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Notícias de economia, do mercado e das empresas do Brasil e do mundo, além de dicas e calculadoras para administrar suas finanças pessoais

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, saiu em defesa do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o anúncio do pacote de corte de gastos federais nesta quinta-feira (28). Na opinião de Pacheco, a reação do mercado ao pacote fiscal foi exagerada e precipitada. "O ministro Haddad fez um esforço danado, propôs reduções de despesas importantes, que não foram enfrentadas pelos últimos governos. Eo mercado não reconhece isso", disse Pacheco. O presidente do Senado afirmou que o mercado deveria, em vez de ter essa reação tão negativa, primeiro analisar melhor as medidas e sugerir saídas. "Agora, é importante que o mercado ajude o governo a aprovar as medidas ainda neste ano. Sem isso, o cenário será péssimo", acrescentou. Pacheco disse Lula e Haddad que o Congresso vai dar sua contribuição – e aprovar as medidas ainda este ano. Os dois projetos de cortes que o governo vai enviar começam a tramitar pela Câmara. O senador afirmou que, para essa aprovação rápida, será preciso um esforço de todos, inclusive do setor privado. Só assim, deputados e senadores poderão dar prioridade à votação das medidas. Governo tem pressa para aprovar corte de gastos no Congresso Mudanças no IR O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também considerou a reação do mercado exagerada, lembrando que as medidas poderão ser reforçadas durante a análise no Congresso. "Ninguém quis esperar a divulgação das medidas, já especulou apenas com o vazamento da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil", afirmou Randolfe. O parlamentar lembrou que, se o mercado aguardasse um pouco, seria informado que o governo vai adotar medidas para compensar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil – que tem um custo anual de R$ 35 bilhões. Para garantir uma neutralidade nas medidas, o governo vai cobrar um imposto mínimo de quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, somando todos os tipos de renda. Dólar bate R$ 6 e pressiona governo por cortes mais duros

G1

Fri, 29 Nov 2024 12:45:20 -0000 -

Números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. Em outubro, dívida pública subiu para 78,6% do PIB. As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 36,9 bilhões em outubro, informou o Banco Central nesta sexta-feira (29). O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. O resultado de outubro representa melhora frente ao mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 14,8 bilhões. Também é o maior valor para meses de outubro desde 2016, quando houve um superávit de R$ 39,6 bilhões. Na proporção do PIB, indicador considerado mais adequado por especialistas para comparação histórica, é o melhor resultado para meses de outubro desde 2021. De acordo com o BC, o superávit das contas públicas em outubro foi resultado do desempenho positivo das contas somente do governo federal. Estados, municípios e estatais apresentaram déficit. Veja abaixo: governo federal registrou superávit de R$ 39,2 bilhões em outubro; estados e municípios tiveram saldo negativo de R$ 1,9 bilhão; empresas estatais apresentaram rombo de R$ 360 milhões. Parcial do ano e meta fiscal No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas públicas apresentaram um déficit de R$ 56,7 bilhões, o equivalente a 0,6% do PIB. Isso representa melhora a em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um resultado negativo de R$ 82,3 bilhões, ou 0,92% do PIB. Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais). A meta é zerar o déficit para as contas do governo federal. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, pode haver variação de até R$ 28,75 bilhões, para cima ou para baixo, em relação ao objetivo. Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul. Há, ainda, R$ 514,5 milhões foram direcionados para o combate a incêndios, principalmente no pantanal e na na Amazônia. Também foi concedido um crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Com isso, o setor público pode apresentar um resultado negativo de até R$ 82,6 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida. Déficit trilionário Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 1,09 trilhão nas contas do setor público em doze meses até outubro, o equivalente a 9,52% do PIB. Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores. O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano, após duas altas seguidas. Segundo o BC, em doze meses até outubro deste ano, as despesas com juros nominais somaram R$ 869 bilhões (7,57% do PIB). Dívida pública A dívida do setor público consolidado registrou aumento de 0,4 ponto percentual do PIB no último mês, passando de 78,2% do PIB, em setembro deste ano, para 78,6% do PIB em outubro – o equivalente a R$ 9,03 trilhões. O reequilíbrio das contas públicas é considerado importante pelo mercado financeiro para evitar uma disparada da dívida brasileira – indicador que é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco. No governo Lula, a dívida pública avançou 6,9 pontos percentuais, pois estava em 71,7% do PIB no fechamento do ano de 2022. A gestão petista aprovou, no fim de 2022, a PEC da transição, e depois o arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas). As regras ampliaram em cerca de R$ 170 bilhões em gastos públicos por ano, recursos destinados a áreas como saúde, educação, benefícios previdenciários, investimentos e emendas parlamentares. Mesmo com o arcabouço fiscal, os analistas do mercado financeiro estimaram, de acordo com pesquisa do Banco Central, que a dívida pública brasileira deve atingir 90,8% do PIB em 2033. O governo federal anunciou nesta semana um pacote de cortes de gastos, envolvendo limitação do salário mínimo e redução de recursos orçamentários para a Educação. O objetivo é manter operante o arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas.

G1

Fri, 29 Nov 2024 12:12:39 -0000 -


Antes disso, o percentual mais baixo de desempregados no país havia sido registrado em dezembro de 2013 (6,3%). A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre terminado em outubro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Antes disso, o percentual mais baixo de desempregados no país havia sido registrado em dezembro de 2013 (6,3%). A queda foi de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em julho, quando a taxa era de 6,8%. No mesmo período do ano passado, a desocupação atingia 7,6% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais). Em números absolutos, 6,8 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o menor contigente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Foi um recuo de 8% em relação ao trimestre anterior, e de 17,2% na comparação com 2023. Já os ocupados são 103,6 milhões, um novo recorde da série histórica, crescendo em ambas comparações: 1,5% no trimestre e 3,4% no ano. Com isso, 58,7% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas -- também o maior nível de ocupação da série histórica. O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110,4 milhões no trimestre terminado em outubro. Assim, estão fora da força de trabalho 66,1 milhões de brasileiros. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar. Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial. Esse contingente recuou 4,6% em relação ao trimestre anterior e 10,8% na comparação com o ano passado. A população desalentada ficou em 3 milhões, a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), recuando 5,5% no trimestre e 11,7% no ano. São pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram emprego por acharem que não encontrariam, por falta de qualificação, por exemplo. O que são férias coletivas? Sou obrigado a tirá-las? Entenda o que diz a lei Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 6,2% População desocupada: 6,8 milhões de pessoas População ocupada: 103,6 milhões População fora da força de trabalho: 66,1 milhões População desalentada: 3 milhões Empregados com carteira assinada: 39 milhões Empregados sem carteira assinada: 14,4 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,7 milhões Trabalhadores domésticos: 6 milhões Trabalhadores informais: 40,3 milhões Carteira assinada e sem carteira batem recorde O número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado cresceu 5% em relação ao ano passado e chegou a 53,4 milhões, um novo recorde da série iniciada em 2012. Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 39 milhões, um aumento de 1,2%, ou de 479 mil pessoas, contra o trimestre anterior. No comparativo com 2023, o ganho é de 3,7%, o que equivale a 1,4 milhão de trabalhadores a mais. Já os empregados sem carteira são 14,4 milhões. A alta para o trimestre foi de 3,7%, com mais 517 mil trabalhadores no grupo. Já, em relação ao ano passado, houve aumento de 8,4%, ou de 1,1 milhão pessoas. A taxa de informalidade ficou em 38,9% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, o percentual era de 38,7% e, no mesmo período de 2023, de 39,1%. Carteira de trabalho, em imagem de arquivo Agência Brasília Rendimento estável no trimestre As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.255 por mês no trimestre terminado em outubro, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio habitual. O valor ficou estável frente ao trimestre anterior, quando era de R$ 3.230. No comparativo do ano, houve aumento de 3,9%. Já a massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos esses trabalhadores, foi estimada em R$ 332,6 bilhões, um crescimento de 2,4% na comparação trimestral e de 7,7%, na anual.

G1

Fri, 29 Nov 2024 12:00:12 -0000 -


No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 1,30%, cotada a R$ 5,9891. No entanto, na máxima do dia, chegou a R$ 6,0029. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda de 2,40%, maior queda diária em quase dois anos. Dólar freepik O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (29), último pregão de novembro, com o cenário fiscal brasileiro ainda no radar. Logo nos primeiros momentos do pregão, a moeda já era negociada acima dos R$ 6 — nível que atingiu, pela primeira vez na história, ontem. O que segue pesando contra os ativos brasileiros são os anúncios feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira (27) e detalhados ontem. O governo vai enviar ao Congresso um pacote de medidas que prevê cortar R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026 e R$ 327 bilhões até 2030. As medidas preveem mudanças no salário-mínimo, em programas sociais, aposentadoria de militares, emendas parlamentares e outros pontos. O pacote era amplamente esperado pelo mercado e total de R$ 70 bilhões em cortes era visto com bons olhos. No entanto, o anúncio, junto ao pacote de cortes, de uma proposta para isentar pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil da cobrança do imposto de renda pegou mal e gerou dúvidas sobre a eficácia dos cortes. Segundo Haddad, a expectativa é que a isenção custe R$ 35 bilhões ao governo, mas o ministro destacou que a intenção é que esse saldo seja compensado pela taxação dos mais ricos. A proposta inclui uma alíquota de até 10% para pessoas com rendimentos acima de R$ 50 mil. Além do cenário fiscal, investidores também reagem aos dados de emprego divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego caiu a 6,2% no trimestre terminado em outubro, no menor patamar da história, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar vai a R$ 6 com pacote fiscal e aumento da isenção do IR Dólar Às 09h15, o dólar subia 0,87%, cotado a R$ 6,0410. Na máxima do dia, porém, já chegou aos R$ 6,0550. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda subiu 1,30%, cotada a R$ 5,9891. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0029. Com o resultado, acumulou: alta de 3,02% na semana; ganho de 3,59% no mês; alta de 23,42% no ano. Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice encerrou em queda de 2,40%, aos 124.610 pontos. Essa foi a maior variação negativa diária desde 2 de janeiro de 2023, quando o índice recuou 3,06%, destaca o consultor Einar Rivero, CEO da Elos Ayta. Das 86 ações que compõem a carteira, apenas 8 registraram rentabilidade positiva. Com o resultado, acumulou: queda de 3,50% na semana; perdas de 3,93% no mês; recuo de 7,14% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Na manhã desta quinta-feira (28), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e da Casa Civil, Rui Costa, realizaram uma coletiva com jornalistas para explicar mais detalhes do pacote anunciado na véspera. As medidas, anunciadas por Haddad em um pronunciamento em rede nacional, preveem um corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e uma alíquota de até 10% de imposto para pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano. ENTENDA Cortes de gastos: o que se sabe e o que ainda falta saber sobre as medidas anunciadas pelo governo Em cenário de disparada de despesas e receitas insuficientes, governo corta gastos para bater meta; entenda Isenção de IR até R$ 5 mil: meu salário vai aumentar? Alíquota vai subir? Veja o que se sabe Além do pacote de corte, o governo também propôs isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824. O anúncio, no entanto, teve sabor agridoce para o mercado financeiro. Isso porque apesar de ter cumprido com a economia esperada, a isenção do IR ainda pode ter um alto custo para o governo. Segundo o presidente do Bradesco Asset, Bruno Funchal, apesar de o pacote de corte de gastos ter ido na direção correta, com uma série de medidas positivas, houve uma reação negativa dos preços no mercado. "Talvez o impacto em si seja um pouco aquém do que se esperava e certamente do que é necessário, mas está na direção correta. Mas ele acabou tendo, em paralelo, o anúncio da revisão da tabela de IR, que traz um risco fiscal relevante e acabou trazendo uma percepção de risco maior no mercado", explica o executivo. O que está mexendo com os mercados? Quando os gastos públicos estão elevados, o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo. Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Foram vários adiamentos desde então. Com uma grande espera do mercado pelo anúncio de um novo pacote de cortes de gastos pelo governo, a notícia, que tinha tudo para ser bem recebida pelos investidores, se mostrassem um comprometimento do governo em cumprir com o arcabouço fiscal (conjunto de regras de equilíbrio orçamentário). Mas o efeito foi o contrário. "Originalmente a expectativa é que viesse um pacote que trouxesse contenção de despesas, principalmente das despesas obrigatórias, que são o nosso maior problema. Mas o grande ponto aqui é o projeto de lei que traz a revisão da tabela de IR que tem um risco relevante, principalmente em relação à tramitação", diz Funchal, do Bradesco Asset. "A gente sabe que a tramitação é sempre complexa. A gente sabe como entra o projeto, mas a gente não sabe como sai. E não é incomum o projeto sair sem a compensação. Isso traria um risco fiscal bastante significativo", completou. Na última sexta-feira (22), o governo já havia anunciado também um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, o governo totaliza R$ 19,3 bilhões já bloqueados nos últimos meses para tentar compensar o avanço das despesas obrigatórias, como gastos com a previdência. Mesmo assim, o mercado ainda aguarda as demais medidas para entender como o governo pretende lidar com as contas públicas nos próximos anos. A ideia é que, com os cortes, o governo consiga equilibrar a situação das contas públicas e honrar o arcabouço fiscal. Contas mais controladas são bem vistas por investidores porque aumentam a confiança de que o país será capaz de arcar com suas dívidas.

G1

Fri, 29 Nov 2024 12:00:04 -0000 -


Proposta libera no orçamento do MEC recursos hoje 'carimbados' para educação integral. Missão seria transferida para o Fundeb, que também custeia salários e obras; ONG vê risco. Sala de aula em Santa Maria (RS) Reprodução/ RBS TV O pacote de corte de gastos anunciado pelo governo federal nesta quinta-feira (29) retira R$ 42,3 bilhões, nos próximos cinco anos, do orçamento do Ministério da Educação. A medida pode afetar, principalmente, uma promessa de campanha do governo Lula: a expansão do ensino em tempo integral. A mudança foi parcialmente anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista nesta quinta – mas sem detalhamento. O pacote ainda vai passar pelo Congresso Nacional, que pode fazer mudanças nas regras durante a tramitação. Os três textos a serem enviados não tinham sido divulgados até a manhã desta sexta (29). Um dos projetos deve prever que recursos que hoje estão reservados no orçamento próprio do Ministério da Educação para o ensino em tempo integral não teriam mais esse "carimbo". Ou seja: eles poderiam ser remanejados para outras ações da educação – ou mesmo para outras áreas do governo. Daí, o ensino integral passaria a ser custeado inteiramente pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – que é composto majoritariamente por recursos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Desafios municipais: ampliar o ensino integral Atualmente, o governo federal responde por 19% do fundo – percentual que chegará a 23% a partir de 2026 –, mas quem decide onde usar a maior parte do dinheiro são os prefeitos e governadores. O governo Lula quer que 20% do aporte federal seja destinado obrigatoriamente à expansão do ensino integral. Hoje, o dinheiro já é fundamental para uma série de despesas: salário de professores, formação continuada, transporte escolar, compra de equipamentos e material didático e obras de infraestrutura, por exemplo. Se o Congresso validar a mudança, a expansão da educação básica em tempo integral também passaria a vir inteiramente do Fundeb – sem um programa centralizado no MEC para esse fim. Ou seja: se o Ministério da Educação deixar de investir, e o Fundeb não conseguir absorver esses gastos, a expansão do ensino integral pode perder R$ 42,3 bilhões nos próximos cinco anos. “Como não haverá necessidade de aportar recursos do Ministério da Educação para escola em tempo integral, abre-se um espaço fiscal no orçamento do MEC que pode ser futuramente aplicado em outros temas, como o Pé de Meia, mas hoje é uma abertura de espaço no orçamento federal”, informou o Ministério da Fazenda, por meio de nota. Desse modo, o que será feito com esses recursos hoje carimbados no Ministério da Educação vai depender do orçamento de cada ano – que é proposto pelo governo, mas passa pelo crivo do Congresso. Os valores, na prática, poderão ir para qualquer área. Governo federal apresenta detalhes do pacote para controlar as contas públicas 13% do pacote total Nas tabelas atuais, essa medida sozinha responde por 13% do corte total de gastos estimado para os próximos cinco anos (R$ 327,1 bilhões). É a segunda maior contenção de despesas – perdendo apenas para o ajuste do salário mínimo, que tem impacto nos benefícios previdenciários e assistenciais. Esse percentual pode mudar, claro, se o Congresso fizer mudanças no pacote durante a tramitação. ONG vê prejuízo à educação Segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) – organização não governamental sem fins lucrativos e não partidária –, a proposta transfere para estados e municípios "parte de sua responsabilidade com a educação em tempo integral, um dos compromissos de campanha". A entidade lembrou que a complementação do Fundeb, feita pela União, vai para estados e municípios com menor capacidade de arrecadação. Há muitos municípios, inclusive, que "sobrevivem" praticamente só com recursos do Fundeb e outros repasses do governo federal e dos estados. "Sabemos que boa parte deles não consegue sequer pagar o piso salarial da educação básica e agora terão de arcar com parte da oferta de ensino integral com recursos do Fundeb. O que provavelmente não ocorrerá, ampliando desigualdades regionais", acrescentou o Inesc. Íntegra Leia abaixo a íntegra da nota enviada ao g1 pelo Ministério da Fazenda: A proposta é manter a regra atual de crescimento do Fundeb. Conforme Lei aprovada no governo anterior, a complementação federal chegará a 23%. Isso permanece. O que estamos fazendo é uma condicionalidade à aplicação desses recursos. Do dinheiro da complementação do governo federal nós teremos um mínimo de aplicação de 20% em educação em tempo integral, porque hoje só há um critério para aplicação, que é no salário dos professores. A outra parte é livre e acaba sendo aplicada em temas que, às vezes, não chega no aluno. Essa é uma garantia que dá preferência para uma política que é prioridade do governo. Ou seja, o recurso federal continuará sendo repassado pelo Fundeb para Estados e Municípios, mas 20% desses recursos terão que ser aplicados em educação em tempo integral. Espaço fiscal -- Como não haverá necessidade de aportar recursos do Ministério da Educação para escola em tempo integral, abre-se um espaço fiscal no orçamento do MEC que pode ser futuramente aplicado em outros temas, como o Pé de Meia, mas hoje é uma abertura de espaço no orçamento federal. Piso da educação – Só 30% do Fundeb podem ser usados para compor o piso da educação. Essa é a regra. Se virá da escola de tempo integral, do pagamento do salário do professor, tanto faz. Isso não muda.

G1

Fri, 29 Nov 2024 11:55:27 -0000 -


Ações de contenção de despesas foram detalhadas nesta quinta-feira (28), mas ainda deixam dúvidas em economistas e agentes do mercado financeiro sobre os métodos, as regras e a tramitação. Haddad cita bloqueio de R$ 20 bi e receita recorde em 2024 e reafirma déficit zero em 2025 Após quase um mês de espera, a equipe econômica detalhou nesta quinta-feira (28) quais devem ser as medidas de contenção de despesas para que o governo consiga cumprir com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal — que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas. O governo está em busca do déficit zero em 2024 e 2025 — ou seja, de igualar receitas e despesas para não aprofundar a dívida federal. De 2026 em diante, a meta é de pequeno superávit. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou então um pacote que prevê economia estimada em R$ 327 bilhões para os próximos cinco anos, mudando regras de programas sociais e de gastos com salários da máquina pública. Abaixo, veja um resumo do que foi anunciado: Um limite na regra de crescimento real do salário mínimo, em linha com o arcabouço fiscal; Mudanças na aposentadoria de militares; Redução no número de pessoas que têm direito ao abono salarial; Endurecimento das regras para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC); Reforço à fiscalização sobre quem tem direito ao Bolsa Família; Regulamentação de uma lei que coíba “supersalários” de servidores públicos. Entenda adiante o que se sabe e o que falta saber sobre os principais pontos anunciados. Fernando Haddad detalha corte de gastos em coletiva de imprensa (28/11/2024) Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Clique no índice abaixo para navegar pelos tópicos do pacote. Salário mínimo Bolsa Família Abono salarial Benefício de Prestação Continuada (BPC) Emendas parlamentares Forças armadas Supersalários de servidores públicos Reforma sobre o Imposto de Renda Salário mínimo ➡️ O QUE SE SABE? No caso do salário mínimo, a proposta do governo é a de colocar um limite na correção do valor, a depender do desempenho da economia. O reajuste do salário mínimo deve ser sempre de aumento real — ou seja, acima da inflação; O governo havia proposto que o mínimo fosse corrigido pela inflação, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do país em dois anos. Com a nova trava, esse ganho poderá ter um aumento real entre 0,6% e 2,5% — os mesmos limites estabelecidos no próprio arcabouço fiscal para as despesas públicas. Na coletiva desta quinta-feira, Haddad explicou que, se daqui cinco ou dez anos houver algum ano em que o PIB cair, há um piso para que o salário mínimo suba ao menos os 0,6%. Por outro lado, se o aumento for muito grande do PIB, há o teto de 2,5% acima da inflação. “Isso tende a representar uma economia de aproximadamente R$ 4 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026”, disse a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, em nota. ➡️ O QUE FALTA SABER? A principal dúvida que fica é sobre quando a medida passará a valer. Assim como o restante do pacote anunciado pelo governo, a proposta ainda precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional. Volte ao início. Corte de Gastos: Haddad considera acordo com a Defesa uma 'cota de contribuição importante' Bolsa Família ➡️ O QUE SE SABE? A equipe econômica vai enviar ao Congresso um projeto de lei que propõe novas regras para o Bolsa Família, visando trazer mais controle ao governo sobre quem é beneficiado pelo programa social. O objetivo é garantir que o programa de transferência de renda chegue a quem realmente precisa; Para isso, uma das principais regras é que todos os beneficiários do Bolsa Família precisarão passar por uma biometria obrigatória tanto para a inscrição quanto para a atualização cadastral A atualização, inclusive, passa a ser obrigatória para todo cadastro que esteja atualizado há 24 meses ou mais. A checagem por biometria e atualizações cadastrais mais frequentes será válida para todos os programas sociais, não apenas o Bolsa Família. O governo também endureceu as regras para cadastramento de famílias unipessoais (de uma única pessoa) no programa. Agora, haverá restrição para municípios com percentual de unipessoais acima do disposto em regulamento, de 16%, e as inscrições dessas pessoas deverão ser feitas obrigatoriamente em seus domicílios. Com essas medidas, o governo espera economizar R$ 17 bilhões até 2030, sendo R$ 5 bilhões entre 2025 e 2026. ➡️ O QUE FALTA SABER? Apesar da economia esperada pelo governo, não há mais detalhes de quantas famílias podem ser retiradas do programa social por incompatibilidade com as regras. Também é preciso definir quando as novas regras valerão. Isso depende da tramitação no Congresso. Volte ao início. Abono Salarial ➡️ O QUE SE SABE? Outra proposta foi limitar o pagamento de abono salarial apenas para quem tem um salário mensal de R$ 2.640, para diminuir o número de pessoas que têm direito ao abono salarial. Esse valor será corrigido anualmente pela inflação, até chegar a 1,5 salário mínimo, quando ficará fixado nesse valor proporcional. A expectativa é que isso aconteça em 2035. “É como se fosse uma regra de transição de um benefício que, em certo sentido de ser à luz de vários programas que foram criados [e que são] superiores a ele do ponto de vista social”, disse o ministro Haddad. Para receber o benefício, é preciso que o trabalhador esteja cadastrado no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior. Pelas regras atuais, os trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.824) têm direito a receber o abono salarial. ➡️ O QUE FALTA SABER? A medida depende também de aprovação no Congresso. Não se sabe, portanto, a partir de quando estará vigente, nem se a regra final será essa. Volte ao início. Klava analisa pacote de gastos e o estresse no mercado Benefício de Prestação Continuada (BPC) ➡️ O QUE SE SABE? As medidas propõem um endurecimento das regras para as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), de forma a obrigar a atualização de cadastros que estejam desatualizados há mais de 24 meses e para benefícios concedidos administrativamente sem Código Internacional de Doenças (CID). 💬 Segundo Haddad, as medidas vêm após o governo registrar uma série de problemas na concessão do BPC, como casos em que o benefício é concedido sem clareza atestada ou quando é concedido por uma liminar sem o laudo pericial ou detalhamento do CID. “Estamos estabelecendo critérios legais que dão ao gestor público mais conforto na certeza de que o benefício vai chegar a quem realmente precisa e é contemplado pelo texto constitucional”, disse Haddad. ➡️ O QUE FALTA SABER? Ainda não se sabe a quais serão os prazos de adequação dos cadastros. Além disso, o governo diz que os esforços estão voltados para realizar todas as perícias médicas já em 2025, mas ainda não detalhou de que forma isso será feito. Volte ao início. Emendas parlamentares ➡️ O QUE SE SABE? A inclusão das emendas parlamentares no pacote de cortes de gastos, segundo Haddad, refletirá apenas o cumprimento do acordo firmado entre governo, Legislativo e Supremo Tribunal Federal. A proposta determina que: O valor das emendas não poderá aumentar mais do que 2,5% acima da inflação de um ano para o outro, seguindo o que estabelece o arcabouço fiscal; Que 50% delas serão destinadas para a saúde pública, obrigatoriamente; E que haverá bloqueio de emendas proporcionalmente aos bloqueios do Poder Executivo, limitado a 15% do total das emendas (R$ 7,5 bilhões em 2025). A expectativa é que com as regras para as emendas, o governo tenha uma economia de R$ 14,4 bilhões em 2025 e 2026 e de R$ 39,3 bilhões até 2030. ➡️ O QUE FALTA SABER? Também falta um cronograma das alterações das regras, e se, de fato, essa será a dimensão dos bloqueios depois de aprovação dos parlamentares. Volte ao início. Pacote de corte de gastos precisa ser aprovado no Congresso Forças armadas ➡️ O QUE SE SABE? Haddad afirmou que fez um acordo com as forças armadas do país para endereçar medidas de ajuste fiscal, com impacto de R$ 2 bilhões ao ano. Entre os principais pontos estão: Acabar com a morte ficta, que é um benefício concedido aos dependentes de militares expulsos das forças armadas; Estabelecer um limite para a transferência de pensão; Estabelecer uma idade mínima progressiva, chegando a 55 anos em 2030, com uma regra de transição, para o militar ter direito à reserva remunerada; Fixar pelo teto de 3,5% da remuneração a contribuição do militar para o plano de saúde até janeiro de 2026. ➡️ O QUE FALTA SABER? Ainda não se sabe a partir de quando as novas regras passariam a valer. Volte ao início. Supersalários de servidores públicos ➡️ O QUE SE SABE? O ministro Haddad disse que o governo vai retomar as conversas com o Congresso sobre os supersalários, algo que tentaram no ano passado, mas sem avanços. Haddad defende publicamente que uma reforma administrativa deveria começar pela revisão dos supersalários — que, na prática, são os rendimentos com o trabalho de servidores públicos que ultrapassam o teto de R$ 44.008,52 mensais. ➡️ O QUE FALTA SABER? Haddad disse que o Congresso está aberto a retomar as discussões sobre o tema, mas não há informações sobre quando isso aconteceria. Em 2021, a Câmara aprovou um projeto que prevê o fim dos supersalários, mas o texto está parado no Senado. Antes disso, a Câmara demorou cinco anos para votar o projeto. A proposta define quais os pagamentos que podem ultrapassar o teto, como auxílios para alimentação e transporte. Porém, não há detalhes de quanto isso economizaria para os cofres públicos. Volte ao início. Lula propõe isenção do IR de olho na classe média e na eleição de 2026 Reforma sobre o Imposto de Renda ➡️ O QUE SE SABE? Além do pacote de cortes de gastos, o governo federal também anunciou pontos que deve encaminhar sobre a reforma sobre o Imposto de Renda. Segundo Haddad, a proposta é de um aumento na isenção do IR para os contribuintes que ganham até R$ 5 mil. A estimativa é que a proposta gere um aumento de R$ 35 bilhões em renúncias fiscais. A medida, no entanto, já conta com ações para compensar a perda no texto a ser entregue ao Congresso. São três ações principais: A instauração de uma alíquota mínima no Imposto de Renda para os contribuintes que ganham R$ 50 mil por mês ou mais; O fim da isenção de IR de moléstia grave para aposentadoria e pensão de quem ganha mais que R$ 20 mil por mês; e Travas estabelecidas pela equipe econômica para evitar evasão fiscal (quando o contribuinte deixa de pagar o imposto). Segundo Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a maior parte da compensação se dará pelo tributo mínimo que vai incidir para quem ganha a partir de R$ 50 mil por mês, ou seja, R$ 600 mil por ano. Essa alíquota deve aumentar progressivamente para aqueles que têm rendimento a partir desse valor, até chegar aos 10% para quem tem renda acima de R$ 1 milhão. O tributo ainda incide sobre toda a renda anual, incluindo dividendos, juros sobre capital próprio, aluguéis e trabalho remunerado. A mudança não afeta os trabalhadores de carteira assinada e que, por isso, já pagam uma alíquota maior, de 27,5% de imposto de renda. A medida ainda precisa ter o aval do Congresso Nacional e, se aprovada até o ano que vem, deve entrar em vigor somente em janeiro de 2026. ➡️ O QUE FALTA SABER? Além do aval do Congresso, o detalhamento do cálculo e de quais travas foram estabelecidas pela equipe econômica para evitar a evasão fiscal ainda devem ser mais detalhados. Ainda há dúvidas se haverá alguma mudança na tabela progressiva do IR, de qual será o escalonamento de imposto para quem ganha mais de R$ 5 mil e há incertezas sobre se as medidas serão de fato compensadas ou podem gerar algum impacto aos cofres públicos. “Apesar de reforçar na sua fala que a medida pressupõe uma neutralidade tributária, já que viria acompanhada de uma compensação, não está claro, em números, como isso aconteceria”, diz Helena Veronese, da B.Side. Em relação à taxação dos mais ricos, ainda não está claro quais serão as alíquotas para cada faixa de renda até chegar a R$ 1 milhão, quando a alíquota cheia, de 10%, será cobrada. Volte ao início.

