 11 toque no botão iniciar (ícone do Windows) e, depois, "Configurações"; agora, vá na opção "Redes e internet", localizada no canto direito; depois, toque em "Wi-Fi" e "Propriedades de [nome da sua internet]"; desça a página até "Exibir a chave de segurança do Wi-Fi" e, então, toque no botão "Exibir" para visualizar a senha. 💻 Windows 10 toque no botão iniciar (ícone do Windows) e, depois, "Configurações"; vá em "Rede & Internet", "Status" e "Rede e Centro de Compartilhamento". em seguida, ao lado de "Conexões", selecione o seu Wi-Fi; em Status do Wi-Fi, selecione "Propriedades sem fio"; depois, vá na guia "Segurança" e selecione a caixa "Mostrar caracteres". A senha do seu Wi-Fi será exibida na área "Chave de segurança". 🍎 MacOS (MacBook) no Mac, abra o Finder, depois "Aplicativos" no canto superior esquerdo e "Utilitários"; em seguida, toque em "Acesso às chaves" e, no canto esquerdo, toque em "Sistemas"; depois, na barra de pesquisa (Buscar), procure pelo nome da sua rede Wi-Fi e clique duas vezes em cima dela; uma outra janela será aberta e, então, marque a caixa "Mostrar senha". O sistema pedirá para você inserir a sua senha de administrador do notebook. Feito isso, pronto, você já pode visualizar a senha da sua rede. LEIA TAMBÉM: Como recuperar conta do Instagram após esquecer a senha Golpes no PIX: veja 7 dicas para não cair em ciladas virtuais WhatsApp libera novas opções de formatação de mensagens; veja como usar Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Wed, 03 Apr 2024 08:30:15 -0000 -


Ranking revela que os principais bilionários do planeta 'estão mais ricos do que nunca' e no setor da tecnologia não foi diferente. Zuckerberg, Bill Gates, Steve Ballmer, Larry Page, Sergey Brin e o chefão da Nvidia são os principais destaques. Musk, Zuckerberg e Bill Gates: por que os bilionários da tecnologia estão 'mais pobres' em 2023 Reprodução A Forbes divulgou nesta terça-feira (2) o ranking das pessoas mais ricas do mundo em 2024. A lista concentra alguns bilionários do setor da tecnologia. Zuckerberg, Bill Gates, Steve Ballmer, Larry Page e Sergey Brin foram os que mais viram suas fortunas decolarem de um ano para o outro. Também chama a atenção o crescimento de Jensen Huang, presidente do Nvidia: ele tinha US$ 21 bilhões em 2023 e esse número saltou para US$ 77 bilhões em 2024 (saiba mais sobre ele). Em 2023, o seleto clube apresentava queda em sua riqueza, devido ao aumento das taxas de juros e a desvalorização das ações. Agora, o cenário é outro: os bilionários "estão mais ricos do que nunca", segundo a revista. Veja quem são: 1º Elon Musk Elon Musk veste fantasia para festa de Halloween da modelo Heidi Klum, em Nova York Evan Agostini/Invision/AP Fortuna em 2023: US$ 180 bilhões Fortuna em 2024: US$ 195 bilhões Dono do X (ex-Twitter), da Tesla e da SpaceX, Elon Musk é hoje a segunda pessoa mais rica do mundo, atrás apenas do francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH. Em 2023, a riqueza de Musk despencou para US$ 180 bilhões. Segunda a Forbes, a queda naquele ano foi motivada após ele desembolsar US$ 44 bilhões para adquirir o Twitter. A compra fez com que as ações da Tesla despencassem, afetando sua riqueza. Agora, a riqueza do sul-africano alcançou US$ 195 bilhões. 2º Jeff Bezos Jeff Bezos, fundador da Amazon, em 6 de junho de 2019. AP Photo/John Locher Fortuna em 2023: US$ 114 bilhões Fortuna em 2024: US$ 194 bilhões Jeff Bezos, fundador da gigante do varejo Amazon e novamente o terceiro homem mais rico do mundo, também viu sua fortuna saltar de US$ 114 bilhões em 2023 para US$ 194 bilhões agora em 2024. Bezos já foi o homem mais rico do mundo em julho de 2017 e entre 2018 e 2021. Ele já caiu para o quarto lugar, mas voltou para o terceiro em 25 de janeiro de 2023, quando a fortuna do indiano Gautam Adani - anteriormente o terceiro mais rico - caiu. LEIA TAMBÉM: Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes Bilionários da Forbes: veja quem são as mulheres mais ricas em 2024 3º Mark Zuckerberg Mark Zuckerberg Reprodução / Instagram Fortuna em 2023: US$ 64,4 bilhões Fortuna em 2024: US$ 177 bilhões No caso do Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), seu patrimônio voltou a crescer, atingindo agora US$ 177 bilhões. A Forbes lembra que "ninguém ganhou mais, em termos de dólares, do que Zuckerberg" em 2024. Segundo a revista, enquanto a Meta fazia demissões ao longo do ano passado e investia em inteligência artificial (IA), as ações da empresa triplicaram, contribuindo para a riqueza de Zuckerberg. Em 2014, ele chegou a ser o terceiro homem mais rico do setor de tecnologia dos Estados Unidos. Na época, ele tinha uma fortuna avaliada em US$ 34 bilhões. 4º Larry Ellison Larry Ellison, fundador da Oracle. Oracle PR via Hartmann Studios Fortuna em 2023: US$ 107 bilhões Fortuna em 2024: US$ 141 bilhões Larry Ellison, cofundador da empresa de softwares Oracle, ocupa a quinta colocação como pessoa mais rica do planeta. Para se ter ideia da evolução, o empresário estava em oitavo lugar na lista dos mais ricos em 2022. Na lista de 2023, comparado a outros bilionários da tecnologia, Larry já estava em uma situação melhor, sem registrar queda no patrimônio. Assim como Musk, ele investiu na montadora Tesla e atuou no conselho da empresa de 2018 até 2022. 5º Bill Gates Bill Gates disse que mudanças fundamentais ocorrerão por meio da inteligência artificial Getty Images via BBC Fortuna em 2023: US$ 104 bilhões Fortuna em 2024: US$ 128 bilhões Bill Gates é outro nome conhecido que também viu sua riqueza despencar em 2023. O fundador da Microsoft tinha US$ 129 bilhões em 2022, US$ 104 bilhões em 2023 e, agora, US$ 128 bilhões. Gates foi presidente-executivo da Microsoft por 25 anos, permaneceu como presidente até 2014 e deixou o conselho em 2020. Atualmente, ele tem investimentos em dezenas de empresas e é um dos maiores proprietários de terras agrícolas nos EUA. Ele já foi a pessoa mais rica do mundo entre 1995 e 2017, com intervalos em 2008, 2010 e 2013. Perdeu o posto definitivamente quando foi ultrapassado por Jeff Bezos. 6º Steve Ballmer Steve Ballmer Arquivo pessoal Fortuna em 2023: US$ 80 bilhões Fortuna em 2024: US$ 121 bilhões Steve Ballmer, ex-presidente-executivo da Microsoft, figura no ranking da Forbes na 10ª colocação, com US$ 121 bilhões em fortuna em 2024. Ballmer liderou a Microsoft no período de 2000 a 2014. Após a sua saída, ele focou na filantropia, doando mais de US$ 2 bilhões em um fundo recomendado por doadores, segundo a Forbes. 7º Larry Page Larry Page Photo credit: niallkennedy on Visualhunt.com Fortuna em 2023: US$ 79 bilhões Fortuna em 2024: US$ 114 bilhões Larry Page é cofundador do Google e tem hoje uma fortuna de US$ 114 bilhões, um crescimento expressivo em relação ao número de 2023. Page deixou de ser CEO da controladora do Google, a Alphabet, em 2019, mas permaneceu como membro do conselho e acionista controlador. Hoje, ele é um investidor fundador da empresa de exploração espacial Planetary Resources e financia as startups de carros voadores Kitty Hawk e Opener. 8º Sergey Brin Sergey Brin, em foto de 27 de junho de 2012 Paul Sakuma/AP Photo Fortuna em 2023: US$ 76 bilhões Fortuna em 2024: US$ 110 bilhões Fundador do Google junto a Page, Sergey Brin é outro destaque, com sua fortuna alcançando US$ 110 bilhões em 2024. Brin deixou o cargo de presidente da Alphabet (dona do Google) em dezembro de 2019, mas continuou como acionista controlador e membro do conselho. Fugindo do antissemitismo, Brin migrou da Rússia para os Estados Unidos aos 6 anos. Ele é, hoje, um dos imigrantes mais ricos do país. 9º Michael Dell Michael Dell Reprodução/X Fortuna em 2023: US$ 50 bilhões Fortuna em 2024: US$ 91 bilhões Michael Dell é fundador da companhia com seu nome, a Dell Technologies. A empresa foi fundada em 1984 em um dormitório universitário e, hoje, é um dos destaques no ramo da computação. Assim como seus colegas, Michael está mais rico em 2024, com um patrimônio de US$ 91 bilhões. Em 2020, ele tinha US$ 22 bilhões no bolso. Depois, avançou para US$ 55 bilhões em 2022 e voltou a cair no ano passado para US$ 50 bilhões. 10º Jensen Huang Jensen Huang, fundador da empresa de tecnologia NVIDIA. Reprodução/Instagram/NVIDIA Fortuna em 2023: US$ 21 bilhões Fortuna em 2024: US$ 77 bilhões Nascido em Taiwan, Jensen Huang é cofundador da Nvidia, fabricante de chips e semicondutores que tem se tornado a queridinha na bolsa de valores norte-americana graças aos investimentos que tem feito em IA. Huang presidente a companhia desde a sua fundação, em 1993. E o império fez com que ele se tornasse agora a 20ª pessoa mais rica do mundo no ranking geral da Forbes. Para se ter ideia da evolução, em 2022, Huang tinha uma riqueza avaliada em US$ 20 bilhões. Esse número saltou para US$ 21 bilhões em 2023 e, agora, ela está em US$ 77 bilhões. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 02 Apr 2024 13:26:35 -0000 -


Com uma amostra de apenas 15 segundos da voz, a nova IA, chamada de Voice Engine, é capaz de duplicar a fala dessa pessoa. Empresa diz que 'planeja manter a tecnologia sob estrito controle até que sejam implementadas medidas de segurança'. OpenAI Reuters/Dado Ruvic/Illustration A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, revelou uma ferramenta de clonagem de voz, chamada de Voice Engine, que pode duplicar a fala de alguém com base em uma amostra de apenas 15 segundos da voz da pessoa. A ferramenta ainda não está disponível para todo mundo e a empresa planeja manter ela sob estrito controle até que sejam implementadas medidas de segurança para impedir falsificações de áudio destinadas a enganar os ouvintes. "Reconhecemos que gerar fala que se assemelha às vozes das pessoas apresenta sérios riscos, que estão especialmente em destaque em um ano de eleições", disse a empresa em comunicado. "Estamos envolvendo parceiros dos Estados Unidos, governos, mídia, empresas de entretenimento, educação, sociedade civil e outros setores para garantir que estamos incorporando seus feedbacks conforme construímos", acrescentou. Pesquisadores de desinformação temem o uso generalizado de softwares alimentados por inteligência artificial (IA) em um ano eleitoral. Admitindo esses problemas, a OpenAI afirmou que está "adotando uma abordagem cautelosa e informada para um lançamento mais amplo devido ao potencial de uso indevido de vozes sintéticas". A OpenAI disse que seus parceiros que estão testando o Voice Engine concordaram com as regras, incluindo a necessidade de consentimento explícito e informado de qualquer pessoa cuja voz seja duplicada. Também deve ficar claro para o público quando as vozes que estão ouvindo são geradas por IA, acrescentou a empresa. "Implementamos um conjunto de medidas de segurança, incluindo marca d'água para rastrear a origem de qualquer áudio gerado pelo Voice Engine, bem como monitoramento proativo de como ele está sendo usado", garantiu a companhia. Em fevereiro, a OpenAI também revelou um modelo de inteligência artificial que cria vídeos realistas a partir de texto curtos. Batizado de Sora, ele foi liberado para análises de especialistas e ainda não está disponível ao público. "O Sora pode criar vídeos de até 60 segundos com cenas altamente detalhadas, movimentos de câmera complexos e vários personagens com emoções vibrantes", explica a empresa. Robô da criadora do ChatGPT que gera vídeos com IA a partir de textos comete gafes; veja exemplos Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT ChatGPT: como usar o robô no dia a dia ChatGPT: como usar o robô no dia a dia

G1

Mon, 01 Apr 2024 11:39:41 -0000 -


Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park na adolescência, antes de ir para a Universidade de Cambridge. Demis quer ver as crianças abraçarem a capacidade de adaptação num 'mundo em rápida mudança' Getty Images/via BBC Os pais que "arrancam os cabelos" porque os filhos passam horas no videogame deveriam, em vez disso, encorajar o uso criativo da tecnologia, defende um milionário inglês, que é referência em inteligência artificial (IA), à BBC. 💻Sir Demis Hassabis avalia que as crianças deveriam ser encorajadas a criar e a fazer programação no computador. ♟️O cofundador e chefe do DeepMind do Google joga xadrez e videogame desde a infância. O Google comprou a empresa dele por £ 400 milhões (R$ 2,5 bilhões) em 2014. Demis disse ao programa Today, da Radio 4 da BBC, que os jogos o ajudaram a ter sucesso. "É importante alimentar a parte criativa, não apenas jogar", disse. "Você nunca sabe onde as paixões podem te levar, então eu apenas encorajaria os pais a deixarem seus filhos realmente apaixonados pelas coisas e, então, desenvolverem habilidades por meio disso." Ele acredita que as crianças precisam estar prontas para se adaptarem ao que será um "mundo em rápida mudança" e "abraçar essa adaptabilidade". Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park ainda na adolescência, antes de ingressar na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Depois de se formar, ele fundou uma empresa de videogames, completou um doutorado em neurociência e foi cofundador da DeepMind em Londres no ano de 2010, que posteriormente foi vendida ao Google. Na quinta-feira (28/3), ele postou no X (o antigo Twitter) que estava "encantado" em receber o título de cavaleiro britânico pelos serviços prestados à IA. Ele disse à BBC que o título de cavaleiro foi o reconhecimento do que ele e sua equipe fizeram para "semear todo o campo e a indústria da IA", além de sua contribuição para a vida britânica. Demis disse que não se arrependia de ter vendido a DeepMind há 10 anos, pois considerava o Google a empresa certa, com o poder computacional necessário para assumir o negócio. "À época, não havia capacidade no Reino Unido para angariar as centenas de milhões de dólares que seriam necessários para assumir as coisas do ponto de vista global", disse ele. Demis Hassabis (à direita) participou de evento sobre segurança da IA com Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Reino Unido Getty Images/via BBC O uso da IA para imitar pessoas em vídeos deepfake tem causado preocupação, incluindo o uso de rostos e vozes de pessoas da vida real em vídeos de sexo gerados pelas ferramentas mais avançadas. Christopher Doss, pesquisador da Rand Corporation, um centro de pesquisa em política internacional, disse que detectar vídeos deepfake se transformou em "uma corrida armamentista entre aqueles que estão tentando detectá-los e aqueles que estão tentando evitar a detecção". Há também preocupações de que a forma como a IA é treinada, usando dados disponíveis publicamente, possa levar a um "viés de algoritmo". Esta é uma preocupação particular, pois é implementada para automatizar a tomada de decisões, como a escolha dos currículos relevantes para os candidatos a uma determinada vaga de emprego. À medida que essa indústria se desenvolve rapidamente, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak realizou a primeira conferência sobre a segurança da IA em 2023, onde disse reconhecer que havia uma "ansiedade" sobre o impacto que as novas ferramentas poderiam ter no trabalho, mas disse que elas aumentariam a produtividade ao longo do tempo. Neste evento, Demis assinou uma declaração que diz: "Mitigar o risco de extinção por causa da IA deveria ser uma prioridade global, juntamente com outros riscos, como as pandemias e a guerra nuclear". Em declarações ao editor de negócios da BBC, Simon Jack, Demis disse que não se via como um Robert Oppenheimer, o criador da bomba nuclear. Ele disse que a atual geração de cientistas está ciente dos "alertas" sobre o poder da tecnologia e "os riscos" envolvidos se tal poder não for "administrado corretamente". Ele acrescentou que a IA tem um "impacto positivo inacreditável" que é "mais amplo que o [poder] nuclear".

G1

Sat, 30 Mar 2024 17:27:01 -0000 -


Imagem de seta com o texto 'clique aqui' viralizou no X, antigo Twitter, mas muitos usuários não entenderam sobre o que se trata. Ferramenta 'ALT' de transcrição de imagem traz possibilidade de incluir mensagens ocultas. Imagem de fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui" viralizou no X. Reprodução/X Quem abriu o X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (29) deu de cara com várias contas oficias de influencers, usuários comuns e até empresas que postaram a mesma imagem: um fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui". Mas nem todo mundo entendeu como funciona essa nova "trend", que usa um recurso de descrição de imagem originalmente criado para a acessibilidade de pessoas com deficiência para deixar mensagens ocultas. "Do nada minha timeline cheia de clique aqui", "que p*** é essa de clique aqui?" e "não aguento mais esse clique aqui" foram alguns dos comentários dos usuários confusos. Print de post no X com a mensagem: "A rede social X amanheceu assim no dia 29/03". Reprodução/X Descrição de imagem A descrição de imagem, também chamada de texto alternativo, é uma forma de aumentar a acessibilidade para pessoas cegas, com baixa visão, ou que usam programas de leitura de texto. No X, ela é representado pelo selo "ALT" que aparece ao clicar sobre uma imagem, e não foi criada agora. Na página oficial da rede social há um tutorial que ensina como utilizá-la. Por exemplo, se o usuário posta uma foto de uma flor, há a possibilidade de acrescentar uma legenda acessível que descreva aquela imagem, como algo do tipo: "Foto mostra a mão de uma pessoa segurando um botão de rosa vermelha sobre um fundo escuro". Mas a trend do "Clique aqui" usa o recurso para escrever mensagens não relacionadas à imagem. Páginas de empresas usaram para fazer propaganda de produtos ou serviços, influencers usaram para divulgar horários em que fariam transmissões ao vivo, e muitos usuários publicaram palavrões ou piadas. O movimento gerou críticas de quem considera que as pessoas com deficiência estão sendo prejudicadas. "As marcas entrando nessa de Clique Aqui desvirtuando o real propósito da aplicação que é permitir que as pessoas com deficiência visual 'vejam' o que tem na imagem 🤡", escreveu o usuário da conta @STENl0. Já o jornalista Rodrigo Alves, do perfil "Vida de Jornalista", usou o próprio recurso ALT para fazer a crítica. "Se você é uma pessoa cega, a imagem da trend é a frase Clique Aqui e uma seta apontando para o ALT. Se você não é uma pessoa cega e clicou no ALT só pela trend, faz favor de tomar vergonha e passar a usar a ferramenta pra descrever as imagens, assim pessoas com deficiência visual também conseguem saber o que você postou 😉", escreveu. Post do perfil "Vida de Jornalista" critica a trend que usa o ALT para fins que não sejam descrição de imagem. Reprodução/X

G1

Fri, 29 Mar 2024 13:05:12 -0000 -


Tendo imigrado para os Estados Unidos aos 9 anos sem falar inglês, Jensen Huang acabou fundando a Nvidia, uma das empresas de tecnologia mais valiosas do mundo. Jensen Huang chegou aos EUA quando tinha 9 anos e não sabia falar inglês Getty Images via BBC No nome da Nvidia, a empresa fundada por Jensen Huang em 1993, misturam-se três elementos reveladores: NV, para "nova/próxima visão" (a visão do que está por vir); VID, uma referência a vídeo — pois a empresa começou focando no desenvolvimento de placas gráficas para computadores —; mas também a palavra "invidia", que é usada em latim para se referir à inveja. E, julgando pelos resultados surpreendentes que essa empresa tecnológica teve no último ano, é provável que esse seja realmente o sentimento que tanto a empresa quanto seu fundador despertaram em seus concorrentes. Entre março de 2023 e março de 2024, o valor das ações da Nvidia saltou de US$ 264 para US$ 886, levando sua avaliação total para mais de US$ 2 trilhões e tornando-a a terceira empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, ultrapassando a Alphabet (Google), Amazon e Meta; e ficando atrás apenas da Microsoft e da Apple. A rápida multiplicação do valor da Nvidia é explicada pela febre em torno da inteligência artificial e pelo fato de esta empresa ser fornecedora de mais de 70% dos chips que tornam essa tecnologia possível. Chips em alta: por que a Nvidia está crescendo mais do que 'big techs' Mas estes, por sua vez, não existiriam se não fosse pela visão de Huang, que apostou neste mercado quando ele praticamente ainda não existia e, dessa forma, contribuiu para torná-lo realidade. Hoje, como recentemente declarou a revista Wired, Huang é considerado "o homem da hora, do ano e talvez da década"; enquanto Jim Cramer, analista de investimentos da rede americana CNBC, afirmou que o fundador da Nvidia supera Elon Musk como visionário. A história de Huang, no entanto, não foi isenta de dificuldades, riscos e muito trabalho, incluindo muitas horas gastas lavando banheiros e servindo mesas como garçom. Infância no reformatório Jensen Huang nasceu em Taipei, capital de Taiwan, em 1963. Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os Estados Unidos. Os meninos não falavam inglês e foram recebidos pelos tios, também imigrantes, que os mandaram para estudar no Instituto Oneida Baptist, em Kentucky. Na época, o instituto parecia mais um reformatório do que uma escola comum. Segundo um boletim publicado pela escola em 2016, os dois irmãos receberam permissão para morar, comer e trabalhar na instituição que, na época, só oferecia cursos de bacharelado. Eles frequentavam as aulas da Escola Primária Oneida. O pequeno Jensen Huang foi encarregado de lavar os banheiros. "Os meninos eram realmente difíceis", comentou o empresário em entrevista à rádio pública americana NPR em 2012. "Todos tinham navalhas no bolso e, quando havia brigas, não era bonito de se ver. Os meninos ficavam feridos." Apesar de todas essas dificuldades, Huang sempre declarou que aquela foi uma grande experiência e que ele apreciou seu tempo no instituto. Em 2016, ele e sua esposa, Lori, doaram US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) para a construção de um edifício com classes e dormitórios para meninas naquele centro educativo. Tirando a sorte grande Poucos anos depois, os meninos se mudaram para Oregon. Eles se reuniram com os pais, que também migraram para os Estados Unidos. Huang frequentou a Universidade Estadual de Oregon, onde estudou Energia Elétrica. Ele conta que foi ali que seus olhos se abriram para "a magia por trás" dos computadores. E também foi ali que a "sorte" o levou a conhecer sua esposa Lori, sua companheira de práticas de laboratório. Lori era uma das três alunas que frequentavam um curso com 80 estudantes. Em uma palestra ministrada na universidade em 2013, Huang destacou como ele também ele conhecido por acaso os dois cofundadores da Nvidia, Chris Malachowsky e Curtis Priem. "De forma geral, estou dizendo que o acaso é muito importante para o sucesso", afirmou ele. Os três fundadores da Nvidia tiveram a ideia de criar a empresa durante um café da manhã em uma lanchonete da rede de fast food Denny's em San José, na Califórnia. A lanchonete recebeu uma placa que recorda o ocorrido, depois que, em 2023, a empresa de tecnologia chegou a ser cotada pela primeira vez no valor de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5 trilhões). Os microchips da Nvidia estão desempenhando um papel protagonista na revolução em IA Getty Images via BBC Huang tem uma relação de longa data com a Denny's. Foi em uma lanchonete daquela rede em Portland que ele conseguiu seu primeiro emprego com 15 anos de idade, lavando pratos, limpando mesas e trabalhando como garçom. "Excelente escolha trabalhista", declarou ele. "Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro." Huang costuma comentar que era bom nas tarefas do restaurante. "Meu primeiro trabalho antes de ser CEO [diretor-executivo] foi lavar pratos e me saí muito bem", destacou ele recentemente, em uma palestra na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. O empresário declarou também que trabalhar no Denny's o ajudou a superar sua extrema timidez. "Eu ficava horrorizado com a possibilidade de precisar falar com as pessoas", contou ele ao jornal The New York Times. Apostando no desconhecido Huang se formou engenheiro em 1984. "Um ano perfeito para me formar", segundo ele. Foi naquele ano que começou a era dos computadores pessoais, com o lançamento dos primeiros computadores Mac. Ele fez mestrado em Engenharia Elétrica na Universidade de Stanford. O curso levou oito anos. Paralelamente, ele trabalhou em diversos cargos em empresas de tecnologia, como a Advanced Micro Devices (AMD) e a LSI Logic, que abandonou pouco antes de fundar a Nvidia. Em palestra ministrada em 2013 na Universidade Estadual de Oregon, ele contou que, antes de criar a empresa, os três fundadores se fizeram três perguntas: Este trabalho é algo que "realmente adoraríamos" fazer? Vale a pena realizar este trabalho? Este trabalho é algo "realmente difícil" de realizar? "Hoje me faço essas mesmas perguntas o tempo todo", disse ele. "Porque você não deveria fazer nada que não adore. E só deve trabalhar nas coisas que importam na sua vida." Parte da sua filosofia de trabalho se baseia em apostar nessas coisas importantes, mesmo quando não existe um mercado claro estabelecido. "Não encontramos inspiração no tamanho do mercado, mas na importância do trabalho, pois a importância do trabalho é um indicador precoce do mercado futuro", afirmou ele, na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. Jensen Huang, fundador da empresa de tecnologia Nvidia Reprodução/Instagram/NVIDIA Huang também recomendou que as pessoas retornem constantemente aos princípios básicos. Ele garantiu que isso cria muitas oportunidades. Aplicando este tipo de ideias, Huang criou uma empresa com estrutura bastante horizontal. Nela, mais de 40 pessoas se reportam diretamente a ele. E Huang também incentiva a comunicação transversal e de baixo para cima. Ele explicou que esta é uma forma de facilitar o fluxo de ideias e informações – e também se manter atualizado sobre as melhores sugestões da equipe. "Liderar as pessoas para que elas consigam fazer grandes coisas, inspirar, empoderar e ajudar os outros – estas são as razões da existência da equipe gerencial, para servir a todos os demais trabalhadores da empresa", indicou ele, na palestra em Stanford. A julgar pelos resultados da Nvidia, esta filosofia funciona. Mas é claro que não evitou que a empresa passasse por momentos difíceis. O primeiro deles chegou muito rapidamente. Depois de passar os dois primeiros anos da Nvidia procurando soluções tecnológicas para evitar o alto preço da memória DRAM, seu preço caiu em 90%. Esta redução fez com que todo o esforço investido se tornasse inútil e ainda abriu as portas para dezenas de outras empresas começarem a concorrer no desenvolvimento dos melhores chips gráficos. Mas a Nvidia conseguiu redirecionar seus esforços e, em 1999, lançou a Unidade de Processamento Gráfico (GPU, na sigla em inglês), um tipo de microprocessador que redefiniu os jogos por computador. A partir dali, a empresa continuou trabalhando no desenvolvimento da computação acelerada por GPU, um modelo que aproveita o uso em massa dos processadores gráficos paralelos e permite acelerar o trabalho de programas que exigem grande poder de computação, como a análise de dados, simulações, visualizações e a inteligência artificial. A aposta na IA fez disparar o preço das ações da Nvidia, fazendo com que a fortuna pessoal de Huang atingisse US$ 79 bilhões (cerca de R$ 395 bilhões). Com isso, segundo a revista Forbes, ele se tornou o 18º homem mais rico do mundo. E Huang pode ainda ir mais além, graças à posição de quase monopólio da Nvidia na produção desses superchips. As previsões são de que sua demanda siga crescendo no futuro próximo. Como destacou um analista de Wall Street mencionado na revista The New Yorker, "existe uma guerra em andamento no campo da inteligência artificial e a Nvidia é o único vendedor de armas". Ao que parece, a sorte de Jensen Huang pode continuar melhorando no futuro. Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