G1

Fri, 29 Nov 2024 08:03:24 -0000 -


Medida econômica que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional deve isentar 36 milhões de contribuintes do IR em 2026. Advogados explicam como ela impacta o bolso dos trabalhadores. Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil Como primeiro passo de uma ampla reforma da renda, o governo federal anunciou que vai encaminhar ao Congresso Nacional as medidas para que os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais fiquem isentos do Imposto de Renda. A medida ainda precisa ser aprovada pelos parlamentares, e será discutida em 2025 para que entre em vigor em 2026. Se o projeto seguir como o planejado, deve isentar 36 milhões de contribuintes do IR, segundo a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco). 💭 Mas como essa isenção impacta o bolso dos trabalhadores? Sem o desconto do IR na folha de pagamento, o salário ficará maior? E como fica quem recebe mais de R$ 5 mil? Para entender todas essas dúvidas, o g1 conversou com advogados trabalhistas e tributaristas. Abaixo, eles explicam: O trabalhador vai ganhar mais? Como fica a alíquota para quem recebe acima de R$ 5 mil? Como funciona atualmente? Fernando Haddad, Esther Dweck e Simone Tebet falam sobre o corte de gastos do governo Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda O trabalhador vai ganhar mais? O Imposto de Renda é, em geral, recolhido na fonte — ou seja, descontado diretamente do salário dos trabalhadores. A cada ano, o contribuinte ajusta suas contas com a Receita Federal por meio da declaração do IR, e pode ser restituído ou pagar ainda mais imposto. ➡️ Com o projeto, o que mudaria para o trabalhador que ganha até R$ 5 mil por mês? Segundo a advogada trabalhista Paula Borges, da Ferraz dos Passos Advocacia e Consultoria, o empregado passará a receber um salário líquido maior. Isso porque o desconto aplicado em folha será extinto para esse grupo. “A mudança pode resultar em um aumento no valor líquido, ou seja, no valor efetivamente recebido após os descontos”, explica a especialista. Com a isenção, o patrão precisaria “ajustar a folha de pagamento para garantir a aplicação correta da isenção, sem que haja qualquer cobrança adicional sobre o salário do trabalhador”, completa Borges. 🚨 Tecnicamente, a mudança não pode ser chamada de aumento salarial. Mas, sim, o valor líquido recebido pelo trabalhador ficaria maior. Como fica a alíquota para quem recebe acima de R$ 5 mil? Essa é a grande questão em aberto do projeto de isenção de Imposto de Renda: o governo não apresentou a proposta completa que será encaminhada ao Congresso. Assim, não há detalhamento do cálculo para os salários acima de R$ 5 mil. Não foi divulgada oficialmente, por exemplo, a nova tabela progressiva do Imposto de Renda. Então, há dúvidas se haverá alguma mudança nas alíquotas e sobre qual será o escalonamento de imposto para os salários que vão até o teto, que hoje é de 27,5%. 🔎 O governo informou apenas que a faixa de transição é de R$ 5 mil até R$ 6.980. Na faixa logo acima dos R$ 5 mil seria inserida alguma redução na tributação para não haver uma grande diferença em relação a quem tem isenção. Ainda não há detalhes sobre o formato da isenção. Mas, se as regras atuais continuarem, quem ganha mais de R$ 5 mil também vai se beneficiar, pagando menos impostos, explicou Morvan Junior, do escritório Meirelles Costa Advogados. Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde Como funciona atualmente? Atualmente, a tabela do IR estabelece que quem ganha até R$ 2.259,20 está isento de pagar o imposto. Além disso, o governo oferece um desconto de R$ 564,80 para garantir que quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824) também não declare o imposto. É importante lembrar que o imposto não é cobrado sobre o salário total. Por exemplo, o valor descontado para o INSS não entra na conta. As alíquotas do IR não são aplicadas de forma integral sobre toda a renda. Tabela progressiva do Imposto de Renda 2024 Pela tabela atual, por exemplo, o trabalhador que tem uma renda de R$ 5 mil terá uma base de cálculo de R$ 4.435,20 — ao considerar a dedução simplificada de R$ 564,80 determinada pelo governo. Com isso: Os primeiros R$ 2.824 são isentos; Os R$ 567,44 seguintes estão sujeitos à alíquota de 7,5%; Os próximos R$ 924,39 sujeitos à alíquota de 15%; E os últimos R$ 119,37 sujeitos à alíquota de 22,5%. Não declarei o imposto de renda, e agora? E como retificar?

G1

Fri, 29 Nov 2024 08:03:02 -0000 -


O empresário Flávio Figueiredo Assis falou com exclusividade ao g1 e contou que a montadora brasileira começará a fabricar primeiro na China para acelerar a entrega do primeiro modelo. Protótipos serão testados em março do ano que vem, e o carro será 100% nacional até 2032. Flávio Figueiredo Assis é o CEO e proprietário da Lecar. O executivo promete entregar as primeiras unidades do 459 em agosoto de 2026 g1 O Brasil está prestes a voltar a ter uma marca de carro nacional, a Lecar. Iniciativa do empresário Flávio Figueiredo Assis, a empresa nasceu em 2022, com a ideia de ser a primeira fabricante moderna de carros elétricos do Brasil. Assis não esconde que sua aspiração é ser uma versão brasileira do empresário Elon Musk, fundador da Tesla. Até mesmo o primeiro projeto da Lecar, o modelo 459, é uma espécie de SUV cupê, baseado no Tesla Model Y. A própria Lecar, inclusive, deveria ser uma réplica nacional da Tesla, com carros 100% elétricos. Mas os planos mudaram conforme Assis percebeu a vocação do país para os motores híbridos. “[A tecnologia 100% elétrica] mostrou suas falhas. A tecnologia híbrida flex é a melhor solução para o mercado brasileiro, e nós temos uma tecnologia imbatível”, afirma o executivo. Com a troca para uma motorização híbrida, o 459 já tem detalhes conhecidos: motor 1.0 turbo, com potência combinada de 163 cv e 26 kgfm de torque. Tudo ao preço de R$ 147.900. Segundo Assis, já há fila de espera aberta com mais de 1 mil encomendas. O protótipo já estará nas ruas em março de 2025, com entrega dos primeiros carros em agosto de 2026. O empresário concedeu entrevista exclusiva ao g1, em que contou os detalhes sobre as adaptações feitas ao projeto 459, o avanço da instalação de sua fábrica no Espírito Santo e até sobre os novos modelos em desenvolvimento. As principais novidades: a Lecar tem planos de produzir o primeiro 459 na China e também de lançar sua primeira picape híbrida, chamada “Cyber Campo”. Qualquer semelhança com a Tesla Cybertuck não é mera coincidência. Veja a íntegra da entrevista abaixo. Dono da Lecar promete 1º carro híbrido brasileiro para 2026 e anuncia projeto de picape A seguir, clique nos links para assistir aos cortes com os principais destaques da entrevista. Elétrico virou híbrido Picape é o próximo carro Lecar aposta em engenharia reversa de um Tesla Concorrência com o barato carro chinês Primeiros Lecar serão chineses Planos futuros Lecar tem Gurgel como exemplo para não errar Elétrico virou híbrido O que motivou a mudança de carro 100% elétrico para híbrido No primeiro anúncio da fundação da Lecar, o carro brasileiro seria um sedã 100% elétrico. Em abril deste ano os planos mudaram: o 459 se tornou um SUV com motor híbrido pleno, em que a bateria é capaz de girar as rodas. “A gente começou com o 100% elétrico. É uma tecnologia muito mais simples de fazer, por ser um tipo só de motor. Ele seria um carro com tiragem baixa, mas o cenário do mercado e os investidores apontaram para um modelo híbrido, unindo o melhor das duas tecnologias”, diz Assis. Lecar 459 Divulgação | Lecar A autonomia do 459, segundo Assis, alcançará os 1.000 km com apenas um tanque de combustível e ele não adotará qualquer sistema de recarga baseado em pontos de energia. Para Assis, a escolha por um carro híbrido pleno parte do problema da infraestrutura de recarga que o Brasil possui. Como o motorista não precisa se preocupar com uma tomada, seja de baixa ou alta capacidade, este tipo de solução eletrificada virou a aposta da Lecar. Veja a ficha técnica do 459: Motor: 1.0 turbo; Combustível: flex; Potência: 122 cv a 5.000 rpm; Torque: 22 kgfm; Potência combinada: 163 cv; Torque combinado: 26 kgfm; Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,9 segundos; Rodas: 18 polegadas; Pneus: 225/50; Preço: R$ 147.900. Volte para o início. Picape é o próximo carro Lecar tem planos para produzir a primeira picape híbrida brasileira A caminhonete Cyber Campo será produzida sob a mesma plataforma do 459, com mesma potência e torque, mas não terá o porte da Cybertruck de Musk. O tamanho será semelhante ao da Fiat Toro. Ela terá o mesmo sistema híbrido, muitas das peças, partes e troca a parte traseira por uma caçamba. As semelhanças com a Toro estão por toda parte, sobretudo na silhueta monobloco. “A gente tentou compartilhar o maior número de itens possível. Farol, lanternas, volante, painel e banco. A ideia é ter um carro confortável tanto para o trabalho, quanto para o passeio ao final de semana”, adiantou Assis. Por outro lado, a Lecar desistiu do projeto do Pop, que seria um carro elétrico com dimensão próxima do BYD Dolphin Mini. De acordo com Assis, o projeto não faria mais sentido, uma vez que o veículo seria menor e seu preço seria muito parecido ao do 459. Volte para o início. Lecar aposta em engenharia reversa de um Tesla Tesla é usado em engenharia reversa da Lecar Um dos grandes desafios para qualquer indústria está na mão de obra especializada. Quando falamos de carros eletrificados, sejam eles 100% elétricos ou híbridos, existe um passo extra de conhecimento necessário para lidar com a produção. Flávio acredita que este não é um desafio. Para o empresário, a saída de grandes marcas do Brasil, como Ford e Mercedes, fez com que muitos funcionários especializados estivessem disponíveis no mercado. "Estes prestadores de serviços produzem carros de outras marcas. Ford foi embora, Mercedes também, então começou a sobrar mão de obra muito especializada no mercado. Para nós, essa disponibilidade ajudou muito", diz Assis. Para a especialização em um carro elétrico, a Lecar comprou um carro da Tesla e disponibilizou para que seus engenheiros pudessem desmontar todo o conjunto e entender como ele funciona. Este movimento é chamado de engenharia reversa, muito comum no Brasil durante os anos de reserva de mercado, especialmente para a indústria de computadores. Naquela época, entre 1984 e 1990, marcas nacionais desmontavam produtos de Apple, IBM e DEC, para entender o funcionamento dos componentes e replicar o que aprendiam em produtos brasileiros. “Não é para copiar, é para pegar as melhores práticas”, comenta Assis. Volte para o início. Concorrência com o barato carro chinês "Os chineses são imbatíveis em carros elétricos", diz CEO da Lecar Com a produção em massa e mão de obra barata, os chineses têm inundado os mercados automotivos com veículos eletrificados de preço mais baixo. Apenas dois entre os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil não são chineses: o Renault Kwid E-Tech e o Hyundai Kona EV. “O chinês é muito especialista em carro elétrico, são imbatíveis. Mas, a gente aqui no Brasil domina os processos, domina a língua e estamos acostumados com o CustoBrasil”, comenta Assis. Por isso, a Lecar aposta no motor híbrido flex, como as montadoras tradicionais que atuam por aqui têm feito. Para garantir custos menores e resolver problemas de pós-venda a Lecar também vai priorizar a produção de peças no Brasil. “O carro é de acesso, de baixíssima manutenção e com 83% de peças produzidas em nosso país. Isso ajuda na reposição e no custo inferior de logística, facilitando o pós-venda”, comenta. Por fim, as tecnologias embarcadas são de código aberto. O sistema operacional será o gratuito Linux, tanto para os mecanismos de base do veículo como para o ADAS, que comanda itens de segurança, como frenagem automática e piloto automático. Segundo o empresário, a escolha por sistemas abertos permitiu que o custo de desenvolvimento de tecnologias próprias fosse reduzido. “A gente trouxe essas facilidades para o carro, que ficou muito mais barato e rápido no desenvolvimento. Estamos testando internamente o nosso sistema até mesmo para controlar um Corolla, por exemplo”, comenta o executivo. https://g1.globo.com/carros/noticia/2024/11/29/entrevista-dono-da-lecar-promete-1o-carro-hibrido-brasileiro-para-2026-e-anuncia-nova-picape.ghtml#8 Primeiros Lecar serão chineses Primeiras unidades do carro 459 serão produzidas na China Ainda que os chineses sejam os principais concorrentes e a proposta da marca Lecar seja permanecer nacional, a produção dos primeiros 459 vão começar na China, conta o empresário.“A gente estuda produzir esse carro, inicialmente na China e depois vir para montagem em CKD no Brasil e, depois disso, passaremos a ter a fabricação completamente nacional”. “Nossa promessa é ter os primeiros protótipos rodando no Brasil com ajuda chinesa entre março e abril de 2025. Carro na mão do dono será em agosto de 2026", comenta Flávio. A ideia de começar com importados é acelerar o lançamento do veículo para não precisar aguardar a finalização da fábrica brasileira, no Espírito Santo. Assis faz menção ao formato “white label”, termo que significa que um produto desenvolvido no exterior é comprado por uma empresa nacional, que apenas insere seu nome no produto. Mas o empresário também dá a entender que pode adotar o formato OEM, muito comum em eletrônicos. Neste, a Lecar ofereceria para uma fabricante terceira todas as instruções de um carro 100% desenvolvido no Brasil. A única função da planta fabril é de “seguir a receita” e entregar um produto pronto. A Apple faz isso com praticamente todos os seus produtos. O iPhone é desenhado, desenvolvido e testado nos Estados Unidos, mas companhias parceiras são responsáveis pela fabricação em massa, geralmente na China. No mercado automotivo, este processo não é tão comum, mas existem companhias especializadas neste tipo de produção. A Magna Steyr é uma delas, responsável por fabricar veículos como E-Pace e I-Pace da Jaguar, o BMW Z4, Toyota GR Supra e o Mercedes Classe G. Este tipo de fabricação permite uma maior velocidade de distribuição para os carros ou eletrônicos, sem que a Lecar precise firmar todos os contratos individuais para sua própria fábrica. Assis comentou que a escolha por este tipo de fabricação terceirizada envolve a redução no prazo previsto para os primeiros carros chegarem ao Brasil. “Eles vão executar um projeto nosso. É o desejável? Não, mas a gente ganha velocidade e experiência. Essa é uma flexibilidade que a gente aprendeu com o Gurgel”, explica. Volte para o início. Planos futuros Lecar conta com Mover para desenvolver seu carro híbrido Enquanto a produção inicia em território chinês, a Lecar começa a erguer uma fábrica em Sooretama (ES), que promete ter a capacidade de 120 mil veículos por ano. A Lecar tem investimento de R$ 870 milhões de capital próprio. Assis comenta que a escolha do local envolve ser sua terra natal, junto da região da Sudene, onde existem incentivos fiscais iguais aos do Nordeste. De acordo com o empresário, agora é a hora certa para investir em uma nova fábrica de carros, sobretudo pela sobra de mão de obra especializada disponível no mercado por conta da saída de montadoras como a Ford e a Mercedes-Benz do Brasil. “Temos o programa Mover e o Nova Indústria Brasil, com apoio do governo federal para esse desenvolvimento. Tem muito recurso para fornecedores desenvolverem novas tecnologias”, comenta Flávio. O executivo diz que é possível iniciar a produção com 1 mil carros por mês, com possibilidade de compartilhamento da linha de montagem em que o excedente possa ser utilizado por outras empresas. “Chamou a atenção do mercado exterior, essa capacidade de produção. A gente está sendo buscado para parcerias, para montar carros de outras montadoras e a gente vem estudando o que podemos fazer”, comenta Flávio Figueiredo de Assis. “Meu desejo pessoal é juntar [a Lecar] com outros grupos brasileiros importantes. Todas as propostas de investimento que temos são de estrangeiros, mas a gente gostaria de juntar com outras nacionais”, complementa. Lecar tem Gurgel como exemplo para não errar História da Gurgel é usada como exemplo pela Lecar Assis comenta que o criador da antiga marca de carros brasileiros, João Augusto Amaral Gurgel, é uma de suas referências para a criação de sua companhia. Não somente o pioneirismo da marca Gurgel e reconhecimento internacional são importantes para a Lecar, mas também um de seus funcionários: um engenheiro que trabalhou com Gurgel está no time de desenvolvimento do novo carro eletrificado nacional. “O Seu Urias é um engenheiro que trabalhou com o Seu Gurgel. Eu sempre pergunto como é que era, como ele [Amaral Gurgel] tocava o negócio?”, diz o empresário. “Um dos exemplos utilizados pela marca Gurgel está no compartilhamento de outras peças de marcas internacionais”, afirma Assis. Este detalhe faz o carro nacional não ser totalmente brasileiro, um exemplo seguido por Amaral Gurgel. Para Assis, perseguir o completo desenvolvimento de todas as partes no Brasil faz o lançamento do veículo ser atrasado em alguns anos. “A gente acredita que teremos esse carro 100% nacional, com tecnologia e processos todos daqui, em 2032. O sonho que ele [Amaral Gurgel] sonhou, do carro 100% nacional, é uma coisa de longo prazo para a gente”, comenta Assis. Volte para o início.

G1

Fri, 29 Nov 2024 04:30:14 -0000 -


São mais de 450 listas, dicas e testes que descomplicam suas compras na Black Friday e indicam o que cabe no seu bolso e combina com o seu perfil. Guia de Compras do g1: mais de 450 dicas, truques e testes em diversas categorias de produtos Sofia Alves/g1 Confuso na hora de escolher um produto em oferta na Black Friday? O Guia da Compras do g1 reúne mais de 450 listas, dicas e testes que explicam o funcionamento dos itens e como fazer o melhor uso deles. Basta escolher a categoria: Bebidas Bem-estar, malhação e beleza Casa inteligente Celulares Decoração Eletrodomésticos e utilidades para casa Home office Mobilidade e viagem Pets Presentes Tecnologia Não sabe em qual seu produto se enquadra? Busque pelo nome De airfryer a webcam, Guia de Compras do g1 te ajuda a escolher o produto ideal com mais de 450 listas, dicas e testes Bebidas Cachaça: encontre a ideal para o seu gosto Café: prós e contras dos métodos para extrair a bebida Cafeteira: diferentes aparelhos para começar o dia bem Cafeteira espresso/TESTE: g1 avalia 3 máquinas compatíveis com cápsulas Cafeteira espresso: com grão, café moído ou cápsula? Prós e contras de cada Cerveja: seleção para quem quer começar a degustar Cerveja: 25 presentes para comemorar o Dia Internacional da bebida Cervejeira e mais acessórios para a 'gelada' Copo térmico/TESTE: Stanley, Kouda... g1 experimenta 6 modelos Espumante: 8 rótulos indicados por especialista (2023) Espumante: rótulos selecionados por sommelier (2022) Espumante: 10 rótulos recomendados (2021) Gelo transparente: faz diferença para o drink? Gim, vodca e cachaça para um happy hour sem defeitos Moedor de café/TESTE: g1 experimenta 5 modelos elétricos Uísque: entenda os diferentes tipos da bebida e escolha o seu Vinho nacional para iniciantes Vinho: qual a temperatura certa para servir? 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G1

Fri, 29 Nov 2024 03:02:17 -0000 -


Curadoria do g1 ajuda a descomplicar suas compras na Black Friday: de A a Z, busque pelo produto que você deseja. Guia de Compras do g1: mais de 450 dicas, truques e testes em diversas categorias de produtos Sofia Alves/g1 São tantas as opções de compras on-line na Black Friday que é fácil ficar em dúvida do que vale para você. Por isso, o Guia de Compras do g1 descomplica a infinidade de produtos na internet. Desde 2021, a publicação reúne mais de 450 testes, dicas, listas e textos que explicam o funcionamento dos itens e como fazer o melhor uso deles. É só buscar pela inicial do produto sobre o qual você quer ler: De A a E De F a N De O a Z Se preferir, busque pela categoria. De A a E Adega climatizada: como escolher Airfryer: teste usando forma de silicone e de papel Airfryer: Como limpar da forma correta Airfryer: saiba como escolher entre tantas opções e estilos do produto Airfryer: qual é a ideal para você? 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G1

Fri, 29 Nov 2024 03:01:30 -0000 -


Por lei, o prazo para o pagamento do 13º salário é dia 30 de novembro, que neste ano cai em um sábado. Assim, o depósito precisa ser antecipado para 29 de novembro. Notas de real Marcello Casal Jr/Agência Brasil O prazo para o pagamento da parcela única ou da primeira parte do 13º salário se encerra nesta sexta-feira (29). Segundo a legislação estabelecida em 1962, os pagamentos devem ser realizados até o dia 30 de novembro. Como a data cai em um sábado neste ano, as empresas são obrigadas a antecipar o pagamento para o dia útil anterior. Essa medida garante que todos os trabalhadores recebam o benefício dentro do prazo estipulado, evitando qualquer atraso. (saiba abaixo o que fazer se não receber o valor dentro do prazo) Também conhecido como "gratificação natalina", o acréscimo anual pode ser pago de duas formas: em parcela única ou dividido em até duas partes. Se a empresa optar pela divisão, a segunda parcela deve ser creditada na conta do trabalhador até o dia 20 de dezembro. ⚠️ É importante destacar que aposentados, pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também têm direito a esse benefício, mas com cronogramas de pagamento específicos e que foram antecipados neste ano. Para esclarecer mais dúvidas sobre o 13º salário, o g1 consultou especialistas e preparou cinco perguntas e respostas frequentes sobre o tema. Quem tem direito ao benefício? Como podem ser feitos os pagamentos? Quando o dinheiro cai na conta? Como se calcula o valor a receber e quais são os descontos? E se a empresa não pagar? Entenda tudo sobre o 13º salário 1. Quem tem direito? Todo trabalhador em regime previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que atuou por 15 dias ou mais durante o ano e que não tenha sido demitido por justa causa tem direito à gratificação. Veja a lista abaixo de quem tem direito: Trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos, conforme garante a Constituição Federal; Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Neste ano, o Governo Federal antecipou o pagamento para ambos os grupos, que receberam em maio e junho; Pensionistas; Trabalhadores rurais; Trabalhadores avulsos (que prestam serviços sem vínculo empregatício e com a intermediação de um sindicato); Trabalhadores domésticos. Já no caso de estagiário, como não é regido pela CLT e nem é considerado empregado, a lei 11.788/08, que regula esse tipo de trabalho, não obriga o pagamento de 13º salário. 'Fiz R$ 240 mil em dívidas com compras compulsivas', conta mulher com oniomania, vício em comprar Volte ao início. 2. Como podem ser feitos os pagamentos? Em parcela única ou primeira parcela até 30 de novembro; Junto com as férias, desde que solicitado previamente ao empregador; Parcelado em até duas vezes, sendo que a segunda deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Cabe ao empregador a decisão de pagar em uma ou duas parcelas. No caso de ser apenas em uma única vez, o pagamento deve ser feito até o dia 30 de novembro. O pagamento feito em uma única parcela apenas em dezembro é ilegal. Volte ao início. 3. Quando o dinheiro cai na conta? A primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, de acordo com a lei 4.749. "Caso a empresa pague em parcela única, todos os descontos deverão ser feitos sobre salário bruto. Os descontos legais considerados incluem a contribuição do INSS e a alíquota do IRRF [Imposto de Renda Retido na Fonte], de acordo com tabelas informadas pelo INSS e pela Receita Federal, respectivamente", explica a advogada Bruna Soares de Figueiredo, do Viseu Advogados. O valor pode ser antecipado para o mês em que o trabalhador tira férias remuneradas, caso ele tenha solicitado essa opção até janeiro. A opção pela antecipação também pode ser feita posteriormente, caso esteja prevista em acordo ou convenção coletiva, ou se houver negociação entre a empresa e o funcionário. O pagamento da segunda parcela pode ser feito até 20 de dezembro. Caso o último dia do prazo caia no domingo ou em um feriado, o pagamento tem que ser antecipado. O empregador não precisa efetuar o pagamento no mesmo dia para todos os funcionários, mas tem que respeitar o prazo exigido para cada parcela. Volte ao início. LEIA MAIS Como calcular o décimo terceiro salário? Pagamento do 13º salário anima comércio, que projeta melhora nas vendas de Natal Recesso de fim de ano é férias ou folga? Entenda 🎧 OUÇA o podcast: 13º salário: pagar dívidas ou realizar sonhos? 4. Como se calcula o valor a receber e quais são os descontos? O valor do décimo terceiro salário integral só é pago para quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa. Senão, terá direito ao 13º proporcional aos meses trabalhados. O cálculo é feito da seguinte forma: A cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a 1/12 (um doze avos) do salário total de dezembro. Dessa forma, o cálculo do 13º considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados. No caso em que o colaborador tenha recebido um aumento salarial durante o ano, o valor do 13º salário será equivalente ao último salário recebido, ou seja, o valor com o aumento, afirma a advogada trabalhista Carolina Cabral, do escritório Ferraz dos Passos Advocacia. "Adicional noturno, horas extras, comissões e insalubridade também integram o 13º salário, bem como a quantidade de faltas não justificadas", explica o contador Cristiano Lobato, sócio da CEV Contadores. DESCONTOS: as faltas injustificadas podem levar a desconto no 13º. Para o empregado ter direito a 1/12 do 13º, precisa ter trabalhado pelo menos 15 dias no mês. Se trabalhou menos que isso e não justificou as faltas, o referido mês não entrará na contagem para o benefício. O Imposto de Renda e a contribuição ao INSS incidem sobre o 13º salário. Os descontos ocorrem na segunda parcela sobre o valor integral do benefício. Já o FGTS é pago tanto na primeira como na segunda parcela. A tributação do 13º é informada num campo especial na declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física. CÁLCULO EM CASOS ESPECIAIS: no caso dos contratos suspensos, o período em que o funcionário não trabalhou não será considerado para o cálculo do 13º, a não ser que ele tenha prestado serviço por mais de 15 dias no mês. Neste caso, o mês será considerado para o pagamento do benefício. O empregado afastado por motivo de auxílio-doença recebe o 13º salário proporcional da empresa até os primeiros 15 dias de afastamento. Já a partir do 16º dia, a responsabilidade do pagamento fica a cargo do INSS. Funcionárias em licença-maternidade também recebem 13º salário. Dessa forma, o empregador efetuará o pagamento integral e/ou proporcional (quando admitidas no decorrer do ano) do 13º salário. O trabalhador temporário tem direito ao 13º salário proporcional aos meses trabalhados. Se a rescisão do contrato for sem justa causa, por pedido de dispensa ou fim de contrato por tempo determinado, o 13º deve ser pago de maneira proporcional. A conta do valor é feita dividindo o salário integral por 12, e multiplicando pelo número de meses efetivamente trabalhados (a partir de 15 dias de trabalho). Volte ao início. 5. E se a empresa não pagar? Quem não receber a primeira parcela até a data limite deve procurar o RH da empresa, as Superintendências do Trabalho ligadas do governo federal ou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para fazer a reclamação. Outra opção é buscar orientação no sindicato de cada categoria. Caso o empregador não respeite o prazo do pagamento ou não pague o valor devido, poderá ser autuado por um auditor-fiscal do Ministério do Trabalho no momento em que houver fiscalização, o que gerará uma multa. Volte ao início. VEJA TAMBÉM: Décimo terceiro, recesso, PLR e férias coletivas: entenda os direitos dos trabalhadores no final do ano

G1

Fri, 29 Nov 2024 03:01:05 -0000 -


Veja os números sorteados: 25 - 27 - 33 - 46 - 48 - 56. Quina teve 112 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 30.340,43. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 3 O sorteio do concurso 2.801 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (28), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 67 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 25 - 27 - 33 - 46 - 48 - 56 5 acertos - 112 apostas ganhadoras: R$ 30.340,43 4 acertos - 6.393 apostas ganhadoras: R$ 759,34 O próximo sorteio da Mega será no sábado (30). Mega-Sena, concurso 2.801 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Thu, 28 Nov 2024 23:02:50 -0000 -


O g1 não publicou página com esse título e conteúdo. A publicação é uma montagem fraudulenta. Latam alerta que links mencionados na mensagem falsa não correspondem ao site da empresa É #FAKE página que imita aparência do g1 e menciona voos da Latam a R$ 149,17 na Black Friday Reprodução Circula nas redes sociais uma publicação que imita a aparência do g1 com o título: "Latam lança a Campanha "Viagem dos Sonhos" na Black Friday: Voos nacionais e Internacionais a partir de R$ 149, 17! Descubra como Participar!" É #FAKE. g1 O g1 não publicou uma página com esse título e conteúdo. A publicação é uma montagem fraudulenta. A página tem um endereço falso (https://g1.passagensaereaslatam.com/). O endereço autêntico do g1 é https://g1.globo.com. Comuns em mensagens falsas, erros de padronização denunciam a fraude —como o uso de letra maiúscula no início de cada palavra do título, assim como o uso de sinal de exclamação. A página falsa usa ainda o nome de uma repórter real do g1, que não fez nenhuma reportagem a respeito. Ao clicar na assinatura exibida na página fraudulenta, o usuário é direcionado para uma página legítima. O truque busca dar credibilidade ao conteúdo da página golpista, induzindo o leitor a acreditar que ela é confiável. O texto que fica logo abaixo do título da página falsa cita a Latam Airlines e coloca sobre o nome da companhia um link falso (https://latamairlines.passagensaereaslatam.com/?code=6724f8b15c647). Os endereços verdadeiros da Latam são https://latam.com e https://www.latamairlines.com. O Fato ou Fake mostrou a publicação falsa para a assessoria da Latam. A companhia afirma que a Latam só vende passagens em seu portal Latam.com. Também esclarece que os domínios dos sites mencionados na mensagem falsa não correspondem ao domínio latam.com e não são canais de vendas da empresa. "A Latam informa que publica constantemente alertas sobre fraudes em suas redes sociais e site, reforçando seus canais oficiais de comunicação e de venda. A companhia reforça que não solicita pagamentos fora de sua plataforma e que suas comunicações e promoções direcionam o cliente sempre para compra no portal latam.com", diz o comunicado. O clicar no link falso [https://latamairlines.passagensaereaslatam.com] o consumidor é levado para uma página falsa que imita a aparência do site da Latam. Nela, o consumidor corre o risco de comprar passagens falsas e é induzido a fornecer dados e fazer pagamentos a golpistas. É #FAKE página que imita aparência do g1 e menciona voos da Latam a R$ 149,17 na Black Friday Reprodução Fato ou Fake explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito

G1

Thu, 28 Nov 2024 22:02:17 -0000 -

Governo anunciou medidas para economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Durante reunião no Palácio do Planalto, Lula ressaltou o compromisso de seu governo com a sustentabilidade das contas públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "extraordinária" a série de medidas de contenção de despesas anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27). Durante reunião no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a importância de atender às exigências do arcabouço fiscal e ressaltou o compromisso de seu governo com a sustentabilidade das contas públicas. "Ainda ontem foi anunciada uma coisa extraordinária", destacou o presidente. "Foi anunciado ontem pelo Haddad, eu participei ontem da reunião com o presidente do Senado, da Câmara, com os líderes, uma medida extraordinária que é de contenção de excesso de despesas porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal", completou Lula. O pacote anunciado prevê uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e inclui medidas como a limitação do crescimento do salário mínimo, maior controle sobre o abono salarial e cortes no funcionalismo público. Embora o foco seja ajustar as contas públicas, o governo também propôs a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, uma promessa de campanha que começará a valer a partir de 2026. Pacote de corte de gastos precisa ser aprovado no Congresso O anúncio foi recebido com reações mistas. Enquanto líderes partidários demonstraram apoio às medidas, o mercado reagiu com cautela. O dólar atingiu seu maior valor nominal desde a criação do Plano Real, reflexo das preocupações sobre a capacidade do pacote em garantir o equilíbrio fiscal do país. "Estamos num processo político de fazer uma certa contenção de despesa pra gente poder cuidar do Orçamento, senão chega no fim do ano, o Orçamento, não cabe as despesas que fizemos, e aí a gente é obrigado a comunicar os ministros: 'Olha, não tem dinheiro'. E aí é uma guerra silenciosa contra o presidente, libera dinheiro, e não tem. E a gente não pode gastar mais do que a gente tem no Orçamento, porque nós aprovamos um arcabouço e estamos aprovando uma série de medidas de contenção, de moralização", argumentou Lula.

G1

Thu, 28 Nov 2024 20:52:13 -0000 -

Ritmo das despesas tem surpreendido a um ponto que as receitas não estão conseguindo acompanhar. Governo terá que cortar gastos obrigatórios para se manter dentro da responsabilidade fiscal. O corte de R$ 70 bilhões em gastos, apresentado pela equipe econômica nesta quinta-feira (28), faz parte de uma iniciativa do governo para cumprir as metas fiscais previstas em lei em meio a um cenário desafiador para os próximos anos: com despesas disparando e receitas insuficientes para cobrir o rombo. Pela regra do arcabouço fiscal — a âncora fiscal do país, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado — as despesas do governo só podem crescer atreladas a uma proporção do crescimento das receitas. Assim: ▶️ O governo tem uma meta de resultado primário a cumprir. Resultado primário é o que sobra nas contas públicas após descontar as despesas das receitas. Para 2024, por exemplo, a meta é zero. Ou seja, receitas empatadas com despesas. ▶️Só que existe um intervalo de tolerância (para mais ou para menos) para esta meta, que é de 0,25% do PIB. Assim, em 2024, o governo pode atingir um déficit fiscal (despesas maiores que receitas) de R$ 28 bilhões. Mesmo assim, a meta estará mantida. ▶️ Essa é justamente a previsão para as contas públicas de 2024. Um déficit de R$ 28 bilhões. Ou seja, no limite da meta. Nesta reportagem você vai ver: Por que as contas públicas estão no limite Por que os cortes miram as chamadas despesas obrigatórias E o que acontece na vida real se a meta fiscal não for atingida ano a ano No limite Se, em 2024, as contas públicas já estão sufocadas, a previsão para os próximos anos desperta precaução no governo. Isso porque o ritmo das despesas tem surpreendido a um ponto que as receitas não estão conseguindo acompanhar. Nas últimas previsões divulgadas pelo governo, em boletim deste mês, a trajetória do déficit para os próximos anos é a seguinte: Em 2025: 0,72% do PIB (ou R$ 89 bilhões) Em 2026: 0,59% do PIB (ou R$ 78 bilhões) Em 2027: 0,47% do PIB (ou R$ 66 bilhões) Isso significa que a meta de déficit zero, a se manterem as condições de hoje, não vai ser atingida no governo Lula, contrariando o que foi planejado pela equipe econômica. Despesas obrigatórias O cerne do problema são as despesas obrigatórias. São aquelas que o governo é obrigado a pagar todos os meses, como, por exemplo, o salário dos servidores públicos federais. É o caso também das despesas com previdência, como as pensões dos aposentados. Quanto mais crescem as despesas obrigatórias, mais elas sufocam as despesas discricionárias (que são aquelas que o governo pode fazer de acordo com sua vontade, como investimentos em infraestrutura). Nilson Klava analisa pacote de gastos e o estresse no mercado Se as despesas obrigatórias crescem demais, sobra pouco espaço para os investimentos do governo. E a economia começa a ficar travada, já que o governo fica com poucos projetos. Só no último bimestre, as despesas com previdência subiram R$ 7 bilhões acima do que o governo estava prevendo. Os gastos previdenciários tem sido a maior fonte do aumento das despesas. Isso tem acontecido porque mais pessoas estão se aposentando, entrando de licença e sendo diagnosticadas com doenças. O corte — que prevê economizar R$ 70 bilhões em 2 anos —, apresentado nesta quinta, mira justamente as despesas obrigatórias. O governo pretende, por exemplo, limitar o crescimento do salário mínimo e do abono (gastos que impactam a Previdência). Esse pacote ainda tem que passar pelo Congresso. Consequências de não bater a meta fiscal A meta fiscal é um termômetro da saúde das contas do governo. Se o governo fica muitos anos em sequência sem cumprir o objetivo, os agentes financeiros começam a desconfiar da capacidade do país em honrar suas dívidas. Isso gera um ciclo vicioso: os juros sobem, já que o Brasil fica menos atraente para investimentos. A inflação também sobe, porque, para bancar seus gastos descontrolados, o governo se endivida acima da capacidade de pagamento. A economia perde tração, o desemprego aumenta. Para se ter uma ideia, a relação entre a dívida pública brasileira e o PIB do país será ascendente nos próximos anos, se as condições atuais se mantiverem, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI): 2024: dívida em 86,7% do PIB 2025: dívida 89,3% do PIB 2026: dívida 90,9% do PIB O crescimento da dívida do Brasil está acima da média para países igualmente emergentes, o que mostra a necessidade de controle das contas públicas. Isso se reflete na inflação. O governo, na semana passada, elevou a previsão de inflação para 2024, de 4,25% para 4,4%. Para 2025, a estimativa passou de 3,40% para 3,60%. 🔎Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Além dos problemas gerados na vida real das pessoas, o não cumprimento da meta fiscal significa que o governo desobedeceu as regras do arcabouço, o que pode gerar punições administrativas.

G1

Thu, 28 Nov 2024 19:53:33 -0000 -


Anúncio foi feito por Haddad em rede nacional e detalhado em entrevista no Planalto. Pacheco prevê concluir votação ainda em 2024. Parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também que fazem oposição ao petista repercutiram nas redes sociais o pacote de medidas de corte de gastos. 'Objetivo da reforma tributária é buscar eficiência e justiça tributária', diz Haddad Para aliados, o governo adota medidas que levam à "justiça fiscal e social", enquanto a oposição chamou o pacote de "fraco e inócuo" (veja detalhes mais abaixo). Corte de gastos: proposta altera cálculo do salário mínimo, abono e previdência de militares; saiba o que muda no seu bolso O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. Nesta quinta (28), Fernando Haddad e outros ministros – entre os quais Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento) – detalharam as medidas em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Fernando Haddad, Esther Dweck e Simone Tebet falam sobre o corte de gastos do governo Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Além disso, o ministro da Fazenda e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniram no Congresso Nacional com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de líderes partidários, para detalhar as propostas. Ao final do encontro, Pacheco afirmou estimar que o pacote será votado ainda em 2024, sendo um prazo de duas semanas para discussão e votação na Câmara dos Deputados e, na última semana antes do recesso, no Senado. Entre outros pontos, o pacote prevê: Salário mínimo: limitação do crescimento real a 2,5%; Bolsa família: muda regras como atualização obrigatória para cadastros desatualizados e biometria obrigatória; Benefício de Prestação Continuada: vai focar em em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho; Militares: acaba com a morte fictícia e transferência de pensão. Críticas ao mercado Para José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, o governo anunciou medidas que vão garantir a retomada do Crescimento e o equilíbrio das contas públicas. Em rede social, Guimarães disse ainda que Lula "não governa para o mercado, mas para todas as brasileiras e brasileiros". "A fala do ministro Fernando Haddad em rede nacional de rádio e TV [...] é um passo importante para a justiça fiscal e social", afirmou. Corte de gastos: entenda como as propostas do governo vão tramitar no Congresso até virar lei Na mesma linha de Guimarães, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, disse que os analistas do mercado passaram as últimas semanas "exigindo" cortes por parte do governo, mas, quando o anúncio foi feito, "mandaram o dólar para a Lua". Para Gleisi, o governo anunciou proposta "socialmente justa". O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, disse que as medidas anunciadas por Haddad vão gerar economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e "consolidam o compromisso" do governo com a sustentabilidade fiscal. 'Pacote saiu pela culatra': comentaristas analisam disparada do dólar após pacote de corte de gastos Oposição vê cortina de fumaça Nesta quinta, o senador Marcos Rogério (PL-RO), que participou da reunião com Haddad no gabinete de Pacheco, disse que o governo criou uma "cortina de fumaça" para tentar responsabilizar o governo Jair Bolsonaro (2019-2022) pelo rombo das contas públicas. "A fala dele [Haddad] ontem [na TV] foi uma fala política, uma retórica política olhando no retrovisor querendo desenhar, pintar para a sociedade que os problemas que o atual governo vem enfrentando, depois de mais de dois anos de governo, [...] que isso tudo é consequência de medidas adotadas no governo anterior", disse Rogério. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o governo Lula está "derretendo o Brasil"e anunciando medidas "sem sentido". Na mesma linha crítica, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que o pacote é "fraco" e "inócuo", feito por um governo que não enfrenta a crise fiscal. Leia também: Governo vai cortar R$ 1 bi do orçamento para novos concursos em 2025; 'Enem dos concursos' segue previsto, diz ministra Governo estuda limitar mudanças no vale gás; tamanho da família vai definir quantidade de botijões Ana Flor: Fogo amigo sabotou potência do corte de gastos Líder do bloco parlamentar PL e Novo no Senado, Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou em entrevista ao g1 e à TV Globo que a oposição apresentará na próxima semana um estudo a respeito das medidas anunciadas pela Fazenda. A expectativa, de acordo com ele, é que o documento esteja pronto na segunda (2). No dia seguinte, o pacote fiscal deve ser tema do tradicional almoço do bloco de oposição no Senado. Crítico das propostas, Fagundes avaliou que a Casa não aprovará nada com "açodamento".

G1

Thu, 28 Nov 2024 18:53:43 -0000 -


Estão em situação pior que a do real moedas de países como Sudão do Sul, Nigéria e Egito, com histórico de conflitos civis. Argentina e Venezuela também têm perdas maiores. Levantamento foi feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do BC. Notas de dólar. Reuters O real é a oitava moeda que mais perdeu valor frente ao dólar em 2024. É o que mostra um levantamento feito pela agência classificadora de risco Austin Rating, com base em dados do Banco Central do Brasil (BC). A queda acumulada do real no ano chegou a 19,1% nesta quinta-feira (28), dia em que o dólar atingiu, pela primeira vez na história, o patamar de R$ 6. A disparada da moeda norte-americana é uma reação do mercado ao novo pacote de corte de gastos do governo federal, anunciado na véspera pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e detalhado na manhã de hoje. LEIA TAMBÉM Corte de gastos: proposta altera cálculo do salário mínimo, abono e previdência de militares Dólar bate R$ 6 pela primeira vez na história, com propostas de isenção de IR e cortes de gastos Com alta de despesas e receitas insuficientes, governo corta gastos para bater meta; entenda Também ajudou a azedar o humor dos investidores a proposta para elevar a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. Os efeitos negativos das medidas refletem o cenário de incerteza em relação à sustentabilidade das contas públicas do país, apontam analistas. Apesar do corte de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, a interpretação do mercado é que o pacote é insuficiente para reduzir a dívida bruta em relação ao PIB. Tanto o pacote de corte de gastos quanto a mudança no IR ainda precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional. Veja o ranking de moedas abaixo: Apesar da 8ª posição entre as moedas com maiores perdas, o real já chegou a ocupar, em junho, a 5ª posição no ranking de desvalorização, em uma lista de 118 países. Na máxima desta quinta, o dólar comercial chegou a R$ 6,0029. Para a elaboração do ranking, entretanto, a Austin Rating considera as taxas de câmbio de referência Ptax, divulgadas diariamente pelo BC. Nessa modalidade, o dólar ficou cotado a R$ 5,9865. Segundo o levantamento, a moeda do Sudão do Sul é a que mais se desvalorizou frente à moeda norte-americana em 2024, com perdas de 69,80%. Na sequência, estão as moedas da Etiópia e da Nigéria, com quedas de 56% e 47%, respectivamente. Ocupa a outra ponta a moeda do Quênia, que se valorizou 21,20% no ano, seguida pelas moedas do Sri Lanka e da Libéria, que avançaram 11,40% e 8,30%, respectivamente. "Entre os países piores do que o Brasil, temos nações que enfrentam algum problema de confronto civil, como Nigéria, Egito, Sudão do Sul e Gana, o que justifica a desvalorização", explica o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Na variação diária, o real atingiu nesta quinta-feira a maior desvalorização frente ao dólar entre as 118 moedas analisadas, com perdas de 2,6%. Em seguida, estão as moedas da Armênia, do Cazaquistão e do Tajiquistão, todas com quedas de 1,8% em relação à moeda norte-americana. 'Pacote saiu pela culatra': comentaristas analisam disparada do dólar após pacote de corte de gastos

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Thu, 28 Nov 2024 18:06:32 -0000 -


Proposta é uma forma de compensar integralmente a renúncia de receitas, que deve gerar um impacto de R$ 35 bilhões, segundo as contas do próprio governo. 'Objetivo da reforma tributária é buscar eficiência e justiça tributária', diz Haddad O governo federal vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei que pretende taxar as pessoas com rendimentos de mais de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês, com uma alíquota de até 10%. A mudança não afeta os trabalhadores que têm carteira assinada e que, por isso, já pagam uma alíquota maior, de 27,5% de imposto de renda. A proposta é uma forma de compensar integralmente a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem recebe até R$ 5 mil por mês. A renúncia de receitas deve gerar perdas de R$ 35 bilhões, segundo as contas do próprio governo. As mudanças foram anunciadas pela equipe econômica nesta quinta-feira (28), em uma coletiva de imprensa capitaneada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Além dos primeiros detalhes da reforma da renda, ele também anunciou um pacote de cortes de R$ 70 bilhões em gastos públicos. Entenda nesta reportagem: O que disse o ministro Fernando Haddad Como vai funcionar a taxação dos mais ricos Por que o governo vai taxar os mais ricos Quais são os próximos passos Como funciona o IR hoje? Quais são as medidas de cortes de gastos públicos O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explica as medidas de corte de gastos em coletiva de imprensa nesta quinta-feira Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda O que disse o ministro Fernando Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (28) que o objetivo das mudanças na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não tem a intenção de fazer caixa para o governo, e nem de aumentar os gastos públicos. Segundo Haddad, assim como a reforma tributária, as mudanças seguem um princípio de neutralidade tributária. Na prática, a ideia é que haja "impacto zero" no caixa do governo. "Não queremos confundir o debate da reforma tributária com a questão de medidas que visam reforçar o arcabouço fiscal. A reforma tributária, tanto do consumo quanto da renda, tem um pressuposto que foi anunciado no começo do governo e vai ser mantido se depender do Executivo [...] O pressuposto da neutralidade fiscal. Que significa isso? A reforma tributária não visa nem aumentar, nem diminuir arrecadação. O objetivo da reforma tributária é buscar eficiência e justiça tributária, essa é a finalidade", afirmou "Qualquer aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, como ja foi feito por esse governo duas vezes, tem que vir acompanhado de uma compensação. Não se trata de mexer com o nível de arrecadação de impostos. Trata-se de buscar justiça tributária", completou. Volte ao início. Como vai funcionar a taxação dos mais ricos O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, deu mais detalhes sobre como deve funcionar a taxação dos mais ricos. A alíquota não será a mesma, de 10%, para todas as pessoas que recebem acima de R$ 600 mil por ano (ou R$ 50 mil por mês). A taxação ocorrerá de forma progressiva, com uma alíquota reduzida para os rendimentos anuais acima de R$ 600 mil que vai aumentando gradativamente a cada faixa de renda. Os 10% sobre a renda anual só serão cobrados para pessoas com ganhos que ultrapassem R$ 1 milhão (cerca de R$ 84 mil por mês). Ainda não há, no entanto, informações sobre quais serão as alíquotas para cada faixa de renda. "(A alíquota) começa crescente a partir de R$ 600 mil e vai chegar em 10% em um R$ 1 milhão. Para quem ganha mais de R$ 1 milhão no ano, será aquela alíquota de 10%, que é aquela alíquota máxima", explicou. O imposto será cobrado sobre toda a renda anual do cidadão, incluindo os ganhos com salários, dividendos, juros sobre capital próprio, aluguéis e outras formas de rendimentos. O pagamento dessa alíquota será feito na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda. Volte ao início. Coletiva de imprensa sobre corte de gastos do governo nesta quinta-feira Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Por que o governo vai taxar os mais ricos A notícia de que o governo vai isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad pegou economistas e analistas do mercado financeiro de surpresa. Embora essa isenção fosse uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esperava-se que esse fosse um anúncio apenas de ajuste nos gastos públicos para cumprimento das regras do arcabouço fiscal, e não de uma medida com potencial de gerar mais impacto negativo nas contas do governo. Ao mesmo tempo, o ministro anunciou um pacote de medidas que prometem gerar economia de R$ 70 bilhões. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil tem um impacto estimado de R$ 35 bilhões, disse Haddad em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (28). O mercado financeiro estima algo entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões. Para compensar esse impacto, o governo apresentou a proposta de taxar os mais ricos. As medidas, contudo, ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional e não têm prazo para entrarem em vigor. Segundo Haddad, essas mudanças no Imposto de Renda são importantes para que todos contribuam para o funcionamento e crescimento do país. Ele comparou a um condomínio: "quando um não paga, os outros precisam pagar para manter o elevador funcionando". Por isso, tanto "quem vive na cobertura" quanto quem "está no primeiro andar" precisam pagar proporcionalmente. Volte ao início. Quais são os próximos passos Agora, o governo encaminha as propostas para o Congresso Nacional, que precisa analisar e votar as medidas. O teor do texto, com todos os detalhes, ainda não foi divulgado. Se aprovadas, a expectativa é que as mudanças entrem em vigor em 2026, junto com todas as alterações da reforma da renda. Volte ao início. Haddad cita bloqueio de R$ 20 bi e receita recorde em 2024 e reafirma déficit zero em 2025 Como funciona o IR hoje? O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído ou pagar ainda mais imposto – por meio de sua declaração anual de ajuste. De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), a ampliação da faixa de isenção do IR custaria de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões por ano. De acordo com os números da entidade, a ampliação do limite de isenção do IR deixará isentos da cobrança do imposto 30 milhões de contribuintes. Atualmente, cerca de 43 milhões de pessoas físicas declaram o Imposto de Renda. Entretanto, destas, 14,6 milhões já são isentos. Com a mudança, outros 16 milhões de contribuintes também não pagarão Imposto de Renda. Volte ao início. Quais são as medidas de cortes de gastos públicos Nesta quinta-feira, o governo também anunciou um pacote de medidas que devem cortar R$ 70 bilhões em gastos em 2025 e 2026 e gerar uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos. Entres as principais medidas estão: Abono salarial: limitação da faixa de quem ter direito ao abono salarial de até R$ 2.824 para até R$ 2.640 Fundeb: até 20% da complementação da União ao Fundeb poderá ser empregada em ações para criação e manutenção de matrículas em tempo integral na educação básica pública Desvinculação de Receitas da União (DRU): prorroga até 2032 Subsídios e subvenções: ajuste orçamentário em cerca de $ 18 bilhões Fundo Constitucional do Distrito Federal: limita crescimento de acordo com a inflação Salário mínimo: limitação do crescimento real a 2,5% Bolsa família: muda regras como atualização obrigatória para cadastros desatualizados e biometria obrigatória Benefício de Prestação Continuada: vai focar em em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho Lei Aldir Blanc: mantém o repasse de R$ 3 bilhões ao ano, mas com a condição de os recursos serem executados no ano anterior Biometria: obrigatória para beneficiários de programas sociais Militares: acaba com a morte fictícia e transferência de pensão, entre outras medidas Concursos públicos: limitação e faseamento em 2025 Volte ao início.

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Thu, 28 Nov 2024 17:00:16 -0000 -

Equipe econômica anunciou nesta quinta detalhes do corte de gastos para cumprir metas fiscais. Inicialmente, Orçamento de 2025 previa R$ 5 bilhões para novos concursos, mas agora serão R$ 4 bilhões. O pacote de corte de gastos anunciado pelo governo vai retirar cerca de R$ 1 bilhão do orçamento de 2025 para novos concursos públicos. A informação é da ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, nesta quinta-feira (28). Entre as medidas estão o "faseamento de provimentos e concursos em 2025", com meta de economia de ao menos R$ 1 bilhão no próximo ano. Entre 2025 e 2030, a previsão de economia é de R$ 6 bilhões. Isso significa um corte na projeção inicial de gastos com concursos e novas contratações no ano que vem. Apesar do corte, a segunda edição do "Enem dos Concursos" segue prevista, afirmou a ministra. 'Pacote saiu pela culatra': comentaristas analisam disparada do dólar após pacote de corte de gastos Segundo Dweck, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 previa R$ 5 bilhões para novos cargos. A quantia inclui as pessoas que foram aprovadas em concursos públicos e vão assumir as vagas no ano que vem, além da realização de novos concursos. "O que a gente está retirando, obviamente, é do provimento adicional de novos concursos, no valor de R$ 1 bilhão, que vai ser definido agora nesse processo de tramitação da LOA. Isso vai reduzir um pouco o espaço para novas contratações para além daquilo que já está definido", declarou. A ministra descarta eventuais impactos no Concurso Nacional Unificado (CNU). "Vai ser uma decisão do governo, uma vez fechado o valor na LOA, o quanto vamos usar para provimento adicional do CNU ou de outros concursos que estão em andamento e o quanto será para novas contratações", declarou. De acordo com a ministra, será a partir dessa discussão que o governo vai definir o anúncio de novos concursos em 2025. A segunda edição do CNU segue prevista, afirmou.

G1

Thu, 28 Nov 2024 16:44:00 -0000 -


Planalto deve enviar projeto de lei e PEC; Câmara e Senado vão debater os textos e podem propor mudanças. Algumas das regras só devem entrar em vigor em 2026. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explica as medidas de corte de gastos em coletiva de imprensa nesta quinta-feira Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Anunciadas nesta quinta-feira (28) pela equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva, as medidas para controlar o gasto público e garantir o respeito ao arcabouço fiscal nos próximos anos não terão efeito imediato. Pelo que o próprio governo anunciou, todas as mudanças dependem do aval do Congresso. Parte do pacote exige mudanças na Constituição Federal – o que, em geral, significa uma tramitação mais demorada e uma exigência de mais votos para a aprovação. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos já estavam prontos na manhã desta quinta. Apesar disso, os textos ainda não foram divulgados e nem enviados ao Congresso. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já indicaram em entrevistas que o parlamento deve apoiar o pacote e agilizar a tramitação. No entanto, ainda não há um calendário ou um cronograma muito certo para a votação. O governo gostaria de ver pelo menos parte do pacote aprovado ainda este ano – o que significa protocolar, analisar mudanças, negociar com a oposição, votar nos plenários da Câmara e do Senado e sancionar (ou promulgar) o texto em pouco mais de um mês. Corte de gastos: mudança no salário mínimo trará redução de R$ 110 bi em pagamentos até 2030 Entenda, abaixo, o que já se sabe sobre os projetos e como eles devem tramitar no Congresso: Emenda à Constituição: o texto mais complicado Para conseguir cortar gastos, o governo vai ter que fazer mudanças na Constituição. Isso significa enviar os temas ao Congresso dentro de uma PEC – um texto que exige um número alto de votos para ser aprovado. Serão incluídas na PEC, por exemplo: mudanças no valor do abono salarial, pago hoje a quem recebe dois salários mínimos ou menos por mês; a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2032; mudanças no Fundo Constitucional do Distrito Federal. A tramitação normal de uma PEC prevê as seguintes etapas: Na Câmara A primeira análise é feita pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que verifica a admissibilidade da PEC – ou seja, se o texto ofende algum princípio constitucional inviolável, as chamadas "cláusulas pétreas". Se for admitida pela CCJ, a PEC passa às mãos de uma comissão especial na Câmara – que será criada especificamente para analisar esse texto. Os membros são indicados pelos partidos e têm um prazo para apresentar emendas (sugestões de mudança), e um prazo maior para votar. Aprovada pela comissão especial, a PEC vai ao plenário da Câmara. Lá, precisa de votos favoráveis de 308 deputados (3/5 do plenário) – é a chamada maioria qualificada. É preciso atingir esse placar em dois turnos de votação. No Senado Uma vez concluída a votação na Câmara, o texto chega ao Senado. E lá, também passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que faz uma nova análise de admissibilidade. Passada a CCJ, no entanto, não há nova comissão especial. O texto vai direto ao plenário do Senado, onde precisa de 49 votos (de novo, a maioria qualificada de 3/5) em dois turnos. Promulgação Diferentemente dos outros projetos de lei, a emenda à Constituição é promulgada pelo próprio Congresso. Ou seja, não passa pela sanção presidencial. Isso só pode acontecer, no entanto, se os plenários da Câmara e do Senado aprovarem o mesmo texto. Uma PEC pode ficar indo e voltando entre Câmara e Senado quantas vezes forem necessárias, até que se chegue a um acordo. Nem deputados, nem senadores têm a "palavra final". Quando forem promulgadas, as novas regras passam a ser constitucionais. Com o mesmo status, aliás, das regras que estão em vigor desde 1988 – sem hierarquia. Possível atalho Para encurtar esse longo caminho, deputados têm avaliado a possibilidade de anexar a proposta do governo a uma PEC que já exista na Câmara e que já esteja mais avançada, possibilitando levar a proposta ao plenário mais rapidamente. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que lideranças da Casa se comprometeram a fazer o “necessário” para votar o texto ainda em dezembro. “Eventualmente aproveitar uma PEC que já passou por comissão especial. O compromisso da Câmara, não esperava outra coisa do presidente Lira, de terminar o ano com o marco fiscal ainda mais consolidado”, disse nesta quinta-feira (28). Projeto de lei complementar: as mudanças 'mais simples' Além da PEC, o governo vai enviar ao Congresso um projeto de lei complementar. Serão incluídas nesse texto: a nova regra de reajustes do salário mínimo; mudanças na verificação dos cadastros do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC); alterações no regime de previdência dos militares. A tramitação é mais parecida com a de um projeto de lei "convencional", mas há algumas particularidades. Entenda abaixo: Na Câmara Projetos de lei complementar enviados pelo Planalto começam a tramitar sempre pela Câmara. Os deputados também têm a palavra final, caso o texto sofra mudanças ao passar pelo Senado. A admissibilidade e a adequação financeira do projeto deverão ser analisadas, respectivamente pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Tributação. A Mesa Diretora pode definir, ainda, que o texto passe por outras comissões temáticas – como a de Trabalho ou a de Assistência Social, por exemplo. Se forem necessárias mais de três comissões temáticas, ou "de mérito", o projeto é enviado para uma comissão especial – que é criada especificamente para isso e substitui todas as outras, inclusive a CCJ. Toda essa fase de comissões pode ser "pulada" se o plenário aprovar um requerimento de urgência para o texto. Passada a fase das comissões, o texto vai a plenário. Aqui, são exigidos 257 votos a favor – é a maioria absoluta, ou seja, mais da metade do total de deputados. No Senado Ao receber o projeto aprovado pela Câmara, o Senado pode submeter o texto à CCJ da Casa ou enviá-lo direto ao plenário. Uma vez em plenário, também é necessária a maioria absoluta – ou seja, voto favorável de 41 senadores. Se o Senado fizer mudanças no texto, a proposta volta à Câmara para uma nova análise em plenário. Se não fizer, o texto segue direto para a sanção presidencial. Sanção Quando for aprovado em definitivo pelo Congresso, o projeto de lei complementar seguirá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como o texto foi proposto pelo próprio governo, caberá a Lula examinar, principalmente, mudanças feitas pelos senadores. O presidente pode vetar trechos da proposta. Neste caso, a lei é sancionada e passa a valer sem esses trechos. Os vetos são, então, enviados à análise do Congresso. Em sessão conjunta, deputados e senadores decidem se cedem à decisão do presidente ou se "ressuscitam" os trechos, que são promulgados e reintegrados à lei. 'Pacote saiu pela culatra': comentaristas analisam disparada do dólar após pacote de corte de gastos Reforma do Imposto de Renda: um tema à parte O governo também anunciou nesta quinta-feira (28), como um "contraponto" à impopularidade do corte de gastos, a esperada reforma da tabela do Imposto de Renda. A reforma anunciada tem dois "polos": de um lado, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais (R$ 60 mil anuais); do outro, o aumento da taxação para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais (R$ 600 mil anuais). Tudo isso, segundo o ministro Fernando Haddad, será enviado ao Congresso em um projeto de lei ordinária. Se confirmado, o texto tem tramitação bem mais simples que os anteriores. Entenda: A proposta começa a tramitar pela Câmara, onde passará pela CCJ e pelas comissões temáticas – ou pela comissão especial, se estiverem previstas três ou mais comissões de mérito. Quando for concluída a fase de comissões – ou aprovado um regime de urgência –, o texto vai para plenário. Lá, a regra é da maioria simples: se houver pelo menos 257 deputados em plenário, basta o voto "sim" da maioria dos presentes. O texto segue então para o Senado, que pode avaliar a medida em comissões ou enviar o texto direto para plenário. Por lá, também vale a maioria simples: se houver pelo menos 41 senadores no plenário, qualquer placar favorável ao voto sim é suficiente. Mudanças feitas pelo Senado voltam à análise da Câmara. Após essa nova votação, o texto segue para sanção ou veto presidencial. Embora a tramitação em si seja simples, a mudança nas regras do Imposto de Renda esbarra em um outro obstáculo: o princípio da anualidade tributária. Ele define, em linhas gerais, que uma mudança nesse imposto só pode surtir efeitos no ano seguinte à edição da lei. Ou seja: na prática, o governo vai tentar aprovar a reforma em 2025 para que os efeitos comecem a valer em 2026, como reconheceu Haddad em entrevista. Se isso acontecer, lembrou o ministro, o novo formato de Imposto de Renda vai coincidir com o começo da fase de transição da reforma tributária.