G1

Thu, 28 Mar 2024 07:01:27 -0000 -


Mas ela teve que mudar a técnica depois que uma rede social impôs restrições. Especialistas explicam quais são os pontos problemáticos e o que pode ser aproveitado no método. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives Três segundos. Esse era o tempo máximo que a influenciadora chinesa Zheng Xiang Xiang costumava usar para divulgar cada um de seus produtos à venda em uma rede social. As transmissões ao vivo eram feitas no Douyin, a versão chinesa do TikTok , mas trechos das "lives" extravasaram a rede local e têm viralizado há alguns meses em outras plataformas mundo afora. Neles, a vendedora mostra os objetos num ritmo que mais parece o de uma caixa de supermercado passando produtos pelo leitor de código de barras. Ela segura o item por alguns segundos, diz apenas o preço e passa para o próximo (veja no vídeo acima). Os produtos vão de roupas a calçados, secadores de cabelo e até cabides, adquiridos pela influenciadora e sua equipe diretamente de distribuidores para revenda. Em entrevistas na imprensa chinesa, Xiang Xiang disse ter arrecadado de 75 milhões de yuans (cerca de R$ 51,6 milhões) em uma série de "lives" durante um feriado chinês. 'Live shopping': o método que fez Virgínia comemorar faturamento de R$ 22 milhões Em todos os vídeos, ela mantém um mesmo padrão visual: vestido e luvas pretos, cabelo preso, batom vermelho, produtos em caixas laranja que lembram as da marca de luxo francesa Hermès. Para especialistas em marketing e negócios, esta é uma das características adotadas pela influenciadora que podem ser aproveitadas por outros empreendedores (leia mais abaixo). O ponto mais problemático, claro, é o fato de que ela não dava quase nenhuma informação sobre os produtos. Tanto que a Xiang Xiang se viu obrigada a mudar a tática quando o Douyin entendeu que esse "método" prejudicava a experiência de compra e impôs restrições. A vendedora então, passou mostrar os itens por um pouco mais de tempo: 18, 20 e até 60 segundos. E, agora, explica como utilizar o produto e o material de que ele é feito, entre outros detalhes. Influenciadora chinesa mostra produtos por apenas 3 segundos em lives Zheng Xiang Xiang/Kuaishou Por que fez sucesso? Para especialistas de marketing e negócios ouvidos pelo g1, a estratégia da chinesa deu resultado porque estimula a compra por impulso, além de gerar conexão com os consumidores a partir de "lives" repetitivas e previsíveis. Segundo eles, a influenciadora também aproveitou uma tendência bastante apreciada na internet, de vídeos cada vez mais curtos e diretos. E, ao apresentar os produtos rapidamente, Zheng Xiang Xiang trabalha com uma técnica muito poderosa em vendas: o princípio de escassez. "Essa estratégia mexe com a cabeça das pessoas de maneira inconsciente, tipo: 'É bom você comprar logo porque vai ficar sem. Mostrei o produto por 3 segundos. Não quis? Teve alguém que quis'", diz Fernando Moulin, especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente. Para a publicitária Emilia Rabello, que é fundadora do Nós, uma empresa que apoia empreendedores da periferia, essa estratégia é uma forma de levar para o mundo digital o dinamismo que já é muito observado no comércio popular brasileiro. Produtos são apresentados durante lives Arquivo Pessoal Como se inspirar? O "live shopping" (ou "live commerce"), modelo de vendas por meio de transmissões ao vivo pela internet, é um mercado consolidado na China, mas ainda precisa amadurecer em países como o Brasil, afirma Moulin, que também dá aulas na ESPM, no Insper e na Live University. “A China se adaptou a esse tipo de comércio, principalmente depois da pandemia. Mas, no Brasil, isso nem sempre emplaca", observa. "E não tem resposta certa, tem que testar com seu consumidor. Pode ser que tenha uma resposta positiva ou negativa, dependendo do seu público-alvo.” A influenciadora Virgínia Fonseca é uma das adeptas mais famosas da técnica. Em 2023, ela disse ter faturado R$ 22 milhões em uma "live" de 13 horas. No caso, a brasileira detalhava bem mais os produtos do que a chinesa. Para Moulin, as "marcas têm que ser criativas e ousadas, tentando novos formatos de venda para o público mais jovem". "É uma geração muito antenada, que usa as redes sociais o tempo inteiro, e a gente ainda é muito conservador. Esses consumidores mais jovens já fazem mais buscas dentro do TikTok do que do próprio Google. Então, tem muita coisa mudando rápido e o empreendedor precisa testar." Como fazer seu negócio bombar com vídeos na web: empresários influencers dão 10 dicas práticas Outros pontos destacados pelos especialistas: 👉 Ter um padrão para os vídeos: aparecer sempre com o mesmo visual e no mesmo ambiente ajuda a criar uma sensação de consistência, familiaridade e confiança, ensina a professora de marketing Maiara Kososki, da PUC-PR. “É uma pessoa completamente desconhecida, mas parece que está se tornando uma amiga sua. Você já espera como ela vai se vestir, se comportar, o que facilita o processo de compra”, diz. "As pessoas acham que têm que ficar mudando o tempo todo nas redes sociais, mas a repetição é o que faz dar certo. Sempre ter a mesma aparência ou um cenário, um jargão, algo que a pessoa se familiarize para gerar confiança." 👉 Ser rápido e prático: “Nessa guerra por atenção na internet, quanto mais sucinto você é mais sucesso você tem. Por isso, cada vez mais, os vídeos são menores”, afirma a publicitária Emilia Rabello. Para ela, Zheng Xiang Xiang teve sucesso com a técnica da venda rápida por fazer um conteúdo simples, que resume o que o consumidor quer saber sobre o produto. "Mostra a cor, o tamanho real na frente de uma pessoa e os principais aspectos", diz. Não demorar demais em um item também é o conselho de Maiara Kososki. “Quanto mais produtos você apresentar, maior a probabilidade de uma pessoa comprar." Mas Moulin reforça o risco embutido se o vendedor for rápido demais, como era Xiang: "Se o consumidor comprar por impulso e acabar achando que levou gato por lebre, pode haver um volume de devolução de produtos muito grande. E isso mata qualquer negócio". A dica dele é "ter bons produtos para que, ao comprar, o consumidor não se sinta lesado por não ter tido informações suficientes". 'Dá um Google' está com os dias contados? Entenda por que jovens preferem o TikTok na hora de fazer pesquisas

G1

Wed, 27 Mar 2024 08:03:23 -0000 -


Entidade culpa os marketplaces, dizendo que falta fiscalização contra produtos contrabandeados. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil mais que dobrou em apenas um ano, diz a associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos (Abinee). Segundo dados divulgados pela entidade na última terça-feira (26), a quantidade de aparelhos ilegais passou de 10% do mercado total de telefones celulares no Brasil em 2022 para 25% no último trimestre de 2023, fechando o ano com um total de 6,2 milhões. O estudo cita levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC. A Abinee estima que 90% do total de smartphones contrabandeados hoje no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do praticado no mercado oficial. E que, com isso, R$ 4 bilhões deixem de ser arrecadados em impostos em função da evasão fiscal com esses produtos. "O problema é que o modelo de venda dos marketplaces facilita a venda de produtos irregulares, uma vez que um site abarca diferentes vendedores, e muitos deles agem na ilegalidade", afirmou Humberto Barbato, presidente da associação, sem citar nomes de locais de venda. O que fazer se o celular cair na água? O que dizem as lojas Procurado pela Reuters, o Mercado Livre, maior marketplace do Brasil, disse atuar "proativamente" para coibir tentativas de mau uso de sua plataforma. "Assim que um produto irregular é identificado na plataforma, o anúncio é excluído e o vendedor notificado, podendo até ser banido definitivamente", afirmou a companhia em nota, reiterando que colabora com a Anatel e com fabricantes de celulares no combate a mercadorias irregulares. A Amazon disse que exige por contrato que todos os produtos ofertados no site possuam licenças, autorizações, certificações e homologações necessárias, e declarações de que cumprirão as leis aplicáveis. "A eventual infração dessas obrigações previstas em contrato pode acarretar a suspensão e interrupção das vendas dos seus produtos, a consequente destruição de qualquer inventário existente nos centros de distribuição da Amazon sem direito a reembolso, bem como o bloqueio da sua conta de vendedor", afirmou a empresa. A Aliexpress, outro gigante do comércio eletrônico, não respondeu de imediato a pedido de comentários da Reuters. VÍDEO: Saiba o que fazer se seu celular for roubado Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião

G1

Wed, 27 Mar 2024 03:00:20 -0000 -


Ação foi cotada a US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo. Donald Trump REUTERS As ações da (TMTG) Trump Media e Technology Group subiram 40% nesta terça-feira (26) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo, que fica em Nova York, nos Estados Unidos. O valor atingiu US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília), marcando o primeiro dia de negociações da rede social Truth Social, lançada por Donald Trump. Pouco depois da abertura das operações na bolsa, as ações, muito procuradas, tiveram que ser suspensas por alguns minutos. A estreia da TMTG no mercado acontece após fusão com a Digital World Acquisition, que levou 29 meses. Com isso, ele entrou, pela primeira vez, no grupo das 500 pessoas mais ricas do mundo. A participação maioritária de Trump na empresa foi avaliada US$ 5,89 milhões. Ele detém cerca de 60% das ações. Juntas, as empresas subiram mais de 700% desde que o acordo foi anunciado, consolidando o status da TMTG como gigante do setor de tecnologia. Essa abertura de capital representa um alívio financeiro para o ex-presidente (2017-2021), que enfrenta várias acusações judiciais em diferentes frentes.

G1

Tue, 26 Mar 2024 20:41:25 -0000 -


Deixar o telefone no arroz? Nem pensar. Tem que secar bem o aparelho com um pano e deixar em um local com bastante fluxo de ar. Aprenda também a identificar o quão protegido é o seu smartphone. Saiba o que fazer se o celular cair na água O celular caiu na água ou, por algum acidente, ficou encharcado. Mas, calma, dá para tentar salvar o smartphone. O Guia de Compras reuniu as indicações dos fabricantes com as melhores recomendações para tentar resolver o problema. Nada de colocar o aparelho dentro de um pote com arroz, hein? ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Veja a seguir o que fazer e o que não fazer no caso de derrubar água (ou algum outro líquido) no telefone. E entenda qual é o nível de proteção do seu aparelho. O que fazer: Desligue o aparelho imediatamente. "A umidade no dispositivo pode causar sérios danos ou corrosão na placa-mãe", orienta a Samsung. Talvez precise dar um banho: as fabricantes também indicam que pode ser necessário remover impurezas que tenham entrado no telefone – como água do mar (que tem sal), da piscina (com cloro) ou resíduo de alguma bebida. Nesse caso, a recomendação das marcas é mergulhar o celular em água limpa por 1 a 3 minutos e enxaguar. Use um pano seco para remover o excesso de líquido na parte externa. Sem excesso: Tente remover o líquido restante batendo de leve no topo do aparelho, com o conector USB apontado para baixo. Bote para secar: Coloque o telefone em um local seco e com bastante fluxo de ar – pode ser perto de um ventilador. A água irá evaporar aos poucos. Será que está pronto para usar? Caso surja na tela um alerta de umidade – que aparece em iPhones e alguns modelos Samsung Galaxy –, ainda pode ter um resto de água no conector ou nos pinos do cabo. Continue com o telefone em uma área seca, com bastante fluxo de ar, entre 24 horas (na recomendação da Apple) e 48 horas (de acordo com o site da Motorola). Use um carregador sem fios: se for preciso recuperar alguma informação urgente do celular e ele estiver descarregado, uma alternativa – caso seja compatível – é utilizar um carregador sem fios, para evitar o uso de cabos. Não se esqueça de secar a traseira do telefone antes. Nem toda situação de exposição à água é igual. Se o problema não for resolvido, é recomendável procurar a assistência técnica do fabricante do celular para uma avaliação técnica. O que não fazer: Nada de arroz: Não coloque o smartphone em um recipiente ou saco de arroz. "Pequenas partículas de arroz podem causar danos", diz a Apple, em nota em seu site de suporte. Não use o cabo com o aparelho molhado. Com isso, os pinos do conector ou do cabo podem ser corroídos e causar dano permanente ou interromper o funcionamento, ressalta a Apple. Não use acessórios: Nem pense em usar uma fonte externa de calor, como secador de cabelos, ou de ar comprimido para tentar remover o líquido. O vento quente do secador pode, por exemplo, descolar a tampa traseira do equipamento e outros componentes internos. Nada de cotonete: Sempre existe a tentação de usar um cotonete ou palito para enxugar o celular: os resíduos de algodão (ou outro material) podem ficar presos dentro dos orifícios dos alto-falantes ou do conector USB-C (no caso dos Androids e do iPhone 15) ou Lightning (para iPhones 14 e anteriores). E aí é mais um estrago em potencial. Celular dentro d'água Sergey Meshkov/Pexels Qual o nível de proteção do seu aparelho? Telefones mais antigos tinham partes móveis, como tampas, gavetas para cartões de memória e baterias removíveis. E eram mais suscetíveis a danos por umidade. Os aparelhos mais modernos têm poucas partes móveis e fica tudo “travado” em uma única peça. Esse tipo de projeto ajuda a impedir entrada de água, mas ainda deixa alguns espacinhos livres: as aberturas dos alto-falantes, do microfone, da gaveta para o cartão SIM da operadora e o conector do cabo de energia. Os fabricantes de smartphones passaram a certificar os equipamentos pela classificação IP. Esse é um código criado pela IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional, em inglês) que ajuda a identificar a proteção e a resistência dos aparelhos contra poeira, impacto e líquidos. O primeiro dígito da classificação informa a proteção contra objetos sólidos. O segundo dígito, a proteção contra água: O que significam os números na proteção IP? Aparelhos mais caros são resistentes à água, com a classificação IP67 (profundidade máxima de 1 metro por até 30 minutos) ou IP68 (profundidade máxima de 1,5 metro por até 30 minutos). Ou seja, dá pra dar um mergulho rápido para tirar uma foto embaixo da piscina sem ficar com medo de danificar o aparelho. Mas, se passar do tempo, esse mesmo “mergulho" pode estragar mesmo o aparelho e levar à perda da garantia. "O dispositivo pode ficar encharcado”, complementa a Samsung. "A exposição a condições fora desses parâmetros não está coberta pela garantia”, comenta a Motorola. Celulares mais básicos contam com a classificação IP53 ou IP54, que garante proteção contra poeira, borrifos ou respingos de água. Um exemplo com essa proteção é a linha Redmi, da Xiaomi– mas esses não podem mergulhar. iPhone 'antigo': até qual versão ainda vale a pena comprar? Veja a seguir uma lista com sete smartphones com proteção IP68 disponíveis nas lojas da internet. Os preços dos aparelhos começavam em R$ 2.200 e chegavam até R$ 11.000 nos vendedores on-line consultados em março. Apple iPhone 14 Apple iPhone 15 Pro Max Asus Zenfone 10 Motorola Edge 40 Motorola Edge 40 Neo Samsung Galaxy A55 Samsung Galaxy S24 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

G1

Tue, 26 Mar 2024 10:00:28 -0000 -


Carteiras digitais permitem armazenar cartões de crédito e débito no celular, além de guardar documentos e outras informações importantes, como ingressos de shows e passagens aéreas. Aplicativos de carteira digital do Google e da Apple podem ser usados para fazer pagamento por aproximação e compras online Naipo.de/Unsplash A e o Google oferecem aplicativos que funcionam como carteiras digitais. Eles são usados principalmente para guardar dados de cartões de crédito e débito, mas também permitem armazenar documentos e informações sobre ingressos de shows e passagens aéreas, por exemplo. Como o nome indica, o Apple Pay só está disponível para aparelhos da Apple. A Carteira do Google pode ser usada apenas no Android. Em ambos, o celular precisa ter NFC (sigla para "comunicação por campo de proximidade"), presente na maioria dos dispositivos lançados nos últimos anos. Veja a seguir detalhes sobre as carteiras digitais do Google e da Apple: O que é uma carteira digital? As carteiras digitais são seguras? Como usar a carteira digital? Quais são os cartões compatíveis? O que mais dá pra guardar na carteira digital? 🛜 O que é uma carteira digital? Uma carteira digital é um aplicativo que permite armazenar dados de pagamento, como cartões de crédito e débito, que podem ser usados em lojas físicas ou na internet. Em lojas físicas, basta seguir o procedimento do aplicativo e aproximar o celular da maquininha de pagamento (veja mais abaixo). Nas compras online, é possível inserir no formulário de pagamento os dados sobre cartões que estão armazenados na sua conta. Em alguns casos, a loja virtual também pode exibir um botão para pagar com o Apple Pay ou a Carteira do Google. 🔒 As carteiras digitais são seguras? As duas carteiras usam várias camadas de segurança para proteger as informações financeiras dos usuários. As principais medidas presentes em ambas as ferramentas incluem: ➡️ Criptografia: as informações nas carteiras são criptografadas nos bastidores do aplicativo, ou seja, elas são embaralhadas e transformadas em uma sequência de código. Essa ação dificulta a leitura do dado por pessoas não autorizadas. ➡️ Token: em vez do número real do cartão, os serviços criam um código virtual para representá-lo. É o token que é enviado para o estabelecimento em que você faz a compra. Assim, o número real do cartão nunca é compartilhado. ➡️ Senhas: as plataformas exigem senhas para liberar o acesso do usuário ao aplicativo. Elas variam entre PIN (sequência numérica), impressão digital ou até reconhecimento facial. 📲 Como usar a carteira digital? Carteira do Google: pode ser baixada na loja de aplicativos Play Store, por meio deste link. Siga as instruções para instalar e conectar o aplicativo à sua conta do Google. Para cadastrar um cartão ou documento, siga os passos abaixo: Na tela inicial da Carteira do Google, toque em "Adicionar à Carteira"; Em seguida, selecione a opção "Cartão de débito ou crédito"; Alinhe a câmera do celular ao cartão físico, como indicado, ou insira os dados manualmente; Clique em "Salvar"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, basta desbloquear a tela do celular, aproximá-lo da maquininha por alguns segundos (não é preciso abrir o aplicativo Carteira do Google) e, se necessário, seguir as instruções que aparecerão na tela. Carteira do Google Divulgação/Google No Apple Pay: o Carteira (também conhecido como Wallet) é o app que para permite guardar dados como cartões de crédito e débito, ingressos, cartões de embarque e comprovantes de vacinação. Os cartões salvos na Carteira podem fazer pagamentos pelo Apple Pay, seguindo esse passo a passo: Toque no botão "Adicionar +"; Escolha "Cartão de Débito ou Crédito"; Toque em "Continuar"; Posicione o cartão na moldura ou selecione "Inserir Dados Manualmente"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, clique duas vezes no botão à direita (se o iPhone tiver Face ID) ou no botão Home (se o celular tiver Touch ID). Depois, aproxime o aparelho próximo do leitor de pagamentos até que ele mostre um "OK" e um sinal de verificação na tela. Como adicionar cartão na Carteira (Wallet) da Apple Reprodução/Apple 💳 Quais são os cartões compatíveis? Os modelos de carteira digital aceitam as principais bandeiras, como Mastercard e Visa, e bancos, como Caixa, Bradesco, Itaú, Nubank e Banco do Brasil, entre outros. Desde que foram lançadas no Brasil, as plataformas têm ampliado o número de cartões aceitos. É possível consultar a lista completa de bancos aceitos no site do Apple Pay e da Carteira do Google. 📄 O que mais dá pra guardar na carteira digital? Sim. Também é possível usar as carteiras da Apple e do Google para armazenar passagens aéreas, ingressos, certificados de vacinação e controles de acesso a espaços com fechaduras inteligentes. O Google destaca que, em algumas cidades, seu aplicativo pode ser usado no transporte coletivo. Já a Apple afirma que sua carteira serve para guardar dados de algumas redes de vale-alimentação. Leia também: Você sabe identificar uma imagem que foi manipulada com inteligência artificial? Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem Lei da União Europeia que regula big techs entra em vigor; entenda Golpe do cartão por aproximação: veja como agem os criminosos

G1

Tue, 26 Mar 2024 07:00:41 -0000 -


Aeronave alcançou 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som. Fabricante Boom Supersonic diz que modelo fará voos supersônicos nos próximos testes, como parte do desenvolvimento de seu principal projeto, o Overture. Avião supersônico XB-1 faz primeiro voo, ainda abaixo da velocidade do som A fabricante Boom Supersonic informou que seu avião supersônico XB-1 completou o primeiro voo na sexta-feira (22). A aeronave serve como modelo de teste para o principal supersônico da empresa, o Overture, que deve fazer o primeiro voo somente em 2027. Neste teste, o XB-1 alcançou altitude de 7.160 pés (cerca de 2.200 metros) e atingiu velocidade de 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som (Mach 1, ou cerca de 1.230 km/h). Agora, a equipe da Boom Supersonic pretende realizar novos testes para confirmar o desempenho do XB-1 e fazer voos ainda mais rápidos, em que a aeronave atingirá velocidade supersônica. A empresa disse que o avião atingiu os objetivos de velocidade, altitude e estabilidade que estavam previstos. Essa verificação foi feita com a ajuda da T-38, uma aeronave de perseguição que seguiu o avião durante o voo. O XB-1 decolou e pousou em uma pista na cidade de Mojave, na Califórnia. Este foi o local em que o avião Bell XB-1 fez o primeiro voo supersônico da história, em 1947. Apple, Google e Meta viram alvo de investigações da União Europeia Avião supersônico XB-1 durante seu 1º voo de teste, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic O primeiro voo do XB-1 é mais um passo para o retorno dos aviões supersônicos civis, já que ele serve como base para o desenvolvimento do Overture, um avião maior que é apontado como o sucessor do Concorde, que operou até 2003. Segundo a Boom Supersonic, o avião de teste tem sido usado para validar itens que serão usados no Overture, como um sistema de câmeras no nariz da aeronave e o acabamento em fibra de carbono. Concorde e Overture: quais as diferenças entre os aviões supersônicos Avião supersônico XB-1 toca o solo após seu 1º voo, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic Como será voar no Overture? O avião Overture deverá ter o dobro da velocidade das aeronaves atuais e alcançar 1.800 km/h quando estiver sobrevoando o mar. Em voos sobre o continente, a aeronave terá desempenho 20% superior, segundo a fabricante. A duração de um voo de Miami a Londres, que hoje é de cerca de 10 horas, cairia para cerca de 5 horas com o novo modelo. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Conheça o Overture, projeto de avião supersônico que pode chegar a 1.800 km/h E a alta velocidade não deverá ser incômoda para quem estiver no avião: a Boom Supersonic diz que, como o Overture ficará acima da maioria das áreas de turbulências, o voo será mais suave do que os das aeronaves convencionais. Além disso, a empresa afirma que o avião não será tão barulhento para regiões habitadas. Em geral, este tipo de aeronave produz um estrondo quando ultrapassa a velocidade do som por conta da chamada pós-combustão, que não será usada pelo Overture. Saiba mais sobre o que pode ser o jato supersônico mais veloz do mundo: 🏃 Velocidade máxima de 1,7 Mach (ou 1,7 vez a velocidade do som), o que na altitude de cruzeiro (60 mil pés ou cerca de 18 km) representa aproximadamente 1.800 km/h; ⛽ 7.867 km de autonomia; 💺 Capacidade para transportar até 80 passageiros; ️✈️ 61 metros de comprimento e 32 metros largura; 💰 130 unidades encomendadas por American Airlines, United Airlines e Japan Airlines. As diferenças entre os aviões supersônicos Conceito do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic Relembre o último voo do Concorde, em 2003

G1

Mon, 25 Mar 2024 17:41:58 -0000 -


Segundo a Comissão Europeia, essas empresas não estão em conformidade com a Lei de Mercados Digitais, implementadas em 7 de março. Violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. Logo da União Europeia. Reuters Apple, Google e Meta serão investigadas por possíveis violações da Lei dos Mercados Digitais, disseram órgãos reguladores da União Europeia nesta segunda-feira, o que pode resultar em multas pesadas para as empresas. A lei, em vigor desde 7 de março, exige que seis grandes empresas de tecnologia - que fornecem serviços como mecanismos de busca, redes sociais e aplicativos de bate-papo usados por outras empresas - cumpram as orientações a fim de garantir a igualdade de condições a seus rivais e oferecer mais opções aos usuários. As violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. A Comissão Europeia disse que suspeita que as medidas adotadas por essas corporações não estão em conformidade efetiva com a lei. A autoridade de concorrência da UE investigará as regras da Alphabet sobre direcionamento no Google Play e autopreferência no Google Search, as regras da Apple sobre direcionamento na App Store e a tela de escolha do Safari e o "modelo de pagamento ou consentimento" da Meta. Perguntado se a Comissão estava apressando o processo, o chefe do setor na UE, Thierry Breton, disse que as investigações não deveriam ser uma surpresa. "A lei é a lei. Não podemos simplesmente sentar e esperar", disse ele a jornalistas. Breton disse que a Meta - que introduziu um serviço de assinatura sem anúncios na Europa em novembro do ano passado - deveria oferecer opções alternativas gratuitas. Da mesma forma, o Google e a Apple introduziram novas taxas para alguns serviços. Um porta-voz da Meta disse que a empresa está se esforçando para cumprir a orientação da lei. O Google, que afirmou ter feito mudanças significativas em seus serviços, disse que defenderá sua abordagem nos próximos meses. A Apple disse estar confiante de que seu plano está em conformidade com a nova lei. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Vestido que muda de cor: roupa digital desenvolvida pela Adobe altera o visual com toque