G1

Thu, 28 Nov 2024 16:20:17 -0000 -


Mina de Pitinga fica localizada a 300 km de Manaus; empresa explora cassiterita, nióbio e tântalo. Transação foi intermediada pelo grupo minerador Misur com empresa estatal chinesa. A Mineração Taboca S.A., que opera em uma área com resíduo de urânio e produz estanho na Mina de Pitinga, interior do Amazonas, foi vendida para a empresa estatal China Nonferrous Trade Co. Ltd. por US$ 340 milhões - o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. A transação, intermediada pelo grupo minerador peruano Misur, que detém o controle acionário da empresa brasileira, ocorreu na terça-feira (26). 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A Mineração Taboca é conhecida pela descoberta da mina em 1979, situada na Vila Balbina, a 300 km de Manaus. A empresa explora cassiterita, nióbio e tântalo e produz estanho refinado do Brasil. (CORREÇÃO: o g1 errou ao publicar, no título desta reportagem, que a China havia comprado uma reserva rica de urânio no interior do Amazonas. O que foi vendido aos chineses foi a empresa Mineração Taboca, que produz estanho na Mina de Pitinga. A área em que a empresa atua também contém resíduos de urânio, mas o urânio que existe nessa jazida vai para o rejeito, segundo a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia responsável pela exploração de minas de urânio no Brasil. A informação foi corrigida às 20h35 desta quinta-feira (28).) Na região, há registro de resíduo rico em urânio, associado a outros minerais. No entanto, de acordo com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia responsável pela exploração de minas de urânio no Brasil, o urânio que existe nessa jazida vai para o rejeito, que é monitorando pela CNEN. Além disso, qualquer urânio encontrado no país é monopólio da INB - tanto a produção e comercialização de materiais nucleares. Ainda segundo a INB, o urânio da jazida em questão é um subproduto sem tecnologia viável para separação. Em comunicado, a Mineração Taboca anunciou a transferência de 100% das ações para a empresa estatal chinesa. "Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca, pois permitirá que ela tenha acesso a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva", afirmou a empresa. A China Nonferrous Mining Co., uma das maiores empresas estatais produtoras de cobre do mundo, foca em mineração, processamento, hidrometalurgia, fundição pirometalúrgica e vendas, com operações significativas na Zâmbia, na África. O Governo do Amazonas se manifestou por meio de nota e informou que a compra das ações da Mineração Taboca pela China Nonferrous Trade Co. Ltd foi uma operação privada. O governo estadual destacou que apoia investimentos que favoreçam o crescimento econômico e social, desde que cumpram as leis e as normas ambientais. Também se compromete a dialogar com o novo controlador, visando a preservação de empregos e atração de novos investimentos. Venda de mineradora no AM Arte/ g1

G1

Thu, 28 Nov 2024 14:18:25 -0000 -


Anunciado em agosto, o programa tem o objetivo de distribuir botijões de gás a mais de 20 milhões de famílias até o fim de 2025. Botijões de gás em distribuidora. Foto: Jornal Nacional/ Reprodução O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta quinta-feira (28) que o governo estuda limitar o benefício do vale gás à quantidade de pessoas nas famílias beneficiárias. Temos avançado para refazer o desenho do vale gás, de modo que fique claro que estamos fazendo a previsão orçamentária de toda a despesa que vai para o benefício do vale gás, com alguns ajustes, na linha do que estamos anunciando aqui, para focalizar o benefício com o critério de justiça", disse. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentaria ao relator do projeto um "substitutivo" — uma nova versão para o texto, no jargão político. "Vamos apresentar para o relator do Vale Gás um substitutivo para ser reincorporado ao Orçamento dentro do arcabouço fiscal", afirmou. As declarações foram feitas durante entrevista a jornalistas sobre o pacote de corte de gastos anunciado na quarta-feira (27), que será enviado ao Congresso. 🔎Anunciado em agosto, o programa do vale gás tem o objetivo de distribuir botijões de gás a mais de 20 milhões de famílias até o fim de 2025. Controversa, a proposta do governo prevê transferências de recursos ligados ao pré-sal diretamente para a Caixa Econômica Federal sem passar pelo Orçamento geral. Analistas criticaram o formato adotado para o pagamento do benefício, que não seria contabilizado nas contas públicas. Para esses especialistas, haveria um "drible" às regras fiscais. A proposta tramita no Congresso Nacional, que pode promover alterações ao projeto elaborado pelo governo. Como o governo vai pagar o auxílio? Pela proposta, o governo vai subsidiar o botijão de gás. Os empresários interessados em participar do programa vão se credenciar junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP), que vai definir um preço limite para o gás por região do país. Segundo o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Adamo, o preço teto da ANP vai estar de acordo com os valores de mercado. Esse valor será pago pelo governo, que deve reservar cerca de R$ 5 bilhões para o programa em 2025 e R$ 13,6 bilhões em 2026. O programa vai ser permanente, sem prazo para término. Os valores que vão subsidiar os botijões vêm do Fundo Social do Pré-Sal, mantido com recursos dos leilões de petróleo da estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA). Fernando Haddad comenta sobre investimento no programa 'Gás para Todos' Como vai funcionar? A intenção do governo é que o programa Gás Para Todos tenha início em janeiro de 2025, com aumento gradual do número de famílias até alcançar os 20 milhões de beneficiários em dezembro do mesmo ano. ➡️A família beneficiária vai receber o botijão subsidiado pelo governo direto do revendedor de gás de cozinha. ➡️Ainda conforme o governo, a Caixa Econômica Federal criará um aplicativo para viabilizar a nova modalidade do Auxílio Gás. ➡️O beneficiário instalará o aplicativo e irá até as revendas que aceitarem participar do programa. O pagamento será feito por meio do aplicativo, a fim de que o recurso seja utilizado somente para compra do botijão. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o reforço financeiro do programa de distribuição de gás será custeado com recursos do Fundo Social, que é composto por receitas da venda de petróleo pela empresa pública Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA).

G1

Thu, 28 Nov 2024 14:16:59 -0000 -

Entre as medidas estão 'trava' no salário mínimo e combate a supersalários. Corte de gastos: Haddad anuncia pacote para economizar R$ 327 bilhões em 5 anos Entre as medidas estão 'trava' no salário mínimo e combate a supersalários. Proposta limita o crescimento do salário mínimo, restringe o abono salarial e aumenta impostos dos chamados super-ricos; ENTENDA ponto a ponto. Além do pacote de corte, o governo também propôs isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês.. As ações, que ainda dependem de aprovação do Congresso, buscam conter o rombo nas contas públicas; governo estima economia de R$ 327 bi em 5 anos.. Analistas viam o pacote com bons olhos, mas não contavam com isenção do IR. O 'timing' do anúncio sobre o IR também incomodou a cúpula da Câmara.

G1

Thu, 28 Nov 2024 14:12:34 -0000 -

Governo está propondo limitar o ritmo de crescimento do salário mínimo nos próximos anos, o que reduzirá o valor pago em aposentadorias, pensões e benefícios como o BPC. Aposentados, pensionistas e beneficiados por programas sociais vinculados ao salário mínimo (como o BPC) devem arcar com a maior parte do corte de gastos anunciado pelo governo federal. O pacote divulgado nesta quinta-feira (28) pela área econômica ainda será enviado ao Congresso e precisa ser aprovado por Câmara e Senado para virar lei. Pela proposta da equipe econômica, a nova regra que limita o crescimento do salário mínimo pode gerar uma economia de R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030. Isso equivale a um terço da expectativa total de economia de dinheiro público no período: R$ 327,1 bilhões. Ou seja: para cada R$ 3 poupados com o pacote, R$ 1 seria sobre o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios sociais. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.412. Em 2025, por exemplo, a projeção é de que o salário mínimo continue crescendo, mas que fique R$ 6 menor (R$ 1.515) com o novo formato. Pela atual fórmula de correção do salário mínimo, que o governo busca alterar, o valor subiria para R$ 1.521. Governo detalha nesta quinta medidas para cortar gastos públicos; veja principais pontos Entenda a mudança Pelo formato adotado atualmente, o reajuste do salário corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; cujo valor está estimado em 4,66% pelo governo. o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 — que cresceu 2,9%. a alta, nesse caso, seria de 7,71% a partir de janeiro de 2025, correspondente ao mínimo de R$ 1.521. Com as mudanças propostas pelo governo, se aprovadas: as regras gerais listadas acima seguem valendo, mas serão limitadas em períodos de alto crescimento econômico; nesses momentos, o impacto da alta do PIB será de, no máximo, 2,5 pontos percentuais; a correção inflacionária segue garantida, qualquer que seja o ritmo da inflação. Com isso, seria dada a inflação do ano anterior, em 12 meses até novembro, acrescido do PIB de dois anos antes — mas com um teto de 2,5% (mesmo que o PIB de dois anos antes tenha crescido mais do que isso). Esses 2,5% são, justamente, o limite máximo para os gastos do governo dentro do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas aprovada em 2023. Desse modo, em 2025, se a nova regra já estivesse aprovada: haveria um a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; cujo valor está estimado em 4,66% pelo governo. mais a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023. Mesmo o PIB tendo avançado 2,9% em 2023, com a nova trava de 2,5%, proposta pela equipe econômica, seria aplicado esse valor. O aumento, com a aprovação da nova fórmula, seria de 7,29%, para R$ 1.515 em 2025. Despesa menor ano a ano Despesa menor em 2025 Com a nova proposta para o salário mínimo, o governo deixará de pagar em aposentadorias e benefícios sociais cerca de R$ 2,2 bilhões em 2025. Isso porque, de acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões. Os benefícios previdenciários, entre outros, não podem ser menores que o valor do mínimo. Veja a projeção de economia ano a ano: 2025: R$ 2,2 bilhões 2026: R$ 9,7 bilhões 2027: R$ 14,5 bilhões 2028: R$ 20,6 bilhões 2029: R$ 27,8 bilhões 2030: R$ 35 bilhões Referência para 59,3 milhões de pessoas De acordo com nota técnica divulgada em dezembro do ano passado, e atualizada em janeiro de 2024 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor. O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. Cortes de gastos Com as propostas de cortes de gastos, incluindo a limitação do valor a ser pago no salário mínimo nos próximos anos, o governo busca conter gastos obrigatórios para tentar manter operante o arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas. A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação. Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles: aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo) despesas em saúde e educação emendas parlamentares (indexadas à arrecadação) A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como "gastos discricionários", terminará nos próximos anos. 🔎Entre esses gastos livres, há políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho, assim como o farmácia popular. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso'. Por essa lógica, não adianta elevar a arrecadação, como vem fazendo a equipe econômica, para equilibrar as contas. É preciso, necessariamente, cortar gastos obrigatórios. A previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população acabará nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, deixaria de existir uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. Isso aumentaria ainda mais os juros futuros, que servem de base para os empréstimos às famílias, para o consumo, e ao setor privado — e também pressionaria para cima a taxa de câmbio (dólar). Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]".

G1

Thu, 28 Nov 2024 13:21:54 -0000 -


Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo O populismo de parte do governo que resistiu e lutou contra um corte de gastos profundo acabou por sabotar o anúncio do ministro Fernando Haddad na noite desta quarta-feira (27). Misturar isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil — medida popular, mas que vai na contramão de um ajuste fiscal —, com um pacote de corte de gastos esperado há semanas por agentes econômicos, acabou por minar a pouca confiança que já existe no compromisso da área política do governo em adotar medidas duras para controlar o endividamento do país. Mais ainda, o episódio desta quinta ampliou a percepção de que os maiores adversários da agenda de Fernando Haddad estão dentro do governo. O chamado fogo amigo, perceptível desde a chegada de Lula ao poder em 2023, mas que se tornou a maior fonte de desgaste para Haddad. Primeiro, a decisão de anunciar a isenção do IR junto com os cortes — atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diretamente. Depois, o vazamento da informação antes mesmo de se informar a magnitude do corte — os R$ 70 bilhões em dois anos acabou em segundo plano. Corte de Gastos: Haddad considera acordo com a Defesa uma 'cota de contribuição importante' A reação foi imediata: o dólar bateu o maior valor de sua história e os juros futuros subiram a um patamar cada vez mais difícil para o próprio governo gerir sua dívida. A potência do anúncio realizado nesta quinta já foi enfraquecida pelas dúvidas, amplificadas nesta quarta, sobre se o governo irá trabalhar em conjunto para aprovar as medidas no Congresso. Ao lado de Haddad, quem começa a sofrer com o fogo amigo, antes mesmo de sentar na cadeira, é o escolhido de Lula para comandar o Banco Central, Gabriel Galipolo. Na atual circunstância, não há escapatória para a alta de juros, e na medida em que 2026 se aproxima, a pressão para a queda na taxa Selic se intensificará. As condições externas, com guerras, crescimento do protecionismo e o resultado das eleições nos Estados Unidos não têm ajudado. Mas a situação da economia do Brasil, explicitada por um dólar que já se valorizou mais de 20% frente ao real neste ano — o que se traduz na inflação que todo brasileiro sente no bolso — é responsabilidade do governo e de seus embates e boicotes internos.

G1

Thu, 28 Nov 2024 13:13:38 -0000 -

Hoje, aposentados por problema de saúde grave ou acidente que recebem mais de R$ 20 mil são isentos de Imposto de Renda. O pacote anunciado pelo governo nesta quinta-feira (28) para cortar gastos públicos inclui mudanças nas regras do Imposto de Renda para informações de saúde. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a regra que torna isentas pessoas com doenças graves será restrita apenas a quem ganha até R$ 20 mil por mês. Quem tem rendimentos acima disso poderá declarar seus gastos de saúde e abater o imposto a ser pago – mas não teria mais direito à isenção completa. Ainda de acordo com Haddad, a proposta não mexe nessa parte das deduções. Governo propõe limitar isenções do Imposto de Renda por razão de saúde Atualmente, quem faz a declaração completa do IR pode deduzir gastos com saúde e educação – ou seja, detalhar essas despesas para pagar menos imposto. A regra seguiria valendo. "Hoje, uma pessoa que, independente da faixa de renda, que tenha aposentadoria e provento por moléstia grave está isento do imposto de renda. O que estamos dizendo é o seguinte: quem ganhar até R$ 20 mil segue isento, com moléstia grave; quem ganhar mais de R$ 20 mil não vai estar mais isento, mas vai poder seguir fazendo [dedução]", declarou o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan. Ou seja, as regras de dedução de despesas com saúde não mudaram. O que muda é que pessoas aposentadas por moléstia grave ou acidente que ganham acima de R$ 20 mil terão que deduzir seus gastos. Antes, elas não faziam isso porque tinham isenção. ❗ As mudanças anunciadas pelo governo federal ainda serão enviadas ao Congresso Nacional e precisam ser aprovadas para entrar em vigor. O governo também pretende mudar as regras para declaração de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. As pessoas nessa faixa de renda vão ter isenção de IR. Já quem ganha até R$ 7,5 mil terá alíquota reduzida. "Nosso previsão que isso aconteça a partir de 2026, com um aproveitamento do beneficio para quem ganha até R$ 7,5 mil para que a gente não tenha uma quebra abruta para que, quem ganha R$ 5,1 mil não volte a pagar muito rapidamente muito mais Imposto de Renda do que quem ganha R$ 4,9 mil", disse Durigan. O secretário disse ainda que quem recebe mais de R$ 7,5 mil terá isenção de imposto nos dois primeiros salários mínimos — conforme as regras atuais. Segundo o governo, todas as mudanças no Imposto de Renda só entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. Ou seja, nada muda na declaração de imposto a ser preenchida no ano que vem.

G1

Thu, 28 Nov 2024 12:59:02 -0000 -


Governo também vai obrigar os beneficiários a atualizar cadastros desatualizados há mais de dois anos. Mudanças serão enviadas ao Congresso por meio de um projeto de lei. Haddad e equipe detalham pacote do corte de gastos Ministério da Fazenda O pacote de corte de gastos anunciado pelo governo na quarta-feira (27) inclui mudanças nas regras do programa Bolsa Família, que incluem biometria obrigatória e regras mais rígidas para famílias de uma única pessoa. "Vamos ter que passar a limpo num prazo menor o conjunto de medidas saneadoras dos cadastros dos grandes programas sociais", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo a equipe econômica, a medida deve gerar uma economia de R$ 2 bilhões em 2025 e de R$ 3 bilhões ao ano entre 2026 e 2030. Saiba quais são as medidas previstas O governo vai enviar as mudanças no Bolsa Família ao Congresso por meio de um projeto de lei. Para entrar em vigor, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Entre as medidas estão a obrigação de cadastro biométrico para todos os beneficiários. A iniciativa vale para todos os programas sociais do governo, não só o Bolsa Família. "Todo mundo vai ter que passar por biometria, todos os programas e os prazos de recadastramento vão ser encurtados por lei para que seja corriqueira esse acompanhamento a luz do que foi encontrado de julho para cá", disse Haddad. O governo também vai obrigar os beneficiários a atualizar cadastros desatualizados há mais de dois anos. O pacote também prevê regras mais duras para beneficiários do programa que estejam cadastrados em famílias de uma única pessoa. As mudanças são: limite para municípios com um percentual de famílias de uma pessoa acima do que está disposto em regulamento, de 16% as inscrições ou atualizações de cadastros de famílias de uma pessoa serão feitas, obrigatoriamente, no domicílio do beneficiário Em julho, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) flexibilizou a entrada dessas pessoas no programa. O limite de 16% poderia ser ultrapassado no caso de grupos de famílias de uma única pessoa que tenham: indicação de que estão em risco de insegurança alimentar; indicação de que estão em situação de violação de direitos; ou identificação de registro ou atualização cadastral realizado mediante entrevista em domicílio, registrada no Cadastro Único.

G1

Thu, 28 Nov 2024 12:57:00 -0000 -


Objetivo é compensar as perdas de R$ 35 bilhões com a ampliação do limite de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para até R$ 5 mil, que deve começar a valer a partir de 2026. Haddad e equipe detalham pacote do corte de gastos Ministério da Fazenda O governo anunciou nesta quinta-feira (28) que pretende instituir uma nova alíquota para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, a alíquota vai aumentar progressivamente para quem recebe acima desse valor até chegar aos 10% para quem tem renda de mais de R$ 1 milhão. O aumento da taxa se dará com toda a renda anual, com a inclusão de itens hoje não tributados ou que tem tributação considerada baixa, como dividendos, juros sobre capital próprio e aluguéis. As mudanças ainda precisam passar por aprovação no Congresso Nacional. "[A alíquota] começa crescente a partir de R$ 600 mil e vai chegar em 10% em um R$ 1 milhão. Para quem ganha mais de R$ 1 milhão no ano, será aquela alíquota de 10%, que é aquela alíquota máxima", explicou Dario Durigan. O governo também quer limitar as isenções na área de saúde no IR para quem recebe até R$ 20 mil por mês. O objetivo é compensar as perdas de R$ 35 bilhões com a ampliação do limite de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para até R$ 5 mil, que deve começar a valer a partir de 2026. Segundo o governo, hoje, a alíquota efetiva para os 1% mais ricos é de 4,2%. Já os 0,01% mais ricos pagam 1,75% de Imposto de Renda. Corte de Gastos: Haddad considera acordo com a Defesa uma 'cota de contribuição importante' Entenda o que pode mudar O governo ainda não divulgou os projetos de lei que serão enviados ao Congresso. Por isso, alguns detalhes ainda são desconhecidos. Na prática, segundo a equipe econômica, a nova taxação vai atingir principalmente que tem rendimentos altos vindos de fontes que hoje pagam pouco ou nenhum Imposto de Renda – lucros, dividendos e retorno de investimentos, por exemplo. Ou seja: o impacto vai depender da fonte da renda dos contribuintes. Se o contribuinte tem uma renda mensal de R$ 50 mil ou mais obtida, inteira ou quase inteira, de um trabalho com carteira assinada, ele já paga o Imposto de Renda de 27,5% sobre esses rendimentos. Na prática, a alíquota que ele paga atualmente já é maior que essa nova taxação. Se esse for o caso, nada muda. O projeto muda a taxação, no entanto, de quem tem renda mensal igual ou superior a R$ 50 mil, mas quase não paga imposto sobre esses valores. Pelo que foi anunciado, esses contribuintes terão de fazer a declaração anual do Imposto de Renda como qualquer outro cidadão. Ao fim da prestação de informações, o sistema vai verificar se o imposto retido até aquele momento foi menor, igual ou superior ao novo patamar previsto no projeto. E, a depender dessa comparação, definir se o contribuinte vai receber uma restituição ou recolher imposto adicional. O governo informou que, para rendimento anual superior a R$ 1 milhão, esse patamar mínimo de IR será de 10%. Haverá, no entanto, uma faixa de transição para quem ganha entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão ao ano. Esse detalhamento ainda não foi divulgado. Pacote para cortar gastos As propostas foram divulgadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante anúncio do pacote de cortes de gastos, em coletiva no Palácio do Planalto. "Pessoas que hoje têm renda e não pagam imposto, uma renda superior a R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano, vão passar a pagar o mínimo. Alugueis, salários, dividendos, juros. Vai somar o que recebeu, e vai calcular 10% desse valor em todas rubricas", afirmou Haddad. O ministro deu o seguinte exemplo: "Se eu [que recebo mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano] paguei R$ 35 mil de IR. Vou ter que recolher R$ 25 mil para completar R$ 60 mil [equivalentes à alíquota de 10%]. Suponha que ela ganhe R$ 600 mil e pagou R$ 80 mil de IR, ela não é atingida pela medida. É um conceito novo de IR mínimo considerando toda renda da pessoa, e tudo o que pagou de IR naquele exercício", explicou o ministro da Fazenda. Limitar isenções em saúde Além disso, segundo ele, as isenções do do IR por razão de saúde serão limitadas a quem ganha até R$ 20 mil por mês. O formato das deduções não será alterado. "Existem pessoas que ficam isentas do Imposto de Renda por razões de saúde. E todo mundo pode abater despesas de saúde na sua integralidade. Se você gastou R$ 1 milhão para fazer tratamento de saúde, você vai poder deduzir. Essa segunda regra não vai alterar, você vai poder continuar deduzindo 100% do seu gasto em saúde", informou o ministro Haddad. Segundo ele, entretanto, a isenção de Imposto de Renda por razões de saúde vai ficar limitada a quem tem um salário de até R$ 20 mil. "Para além disso, a pessoa continuará deduzindo 100% dos gastos de saúde, mas não ficará isenta do Imposto de Renda", concluiu. Taxação dos ricos A taxação dos ricos foi a forma encontrada pelo governo para compensar a renúncia de receitas com a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda para pessoas físicas — promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A compensação se dará pela inclusão dos mais ricos no imposto de renda, tornando a tributação no topo mais justa e melhorando a desigualdade social", disse o governo. Caso o pacote seja aprovado pelo Congresso, as pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês serão isentas do imposto de renda a partir de 2026. Hoje, a faixa de isenção é de até R$ 2.824. Essa medida não vai cortar gastos. Mas foi incluída no pacote a pedido do presidente Lula, que queria compensar os cortes orçamentários com uma iniciativa que pudesse ter um caráter mais popular. Foi o aumento da isenção do IR, principalmente, que gerou no mercado um temor de que os cortes do governo não estão tão compromissados assim com a responsabilidade fiscal. Na quarta-feira (27), o dólar fechou em R$ 5,91 --maior cotação da história.

G1

Thu, 28 Nov 2024 12:08:41 -0000 -


Medida prevista no pacote de corte de gastos vai contribuir com pouco mais de 1% na economia projetada com o corte de gastos em 2030. Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Ministério da Fazenda O governo informou nesta quinta-feira (28) que as mudanças na aposentadoria dos militares, previstas no pacote de corte de gastos, terão impacto de R$ 2 bilhões ao ano. A medida vai contribuir com pouco mais de 1% na economia projetada com o corte de gastos em 2030 — quando o pacote deve atingir corte de despesas de R$ 79,9 bilhões. "Se você considerar a despesa discricionária que eles têm, é um gesto significativo e foram coisas que nunca foram conseguidas pelos governos anteriores", justificou o ministro Fernando Haddad, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (28). De acordo com o Ministério da Fazenda, além do impacto de R$ 1 bilhão por ano em cortes de despesas, haverá, ainda, um incremento de arrecadação de mais R$ 1 bilhão, anualmente, por conta da contribuição para o fundo de saúde. Deste modo, o efeito anual total é de R$ 2 bilhões, considerando medidas de cortes de gastos e aumento de arrecadação. Haddad disse que a medida reforça "o apelo que estamos fazendo para todos os poderes e ministérios de se engajarem nesse desafio que é reequilibrar as contas públicas". 'Objetivo da reforma tributária é buscar eficiência e justiça tributária', diz Haddad Entenda a mudança O pacote do governo prevê acabar com a chamada "morte fictícia" dos militares. Ou seja, a pensão recebida quando são expulsos ou excluídos das Forças Armadas. A medida também acaba com a transferência de pensão dos militares para dependentes em caso de morte. O governo também vai estabelecer a idade mínima progressiva, chegando a 55 anos em 2030, com uma regra de transição, para o militar ter direito à reserva remunerada. Além disso, a medida fixa a contribuição ao Fundo de Saúde em 3,5% do salário dos militares até janeiro de 2026.

G1

Thu, 28 Nov 2024 12:03:14 -0000 -


Moeda americana fechou em alta de 1,30%, cotada a R$ 5,9891. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda de 2,40%, maior queda diária em quase dois anos. Dólar Pixabay O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (28), e renovou o maior valor nominal da história: R$ 5,9891. Ao longo do pregão, a moeda americana bateu os R$ 6 pela primeira vez na história. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0029. O mercado financeiro repercutiu o detalhamento do pacote de corte de gastos do governo federal e do plano de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil. Nesta manhã, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e da Casa Civil, Rui Costa, realizaram uma coletiva com jornalistas para explicar mais detalhes do pacote anunciado na véspera. As medidas, anunciadas por Haddad em um pronunciamento em rede nacional, preveem um corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e uma alíquota de até 10% de imposto para pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano. Além do pacote de corte, o governo também propôs isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824. O anúncio, no entanto, teve sabor agridoce para o mercado financeiro. Isso porque apesar de ter cumprido com a economia esperada, a isenção do IR ainda pode ter um alto custo para o governo. Segundo o presidente do Bradesco Asset, Bruno Funchal, apesar de o pacote de corte de gastos ter ido na direção correta, com uma série de medidas positivas, houve uma reação negativa dos preços no mercado. "Talvez o impacto em si seja um pouco aquém do que se esperava e certamente do que é necessário, mas está na direção correta. Mas ele acabou tendo, em paralelo, o anúncio da revisão da tabela de IR, que traz um risco fiscal relevante e acabou trazendo uma percepção de risco maior no mercado", explica o executivo. Com o clima azedo nos mercados, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em mais uma forte queda, de 2,40%. É a maior variação negativa diária desde 2 de janeiro de 2023, quando o índice recuou 3,06%, destaca o consultor Einar Rivero, CEO da Elos Ayta. Das 86 ações que compõem a carteira, apenas 8 registraram rentabilidade positiva. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar vai a R$ 6 com pacote fiscal e aumento da isenção do IR Dólar O dólar fechou em alta de 1,30%, cotado a R$ 5,9891. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0029. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 3,02% na semana; ganho de 3,59% no mês; alta de 23,42% no ano. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,80%, cotado a R$ 5,9124. Ibovespa O Ibovespa fechou em queda de 2,40%, aos 124.610 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 3,50% na semana; perdas de 3,93% no mês; recuo de 7,14% no ano. Na véspera, o índice encerrou em queda de 1,73%, aos 127.669 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O real tem sofrido uma desvalorização acentuada há semanas, conforme aumenta a cautela dos investidores com a condução das contas públicas brasileiras. Quando os gastos públicos estão elevados, o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo. Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Foram vários adiamentos desde então. Nesta quarta-feira, porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento à nação anunciando o pacote de cortes nos gastos, com estimativa de poupar R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Com uma grande espera do mercado pelo anúncio de um novo pacote de cortes de gastos pelo governo, a notícia, que tinha tudo para ser bem recebida pelos investidores, se mostrassem um comprometimento do governo em cumprir com o arcabouço fiscal (conjunto de regras de equilíbrio orçamentário). Mas o efeito foi o contrário. "Originalmente a expectativa é que viesse um pacote que trouxesse contenção de despesas, principalmente das despesas obrigatórias, que são o nosso maior problema. Mas o grande ponto aqui é o projeto de lei que traz a revisão da tabela de IR que tem um risco relevante, principalmente em relação à tramitação", diz Funchal, do Bradesco Asset. "A gente sabe que a tramitação é sempre complexa. A gente sabe como entra o projeto, mas a gente não sabe como sai. E não é incomum o projeto sair sem a compensação. Isso traria um risco fiscal bastante significativo", completou. Haddad também anunciou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026, os agentes entendem que o pacote de cortes pode perder a força, e até comprometer a trajetória da dívida pública no futuro. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, a medida, que era uma promessa de campanha de Lula (PT), será considerada uma vitória da ala política do governo, já que tudo indica que a equipe econômica foi contra o anúncio neste momento. De acordo com a economista, a estimativa é que a medida, se aprovada, poderá custar R$ 40 bilhões por ano aos cofres públicos. "Ou seja, o dia, que deveria ser marcado pelo esperado pacote de contenção de despesas, poderá contar também com um aumento considerável nos gastos do governo. Na dúvida sobre se o anúncio será conjunto ou não, e sobre se o financiamento da isenção do IR será outro além do pacote de gastos, o mercado, claro, se posicionou de forma bastante defensiva", explicou Veronese. Segundo Haddad, porém, o impacto estimado é de R$ 35 bilhões. O ministro disse que esse impacto deve ser compensado por medidas de taxação dos mais ricos. Na última sexta-feira (22), o governo já havia anunciado também um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, o governo totaliza R$ 19,3 bilhões já bloqueados nos últimos meses para tentar compensar o avanço das despesas obrigatórias, como gastos com a previdência. Mesmo assim, o mercado ainda aguarda as demais medidas para entender como o governo pretende lidar com as contas públicas nos próximos anos. A ideia é que, com os cortes, o governo consiga equilibrar a situação das contas públicas e honrar o arcabouço fiscal. Contas mais controladas são bem vistas por investidores porque aumentam a confiança de que o país será capaz de arcar com suas dívidas. A decisão de atrelar o anúncio ao pacote de cortes tem como objetivo passar a mensagem de que o governo Lula não está fazendo o ajuste fiscal apenas em cima dos mais pobres. Segundo Matheus Pizzani, economista da CM Capital, o mercado recebe negativamente a notícia da isenção porque "não tem como pensar em um cenário em que essa isenção vá beneficiar o consumo das famílias em um nível suficiente para compensar o que seria ganho através da cobrança do imposto de renda para essa população". Assim, os investidores esperam maior previsibilidade e clareza sobre como o governo pretende fazer essa compensação de gastos e receitas, para avaliar se a medida será sustentável.

G1

Thu, 28 Nov 2024 11:59:58 -0000 -


Governo detalhou nesta quinta pacote para cortar gastos e garantir o atendimento ao arcabouço fiscal; textos ainda precisam do aval do Congresso. Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Ministério da Fazenda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (28) estar "muito seguro" de que o governo vai cumprir a meta fiscal em 2025. Haddad citou medidas já tomadas pelo governo para cumprir a meta de 2024, como bloqueios orçamentários e aumento da arrecadação, e disse não ver risco de que os "gatilhos" do arcabouço fiscal precisem ser disparados para garantir o controle das contas públicas. "Esse ano já bloqueamos alguma coisa em torno de R$ 20 bilhões para cumprir o arcabouço fiscal. Só de calote nós pagamos mais de R$ 100 bilhões. Entre estados e precatórios, tivemos que indenizar R$ 120 bilhões de calote dado pelo governo anterior. Era um desafio grande trazer o déficit para perto do equilíbrio e estamos conseguindo fazer isso, estamos com meta zero e banda de 0,25% do PIB", listou Haddad. "E no ano que vem estou muito seguro de que, com as medidas que estão sendo tomadas, também vamos ter êxito em cumprir as metas – sabendo que, em caso de não cumprimento, tem uma série de gatilhos que são disparados para que ela venha a ser respeitadas. Eu não acredito que [os gatilhos] vão disparar no ano que vem, porque estou bastante seguro. Tanto do ponto de vista da despesa, quanto da receita", continuou. 🔎 A meta fiscal é a diferença entre o que o governo pretende arrecadar e o que o governo pretende gastar no próximo ano. Ela é definida com antecedência, entre outros motivos, como uma sinalização para o mercado financeiro sobre como estará a economia do país. 🔎 A meta para 2025 é de um déficit zero – ou seja, o governo gastar exatamente o que arrecadou, sem aumentar a dívida pública. 🔎 É a mesma meta em vigor para 2024. O governo segue comprometido a atingir esse resultado, mas há dúvidas no mercado em razão do nível alto de despesas obrigatórias do governo federal. "Estamos fazendo o trabalho para que elas [receita e despesa] se encontem de forma sustentável. Sem necessidade de vender patrimônio público para maquiar, sem necessidade de não pagar despesas previstas em lei. Esse tipo de maquiagem que foi feita, de contabilidade criativa que foi feita recentemente, não estamos prevendo nada disso", disse Haddad. As declarações de Haddad foram dadas em uma entrevista coletiva nesta quinta para anunciar o pacote que o governo vai enviar ao Congresso para cortar gastos públicos e garantir o atendimento às regras fiscais do país. Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil Rui Costa cita 'compromisso' de Lula Também na entrevista coletiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reafirmou que há um "compromisso" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministérios com a responsabilidade fiscal. "Acho que não soma para o país esse tipo de abordagem de que existem 'chapeuzinhos vermelhos' e 'lobos maus' dentro do governo. Aqui, todos nós temos responsabilidade com esse país. Está se fazendo hoje de forma clara e objetiva um aceno para responder a um mercado que, pelo texto que vocês publicam, estava precificando no presente uma possibilidade de desequilíbrio futuro das contas públicas. Aqui esta se garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá", disse.

G1

Thu, 28 Nov 2024 11:59:42 -0000 -


Segundo ministro da Fazenda, programas superiores foram criados. Declaração ocorreu em ocasião do detalhamento do pacote de corte de gastos. Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (28) que o abono salarial, em um certo sentido, "perdeu a razão" diante de outros programas do governo. "É uma regra de transição de um benefício que num certo sentido perdeu a sua razão de ser à luz dos vários programas que foram criados superiores a eles do ponto de vista social", disse. A declaração foi dada durante o detalhamento do pacote de corte de gastos anunciado na quarta-feira (27), que inclui mudanças no benefício. O governo propõe limitar o abono salarial a R$ 2.640 por mês. Hoje, o benefício equivale a até dois salários mínimos (R$ 2.824, pelo valor atual). "Nós estamos fixando o direito ao abono àqueles que ganham até R$ 2.640 por mês, o que hoje corresponde a dois salários. Mas nós estamos introduzindo uma cláusula de que esse valor vai ser corrigido pela inflação", explicou o ministro. Segundo Haddad, o abono será ajustado para um salário mínimo e meio de forma gradual, à medida que o valor fixado for sendo ajustado pela inflação e o salário mínimo tiver aumento real (acima da inflação). "Como o salário mínimo vai aumentar acima da inflação, esse valor vai gradualmente corrigindo para um salário mínimo e meio ao longo dos anos e, quando isso acontecer, chegarmos a um salário mínimo e meio, volta a prevalecer a regra atual. É como se nós gradualmente estivéssemos baixando de dois para um e meio sem prejudicar as pessoas que ganham R$ 2.640", completou. Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil Para o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, a medida não deve afetar a quantidade de beneficiários. "Do ponto de vista da quantidade de pessoas no ano que vem, não há impacto. Nós estamos fixando em R$ 2.640, que é o valor do critério de elegibilidade dois anos antes, que já adquiriram esse benefício em 2023", declarou. O impacto apontado pelo governo é de R$ 100 mil em 2025, com aumento progressivo até 2030, quando será de R$ 6,7 bilhões. Esse cálculo considera a limitação do salário mínimo ao crescimento de 2,5% ao ano — outra medida do corte de gastos, disse Mello. O abono salarial é um benefício concedido anualmente a trabalhadores e servidores que atendem aos requisitos do programa. Pelas regras atuais, têm direito, por ano, trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.824, pelo valor atual). Com as mudanças, o benefício será pago somente a quem recebe até R$ 2.640. Esse valor será corrigido anualmente pela inflação, até chegar a um salário mínimo e meio, quando passará a ficar estável neste valor. A expectativa é que isso ocorra em 2035. Para receber o abano, é preciso que o trabalhador: tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior; estejam cadastrados no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos. ❗ As mudanças anunciadas pelo governo federal ainda serão enviadas ao Congresso Nacional e precisam ser aprovadas para entrar em vigor.

G1

Thu, 28 Nov 2024 11:45:24 -0000 -


Mudança na tabela do Imposto de Renda foi anunciada junto com pacote de cortes de gastos pelo governo Lula; medida é promessa de campanha, mas anúncio desagradou mercado. Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Reprodução O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (28) que o objetivo das mudanças na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não tem a intenção de fazer caixa para o governo, e nem de aumentar os gastos públicos. Segundo Haddad, assim como a reforma tributária, as mudanças seguem um princípio de neutralidade tributária. Na prática, a ideia é que haja "impacto zero" no caixa do governo. "Não queremos confundir o debate da reforma tributária com a questão de medidas que visam reforçar o arcabouço fiscal. A reforma tributária, tanto do consumo quanto da renda, tem um pressuposto que foi anunciado no começo do governo e vai ser mantido se depender do Executivo [...] O pressuposto da neutralidade fiscal. Que significa isso? A reforma tributária não visa nem aumentar, nem diminuir arrecadação. O objetivo da reforma tributária é buscar eficiência e justiça tributária, essa é a finalidade", afirmou Haddad. "Qualquer aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, como ja foi feito por esse governo duas vezes, tem que vir acompanhado de uma compensação. Não se trata de mexer com o nível de arrecadação de impostos. Trata-se de buscar justiça tributária", completou. O governo deve enviar ao Congresso Nacional, nos próximos dias, um projeto de lei que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos). A mudança, se aprovada pelo Congresso até o ano que vem, só entra em vigor em 2026. "O Congresso vai ter o seu tempo agora, sobretudo a partir do semestre que vem, para analisar a proposta do Executivo. Para que tanto a reforma do consumo quanto a reforma do Imposto de Renda entrem em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026", explicou Haddad. A elevação do teto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, o anúncio junto ao pacote de corte de gastos incomodou a cúpula da Câmara e agitou o mercado – o que levou o dólar ao maior valor nominal da história do real. Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil Como funciona o IR? O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído ou pagar ainda mais imposto – por meio de sua declaração anual de ajuste. De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), a ampliação da faixa de isenção do IR custaria de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões por ano. De acordo com os números da entidade, a ampliação do limite de isenção do IR deixará isentos da cobrança do imposto 30 milhões de contribuintes. Atualmente, cerca de 43 milhões de pessoas físicas declaram o Imposto de Renda. Entretanto, destas, 14,6 milhões já são isentos. Com a mudança, outros 16 milhões de contribuintes também não pagarão Imposto de Renda.

G1

Thu, 28 Nov 2024 11:36:39 -0000 -


Cálculo considera revisão de regras do abono salarial, Fundeb, DRU, subsídios e subvenções e Fundo Constitucional do Distrito Federal, entre outras medidas. Haddad detalha medidas do ajuste fiscal Reprodução O governo estima um impacto de R$ 327 bilhões em cinco anos com o pacote de corte de gastos, de 2025 a 2030, anunciado na quarta-feira (27). O governo prevê uma economia de R$ 327 bilhões em 5 anos com as medidas de cortes de gastos apresentadas nesta quinta-feira (28). O cálculo considera revisão de regras de políticas públicas, como abono salarial e crescimento real do salário mínimo (veja cada medida mais abaixo) O governo deve enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei (PL) ao Congresso Nacional. Para entrar em vigor, as medidas dependem de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado. De acordo com a equipe econômica, a PEC deve ter um impacto de R$ 11,1 bilhões em 2025. O valor aumenta progressivamente até 2030, quando o corte deve ser de R$ 28,4 bilhões. Já o PL representa uma economia de R$ 11,7 bilhões em 2025, com aumento progressivo até 2030, quando o impacto será de R$ 44,5 bilhões. Ao todo, as duas medidas devem desencadear redução de R$ 73,9 bilhões no gastos públicos. O governo também propõe a limitação do crescimento das emendas parlamentares. Com essa medida, a economia será de R$ 79,9 bilhões em 2030. Impacto esperado das medidas de cortes de gastos Reprodução de apresentação do Ministério da Fazenda Veja cada medida As propostas estão divididas em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que muda a Constituição, e um projeto de lei. Veja as medidas em cada projeto a ser enviado: PEC Abono salarial: limitação da faixa de quem ter direito ao abono salarial de até R$ 2.824 para até R$ 2.640 Fundeb: até 20% da complementação da União ao Fundeb poderá ser empregada em ações para criação e manutenção de matrículas em tempo integral na educação básica pública Desvinculação de Receitas da União (DRU): prorroga até 2032 Subsídios e subvenções: ajuste orçamentário em cerca de $ 18 bilhões Fundo Constitucional do Distrito Federal: limita crescimento de acordo com a inflação Projeto de lei Salário mínimo: limitação do crescimento real a 2,5% Bolsa família: muda regras como atualização obrigatória para cadastros desatualizados e biometria obrigatória Benefício de Prestação Continuada: vai focar em em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho Lei Aldir Blanc: mantém o repasse de R$ 3 bilhões ao ano, mas com a condição de os recursos serem executados no ano anterior Biometria: obrigatória para beneficiários de programas sociais Militares: acaba com a morte fictícia e transferência de pensão, entre outras medidas Outras propostas Concursos públicos: limitação e faseamento em 2025 Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil

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Thu, 28 Nov 2024 11:28:18 -0000 -


Medidas compõem pacote enviado pelo governo Lula ao Congresso para tentar manter de pé o arcabouço fiscal. Mesmo aquilo que não mexe diretamente no bolso pode ajudar a controlar as expectativas do mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explica as medidas de corte de gastos em coletiva de imprensa nesta quinta-feira Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda A equipe econômica do governo Lula detalhou nesta quinta-feira (28) as propostas para limitar o aumento do salário mínimo, para mudar algumas regras das aposentadorias dos militares e alterar as regras de acesso ao abono salarial, entre outros. A expectativa do Executivo é de economizar R$ 70 bilhões com as medidas nos próximos dois anos. Para ter validade, entretanto, as mudanças ainda precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional. Como um "contraponto" aos cortes, o governo também propôs isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês – promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos). O objetivo do governo com a proposta de cortes de gastos é tentar manter de pé o chamado arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas aprovada no ano passado. Sem uma regra crível para as contas públicas, explicam economistas, haverá um aumento maior ainda da dívida pública, com impacto nos juros bancários para consumo e investimentos, e tensão nos mercados — com pressão sobre o dólar. Com maior confiança no controle dos gastos públicos e manutenção das regras para as contas públicas nos próximos anos, por sua vez, há uma tendência de pressão menor sobre o dólar e sobre a inflação, fatores que influenciam diretamente a vida de cada brasileiro. Entenda abaixo as alterações nos seguintes pontos: Limite à alta do salário mínimo Aposentadoria de militares Abono salarial BPC Bolsa Família Supersalários de servidores Emendas parlamentares Impacto nas contas públicas Risco de paralisia da máquina pública Reforma do Imposto de Renda Corte de gastos: mudança no salário mínimo trará redução de R$ 110 bi em pagamentos até 2030 Limite à alta do salário mínimo No caso do salário mínimo, o governo propôs mudar o formato de correção, limitando, assim, o aumento real, ou seja, acima da inflação, a ser concedido nos próximos anos. Pelo formato adotado atualmente, o reajuste do salário corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; cujo valor está estimado em 4,66% pelo governo. o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 -- que cresceu 2,9%. Com as mudanças propostas pelo governo, se aprovadas, o salário mínimo passaria a ter um aumento real, acima da inflação, com base no PIB de dois anos. Esse aumento com base no PIB, no entanto, fica limitado a 2,5% ao ano. Com isso, seria dada a inflação do ano anterior, em 12 meses até novembro, acrescido do PIB de dois anos antes — mas com um teto de 2,5% (mesmo que o PIB de dois anos antes tenha crescido mais do que isso). Esses 2,5% são, justamente, o limite máximo para os gastos do governo dentro do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas aprovada em 2023. Levando em conta as mudanças, o trabalhador, assim como os aposentados e as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), de natureza assistencial, deixarão de receber R$ 6 no salário do mês e também no décimo terceiro (quem tem direito), em 2025. Com a nova proposta para o salário mínimo, o governo deixará de pagar em aposentadorias e benefícios sociais cerca de R$ 2 bilhões em 2025. Isso porque, de acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões. De acordo com nota técnica divulgada em dezembro do ano passado, e atualizada em janeiro de 2024 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil. Aposentadoria de militares Camarotti: governo fecha acordo com militares sobre pensões e benefícios O texto fechado contempla os seguintes principais pontos: acaba com a chamada "morte ficta": com isso, familiares perdem o direito à pensão de militares expulsos; estabelece progressivamente idade mínima para a reserva remunerada; extingue a transferência de pensão; fixa 3,5% da remuneração para o fundo de saúde até janeiro de 2026 Segundo informações da proposta de orçamento de 2025, enviada pelo governo ao Congresso Nacional em agosto deste ano, o déficit projetado para a inatividade militar soma R$ 33,28 bilhões em 2025 e R$ 34,87 bilhões em 2026. Além disso, também está previsto, no projeto de orçamento do ano que vem, o déficit para as pensões de militares de R$ 18,05 bilhões, em 2025, e R$ 19,39 bilhões em 2026. Não foram anunciados bloqueios, ou cortes, no orçamento do Ministério da Defesa, que é o quinto maior, em termos de valores, para o ano de 2025. Abono salarial Outra medida proposta é reduzir o número de pessoas que têm direito ao abono salarial. Pelas regras atuais, têm direito por ano trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.824, pelo valor atual). Com as mudanças, o benefício será pago somente a quem recebe até R$ 2.640. Esse valor será corrigido anualmente pela inflação, até chegar a 1,5 salário mínimo, quando passará a ficar estável neste valor. A expectativa é que isso ocorra em 2035. Para receber, é preciso que o trabalhador: tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior; estejam cadastrados no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos. O benefício é classificado como um gasto obrigatório – ou seja, que só pode ser alterado ou extinto mediante Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Projetos desse tipo têm uma tramitação mais extensa e precisam de mais votos de deputados e senadores para serem aprovados. O governo federal estimou, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, que 25,8 milhões de trabalhadores terão direito a receber o abono salarial no próximo ano. BPC Outra proposta do governo é o endurecimento das regras para as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para o BPC, o governo está propondo focalizar em pessoas incapacitada para a vida independente e para o trabalho. Passam a contar para o acesso: a renda do cônjuge e "companheiro não coabitante" e renda de irmãos, filhos e enteados (não apenas solteiros) coabitantes Será obrigatória a atualização obrigatória para cadastros desatualizados há mais de 24 meses e para benefícios concedidos administrativamente sem Código Internacional de Doenças (CID) Pelas regras, o BPC equivale a um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos, ou à pessoa com deficiência de qualquer idade. Para ter direito ao benefício, não é preciso ter contribuído para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Diferente dos benefícios previdenciários, o BPC não paga 13º salário e não deixa pensão por morte. No caso da pessoa com deficiência, tem direito ao BPC se houver impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (com efeitos por pelo menos dois anos), que a impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Para ter direito ao BPC, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja igual ou menor que 1/4 do salário-mínimo. Além da renda de acordo com o requisito estabelecido, as pessoas com deficiência também passam por avaliação médica e social no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O beneficiário do BPC, assim como sua família, deve estar inscrito no Cadastro Único. Isso deve ser feito antes mesmo de o benefício ser solicitado. Sem isso, ele não pode ter acesso ao BPC. Wellington Dias fala sobre pente-fino no BPC Bolsa Família Também haverá um controle maior sobre o Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal. "Estamos reforçando a fiscalização para garantir que essa versão mais robusta do programa, inaugurada em 2023, efetivamente chegue em quem mais precisa", informou o governo. Veja as medidas: Restrição para municípios com percentual de famílias unipessoais acima do disposto em regulamento; Inscrição ou atualização de unipessoais deve ser feita em domicílio obrigatoriamente; Atualização obrigatória para cadastros desatualizados há 24 meses; Biometria obrigatória para inscrição e atualização cadastral; Concessionárias de serviços públicos deverão disponibilizar informações de seus bancos de dados para viabilizar cruzamento de informações. Corte em Educação Alunos da Educação Integral em uma das atividades diárias Colégio Jean Piaget O pacote de corte de gastos também retira R$ 42,3 bilhões, nos próximos cinco anos, do orçamento do Ministério da Educação. A medida pode afetar, principalmente, a expansão do ensino em tempo integral. A proposta é que recursos reservados no orçamento próprio do Ministério da Educação para o ensino em tempo integral não teriam mais esse "carimbo". Ou seja: eles poderiam ser remanejados para outras ações da educação – ou mesmo para outras áreas do governo. Daí, o ensino integral passaria a ser custeado inteiramente pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – que é composto majoritariamente por recursos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Ou seja: se o Ministério da Educação deixar de investir, e o Fundeb não conseguir absorver esses gastos, a expansão do ensino integral pode perder R$ 42,3 bilhões nos próximos cinco anos. Supersalários de servidores A equipe econômica também quer regulamentar a lei que coíbe "supersalários" de servidores públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, ou seja, impedir o pagamento de valores que que extrapolam o teto do funcionalismo. O valor máximo hoje é de R$ 44.008,52 mensais. Em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que regulamenta o fim dos chamados "supersalários". O texto retornou ao Senado, onde aguarda definição. A proposta em discussão no Congresso define quais pagamentos poderão extrapolar o teto do funcionalismo. Entre eles, os auxílios para moradia, alimentação e transporte. Emendas parlamentares O governo informou que, pela proposta, o valor global das emendas parlamentares não poderá crescer mais do que 2,5% acima da inflação (limite do arcabouço fiscal). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esse é apenas o cumprimento do acordo firmado entre o governo, Legislativo e pelo Supremo Tribunal Federal. Pelas regras, 50% das emendas das comissões passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública. E haverá bloqueio de emendas proporcionalmente aos bloqueios do Poder Executivo, limitado a 15% do total das emendas (R$ 7,5 bilhões em 2025) Impacto nas contas públicas A expectativa da área econômica é de que as medidas propostas, se aprovadas pelo Legislativo, resultarão na economia de R$ 72 bilhões em 2025 e 2026. E que, entre 2025 e 2030, ou seja, em cinco anos, a economia de gastos seja de R$ 327 bilhões. Impacto esperado das medidas de cortes de gastos Reprodução de apresentação do Ministério da Fazenda Risco de paralisia da máquina pública O governo busca conter gastos obrigatórios, por meio de propostas de mudanças de leis, que ainda tem de ser avaliados pelo Congresso Nacional, para tentar manter operante o arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas. A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação. Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles: 💵 aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo) 🏥 despesas em saúde e educação 💰 emendas parlamentares (indexadas à arrecadação) A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como "gastos discricionários", terminará nos próximos anos. 🔎Entre esses gastos livres, há políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho, assim como o farmácia popular. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso' Por essa lógica, não adianta elevar a arrecadação, como vem fazendo a equipe econômica, para equilibrar as contas. É obrigatório, necessariamente, cortar gastos obrigatórios. A previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. Isso elevaria ainda mais os juros futuros, que servem de base para os empréstimos às famílias, para o consumo, e ao setor privado — e também pressionaria para cima a taxa de câmbio (dólar). Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]". Reforma do Imposto de Renda O governo aproveitou o embalo do pacote de gastos para anunciar, como "contraponto", a esperada reforma da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. Essa reforma, assim como a tributária, tem um objetivo de "neutralidade fiscal": nem gastar mais, nem economizar dinheiro público. Ou seja: apesar de ser anunciada em conjunto, ela não contribui para o corte de gastos. Para isso, a reforma tem dois "polos": de um lado, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais (R$ 60 mil anuais); do outro, o aumento da taxação para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais (R$ 600 mil anuais). Entenda abaixo esses dois componentes. 💰 Isenção de IR para até R$ 5 mil mensais A principal medida já detalhada pelo governo é o aumento do limite de isenção do IRPF, dos atuais R$ 2.824 (dois salários mínimos) para até R$ 5 mil. Promessa de campanha de Lula, o tema não constou na proposta de orçamento de 2025, encaminhada no fim de agosto ao Congresso Nacional pela área econômica. O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído, ou pagar mais IR, por meio de sua declaração anual de ajuste. De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), a ampliação da faixa de isenção do IR custaria de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões por ano. De acordo com os números da entidade, a ampliação do limite de isenção do IR deixará isentos da cobrança do imposto 30 milhões de contribuintes. Atualmente, cerca de 43 milhões de pessoas físicas declaram o Imposto de Renda. Entretanto, destas, 14,6 milhões já são isentos. Com a mudança, outros 16 milhões de contribuintes também não pagarão Imposto de Renda. De olho do impacto das medidas nas contas públicas, o mercado financeiro reagiu de forma negativa nesta quarta. O dólar disparou e fechou cotado a R$ 5,91, a maior cotação já registrada desde a implementação do Plano Real, em 1994. A preocupação do mercado continua sendo o aumento de despesas, que tende a impulsionar ainda mais a dívida pública - já considerada elevada para o padrão dos países emergentes. Essa tensão, por sua vez, também pressiona os juros futuros, com impacto nas taxas cobradas pelos bancos do setor produtivo. A explicação é que a confirmação do aumento da faixa da isenção do IR pegou o mercado no contrapé, em um momento no qual analistas aguardavam a conclusão do pacote de cortes de gastos. 💰 Taxação de rendimentos acima de R$ 50 mil mensais O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimou o impacto da isenção de até R$ 5 mil em R$ 35 bilhões por ano. Mas acrescentou que o valor será integralmente compensado pela tributação dos mais ricos, ou seja, com impacto nulo nas contas públicas. A proposta do governo é de instituir uma alíquota de 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano. Além disso, quer limitar as isenções na área de saúde no IR para quem recebe até R$ 20 mil por mês. "Se eu [que recebo mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano] paguei R$ 35 mil de IR. Vou ter que recolher R$ 25 mil para completar R$ 60 mil [equivalentes à alíquota de 10%]. Suponha que ela ganhe R$ 600 mil e pagou R$ 80 mil de IR, ela não é atingida pela medida. É um conceito novo de IR mínimo considerando toda renda da pessoa, e tudo o que pagou de IR naquele exercício", explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

G1

Thu, 28 Nov 2024 11:21:38 -0000 -


Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que montante não é suficiente para as necessidades do ajuste fiscal — e, consequentemente, para a queda da dívida bruta em relação ao PIB. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos O sentimento de analistas do mercado financeiro e economistas foi agridoce após o anúncio dos primeiros detalhes do pacote de corte de gastos do governo federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou o plano em rede nacional nesta quarta-feira (27). (veja no vídeo acima) Por um lado, veio a confirmação de que a economia estimada é de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, de acordo com o que se esperava. Por outro, houve críticas à renúncia de receitas para isentar os trabalhadores com salário de até R$ 5 mil do Imposto de Renda (IR), uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ministro, a expectativa é a de que o impacto seja de R$ 35 bilhões. ✅Clique aqui para seguir o novo canal do g1 no WhatsApp Durante a semana, a corretora BGC Liquidez havia feito uma sondagem com investidores institucionais para saber como reagiriam a um pacote justamente na casa dos R$ 70 bilhões. Foram consultados gestores de fundos, economistas, analistas e estrategistas. Metade havia respondido que um corte desse montante seria recebido de forma positiva. Outros 40% diziam que o impacto seria neutro. Os questionamentos, porém, foram feitos antes da notícia de que o governo federal pretendia aplicar, neste momento, uma isenção de Imposto de Renda a quem menos que R$ 5 mil. A medida precisa do aval do Congresso Nacional. “A isenção do IR não deve enfrentar problemas para ser aprovada, dado o alto teor popular. Por outro lado, as medidas de compensação podem — e devem — enfrentar resistências, o que tornaria a iniciativa deficitária no final”, diz Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez. “Muito ruim como sinalização misturar os dois vetores em uma comunicação só. Era para o momento ser focado e direcionado para uma agenda de disciplina fiscal e de contenção de gastos”, prossegue. LEIA TAMBÉM: Corte de R$ 70 bilhões: entenda ponto a ponto as medidas anunciadas por Haddad Dólar fecha a R$ 5,91 e bate recorde com anúncio sobre isenção de IR Com nova fórmula, salário mínimo subirá menos; entenda Fernando Haddad faz pronunciamento à nação sobre o corte de gastos Reprodução Maior taxação dos ricos para compensar isenção do IR Atualmente, a tabela do IR determina uma faixa de isenção de R$ 2.259,20. Além desse valor, há um desconto de R$ 564,80 estabelecido pelo governo para assegurar a isenção a quem ganha dois salários mínimos. Na prática, portanto, estão isentos aqueles que recebem até R$ 2.824. De acordo com Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, a isenção do IR custaria ao menos R$ 45,8 bilhões. O especialista pondera, no entanto, que o cálculo é otimista, pois parte do princípio de que a tabela do IR seria modificada, garantindo que o benefício tenha como foco os contribuintes de renda mais baixa. “Entendemos que as ações são positivas, em geral, colaborando para o ajuste das contas. Entretanto, são insuficientes para produzir um resultado primário adequado à meta estabelecida em lei”, diz Salto. Para compensar as perdas com a mudança no IR, o governo propôs aumentar a taxação dos contribuintes que ganham acima de R$ 50 mil por mês. Por isso, a nova medida não trará impacto fiscal, afirmou Haddad. Para a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, a falta de detalhamento ainda coloca em dúvida a efetividade dessa compensação. "Esse parece ser o ponto de maior preocupação, por poder representar uma importante perda de receita para o governo", diz. Medidas podem ser insuficientes, segundo analistas A meta fiscal para 2024 e 2025 é de déficit zero — ou seja, de igualar receitas e despesas para não aprofundar a dívida federal. A preocupação dos analistas é que as medidas anunciadas para os próximos dois anos sejam atropeladas por uma renúncia fiscal que vai adiante no tempo. “Esse montante [de R$ 70 bilhões], incerto, seria insuficiente para as necessidades do ajuste fiscal e o alcance das condições de sustentabilidade da dívida/PIB.” Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, também acha pouco o anúncio dos R$ 70 bilhões pensando na trajetória da dívida pública para o ano de 2027 em diante. “Digamos que esse valor para dois anos represente R$ 35 bilhões por ano. Só para 2025, projetamos um rombo de R$ 55 bilhões. Então, teria que contingenciar pelo menos R$ 20 bilhões para cumprir a meta”, explica Agostini. “Mas o principal ponto é conseguir reduzir a relação dívida/PIB. E, para isso, precisa fazer superávit primário muito maior do que o que tem sido feito. Portanto, provavelmente o governo terá que adotar novas medidas.” Já André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI e professor licenciado da UnB, acredita que o pacote de contenção ataca “injustiças sociais históricas”, como os supersalários de setores do funcionalismo público e a tributação dos salários mais altos. “Ainda é cedo para avaliarmos o alcance dos impactos destas mudanças, mas houve um viés progressivo na repartição do ônus do ajuste, ampliando a fatia paga pelos mais ricos e impondo limites ao avanço das emendas parlamentares”, diz. “O mercado vai olhar feio porque não vieram os cortes profundos desejados, mas o ministro Fernando Haddad tem como mandato servir a toda a sociedade brasileira, em particular os mais vulneráveis.” Antes mesmo do anúncio oficial, a notícia de que o governo iria propor uma elevação na isenção do Imposto de Renda causou turbulência nos mercados nesta quarta. O dólar subiu 1,80% e encerrou a R$ 5,91, no maior valor de fechamento da história. Já o Ibovespa recuou 1,73%, aos 127.669 pontos.