G1

Mon, 25 Mar 2024 12:46:43 -0000 -


Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, fez seis meses de odontologia quando decidiu se aventurar no curso de AI. Ela e mais 14 estudantes concluíram o bacharelado na Universidade Federal de Goiás (UFG). Conheça a estudante da UFG que é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, em Goiânia. Natural de Ceres, ela chegou a fazer seis meses de odontologia, mas segunda ela, não era o que queria de verdade. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram “Fiquei sabendo da criação do curso de AI na colação de grau da minha irmã. Pesquisei sobre o mercado de trabalho e me agradou muito, vi que a área correspondia com a que sempre tive facilidade, exatas, e resolvi me aventurar”, disse Heloisy. Ela começou o curso em 2020 e terminou no fim de 2023 na Universidade Federal de Goiás (UFG), no instituto de Informática do Campus Samambaia, em Goiânia. No país todo, o curso de graduação em IA só é oferecido pela UFG, e a estudante foi a única mulher da turma de 15 formandos. LEIA TAMBÉM Goiás sedia debate internacional sobre ética no setor público e Inteligência Artificial Evento no Grupo Jaime Câmara com psicanalista Jorge Forbes discute inteligência artificial e seus impactos Heloisy conta que o curso, de bacharelado em Inteligência Artificial, além de ser chamado de IA, em inglês, artificial intelligence, é também chamado carinhosamente de BIA pelos bacharéis. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a primeira mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, na UFG Acervo pessoal “É um curso totalmente diferente dos outros. Ele trabalha a mentalidade empreendedora, resolução de problemas e tudo aliado à técnica. É promovido o contato com empresas privadas, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento (p&d), o que contribui muito com o nosso crescimento profissional no decorrer do aprendizado”, disse Heloisy. Ao g1, ela contou que em relação as áreas de IA, gosta mais de processamento de linguagem natural, que é fazer a máquina entender as falas humanas. “Um dos desafios pode ser um pouco de matemática, mas nada impossível. É se manter sempre atualizado, pesquisar e buscar conhecimento constante. Recomendo fazer, é um curso que podemos aplicar os conhecimentos em qualquer área como na saúde, agro, varejo, call center, etc”, contou ela. 1ª mulher formada em AI no Brasil Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, durante graduação em Inteligência Artificial Acervo pessoal Heloisy disse que o contato com as empresas durante o curso contribui e ajuda os alunos a conhecer o mercado de trabalho antes mesmo de se formar. Além disso, possibilita que os estudantes ganhem bolsas bem remuneradas em projetos desenvolvidos na universidade. “É um sentimento muito bom, principalmente de gratidão e alegria. Saber que eu consegui finalizar e poder ser inspiração para outras mulheres é muito gratificante. A tecnologia é uma área de mulheres também, devemos cada vez mais conquistar esses espaços”, contou Heloisy. Ela avaliou que falta incentivo para meninas jovens se aventurarem nesta área. Desde criança são os meninos que mexem no computador, entram em games no pc e acabam se atraindo mais pela área. “As meninas não são incentivadas a jogar no computador, ainda não possuem muitas referências de mulheres que mexem com isso, então é mais difícil quererem algo que desconhecem, mas p espaço está lá, só é necessário querermos acessá-lo. Somos capazes de chegar longe”, afirmou Heloisy. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, e a família durante colação de grau em Inteligência Artificial Acervo pessoal Ela contou que é importante a formação na área devido à grande possibilidade de resolver problemas da sociedade, de diversas áreas, contribuindo para um mundo melhor. “A minha percepção é que a IA vem para nos ajudar a sermos mais humanos, voltarmos para tarefas que são mais subjetivas, que requerem nossos pensamentos e entendimentos, e não fazermos tarefas maçantes e repetitivas. Alguns empregos serão extintos, mas com certeza precisaremos de novos empregos, mais especializados, e você tem que saber se adaptar às novas possibilidades”, disse Heloisy. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

G1

Mon, 25 Mar 2024 07:00:22 -0000 -


Plataforma alterou o tom de verde da marca, o desenho dos botões e a posição do menu, que passou a ser exibido na parte de baixo da tela em aparelhos Android e incomodou alguns usuários. WhatsApp mudou posição dos botões no Android e recebeu críticas dos usuários Reprodução O WhatsApp tem feito mudanças em seu visual que vão desde o tom de verde da sua marca até o estilo dos botões do aplicativo. As alterações são pequenas, mas não deixaram de ser percebidas e até criticadas, por alguns usuários (veja todas abaixo). Nas redes sociais, há várias reclamações sobre os ajustes, principalmente o que em passou a mostrar os botões do menu na parte debaixo da tela em celulares com sistema Android – até então, as opções "Conversas", "Atualizações", "Comunidades" e "Ligações" apareciam na parte superior do app. O novo visual será implementado de forma gradual para todos os usuários e não poderá ser revertido, segundo o WhatsApp. "Essas mudanças foram feitas para proporcionar uma experiência mais moderna no WhatsApp, além de deixar o app mais acessível e fácil de usar", disse a plataforma. Veja abaixo as mudanças no visual do WhatsApp: as abas, que costumavam ficar na parte superior da tela, agora aparecem na parte inferior nos celulares Android. o tom de verde do logotipo foi alterado e as cores do aplicativo ficaram mais intensas, para ajudar os usuários a focarem nas áreas mais importantes da tela, diz a empresa. o modo escuro agora é ainda mais escuro, e o modo claro tem mais áreas na cor branca, para facilitar a leitura, segundo o WhatsApp. ícones e botões ganharam formatos e cores diferentes. informações e textos agora possuem um espaçamento maior entre eles. o logotipo do WhatsApp passa a ser exibido na aba "Conversas". LEIA TAMBÉM: WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok no país As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' Initial plugin text Initial plugin text O Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral Veja primeiras impressões sobre o Apple Vision Pro Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Sat, 23 Mar 2024 17:08:53 -0000 -


Gigante da tecnologia é acusada de usar seu poder no mercado de celulares para obter mais dinheiro dos consumidores nos EUA. Por sua vez, empresa diz que processo está 'errado nos fatos e na lei'. Tim Cook, CEO da Apple, apresenta o iPhone 11 Pro durante evento no Steve Jobs Theater, em Cupertino, Califórnia Stephen Lam/Reuters O processo do Departamento de Justiça dos EUA e de mais quinze estados americanos contra a Apple fez com que a dona do iPhone perdesse US$ 113 bilhões em valor de mercado na quinta-feira (21), segundo informações da Bloomberg. A big tech vem sendo acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de smartphones no país. Na quinta, as ações da empresa caíram 4,1%, fazendo com que o seu valor de mercado despencasse em bilhões, registrando uma perda acumulada em 2024 em 11%, segundo a Bloomberg. Ela também teve um desempenho inferior ao Nasdaq 100 (bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia) e ao S&P 500, que tem as 500 maiores empresas do mundo que estão listadas na bolsa de Nova York e na Nasdaq. As ações da Apple, cujo valor de mercado atingiu um pico de US$ 3,081 trilhões em dezembro de 2023, encerraram o ano passado com um ganho de 48%. Junto da Microsoft, elas estão entre as empresas mais valiosas do mundo. Processo contra a Apple A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. O Departamento de Justiça alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. "Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste", disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. "Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones". Segundo a Bloomberg, a Apple disse que o processo está "errado nos fatos e na lei". Disse ainda que ele pode "abrir um precedente perigoso" e que irá se defender. LEIA TAMBÉM: As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' VÍDEO: paciente que recebeu 1º implante da Neuralink mostra como chip cerebral funciona 'Carro voador' chinês aguarda liberação para fazer testes no Brasil; conheça o projeto Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15

G1

Fri, 22 Mar 2024 14:03:24 -0000 -


À medida que a inteligência artificial é incorporada ao fluxo de trabalho das empresas, algumas delas estão dando aos funcionários um dia a mais para descansar. Empresas estão dando aos funcionários um dia extra de descanso Getty Images – via BBC Trabalhar quatro dias e receber pagamento por cinco é um sonho de muitos profissionais. Um sonho que parecia inatingível, mas que virou realidade em algumas empresas depois das mudanças radicais do ambiente de trabalho causadas pela pandemia. E, à medida que novos dados e informações sobre o assunto vão surgindo, cada vez mais empresas consideram adotar esse novo modelo — principalmente depois dos resultados positivos de testes realizados em países como o Reino Unido, a Islândia e Portugal. E os experimentos continuam. Na Alemanha, por exemplo, começou recentemente um teste com 45 empresas. E, em paralelo, um outro fator entrou nessa equação. A inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço no ambiente de trabalho – e alguns especialistas acreditam que ela poderá acelerar a adoção da semana de trabalho de quatro dias em muitas empresas. Mais de 90% das empresas que usam IA consideram adotar a semana de quatro dias de trabalho Getty Images – via BBC Dados coletados no final de 2023 pelo portal de notícias e eventos Tech.co, sediado em Londres, confirmam essa possibilidade. A empresa consultou mais de mil gestores norte-americanos para seu relatório de 2024 sobre o Impacto da Tecnologia sobre o Ambiente de Trabalho. Os pesquisadores concluíram que 29% das empresas com semanas de trabalho de quatro dias fazem amplo uso da IA nas suas operações, implementando ferramentas como o ChatGPT e outros programas para agilizar as operações. Como comparação, apenas 8% das empresas que mantêm a semana de trabalho de cinco dias empregam a IA dessa maneira. Além disso, 93% das companhias que adotaram a IA disseram estar abertas à semana de trabalho de quatro dias. E, entre as que não usam inteligência artificial, menos da metade pensa em trabalhar um dia a menos. Menos faltas e mais foco: o que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil Na agência de design digital Driftime, com sede em Londres, adotar a IA foi fundamental para que a empresa migrasse para a semana de trabalho flexível de quatro dias. "Delegando as tarefas simples às ferramentas de IA, ganhamos um tempo precioso que antes era perdido nas partes mais lentas do processo", afirma um dos fundadores da empresa, Abb-d Taiyo. Taiyo acredita que faz sentido adotar a semana mais curta, tanto para o bem-estar dos seus funcionários quanto para os resultados da empresa. "Em vez de uma queda na produtividade, observamos uma qualidade incrivelmente alta na entrega, aliada a um ótimo retorno na satisfação dos funcionários", ele conta. "A saúde e a felicidade da nossa equipe têm correlação direta com o alto padrão de trabalho produzido." Getty Images – via BBC Empresas estão automatizando tarefas que antes eram feitas manualmente, permitindo que os funcionários se dediquem a atividades mais complexas Shayne Simpson, diretor da empresa britânica de Recursos Humanos TechNET IT Recruitment, também acredita que a IA tem sido fundamental para o sucesso da semana de quatro dias na sua companhia. A empresa descobriu que as ferramentas de IA economizam 21 horas por semana dos seus consultores de contratação, principalmente ao automatizar tarefas que, antes, eram manuais — como a introdução de dados, e-mails de confirmação, seleção de currículos e contato com os candidatos. Isso reduziu o tempo de preenchimento de cargos vagos na empresa em 10 dias. "Essa economia de tempo permite que a nossa equipe atinja seus objetivos mais cedo durante a semana e que nossos consultores tenham um merecido descanso às sextas-feiras", conta Simpson. Além de estimular a produtividade e a aumentar motivação, a semana de trabalho reduzida também foi importante para atrair novos profissionais para a companhia, segundo ele. "Profissionais experientes são atraídos pela eficiência dos nossos processos e os iniciantes estão ansiosos para adotar as novas ferramentas", explica Simpson. Semana de 4 dias: o que experiências mostram sobre futuro do trabalho As ferramentas de IA certamente estão abrindo caminho para a semana de trabalho de quatro dias em alguns setores, mas a tecnologia não pode gerar a mudança sozinha. A cultura organizacional também é fundamental, segundo a professora de gestão de recursos humanos Na Fu, da Escola de Negócios Trinity, na Irlanda. "Estar aberto para estruturas de trabalho inovadoras, para fazer experiências e, o mais importante, ter uma cultura baseada em altos níveis de confiança são pontos importantes para adotar a semana de trabalho de quatro dias com sucesso", orienta ela. A professora também destaca que, à medida que a transformação digital com a IA avança, os próprios funcionários também devem estar dispostos a se aprimorar. "Em vez de se tornar meros servidores ou cuidadores de máquinas, os profissionais humanos precisam desenvolver novas técnicas que possam promover, complementar e comandar a IA, alcançando resultados melhores", orienta ela. Alguns setores terão mais benefícios com a IA do que outros, principalmente os que conseguirem usar as ferramentas para tarefas que incluem o desenvolvimento de software, criação de conteúdo, marketing e serviços legais, segundo Fu. Getty Images – via BBC Em vários experimentos, funcionários que tiveram um dia a mais para estar com a família e se divertir relataram ficar mais produtivos e felizes com o trabalho Na maioria dos casos, a inteligência artificial ainda terá um longo caminho pela frente até conseguir reduzir substancialmente as horas de trabalho humano. Mas, de qualquer forma, para que a incorporação da IA ao fluxo de trabalho das empresas de fato leve à adoção da semana de quatro dias, é preciso que os executivos comprem a ideia. E a adoção desse modelo pelos gestores irá variar dependendo do propósito e dos valores gerais de cada um, segundo Fu. Algumas empresas poderiam, por exemplo, usar a IA para executar tarefas simples e liberar seus funcionários não para que tenham um dia a mais de folga, mas simplesmente para que assumam novos projetos nesse tempo "livre". Ainda assim e mesmo com reservas, cada vez mais gestores veem a semana de trabalho reduzida como um futuro inevitável graças à tecnologia – incluindo os executivos de algumas das empresas mais rentáveis do mundo. Em outubro de 2023, por exemplo, o CEO (diretor-executivo) da JPMorgan Chase & Co., Jamie Dimon, declarou à Bloomberg TV que "seus filhos irão viver até os 100 anos e provavelmente irão trabalhar três dias e meio por semana." Agora, é esperar para ver. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife. Veja mais em: O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil

G1

Fri, 22 Mar 2024 08:02:16 -0000 -


Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Pedido de amizade nas redes sociais foi o início de stalking que virou caso de polícia, conta atriz Getty Images via BBC Quando a atriz Fernanda Antoniassi aceitou em 2020 uma solicitação de amizade de um perfil falso com a foto do ator britânico Henry Cavill, que deu vida ao Super-homem no cinema, ela não imaginava que começaria a ser perseguida por um desconhecido. Fernanda conta que, logo depois, a pessoa por trás do perfil falso passou a interagir com a atriz. “Sabia que era golpe, mas resolvi dar trela para juntar provas e fazer uma denúncia seguindo o conselho de uma amiga advogada.” Passados sete dias, Fernanda resolveu bloquear o perfil em suas redes sociais. “Foi quando ele passou a criar outros perfis e a me mandar solicitação sem parar. Para piorar, em alguns, ele até tentava fazer chamada de vídeo”. Fernanda estava sendo vítima de stalking, termo em inglês que designa o crime de perseguição no qual alguém invade repetidamente a vida privada da vítima presencialmente ou na internet. “Vivi essa situação durante semanas. Ele parava e, depois, voltava. Até que um dia, resolvi atender uma das ligações”. Foi quando, pela primeira vez, Fernanda conseguiu ver seu perseguidor: um homem que ela diz nunca ter visto antes. “Perguntei o que ele queria e disse que já tinha procurado a polícia", conta ela. "Foi quando ele me exigiu dinheiro para não matar minha mãe, porque ele dizia saber onde morava, mesmo sem eu nunca ter lhe falado.” Ao desligar a chamada, a atriz levou as gravações para a polícia. Mas ninguém foi formalmente acusado do crime até agora. “Nesse meio tempo, minha casa passou a ser rondada por carros, meu imóvel foi assaltado e já gravei dois drones a noite rondando a casa onde vivo com meus pais”, diz Fernanda. Stalking: como identificar e o que fazer quando se é vítima de perseguição A atriz que teve que passar a fazer tratamento para ansiedade após o caso: “Tenho medo dele estar mais próximo do que imagino”. Fernanda diz que a última tentativa de contato do perseguidor aconteceu no final de 2023. “Depois que publiquei um relato nas redes sociais, alertando outras mulheres, ele meio que parou, mas ainda sinto receio”, afirma a atriz. "Hoje, tenho medo de sair de casa e não voltar, pois não sei quando estou ou não sendo perseguida.” 'Mudei de endereço para ter paz': os relatos de vítimas de 'stalking', que pode dar 3 anos de prisão Stalking: entenda o que é esse crime, saiba identificar e veja como denunciar 155 casos por dia Histórias como a de Fernanda são mais comuns do que se imagina. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Para se ter uma ideia, apenas em 2022, 56.560 casos do tipo foram registrados no país. São Paulo (17.019), no Rio Grande do Sul (5.424) e no Paraná (4.801) são os que concentram a maior parte dos registros policiais de stalking no Brasil. Em geral, a maioria dos casos registrados envolvem vítimas mulheres, entre 16 e 24 anos, e homens como perseguidores. "Mas também existem registros de mulheres que perseguem homens”, diz Juliana Brandão, pesquisadora sênior do FBSP. No mundo, o termo stalking começou a ser usado no final da década de 1980 para descrever a perseguição insistente a celebridades pelos seus fãs. No entanto, foi apenas em 1990, na Califórnia, Estados Unidos, que a conduta passou a ser criminalizada pela primeira vez. Atualmente, países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália já possuem legislações específicas para lidar com o stalking. A lei que criminaliza o stalking no Brasil é de 2021 e prevê prisão de seis meses a dois anos e multa para esse tipo de conduta.  A pena pode ser aumentada quando a vítima é criança, adolescente, idoso ou mulher. O crime é definido como perseguição reiterada por qualquer meio, como a internet, que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima. Brandão explica que, por ser um crime novo na legislação brasileira, muitos casos ainda não são registrados, porque muitas vítimas não sabem que esse tipo de atitude é um crime. “Na maioria dos casos, o stalking acontece com o fim de um relacionamento, porém temos notado um crescimento de casos de desconhecidos que passam a perseguir mulheres pelas redes sociais, principalmente, quando estas se recusam a ter contato”, diz Brandão. “Nesse caso, falamos de cyberstalking, cuja perseguição acontece no ambiente virtual e acaba até tendo mais impactos na vida da vítima do que atos presenciais.” Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, explica que o stalking se diferencia dos demais crimes contra a mulher pelo seu foco na perseguição persistente e indesejada. "Enquanto outros crimes, como a violência doméstica ou o assédio sexual, podem envolver atos isolados ou específicos de violência ou coerção, o stalking caracteriza-se pela repetição e pela persistência do comportamento persecutório”, diz Camargo. Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil classificam o stalking em três níveis: Leve: inclui comportamentos como seguir a vítima nas redes sociais, enviar mensagens não solicitadas ou e-mails, e outras formas de comunicação indesejada. Embora possa ser perturbador, esse nível de stalking pode não representar uma ameaça física imediata. Moderado: pode envolver ações mais intrusivas, como seguir a vítima em público, aparecer repetidamente em lugares frequentados por ela, realizar ligações telefônicas frequentes ou enviar presentes não solicitados. Esse nível de stalking começa a ter um impacto mais significativo na sensação de segurança da vítima. Grave: caracteriza-se por comportamentos que representam uma ameaça direta à segurança da vítima, como perseguição física, invasão de propriedade, vandalismo, ameaças explicitas ou até mesmo violência física ou moral. Esse nível de stalking requer atenção imediata das autoridades e medidas de proteção para a vítima. Camargo ressalta que o stalking é um crime progressivo, o que significa que pode escalar de um nível mais leve para um mais grave ao longo do tempo. "Por isso, é absolutamente imprescindível que as vítimas de stalking busquem ajuda logo nos primeiros sinais de perseguição, para prevenir a escalada do comportamento abusivo do criminoso”, alerta. Em geral, maioria dos casos envolvem vítimas mulheres entre 16 e 24 anos, aponta especialista Getty Images via BBC 'Tremia de medo' A radialista sul-matogrossense Verlinda Robles começou a ser vítima de stalking em 2017. Tudo começou com uma ligação na rádio. Na época, ela apresentava um programa, e um ouvinte da cidade de Costa Rica, no interior do Mato Grosso do Sul, passou a ligar todos dias oferecendo uma música para Verlinda. “Sempre fui simpática com todos os ouvintes, mas fui percebendo que aquilo não era normal", diz ela. "Agradecia o carinho pelo meu trabalho, mas dizia que aquilo já estava fugindo do normal e pedia para ele parar de ligar.” Mas o pedido não surtiu efeito. O homem voltou a ligar para a rádio e a pedir para falar com a radialista. Verlinda voltou a pedir que ele parasse, mas ela diz que seu perseguidor "não queria entender”. Ela conta que a situação fugiu do controle quando o perseguidor que conseguiu seu número de telefone particular. “Era impressionante, não tinha hora. Ele me ligava no trabalho, a tarde e até de madrugada", diz. "Chegou em um ponto em que eu não atendia mais telefonemas, porque sempre era ele. Eu bloqueava um número, ele me ligava de outro.” Foi quando o perseguidor passou a fazer contato com Verlinda de outras formas e a ligar nos telefones de seus amigos. O homem passou a comprar presentes e a deixar na rádio, mas ela conta que recusava todos e pedia para devolver. "Mas ele continuava. Eu me sentia ofendida, porque já não bastasse a perseguição ele achava que podia me comprar. Lembro que, quando via ele, eu tremia de medo.” Em meio à perseguição, Verlinda resolveu se mudar em busca de novas oportunidades de trabalho. Do norte do Mato Grosso do Sul, a radialista foi morar no sul do Estado, onde acreditava estar livre do seu perseguidor. Passado alguns dias, um colega da rádio onde ela estava trabalhando falou para ela que tinha um homem que estava ligando todo dia me mandando um abraço. Era o perseguidor de Verlinda. Na mesma semana, ela entrou no site da operadora de telefonia para pegar um boleto para pagar sua conta. Foi quando Verlinda viu que já estava paga. "Na hora, achei estranho, pois sabia que não tinha feito o pagamento. Quando fui averiguar com a operadora, descobri que o endereço de entrega da conta tinha sido trocado e quem tinha pago era quem estava me perseguindo.” A radialista resolveu então denunciar o caso em suas redes sociais. A publicação feita em 2019 viralizou. 'Eu vivia com medo de alguém me fazer mal e nem sabia de quem tinha que correr na rua': um relato de quem sofreu com stalking Print de conversa entre Fernanda e perfil que utiliza o nome de ator e a perseguiu Reprodução via BBC "Não sei até hoje como ele conseguiu alterar meu endereço de pagamento. Para eu voltar para o meu endereço, foi uma odisseia.” A radialista também fez um boletim de ocorrência contra o homem e se tornou uma das primeiras vítimas de stalking no Brasil a conseguir uma medida protetiva contra um perseguidor. Verlinda diz que muita gente até hoje pergunta porque ela não o denunciou antes. "Sentia tanta vergonha de chegar na delegacia e os policias acharem que estava querendo aparecer que fui querendo fugir dele, sem procurar ajuda.” Com a medida protetiva, a perseguição cessou, conta Verlinda. Ela soube que, alguns meses depois, seu perseguidor morreu por problemas de saúde, mas os traumas ficaram. “Confesso que até hoje olho embaixo da cama ao chegar em casa por medo de ter alguém me perseguindo", diz. "Não alugo casa sem ter grades na janela; e até para me relacionar com as pessoas tenho dificuldade. É uma sombra que, infelizmente, levo na minha vida.” Como reagir e denunciar Daniel Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), explica que, quando a vítima de stalking é uma pessoa famosa, o perseguidor tem na maioria das vezes um transtorno mental. “O stalking com anônimos, na maior parte dos casos, não tem a ver com transtorno mental, tem a ver com gênero, do sujeito simplesmente não aceitar o fim do relacionamento ou ser rejeitado por alguém”, explica o psiquiatra. Um estudo publicado em 2009, no periódico Law and Human Behavior, que fez um perfil de 200 pessoas condenadas por stalking constatou que, em média, apenas 25% dos casos de perseguição duram mais de um ano. Segundo a pesquisa, o fator que levou à perseguição duradoura foi o vínculo que a vítima tinha com o autor. Assim, no caso de ex-maridos ou ex-namorados perseguidores, o stalking tende a durar mais. “O mais importante é não falar com o perseguidor", afirma Barros. "Não troque mensagem, não fale, não tenha nenhum contato e leve a sério a situação, pois falar com ele tende a aumentar esse comportamento, porque o perseguidor entende que conseguiu o que queria: sua atenção.” Jamila Ferrari, delegada coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) do estado de São Paulo diz que o principal sinal de que uma pessoa é vítima de stalking é passa a se sentir ameaçada pelas constantes investidas do perseguidor. “O enfrentamento sem dúvida é feito com informação. Informar constantemente às pessoas de que existe esse crime e punição para quem comete é uma das medidas mais importantes de prevenção”, diz a delegada. Atualmente, a vítima de stalking no Brasil pode procurar ajuda em qualquer delegacia de polícia. Contudo, especialistas dizem ser aconselhável que, em casos mais graves, que a pessoa perseguida busque apoio também de advogados, serviços de assistência psicológica e grupos de apoio. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil recomendam algumas medidas que podem ajudar a diminuir as chances de ser vítima de stalking: Manter as informações pessoais privadas; Ajustar as configurações de privacidade nas redes sociais; Evitar compartilhar detalhes sobre rotina e localização; Estar atento a comportamentos suspeitos ou pessoas que pareçam estar seguindo ou monitorando de forma persistente. “Nessas situações, mediante provas e identificação do autor, a vítima pode obter na Justiça uma ordem de restrição contra o perseguidor, obrigando-o a manter distância da vítima, sob pena de ser preso em flagrante em caso de violação da ordem”, ressalta Solano. Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição Daniel Ivanaskas/G1

G1

Fri, 22 Mar 2024 07:01:38 -0000 -


Internautas acharam que tiveram seus perfis hackeados nesta quinta-feira (21). Usuários reclamam de instabilidade no Instagram na noite desta quinta-feira (21) Downdetector/ Reprodução O Instagram desconectou as contas de milhares de pessoas nesta quinta-feira (21). Por conta da falha, alguns usuários desconfiaram de que tinham sido hackeados. Segundo o site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade em vários países, os problemas com a rede social começaram por volta das 19h (horário de Brasília). O maior pico de reclamações ocorreu às 20h19, com 1.909 notificações. Ao abrir o aplicativo pelo celular ou desktop, o usuário da rede social receberam a seguinte mensagem: "Você foi desconectado. Entre novamente". Ao clicar no botão "entrar", o login era concluído. As ocorrências foram para: acessar o aplicativo móvel (66%); login (30%); postagem (4%). Procurada pelo g1, a Meta, empresa do Instagram, não retornou até a publicação da matéria. A instabilidade ocupou o topo dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). Poucos minutos de instabilidade geraram repercussão e até memes: Instabilidade no Instagram gera repercussão no X (antigo Twitter) Reprodução/X Memes gerados após instabilidade do Instagram Reprodução/X Memes após Instagram desconectar contas dos usuários Reprodução/X Memes após o Instagram deslogar perfis dos usuários Reprodução/X Instagram e Facebook fora do ar e... PM procurado por morte de advogado se entrega Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 21 Mar 2024 23:35:23 -0000 -