G1

Thu, 28 Nov 2024 08:02:04 -0000 -


O consumismo é a prática de consumir de forma exagerada, seja bens ou serviços, muitas vezes com coisas supérfluas para a vida de quem consome. 'Todo excesso esconde alguma falta', diz Ana Leoni sobre o consumismo Em tempos de redes sociais, influenciadores digitais e compras a apenas um clique, é difícil encontrar alguém que nunca tenha feito uma compra por impulso ou que tenha exagerado nos gastos. Há casos, porém, em que as compras por impulso são apenas um sinal de um problema maior e que precisa ser identificado e tratado: o consumismo. O consumismo é a prática de consumir de forma exagerada, seja bens ou serviços, muitas vezes com coisas supérfluas. Além disso, esse consumo costuma estar associado a sentimentos intensos, como o desejo de pertencimento, por um lado, e a culpa e frustração, por outro. Por se tratar de um comportamento vicioso, quem enfrenta o consumismo pode ser beneficiado por terapias que tratam as causas do problema. Porém, algumas atitudes na vida financeira também podem ajudar a evitar as compras por impulso e evitar que as contas virem uma bola de neve, segundo Ana Leoni, educadora financeira e CEO da Planejar. A especialista foi a convidada do terceiro episódio da nova temporada do podcast Educação Financeira, que fala sobre como organizar as contas ainda neste ano para começar o próximo com o pé direito. Veja a íntegra da entrevista ou os principais cortes da conversa mais abaixo: Ana Leoni fala ao podcast Educação Financeira sobre compras por impulso no fim de ano LEIA MAIS 13° salário: veja que cuidados tomar para que o dinheiro extra no fim do ano não evapore Extrato bancário, classificação dos gastos, análise comportamental: como fazer um bom balanço de 2024 Como construir um orçamento familiar eficiente para 2025? Veja o passo a passo Nesta reportagem você vai ver: Como identificar o consumismo; Como uma mudança na forma de gastar dinheiro pode evitar compras por impulso; Quais atitudes podem ajudar a conter o impulso por consumir. Como identificar o consumismo Ana Leoni diz que excessos podem acontecer, mas não podem esconder outras frustrações Mais que o consumo exagerado, explica Ana Leoni, há outros dois fatores particulares que ajudam a identificar o consumismo: O ato de exagerar costuma estar relacionado a um estilo de vida que a pessoa quer ter (ou parecer que tem); A reação ao consumo costuma ser cercada de sentimentos negativos, como culpa e frustração. 1️⃣ Embora o consumismo não seja novidade, ele aparece com mais frequência hoje em dia porque a forma de consumir, de se comunicar e de desejar ficaram diferentes — e agora são mais fáceis, graças às redes sociais. Influenciadores digitais e até o conteúdo editado de pessoas comuns mostram apenas os recortes felizes de suas vidas. Em busca de um modelo parecido, o consumidor passa a buscar os mesmos produtos, bens e serviços que proporcionem esse estilo de vida, explica Ana Leoni. "Quando a gente olha uma foto muito editada, muito legal na rede social, em que a pessoa está ali naquele lugar paradisíaco, tomando um champanhe caríssimo, vestindo roupa da grife da vez... ao tentar replicar aquela imagem, consumindo aquela coisa, viajando para aquele lugar, a pessoa busca sentir o que aquela foto expressa, aquela liberdade, aquela satisfação, aquela delícia de estar naquele ambiente." Sobre essa necessidade de reafirmação, Ana fiz que "todo excesso esconde alguma falta" e o consumismo é "um sintoma de alguma coisa mais profunda que a pessoa tenha", como a vontade de ser aceito em um grupo social ou suprir faltas de algo que se teve na infância, por exemplo. Tudo piora com o acesso tão facilitado às compras, disponíveis em poucos passos pela internet. "As pessoas antes precisavam se deslocar para comprar qualquer coisa, hoje tudo está a um clique e com muitos gatilhos para te fazer comprar", diz a especialista. 2️⃣ Com tanto afobamento e motivação tão supérflua, é comum que outra forte característica do consumismo seja o sentimento negativo que se segue à compra. "Quando a pessoa consegue comprar tudo aquilo (que desejou para alcançar o ideal de felicidade), não necessariamente ela vai sentir para ela aquilo que ela projetou com aquela foto (nas redes sociais), e aí vem a frustração muito forte", diz Ana Leoni. "O dinheiro é feito para gastar, mas não tudo de uma vez e não em qualquer coisa, essa é uma distinção", comenta. "O problema é você colocar no ato de consumir a busca de uma sensação que você não está encontrando em outro lugar". Volte ao início. Mudando a forma de gastar dinheiro Mudar a forma de gastar dinheiro pode evitar compras por impulso no fim de ano Apesar de o sentimento negativo ser um sintoma comum, o consumismo pode também se tornar um vício, pelo prazer no ato de comprar. Para casos assim, é importante buscar ajuda especializada, para que a vida financeira não vire uma bola de neve. Em casos menos graves, alguns exercícios podem ajudar a corrigir rotas prejudiciais e a diminuir o impulso pelo consumo. Ana Leoni diz que é importante, por exemplo, inverter a forma de gastar dinheiro. Para a especialista, o modelo de gastos ideal segue a seguinte ordem de prioridades: Pagar as contas necessárias; Investir uma parte do dinheiro, mesmo que seja uma quantia pequena; Gastar apenas o que sobra depois disso. "Essa é uma organização financeira mais eficiente e que, independentemente do orçamento, aproxima mais [a pessoa] da independência financeira", explica. A chegada do 13° salário e outros "extras" podem ajudar a colocar esse modelo em prática. Em vez de usar o dinheiro para comprar presentes ou esbanjar com roupas novas, vale já separar uma fatia para arcar com os gastos de começo de ano — como IPTU, IPVA, mensalidade escolar e férias —, investir um pedaço e, só então, pensar em outros desejos menos prioritários. Volte ao início. Dicas para evitar compras por impulso Veja dicas de como tomar cuidado com o impulso para consumir no fim do ano Ana Leoni também traz outras dicas que podem ajudar a evitar compras por impulso no fim do ano, quando o dinheiro que cai a mais vira tentação. As orientações também podem ser levadas adiante no decorrer de 2025. Evitar compras por ocasião O primeiro passo para evitar compras por impulso é saber o que vai comprar e se manter fiel ao que foi definido. Isso vale para todo tipo de compra, dos supermercados às lojas de roupas. Sabendo o que realmente precisa ser comprado — mesmo que a compra não seja de necessidades básicas —, a pessoa consegue buscar o produto de forma mais certeira. Atenção aos gatilhos de marketing Campanhas publicitárias de fim de ano podem ser mais agressivas para estimular o consumo nessa época. Os gatilhos de marketing sempre vão fazer com que as promoções pareçam um ganho, não um gasto. A estratégia, então, é sempre se perguntar se também compraria aquele mesmo produto se o preço dele fosse maior. Se a resposta for não, cabe avaliar se a compra é realmente necessária. Vale tomar cuidado também com os gatilhos para comprar mais, como a oferta de frete grátis apenas para compras acima de determinado valor. Se para ter um frete de R$ 20 grátis, por exemplo, for necessário gastar mais R$ 50, a compra pode não compensar. Não à "Síndrome do Papai Noel" O desejo de presentear pessoas próximas também pode acabar mal. Ana chama a situação de "síndrome do Papai Noel". O desejo de agradar as pessoas queridas pode gerar muitas compras por impulso e até resultarem em um gasto acima do que é possível arcar. A educadora financeira, entretanto, destaca que há outras formas de agradar que não seja fundamental comprar um presente para cada um. Sugerir um "amigo secreto", por exemplo, pode funcionar muito bem, pois estipula um preço para o presente, sem gerar constrangimentos quando uma pessoa ganha algo mais caro do que outra. É importante 'deixar a síndrome do Papai Noel de lado', diz Ana Leoni Volte ao início. 🎧 OUÇA O PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA

G1

Thu, 28 Nov 2024 07:01:17 -0000 -


A Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que varia de acordo com os resultados financeiros da empresa, é paga aos trabalhadores com carteira assinada. PLR é um pagamento adicional aos funcionários baseado nos lucros da empresa Marcello Casal Jr./Agência Brasil O fim de ano é um período muito aguardado por profissionais contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). É que essa época costuma ser marcada pelo pagamento do 13º salário. 💰 Mas você sabia que, além do 13º salário (ou "gratificação natalina"), algumas empresas oferecem aos funcionários uma outra compensação financeira relacionada à produtividade? Esse benefício extra é conhecido como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), podendo ser equivalente ou até maior que o salário mensal. O valor é destinado aos trabalhadores com carteira assinada, de acordo com os resultados da empresa. Abaixo, descubra quem são os profissionais que costumam receber esse benefício, como é feito o cálculo e quais são as formas de pagamento. Conheça os direitos trabalhistas e benefícios de final de ano O que é? A PLR é um bônus que as empresas podem oferecer aos seus trabalhadores. Ela não é incorporada ao salário e não pode substituí-lo ou complementá-lo. Por isso, não há encargos trabalhistas, como FGTS e férias, sobre esse valor. Como funciona o pagamento? O pagamento da PLR pode ser feito de duas maneiras: 👥 Igual para todos os trabalhadores, de mesmo valor. 👔 Proporcional ao salário e cargo, em que o valor varia pela remuneração e posição do trabalhador. Os pagamentos podem ser realizados em uma única vez ou em até duas parcelas, com um intervalo de até três meses entre elas, sempre dentro do mesmo ano. A empresa é obrigada a oferecer? Não, a PLR é um bônus opcional. As empresas podem escolher oferecer esse benefício, como forma de motivar, atrair e reter talentos. Como é calculado o valor? Não existe um cálculo fixo para determinar o valor da PLR. Cada empresa pode definir seu próprio método, de acordo com o que for estabelecido na convenção coletiva de trabalho. E os trabalhadores temporários ou em período de experiência? Todos os trabalhadores, independentemente do tipo de contrato, têm direito à PLR. E quem foi demitido antes do pagamento? Se um trabalhador for demitido sem justa causa ou pedir demissão, ele terá direito a receber a PLR proporcional aos meses trabalhados. Quando foi criada? A PLR foi criada na década de 1990, quando os trabalhadores do setor bancário discutiam formas de remunerar os resultados do trabalho dos profissionais. Em 1995, a PLR foi oficialmente estabelecida como um direito dos trabalhadores, através de acordos feitos pelos sindicatos e aprovados nas convenções coletivas. Embora esteja prevista na Constituição e na CLT, a PLR foi regulamentada pela Lei 10.101/2000, em 2001. Veja também 13º salário, PLR recesso: conheça os direitos e benefícios de final de ano

G1

Thu, 28 Nov 2024 06:30:41 -0000 -


Medida foi vista como desnecessária já que a discussão do projeto será feita apenas em 2025. Expectativa sobre anúncio levou dólar a R$ 5,91, maior valor nominal da história. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos A decisão do governo de anunciar na quarta-feira (27) o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) incomodou a cúpula da Câmara dos Deputados, que entendeu a medida como desnecessária. Isso porque a discussão do projeto sobre o IR será feita apenas em 2025. Além do pacote de cortes, o governo também propôs isentar do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos). A expectativa sobre o aumento da faixa de isenção do imposto de renda levaram o dólar a fechar em R$ 5,91, maior valor nominal da história. Leia também: Corte de R$ 70 bilhões: entenda ponto a ponto as medidas anunciadas por Haddad Veja principais frases de Haddad no pronunciamento sobre corte de gastos Com nova fórmula, salário mínimo subirá menos; trabalhador e aposentado deixarão de receber R$ 6 por mês em 2025 Para este ano, está prevista apenas a análise de propostas de contenção de gastos, com as quais o governo pretende economizar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu empenho das bancadas em um esforço concentrado a partir da próxima semana para votar o pacote de corte de gastos do governo. A ideia é fazer sessões de segunda a sexta-feira até o início do recesso legislativo, em 22 de dezembro. Nesta quinta-feira (28), o governo federal vai detalhar o pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz pronunciamento sobre medidas econômicas. Reprodução

G1

Thu, 28 Nov 2024 04:33:14 -0000 -


Propostas de valor vão até 2 de dezembro. Leilão acontece no dia 3 de dezembro. iPhone que está disponível para venda no Leilão da Receita Federal, com lances a partir de R$ 900 Divulgação/Receita Federal A Receita Federal abre nesta quinta-feira (28) a fase de propostas de valor do leilão da Alfândega de Viracopos, o último deste ano de mercadorias apreendidas ou abandonadas. São 168 lotes no total, que incluem smartphones, componentes eletrônicos, acessórios para celular, veículos, peças de automóveis, videogames, relógios, vestuário, entre outros itens. O leilão será realizado de forma eletrônica, com processo aberto para a participação de pessoas físicas e jurídicas. As propostas de valor podem ser enviadas a partir das 8h até as 21h do dia 2 de dezembro. A sessão para lances está prevista para 3 de dezembro, às 10h (horários de Brasília). Os lances devem ser feitos para os lotes fechados — ou seja, um conjunto de determinados itens. Os lotes mais baratos custam R$ 100 e contêm de itens para telescópio a artigos de pescaria. Já o mais caro custa R$ 276,7 mil, com relógios inteligentes e de luxo, incluindo um Rolex. Outros destaques do leilão são: No lote 88, há dois iPhones e um notebook usado, da Dell, a partir de R$ 900; Do lote 32 ao 35, há guitarras Gibson, com preços unitários a partir de R$ 1,5 mil; Do lote 63 ao 81, há iPhones e acessórios a partir de R$ 1,5 mil; Do lote 125 ao 127, há pedras preciosas, incluindo diamantes e esmeraldas, com valores iniciais que vão de R$ 16,4 mil a R$ 197 mil; No lote 49, há um conjunto de rodas e acessórios para bicicletas a partir de R$ 2,7 mil. Segundo a Receita, os lotes numerados de 1 a 124 estão disponíveis para visitação no Aeroporto de Viracopos, no Armazém de Mercadorias Apreendidas, até 29 de novembro. Os lotes poderão ser examinados online e presencialmente, mediante agendamento, em dias de expediente normal. Os demais lotes estarão abertos para visitação em armazéns indicados no edital. Após o arremate, os licitantes têm 30 dias para a retirada dos produtos. O Fisco destacou que as mercadorias do tipo “celular/acessório” não poderão ser comercializadas, ainda que adquiridas por pessoas jurídicas. Informou também que pessoas físicas só poderão apresentar proposta para um único lote nos tipos “celular/acessório" e "notebook". Como funcionam os leilões Quem pode participar do leilão? Pessoas físicas podem participar do leilão sob os seguintes critérios: ser maior de 18 anos ou pessoa emancipada; ser inscrito no Cadastro de Pessoas Física (CPF); ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do Governo Federal. Já para pessoas jurídicas, os critérios são os seguintes: ter cadastro regular no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ); ou, no caso do responsável da empresa ou de seu procurador, ter selo de confiabilidade Prata ou Ouro no sistema de identidade digital do governo federal. Como participar do leilão? Para participar do leilão apresentando um lance, o interessado precisa seguir os seguintes passos: entre 28 de novembro e 2 de dezembro, observando os horários estabelecidos pela Receita, acessar o Sistema de Leilão Eletrônico por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC); selecionar o edital do leilão em questão, de número 0800100/000006/2024 - SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA 8ª REGIÃO FISCAL; escolher o lote em que se quer fazer o lance e clicar em "incluir proposta"; aceitar os termos e condições apresentados pelo site da Receita; e incluir o valor proposto (que, necessariamente, deve ser maior do que o valor mínimo estabelecido pela Receita), e salvar.

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Thu, 28 Nov 2024 03:00:48 -0000 -

Está prevista, por exemplo, uma limitação para o crescimento do salário mínimo. Ações, que ainda dependem de aprovação do Congresso, buscam conter o déficit fiscal, reforçar o compromisso com a responsabilidade nas contas públicas O governo federal vai detalhar nesta quinta-feira (28) o pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que visa cortar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. Entre as propostas estão mudanças no salário mínimo, no abono salarial, no Imposto de Renda e no funcionalismo público (veja mais abaixo). As ações, que ainda dependem de aprovação do Congresso, buscam conter o déficit fiscal, reforçar o compromisso com a responsabilidade nas contas públicas e melhorar a percepção do mercado sobre a economia brasileira. No pronunciamento em cadeia nacional realizado na noite desta quarta-feira (27), Haddad destacou que as medidas são essenciais para proteger a economia diante de desafios internos e externos. "Estamos adotando as medidas necessárias para garantir estabilidade e eficiência, assegurando que os avanços conquistados sejam protegidos e ampliados", afirmou. Ele ressaltou que o pacote equilibra ajustes fiscais com ações de apelo social, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, prevista para 2026. A proposta de isenção do IR, no entanto, gerou apreensão no mercado, que teme impactos no equilíbrio fiscal. O dólar bateu recorde frente ao real nesta quarta. O custo da medida começará em R$ 29,8 bilhões em 2025, subindo gradualmente até R$ 73 bilhões em 2030. Para compensar a perda, o governo planeja taxar rendimentos acima de R$ 50 mil mensais. Ainda assim, a reação inicial foi negativa: o dólar atingiu seu maior valor nominal desde a criação do real, refletindo a desconfiança sobre a sustentabilidade do pacote. No Congresso, o presidente da Câmara, Arthur Lira, convocou um esforço concentrado para votar o pacote antes do recesso legislativo, que começa em 22 de dezembro. As propostas, que incluem mudanças no teto das emendas parlamentares e na Previdência dos militares, serão apresentadas por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e projetos de lei complementar (PLP). Haddad anuncia medidas de corte de gastos e isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil Segundo líderes partidários, há disposição para avançar, mas o debate sobre a isenção do IR ficará para 2025. Além de conter o rombo fiscal, o governo busca evitar o risco de paralisia da máquina pública. Sem cortes, o espaço para políticas públicas essenciais, como educação e saúde, pode desaparecer, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). O pacote também inclui medidas para combater fraudes em benefícios sociais e corrigir privilégios no funcionalismo, garantindo que todos os agentes públicos respeitem o teto constitucional. O resultado das negociações será decisivo para a economia brasileira e para o cumprimento das metas fiscais do governo. Veja abaixo os principais pontos: Salário mínimo O valor continuará subindo acima da inflação, segundo o ministro Haddad, mas dentro das regras do arcabouço fiscal, ou seja, com um limite de até 2,5% ao ano (acima dos índices inflacionários). Atualmente, não há esse limite, o mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior e pelo PIB de dois anos antes. Com isso, haverá limitação do ritmo de crescimento sempre que o PIB subir acima de 2,5% dois anos antes. Imposto de Renda Aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas dos atuais R$ 2.824 para R$ 5 mil. Ou seja, quem ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda, se a medida for aprovada. Vai valer a partir de 2026. Essa medida não vai cortar gastos. Mas foi incluída no pacote a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que queria compensar os cortes orçamentários com uma iniciativa que pudesse ter um caráter mais popular. O governo deverá compensar a perda de arrecadação com o IR com uma outra medida, que é aumento de imposto para quem ganha acima de R$ 50 mil. Foi o aumento da isenção do IR, principalmente, que gerou no mercado um temor de que os cortes do governo não estão tão compromissados assim com a responsabilidade fiscal. Leia mais: Haddad anuncia medidas para limitar alta do salário mínimo, combater supersalários e aumentar isenção do IR Pacote deverá chegar a R$ 70 bilhões em 2 anos; veja detalhes Corte de R$ 70 bilhões: entenda ponto a ponto as medidas anunciadas Com nova fórmula, salário mínimo de trabalhadores subirá menos Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos Taxação dos ricos A proposta do governo, segundo Haddad, é sobretaxar quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês que, segundo ele, “pagará um pouco mais’. Ele não deu detalhes de como isso será feito. Abono salarial Redução do limite de renda de quem tem direito ao benefício de R$ 2.824 (dois salários mínimos) para R$ 2.640. Esse valor será corrigido anualmente pela inflação, até chegar a 1,5 salário mínimo, quando passará a ficar estável neste valor. Aposentadoria de militares O ministro citou que será alterada a idade mínima, atualmente em 50 anos, sem dar mais detalhes. Também será instituída uma idade mínima para a reserva, e haverá limitação de transferência de pensões. Supersalários de servidores Haddad informou que quer garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional, atualmente em R$ 44.008,52 mensais. Atualmente, alguns benefícios ficam fora desse teto, permitindo que os servidores ganhem mais do que isso. Emendas parlamentares Ministro da Fazenda informou que o valor global das emendas parlamentares não poderá crescer mais do que 2,5% acima da inflação (limite do arcabouço fiscal), e que 50% das emendas das comissões passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública. Novos benefícios fiscais Novos benefícios fiscais, como reduções de impostos ou isenções, serão proibidos sempre que as contas públicas apresentarem resultado negativo (déficit primário).

G1

Thu, 28 Nov 2024 03:00:19 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.801 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 60 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (28), em São Paulo. No concurso da última terça (26), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Thu, 28 Nov 2024 03:00:17 -0000 -

Plano inclui ações como a limitação do crescimento anual do salário mínimo, o combate aos supersalários no funcionalismo público e mudanças no abono salarial. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez na noite desta quarta-feira (27) um pronunciamento de sete minutos em rede nacional de rádio e TV para anunciar um pacote de medidas que visa economizar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. O plano inclui ações como a limitação do crescimento anual do salário mínimo, o combate aos supersalários no funcionalismo público e mudanças no abono salarial. As medidas têm o objetivo de conter o desequilíbrio fiscal e reforçar o compromisso do governo com a responsabilidade nas contas públicas. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos As medidas ainda têm que passar pelo Congresso. Veja as principais frases de Haddad: 1. Guerras no exterior e necessidade de proteger a economia brasileira "Mas sabemos que persistem grandes desafios. Diante do cenário externo, com conflitos armados e guerras comerciais, precisamos cuidar ainda mais da nossa casa. É por isso que estamos adotando as medidas necessárias para proteger a nossa economia. Com isso, garantiremos estabilidade e eficiência e asseguraremos que os avanços conquistados sejam protegidos e ampliados." 2. Novas regras para emendas parlamentares "Juntos com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, aprimoramos as regras do orçamento. O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS." 3. Combate à inflação "Combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central de nosso olhar humanista sobre a economia. O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas." 4. 'Justiça tributária' sem prejuízo fiscal "É o Brasil justo, com menos imposto e mais dinheiro no bolso para investir no seu pequeno negócio, impulsionar o comércio no seu bairro e ajudar a sua cidade a crescer. A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados." 5. Decisões exigem 'coragem' "Queridos brasileiros e brasileiras, as decisões que tomamos, a partir de hoje, exigem coragem, mas sabemos que são as escolhas certas porque garantirão um Brasil mais forte, mais justo e equilibrado amanhã. Tenham fé de que seguiremos construindo um país onde todos possam prosperar pela força de seu empenho e trabalho. Saibam que o governo do presidente Lula é parceiro de cada família brasileira nessa caminhada." 6. Ajustes nos supersalários do funcionalismo "As medidas também combatem privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade. Vamos corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional." 7.Maior isenção do IR "Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda."

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:53:17 -0000 -


Objetivo do governo é conter gastos obrigatórios para tentar manter operante o arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas. Se a mudança for aprovada, governo deixará de gastar R$ 2 bilhões em 2025. Trabalhadores e aposentados receberão menos se governo mudar o cálculo do salário mínimo. Joel Santana para Pixabay A equipe econômica propôs nesta quarta-feira (27) uma nova fórmula para a correção do salário mínimo que, na prática, limita o crescimento dos valores nos próximos anos. Para ter validade, o novo método de atualização anual do mínimo ainda terá de ser aprovado pelo Congresso Nacional. Se receber o aval para 2025, por exemplo, o salário mínimo avançará — considerando a expectativa de inflação para este ano, divulgada pelo governo —, dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.514,74. Veja a comparação: 💰Como é: conforme modelo em vigor, que permanece valendo até o Congresso aprovar a mudança, o salário mínimo do ano que vem será equivalente a R$ 1.520,65, ou seja, R$ 1.521, em valores arredondados. 💰Como pode passar a ser: caso a mudança seja aprovada, em valores arredondados, o salário mínimo deve ser R$ 1.515. Em abril, Haddad confirmou meta de déficit zero e disse que salário mínimo seria R$ 1.502 em 2025 Novo cenário Levando em conta as mudanças, o trabalhador, assim como os aposentados e as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), de natureza assistencial, deixarão de receber R$ 6 no salário do mês e também no décimo terceiro (quem tem direito), em 2025. O valor final do salário mínimo em 2025 ainda não foi fechado, pois dependerá do resultado da inflação calculada em 12 meses até novembro deste ano. Entretanto, somente pela limitação do reajuste acima da inflação, a perda será, necessariamente, de R$ 6 para os trabalhadores e aposentados. Entenda a mudança Pelo formato adotado atualmente, o reajuste do salário corresponde à soma de dois índices: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; cujo valor está estimado em 4,66% pelo governo. o índice de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023 — que cresceu 2,9%. A alta, nesse caso, seria de 7,71% a partir de janeiro de 2025, correspondente ao mínimo de R$ 1.521. Com as mudanças propostas pelo governo, se aprovadas, o salário mínimo passaria a ter um aumento real, acima da inflação, limitado a 2,5% ao ano. Com isso, seria dada a inflação do ano anterior, em 12 meses até novembro, acrescido do PIB de dois anos antes — mas com um teto de 2,5% (mesmo que o PIB de dois anos antes tenha crescido mais do que isso). Esses 2,5% são, justamente, o limite máximo para os gastos do governo dentro do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas aprovada em 2023. Desse modo, em 2025, se a nova regra já estivesse aprovada: haveria um a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro – como prevê a Constituição; cujo valor está estimado em 4,66% pelo governo. mais a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. No caso de 2025, vale o PIB de 2023. Mesmo o PIB tendo avançado 2,9% em 2023, com a nova trava de 2,5%, proposta pela equipe econômica, seria aplicado esse valor. O aumento, com a aprovação da nova fórmula, seria de 7,29%, para R$ 1.515 em 2025. Discussões sobre cortes de gastos no governo entram na terceira semana Despesa menor em 2025 Com a nova proposta para o salário mínimo, o governo deixará de pagar em aposentadorias e benefícios sociais cerca de R$ 2 bilhões em 2025. Isso porque, de acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões. Os benefícios previdenciários, entre outros, não podem ser menores que o valor do mínimo. Referência para 59,3 milhões de pessoas De acordo com nota técnica divulgada em dezembro do ano passado, e atualizada em janeiro de 2024 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil. Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo (ou múltiplos do mínimo), há também as aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao mesmo valor. O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de compra do trabalhador. Cortes de gastos Com as propostas de cortes de gastos, incluindo a limitação do valor a ser pago no salário mínimo nos próximos anos, o governo busca conter gastos obrigatórios para tentar manter operante o arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas. A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação. Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles: aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo) despesas em saúde e educação emendas parlamentares (indexadas à arrecadação) A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como "gastos discricionários", terminará nos próximos anos. 🔎Entre esses gastos livres, há políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho, assim como o farmácia popular. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso'. Por essa lógica, não adianta elevar a arrecadação, como vem fazendo a equipe econômica, para equilibrar as contas. É preciso, necessariamente, cortar gastos obrigatórios. A previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população acabará nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, deixaria de existir uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. Isso aumentaria ainda mais os juros futuros, que servem de base para os empréstimos às famílias, para o consumo, e ao setor privado — e também pressionaria para cima a taxa de câmbio (dólar). Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]".