Departamento de Justiça alega que a big tech usa o seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores. Apple afirma que, se o processo for bem-sucedido, a 'capacidade' da companhia de 'criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam' será prejudicada. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue O Departamento de Justiça dos EUA e mais quinze estados americanos processaram nesta quinta-feira (21) a Apple, alegando que a big tech monopolizou ilegalmente os mercados de smartphones. A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. “Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. “Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones.” O Departamento de Justiça, que também se juntou ao Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. A ação civil acusa a Apple de monopólio ilegal sobre smartphones mantido pela imposição de restrições contratuais e pela retenção de acesso aos desenvolvedores, detalhou a agência de notícias Reuters. “Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos da Apple em mercados ferozmente competitivos. Se for bem sucedido, prejudicaria a nossa capacidade de criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se cruzam”, afirmou a Apple, em um comunicado. Leia também: Página falsa anuncia 'ingressos' para show esgotado de Caetano e Bethânia em SP O TikTok é mesmo um perigo para o Ocidente? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Processos e ações contra a big tech A Apple já foi alvo de investigações e ordens antitruste na Europa, Japão e Coreia, bem como ações judiciais de rivais corporativos como a Epic Games. Um dos negócios mais lucrativos da Apple – sua App Store, que cobra comissões dos desenvolvedores de até 30% – já sobreviveu a um longo desafio legal sob a lei dos EUA pela Epic. Embora o processo tenha concluído que a Apple não violou as leis antitruste, um juiz federal ordenou que a Apple permitisse links e botões para pagar por aplicativos sem usar a comissão de pagamento no aplicativo da Apple. Na Europa, o modelo de negócios da App Store da Apple foi desmantelado por uma nova lei chamada Lei dos Mercados Digitais, que entrou em vigor no início deste mês. A Apple planeja permitir que os desenvolvedores ofereçam suas próprias lojas de aplicativos – e, mais importante, que não paguem comissões. Apesar disso, rivais como Spotify e Epic argumentam que a Apple ainda está dificultando a oferta de lojas de aplicativos alternativas. As decisões sobre a App Store da Apple forçaram o Departamento de Justiça a analisar outras práticas da Apple como base para uma reclamação, como a forma como a Apple permite que empresas externas acessem os chips e sensores do iPhone. Empresas de hardware de consumo, como a fabricante de rastreadores inteligentes Tile Inc, reclamam há muito tempo que a Apple restringiu as formas como podem trabalhar com os sensores do iPhone enquanto desenvolvem produtos concorrentes que têm maior acesso. A Apple começou a vender AirTags – que podem ser anexadas a itens como chaves de carros para ajudar os usuários a encontrá-los quando perdidos – vários anos depois que a Tile começou a vender um produto semelhante. Da mesma forma, a Apple restringiu o acesso a um chip no iPhone que permite pagamentos sem contato. Os cartões de crédito só podem ser adicionados ao iPhone usando o serviço Apple Pay da própria Apple. E a companhia também enfrentou críticas por seu serviço iMessage, que só funciona em dispositivos da empresa. Há muito tempo, a big tech argumenta que restringe o acesso a dados do usuários e hardwares do iPhone para outros desenvolvedores por razões de privacidade e segurança. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

G1

Thu, 21 Mar 2024 14:51:42 -0000 -


Site 'Aos fatos' afirma que o link chegou a aparecer entre os patrocinados na busca do Google, acima do endereço oficial de venda dos ingressos. Reclame Aqui também registra queixas. Maria Bethânia e Caetano Veloso em foto de divulgação da turnê conjunta Divulgação Uma página falsa anunciava na noite da última quarta-feira (20) supostos ingressos para o show esgotado de Caetano Veloso e Maria Bethânia que acontecerá no dia 14 de dezembro, em São Paulo. O site aparecia nos resultados na busca do Google por "ingressos Caetano e Bethânia" por volta das 21h e, durante o dia, chegou a figurar entre os anúncios da plataforma (links patrocinados), acima do endereço da página oficial de vendas, a Ticketmaster Brasil, conforme reportou o site "Aos fatos". Procurado pelo g1, o Google não deu detalhes do site falso que aparecia em seu buscador, mas disse que "age imediatamente" quando identifica "violação às políticas da empresa" (leia o posicionamento). A Ticketmaster Brasil disse que denuncia sites suspeitos usando o seu nome. "Ranking de aparição das buscas ou a promoção destes links é algo que não controlamos", completou (leia abaixo). Sem comprovação da compra Consumidores deixaram relatos sobre o site falso no "Reclame Aqui", que reúne queixas contra empresas. "Procurei no Google por ingresso Caetano e Bethânia e o primeiro endereço localizado foi o caetanoebethania-ticketmaster.com", descreveu um comprador, mencionando o falso domínio. Ele afirmou que não recebeu nenhum tipo de confirmação pelos dois supostos ingressos que adquiriu, o que também foi relatado por outras pessoas que disseram ter comprado no site falso. Site falso anuncia ingressos para show esgotado de Caetano e Bethânia no dia 14 de dezembro, em São Paulo Reprodução Os ingressos para o show do dia 14 de dezembro acabaram ainda durante a manhã de quarta-feira, pouco depois da abertura das vendas para o público geral. Na página oficial, a Ticketmaster Brasil divulgava na noite de quarta que a data está esgotada e que informações serão divulgadas "em breve" sobre uma segunda data anunciada para São Paulo, dia 15 de dezembro. Já no site falso, que usa o nome da Ticketmaster no endereço e copia o visual da página oficial, era possível colocar no carrinho "ingressos" para a data esgotada, na noite de quarta. Nesta quinta, os perfis de Caetano Veloso e Maria Bethânia nas redes também alertaram sobre o site falso. Perfis de Caetano Veloso e Maria Bethânia alertam contra site falso de ingressos para show dos dois artistas. Reprodução/Instagram De acordo com o "Aos fatos", o anúncio do site falso no Google informava o nome de uma pessoa física como responsável pelo impulsionamento e dizia que a identidade do anunciante tinha sido “verificada pelo Google". O que diz o Google Procurado pelo g1, o Google não compartilhou detalhes sobre o site falso e não comentou sobre o impulsionamento do link em sua página. A companhia afirmou que tem políticas robustas para delimitar a forma como as pessoas anunciam em seus serviços. "Quando identificamos uma violação às nossas políticas, agimos imediatamente suspendendo o anúncio e, até mesmo, bloqueando a conta do anunciante. Se algum consumidor suspeitar ou for vítima de golpe, oferecemos uma ferramenta para denunciar violações de nossas políticas". O que diz a Ticketmaster A Ticketmaster afirmou ter um "protocolo" para denunciar anúncios e sites fraudulentos e diz não conseguir controlar esses casos. "Em shows com alta demanda, é comum que as pessoas procurem informações de compras de ingressos em ferramentas de busca e cliquem no primeiro site que lhes aparece, o que muitas vezes não é confiável", diz. "Infelizmente, o ranking de aparição das buscas ou a promoção destes links não é algo que controlamos", diz a empresa. "Não possuímos nenhum vínculo ou parceria com sites de revenda e esses ingressos, quando existem, podem ser falsos, impedindo seu acesso ao evento". Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

G1

Thu, 21 Mar 2024 12:17:38 -0000 -


Nolan, um homem tetraplégico de 29 anos, recebeu o chip da empresa de Elon Musk no fim de janeiro. Em transmissão no X (antigo Twitter), ele mostrou como está usando o equipamento para controlar seu computador. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, revelou nesta quarta-feira (20) o paciente que recebeu o primeiro implante de chip cerebral da empresa, no fim de janeiro. Em uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter), ele demonstrou como usa o equipamento para controlar seu computador. Noland Arbaugh, um homem de 29 anos, disse que ficou tetraplégico em um acidente de carro oito anos atrás. "Não tenho sensação ou movimento abaixo da área da lesão, abaixo dos ombros", afirmou. Durante a transmissão, conduzida por Bliss Chapman, chefe de software da Neuralink, Nolan contou que uma das coisas que não conseguia fazer com frequência desde o acidente era jogar xadrez. "Agora, tudo está sendo feito com o meu cérebro", disse Nolan. Neuralink faz demonstração com paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral Reprodução/Neuralink O vídeo mostrou o ponteiro de um mouse se mexendo na tela do computador, algo que, de acordo com Nolan, estava sendo feito a partir dos seus pensamentos. "Eu tenho muita sorte de fazer parte disso", afirmou. Ele também destacou que o implante não é perfeito e que ainda há alguns problemas. "Não quero que as pessoas pensem que é o fim da jornada, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas já mudou a minha vida". Como é o chip cerebral implantado pela empresa de Elon Musk em uma pessoa 1º implante da Neuralink Nolan recebeu o primeiro chip cerebral da Neuralink, mas a empresa ainda não havia revelado o seu nome. O experimento aconteceu oito meses após autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). Antes de realizar o implante, a empresa abriu inscrições para voluntários, um processo exclusivo para pessoas com paralisia decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica. Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo Empresa de Elon Musk implanta chip em cérebro humano pela primeira vez Musk tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia, mas especialistas adiantam que a prática não é viável Arte/g1

G1

Wed, 20 Mar 2024 21:42:32 -0000 -


Órgão do país europeu alega que a gigante das buscas não vem cumprindo acordos firmados em 2019 de remuneração a veículos de imprensa. Por sua vez, empresa diz que valor da multa é 'desproporcional'. França multa Google em 250 milhões de euros por usar conteúdos de mídias Andrew Kelly/Reuters/Arquivo A Autoridade da Concorrência Francesa multou o Google em 250 milhões de euros (R$ 1,36 bilhão) por não cumprir um acordo que obriga a empresa a pagar aos meios de comunicação por utilizar seus conteúdos na internet. Em comunicado, a agência alega que o Google "descumpriu alguns dos seus compromissos assumidos em junho de 2022" no que diz respeito aos direitos da imprensa definidos pelo órgão. Em nota, o Google classificou a multa como "desproporcional" (leia o posicionamento abaixo). Os direitos foram estabelecidos em 2019 por uma diretriz europeia e permitem que jornais, revistas ou agências de notícias recebam pagamentos quando o seu conteúdo é utilizado em buscadores on-line, como o Google, que exibe trechos de notícias da imprensa nas páginas de resultados. A Autoridade critica a big tech por "não ter respeitado quatro dos sete compromissos" e, em particular, por "não ter negociado de boa-fé" com as editoras de imprensa para avaliar a remuneração com base nos direitos. Também destacou que o grupo americano utilizou "conteúdos de editoras e agências de notícias" sem alertá-las, com o objetivo de capacitar seu aplicativo de inteligência artificial Bard, atualmente chamado Gemini. Problema em outros países Segundo o jornal "The New York Times", a Meta, dona do Facebook e do Instagram, também vem entrando em atritos com a Austrália e o Canadá. Os dois países têm projetos que força as big techs a pagarem pelo conteúdo jornalístico que é compartilhado em suas plataformas. A Austrália foi o primeiro país do mundo a apresentar uma lei sobre o tema. Ela foi aprovada em 2021 e, naquele ano, os veículos de comunicação faturaram US$ 200 milhões com a decisão, segundo o jornal "Financial Times". A medida gerou resistência das companhias de tecnologia, especialmente Meta e Google. Em resposta, a empresa de Zuckerberg chegou a bloquear compartilhamento e visualização de notícias por lá. O Google ameaçou bloquear o buscador no país, mas voltou atrás, anunciando acordos com a mídia australiana. O que diz o Google sobre a multa da França Em nota, o Google afirmou que considera o valor da multa "desproporcional" em "relação às infrações" apresentadas pela autoridade francesa. "Assumimos um compromisso porque é hora de virar a página e, como provam os nossos muitos acordos com as editoras, desejamos (...) trabalhar de forma construtiva com as editoras francesas", afirma o Google em um comunicado. "Desde a entrada em vigor da lei, a ausência de medidas regulatórias claras e as sucessivas ações judiciais complicaram as negociações com os editores e impedem-nos de considerar com calma os nossos futuros investimentos no domínio da informação na França", completou. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

G1

Wed, 20 Mar 2024 18:03:59 -0000 -


Saiba quais são as configurações mínimas recomendadas na hora de pesquisar por um novo computador portátil em várias categorias. Pessoa digitando no teclado de um notebook Cottonbro Studio/Pexels Na hora de escolher um novo notebook, faz muita diferença entender termos como SSD, RAM e até mesmo saber qual é a geração do processador – a parte que cuida das tarefas do computador, como rodar programas e navegar na internet. A escolha correta desses componentes pode levar a ter uma máquina de desempenho melhor. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 💻 O Guia de Compras destacou as principais características de cinco categorias de notebooks: básicos, para estudar e trabalhar, para gamers, 2 em 1 (com telas sensíveis ao toque e que também podem ser usadas como tablets) e topo de linha. Veja abaixo: Guia de Compras: como escolher notebook Barbara Miranda/g1 O que significa cada termo: PROCESSADOR: Quanto mais poderoso e eficiente o processador – o “cérebro” do notebook – mais rápido e suave será o desempenho do notebook em tarefas como navegar na web, rodar programas e jogos. Então, um notebook para estudar não precisa de um chip tão poderoso quanto o de uma máquina para jogar, que exigirá mais desempenho para rodar o game sem travar. As fabricantes de processadores mais utilizadas em notebooks com Windows são a AMD e a Intel. A Apple produz seus próprios chips para computadores, que rodam o sistema operacional Mac OS. Vale notar a geração do chip Intel: Intel Core Ultra (5, 7 e 9), de 14ª geração (i3, i5, i7 e i9) e Series 1 (3, 5 e 7). As gerações anteriores para prestar atenção são a 11ª, 12ª e 13ª (identificadas como Core i3, i5, i7 ou i9). Para AMD, as máquinas com chip Ryzen são as mais recentes (3, 5, 7 e 9). Tanto para chips Intel como AMD, quanto maior o número da família (3, 5, 7 e 9), maior será o desempenho do processador – internamente ele tem mais núcleos para executar tarefas simultâneas, para ficar em um exemplo. Essa diferença também se reflete no preço do notebook: um modelo com Core i3 ou Ryzen 3 será mais barato que um com Core 7 ou Ryzen 7. Para Apple, as classificações são, respectivamente, M3, M2 e M1. RAM: é o local onde os aplicativos e o sistema operacional acessam informações rápidas. A regra aqui é: quanto mais RAM, melhor. As máquinas mais baratas vêm com 4 GB de RAM, mas o mínimo recomendável para qualquer categoria é 8 GB ou mais. Grande parte dos notebooks pesquisados nas lojas on-line já vem com 8 GB de RAM. ARMAZENAMENTO INTERNO: O aconselhável é ter um notebook com SSD, um disco de estado sólido, que é mais rápido que o HD convencional. O mínimo de capacidade é 128 GB (que será ocupado em grande parte pelo sistema operacional Windows), mas também vale a regra de "quanto maior, melhor" para guardar fotos, vídeos, documentos e aplicativos. PLACA DE VÍDEO: Também conhecida como placa gráfica ou GPU (sigla para "unidade de processamento de gráficos", em inglês), é a responsável por toda a parte de processamento visual em um computador: gráficos, vídeos e efeitos – ou tudo que um game utiliza ao rodar. A placa de vídeo pode ser do tipo integrada – que compartilha recursos da máquina – ou dedicada, que não compartilha processamento com o resto do computador. E, conforme mais avançada a placa de vídeo, mais caro fica o notebook. A GPU será indicada pela marca do fabricante: Intel Xe (integrada) ou Intel Arc (dedicada), AMD Radeon ou NVidia GTX/RTX. TELA: O tamanho de tela importa pelo tipo de uso – um modelo de 15 polegadas cabe na mochila e pode não ser muito pesado, sendo indicado para trabalhar e estudar. Já um notebook com display de 17” é mais difícil de levar por aí, mas tem mais "espaço" para rodar vídeos em alta definição e games em tela cheia. O recomendável é que a tela tenha resolução Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para mais ter detalhes na visualização. Máquinas mais baratas virão com resolução HD (720p). Os notebooks gamers têm telas com altas taxas de atualização (120Hz, 144Hz ou superior). Isso corresponde a quantas vezes a tela "pisca" para atualizar por segundo. Quanto maior o número, mais rápido o notebook recarrega as informações demonstradas e deixa a sensação de uso com maior fluidez nos games. CHEQUE AS ESPECIFICAÇÕES: as marcas muitas vezes vendem os notebooks com o mesmo nome e configurações técnicas distintas – e isso pode ter uma variação no preço nas lojas on-line. Outros guias: 2 EM 1: g1 testa quatro modelos do portátil PARA ESTUDAR E TRABALHAR: avaliação de 6 notebooks GAMER: como escolher uma máquina para jogar TODOS OS GUIAS DE COMPRAS ATENÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL: alguns fabricantes oferecem versões mais baratas dos seus notebooks com sistema operacional Linux – principalmente nas configurações mais simples. Isso não é um problema para quem precisa apenas editar textos e navegar na web, mas pode ser para quem precisa de aplicativos específicos para Windows ou rodar jogos. Na hora da compra, verifique se tem Windows 11 – a versão mais recente – pré-instalada no computador. Veja a seguir uma lista de notebooks selecionados pelo Guia de Compras, por categoria: Básicos Os modelos de notebooks mais básicos custavam entre R$ 2.100 e R$ 3.000 nas lojas on-line consultadas em março. Acer Aspire 3 ASUS Vivobook Go E1504FA Dell Inspiron Core i3 HP 240 G8 Lenovo Ideapad 3i Para estudar/trabalhar Os notebooks para trabalhar e estudar eram vendidos, em março, na faixa entre R$ 3.500 e R$ 4.400 nas lojas da internet pesquisadas. Acer Aspire 5 Avell B.on Lite New Dell Inspiron 15 LG UltraSlim Samsung Galaxy Book2 Vaio Fe15 2 em 1 Os modelos 2 em 1, com tela dobrável e sensível ao toque, eram vendidos entre R$ 4.800 e R$ 7.900 nas lojas on-line pesquisadas em março. Acer Aspire 5 Spin Touch Lenovo Yoga Slim 6i Samsung Galaxy Book3 360 Para gamers Os notebooks gamers são os modelos com a maior variação de preço, por conta de configurações mais simples ou mais avançadas. O modelo da Lenovo custava na faixa de R$ 5.000 em março, o da Dell, R$ 12.000 e o da Asus, R$ 29.000. Os valores foram consultados nas principais lojas on-line no meio de março. Asus ROG Strix G17 Dell Alienware M16 Lenovo LOQ Topo de linha Notebooks topo de linha, ou premium, oferecem as configurações e recursos mais avançados – é a única categoria que dá para encaixar um modelo recente da Apple. Os preços iam de R$ 12.500 a R$ 16.000 nas lojas on-line pesquisadas em março. Apple MacBook Pro 14" Asus Zenbook 14X OLED Samsung Galaxy Book3 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Guia de compras: como escolher um tablet

G1

Wed, 20 Mar 2024 10:00:22 -0000 -


Duas representantes da fabricante EHang pediram autorizações à Agência Nacional de Aviação Civil para realizarem voos de teste com o eVTOL EH216-S. Na China, o modelo já recebeu sinal verde para ser usado comercialmente. Conheça o "carro voador" chinês que aguarda liberação para ser testado no Brasil Enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) discute regras para operação do futuro "carro voador" de uma subsidiária da Embraer, um concorrente chinês pode fazer, no Brasil, o primeiro voo de uma aeronave desse tipo na América Latina. O modelo EH216-S é o eVTOL (sigla em inglês para "veículo elétrico de pouso e decolagem vertical") da EHang, empresa chinesa com duas representantes comerciais no Brasil, a AT Global e a GoHobby, que pediram autorizações de voos experimentais à Anac. A agência brasileira também analisa pedidos das fabricantes dos eVTOLs que serão usados por Gol e Azul para que as certificações que receberam em seus países de origem também sejam consideradas no Brasil (saiba mais abaixo). Mas é a EHang que está nas fases mais avançadas de desenvolvimento de um eVTOL. Em outubro, seu modelo recebeu a "certificação tipo" na China, o sinal verde para ser usado em operações comerciais. eVTOL modelo EH216-S, fabricado pela empresa chinesa EHang Reprodução/EHang Segundo a fabricante, o EH216-S pode transportar dois passageiros (sem piloto) em voos de até 30 quilômetros com apenas uma bateria. Já a futura aeronave da Eve, subsidiária da Embraer que prevê seu primeiro voo em 2026, deverá ser capaz de levar até seis pessoas em trajetos de até 100 quilômetros. No futuro, com a operação comercial, o passageiro "vai percorrer 5 ou 10 minutos voando", explicou o presidente-executivo da AT Global, Alexandre Daltro Santos. "É um mercado em que ela [EHang] não tem muito competidor", afirmou o presidente-executivo da GoHobby, Adriano Buzaid. EH216-S: conheça o 'carro voador' da EHang Kayan Albertin/Arte g1 A AT Global tem, na representação comercial da EHang, o primeiro negócio desde sua fundação e planeja receber a primeira aeronave em abril. Depois, o plano é realizar voos de exibições sem passageiros em aeroportos de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. A GoHobby, que já atua na venda de drones, tem um eVTOL da EHang desde dezembro de 2023. E espera testar a aeronave entre abril e maio, em um voo não tripulado dentro de um aeroporto no interior de São Paulo. Além de pedidos de voos experimentais do EH216-S, a Anac revisa acordos com possui com outras autoridades aéreas. Os documentos permitem agilizar liberações de aeronaves brasileiras em outros países e de aeronaves estrangeiras no Brasil. Uma mudança nesses acordos permitiria, por exemplo, que o processo de certificação do eVTOL da EHang na China fosse considerado suficiente pela Anac para liberar o veículo no Brasil. "A gente pretende incluir eVTOLs no acordo com a China. É a nossa intenção, já sabendo que eles têm interesse de trazer [aeronaves chinesas] para validação aqui", disse ao g1 o superintendente de Aeronavegabilidade da Anac, Roberto José Honorato. Quem é o milionário da tecnologia que tenta alcançar a juventude eterna O que falta para o eVTOL chinês voar no Brasil? A AT Global e a GoHobby, representantes da EHang, fizeram o primeiro contato com a Anac em meados de 2023 e, agora, precisam resolver pendências de documentação para avançarem com seus pedidos de voos experimentais, segundo a agência. Outra possibilidade é a própria EHang pedir que o seu processo de certificação na China seja validado no Brasil, o que dependeria de um contato entre a CAAC, a autoridade aérea chinesa, e a Anac. eVTOL da EHang durante seu primeiro voo de demonstração com passageiro no Japão, em fevereiro de 2023 Divulgação/EHang O que fazem as representantes da EHang? As representantes da EHang vão atuar como revendedoras da fabricante no país. Buzaid, da GoHobby, disse que a parceria envolve ainda o "treinamento da empresa que adquiriu [um eVTOL] para que, posteriormente, ela consiga as homologações da Anac para poder voar". O executivo afirmou que a GoHobby já teve "um impacto positivo nas vendas" do EH216-S, sem revelar números. Já a AT Global disse ter cartas de intenções para vender 40 aeronaves. Elas só poderão ser entregues quando receberem certificação no Brasil. A AT Global e a prefeitura de Curitiba chegaram a dizer que fariam um voo de teste na cidade, no início de 2023, mas o experimento não aconteceu. À época, houve uma falha de avaliação da representante e da fabricante do eVTOL, explicou Daltro Santos. "Foi 100% pelo fato de ainda não estarmos com a maturidade necessária para regular e fazer isso aqui, junto ao processo da nossa autoridade no Brasil, para organizar e legalizar essa aeronave, que era um protótipo", disse o presidente da AT Global. Veja projetos de eVTOLs que podem ganhar os céus nos próximos anos eVTOL da EHang durante demonstração, em foto divulgada em setembro de 2022 Divulgação/EHang Quanto o eVTOL da EHang custará? O EH216-S tem preço sugerido de US$ 410 mil (cerca de R$ 2 milhões). O valor anunciado pela EHang no início de março passará a ser considerado pela empresa em 1º de abril. A fabricante promove a aeronave como um equipamento útil em diversas finalidades, como táxi aéreo, turismo, transporte aeroportuário e deslocamento em emergências, por exemplo. E o modelo poderá ser comprado por empresas que pretendem operar serviços de eVTOLs. Ainda não é possível projetar quanto custará uma viagem no EHang. Para o presidente da GoHobby, a aeronave chinesa deverá se posicionar em uma categoria sem tantos concorrentes, sem disputar com modelos como o da Eve, subsidiária da Embraer. "Tem o eVTOL de cinco passageiros com alcance de 90 km ou 100 km, mas o preço que essa aeronave vai custar não tem nada a ver com o mercado do EH216-S. Não entram na mesma categoria", afirmou. "O que a EHang está fazendo com o 216-S é a porta de entrada para todas as pessoas que gostariam de voar de eVTOL, todas as empresas que gostariam de ter um eVTOL a um custo menor, se comparado com eVTOLs maiores". O presidente da AT Global seguiu a mesma linha e disse que o "carro voador" chinês não tem a mesma proposta de modelos de fabricantes como Lilium, Joby Aviation e Volocopter, que deverão ser capazes de fazer viagens mais longas, até mesmo entre cidades próximas. "Nossa visão [para o modelo EHang] é entregar aquela última milha, aqueles 20 ou 30 quilômetros, de forma prática em áreas que não necessitem de uma estrutura de vertiporto tão próxima à de um heliponto", afirmou. VÍDEO: como foram os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York Conceito de eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve O que falta para outros eVTOLs chegarem? A Anac também analisa o projeto da Eve e abriu consulta setorial para receber opiniões sobre a sua proposta de regras para a aeronave da empresa. A agência diz que pretende fazer uma análise caso a caso, antes de uma regulamentação geral. "Quando a gente fala caso a caso, muitas vezes parece um negócio casuístico. Mas, na verdade, a gente está falando de um processo totalmente transparente", diz Honorato. "A gente faz de uma maneira bem aberta, com a participação de operadoras, empresas". A Anac recebeu ainda um pedido formal de validação da certificação concedida ao modelo da Vertical Aerospace, no Reino Unido, e da Lilium, na União Europeia. No Brasil, os modelos estão envolvidos em parcerias da Gol e da Azul, respectivamente. LEIA TAMBÉM: Eve, da Embraer, prevê 12 milhões de passageiros de eVTOLs em SP e no Rio em 2035 Teve o celular roubado? Veja como proteger acesso a apps de bancos Conheça o Sora, inteligência artificial "irmã do ChatGPT" que cria vídeos a partir de textos eVTOL da EHang Reprodução/EHang As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Como foram os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York

G1

Wed, 20 Mar 2024 08:30:07 -0000 -


Homem admitiu ter enviado imagens pornográficas a jovem de 15 anos e a uma outra mulher. WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube Alessandro Feitosa Jr/g1 Um homem foi condenado por pedofilia após enviar uma foto de seu pênis ereto a uma jovem de 15 anos. Ele se tornou a primeira pessoa presa por cyberflashing na Inglaterra e no País de Gales. O agressor sexual identificado como Nicholas Hawkes, de 39 anos, da cidade inglesa de Basildon, no condado de Essex, também enviou fotos não solicitadas a uma mulher. A mulher tirou prints da imagem do WhatsApp enviada em 9 de fevereiro e denunciou à polícia no mesmo dia. Hawkes, que admitiu as duas acusações, está preso há pouco mais de 15 meses. O crime praticado por ele foi tipificado de acordo com a Lei de Segurança Online, que entrou em vigor em 31 de janeiro na Inglaterra. Ao anunciar a sentença, a juíza Samantha Leigh disse que Hawkes estava "perturbado" e tinha uma "visão distorcida de si mesmo e de sua sexualidade". O cyberflashing é um ato que normalmente envolve um infrator que envia uma imagem explícita não solicitada a pessoas por meio de uma plataforma online, como aplicativos de mensagens e redes sociais. Celular pode ser aliado para descobrir câmeras escondidas em quartos; veja como se proteger 'Indivíduo perigoso' Hawkes já era fichado como agressor sexual após ter sido denunciado no ano passado por exposição e atividade sexual com uma jovem menor de 16 anos. Agora ele foi condenado a 66 semanas de prisão por dois crimes de envio de fotografia ou filme de órgãos genitais para causar choque, angústia ou humilhação, e por violar ordens judiciais anteriores. Hawkes deve cumprir uma ordem de restrição de 10 anos e estará sujeito a uma ordem de prevenção de danos sexuais de 15 anos, que pode, por exemplo, limitar o acesso dele à internet. James Gray, da Polícia de Essex, disse que o réu "provou ser um indivíduo perigoso". "Os criminosos podem pensar que, ao ofenderem online, têm menos probabilidades de serem pegos, mas esse não é o caso", acrescentou. Hannah von Dadelszen, vice-procuradora-chefe do Leste da Inglaterra, elogiou a rapidez da justiça no caso e disse que a nova legislação é uma ferramenta "realmente importante" para os promotores. "O cyberflashing é um crime grave que deixa um impacto duradouro nas vítimas, mas muitas vezes pode ser descartado como uma 'brincadeira' impensada ou uma piada inofensiva." "Assim como aqueles que cometem atentados ao pudor no mundo físico podem esperar enfrentar as consequências, o mesmo acontece com os infratores que cometem seus crimes online; se esconder atrás de uma tela não o esconde da lei." Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem "O cyberflashing é um crime degradante e angustiante que não pode ser tolerado ou normalizado", disse o secretário da Justiça, Alex Chalk. "Mudamos a lei para que aqueles que cometem esses atos vis passem algum tempo atrás das grades, e a sentença de hoje é um recado claro de que tal comportamento terá consequências graves." A professora Clare McGlynn, autora de Cyber-flashing: Recognizing Harms, Reforming Laws ("Cyberflashing: reconhecendo danos, reformando leis", em tradução literal), disse ao programa Today da BBC Radio 4 que temia que ainda permanecessem lacunas na lei. Ela disse que era um "limiar difícil" para os promotores provarem se um réu pretendia causar choque, angústia ou humilhação. "Eles dizem que foi uma forma de brincadeira ou que estavam fazendo isso apenas para rir e não tinham intenção de fazer mal", disse McGlynn, da Universidade de Durham. "Mesmo que saibamos que não é o caso, temos que provar a intenção de causar sofrimento." A atriz, apresentadora e comediante Emily Atack Little Gem Productions/BBC TikTok sob pressão: por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA A questão do cyberflashing foi explorada em um documentário da BBC Two no ano passado chamado Emily Atack: Asking for It? Atack, a atriz, apresentadora e ativista compartilhou sua experiência pessoal de cyberflashing e assédio online. Em declarações ao programa Today, Atack disse que estava "sofrendo em silêncio" depois de ter recebido "milhares e milhares" de imagens não solicitadas online. "Eu estava recebendo mensagens de diferentes homens, diferentes imagens, vídeos — qualquer coisa que você possa imaginar", disse ela, de 34 anos. "Descobri que isso estava realmente destruindo quem eu era como pessoa e questionando todo o meu ser, tudo o que eu era como mulher." "Esses comportamentos foram normalizados desde o início dos tempos e isso é algo que realmente precisamos observar." LEIA TAMBÉM: Teve um nude vazado? Saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas STALKING: saiba quando a perseguição na internet se torna crime Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar

G1

Wed, 20 Mar 2024 07:00:44 -0000 -


Projeto de lei em tramitação no Congresso americano pode acabar proibindo o aplicativo nos Estados Unidos. O TikTok é mesmo um perigo para o Ocidente? AFP A China criticou um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que pode acabar proibindo o TikTok nos Estados Unidos, chamando o mesmo de injusto. É a iniciativa mais recente para fazer frente a uma discussão que dura anos sobre os riscos de segurança do aplicativo que pertence a uma empresa chinesa. Autoridades, políticos e equipes de segurança em vários países ocidentais foram proibidos de instalar o TikTok em seus telefones de trabalho. Mais quais são as três grandes preocupações de segurança cibernética em relação ao aplicativo? E como a empresa responde a elas? 1. TikTok coleta uma quantidade 'excessiva' de dados O TikTok afirma que a coleta de dados do aplicativo está "alinhada com as práticas do setor". Os críticos frequentemente acusam o TikTok de coletar grandes quantidades de dados. Um relatório de segurança cibernética publicado em julho de 2022 por pesquisadores da Internet 2.0, uma empresa cibernética australiana, é geralmente citado como evidência. Os pesquisadores estudaram o código-fonte do aplicativo — e informaram que ele realiza "coleta excessiva de dados". Analistas afirmam que o TikTok coleta detalhes como localização, que dispositivo específico está sendo usado e que outros aplicativos há nele. No entanto, um teste semelhante conduzido pelo Citizen Lab concluiu que "em comparação com outras plataformas populares de rede social, o TikTok coleta tipos semelhantes de dados para monitorar o comportamento do usuário". Da mesma forma, um relatório do Instituto de Tecnologia da Geórgia, do ano passado, concluiu que "o principal fato aqui é que a maioria das outras redes sociais e aplicativos fazem as mesmas coisas". 2. TikTok pode ser usado pelo governo chinês para espionar usuários O TikTok afirma que a empresa é totalmente independente — e “não forneceu dados de usuários ao governo chinês, nem forneceria se fosse solicitado”. Embora isso irrite os especialistas em privacidade, a maioria de nós aceita que entregar grandes quantidades de dados privados é parte do acordo que fazemos com as redes sociais. Em troca dos serviços gratuitos, eles coletam conhecimento sobre a gente, e utilizam o mesmo para vender publicidade na sua plataforma — ou vendem os nossos dados para outras empresas que tentam fazer propaganda para a gente em outro lugar na internet. O problema que os críticos têm com o TikTok é que o mesmo é propriedade da empresa de tecnologia ByteDance, com sede em Pequim, na China — o que faz dele o único aplicativo popular que não é americano. Facebook, Instagram, Snapchat e YouTube, por exemplo, coletam quantidades semelhantes de dados, mas são empresas fundadas nos EUA. A ByteDance, empresa de tecnologia de Xangai, é dona do TikTok e do Douyin GETTY IMAGES Durante anos, legisladores dos EUA, assim como a maior parte do resto do mundo, adotaram uma certa confiança: que os dados coletados por estas plataformas não vão ser utilizados para razões nefastas que possam colocar em risco a segurança nacional. Um decreto assinado em 2020 pelo então presidente americano, Donald Trump, alegou que a coleta de dados pelo TikTok poderia potencialmente permitir à China "rastrear a localização de funcionários públicos e terceirizados, criar dossiês de informações pessoais para chantagem e realizar espionagem comercial". Até agora, as evidências apontam que este é apenas um risco teórico — mas os temores são alimentados por uma lei chinesa vaga aprovada em 2017. O artigo sete da Lei Nacional de Inteligência da China afirma que todas as organizações e cidadãos chineses devem "apoiar, ajudar e cooperar" com os esforços de inteligência do país. Esta frase é frequentemente citada por pessoas que suspeitam não apenas do TikTok, mas de todas as empresas chinesas. Mas os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia argumentam que esta frase foi retirada de contexto — e observam que a lei também inclui ressalvas que protegem os direitos dos usuários e das empresas privadas. Desde 2020, os executivos do TikTok têm tentado repetidamente tranquilizar as pessoas de que os funcionários chineses não podem acessar os dados de usuários que não são chineses. Mas, em 2022, a ByteDance admitiu que vários dos seus funcionários baseados em Pequim acessaram os dados de pelo menos dois jornalistas nos EUA e no Reino Unido para rastrear suas localizações e verificar se estavam se encontrando com funcionários do TikTok suspeitos de vazar informações para a imprensa. A porta-voz do TikTok afirma que os funcionários que acessaram os dados foram demitidos. A empresa insiste que os dados dos usuários nunca foram armazenados na China —e está construindo data centers no Texas para processar os dados dos usuários dos EUA, e em locais na Europa para os dados dos cidadãos europeus. Na União Europeia, a empresa também foi muito mais longe do que qualquer outra rede social — e recrutou uma empresa independente de segurança cibernética para supervisionar toda a utilização de dados nas suas instalações europeias. O TikTok afirma que "dados dos nossos usuários europeus são preservados em um ambiente de proteção especialmente concebido — e só podem ser acessados por funcionários autorizados, sujeitos a uma supervisão e verificação rigorosa e independente". 3. TikTok e 'lavagem cerebral' O TikTok argumenta que suas diretrizes "proíbem desinformação que possa causar danos à nossa comunidade ou ao público em geral, o que inclui a prática de comportamento não autêntico coordenado". Em novembro de 2022, Christopher Wray, diretor do FBI, a polícia federal americana, disse ao Congresso dos EUA que "o governo chinês poderia… controlar o algoritmo de recomendações, o que poderia ser usado para operações de influência". A acusação foi repetida muitas vezes. Essas preocupações ganham força pelo fato de que o aplicativo irmão do TikTok, o Douyin — que só está disponível na China — é fortemente censurado e supostamente desenvolvido para viralizar conteúdo educacional e seguro para sua base de usuários jovens. Todas as redes sociais são fortemente censuradas na China, com um exército de policiais que patrulham a internet excluindo conteúdos que criticam o governo ou provocam agitação política. A versão chinesa do TikTok, chamada Douyin, compartilha o mesmo formato do aplicativo GETTY IMAGES No início da ascensão do TikTok, houve casos de censura no aplicativo: uma usuária nos EUA teve sua conta suspensa por discutir o tratamento dado por Pequim aos muçulmanos em Xinjiang. Após uma forte reação negativa do público, o TikTok pediu desculpas e reativou a conta. Desde então, houve poucos casos de censura, além de decisões controversas de moderação com as quais todas as plataformas têm de lidar. Os pesquisadores do Citizen Lab realizaram uma comparação entre o TikTok e o Douyin. E concluíram que o TikTok não aplica a mesma censura política. “A plataforma não aplica uma censura óbvia das postagens”, informaram os pesquisadores em 2021. Os analistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia também pesquisaram temas como a independência de Taiwan ou piadas sobre o primeiro-ministro chinês, Xi Jinping. "Vídeos em todas essas categorias podem ser facilmente encontrados no TikTok. Muitos são populares e amplamente compartilhados", concluíram. Risco teórico O panorama geral é, portanto, de receios teóricos — e de riscos teóricos. Os críticos argumentam que o TikTok é um “cavalo de Troia” — embora pareça inofensivo, pode se revelar uma arma poderosa em tempos de conflito, por exemplo. O TikTok já está proibido na Índia, que tomou medidas em 2020 contra o aplicativo e dezenas de outras plataformas chinesas. Mas uma eventual proibição do TikTok pelos EUA pode ter um grande impacto na plataforma, uma vez que normalmente os países aliados costumam acompanhar tais decisões. Isso ficou evidente quando os EUA lideraram, com sucesso, os apelos para impedir a participação da gigante chinesa de telecomunicações Huawei na infraestrutura 5G — mais uma vez, com base em riscos teóricos. É importante observar, é claro, que estes riscos são uma via de mão única. A China não precisa se preocupar com os aplicativos dos EUA porque o acesso dos cidadãos chineses está bloqueado há muitos anos. LEIA TAMBÉM: Como criminosos podem se aproveitar de testes de DNA para roubar dados genéticos SpaceX, de Elon Musk, está construindo rede de satélites espiões para agência de inteligência dos EUA, diz agência WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 19 Mar 2024 17:13:06 -0000 -


Um hacker teve acesso às informações pessoais de 6,9 milhões de perfis de usuários de uma empresa que oferecia testes. O cotonete esconde informações genéticas preciosas. O que poderá acontecer se esses dados caírem nas mãos erradas? Getty Images via BBC O que você tem de mais pessoal que um criminoso possa roubar? Sua aliança de casamento? Seu celular? E o seu código genético? Em outubro de 2023, um hacker que se identificou como Golem anunciou em um conhecido fórum online de cibercriminosos um surpreendente conjunto de dados roubados da 23andMe, um dos maiores nomes do setor de testes domésticos de DNA. A empresa reconheceu posteriormente que o hacker teve acesso às informações pessoais de 6,9 milhões de perfis de usuários. O ataque parecia ser etnicamente dirigido. Golem se vangloriou de ter conseguido acesso às contas de pessoas com antecedentes judeus asquenazes (com origem na Europa central e oriental), que haviam enviado seu DNA para a 23andMe. Ele ofereceu os dados à venda para quem tivesse condições de pagar. Começaram a circular notícias indicando que o vazamento de dados de sexta-feira, 6 de outubro de 2023, pode até ter tido motivações antissemitas. Uma postagem supostamente atribuída a Golem ofereceu para venda "agrupamentos étnicos direcionados, conjuntos de dados individualizados, estimativas indicadas de origem, detalhes de haplogrupos, informações de fenótipos, fotografias, links para centenas de possíveis parentes e, o principal, perfis de dados brutos". Havia uma escala de preços graduada, que variava de 100 perfis por US$ 1 mil (cerca de R$ 4,94 mil) até 100 mil perfis por US$ 100 mil (cerca de R$ 494 mil). Veja como se proteger e o que fazer se for vítima de vazamentos de dados "Estão em oferta os perfis de DNA de milhões de pessoas, desde os principais magnatas corporativos do mundo até famílias frequentemente mencionadas em teorias da conspiração", prosseguia a postagem, que já foi apagada. Quatorze milhões de pessoas colocaram sua saliva em ampolas e enviaram seu DNA para a 23andMe para análise, em busca de informações sobre sua saúde e ancestralidade. Muitas dessas pessoas não pensaram muito sobre o que estavam fornecendo para aquela empresa. Minha série de programas de rádio sobre as consequências inesperadas dos testes domésticos de DNA para a BBC Rádio 4 chama-se The Gift ("O Presente"), porque muitas pessoas dão esses kits casualmente aos amigos e parentes como presentes de Natal e de aniversário. A empresa define sua missão como "ajudar as pessoas a ter acesso, compreender e se beneficiar do genoma humano". Eu mesmo fiz um teste com a 23andMe enquanto gravava a série. Ele revelou minha própria ancestralidade judia asquenaze. Mas, agora, talvez os meus dados façam parte de um pacote que um hacker tentou vender. Esta situação me fez imaginar se informações sensíveis como nosso código genético poderão, algum dia, ser mantidas em segurança online. Vazamentos de dados acontecem a todo momento, segundo o analista de ameaças Brett Callow, da empresa de cibersegurança Emsisoft. Para ele, "esses incidentes são muito comuns e nenhuma companhia está imune". Mas as informações genéticas formam um tipo de dados muito especial. Você pode alterar suas senhas, seu número de cartão de crédito ou seus dados bancários se eles caírem nas mãos de um hacker. Mas você não pode mudar a sua sequência de DNA. "Quando os seus dados de DNA vazam, não existe absolutamente nada que você possa fazer a respeito", afirma Callow. A busca específica de qualquer grupo com base no que o seu DNA revela sobre sua ancestralidade étnica seria algo profundamente preocupante. A possibilidade de busca de indivíduos com antecedentes judeus ou chineses no vazamento da 23andMe foi levantada por uma série de figuras importantes nos Estados Unidos, como o procurador-geral do Estado de Connecticut e um membro do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado americano. Muitas das teorias da conspiração antissemitas envolvem menções a aspectos genéticos dos judeus. Durante o Holocausto, os nazistas forçaram os judeus a usar estrelas amarelas nas roupas para que pudessem ser imediatamente identificados. Agora, um vazamento de dados que incluísse estimativas de etnia fornecidas em relatórios de ancestralidade poderia fazer com que as pessoas judias que fizessem um teste de DNA passassem a ter uma "estrela amarela digital" permanente ao lado dos seus nomes, fotografias e localização geográfica. Como funcionam os testes de DNA que prometem revelar quem são seus ancestrais Vazamentos de dados acontecem a todo momento, mas informações genéticas formam um tipo de dados especial Divulgação Antissemitismo ou autopromoção? Com os dados de metade dos clientes da 23andMe agora nas mãos dos cibercriminosos, o vazamento claramente afetou muito mais do que apenas os seus clientes judeus asquenazes. Afinal, em postagens posteriores no fórum dos hackers, Golem supostamente ofereceu os dados de usuários britânicos, alemães e chineses do 23andMe, além da própria executiva-chefe da empresa, Anne Wojcicki, e do seu ex-marido, do fundador da Google, Sergey Brin, de Elon Musk e de membros da família real britânica. Para Callow, este não foi um ataque antissemita. "Não acredito que o ataque tivesse motivação racial, étnica ou algo similar", afirma ele. "A referência às pessoas judias nessa postagem foi para atrair a atenção, para conseguir mais visualizações." A especialista em hackers Lily Hay Newman, da revista americana Wired, concorda. "É comum tentar embalar e anunciar seus dados para tentar fazer com que outros criminosos os comprem, para que eles pareçam valiosos e atraentes", explica ela. Quando surgiu a notícia do vazamento de dados da 23andMe, a reação ficou relativamente ofuscada. Afinal, a atenção dos grupos judeus estava voltada para os ataques lançados pelo Hamas contra Israel naquele fim de semana e para o aumento dos incidentes de ódio antissemita nas semanas que se seguiram. As senhas mais comuns em vazamentos de dados no Brasil em 2023 Jornalistas especializados em tecnologia que monitoram o fórum de hackers pediram comentários para a 23andMe e a empresa emitiu uma declaração. Segundo ela, nenhum dado genético bruto vazou, mas categorias genéricas, como sexo, ano de nascimento, resultados de ancestralidade genética e localização geográfica, haviam caído nas mãos de um chamado "interveniente ameaçador". Enviei um pedido de entrevista para a 23andMe. Eles se recusaram a apresentar alguém, indicando um blog postado no site da empresa que vem sendo atualizado desde que surgiu a notícia do vazamento de dados. "O interveniente ameaçador conseguiu ter acesso a menos de 0,1%, ou cerca de 14 mil contas de usuários do total de 14 milhões de clientes da 23andMe por preenchimento de credenciais", segundo a declaração da empresa. "Ou seja, os nomes de usuários e senhas que eram usados no site 23andMe.com eram os mesmos usados em outros websites que foram anteriormente comprometidos ou disponibilizados de outra forma." Em outras palavras, o problema foi que os clientes da 23andMe reutilizaram senhas que os hackers haviam conseguido extrair de outros sites. O preenchimento de credenciais não é atividade hacker, estritamente falando. "São os criminosos usando credenciais de login roubadas, como um nome de usuário e senha ou endereço de e-mail e senha, para entrar pela porta da frente da conta", explica Newman. "Para isso, de fato, não é preciso agir como hacker." "Mas realmente sabemos que é muito difícil para os usuários administrar as senhas e que a culpa não deve ser colocada nos usuários", prossegue ele. O vazamento da 23andMe acabou envolvendo muito mais que as 14 mil contas que a empresa afirmou inicialmente que estavam comprometidas. Depois de se infiltrar nessas contas, o hacker conseguiu acumular um conjunto de dados muito maior com uma função do site chamada Parentes de DNA. Esta função permite que os titulares das contas se conectem com parentes genéticos. É uma função popular e é devido a ela que muitas pessoas acabam fazendo esses testes. Em resposta às questões dos jornalistas do site TechCrunch em dezembro de 2023, a 23andMe admitiu que, de fato, foram vazados os dados de 6,9 milhões de usuários — cerca de uma a cada duas pessoas que haviam enviado seu DNA para a empresa. Como lembrar de muitas senhas e torná-las seguras Verificação em duas etapas Quando os bancos de dados guardam informações muito sensíveis, geralmente é preciso mais de uma senha para ter acesso. Imagine quando você entra na sua conta bancária online, por exemplo. A maioria de nós já se acostumou com a verificação em duas etapas, que usa uma confirmação adicional como um código recebido em uma mensagem de texto ou um aplicativo autenticador. Mas o acesso às contas da 23andMe não exigia a verificação em duas etapas até outubro de 2023 — mesmo com todos os dados de ancestralidade genética acoplados às informações geográficas e biográficas ali armazenadas. E esta não foi a primeira vez em que as empresas de testes de DNA tiveram seus bancos de dados invadidos. Em 2018, vazaram os endereços de e-mail e senhas de mais de 92 milhões de usuários da companhia MyHeritage. Mas o vazamento da 23andMe em outubro de 2023 foi o primeiro caso em que os hackers ofereceram os dados para venda. No ano passado, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos tomou ações contra duas empresas de testes de DNA diretos aos consumidores, a CRI Genetics e a 1Health/Vitagene, por falhas na segurança dos dados de DNA. Independentemente da motivação, qualquer vazamento envolvendo dados genéticos pode ter consequências muito amplas. "Não há forma de saber quem tem acesso agora, quantas pessoas têm acesso ou o que eles podem decidir fazer com isso no futuro", segundo Callow. "Em muitos casos, os dados genéticos realmente sugerem prognósticos de saúde. É algo que pode afetar a empregabilidade de longo prazo de uma pessoa ou talvez a probabilidade de morrer cedo ou de sofrer uma doença debilitadora. Potencialmente, esses dados podem ser de interesse para empregadores ou seguradoras." Como ativar autenticação de dois fatores de WhatsApp, Instagram e Google As informações fornecidas pelas empresas fornecedoras de testes domésticos de DNA aos seus usuários incluem dados sobre sua herança genética e indicadores de saúde Getty Images via BBC Em uma era em que cada vez mais decisões financeiras são tomadas por algoritmos que buscam todas as fontes possíveis de informações sobre um indivíduo, existe a séria possibilidade de prejuízos financeiros e discriminação decorrente de um vazamento de dados genéticos. As companhias de seguros-saúde dos Estados Unidos são impedidas de usar informações genéticas para calcular riscos, mas não existe lei federal que proíba seu uso para o seguro de vida. Com isso, fica fácil imaginar o cenário: dados genéticos vazados podem aumentar os prêmios de seguro ou fazer com que a cobertura seja negada para certos clientes devido aos seus genes – ou pode ser rejeitada a concessão de hipoteca ou empréstimo bancário de longo prazo porque os dados vazados sugerem maior probabilidade de que o tomador do empréstimo desenvolva mal de Alzheimer e venha a falecer antes de poder pagar totalmente o valor emprestado. A 23andMe afirmou que o vazamento de dados dos seus perfis de usuários não incluiu o vazamento de perfis de DNA brutos. Mas o hacker ainda teve acesso aos relatórios de ancestralidade que fornecem estimativas de etnicidade, localização geográfica, ligações a árvores genealógicas e outras informações pessoais. "Sempre que as nossas informações pessoais são expostas, vazadas, hackeadas e entram no ecossistema criminal, elas alimentam o roubo de identidade", afirma Newman. "Mesmo informações amplas, dados geográficos, informações regionais ou questões étnicas podem alimentar a customização de golpes para tentar enganar você." A 23andMe agora enfrenta diversas ações judiciais coletivas nos Estados Unidos, em consequência do vazamento de dados. Em janeiro, a empresa admitiu que os hackers começaram a se infiltrar nas contas dos seus clientes em abril de 2023 e conseguiram prosseguir por cinco meses sem que fossem detectados. "Proteger a segurança e a privacidade dos dados dos nossos clientes permanece sendo total prioridade da 23andMe e continuaremos a investir na proteção dos nossos sistemas e dados", afirma a empresa. Agora, o sistema exige a verificação em duas etapas para que todos os clientes tenham acesso às suas contas, da mesma forma que seus concorrentes, a Ancestry e a MyHeritage. Nenhuma dessas empresas fazia essa exigência antes de outubro de 2023. Mas os pesquisadores também identificaram recentemente outras formas que podem possibilitar a reunião de informações genéticas das pessoas, mantidas pelos serviços genéticos diretos ao consumidor final. Um estudo de cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, demonstrou que é possível reconstruir partes do genoma de uma pessoa se o "adversário" carregar diversos genomas falsificados para identificar coincidências com "parentes". Ativos empresariais Mesmo se fosse possível manter dados sensíveis como o nosso código genético em segurança contra os hackers, não há garantia de que, quando concordamos em compartilhá-los com uma empresa, eles irão permanecer na posse dela. "Essas companhias podem ser compradas – as informações poderiam ser adquiridas desta forma", argumenta Callow. Em dezembro de 2020, a empresa de investimentos de Nova York Blackstone comprou a Ancestry, um dos maiores concorrentes da 23andMe, por US$ 4,7 bilhões (cerca de R$ 23,2 bilhões). "Além dos dados, essas empresas realmente têm muito pouco valor", afirma Callow. "Elas são totalmente impulsionadas pelos dados. Os detalhes genéticos agora podem ser vendidos, comercializados, adquiridos com outros ativos e propriedade intelectual das empresas. O DNA tem valor e esse valor pertence à empresa, não a você." A Blackstone recusou um pedido de comentários apresentado pela BBC a este respeito. Embora a ideia de que meus genes agora existem como ativo de uma empresa é um tanto perturbadora. Mas eu sabia o risco que poderia estar correndo antes de enviar o meu DNA para a Ancestry e a 23andMe. Nenhuma das pessoas com quem conversei para minha série para a BBC lamentou ter realizado um teste de DNA doméstico. Saber quem seus genes dizem que eles são e como eles estão conectados ao mundo mudou a vida deles e valeu a pena qualquer possível risco. Mesmo se você não tiver feito algum desses testes, é provável que você tenha algum parente próximo que tenha feito — e uma versão muito próxima do seu código genético pode estar armazenada em um banco de dados corporativo. Os seus genes talvez já estejam espalhados por aí, de alguma forma. Quem sabe onde eles irão parar? Ouça a série The Gift, da BBC Rádio 4 (em inglês), que deu origem a esta reportagem, no site BBC Sounds. O episódio especial intitulado Hacked trata do vazamento de dados da 23andMe e discute se as informações genéticas podem ser mantidas em segurança online. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future. Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais