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:40:46 -0000 -


Ministro da Fazenda anunciou os primeiros detalhes do pacote de contenção de gastos que deverá prever uma economia de R$ 70 bilhões nas contas públicas em 2025 e 2026. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um "pronunciamento à Nação" na noite desta quarta-feira (27) em cadeia nacional de rádio e televisão. Haddad anunciou os primeiros detalhes do pacote de contenção de gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá prever uma economia de R$ 70 bilhões nas contas públicas em 2025 e 2026. As medidas serão esmiuçadas amanhã, em entrevista coletiva. As duas medidas vista pelo governo como mais impopulares para os eleitores de Lula têm relação com o reajuste do salário mínimo e o abono salarial. Por outro lado, alguns tópicos têm apelo popular, no entendimento do governo, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. O g1 antecipou o teor do discurso e destrinchou as primeiras medidas. Confira aqui. LEIA MAIS Haddad anuncia medidas para limitar alta do salário mínimo, combater supersalários e aumentar isenção do IR Pacote deverá chegar a R$ 70 bilhões em 2 anos; veja detalhes Corte de R$ 70 bilhões: entenda ponto a ponto as medidas anunciadas Com nova fórmula, salário mínimo de trabalhadores subirá menos Veja a íntegra do pronunciamento abaixo. Queridos brasileiros, queridas brasileiras, boa noite! Nos últimos meses, trabalhamos intensamente para elaborar um conjunto de propostas que reafirmam nosso compromisso com um Brasil mais justo e eficiente. Este não é um esforço isolado do governo do presidente Lula, mas uma construção conjunta, que busca garantir avanços econômicos e sociais duradouros. Hoje, temos sinais claros de que estamos no caminho certo. O Brasil não apenas recuperou o tempo e o espaço perdidos, mas voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo, entre as dez maiores economias. Agora, crescemos de forma consistente, com um PIB superior a 3% ao ano. O desemprego, que castigava nossa gente no período anterior, colocando milhões de famílias abaixo da linha de pobreza, hoje está entre os mais baixos da nossa história. Mais famílias estão voltando a ter renda e trabalho dignos. Garantimos reajustes reais para o salário mínimo e aumentamos a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários. Programas como o Minha Casa, Minha Vida e Farmácia Popular ganharam um novo impulso. E novos programas como o Pé-de-Meia, o Desenrola e o Acredita chegaram para combater a evasão escolar, ajudar as pessoas a recuperarem o crédito e apoiar quem quer empreender. O combate a privilégios e sonegação nos permitiu melhorar as contas públicas. Se no passado recente, a falta de justiça tributária manteve privilégios para os mais ricos, sem avanços na redistribuição de renda, agora arrecadamos de forma mais justa e eficiente. Cumprimos a lei e corrigimos distorções. Foi assim com a tributação de fundos em paraísos fiscais e fundos exclusivos dos super-ricos. Mas sabemos que persistem grandes desafios. Diante do cenário externo, com conflitos armados e guerras comerciais, precisamos cuidar ainda mais da nossa casa. É por isso que estamos adotando as medidas necessárias para proteger a nossa economia. Com isso, garantiremos estabilidade e eficiência e asseguraremos que os avanços conquistados sejam protegidos e ampliados. Já devolvemos ao trabalhador e à trabalhadora o ganho real no salário mínimo. Esse direito, esquecido pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula. E com as novas regras propostas, o salário mínimo continuará subindo acima da inflação, de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal. Para garantir que as políticas públicas cheguem a quem realmente necessita, vamos aperfeiçoar os mecanismos de controle, que foram desmontados no período anterior. Fraudes e distorções atrasam o atendimento a quem mais precisa. Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias. Para atender às famílias que mais precisam, o abono salarial será assegurado a quem ganha até R$ 2.640. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio. As medidas também combatem privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade. Vamos corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional. Juntos com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, aprimoramos as regras do orçamento. O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS. Essas medidas que mencionei vão gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país. Para garantir os resultados que esperamos, em caso de déficit primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários. Combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central de nosso olhar humanista sobre a economia. O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas. Reafirmamos, portanto, nosso compromisso com as famílias brasileiras: proteger o emprego, aumentar o poder de compra e assegurar o crescimento sustentável da economia. Exatamente por isso, anunciamos, hoje, também a maior reforma da renda de nossa história. Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda. É o Brasil justo, com menos imposto e mais dinheiro no bolso para investir no seu pequeno negócio, impulsionar o comércio no seu bairro e ajudar a sua cidade a crescer. A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados. Você sabe: essa medida, combinada à histórica Reforma Tributária, fará com que grande parte do povo brasileiro não pague nem Imposto de Renda e nem imposto sobre produtos da cesta básica, inclusive a carne. Corrigindo grande parte da inaceitável injustiça tributária, que aprofundava a desigualdade social em nosso país. Queridos brasileiros e brasileiras, as decisões que tomamos, a partir de hoje, exigem coragem, mas sabemos que são as escolhas certas porque garantirão um Brasil mais forte, mais justo e equilibrado amanhã. Tenham fé de que seguiremos construindo um país onde todos possam prosperar pela força de seu empenho e trabalho. Saibam que o governo do presidente Lula é parceiro de cada família brasileira nessa caminhada. Com um governo eficiente, estamos construindo um Brasil mais forte e mais justo. Muito obrigado e boa noite.

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:30:15 -0000 -


Medidas fazem parte do pacote de corte de gastos anunciado pelo ministro Fernando Haddad, em pronunciamento oficial na cadeia de rádio e TV. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (27) um pacote que prevê o corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. As medidas foram divulgadas em pronunciamento oficial na cadeia de rádio e televisão. "Combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central de nosso olhar humanista sobre a economia. O Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente. Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas", garantiu o ministro. O governo discutiu por semanas uma proposta que visa assegurar a viabilidade nos próximos anos do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento das despesas. Parte do pacote exigirá a aprovação do Congresso Nacional. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e um aumento nos impostos dos chamados super-ricos (veja todas as mudanças mais abaixo). "A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados", garantiu o ministro. Uma coletiva de imprensa com o detalhamento das ações do governo será realizada nesta quinta-feira (28). Ministro Fernando Haddad diz que governo concluiu lista de medidas de corte de gastos No pronunciamento, Haddad também lembrou o contexto global e o impacto dele na economia brasileira. "Sabemos que persistem grandes desafios. Diante do cenário externo, com conflitos armados e guerras comerciais, precisamos cuidar ainda mais da nossa casa", disse. "É por isso que estamos adotando as medidas necessárias para proteger a nossa economia. Com isso, garantiremos estabilidade e eficiência e asseguraremos que os avanços conquistados sejam protegidos e ampliados". Haddad também citou o peso das emendas parlamentares na economia. "Juntos com o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, aprimoramos as regras do orçamento. O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais". "Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS". Economistas fazem análises sobre os avanços e desafios da economia brasileira no cenário atual Reprodução/TV Globo Veja todas as medidas anunciadas: Salário mínimo e abono As medidas incluem a limitação da política de valorização do salário mínimo do governo. Sem dar mais detalhes, o ministro disse que o mínimo vai continuar crescendo acima da inflação, mas "de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal". O pacote de corte de gastos também vai limitar a faixa de quem ter direito ao abono salarial, que é uma espécie de 14º salário. Hoje, recebe o abono o trabalhador que ganha até dois salários mínimos por mês, ou seja, até R$ 2.824. A proposta é reduzir essa faixa para até R$ 2.640. "Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio", disse Haddad. O ministro também falou em "corrigir excessos" do funcionalismo público, limitando os salários ao teto constitucional. Isenção no Imposto de Renda Além do pacote de corte, o governo também propõe isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos). Para compensar a isenção, o governo pretende aumentar o imposto para os chamados "super-ricos". A proposta é taxar quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês. "Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados." As medidas dependem de aprovação pelo Congresso Nacional e, por isso, foram apresentadas aos presidentes Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado) em reunião nesta quarta-feira (27), com Haddad e Lula. O objetivo do governo, com a proposta de cortes de gastos, é tentar manter de pé o chamado arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas aprovada no ano passado. Sem uma regra crível para as contas públicas, explicam economistas, haverá um aumento maior ainda da dívida pública, com impacto nos juros bancários para consumo e investimentos, e tensão nos mercados — com pressão sobre o dólar. O governo também tem a meta de equilibrar as contas públicas em 2025. Ou seja, igualar receitas e despesas. Nos primeiros dois anos de governo, as medidas anunciadas pela equipe econômica visavam ajustar as contas pelo lado das receitas, aumentando a arrecadação. Apenas recentemente o governo passou a considerar ajustes nas despesas, com o corte de gastos. Presidente Lula se reúne com ministros pra tratar de medidas de corte de gastos públicos Aposentadoria e benefícios No caso dos benefícios sociais, o ministro afirmou que o governo vai “aperfeiçoar os mecanismos de controle, que foram desmontados no período anterior”. O governo planeja combater fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família, por exemplo. Haddad anunciou ainda mudanças na aposentadoria de militares, que ficaram de fora da última reforma da Previdência. “Para as aposentadorias militares, nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes. São mudanças justas e necessárias”, declarou. As novas regras trazem ainda uma limitação da concessão de benefícios fiscais (isenção ou redução de impostos para determinados setores). “Para garantir os resultados que esperamos, em caso de déficit primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”, disse. Ou seja, caso as contas públicas fechem no vermelho, o governo não vai poder criar novos benefícios ou ampliar os existentes. Risco de paralisia da máquina pública O governo busca conter gastos obrigatórios, por meio de propostas de mudanças de leis, que ainda tem de ser avaliados pelo Congresso Nacional, para tentar manter operante o arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas. A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação. Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles: 💵 aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo) 🏥 despesas em saúde e educação 💰 emendas parlamentares (indexadas à arrecadação) A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como "gastos discricionários", terminará nos próximos anos. 🔎Entre esses gastos livres há políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho, assim como o farmácia popular. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que, no ritmo atual, gastos livres dos ministérios tendem a sumir: 'Vamos ter de fazer um debate sobre isso' Por essa lógica, não adianta elevar a arrecadação, como vem fazendo a equipe econômica, para equilibrar as contas. É obrigatório, necessariamente, cortar gastos obrigatórios. A previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população acabará nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. Isso aumentaria ainda mais os juros futuros, que servem de base para os empréstimos às famílias, para o consumo, e ao setor privado — e também pressionaria para cima a taxa de câmbio (dólar). Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Segundo a instituição, a "percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos [dólar, juros futuros e bolsa de valores] e as expectativas [de inflação]".

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:30:07 -0000 -

Dentre elas estão uma regra nova para limitar o crescimento anual do salário mínimo e intenção de coibir supersalários do funcionalismo. Sem ter relação com corte de gasto, faixa de isenção do IR vai aumentar para R$ 5 mil. Veja a íntegra do pronunciamento de Haddad sobre o corte de gastos O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à cadeia nacional de rádio e TV na noite desta quinta-feira (27) para anunciar uma série de medidas que o governo vai propor para economizar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. Dentre as medidas estão uma regra nova para limitar o crescimento anual do salário mínimo, uma intenção de combater os supersalários no funcionalismo público e uma maior restrição ao abono salarial — uma espécie de 14º salário para trabalhadores pobres. O governo já vinha discutindo a medida há meses, e agora apresentou o plano para a sociedade. O objetivo é tentar conter o rombo das contas públicas e demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal. Uma entrevista coletiva foi marcada pela equipe econômica para a manhã desta quinta-feira (28) para dar detalhes da medida. O mercado não recebeu bem o anúncio, e o dólar atingiu seu maior valor nominal (descontada a inflação) do período do real como moeda. Veja abaixo os principais pontos do que Haddad. Importante lembrar que as medidas ainda precisam passar pelo Congresso para começarem a valer: Salário mínimo O valor continuará subindo acima da inflação, segundo o ministro Haddad, mas dentro das regras do arcabouço fiscal, ou seja, com um limite de até 2,5% ao ano (acima dos índices inflacionários). Atualmente, não há esse limite, o mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior e pelo PIB de dois anos antes. Com isso, haverá limitação do ritmo de crescimento sempre que o PIB subir acima de 2,5% dois anos antes. Imposto de Renda Aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas dos atuais R$ 2.824 para R$ 5 mil. Ou seja, quem ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda, se a medida for aprovada. Vai valer a partir de 2026. Essa medida não vai cortar gastos. Mas foi incluída no pacote a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que queria compensar os cortes orçamentários com uma iniciativa que pudesse ter um caráter mais popular. O governo deverá compensar a perda de arrecadação com o IR com uma outra medida, que é aumento de imposto para quem ganha acima de R$ 50 mil. Foi o aumento da isenção do IR, principalmente, que gerou no mercado um temor de que os cortes do governo não estão tão compromissados assim com a responsabilidade fiscal. Taxação dos ricos A proposta do governo, segundo Haddad, é sobretaxar quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês que, segundo ele, “pagará um pouco mais’. Ele não deu detalhes de como isso será feito. Abono salarial Redução do limite de renda de quem tem direito ao benefício de R$ 2.824 (dois salários mínimos) para R$ 2.640. Esse valor será corrigido anualmente pela inflação, até chegar a 1,5 salário mínimo, quando passará a ficar estável neste valor. Aposentadoria de militares O ministro citou que será alterada a idade mínima, atualmente em 50 anos, sem dar mais detalhes. Também será instituída uma idade mínima para a reserva, e haverá limitação de transferência de pensões. Supersalários de servidores Haddad informou que quer garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional, atualmente em R$ 44.008,52 mensais. Atualmente, alguns benefícios ficam fora desse teto, permitindo que os servidores ganhem mais do que isso. Emendas parlamentares Ministro da Fazenda informou que o valor global das emendas parlamentares não poderá crescer mais do que 2,5% acima da inflação (limite do arcabouço fiscal), e que 50% das emendas das comissões passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública. Novos benefícios fiscais Novos benefícios fiscais, como reduções de impostos ou isenções, serão proibidas sempre que as contas públicas apresentarem resultado negativo (déficit primário).

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:30:01 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 02 - 06 - 11 - 17 - 36 - 46. E os trevos: 3 - 4. +Milionária Rafael Leal /g1 O sorteio do concurso 202 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (27), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 26 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: Dezenas: 02 - 06 - 11 - 17 - 36 - 46 Trevos: 3 - 4 O próximo sorteio da +Milionária será no sábado (30). +Milionária, concurso 202 Reprodução/Caixa +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa A Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo

G1

Wed, 27 Nov 2024 23:07:25 -0000 -


Para apresentar propostas formalmente são necessárias 171 assinaturas. Texto acaba com a aplicação mínima da União em saúde, educação e propõe trava para supersalários. Os deputados Pedro Paulo (PSD-RJ), Kim Kataguiri (União-SP) e Julio Lopes (PP-RJ) começaram nesta quarta-feira a recolher assinaturas para protocolar uma PEC “alternativa” ao corte de gastos do governo. Para ser apresentada formalmente, são necessárias pelo menos 171 assinaturas dos 513 deputados. Os deputados autores da proposta, Júlio Lopes (PP-RJ), Kim Kataguiri (União-SP) e Pedro Paulo (PSD-RJ). Mário Agra/Câmara dos Deputados A proposta prevê uma trava para os ganhos acima do teto do funcionalismo público, o que não existe atualmente, e propõe desvincular benefícios previdenciários do salário mínimo (leia mais abaixo). “Esta PEC da soberania e do equilíbrio fiscal será em algum momento do Brasil implementada. [...] Quanto mais tempo levarmos para implementar isso, mais grave serão as medidas necessárias para sanear o país”, afirmou Lopes. Segundo os parlamentares, o texto foi construído após a apresentação de uma projeção feita por servidores da Câmara sobre o crescimento das despesas no Orçamento da União ao longo dos próximos anos. “A gente precisa estabilizar a dívida pública, que cresceu desde dezembro de 2022 até agora, mais 7% por cento do PIB. Nós precisamos fazer com que a política monetária dialogue com a política fiscal”, disse Pedro Paulo. Deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) fala sobre 'PEC alternativa' ao corte de gastos do governo Supersalários Hoje, servidores públicos não podem ter vencimentos acima do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que é de R$ 44.008,52. Na prática, no entanto, esse teto é extrapolado, porque não são computadas as parcelas de caráter indenizatório. A PEC limita o somatório de todas as parcelas de caráter indenizatório a 30% do subsídio mensal de magistrados do STF e proíbe o pagamento retroativo dessas parcelas. Proposta quer restringir pagamentos indenizatórios, que permitem superar o teto salarial do funcionalismo público. TV Globo/Reprodução Emendas parlamentares O texto propõe uma correção do valor total previsto para emendas parlamentares correspondente ao percentual máximo das despesas primárias discricionárias (não obrigatórias) do Poder Executivo. Esse percentual, pelo projeto, seria definido em lei complementar, que deve ser aprovada pelo Congresso. Nesta terça-feira, no entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que já prevê regras para a correção do valor anual das emendas parlamentares. Em acordo costurado com o Supremo, a regra prevê que o limite das emendas individuais e de bancadas estaduais deve seguir as regras do Novo Arcabouço Fiscal a partir de 2026. As emendas de comissão serão corrigidas pela inflação. Conheça os tipos e valores das emendas parlamentares, motivo de embate entre STF e Congresso Piso da saúde, educação e Fundeb A PEC revoga o dispositivo que obriga a União a aplicar, no mínimo, 15% da receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro em ações e serviços públicos de saúde. Conforme o texto, o mínimo que a União deverá aplicar em saúde deverá ser definido em lei complementar. O texto retira ainda a obrigatoriedade da União de aplicar pelo menos 18% do arrecadado com impostos em educação e define que o patamar mínimo seja definido por projeto de lei complementar. A complementação mínima da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), atualmente em 23% do fundo, também deixa de existir e passa a ser definida por lei complementar. Saúde e Educação podem perder R$ 500 bilhões em nove anos com eventual mudança sobre o piso, mostra Tesouro Nacional Proposta prevê correção do salário mínimo apenas pela inflação entre 2026 e 2031. FreePik Salário mínimo O texto discutido pelos parlamentares prevê a criação de uma câmara setorial permanente para formular uma política de valorização do salário mínimo a fim de alcançar um "desenvolvimento socioeconômico de longo prazo". Também estabelece que o mínimo será corrigido somente pela inflação entre 2026 e 2031. Após esse período, o presidente da República poderá enviar um projeto para revisar os mecanismos de correção, seguindo as regras do arcabouço fiscal. A proposta diverge do que é atualmente discutido pela equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Planalto avalia vincular a correção do salário mínimo à inflação mais a variação fiscal do arcabouço – entre 0,6% e 2,5%. Um dos autores, o deputado Kim Kataguiri afirma que, se levada à frente, a proposta do governo pode tornar inviável, até 2028, o pagamento da aposentadoria via Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), atualmente vinculados ao salário mínimo. Governo perdeu 'timing' do corte de gastos, diz Valdo Cruz Previdência e BPC O texto desvincula do salário mínimo benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência (RGPS), BPC e abono salarial. Atualmente, a Constituição garante que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. No caso do BPC, a Carta Magna determina o pagamento de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de se manter ou ser mantido por sua família.

G1

Wed, 27 Nov 2024 22:46:29 -0000 -

Cálculos foram feitos pelo Unafisco Nacional. De olho do impacto das medidas nas contas públicas, o mercado financeiro reagiu de forma negativa nesta quarta, com o dólar atingindo a maior cotação desde o início do Plano Real. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) estimou nesta quarta-feira (27) que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) dos atuais R$ 2.824 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil custaria de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões por ano. A ideia é adotar o benefício de 2026 em diante. A proposta foi confirmada, também, pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Entretanto, ainda não foram revelados detalhes de como ela será implementada. Além disso, a ampliação do limite deixará 30 milhões de contribuintes isentos (veja detalhes mais abaixo nessa reportagem). De acordo com levantamento do Unafisco Nacional, a renúncia fiscal de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões por ano acontecerá somente se a faixa de isenção foi elevada para até R$ 5 mil. No caso de todas as faixas do IRPF serem corrigidas, a perda de arrecadação é maior ainda: supera a marca dos R$ 200 bilhões. A expectativa é que a área econômica detalhe as propostas, no máximo, até esta quinta-feira (28). Deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) fala sobre 'PEC alternativa' ao corte de gastos do governo Tensão no mercado financeiro De olho do impacto das medidas nas contas públicas, o mercado financeiro reagiu de forma negativa nesta quarta. O dólar disparou e fechou cotado a R$ 5,91, a maior cotação já registrada desde a implementação do Plano Real, em 1994. A preocupação do mercado continua sendo o aumento de despesas, que tende a impulsionar ainda mais a dívida pública - já considerada elevada para o padrão dos países emergentes. Essa tensão, por sua vez, também pressiona os juros futuros, com impacto nas taxas cobradas pelos bancos do setor produtivo. A explicação é que a confirmação do aumento da faixa da isenção do IR pegou o mercado no contrapé, em um momento no qual analistas aguardavam a conclusão do pacote de cortes de gastos. Entre as despesas a serem contidas, estão os gastos previdenciários, com uma limitação do aumento do salário mínimo, além de despesas com o abono salarial, entre outros. 30 milhões de isentos De acordo com os números do Unafisco Nacional, a ampliação do limite de isenção do IR para até R$ 5 mil deixará isentos da cobrança do imposto 30 milhões de contribuintes. Atualmente, cerca de 43 milhões de pessoas físicas declaram o Imposto de Renda. Entretanto, destas, 14,6 milhões já são isentos. Com a mudança, outros 16 milhões de contribuintes também não pagarão Imposto de Renda. Restarão cerca de 13 milhões de pessoas sendo tributados pelo IRPF, aqueles que ganham mais de R$ 5 mil por mês. Em 2024, 42,4 milhões de pessoas entregaram a declaração do IR. Imposto de Renda O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído, ou pagar mais IR, por meio de sua declaração anual de ajuste. Durante a campanha ao Planalto, em 2022, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu isentar do Imposto de Renda aos que ganham até R$ 5 mil por mês. Neste ano, o governo baixou uma medida provisória (já aprovada pelo Congresso) estabelecendo que quem ganha até R$ 2.824 por mês, o equivalente a dois salários mínimos, não paga mais Imposto de Renda. Para possibilitar isso, o governo deu um desconto automático de R$ 528. Até 2022, o limite de isenção estava em R$ 1.903,98, valor que subiu para R$ 2.640 em maio do ano passado.

G1

Wed, 27 Nov 2024 22:13:00 -0000 -

Depois do desgaste provocado pelo vazamento da proposta de isenção do Imposto de Renda (IR), fontes do governo confirmaram ao blog que o pacote de contenção de gastos deverá trazer uma economia de R$ 70 bilhões nas contas públicas ao longo de dois anos. O anúncio oficial será feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um pronunciamento em rede nacional na noite desta quarta-feira (27). O pacote é uma tentativa de equilibrar a necessidade de ajustes fiscais com medidas de apelo popular, como a ampliação da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

G1

Wed, 27 Nov 2024 21:52:33 -0000 -

Duas medidas mais impopulares têm relação com o reajuste do salário mínimo e o abono salarial. Por outro lado, alguns tópicos têm apelo popular, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda. O pacote de contenção de gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva deverá prever uma economia de R$ 70 bilhões nas contas públicas em 2025 e 2026. A proposta será anunciada na noite desta quarta-feira (27) em um pronunciamento em rede nacional do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na gravação, Haddad não deve entrar num detalhamento profundo das medidas, que serão esmiuçadas amanhã, em entrevista coletiva. O ministro, no entanto, deve apresentar uma ideia geral do pacote e antecipar alguns pontos fundamentais. As duas medidas vista pelo governo como mais impopulares para os eleitores de Lula têm relação com o reajuste do salário mínimo e o abono salarial (veja mais abaixo). Por outro lado, alguns tópicos têm apelo popular, no entendimento do governo, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Leia também: Dólar fecha a R$ 5,91 e bate recorde com possível anúncio sobre isenção de IR Governo perdeu 'timing' do corte de gastos, diz Valdo Cruz Salário mínimo O reajuste do salário mínimo estará limitado a 2,5% ao ano, além da inflação. Na regra de hoje de reajuste, o aumento é calculado considerando o INPC de 12 meses (dezembro do ano anterior a novembro do ano vigente) somado ao aumento do PIB do ano retrasado. Isso quer dizer que, se o PIB neste e nos próximos anos crescer mais de 2,5%, o reajuste com as novas regras será menor do que o previsto atualmente. Outra medida impopular será uma restrição maior ao benefício do abono salarial, uma espécie de 14° salário pago a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês - R$ 2.824. A proposta que o governo vai enviar ao Congresso autoriza o abono para quem recebe até R$ 2.640. Além disso, o pacote prevê que, num prazo de alguns anos, o abono seja pago para quem receber até um salário mínimo e meio por mês. Faixa de isenção do IR Temendo a reação da própria base e do seu eleitorado mais pobre, Lula determinou a Haddad a inclusão de medidas para compensar os pontos impopulares. O governo, portanto, vai encaminhar ao Congresso uma proposta para dar isenção no Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida foi uma das principais promessas de campanha, mas a equipe econômica sempre encontrou dificuldades para viabilizá-la. O impacto nas contas públicas deve ficar entre R$ 35 bilhões a R$ 50 bilhões. Para compensar a perda de arrecadação, o governo irá propor o aumento de imposto para quem recebe mais de R$ 50 mil por mês. O ministro vai reforçar ainda a necessidade de combater fraudes na concessão de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Segundo auxiliares de Lula, o governo fará um chamado para que os beneficiários atualizem os seus cadastros, caso não tenham feito nos últimos 24 meses. Aposentadoria de militares Haddad também irá mencionar as medidas que alteram as regras da aposentadoria dos militares. O governo vai estabelecer uma idade mínima, que deve ser de 55 anos, com uma regra de transição, que prevê o escalonamento das aposentadorias. Outra medida é acabar com as pensões por morte ficta, quando a família de um militar expulso das corporações recebe uma pensão. Supersalários O ministro vai abordar no pronunciamento o fim dos supersalários do funcionalismo público. Esse ponto estará no conjunto de propostas que o governo enviará ao Congresso. O pacote vai envolver ao menos uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e outros projetos de lei.

G1

Wed, 27 Nov 2024 21:36:07 -0000 -

Corte de Contas deu seis meses para que a pasta elabore um cronograma de atividades para realizar estudo que justifique a revisão dos subsídios 'com vistas a promover a justiça energética'. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (27) que o Ministério de Minas e Energia estude a revisão dos subsídios do setor elétrico, que oneram a conta de luz dos consumidores. A Corte de Contas deu seis meses para que a pasta elabore um cronograma de atividades para realizar estudo que justifique a revisão dos subsídios “com vistas a promover a justiça energética”. A pasta também tem seis meses para estabelecer objetivos para alcançar a ambição de transição energética no país. A determinação consta em processo que analisou as políticas de transição energética do país. "Existe uma incoerência de subsídios cruzados no setor elétrico que beneficiam grupos específicos, em detrimento da maioria dos consumidores, em especial os mais vulneráveis, que sofram com o aumento das tarifas de energia”, afirmou o ministro Walton Alencar em seu voto. O ministro cita os incentivos à “geração distribuída” --nome dado pelo setor à geração de energia pelos consumidores, que “injetam” eletricidade na rede da distribuidora local, como os painéis solares no teto das casas, por exemplo. A geração distribuída conta com desconto nas tarifas de uso dos fios de energia. Esses benefícios são custeados por um encargo na conta de luz de todos os consumidores. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os subsídios somam R$ 37,1 bilhões em novembro. Isso equivale a 13,8% da tarifa de energia do consumidor residencial. Desse total, R$ 10,9 bilhões são subsídios às chamadas “fontes incentivas”, principalmente usinas de energia solar e eólica. Em segundo lugar, a geração distribuída responde por R$ 9,5 bilhões dos incentivos. Alencar também afirma que o governo deve "definir claramente o alvo da ambição de justiça energética do país", reduzindo o peso dos custos de energia para a população mais pobre. Inflação sobe 0,56% em outubro, com conta de luz e carnes mais caras Entenda os incentivos na conta de luz A conta de luz dos consumidores é formada por vários itens (taxa de transmissão e distribuição, custo e o quanto ele realmente consumiu, por exemplo). Na conta, entram também os subsídios dentro da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que atualmente são estes: Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) Essa conta paga o custo dos combustíveis fósseis para geração de energia por usinas termelétricas em áreas que não estão conectadas ao sistema interligado nacional. Fontes incentivadas Nesse caso, o consumidor ajuda a bancar descontos nas tarifas de "uso do fio” para transmissão e distribuição de energia. Esses descontos são dados para algumas usinas de fontes como solar, eólica e biomassa. Geração Distribuída Esse subsídio cobre as perdas e despesas das distribuidoras causadas por benefícios tarifários concedidos aos consumidores que geram sua própria energia –como as placas solares no teto das casas. Tarifa Social A tarifa financia o desconto na conta de luz dado para pessoas que estão inscritas no Cadastro Único para benefícios sociais do governo federal, como o Bolsa Família. Universalização Subsídio que banca investimentos na universalização do acesso à energia elétrica, levando os serviços a locais que não seriam economicamente atrativos para as distribuidoras. É responsável, por exemplo, pelo programa Luz para Todos e o kit de instalação da energia. Irrigação e Agricultura Encargo que financia desconto na parcela de consumo usada para irrigação na agricultura. Carvão Mineral Esse subsídio banca reembolso às usinas que usam carvão mineral nacional. É um subsídio considerado ultrapassado por especialistas, já que ajuda a bancar uma fonte poluente. Distribuidora de Pequeno Porte Valor pago na conta de luz e usado para compensar o fato de que clientes de distribuidoras de pequeno porte são poucos. Por isso, quando os custos são repartidos entre eles os custos, os valores embutidos na tarifa ainda ficam muito altos. Rural Subsídio que banca desconto na tarifa da conta de luz de produtores rurais ou trabalhadores rurais aposentados; Água-Esgoto-Saneamento Subsídio que financia desconto para prestadoras dos serviços de água, esgoto e saneamento.