G1

Tue, 19 Mar 2024 07:00:55 -0000 -


Fontes ouvidas pela Reuters dizem que os equipamentos podem monitorar alvos no solo e enviar esses dados para a inteligência e as autoridades militares dos EUA. Starship na base áerea da SpaceX, no Texas, antes de terceiro lançamento, em foto de 13 de março de 2024 Reuters/Joe Skipper A SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk, está construindo uma rede de centenas de satélites espiões sob um contrato secreto com uma agência de inteligência dos EUA, revelaram fontes familiarizadas com o programa à agência Reuters. A rede está sendo construída pela unidade de negócios Starshield da SpaceX por um contrato de US$ 1,8 bilhão assinado em 2021 com o National Reconnaissance Office (NRO), uma agência de inteligência que gerencia satélites espiões, explicaram as fontes. 🚀 SpaceX faz seu melhor voo teste da Starship, mas não completa trajeto Os planos mostram a extensão do envolvimento da SpaceX nos projetos militares e de inteligência dos EUA e ilustram um investimento mais profundo do Pentágono em vários sistemas de satélites em órbita baixa da Terra destinados a apoiar as forças terrestres. Se for bem-sucedido, o programa aumentaria significativamente a capacidade do governo e das forças armadas dos EUA de identificar rapidamente alvos potenciais em praticamente qualquer lugar do mundo. Os satélites podem rastrear alvos no solo e compartilhar esses dados com a inteligência e as autoridades militares dos EUA. Em princípio, isso permitiria que o governo capturasse rapidamente imagens contínuas de atividades no solo em praticamente qualquer lugar, auxiliando as operações militares e de inteligência. Cerca de uma dúzia de protótipos foram lançados desde 2020, entre outros satélites nos foguetes Falcon 9 da SpaceX, disseram três das fontes. O contrato sinaliza a crescente confiança por parte da inteligência do governo dos EUA em uma empresa cujo proprietário entrou em conflito com o governo Biden e gerou polêmica sobre o uso da conectividade por satélite Starlink na guerra da Ucrânia, disseram as fontes. A Reuters não conseguiu determinar quando a nova rede de satélites entrará em operação e não conseguiu estabelecer quais outras empresas fazem parte do programa com seus próprios contratos. A SpaceX, maior operadora de satélites do mundo, não respondeu a vários pedidos de comentários sobre o contrato, seu papel nele e detalhes sobre lançamentos de satélites. O Pentágono encaminhou um pedido de comentário à NRO e à SpaceX. Em uma declaração, o NRO reconheceu sua missão de desenvolver um sofisticado sistema de satélites e suas parcerias com outras agências governamentais, empresas, instituições de pesquisa e nações, mas se recusou a comentar as descobertas da Reuters sobre o envolvimento da SpaceX no esforço. "O National Reconnaissance Office está desenvolvendo o sistema de inteligência, vigilância e reconhecimento baseado no espaço mais capaz, diversificado e resiliente que o mundo já viu", disse um porta-voz. Todas as fontes pediram para permanecer anônimas porque não estavam autorizadas a discutir o programa do governo dos EUA. LEIA TAMBÉM: TikTok sob pressão: quem é o dono do app e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA 'As gerações futuras nunca vão entender': trend relembra relações inusitadas entre imagens; faça quiz do g1 e teste seus conhecimentos Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok no país SpaceX faz o melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo; veja vídeo SpaceX faz o melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo; veja vídeo Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Hyundai apresenta conceito de 'carro voador' na CES 2024 Hyundai apresenta conceito de 'carro voador' na CES 2024

G1

Mon, 18 Mar 2024 14:38:24 -0000 -

Especialista diz que um dos primeiros erros do empreendedor é associar e-mails e dados pessoais com os negócios da empresa. Espaço de beleza calcula prejuízo de R$ 10 mil após ataque hacker; veja como se proteger Tabata Maffini trabalha na área da beleza há mais de 10 anos e, desde 2017, tem o seu próprio espaço em São Paulo (SP). No entanto, mesmo sendo uma empresa pequena, o crescimento nas redes sociais chamou a atenção de criminosos que dão golpes cibernéticos. O ataque foi em 2021. Tabata demorou cerca de oito horas para conseguir recuperar o acesso. Os hackers não aplicaram golpe diretamente nos clientes, mas causaram prejuízo para a empresa, que deixou de vender. “Como a gente ficou algumas horas fora do ar, gerou transtorno para o agendamento de clientes. Então, eu estipulo mais ou menos uns R$ 10 mil, R$ 15 mil que a gente tenha perdido nesse tempo, em agendamentos.” O Brasil é o segundo maior alvo de hackers no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a empresa multinacional de cibersegurança Trend Micro. Quando se trata de ataques cibernéticos, as pequenas empresas são mais vulneráveis. Por menores que sejam os valores dos golpes, eles podem gerar um ganho em massa para os criminosos, por causa da fragilidade dos sistemas de segurança. Veja dicas para se proteger: O professor de cibersegurança da USP, Luis Mateus da Silva Matos, diz que um dos primeiros erros do empreendedor é associar e-mails e dados pessoais com os negócios da empresa. Foi o caso da Tabata. A equipe da empresa também precisa ser instruída a não clicar em links suspeitos tanto em postagens de redes sociais como em e-mails, alerta o especialista. Além disso, é preciso ter cautela com os remetentes de cobranças e boletos. Segundo o professor, eles podem ser falsificados e se transformar em porta de entrada para os golpes. Depois das invasões, a Tabata adotou a autenticação em dois fatores, que usa uma segunda verificação da identidade do usuário no momento do login. Assim, mesmo que o criminoso saiba a senha, ele será barrado. Tabata Maffini Academy Endereço: Rua Martinico Prado, 167 - Vila Buarque, São Paulo /SP – CEP: 01224-010 Telefone: (11) 98398-8927 E-mail: thayse@brotocomunicacao.com.br Instagram: https://www.instagram.com/tabatamaffiniacademy/ FIAP Endereço: Av. Lins de Vasconcelos, 1222, CEP: 01538-001 Telefone: (11) 3385-8010 Site: fiap.com.br Instagram: https://instagram.com/fiapoficial/ LinkedIn: https://www.linkedin.com/school/fiap/

G1

Sun, 17 Mar 2024 10:40:28 -0000 -


Proposta de banir a rede social do país avança sob o temor de espionagem de dados pela China. Empresa diz que intenção de parlamentares é beneficiar a concorrência. Câmara dos EUA aprova lei que pode banir TikTok do país O TikTok está na mira dos políticos dos Estados Unidos, onde avança um projeto de lei que pode banir a rede social no país. Há alguns anos o aplicativo que tem ao menos 1 bilhão de usuários no mundo, sendo 170 milhões nos EUA, se vê sob pressão no mercado americano. O cerco apertou na última quarta-feira (13), quando foi aprovada na Câmara a proposta que exige que a chinesa ByteDance, dona do TikTok, consiga um novo proprietário para o aplicativo nos EUA ou deixe de atuar no país. O texto seguiu para análise no Senado. O atual presidente-executivo rede social é Shou Zi Chew, um ex-banqueiro de 41 anos que também trabalhou como diretor financeiro da fabricante de celulares Xiaomi (leia mais sobre Chew). O que dizem os EUA - O projeto de lei se baseia no temor de que dados de usuários do TikTok nos EUA possam ser espionados pelo governo da China, uma desconfiança lançada ainda durante o governo de Donald Trump e que acabou se espalhando por outros países. A suposta parcialidade do TikTok no conteúdo exibido também é questionada por alguns políticos. O atual presidente, Joe Biden, já afirmou ser a favor do projeto de lei. Na última semana, no entanto, ele passou a ter um perfil verificado no TikTok de sua campanha à reeleição. O que dizem a China e a ByteDance - O governo chinês se queixa de que os EUA nunca forneceram evidências de que o TikTok ameace a segurança nacional. A ByteDance diz que não armazena dados de usuários na China e entende que o projeto de lei, na verdade, visa beneficiar suas concorrentes. Executivos do Facebook/Instagram e do Google, dono do YouTube, já expressaram preocupação com o crescimento meteórico do TikTok nos últimos anos. Enquanto as principais "big techs" americanas têm seus passos acompanhados de perto por investidores, já que possuem ações na bolsa de valores, existem poucas informações oficiais sobre o faturamento e outros números do aplicativo de vídeos chinês. Esta reportagem vai abordar: Quanto vale o TikTok? Quem são os donos do TikTok? Quem é o "chefão" do TikTok? Qual a desconfiança sobre o TikTok? Onde ficam os dados de usuários do TikTok? Onde o TikTok foi banido/restrito? Quanto vale o TikTok? A ByteDance não tem ações na bolsa de valores e, portanto, não é obrigada a publicar balanços financeiros. Mas fontes disseram ao jornal "Financial Times", na última sexta-feira (15), que a rede social faturou US$ 120 bilhões (R$ 600 bilhões) em 2023, sendo US$ 16 bilhões (R$ 80 bilhões) apenas nos EUA. O jornal afirma que o dinheiro vem principalmente de plataformas populares na China, como o Douyin, versão do TikTok voltada para o mercado asiático. Como comparação, a Meta, dona de Instagram, Facebook e WhatsApp, teve US$ 135 bilhões (R$ 674 bilhões) de faturamento no ano. Ainda segundo o "Financial Times", o TikTok ainda não registrou lucro por conta dos investimentos em sua expansão global, mas o grupo que controla a plataforma teria tido um ganho de US$ 28 bilhões (R$ 140 bilhões) em 2023. Quem são os donos do TikTok? O TikTok é controlado pela ByteDance, empresa chinesa fundada por um grupo liderado por Zhang Yiming, presidente do conselho da companhia até 2021, e Liang Rubo, que ocupa o cargo atualmente. A ByteDance, por sua vez, afirma que é repartida entre três grupos de proprietários: investidores (60%), fundadores (20%) e funcionários (20%). A empresa diz que "não pertence nem é controlada por nenhuma entidade governamental ou estatal". Zhang Yiming, cofundador da ByteDance, em Palo Alto, na Califórnia, EUA, em março de 2020 REUTERS/Shannon Stapleton Quem é o chefão do TikTok? O TikTok é comandado desde 2021 por Shou Zi Chew, um ex-banqueiro de 41 anos que, antes de assumir a rede social, também trabalhou como diretor financeiro da fabricante de celulares Xiaomi. O executivo nasceu em Singapura e, devido à desconfiança sobre uma ligação da rede social com a China, foi questionado algumas vezes sobre a sua nacionalidade em depoimento ao Congresso dos EUA, em fevereiro último. Chew teve que negar algumas vezes que não tem nem nunca solicitou cidadania chinesa e que não possui relação com o Partido Comunista Chinês, que governa a China. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Em outra audiência, em março de 2023, ele afirmou que a empresa não trabalha com o governo chinês nem nunca recebeu pedidos para compartilhar informações de usuários com autoridades chinesas. "A ByteDance não pertence ao governo chinês nem é controlada por ele", disse Chew. Saiba mais sobre o CEO do TikTok Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, em audiência no Congresso dos EUA em março de 2023 Evelyn Hockstein/Reuters Qual a desconfiança sobre o TikTok? As acusações contra o TikTok ganharam força durante o governo do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que apontava que a China poderia se aproveitar do poder da empresa para conseguir informações sobre usuários americanos. Em 2020, Trump ordenou o banimento do TikTok e do WeChat, uma espécie de "WhatsApp chinês", a menos que eles conseguissem novos donos para operarem nos EUA. A medida acabou derrubada na Justiça horas antes do prazo definido para o bloqueio do serviço no país. No mesmo ano, a campanha do então candidato à presidência Joe Biden chegou a pedir que seus funcionários deletassem o aplicativo, por segurança. Em 2021, ao assumir a Casa Branca, Biden ordenou uma investigação sobre os supostos riscos de apps ligados a governos de adversários estrangeiros. No ano passado, o Ministério das Relações Exteriores da China se queixou de que os EUA ainda não tinham fornecido evidências de que o TikTok ameaçava a segurança nacional. Rival de Biden nas eleições deste ano, Trump agora diz que ainda considera a plataforma uma ameaça, mas que os "jovens podem ir à loucura" com o banimento. Algoritmo em xeque - Assim como aconteceu com o Twitter (agora X), criticado por permitir a livre circulação de posts que incentivavam a violenta invasão do Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, o "feed" do TikTok também é alvo de questionamentos. Em 2019, o jornal britânico "The Guardian" apontou que a empresa orientava funcionários a barrarem a circulação de vídeos que desagradassem o governo chinês. Em novembro de 2023, a suspeita se virou ao conteúdo relacionado à guerra entre Israel e o Hamas: vídeos com hashtags pró-Palestina tinham muito mais visualizações que vídeos pró-Israel. O TikTok negou priorizar qualquer lado no conflito, mas isso não impediu políticos americanos de apontarem que o serviço é usado para promover interesses chineses. Depois da repercussão, a rede social deixou de exibir um contador de visualizações de hashtags. Um porta-voz disse ao "Washington Post" que a decisão foi tomada para a plataforma ficar em linha com padrões de outras redes. Biden e Trump Jornal Nacional/Reprodução Onde ficam os dados de usuários do TikTok? O TikTok diz que não armazena dados de usuários na China. Segundo a plataforma, as informações ficam em servidores nos Estados Unidos, em Singapura e na Malásia. A rede social afirma ainda que o conteúdo é protegidas por "fortes controles de segurança físicos e lógicos, incluindo pontos de entrada fechados, firewalls e tecnologias de detecção de intrusões". Em 2022, após questionamentos do governo Trump, o TikTok passou a armazenar dados de usuários nos EUA junto à empresa americana Oracle. A empresa criou uma subsidiária chamada U.S. Data Security (USDS) para evitar sua venda para uma companhia dos EUA. O TikTok diz ainda que os dados só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar esse tipo de informação. Onde o TikTok foi banido/restrito? A decisão mais próxima de um banimento geral do TikTok foi tomada pelo estado americano de Montana, que anunciou uma regra para proibir o aplicativo que valeria a partir deste ano. Mas a rede social conseguiu derrubar a medida em uma decisão provisória da Justiça. Ainda sob alegação de risco à segurança nacional, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Nova Zelândia e Índia, além da União Europeia, chegaram a vetar o TikTok em celulares oficiais, usados por funcionários de governo. Especialista fala sobre projeto de lei pode banir TikTok nos EUA Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Sat, 16 Mar 2024 13:00:10 -0000 -

Qual relação entre Rock in Rio e Christiane Torloni? Por que Dragon Ball está ligado ao atentado terrorista de 11 de setembro? Faça quiz e descubra. "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 A trend “As gerações futuras nunca vão entender a relação entre esses dois personagens” tomou conta das redes sociais. Em resumo, a brincadeira envolve mostrar duas fotos que estão relacionadas, mas só quem lembra do episódio envolvendo as duas imagens em questão vai entender. O g1 resolveu participar da brincadeira e preparou um quiz com alguns casos que fizeram sucesso nos últimos anos – alguns deles inclusive foram noticiados no portal. 🤔 Qual a relação entre o festival Rock in Rio e a atriz Christiane Torloni? Por que o desenho Dragon Ball está ligado ao atentado terrorista de 11 de setembro? E o personagem Pinóquio e uma célebre imagem de uma mulher grávida? Será que você consegue acertar a relação entre os elementos? Faça o quiz e descubra. Qual a relação entre as imagens?

G1

Sat, 16 Mar 2024 09:00:43 -0000 -


Justiça de São Paulo concedeu liminar que reverteu determinação que proibia a empresa de usar a marca no país. Medida anterior foi tomada a pedido da empresa brasileira Meta Serviços em Informática. Fachada da Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, em foto de 7 de março de 2023 Jeff Chiu/AP A Meta, controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp, conseguiu uma liminar que suspende temporariamente a decisão que a obrigava a deixar de usar a marca no Brasil. O desembargador Heraldo de Oliveira Silva reverteu a determinação feita no início de março pela Justiça de São Paulo, em favor da empresa brasileira Meta Serviços em Informática. A decisão atendeu a alegação da Meta americana de que a proibição "pode repercutir diretamente na disponibilização dos seus serviços de redes sociais no país". Entenda o caso A Meta brasileira acionou a Justiça por entender que está sendo prejudicada desde que a empresa de Mark Zuckerberg trocou de nome, em outubro de 2021. Na ação, a Meta Serviços em Informática disse que tinha mais de 100 processos judiciais em que consta como ré de forma indevida, porque eles deveriam ser destinados à empresa americana. Em sua decisão anterior, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deu 30 dias para que a Meta Platforms deixasse de usar a marca no país e definiu multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. A Meta Serviços em Informática diz que foi fundada em 1990 e que pediu registro da marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em 1996, sendo concedido em 2008. A controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp passou a se chamar Meta Platforms em 28 de outubro de 2021, em meio a uma mudança na empresa para apostar no chamado metaverso. Os escritórios Salomão Advogados, Dannemann e Paixão Côrtes representam a Meta neste caso. LEIA TAMBÉM: Câmera do celular pode ser invadida com aplicativo espião; veja como se proteger O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade Vestido que muda de cor: roupa digital altera o visual com um toque Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Fri, 15 Mar 2024 23:50:44 -0000 -


Em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, nesta sexta-feira (15), órgão lança ferramentas para facilitar registro de denúncias. Antes, registros eram feitos apenas presencialmente. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil Em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, o Procon lançou, nesta sexta-feira (15), canais eletrônicos para facilitar o registro de reclamações dos consumidores. Agora, as denúncias podem ser feitas por meio do Whatsapp do Procon ou pelo site (veja passo a passo mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Até então, os registros só podiam ser feitos presencialmente. Agora, os consumidores vão ter acesso a um formulário, onde podem abrir uma reclamação de forma imediata. Além disso, com as novas ferramentas, o usuário também pode: Tirar dúvidas 🙋‍♀️; Localizar os postos de atendimento do órgão 📍; Acompanhar o andamento da denúncia 👀. Segundo o Procon, cerca de 23 mil denúncias de violações de direitos do consumidor foram registradas pelo órgão em todo o ano de 2023. Passo a passo Para fazer uma reclamação online, o consumidor deve acessar o peticionamento eletrônico e apresentar as seguintes informações: Nomes de pessoas e empresas envolvidas; Data do fato; Onde ocorreu o fato; Quem pode testemunhar; Apresentação de provas; Apresentação de documento de identificação válido (CI, Cadastro de Pessoas Físicas – CPF, Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, Título de Eleitor, Passaporte, Carteira de Trabalho, Carteira Funcional, Carteira de Habilitação (modelo novo) e Certificado de Reservista; Depois da confirmação da reclamação pelo Procon, a empresa reclamada tem 20 dias para se manifestar sobre os fatos apresentados pelo consumidor. Para fazer uma reclamação pelo WhatsApp, basta mandar uma mensagem para o número do Procon: +55 61 3218-772 📲. 📌Veja aqui os endereços no Procon no Distrito Federal, caso prefira fazer a denúncia presencialmente. Dia do Consumidor: dicas para não cair em golpes Compras pela internet aumentam Foto: Serginho Oliveira No Dia do Consumidor, é comum o comércio preparar ofertas exclusivas, mas é importante lembrar que nem todas as promoções são benéficas. O g1 separou algumas dicas do Procon-DF para você não acabar no prejuízo: Falsas promoções: Com recorrência empresas aumentam o valor de produtos na véspera da data comemorativa e em seguida abaixam para simular um desconto. Então, sempre é importante pesquisar o produto antes de realizar uma compra. Lembrando que isso é publicidade enganosa, ou seja proibido por lei e a loja pode ser penalizada por esse tipo de atitude. Produtos com defeito: Alguns lojistas acabam colocando em promoção produtos justamente por apresentarem algum tipo de defeito. Esses item danificados, precisam ser justificados e esclarecidos para os clientes desde de antes de efetuar o pagamento. Se o consumidor não estiver ciente do estado do produto, a empresa pode sofrer penalidade. Confirmação e entrega: Outro problema que acontece com frequência, são lojas online que, quando você finaliza um pedido pela internet, depois o pedido é cancelado. Também é importante perceber se o preço do produto não aumenta depois de você colocar no carrinho. Sempre guarde anúncios, e-mails e comprovantes de compra para conseguir recorrer caso seu produto não chegue em casa ou ocorra alguma alteração de valor de última hora. Redes sociais: Preste atenção na veracidade da página antes de realizar uma compra por redes sociais. Verifique as avaliações que ela possui e sempre procure comprar on-line em lojas indicadas por conhecidos ou que já tem uma relevância. Nunca informe dados pessoais e de cartão de crédito por redes sociais. Desconfie de quem pede essas informações. Oportunidade Única: Cuidado com anúncios de "oportunidade única". Mesmo tendo o Dia do Consumidor, empresas ainda vão realizar promoções durante outros períodos do ano. Então. tenha cautela antes de gastar dinheiro achando que é a última vez que vai encontrar o produto por aquele preço. LEIA TAMBÉM: Maquiadora pode cobrar mais caro de noivas? Saiba o que diz o Procon Leia mais notícias da região no g1 DF.

G1

Fri, 15 Mar 2024 14:51:22 -0000 -


App diz que 'não é possível capturar a tela devido à política de segurança'. Golpistas costumam roubar fotos de perfis para se fazerem passar por outras pessoas e receber dinheiro de amigos e parentes da vítima. Logo WhatsApp Unsplash/Dima Solomin O WhatsApp passou a não permitir fazer print (captura de tela) da foto de perfil em celulares com sistema Android. Ao tentar realizar o registro da imagem, seja de contatos salvos ou não, aparece a seguinte mensagem: "Não é possível capturar a tela devido à política de segurança". A medida dificulta a vida dos golpistas que costumam "roubar" fotos de perfis no WhatsApp para se passarem pela pessoa e pedir dinheiro a parentes e amigos da vítima. Procurada pelo g1, a Meta não fez comentários sobre a medida. WhatsApp libera nova proteção contra roubo de conta; veja como funciona Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger Leia também: SpaceX faz seu melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo, mas não completa trajeto Saiba como tirar confirmação de leitura de mensagens no Instagram Como identificar se uma imagem foi manipulada

G1

Thu, 14 Mar 2024 19:59:13 -0000 -

Empresa do bilionário Elon Musk quer fazer terceira missão com nave projetada para futuras viagens para a Lua e Marte. Tentativas anteriores terminaram em explosões. SpaceX lança com sucesso a Starship, a nave mais poderosa do mundo, mas perde contato durante retorno à Terra Empresa do bilionário Elon Musk quer fazer terceira missão com nave projetada para futuras viagens para a Lua e Marte. Tentativas anteriores terminaram em explosões. A SpaceX decolou com sucesso nesta quinta-feira (14) a nave Starship, considerada a mais poderosa do mundo. . O lançamento, que ocorreu exatamente às 10h25, aconteceu na base aérea da SpaceX em Boca Chica, no Texas (EUA). O voo de teste não tem tripulação.. A nave é apontada como a mais poderosa do mundo e foi projetada para levar pessoas e cargas para a Lua e Marte futuramente.. Missões realizadas em abril e novembro de 2023 acabaram com explosões de outros exemplares da Starship.

G1

Thu, 14 Mar 2024 14:42:48 -0000 -


Sem tripulantes, missão durou cerca de 1 hora e foi a mais longa até agora; cápsula acabou se destruindo perto de retornar à Terra. Empresa de Elon Musk quer usar Starship para, no futuro, transportar pessoas e cargas até a Lua e Marte. SpaceX faz o melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo; veja vídeo A SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, fez nesta quinta-feira (14) o terceiro voo teste da Starship, considerado pela fabricante o experimento mais bem-sucedido até aqui com a maior nave do mundo. Mais uma vez, não havia tripulantes. Foi a missão mais bem-sucedida até hora, já que chegou próximo à fase de pouso da nave. Segundo a SpaceX , a Starship estava rumo à reentrada na órbita terrestre, 50 minutos depois da decolagem, quando a empresa perdeu o contato com ela. O gerente de comunicações da SpaceX, Daniel Huot, confirmou alguns minutos depois que a Starship foi destruída. "A equipe informou que a nave foi perdida, então, nada de aterrisagem hoje. Mas é incrível ver o quanto avançamos desta vez". Por que foi considerada bem-sucedida? A Starship nunca havia ido tão longe e o foguete que a impulsiona, chamado Super Heavy, nunca chegou perto de terminar sua trajetória nos dois testes anteriores, ambos em 2023. Desta vez, ele se separou da nave três minutos depois da decolagem, mas, segundo o New York Times, o chamado primeiro estágio do veículo espacial não fez um pouso completamente bem-sucedido no Golfo do México, como previsto. No primeiro teste, o propulsor e a nave foram explodidos pela própria SpaceX, em uma decisão técnica, pouco depois da decolagem. No segundo, o foguete explodiu após se separar da Starship, que também foi destruída pouco depois de deixar a órbita da Terra. Veja abaixo os principais momentos do voo. Lançamento O lançamento aconteceu por volta das 10h25, na base aérea da SpaceX em Boca Chica, no Texas (EUA). Houve um atraso porque foi preciso retirar algumas embarcações que estavam paradas no Golfo do México, onde o foguete Super Heavy, que impulsionou a Starship, deveria pousar. Além disso, mais cedo, o tempo nublado e as condições de vento também preocuparam a equipe da SpaceX. Starship, da empresa SpaceX, foi lançada com sucesso nesta quinta-feira (14), nos Estados Unidos Reprodução - AFP Starship no céu CHANDAN KHANNA / AFP Imagem do lançamento da Starship. Reprodução Imagem da Starship sendo lançada. Reprodução Nave se separando do foguete Veja o momento em que propulsor se separa da nave Starship Imagem do propulsor desacoplando Reprodução Nave no espaço Starship, nave espacial da SpaceX, se encontra no espaço Reprodução Nave no caminho de retorno à atmosfera terrestre SpaceX lança Starship com sucesso, e nave chegou na atmosfera, um dos objetivos da missão espacial Reprodução Momento em que a Starship, da empresa SpaceX, entra na atmosfera Reprodução Confira o momento em que a nave Starship começou a entrar na atmosfera O que deu errado nos outros testes? Os outros lançamentos acabaram com explosões em momentos diferentes de missão. Na primeira tentativa, em abril de 2023, uma falha fez os motores se desligarem e forçou a empresa a acionar um sistema de destruição para explodir o propulsor, quando ele ainda estava acoplado à cápsula. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo teste, em novembro de 2023, o propulsor explodiu depois de se separar da Starship. A SpaceX também perdeu contato com a cápsula, a parte superior da nave. Em fevereiro, a empresa identificou a necessidade de 17 ações corretivas após achar uma falha num filtro que alimenta os motores. "A SpaceX implementou mudanças de hardware nos próximos veículos Starship para melhorar a redução de vazamentos, proteção contra incêndio e operações refinadas associadas à ventilação do propelente para aumentar a confiabilidade", disse a fabricante. Veja como foi o 2º lançamento da Starship Por que o voo é importante? A Starship será usada para realizar voos de carga no programa Artemis, uma série de missões que a Nasa, a agência espacial americana, planeja para levar humanos de volta à Lua. Os planos para a Starship também incluem dois voos que levarão artistas ao redor da Lua em voos com cerca de uma semana de duração cada um. Um deles levará o bilionário japonês Yusaku Maezawa e artistas convidados por ele, e o outro tem como primeiros passageiros o empresário americano e primeiro turista espacial do mundo Dennis Tito e sua esposa Akiko Tito. Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 (sem o propulsor Super Heavy), mas o primeiro pouso bem-sucedido só aconteceu em 2021 Será usada na missão Artemis 3, da Nasa, que levará astronautas de volta à superfície da Lua, em 2025 Suas três primeiras missões tripuladas deverão ser feitas com turistas espaciais, sendo que duas delas darão uma volta na Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça a Starship, nave que a SpaceX usará em voos ao redor da Lua Starship Arte/ g1

G1

Thu, 14 Mar 2024 13:25:21 -0000 -


Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para as 9h, no horário de Brasília. Modelo projetado para futuras viagens até a Lua e Marte explodiu nas outras duas tentativas, ambas não tripuladas. Starship na base áerea da SpaceX, no Texas, antes de terceiro lançamento, em foto de 13 de março de 2024 Reuters/Joe Skipper A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, deve realizar nesta quinta-feira (14) o terceiro voo teste da Starship, a maior nave do mundo. A decolagem está marcada para as 9h (horário de Brasília). O cronograma pode mudar por problemas técnicos ou pela falta de condições meteorológicas ideais. Mais uma vez, a missão não terá passageiros, apesar de a nave ser voltada para transportar pessoas, futuramente. ACOMPANHE AQUI o lançamento Os dois primeiros testes terminaram com explosões poucos minutos após o lançamento, apesar de a SpaceX ter comemorado ambos os eventos como parte da evolução do projeto (relembre as missões abaixo). "Cada um desses testes de voo continua sendo apenas isso: um teste. Eles não estão ocorrendo em um laboratório ou em uma bancada de testes, mas estão colocando hardware de voo em um ambiente de voo para maximizar o aprendizado", diz a SpaceX. O que deu errado nos outros testes? Os outros lançamentos acabaram com explosões em momentos diferentes de missão. Na primeira tentativa, em abril de 2023, uma falha fez os motores se desligarem e forçou a empresa a acionar um sistema de destruição para explodir o foguete Super Heavy e a nave enquanto eles ainda estavam acoplados. A SpaceX ganhou fama por criar propulsores que são reutilizáveis. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo teste, em novembro de 2023, o foguete Super Heavy explodiu novamente, desta vez depois de se separar da Starship. A empresa também disse que perdeu o contato com a nave. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), órgão que regulamenta voos espaciais nos Estados Unidos, concluiu a investigação sobre este acidente em fevereiro e disse que a SpaceX identificou 17 ações corretivas. A empresa, por sua vez, afirmou que a falha provavelmente aconteceu devido a um bloqueio no filtro por onde o oxigênio líquido é levado aos motores. Isso causou uma perda de pressão nas bombas do motor, que acabou não funcionando da maneira esperada. "A SpaceX implementou mudanças de hardware nos próximos veículos Starship para melhorar a redução de vazamentos, proteção contra incêndio e operações refinadas associadas à ventilação do propelente para aumentar a confiabilidade", disse a fabricante. Veja como foi o 2º lançamento da Starship Como será o terceiro voo da Starship? O plano da SpaceX é de que o foguete Super Heavy se solte da nave (também chamada de cápsula) cerca de dois minutos após o lançamento. E, se tudo ocorrer como planejado, a cápsula, por sua vez, deverá alcançar a órbita terrestre e cair no Oceano Índico depois de pouco mais de uma hora. A empresa de Musk detalhou as fases previstas para o voo. O planejamento poderá sofrer alterações, mas, em princípio, estes serão os principais momentos da missão: 0min52 após o lançamento: foguete atinge o "Max Q", como é conhecido o pico de estresse mecânico; 2min44: os dois estágios (foguete e cápsula) se separam e, então, o foguete começa o procedimento para terminar o voo na água, no Golfo do México; 8min35: motor da Starship é desligado e nave segue na órbita terrestre; 49min05: depois de dar uma volta no planeta, a nave deixa a órbita terrestre e começa a voltar para a atmosfera; 1h04min39: Starship encerra voo com pouso na água, no Oceano Pacífico. Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Por que o voo é importante? A Starship será usada para realizar voos de carga no programa Artemis, uma série de missões que a Nasa, a agência espacial americana, planeja para levar humanos de volta à Lua, a partir de 2026. Os planos para a Starship também incluem o turismo espacial: dois voos que levarão artistas ao redor da Lua, com cerca de uma semana de duração cada um. Não há previsão para acontecerem. Um deles deverá levar o bilionário japonês Yusaku Maezawa e artistas convidados por ele, e o outro tem como primeiros passageiros o empresário americano e primeiro turista espacial do mundo Dennis Tito e sua esposa Akiko Tito. Também está nos planos de Elon Musk, dono da SpaceX, fazer viagens para Marte. A ideia era que ele pudesse abrir caminho para viagens espaciais com até 100 pessoas em voos interplanetários. Starship na base áerea da SpaceX, no Texas, antes de terceiro lançamento, em foto de 13 de março de 2024 Reuters/Joe Skipper Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 (sem o propulsor Super Heavy), mas o primeiro pouso bem-sucedido só aconteceu em 2021 Será usada na missão Artemis 3, da Nasa, que levará astronautas de volta à superfície da Lua, em 2025 Suas três primeiras missões tripuladas deverão ser feitas com turistas espaciais, sendo que duas delas darão uma volta na Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Starship na base áerea da SpaceX, no Texas, antes de terceiro lançamento, em foto de 13 de março de 2024 Reuters/Cheney Orr Conheça a Starship, nave que a SpaceX usará em voos ao redor da Lua Starship Arte/ g1

G1

Thu, 14 Mar 2024 03:00:18 -0000 -

A nova lei proíbe, por exemplo, tecnologias de reconhecimento facial, mas abre exceção para o uso pela polícia. Parlamento europeu aprova lei pioneira no mundo para regulamentar a inteligência artificial O parlamento europeu aprovou uma lei pioneira no mundo para regulamentar a inteligência artificial. As regras dividem as tecnologias pelo risco: quanto maior o perigo para os seres humanos, maiores as restrições. A regulação proíbe, por exemplo, tecnologias de reconhecimento facial, mas abre exceção para o uso pela polícia. As empresas também terão que respeitar os direitos autorais de obras utilizadas para treinar sistemas de geração automática de texto e imagem. A legislação prevê multas de até 35 milhões de euros e deve entrar em vigor ao longo dos próximos dois anos. LEIA TAMBÉM Inteligência Artificial: entenda o que está por vir com as novas interações entre homem e máquina OpenAI, dona do ChatGPT, lança modelo que cria vídeos realistas com inteligência artificial a partir de textos 'Eram meu rosto e minha voz, mas era golpe': como criminosos 'clonam pessoas' com inteligência artificial

G1

Wed, 13 Mar 2024 23:41:13 -0000 -


Aeronaves são semelhantes a um helicóptero e têm recebido investimentos de várias empresas, inclusive no Brasil. A brasileira Embraer tem cerca de 3 mil encomendas de veículos aguardando aprovação da Anac. Conceito do eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve Um novo tipo de aeronave tem recebido investimentos de várias empresas e poderá se tornar comum em grandes cidades nos próximos anos: é o chamado eVTOL (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical). No Brasil, a Embraer tem quase três mil encomendas de veículos do tipo que estão em processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no país. O início de operação previsto para 2026. Os eVTOLs, também chamados de "carros voadores" e "drones de passageiros", deverão ser usados em viagens rápidas dentro de uma cidade ou entre cidades vizinhas. A ideia é que eles possam ser alternativas para fugir do trânsito nas ruas. Essas aeronaves lembram helicópteros, mas são diferentes, porque fazem menos barulho e usam mais hélices para voar. Além disso, como não usam querosene de aviação, elas permitem reduzir a emissão de gases poluentes. Veja abaixo alguns projetos de "carros voadores" no Brasil e no mundo. Eve (Embraer) 💺 Capacidade: 4 passageiros + 1 piloto (ou 6 passageiros em voos sem piloto) Subsidiária da Embraer, a Eve não revela qual deverá ser a velocidade máxima e a autonomia de seu eVTOL. A empresa vai fabricar o veículo em Taubaté, no interior de São Paulo, e planeja começar sua operação comercial em 2026. Embraer e Eve anunciam primeira fábrica de "carro voador" Joby Aviation 💺 Capacidade: 4 passageiros + 1 piloto 🚁 Autonomia: 160 quilômetros 🏃Velocidade máxima: 320 km/h A Joby Aviation fez em novembro o primeiro voo de um eVTOL em Nova York, nos Estados Unidos. A empresa já produziu uma aeronave para a Força Aérea dos EUA e deve entregar a segunda unidade em 2024, mas os voos comerciais só devem começar em 2025. Nova York realiza primeiros testes com "carros voadores" Volocity (Volocopter) 💺 Capacidade: 1 passageiro + 1 piloto 🚁 Autonomia: 35 quilômetros 🏃Velocidade máxima: 110 km/h A alemã Volocopter também fez um voo de teste em Nova York com seu modelo Volocity. O objetivo da empresa é ter autorização para realizar voos comerciais já em 2024. Um dos locais planejados é Paris, durante os Jogos Olímpicos. Em fevereiro deste ano, a empresa avançou ainda mais rumo ao início das viagens com o veículo ao obter a certificação na Alemanha para treinar pilotos encarregados do deslocamento. ‘Carro voador’ que será usado nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 faz primeiro voo teste Lilium Jet (Lilium) 💺 Capacidade: 6 passageiros + 1 piloto 🚁 Autonomia: 250 quilômetros 🏃Velocidade máxima: 250 km/h Outra empresa alemã, a Lilium espera que suas aeronaves estejam em operação comercial em 2024. A fabricante também tem um acordo para venda de 220 unidades para a companhia aérea Azul, que planeja usar usá-las a partir de 2025. Lilium Jet Reprodução/Lilium Gênesis-X1 (Vertical Connect) 💺 Capacidade: 2 passageiros 🚁 Autonomia: 1 hora de voo 🏃 Velocidade máxima: 130 km/h A aeronave Gênesis-X1 é fabricado pela brasileira Vertical Connect, que tem escritório em São Paulo. A empresa planeja levar em 2024 o primeiro modelo de seu eVTOL para o Ceará, onde tem uma parceria institucional com o governo estadual. Modelo de carro voador está em fase de desenvolvimento no Ceará VX4 (Vertical Aerospace) 💺 Capacidade: 4 passageiros + 1 piloto 🚁 Autonomia: 160 quilômetros 🏃 Velocidade máxima: 241 km/h O eVTOL da Vertical Aerospace levantou voo pela primeira vez em 2022, ao ficar a 1,5 m do chão. A empresa recebeu uma encomenda de 250 unidades para a companhia aérea Gol, que planeja usá-la no Brasil a partir de 2025. 'Carro voador' encomendado pela Gol voa pela primeira vez One (Jetson Aero) 💺 Capacidade: 1 passageiros 🚁 Autonomia: 20 minutos de voo 🏃 Velocidade máxima: 102 km/h A empresa sueca Jerson Aero criou uma aeronave bem menor do que a de suas concorrentes, com espaço para só um passageiro. Batizado de One, o modelo é voltado para uso recreativo, ou seja, não será usado em deslocamentos. 'Kart voador'? Conheça modelo elétrico de R$ 520.00 que já foi comprado por brasileiro Aska A5 💺 Capacidade: 4 passageiros 🚁 Autonomia: 402 quilômetros 🏃 Velocidade máxima: 241 km/h A fabricante do Aska A5 diz que ele tem o tamanho de um carro SUV e é o primeiro capaz de ser usado nas ruas (ao recolher as asas) ou no céu. Previsto para ser entregue em 2026, a aeronave já está em pré-venda para clientes particulares e custará US$ 789 mil (cerca de R$ 3,9 milhões). 'Carro voador' da empresa Aska Divulgação/Aska X2 (XPeng AeroHT) 💺 Capacidade: 2 passageiros 🚁 Autonomia: 35 minutos de voo 🏃 Velocidade máxima: 130 km/h O X2 tem quatro baterias independentes, o que lhe permite continuar o voo mesmo se uma delas falhar, e é capaz de acionar um paraquedas em caso de emergência. O modelo fez seu primeiro voo público em 2022. Conheça o X2, 'carro voador' chinês que fez primeiro voo de testes Supernal (Hyundai) 💺 Capacidade: 4 passageiros + 1 piloto A montadora Hyundai está trabalhando em um eVTOL por meio de sua subsidiária Supernal. A empresa apresentou um protótipo da aeronave e pretende receber a certificação para uso comercial nos Estados Unidos a partir de 2028. Hyundai divulga projeto de 'carro voador' para viagens urbanas em 2028 As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1

G1

Wed, 13 Mar 2024 17:51:58 -0000 -


Proposta é baseada em preocupação com dados de usuários americanos e ainda precisa passar pelos senadores e pela sanção do presidente Biden. Rede social nega riscos à segurança. ByteDande é a dona chinesa do TikTok Dado Ruvic/Reuters A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quarta-feira (13) uma lei que pode banir o TikTok no país. O projeto ordena que o app, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos EUA. Caso contrário, a rede social terá que deixar o país. Com amplo apoio de democratas e republicanos, o projeto de lei foi aprovado por 352 votos a 65. Para valer, ele ainda precisa passar pelo Senado e também depende de sanção do presidente dos EUA. Na semana passada, o presidente Joe Biden havia dito que assinaria a lei. Participe do canal do g1 no WhatsApp Por que a lei foi proposta? Apesar de ser focada no TikTok, a legislação proposta afeta "aplicativos controlados por adversários estrangeiros" (entenda abaixo). A ideia vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. "Esperamos que eles percebam o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que usam nosso serviço", disse um porta-voz do TikTok após o resultado. O que diz o TikTok? A controladora do TikTok nega esse risco. Em um vídeo divulgado após a aprovação do projeto na Câmara, o presidente-executivo da rede social, Shou Chew, disse, dirigindo-se aos usuários americanos, que a empresa tem investido em "manter os seus dados seguros e a plataforma livre de manipulação externa". E que a proposta dá mais poder para uma série de outras plataformas. "E vai tirar bilhões de dólares das mãos de criadores e de pequenos negócios." Veja os principais pontos da lei: 🚫 proíbe a distribuição, manutenção ou fornecimento de serviços de hospedagem na internet para um aplicativo controlado por adversários estrangeiros (por exemplo, TikTok); 🛡️ considera como adversário estrangeiro qualquer aplicativo que seja operado direta ou indiretamente pela ByteDance ou TikTok (incluindo suas subsidiárias ou sucessores); ou uma empresa de mídia social controlada por uma empresa que o presidente dos EUA considere uma ameaça à segurança nacional; 🖥️ diz que a proibição não vai se aplicar a um app usado para publicar análises de produtos, análises de negócios ou informações e análises de viagens; 🔎 autoriza o Departamento de Justiça a investigar violações do projeto e fazer cumprir suas disposições. As entidades que violarem o projeto de lei estão sujeitas a penalidades civis com base no número de usuários. O que acontece se o projeto for sancionado Caso a lei seja aprovada também no Senado e sancionada por Biden, a ByteDance deve encontrar um comprador em um período de até seis meses. Esse novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google, dona do Android, terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. Segundo o jornal The New York Times, a justiça americana pode punir as empresas que desobedecerem às novas regras contra o app chinês. Para a advogada e especialista em direito digital Patrícia Peck, a decisão dos deputados pode aumentar a tensão entre EUA e China. "A China poderá se opor a venda [do TikTok], restringindo a exportação da tecnologia". "A venda do TikTok envolveria a exportação de algoritmos de recomendação de conteúdo, o que demanda a obtenção de licença e aprovação do governo chinês. Em 2020, a China já havia adicionado a tecnologia do TikTok em uma lista restrita de exportação, dada a ameaça de banimento por Trump", completa. "Vale lembrar que, desde 2010, o Google, que não opera na China, mas tem matriz em Hong Kong, enfrenta litígios constantes envolvendo censura e restrição de conteúdo", diz Patrícia ao g1. Pressão sobre o TikTok com os EUA é antiga O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Além do TikTok, o bloqueio incluiu o We Chat, uma espécie de "WhatsApp" chinês. A ByteDance negou as acusações de Trump, dizendo armazenar os dados de usuários norte-americanos fora da China: nos EUA e em Singapura. Em 2021, Joe Biden assinou uma ordem executiva (uma espécie de decreto) que reverteu a decisão do antecessor de banir o TikTok e o WeChat. Mas determinou que o Departamento de Comércio do EUA investigasse como os aplicativos lidam com os dados dos usuários. Em entrevista à CNBC, Trump mudou o discurso sobre o TikTok, dizendo que ainda considera ele uma ameaça à segurança nacional. No entanto, os "jovens podem ir à loucura" com o banimento. Segundo ele, a decisão só irá beneficiar a Meta, dona do Facebook e do Instagram, que, para o ex-presidente, é uma empresa "inimiga do povo". LEIA TAMBÉM: Tiktok é o 'novo' Google para buscas? Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem Conteúdo +18: os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo nudes e vídeos de sexo no OnlyFans, Privacy e afins Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

G1

Wed, 13 Mar 2024 14:57:08 -0000 -


Os aplicativos devem pagar R$ 20 milhões por dano moral coletivo e R$ 500 para cada usuário do sistema operacional móvel (IOS) da empresa Apple, que tiveram dados coletados sem autorização. Aplicativo do Facebook no iPhone Jenny Kane/AP/Arquivo A Justiça do Maranhão condenou os aplicativos Facebook e Zoom a pagarem R$ 20 milhões por dano moral coletivo e R$ 500 para cada usuário do sistema operacional móvel (IOS) da empresa Apple, que tiveram dados coletados sem autorização. TikTok é condenado pela Justiça do MA a pagar R$ 500 a usuários no Brasil por coleta indevida de dados A decisão, divulgada nesta terça-feira (12), foi tomada pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís. Na sentença, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara, determinou que os aplicativos parem de coletar e compartilhar, entre si e com terceiros, dados técnicos obtidos por meio da ferramenta “SDK” para o sistema operacional IOS, sem consentimento dos usuários. A sentença teve como base os pedidos do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo no Maranhão (IBEDEC-MA), que ajuizou uma Ação Civil Pública contra o Zoom e o Facebook, com pedido de tutela antecipada. Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram Na ação, o IBEDEC-MA informou que houve suposta violação de direitos individuais dos usuários do Zoom, que tiveram dados compartilhados com o Facebook, de forma ilegal, o que afetou os seus direitos a um ambiente de navegação seguro na rede mundial de computadores. Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Pela decisão da Justiça, além de ter de excluir os dados coletados ilegalmente, as rés terão de explicar de que forma o consentimento é obtido na adesão aos programas, com exposição das janelas, condições, línguas e caixa de diálogo, nos sistemas IOS, Android e endereço da internet. Na sentença, o juiz determina, também, que os apps evitem coletar e compartilhar entre si e com terceiros, sem consentimento, dados técnicos dos aparelhos dos usuários do aplicativo Zoom para IOS, como o tipo e a versão do sistema operacional, fuso horário, modelo, tamanho da tela, núcleos do processador e espaço em disco dos aparelhos, bem como a operadora de telefonia móvel, endereço IP (identificação do aparelho) e identificação (ID) de Anunciante do IOS. Aplicativos contestam alegações O Facebook contestou a classificação dos dados como “sensíveis” sustentando que são apenas informações técnicas que não representam risco de dano ao usuário, e que agiu prontamente ao tomar conhecimento do problema e removeu o SDK. Informou ainda que não comercializa as informações obtidas, nem tem parceria de negócios com Facebook. O Zoom destacou que a segurança e privacidade dos usuários são prioridades fundamentais, contestando a alegação do IBEDEC-MA sobre um suposto histórico de falhas na segurança. Diz ainda que a ampla utilização da plataforma por entidades renomadas contradiz essa acusação. Dados técnicos Para o juiz Douglas de Melo, ao contrário do alegado pelas rés, não se trata apenas de dados técnicos dos usuários. O ID de Anunciante do IOS, por exemplo, permite às empresas de publicidade direcionar anúncios, analisar o comportamento dos usuários, analisar audiências, rastrear conversões e personalizar a experiência do usuário em aplicativos. Quanto à possibilidade de monetização das informações dos usuários, as empresas podem vender esses dados, oferecer serviços de publicidade direcionada ou estabelecer parcerias comerciais para acessar e utilizar as informações do ID de Anunciante. Em seu julgamento, o juiz informou que a proteção à privacidade e à proteção de dados encontram amparo tanto na Constituição Federal (artigo 5º) quanto no Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), que estabelece princípios fundamentais para a utilização da internet no Brasil. “Assim, a utilização de dados pessoais deve vincular-se a uma finalidade legítima e específica, devendo observar os princípios da necessidade, adequação e proporcionalidade", declarou o juiz na sentença.

G1

Wed, 13 Mar 2024 00:05:12 -0000 -


Até o fim de 2023, desenvolvedores poderão usar seus próprios sites para distribuir seus aplicativos para usuários no bloco europeu. Medidas será feita para cumprir a Lei dos Mercados Digitais (DMA), regulamentação que atinge gigantes da tecnologia. App Store James Yarema/Unsplash A Apple anunciou nesta terça-feira (12) que desenvolvedores poderão usar seus próprios sites, e não apenas a App Store, para distribuir os seus aplicativos de iPhone na União Europeia. A empresa disse que a medida entrará em vigor na primavera do hemisfério norte, entre setembro e dezembro. A mudança será feita para cumprir a Lei dos Mercados Digitais (DMA), regulamentação da União Europeia que passou a valer na semana passada. A regra atinge gigantes de tecnologia e, entre outras coisas, obriga a Apple a abrir seu ecossistema. A DMA exige que a Apple libere alternativas à App Store no iPhone e permita que desenvolvedores optem por não usar seu sistema de pagamento em aplicativos que cobra taxas de até 30% por transação. "Estamos oferecendo mais flexibilidade para desenvolvedores que distribuem aplicativos na União Europeia, incluindo a introdução de uma nova maneira de distribuir aplicativos diretamente do site do desenvolvedor", disse a Apple. "A Apple fornecerá aos desenvolvedores autorizados acesso a APIs (interfaces de programação de aplicativos) que facilitam a distribuição de seus aplicativos da web, integração com funcionalidades do sistema, backup e restauração de aplicativos de usuários e muito mais", disse a empresa. Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem Outras mudanças incluem permitir que os desenvolvedores que criam lojas alternativas de aplicativos ofereçam um catálogo composto exclusivamente por seus próprios aplicativos com efeito imediato. Os desenvolvedores podem escolher como criar promoções, descontos e outras ofertas no aplicativo ao direcionar os usuários para concluir uma transação em seu site, em vez de usar o modelo da Apple. As mudanças da Apple ocorrem em meio a críticas contínuas de rivais de que seus esforços de compliance estão sendo insuficientes. As violações do DMA podem custar às empresas multas que chegam a 10% do seu volume de negócios global. LEIA TAMBÉM: Celular pode ser aliado para descobrir câmeras escondidas em quartos; veja como se proteger Como é o chip cerebral implantado pela empresa de Elon Musk em uma pessoa As gêmeas roubadas após nascimento que se reencontraram graças a vídeo no TikTok Veja primeiras impressões sobre o Apple Vision Pro Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 12 Mar 2024 17:46:53 -0000 -


Para manter seus funcionários, a Google DeepMind deu milhões de dólares em ações para um grupo de pesquisadores sêniores. A empresa quer impedir que funcionários saiam para rivais ou criem seus próprios negócios. Empresas como a Google DeepMind agora precisam pagar muito para reter seus profissionais Jernej Furman/Flickr via Wikimedia Commons Investimentos de startups de inteligência artificial (IA) esquentaram a disputa por talentos na Europa. Empresas já estabelecidas como Google DeepMind agora precisam escolher entre pagar muito ou perder os seus melhores profissionais na região. A batalha cresce à medida que investidores injetam mais dinheiro em empresas de IA na tentativa de descobrirem o próximo sucesso da noite para o dia na área, como aconteceu com o ChatGPT, da OpenAI. Algumas empresas estrangeiras de IA – incluindo as americanas Anthropic e OpenAI e a canadense Cohere – abriram escritórios na Europa em 2023, aumentando a pressão sobre as empresas de tecnologia que já estão tentando atrair e reter talentos na região. A DeepMind, criada em 2010 e comprada pelo Google em 2014, ficou conhecida por aplicar IA a tudo, desde jogos de tabuleiro até biologia estrutural. Agora, enfrenta rivais bem financiados, além da saída de funcionários que pretendem lançar seus próprios negócios. Em um esforço para reter funcionários, a DeepMind deu a um grupo de pesquisadores sêniores acesso a ações restritas no valor de milhões de dólares, no início deste ano, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. "É um espaço competitivo, com certeza", disse um porta-voz da DeepMind à Reuters, acrescentando que a empresa "continua a se sair bem na atração e no desenvolvimento de talentos". As recentes saídas da DeepMind incluem seu cofundador Mustafa Suleyman, que criou a Inflection AI ao lado do bilionário do LinkedIn Reid Hoffman, e o cientista Arthur Mensch, hoje presidente-executivo da Mistral AI. Conheça o Sora, inteligência artificial "irmã do ChatGPT" que cria vídeos a partir de textos Salário competitivo Houve um "aumento exponencial" na remuneração de funcionários de alto escalão das empresas de IA no Reino Unido no último ano, de acordo com a empresa de busca de executivos Avery Fairbank. "A entrada de gigantes estrangeiros de IA, como Anthropic e Cohere, no mercado londrino acirrará ainda mais a competição por talentos de IA", disse Charlie Fairbank, diretor administrativo da Avery Fairbank. Executivos com salários anuais de cerca de 350 mil libras (R$ 2,2 milhões) viram suas remunerações saltarem entre 50 mil e 100 mil libras (R$ 320 mil a R$ 640 mil), segundo ele. A Cohere, que projeta chatbots e outras ferramentas, contratou Phil Blunsom, pesquisador líder da DeepMind por sete anos, como seu cientista-chefe em 2022. Sebastian Ruder também se juntou à Cohere vindo da DeepMind em janeiro. "É raro encontrar uma empresa que esteja construindo um grande negócio do zero, com muitas das principais mentes do setor", disse ele à Reuters. "Quando esse tipo de chance aparece, você aproveita." Ruder se recusou a comentar quando questionado sobre seu salário. Ekaterina Almasque, sócia geral da empresa de capital de risco OpenOcean, disse que a DeepMind não é mais a "líder distante no campo". "Todas essas empresas estão competindo pelo mesmo grupo de talentos e, com a escassez de habilidades em IA, isso é cada vez mais um lago do que um oceano." Suleyman começou recentemente a recrutar uma equipe técnica baseada em Londres para a Inflection AI, enquanto a Mistral, de Mensch, tornou-se rapidamente uma das startups mais badaladas do continente, levantando US$ 415 milhões (R$ 2 bilhões) em financiamento em dezembro. A Mistral não quis comentar e a Inflection não respondeu a um pedido de comentário. LEIA TAMBÉM: Celular pode ser aliado para descobrir câmeras escondidas em quartos; veja como se proteger Como é o chip cerebral implantado pela empresa de Elon Musk em uma pessoa As gêmeas roubadas após nascimento que se reencontraram graças a vídeo no TikTok Veja primeiras impressões sobre o Apple Vision Pro Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 12 Mar 2024 07:00:26 -0000 -

Fotógrafos apontam ao g1 as principais inconsistências. Princesa, que não aparece em público há meses, confirmou que editou a imagem, mas não detalhou. A foto de Kate Middleton rodeada pelos filhos, divulgada no perfil da princesa, no último domingo (10), traz uma série de "pistas" que causaram estranhezas não só nas agências internacionais de notícias, mas também nos usuários das redes sociais. Os fotógrafos Fabio Tito, do g1, e Marcelo Brandt apontaram as principais inconsistências na imagem; veja abaixo. A lista vai desde pontos borrados até parte de roupa que parece ter sido apagada. Nesta segunda-feira (11), Kate confirmou que editou a foto e pediu desculpas por qualquer confusão que a imagem tenha causado, mas não detalhou quais foram as alterações. O 'sumiço' de Kate A divulgação da foto com partes manipuladas alimentou as teorias da conspiração sobre o "sumiço" da princesa, que não é vista em público desde que o palácio informou que ela passou por uma cirurgia abdominal, em janeiro. Algumas pessoas chegaram a desconfiar que a imagem tivesse sido gerada por inteligência artificial, cujas falhas e riscos têm sido alvo de discussão. Leia também: Como identificar se uma imagem foi manipulada Google pausa geração de imagens do Gemini após IA apresentar erros raciais e históricos Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Mon, 11 Mar 2024 20:56:25 -0000 -


Em meio a suspeitas de que uma foto oficial de Kate Middleton foi 'manipulada', confira algumas pistas que podem ajudar você a checar se uma imagem foi alterada ou mesmo gerada por IA Como identificar se uma imagem foi manipulada Getty Images Em um mundo em que as imagens podem ser alteradas digitalmente com apenas alguns cliques ou até mesmo geradas inteiramente do zero por meio da inteligência artificial (IA), está se tornando cada vez mais difícil confiar no que os nossos olhos veem. As técnicas usadas para manipular imagens são tão sofisticadas que entramos na era dos fakes hiper-realistas. Tais imagens podem levar à propagação da desinformação e podem até influenciar a opinião pública em eventos importantes como eleições. Depois que uma foto da princesa de Gales, Kate Middleton, ao lado dos filhos foi retirada pelas agências de notícias devido ao receio de que tivesse sido "manipulada", a questão ganhou mais destaque do que nunca. Mas será que há algo que a gente possa fazer para identificar se uma imagem foi alterada ou gerada por inteligência artificial? Reflexos e sombras A iluminação anormal costuma ser um indício de que uma foto foi alterada. Verifique, por exemplo, os pontos de luz nos olhos das pessoas; a fonte de luz muitas vezes vai estar refletida em seus olhos. Se o tamanho e a cor não corresponderem ao local ou se parecerem diferentes entre cada um dos olhos, você pode ter motivos para suspeitar. A forma como os indivíduos e os objetos aparecem nas superfícies refletoras de uma imagem também pode fornecer pistas. As sombras dos objetos na imagem podem não se alinhar se ela tiver sido montada a partir de diversas imagens, mas tenha em mente que algumas fotos podem ser tiradas com diversas fontes de iluminação. Vale a pena observar a forma como a luz incide no rosto de uma pessoa. Se o Sol estiver atrás dela, por exemplo, as orelhas podem parecer avermelhadas. A inteligência artificial também pode produzir iluminação e sombras incongruentes, mas à medida que os algoritmos são aperfeiçoados, os rostos gerados pela IA são com frequência percebidos como mais reais do que os rostos humanos. Mãos e orelhas Outra abordagem que pode ser reveladora é procurar características difíceis de replicar. Atualmente, a inteligência artificial deixa a desejar no processamento de mãos e orelhas, alterando suas formas, proporções e até mesmo o número de dedos. Essas são as mesmas características que muitas vezes são motivo de dor de cabeça para os artistas, mas à medida que outros aspectos das imagens de pessoas geradas por IA se tornam hiper-realistas, essas imprecisões criam um vale de estranheza que não parece natural aos nossos olhos. Veja os metadados Escondidas no código das imagens digitais estão informações que podem ajudar a identificar uma foto fake. Cada vez que uma câmera digital tira uma foto, os metadados são gravados no arquivo da imagem. Os registros de data/hora, por exemplo, levaram a questionamentos sobre se o então presidente americano, Donald Trump, estava de fato trabalhando na Casa Branca um dia depois de revelar que tinha contraído covid-19 em outubro de 2020. Duas fotos de Trump no hospital militar em que foi internado com covid-19 EPA/JOYCE N BOGHOSIA/THE WHITE HOUSE Ruído na imagem Cada sensor de câmera digital apresenta pequenas falhas de fabricação que levam a erros únicos que deixam uma espécie de “impressão digital” nas fotos. Essa “impressão digital” é então associada a uma câmera específica — e pode ajudar a identificar áreas de uma fotografia que foram manipuladas. A granulação de uma imagem gerada por inteligência artificial também pode parecer peculiar. Ferramentas de verificação Empresas de tecnologia como o Google lançaram ferramentas de verificação de imagens que podem ajudar as pessoas a identificar imagens geradas por inteligência artificial. O Facebook e o Instagram começaram a rotular imagens geradas por IA provenientes dos próprios sistemas da Meta — e planejam fazer o mesmo para imagens geradas por ferramentas de IA de outras empresas. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future. Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Bard, o 'ChatGPT do Google', é lançado no Brasil

G1

Mon, 11 Mar 2024 18:38:46 -0000 -


Gigante da tecnologia é alvo de ação coletiva acusada de ter usado dados de vários livros para treinar a NeMo, seu sistema de inteligência artificial. Em ascensão nesse ramo, empresa vem se tornando a queridinha dos investidores. Escritores processam Nvidia por violar direitos autorais de obras para treinar inteligência artificial Dado Ruvic/Illustration/Reuters A Nvidia, gigante da tecnologia que produz chips de inteligência artificial (IA), foi processada por três autores que afirmaram que seus livros, protegidos por direitos autorais, foram usados sem permissão para treinar a plataforma de IA da empresa, chamada de NeMo. Os autores Brian Keene, Abdi Nazemian e Stewart O'Nan disseram que seus trabalhos faziam parte de um conjunto de dados de cerca de 196.640 livros que ajudaram a treinar a NeMo para simular a linguagem escrita comum, antes de serem retirados do ar em outubro "devido a denúncia de violação de direitos autorais". Em uma ação coletiva apresentada na noite de sexta-feira (8) no tribunal federal de São Francisco (EUA), os autores disseram que a remoção reflete o fato de a Nvidia ter “admitido” que treinou a NeMo no conjunto de dados e, portanto, violou seus direitos autorais. Eles estão buscando indenizações não-especificadas para pessoas nos Estados Unidos cujas obras que são protegidas por direitos autorais tenham ajudado a treinar os chamados grandes modelos de linguagem da NeMo nos últimos três anos. A Nvidia não comentou sobre o caso e os advogados dos autores não responderam aos pedidos de comentários da agência Reuters. O processo leva a Nvidia a mais um litígio movido por escritores, assim como pelo New York Times, sobre IA generativa, que cria novos conteúdos com base em entradas como texto, imagens e sons. A ascensão da Nvidia no universo da IA fez ela ser a empresa favorita dos investidores. O preço das ações da fabricante de chips, com sede na Califórnia (EUA), subiu quase 600% desde o final de 2022, dando à Nvidia um valor de mercado de quase US$ 2,2 trilhões. LEIA TAMBÉM: Epic Games, dona do Fortnite, diz que Apple encerrou a sua conta de desenvolvedor Saiba como tirar confirmação de leitura de mensagens no Instagram As imagens falsas criadas com IA para tentar atrair eleitores negros para Trump Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

G1

Mon, 11 Mar 2024 11:56:35 -0000 -


Ela precisou assinar suas primeiras propostas como "Steve" para conseguir seus primeiros contratos de venda de software. Stephanie Shirley recebeu o título de Dama em 2000. Sete anos mais tarde, recebeu a 'Ordem dos Companheiros de Honra' pelo seu trabalho no campo da tecnologia. GETTY IMAGES via BBC Stephanie Shirley foi para muitos (e por muitos anos) apenas "Steve". Foi com esse nome que ela assinou centenas de cartas para conduzir seu pioneiro negócio de programas de computador. Afinal, quando ela usava seu nome real – revelando seu gênero –, ninguém lhe dava importância. Nas décadas de 1950 e 1960, Shirley lutou contra o sexismo, criou postos de trabalho exclusivamente para mulheres e adotou ideias revolucionárias, como o trabalho remoto. Shirley tem hoje 91 anos e ninguém nunca acreditou que ela pudesse ter sucesso. Ainda assim, ela acumulou uma fortuna de quase £150 milhões (cerca de R$ 940 milhões). Ela se tornou a primeira programadora independente do mundo e a primeira magnata do mundo tecnológico, tão lucrativo hoje em dia. Fuga da Alemanha nazista Stephanie Shirley nasceu em Dortmund, na Alemanha, onde recebeu o nome de Vera Buchthal. Filha de um juiz judeu, ela precisou se separar dos pais em 1939, com apenas cinco anos de idade, frente à crescente ameaça nazista. Ela e sua irmã Renata, então com nove anos, tomaram o trem Kindertransport, que trouxe milhares de crianças judias refugiadas para o Reino Unido. "Eu agarrei a mão da minha irmã e ela, coitada, precisou cuidar de mim e dos seus próprios problemas", contou Shirley à BBC em 2019. As duas irmãs chegaram à região central da Inglaterra e lá foram adotadas. Elas mantiveram contato com os pais, mas Shirley conta que nunca recuperou totalmente sua relação com eles. Ela reconhece que a separação da família e a fuga da Alemanha definiram a pessoa que ela se tornou. E, em vez de paralisá-la, essa situação serviu para deixá-la mais forte. Stephanie Shirley, na inauguração do monumento ao 'Kindertransport' no cais da cidade de Harwich, na Inglaterra. JOE GIDDENS/PA WIRE via BBC Destaque em matemática Desde criança, Stephanie Shirley se destacou pelo seu rendimento escolar, particularmente em matemática. Ela chegou a ser transferida para uma escola para meninos, que oferecia aulas mais avançadas de matemática. Ao terminar seus estudos, Shirley foi trabalhar na Escola de Pesquisa do Escritório dos Correios, que era líder no desenvolvimento e uso de computadores no Reino Unido. Foi nessa época que ela mudou o primeiro nome pra Stephanie. Uma das poucas funcionárias mulheres, ela ajudou a escrever programas de computador, o que era bastante incomum na época. Para evitar que seus pretendentes se espantassem, Shirley dizia que trabalhava nos correios. Sua esperança era que eles pensassem que ela vendia selos e que não competiria com eles. Foi ali que ela conheceu o físico Derek Shirley, com quem se casou. Ela então mudou seu sobrenome para Shirley. Ela adorava o trabalho no Escritório dos Correios, mas conta que, também ali, o sexismo a derrubou. "Meu chefe não me propôs uma promoção porque eu era mulher", contou ela à BBC em 2019. "Fiquei totalmente farta do sexismo", relembra ela. "Aprendi a ficar de costas para a parede para que ninguém pudesse passar e beliscar minhas nádegas. E aprendi a me manter fora do caminho de certas pessoas. Com o tempo, ganhei o suficiente e saí." Stephanie ou Steve? Stephanie Shirley é considerada a primeira programadora de computadores independente do mundo. STEPHANIE SHIRLEY via BBC Em 1962, Shirley decidiu abrir sua própria empresa de computação, a Freelance Programmers. O plano não parecia ter muita chance de dar certo. Primeiro, porque ela era mulher em um mundo que ainda era controlado pelos homens. Segundo, porque só tinha US$ 10. Ela também não tinha um escritório, mas apenas a sala de jantar da sua casa. E, para completar, sua ideia era vender programas de computador, que na época pareciam algo sem valor. As máquinas é que eram e sempre seriam importantes, na opinião dos especialistas. "Eles literalmente riram de mim", recordou ela, na entrevista à BBC. "Naquela época, os programas eram oferecidos de graça, de forma que tentar vendê-los era uma ideia nova." "Eles também riram de mim, sobretudo, porque eu era mulher. Mas sou uma pessoa orgulhosa e não gostei daquilo. De forma que fiquei determinada a sobreviver." E, com certeza, ela sobreviveu. Shirley começou a trabalhar muito. Ela escreveu centenas de cartas para possíveis clientes, tentando convencê-los de que, para poder realmente aproveitar um computador, era preciso desenvolver programas que dissessem às máquinas o que elas deveriam fazer. A indústria foi hostil e muitas das suas cartas foram ignoradas. Até que seu marido deu uma ideia: e se ela assinasse as cartas com o nome de um homem? Foi então que ela adotou o pseudônimo de Steve Shirley. Depois disso, as respostas logo começaram a chegar. Uma empresa para mulheres Desde o primeiro dia, Stephanie Shirley prometeu que, sempre que fosse possível, a empresa só empregaria mulheres. E, de fato, dos seus primeiros 300 funcionários, 297 eram mulheres. Ela dava prioridade às que tinham filhos, já que elas teriam dificuldade para encontrar trabalho de outra forma. Shirley permitia que as mulheres trabalhassem em casa para se adaptarem mais facilmente à rotina com a criança. Foi uma decisão totalmente revolucionária nos anos 1960. Na década de 1960, o mundo da computação era dominado por homens. GETTY IMAGES via BBC As mulheres escreviam os programas de computador com lápis e papel e enviavam pelo correio. A empresa foi crescendo exponencialmente e chegou, no seu auge, a empregar mais de 4 mil mulheres. Em 1975, com a aprovação da Lei de Discriminação Sexual do Reino Unido, a empresa de Shirley foi obrigada a contratar homens. Ironicamente, uma empresa criada para combater o sexismo no trabalho subitamente corria o risco de infringir uma regulamentação que tinha exatamente a mesma finalidade. "É assim que deve ser", afirmou Shirley. "Uma força de trabalho mista é muito mais criativa." Na década de 1980, a empresa era mundialmente conhecida e criava a programação de grandes corporações. Algumas dessas criações foram emblemáticas, como a da caixa preta do avião Concorde. Stephanie Shirley dirigiu a Freelance Programmers por 25 anos. A empresa passou a ser cotada na Bolsa de Valores de Londres em 1996, com o nome Xansa. Naquele ano, Shirley surpreendeu novamente: ela deu uma parte das suas ações aos funcionários, que passaram a ser donos de mais da metade da companhia. Stephanie Shirley fundou sua própria empresa, a Freelance Programmers, em 1962. GETTY IMAGES via BBC Desde os anos 2000, Shirley se dedica à filantropia. Uma parte considerável do seu tempo e fortuna foi destinada ao estudo do autismo, já que seu filho Giles tinha sido diagnosticado com uma forma grave do transtorno. Ele morreu em 1998, aos 35 anos de idade. No ano 2000, o Reino Unido outorgou a Stephanie Shirley o título de "Dama" pelos seus "serviços na área da tecnologia da informação". Mas os amigos mais próximos a chamam, até hoje, de "Steve". Leia outras histórias de mulheres que revolucionaram a tecnologia Quem foi 'Lady Edison', a inventora autodidata que ganhou fama criando objetos para o cotidiano As 3 mulheres que mudaram nossa forma de ver o Universo A história desconhecida das 6 matemáticas que programaram 1º supercomputador

G1

Sun, 10 Mar 2024 12:24:04 -0000 -


Para presidente da autarquia, "agregadores financeiros", apelidados de "superaplicativos", reunirão as informações das pessoas físicas atualmente espalhadas por vários bancos. Reprodução de apresentação do BC Banco Central O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, avaliou nesta semana que a inteligência artificial (IA) poderá ser usada como um tipo de consultor financeiro do futuro. A declaração foi dada durante palestra na reunião do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Essa consultoria da inteligência artificial ocorreria por meio dos chamados "agregadores financeiros", apelidados de "superaplicativos", a serem desenvolvidos pelos bancos e que reunirão as informações das pessoas físicas atualmente espalhadas por vários bancos em uma única plataforma. A expectativa do BC é que esse tipo de aplicativo esteja disponível dentro de um ano e meio, ou seja, próximo ao fim de 2024. "Deveria ter alguma coisa no aplicativo que te leve a ter mais educação financeira, a programar melhor seus pagamentos. As vezes, a pessoa tem um dinheiro investido e está pagando juros sete vezes maior no cartão de crédito. Então, a gente acha que a inteligência artificial pode ajudar muito as pessoas nessa programação financeira", avaliou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reprodução de apresentação do BC Banco Central Aumentar a concorrência Os agregadores financeiros são mais uma etapa do "open banking" (ou open finance) -- uma plataforma que permite aos clientes o compartilhamento dos dados bancários e históricos de transação com bancos e fintechs (pequenas empresas de tecnologia em serviços financeiros). O objetivo é aumentar a concorrência entre as instituições financeiras. De acordo com o BC, entre as funcionalidades dos "superaplicativos" estarão: Escolher de qual banco retirar recursos ao fazer um pagamento por meio do PIX; Se quiser pegar crédito, o aplicativo mostrará a taxa de juros que cada banco oferece para a operação; Conversão de moeda física para moeda digital, e vice-versa, entre o mesmo banco, ou diferentes instituições financeiras; Realização de investimentos, possibilitando maior competição sobre as taxas de retorno; Se tiver ações de empresas em um banco, outras instituições financeiras vão saber e poderão oferecer um custo de 'custódia' (manutenção) mais barato; Bancos vão começar a competir pelos serviços ofertados, como crédito, por exemplo, pois saberão as taxas que outros cobram. E será possível fazer a "portabilidade do crédito"; Unificar o fluxo financeiro de débitos e créditos em uma única ferramenta. Segundo o BC, não há necessidade de regulação adicional para os agregadores financeiros, pois os regulamentos do open finance já possibilitam esse tipo de produto. Inteligência artificial A expectativa de quem se prepara para o tema é de que a análise de dados pela inteligência artificial ganhe mais agilidade e possibilite a combinação de informações tradicionais com dados como redes sociais e de telecomunicações, entre outros. CEO de uma plataforma de inteligência artificial especializada na venda de serviços financeiros, Leonardo Rochadel deu alguns exemplos de como a inteligência artificial poderá ser utilizada no open finance. Quando os usuários conversam com a IA e fornecem dados, dentro do ambiente "open finance", ela procura identificar quais são os produtos financeiros mais adequados para o momento destes usuários; Se este usuário está com alguma restrição de crédito que a IA já sabe que será impeditiva para que este usuário seja aprovado por determinados bancos e fintechs, ela direciona para este usuário somente aqueles produtos financeiros que não tratem tais restrições como impeditivas. "Mesmo negativados, os clientes conseguem ter acesso a produtos de crédito, como é o caso do Saque Aniversário FGTS, por exemplo", explicou. Em outras situações, a IA consegue identificar, através do open finance, valores de empréstimos já contratados pelos usuários e sugerir outros produtos financeiros com taxas e custos efetivos melhores, apresentando opções para contratar outros empréstimos e até mesmo fazer a portabilidade. Com a portabilidade do consignado do INSS, por exemplo, a IA consegue identificar os valores de taxas e custos efetivos pagos atualmente pelo usuário para um determinado banco e, na sequência, apresentar sugestões do mesmo produto de outra instituição financeira com taxas e custos efetivos mais baratos para o usuário. 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

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Sun, 10 Mar 2024 11:30:10 -0000 -


Hoje tabelião, Victor Volpe Fogolin ficou em 1º lugar nas provas orais de Santa Catarina, Goiás e Tocantins. Para treinar as respostas, ele diz que 'transformou' o robô virtual em examinador. Victor Volpe Fogolin, de 23 anos, usou o ChatGPT para estudar para concursos Arquivo pessoal O tabelião Victor Volpe Fogolin, que foi aprovado aos 23 anos em cinco concursos de cartório, usou o ChatGPT para estudar para as provas. Simular questões de prova oral, "traduzir" termos jurídicos e ganhar uma ajudinha criativa para a redação foram algumas das várias utilidades que o concurseiro encontrou para a versão gratuita do robô da empresa OpenAI. 🤖 O ChatGPT é o robô virtual (chatbot) que ficou famoso no fim de 2022 por ter resposta para (quase) tudo. Ele sabe fazer contas de matemática, criar receitas e até dar conselhos, mas, às vezes, também compartilha informações erradas e cai em pegadinhas. A estratégia principal de Victor com o ChatGPT não era fazer perguntas diretas ao robô, mas "ensiná-lo" a partir de resumos que ele mesmo escreveu. Afinal, a ferramenta, assim como outros produtos de inteligência artificial (IA), utiliza uma linguagem que se aprimora com o "treino", a partir de uma sucessão de tarefas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Victor começou a usar o ChatGPT em janeiro de 2023, como um complemento para os estudos focados nos concursos de cartório, que mantinha havia quatro anos. Desde 2019, ele e a namorada Luiza Dias Seghese viajaram para vários estados para fazer as provas e colecionaram aprovações. A trajetória envolveu, além de muito estudo, destinos paradisíacos e o início de um romance (leia mais). Confira abaixo 6 formas que Victor utilizou o ChatGPT. Em seguida, veja cuidados necessários na hora de estudar com o robô. Treino para prova oral; Questões objetivas; Sugestões de artigos; 'Tradução' de conteúdos difíceis; Resumo de casos grandes; Criatividade para redação. Inteligência artificial poderá ser usada como consultora financeira em 'superaplicativo', avalia BC 1. Treino para prova oral 🗣️ Victor fez ao menos cinco provas desde que começou a estudar com a ajuda do robô virtual, incluindo as avaliações orais do concurso de Santa Catarina, Goiás e Tocantins, nas quais ele ficou em 1º lugar. A preparação para esses exames incluía aprender os conteúdos, fazer resumos e usar a criatividade para criar possíveis perguntas de prova oral, e depois respondê-las. Para ganhar tempo, o tabelião decidiu “transformar” o ChatGPT num examinador. “Eu copiava os meus resumos e jogava para ele. Escrevia: ‘ChatGPT, aprenda isso’. Ele mandava a resposta, dizia ‘aprendido’ e tudo mais", conta Victor. "Aí eu continuava: ‘Agora considere que você é um examinador de prova oral do estado de São Paulo, que perguntas você faria sobre essa matéria que você acabou de aprender?’" Outra estratégia que ampliou a eficácia da ferramenta, segundo Victor, foi pesquisar o currículo dos membros da banca que iriam participar da sua prova oral. Os nomes dos examinadores são divulgados junto com o edital do concurso. “Aí eu jogava as informações para o ChatGPT e pedia: ‘Com base nesse currículo, quais temas você acha que são mais relevantes para esse examinador?’”, relata. Muitas das questões que caíram nas provas orais dele e da namorada foram previstas pelo chatbot, segundo o concurseiro. Victor foi aprovado em cinco concursos de cartório pelo país Arquivo pessoal Além de fazer as perguntas, a técnica também foi interessante para ajudar o estudante a montar suas respostas baseadas em pontos de vista de diferentes autores. “Tem questões no direito que têm controvérsia, opiniões diferentes. E, para uma prova oral, é muito legal que a gente cite autores fortes. Essa é uma pesquisa um pouco difícil porque você tem que puxar a obra de cada um para ver a posição que ele defende, mas o banco de dados do ChatGPT já sabe tudo isso”, diz Victor. “Então, eu escrevia: ‘ChatGPT, considere essa questão polêmica. Quero que você cite três doutrinadores que defendem a posição 1 e três que defendem a posição 2'”, explica. No entanto, Victor alerta para que o concurseiro sempre cheque as informações enviadas pelo robô, especialmente citações. "Por vezes, o ChatGPT inventa autores que não disseram aquilo", diz. 2. Questões objetivas 🖊️ As previsões da IA também funcionaram para as provas objetivas dos concursos, de múltipla escolha. Para treinar, Victor enviava resumos e artigos de lei ao ChatGPT para que ele criasse questões de teste. A orientação era a seguinte: "ChatGPT, você será um membro examinador da banca do concurso público de cartório. Com base nas minhas anotações e em tais artigos do Código Civil, formule questões de testes com 4 alternativas. 3. Sugestões de artigos 🔎 O ChatGPT também foi utilizado por Victor para encontrar artigos de temas específicos que ele precisava estudar. "Eu escrevia: ''ChatGPT, quero ler um artigo científico sobre isso. Cite cinco artigos importantes'", conta Victor. Este foi um dos poucos casos em que Victor contou com o repertório do próprio robô, que "varre" textos disponíveis na internet. A ferramenta costuma enviar o nome dos artigos ou até links que levam a eles. “É uma coisa que eu levaria várias horas no Google para filtrar, mas ele já mandava artigos legais, os mais acessados, por relevância", diz Victor. O concurseiro também pontua que o Bard, o "ChatGPT do Google", "está bom em encontrar artigos acadêmicos, por ser integrado com o Google Scholar", plataforma de pesquisa acadêmica. 4. 'Tradução' de conteúdos difíceis 😖 Outro uso foi pedir para que o robô "traduzisse" assuntos complexos em termos mais simples. "No direito, tem termos que ninguém entende, nem mesmo quem estuda há anos. Então, eu jogava a frase para o ChatGPT e pedia: 'Explique isso em palavras simples, para um leigo'." 5. Resumo de casos grandes 📚 Victor também explica que, durante os estudos para concurso, é necessário ler grandes casos jurídicos, alguns com 100, 200 páginas. E o chatbot deu uma mão nessa tarefa, dessa vez na versão paga. “Dá para subir o PDF na versão paga, de várias páginas. Então, eu mandava o caso no ChatGPT e pedia: 'Resuma esse texto com os principais pontos, ou com foco em argumentos para prova oral', por exemplo", relembra. 6. Criatividade para redação 💡 Além disso, Victor contou com a ajuda da ferramenta de IA para treinar para a prova de redação, com ideias de introduções e conclusões criativas. “Se a gente começar a redação de um jeito muito impactante, com um primeiro parágrafo muito bom, já vai brilhar o olho e atrair a atenção do examinador. Por isso, eu pedia: ‘ChatGPT, desenvolva uma introdução que chame muita atenção sobre a história dos cartórios, sobre regularização fundiária, etc”, ensina o concurseiro. Nesse caso, Victor enviava seus próprios resumos antes, mas também pedia para que o ChatGPT buscasse informações em sua base. A ideia principal, no entanto, era aproveitar sugestões do robô de palavras bonitas e modelos de texto diferentes, e não aprender sobre aquele conteúdo específico, explica. ⚠️ Pontos de atenção Ao não fazer perguntas diretas para o robô, mas "ensiná-lo" antes, o concurseiro corre menos risco de a ferramenta se basear em fontes não confiáveis na internet para respondê-lo, explica Victor. Isso é importante, inclusive, porque a base de conhecimento do ChatGPT é atualizada até um certo ponto no tempo, explica o especialista em tecnologia Rodrigo Calado, cofundador da Gran Cursos Online. Assim, mesmo que a versão paga consiga fazer pesquisas na internet, a ferramenta pode fornecer informações imprecisas sobre questões mais recentes, afirma. "Também existe uma limitação e possibilidade de interpretação equivocada dependendo da pergunta que você fizer. E as bancas examinadoras não fazem questões óbvias. Elas misturam conteúdos, exigem pensamento crítico", alerta Calado. Por isso, nos casos em que o usuário depende das buscas do ChatGPT, como nos pedidos para citar autores que defendem posições diferentes ou sugestões de artigos, por exemplo, é importante checar as informações, orienta o concurseiro Victor. E mais dicas do especialista... 😉 Rodrigo Calado também cita o uso da inteligência artificial para criar planos de estudos personalizados, considerando os objetivos do concurseiro, prazos e o volume de material a ser estudado. Outra dica é pedir para o chatbot gerar flashcards a partir de seus resumos. São cartões com uma pergunta ou um termo de um lado e a resposta ou definição do outro, para ajudar o candidato memorizar os conteúdos. Além disso, "em debates, ele pode pedir ao ChatGPT para argumentar contra ou a favor de uma tese para ajudar a desenvolver suas habilidades de argumentação e pensamento crítico", completa o especialista. OpenAI, dona do ChatGPT, lança modelo que cria vídeos realistas com inteligência artificial a partir de textos Veja também: Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Bard, o 'ChatGPT do Google', é lançado no Brasil ChatGPT: como usar o robô no dia a dia

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Sun, 10 Mar 2024 10:00:10 -0000 -