G1

Wed, 27 Nov 2024 20:54:12 -0000 -


Atualmente, está isento do Imposto de Renda quem ganha até R$ 2.824 por mês. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (27) isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Mudança deve valer a partir de 2026 e pode beneficiar 36 milhões de contribuintes. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil por mês. A medida deve beneficiar 36 milhões de contribuintes, segundo o sindicato d auditores fiscais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quarta-feira (27) a isenção, a partir de 2026, de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A medida, que precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, deve isentar 36 milhões de contribuintes do IR, segundo a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco). (leia mais abaixo) Atualmente, a tabela do IR determina uma faixa de isenção de R$ 2.259,20. Além desse valor, há um desconto de R$ 564,80 estabelecido pelo governo para assegurar a isenção a quem ganha dois salários mínimos. Na prática, portanto, estão isentos aqueles que recebem até R$ 2.824. Veja a tabela abaixo: Tabela progressiva do Imposto de Renda 2024 Como fazer o cálculo do imposto? O imposto não é cobrado sobre todo o salário. O que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta. Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário. Pelas contas da Receita, os "primeiros" R$ 2.259,20 são isentos. O que passar desse valor e não superar os R$ 2.826,66 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. Já o que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente. A pedido do g1, o tributarista Morvan Meirelles Costa Junior, sócio fundador do Meirelles Costa Advogados, elaborou um exemplo com base em quem tem uma renda de R$ 5 mil. Pela tabela atual, esse contribuinte terá uma base de cálculo de R$ 4.435,20 — ao considerar a dedução simplificada de R$ 564,80 determinada pelo governo. Com isso: os primeiros R$ 2.824 são isentos; os R$ 567,44 seguintes estão sujeitos à alíquota de 7,5%; os próximos R$ 924,39 sujeitos à alíquota de 15%; e os últimos R$ 119,37 sujeitos à alíquota de 22,5%. "Nesse caso, a alíquota efetiva de tributo é de aproximadamente 6,7%, considerando todas as faixas acima", explica Costa Junior. Isenção até R$ 5 mil A isenção do IR para contribuintes que recebem até R$ 5 mil por mês é uma promessa de campanha do presidente Lula (PT). A mudança foi anunciada pelo ministro Fernando Haddad em pronunciamento na TV na noite desta quarta. Em rede nacional, Haddad também revelou o pacote de corte de gastos do governo federal, cujo anúncio era esperado por agentes do mercado financeiro desde o fim das eleições municipais. A ampliação da faixa de isenção do IR deve custar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões por ano. Para compensar as perdas, o governo propôs aumentar a taxação dos contribuintes que ganham mais de R$ 50 mil por mês. "A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo", afirmou Haddad. Ainda não há detalhes sobre o formato da isenção. Mas, caso as regras atuais sejam mantidas, contribuintes que ganham acima de R$ 5 mil também serão impactados positivamente (ou seja, irão pagar menos), destaca Morvan Junior, do Meirelles Costa Advogados. Cálculos da Unafisco estimam que a mudança isentaria 36 milhões de contribuintes — ou 78% das 46 milhões de pessoas que declaram o IR todos os anos. 30 milhões ficariam isentos com correção inflacionária Ainda de acordo com a Unafisco, mais de 30 milhões de pessoas que recebem até R$ 5.084,04 por mês ficariam isentas do Imposto de Renda em 2025 caso a tabela fosse corrigida integralmente pela inflação. O número representa 16 milhões de isentos a mais do que os 14,5 milhões listados atualmente. Os cálculos da associação mostram que a defasagem acumulada chega a 125,04% na faixa de isenção (a taxa é a diferença entre o limite atual de R$ 2,2 mil e o de R$ 5 mil caso houvesse correção). Ainda segundo a Unafisco, a defasagem nas demais faixas de renda chega a 167,02%. Os percentuais consideram os ajustes realizados e a inflação acumulada desde 1996. Os impactos dessa diferença A defasagem da tabela leva pessoas com poder de compra cada vez menor para a base de contribuição – ou seja, há cada vez mais pessoas obrigadas a pagar imposto, já que os salários tendem a subir para corrigir a inflação (ou parte dela), enquanto a tabela do IR segue igual. Como consequência da falta de correção da tabela, contribuintes também pagam uma alíquota cada vez maior em relação aos anos anteriores, já que reajustes salariais (ainda que, em muitos caso, abaixo da inflação) podem fazer com que a pessoa entre em outra faixa de renda da tabela do IR. Imposto de Renda 2024: caí na malha fina, o que fazer agora?

G1

Wed, 27 Nov 2024 20:04:31 -0000 -


Luiz Marinho (Trabalho), contudo, não negou chance de mudanças no abono salarial, outra medida para corte de gastos em análise. Ele mencionou possível imposto para super-ricos. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Geraldo Magela/Agência Senado O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (27) que o pacote de cortes de gastos do governo federal, a ser detalhado ainda nesta semana, não trará mudança nas regras do seguro-desemprego. Por outro lado, ele confirmou, sem dar detalhes, que haverá mudanças na tabela do Imposto de Renda, com isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Marinho também disse que haverá alterações nos chamados supersalários de servidores públicos. Ele confirmou ainda que há medidas na direção de elevar a tributação dos "super-ricos". "Vem tudo aí, pacote completo", afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. No caso do seguro-desemprego, ele declarou que "não há mudança de regra". "Vai ser muito diferente do que estava sendo desenhado até então", acrescentou. Ele, entretanto, não negou que podem ser anunciadas alterações nas regras do abono salarial. Pacote de cortes Ministro Fernando Haddad diz que governo concluiu lista de medidas de corte de gastos O governo tenta fechar, há semanas, um pacote de cortes de gastos para garantir o respeito ao arcabouço fiscal – as regras para as contas públicas que foram aprovadas no ano passado. A expectativa é que o anúncio do pacote fosse feito em outubro, depois das eleições municipais. Nas semanas seguintes, o ministro da Fazenda chegou a dizer que faltavam apenas ajustes de texto, mas o comunicado foi sendo adiado. Entre as ideias em discussão, estão a limitação do aumento do salário mínimo, mudança nas regras de aposentadoria de militares, e alterações no abono salarial. Seguro-desemprego Instituído em 1990, o seguro-desemprego tem por objetivo prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado sem justa causa, e auxiliá-lo na manutenção e na busca de emprego. Veja os valores atuais do benefício: Quem recebe salário de até R$ 2.041,39, tem o valor multiplicado por 0,8 para o cálculo do seguro-desemprego Quem recebe mais do que R$ 2.041,39 de salário, tem o valor é multiplicado por 0,5 e soma-se R$ 1.633,10 Quem recebe mais do que R$ 3.402,65 de salário, o valor do seguro-desemprego é de R$ 2.313,74 Para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deverá comprovar ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física. Pelas regras atuais: Ao solicitar o benefício pela primeira vez: o trabalhador deverá ter recebido pelo menos 12 salários nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa. Ao solicitar o benefício pela segunda vez: o trabalhador deverá ter recebido pelo menos 9 salários nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa. Ao solicitar o benefício pela terceira vez ou mais: o trabalhador deverá ter recebido ao menos 6 salários nos meses imediatamente anteriores à data da dispensa. Abono salarial Previsto na Constituição, o abono salarial consiste, pelas regras atuais, no pagamento de até um salário mínimo (R$ 1.412, hoje) por ano a trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.428, pelo valor atual). Para receber, é preciso que o trabalhador: tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior; estejam cadastrados no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos. O benefício é classificado como um gasto obrigatório – ou seja, que só pode ser alterado ou extinto mediante Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Projetos desse tipo têm uma tramitação mais extensa e precisam de mais votos de deputados e senadores para serem aprovados. O governo federal estimou, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, que 25,8 milhões de trabalhadores terão direito a receber o abono salarial no próximo ano. Supersalários de servidores Miriam Leitão: Governo vai cortar supersalários A equipe econômica também quer regulamentar a lei que coíbe "supersalários" de servidores públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, ou seja, impedir o pagamento de valores que que extrapolam o teto do funcionalismo. O valor máximo hoje é de R$ 44.008,52 mensais. Em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que regulamenta o fim dos chamados "supersalários". O texto retornou ao Senado, onde aguarda definição. A proposta em discussão no Congresso define quais pagamentos poderão extrapolar o teto do funcionalismo. Entre eles, os auxílios para moradia, alimentação e transporte. Ministro diz que não vai pedir demissão Questionado se vai pedir demissão, uma vez que ele próprio alegou, no mês passado, que poderia deixar o governo caso não fosse consultado pela equipe econômica sobre projetos relacionados ao ministério que chefia, Marinho afirmou que permanece no cargo. "Eu disse que, se eu não fosse envolvido, colocaria meu cargo à disposição. Mas fui envolvido, participei de todo debate. Será anunciado hoje. Amanhã terá o detalhamento. É completamente diferente do que foi discutido", acrescentou o ministro.

G1

Wed, 27 Nov 2024 18:10:35 -0000 -


Anúncios vão ser feitos em pronunciamento de Haddad nesta quarta (27) sobre o pacote de ajuste das contas públicas. Plano deve incluir mudança que pode levar a reajustes menores do salário mínimo; proposta para acabar com salário superiores ao teto; e alterações nas aposentadorias dos militares. Governo vai anunciar isenção de IR até R$ 5 mil a partir de 2026 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vai anunciar nesta quarta-feira (27) a isenção, a partir de 2026, de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Atualmente, estão isentos os contribuintes que ganham até R$ 2.259,20 por mês. Para compensar o aumento das despesas com a ampliação da isenção – estimado em R$ 50 bilhões por ano – o governo vai propor imposto de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. Ainda não está claro sobre o que a taxação vai incidir, se lucros e dividendos, como informou inicialmente uma fonte do Planalto, ou se sobre outros tipos de rendimentos. Segundo fontes do Planalto, a taxação compensaria integralmente o aumento de despesa com a isenção do IR ampliada. As duas medidas precisam de aprovação do Congresso e vão ser divulgadas por Haddad junto com outras do pacote de ajuste das contas públicas para viabilizar o cumprimento do arcabouço fiscal – conjunto de regras de equilíbrio orçamentário estabelecidas pelo governo. Segundo o blog apurou, o pacote vai incluir, ainda: A inclusão da política de aumento do salário mínimo nas limitações do arcabouço fiscal; na prática, o mínimo poderá ser reajustado em patamares inferiores aos atuais; Uma proposta, enviada ao Congresso, para acabar com salários acima do teto constitucional, os chamados supersalários; Um chamado para que beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), atualizem seus dados, caso não o tenham feito nos últimos dois anos; E mudanças nas regras de aposentadorias e pensões dos militares, como o fim da morte ficta – que permite o pagamento de pensão a parentes de quem foi expulso das Forças Armadas; e a fixação de idade mínima de aposentadoria, acompanhada de uma regra de transição. A estimativa é que o pacote gere uma economia de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões por ano. Isenção combinada com corte de gastos expõe pressão de Lula A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil foi uma das principais promessas de campanha de Lula em 2022. O presidente se comprometeu a concretizar a medida até o final deste mandato, que termina em dezembro de 2026. A decisão de anunciar a isenção de R$ 5 mil no IR junto com o pacote de corte de gastos evidencia uma pressão de Lula para tentar reduzir o desgaste com a população diante de medidas impopulares. Por outro lado, essa estratégia pode gerar um efeito contrário ao esperado no pacote, do ponto de vista de ancorar as expectativas dos agentes financeiros em relação ao controle dos gastos públicos. Dólar dispara e fecha a R$ 5,91 Após o após o Ministério da Fazenda informar que Haddad faria o anúncio, o dólar disparou e fechou a R$ 5,91. A alta da moeda norte-americana ocorre justamente porque o governo vai anunciar uma medida de redução da receita (o aumento da isenção do IR) juntamente com o pacote de corte de gastos.

G1

Wed, 27 Nov 2024 18:02:01 -0000 -


Esse é o pior resultado para outubro desde o início da série histórica. Nos dez primeiros meses do ano, país criou 2,12 milhões de vagas com carteira assinada, aumento de 18,7% em relação a 2023. Carteira de trabalho Geraldo Bubniak/AEN A economia brasileira gerou 132,71 mil empregos formais em outubro deste ano, informou nesta quarta-feira (27) o Ministério do Trabalho e Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em outubro: 2,22 milhões de contratações; 2,09 milhões de demissões. O resultado representa queda de 29% em relação a outubro do ano passado, quando foram criados cerca de 187,1 mil empregos com carteira assinada. Esse também é o pior resultado para meses de outubro desde o início da série histórica do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2020. Veja os resultados para os meses de outubro: 2020: 366 mil vagas abertas 2021: 252,8 mil empregos criados 2022: 160,4 mil vagas abertas A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 2,12 milhões de empregos formais foram criados no país nos dez primeiros meses deste ano. O número representa alta de 18,7% na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram criadas 1,78 milhão de vagas com carteira assinada. Esse foi o melhor resultado para os dez primeiros meses de um ano desde 2022 — quando foram criadas 2,34 milhões de vagas formais de emprego. Ao fim de outubro de 2024, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 47,63 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com setembro deste ano (47,5 milhões) e com outubro de 2023 (45,85 milhões). Estado de SP lidera geração de empregos formais em setembro, de acordo balanço do Caged Empregos por setor Os números do Caged de outubro de 2024 mostram que foram criados empregos formais em três dos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. A agricultura demitiu no mês passado. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas nas cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.153,18 em outubro deste ano, o que representa queda real (descontada a inflação) em relação a setembro de 2024 (R$ 2.172,13). Na comparação com outubro de 2023, houve crescimento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.126,65.. Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego em 6,4%. É a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

G1

Wed, 27 Nov 2024 17:30:14 -0000 -

Teor do discurso não foi antecipado; há semanas, governo tenta fechar pacote para cortar gastos. No fim da tarde, Lula, Haddad, Lira e Pacheco devem se reunir para debater texto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará um "pronunciamento à Nação" na noite desta quarta-feira (27) em cadeia nacional de rádio e televisão. O tema do discurso não foi detalhado pelo governo. Uma imagem foi divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, no entanto, com o lema: "Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo." Segundo o ofício do governo enviado à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o pronunciamento tem 7 minutos e 18 segundos de duração. A expectativa sobre o que será anunciado mexeu com o mercado financeiro. O dólar opera em forte alta e, por volta de 15h, era negociado a R$ 5,89. Corte de gastos a caminho O governo tenta fechar, há semanas, um pacote de cortes de gastos para garantir o respeito ao arcabouço fiscal – as regras para as contas públicas que foram aprovadas no ano passado. A expectativa é que o anúncio do pacote fosse feito em outubro, depois das eleições municipais. Nas semanas seguintes, o ministro da Fazenda chegou a dizer que faltavam apenas ajustes de texto, mas o comunicado foi sendo adiado. A meta fiscal para 2024 e 2025 é de déficit zero – ou seja, de igualar receitas e despesas para não aprofundar a dívida federal. "A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", declarou Haddad no começo deste mês. Lula e Haddad devem se reunir no fim da tarde com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Isso, porque o pacote em estudo será enviado ao Congresso e terá de ser aprovado por deputados e senadores. A previsão é de um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Entre as ideias em discussão, está limitar o aumento do salário mínimo, mudar as regras de aposentadoria de militares, alterar o seguro-desemprego e o abono salarial. Haddad diz que pacote trata da "dinâmica de gastos", mas não adianta medidas O que pode acontecer sem o corte de gastos? A explicação de analistas é que, sem o corte de gastos obrigatórios (por meio do envio de propostas ao Congresso Nacional), o chamado "arcabouço fiscal", a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado pelo governo Lula, está em risco. Isso porque o espaço gastos livres dos ministérios, que englobam políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e o farmácia popular por exemplo, está sendo comprimido (e pode acabar no futuro próximo) por despesas obrigatórias, como a Previdência Social. E a previsão do TCU é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública. Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. No arcabouço fiscal há um limite para os gastos públicos. Eles não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. A ideia é que, por meio de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta de alguns gastos acima do previsto no arcabouço pode acabar pressionando ainda mais o espaço para o funcionamento da máquina pública e investimentos. Governo perdeu 'timing' do corte de gastos, diz Valdo Cruz Risco fiscal Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros. Com o possível fim do arcabouço fiscal, explicam analistas, a pressão poderia ser maior ainda sobre os juros futuros, aqueles que servem de base para as operações dos bancos, o que resultaria em taxas mais elevadas para consumo e investimentos. E juros mais altos, por sua vez, também piorariam as contas públicas, pois o Tesouro Nacional precisaria pagar taxas maiores na emissão de títulos públicos, a chamada rolagem da dívida. O governo entraria no que os analistas chamam de um "ciclo vicioso", ou seja, paga juros maiores por conta da dívida alta, o que também elevaria ainda mais o endividamento - que já grande para o padrão de países emergentes (veja abaixo).

G1

Wed, 27 Nov 2024 16:50:17 -0000 -


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participam da sessão solene de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Wilton Junior/Estadão Conteúdo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vão se reunir nesta quarta-feira (27) com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para apresentar o pacote de corte de gastos públicos. Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também vão participar do encontro – marcado para as 17h, segundo Pacheco e Lira. De acordo com fontes ouvidas pelo blog, se Lira e Pacheco derem aval à proposta de contenção de gastos elaborada pela equipe econômica do governo Lula, o pacote será encaminhado já nesta quinta-feira (28) ao Congresso Nacional. Possíveis medidas Ministro Fernando Haddad diz que governo concluiu lista de medidas de corte de gastos Entre as medidas em estudo pelo time chefiado por Fernando Haddad, estão a possibilidade de limitar o aumento do salário mínimo, e mudanças das regras de aposentadoria dos militares. A equipe econômica também cogita alterar o formato de pagamentos do seguro-desemprego e do abono salarial, entre outras ações. O objetivo do governo, com a proposta de cortes de gastos, é tentar manter de pé o chamado arcabouço fiscal, a norma para as contas públicas aprovada no ano passado. Sem uma regra crível para as contas públicas, explicam economistas, haverá um aumento maior ainda da dívida pública, com impacto nos juros bancários para consumo e investimentos, e tensão nos mercados — com pressão sobre o dólar. Nesta quarta-feira, antes da reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin comentou sobre o pacote de contenção de gastos, ele disse que uma proposta pode ser apresentada nas próximas horas. "O mundo inteiro se endividou em razão da Covid, 100 trilhões. Há necessidade se se fazer um esforço grande na área fiscal, e o Brasil vai cumprir rigorosamente esse arcabouço fiscal", disse.

G1

Wed, 27 Nov 2024 13:45:09 -0000 -


Carrefour publicou carta em que recua e diz reconhecer qualidade da carne do Brasil. Antes, CEO da rede de mercados disse que não comercializaria mais o item produzido pelo Mercosul. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Mauro Vieira Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (27) que considera "página virada" e assunto superado o episódio envolvendo a rede de supermercados Carrefour e as exportações de carne do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Mauro Vieira deu a declaração ao conceder entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Lula: 'Franceses não apitam mais' e acordo deve sair neste ano No último dia 20, em carta enviada ao sindicato dos agricultores franceses, o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que não comercializaria mais carne do Mercosul. O anúncio foi feito num cenário de protestos na França contra o fechamento do acordo Mercosul-União Europeia. Produtores franceses entendem que o tratado, se implementado, pode prejudicar a produção local. Nesta terça-feira (26), porém, o Grupo Carrefour publicou uma retratação. Além disso, Alexandre Bompard enviou uma carta ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na qual disse saber que a agricultura brasileira fornece carne de "alta qualidade" e com respeito às normas, acrescentando que a rede reconhece o profissionalismo dos produtores brasileiros e o cuidado que eles têm com terra. "Ele se desculpou porque reconheceu a qualidade – sanitária e no paladar – dos produtos brasileiros. Então, acho que isso já é uma resposta e uma boa resposta para essa questão, que é entre empresas privadas, a matriz na França e a do Brasil", afirmou Mauro Vieira nesta quarta-feira. Questionado, então, se o assunto está "superado", o ministro disse que, do ponto de vista do governo, a página está virada e não houve "problema maior". Ele disse ainda acreditar que, do ponto de vista empresarial, o tema também ficou para trás. "Ele disse que a carne e o frango são produtos de boa qualidade que correspondem, são enquadrados dentro da legislação sanitária e das exigências da União Europeia e da França. Então, acho que viramos essa página", frisou Vieira. Conforme o chanceler, o Brasil exporta carne para mais de 140 países e atende às exigências mais rigorosas do setor, citando como exemplo o atendimento a normas da própria União Europeia, dos Estados Unidos, da China e do Japão. O ministro explicou ainda que, assim que foi feito o anúncio por parte do Carrefour, orientou a embaixada brasileira em Paris (França) a se pronunciar oficialmente para colocar o assunto "em sua verdadeira trilha". Acordo Mercosul-UE Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour Diplomatas ouvidos pela GloboNews avaliaram que o CEO do Carrefour tentou criar um "factoide" contra as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Avaliaram, ainda, que não haveria efeito prático, pois setores da França sempre se mostraram resistentes à assinatura. O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia é discutido desde 1999. Em 2019, as negociações foram concluídas e, desde então, se iniciou a fase de revisão dos termos. O fechamento do acordo, contudo, ainda não aconteceu. Para o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da representação brasileira no Parlamento do Mercosul, o episódio envolvendo o Carrefour prejudicou as negociações e pode reduzir a confiança entre os negociadores. Diante disso, Trad procurou parlametnares brasileiros que integram o Parlasul e propôs que no próximo encontro do Parlamento do Mercosul, dia 9 de dezembro, o tema seja debatido. Após boicote no Brasil, Carrefour recua e reconhece 'grande qualidade' da carne brasileira

G1

Wed, 27 Nov 2024 13:39:15 -0000 -


Carrefour anunciou que deixaria de comprar carne do Mercosul para proteger produção francesa, mas voltou atrás após ameaça de boicote. França é principal opositora do acordo. Geladeira de carnes do Carrefour em São Paulo na última segunda-feira (25) Nelson Almeida/AFP O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou pela primeira vez nesta quarta-feira (27) a polêmica envolvendo as relações comerciais entre Brasil e França, após falas do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard , sobre a carne sul-americana (entenda mais abaixo). Lula voltou a defender a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia – uma negociação que se arrasta há décadas. Ele disse que os franceses, principais opositores do acordo pelo lado europeu, "não apitam mais nada". "Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que, hoje, achincalhou os produtos brasileiros. Porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul nem tanto pela questão do dinheiro. Nós vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer", declarou Lula. "Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta", afirmou o presidente. 🔎Na última semana, um comunicado da rede francesa de supermercados Carrefour abriu uma disputa com o agronegócio brasileiro. A empresa afirmou que as lojas na França não comprariam mais carne do Mercosul para proteger produtores franceses – e, para isso, levantou dúvidas sobre a qualidade da carne sul-americana. 🔎O comunicado foi motivado por protestos, na última semana, de agricultores franceses contrários ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Como resposta ao comunicado do Carrefour, pecuaristas brasileiros anunciaram que deixariam de vender para a rede em todo o mundo. Ao fim, o Carrefour teve de se retratar e anunciar que não suspenderia mais as compras. Entenda o acordo que gera tensão entre a Europa e o agro brasileiro Carrefour recua e diz que vai manter compra de carne do Brasil Acordo entre UE e Mercosul em discussão na França A polêmica iniciada pelo Carrefour tem mobilizado políticos na França. A carne do Mercosul, em especial a do Brasil, foi criticada por deputados do país europeu nesta terça-feira (26) durante sessão da Assembleia Nacional da França para votação simbólica do acordo entre os blocos europeu e sul-americano. O acordo foi rejeitado pela maioria da Casa. França reafirma oposição ao acordo UE-Mercosul "A realidade é que nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos não são latas de lixo", disse o deputado Vincent Trébuchet (UDR). Apesar da mobilização na França, que conta com empenho do presidente Emmanuel Macron, o governo brasileiro acredita que será possível firmar os ajustes no acordo entre Mercosul e União Europeia em dezembro. A próxima reunião do bloco sul-americano ocorre no dia 6 no Uruguai. Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour Estados Unidos Lula defendeu a procura por novos mercados para os produtos brasileiros e informou que em março de 2025 pretende viajar com empresários ao Japão e ao Vietnã. O presidente também afirmou que pretende fortalecer a economia brasileira sem "brigar" com os Estados Unidos. A partir de janeiro, Donald Trump voltará a governar o país e promete uma política protecionista. "Eu quero fazer tudo isso sem brigar com os Estados Unidos. Eu não quero saber se o presidente é o Trump, Biden, Obama. Eu quero saber o seguinte: o Brasil tem interesses soberanos, eles têm interesses soberanos e os nossos interesses têm que convergir. Naquilo que houver diferença, a gente tranca a cara e não faz negócio", disse Lula. Taxa de juros Lula voltou criticar a taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 11,25% ao ano. O presidente considera alta a taxa definida pelo Banco Central. "Qual é a explicação da taxa de juros estar do jeito que está hoje? Estamos com a inflação controlada, a economia está crescendo, o menor nível de desemprego desde 2012, o maior aumento da massa salarial", afirmou. Lula não citou na crítica o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o futuro presidente do órgão, Gabriel Galípolo. Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo foi indicado por Lula para comandar a instituição a partir de 2025.

G1

Wed, 27 Nov 2024 13:33:48 -0000 -


Com um aumento das despesas acima das receitas, a necessidade líquida de financiamento do governo geral foi de R$ 844 bilhões, um aumento de 111,2% em relação a 2022. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Os gastos com o Bolsa Família cresceram 47,1% em 2023, revelou a pesquisa Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). nesta quarta-feira (27). O programa de transferência de renda está classificado dentro dos benefícios sociais do governo, que representaram uma alta de 3,6% nas despesas públicas e caracterizaram o maior peso na composição dos gastos públicos da Conta Intermediária de Governo no ano passado. Ainda dentro dos benefícios sociais, as despesas com outros benefícios de seguro social cresceram 8,6%. Os gastos com benefícios de assistência social — grupo do Bolsa Família — aumentaram, em média, 29,2%. Outras despesas típicas do governo são a remuneração dos funcionários públicos, pagamento de dívidas (juros) e subsídios, apenas para citar alguns exemplos. Em 2023, as despesas do governo geral (que reúnem os governos federal, estaduais e municipais) somaram cerca de R$ 4,96 trilhões — alta de 13,2% em um ano. As receitas foram de R$ 4,11 trilhões — avanço bem menos expressivo, de 3,4%. Com esse resultado, a necessidade líquida de financiamento do governo geral foi de R$ 844 bilhões, um aumento de 111,2% em relação a 2022. LEIA MAIS Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres Os gastos Todos os itens de despesas do governo geral tiveram uma alta em 2023, explicando o aumento da necessidade de financiamento naquele ano. Além do Bolsa Família, um destaque entre os gastos, segundo o IBGE, foram os do grupo de "outros gastos", puxado pelos gastos de capital, como os com o programa Minha Casa, Minha Vida, que tiveram um aumento de 39,7%. Outros destaques foram: Benefícios previdenciários e assistenciais: alta de 14,3% Remuneração de empregados: alta de 10,6% Despesas com uso de bens e serviços: 12,23% Juros: alta de 9,8% Subsídios: alta de 7,7% As receitas Pelo lado das receitas, a arrecadação de impostos teve alta de 4,1% em 2023 e as contribuição sociais aumentaram 7,5%. Dentro desses grupos, os destaques foram a elevação de 16% da arrecadação de impostos sobre a propriedade — explicada principalmente pela alta de 24,7% dos ganhos com o IPVA — e o aumento de 12,6% na arrecadação de impostos sobre a folha de pagamento e mão de obra. Enquanto isso, as outras receitas caíram 3,4%, puxadas sobretudo pela queda de 39,4% na arrecadação com dividendos e de 30,1% nas receitas de concessões.

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Wed, 27 Nov 2024 13:02:26 -0000 -


Com mercado financeiro esperando o anúncio de um pacote de corte de gastos, surgiu a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar também nesta quarta-feira a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026. Freepik O dólar disparou nesta quarta-feira (27) e chegou ao maior valor nominal da história: R$ 5,9124. A cotação bate o recorde anterior, registrado em maio de 2020, em meio à pandemia de Covid, quando a moeda americana atingiu R$ 5,9007. A expressiva alta do dólar aconteceu assim que veio à tona uma notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026. Essa é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Acontece que o mercado financeiro esperava há semanas os detalhes de um pacote de corte de gastos públicos por parte do governo federal, que precisa reduzir as despesas para cumprir a meta de zerar o déficit público em 2024. A meta fiscal para 2024 e 2025 é de déficit zero — ou seja, de igualar receitas e despesas para não aprofundar a dívida federal. Haddad fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão nesta quarta-feira. O tema do discurso não foi detalhado pelo governo, mas esperava-se que tivesse a ver com os cortes. A notícia de que a isenção de IR entraria no anúncio foi confirmada pelo blog da Julia Duailibi, em apuração de Gerson Camarotti e Guilherme Balza. Atualmente, estão isentos os contribuintes que ganham até R$ 2.259,20 mensalmente. Caso se concretize, a leitura é que o anúncio deve acabar se sobrepondo à divulgação das medidas de cortes de gastos e representaria uma renúncia de impostos tamanha que dificultaria o cumprimento das metas do arcabouço fiscal no futuro. (entenda mais abaixo) Com a virada do mercado, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também sofreu uma forte queda. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar O dólar fechou em alta de 1,80%, cotado a R$ 5,9124. Na máxima do dia, bateu os R$ 5,9288. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 1,70% na semana; ganho de 2,27% no mês; alta de 21,84% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,04%, cotada a R$ 5,8080. Ibovespa O Ibovespa encerrou em queda de 1,73%, aos 127.669 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 1,12% na semana; perdas de 1,57% no mês; recuo de 4,85% no ano. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,69%, aos 129.922 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O real tem sofrido uma desvalorização acentuada há semanas, conforme aumenta a cautela dos investidores com a condução das contas públicas brasileiras. Quando os gastos públicos estão elevados, o mercado passa a desconfiar da capacidade do país de arcar com suas dívidas no médio e longo prazo. Havia uma grande expectativa do mercado financeiro de que a equipe econômica do governo federal apresentasse algum pacote de cortes nos gastos públicos logo após o segundo turno das eleições municipais no Brasil. Foram vários adiamentos desde então. Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que faria um "pronunciamento à Nação" em cadeia nacional de rádio e televisão. O tema do discurso não foi detalhado pelo governo. Uma imagem foi divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, no entanto, com o lema: "Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo." Segundo o ofício do governo enviado à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o pronunciamento tem 7 minutos e 18 segundos de duração. Com uma grande espera do mercado pelo anúncio de um novo pacote de cortes de gastos pelo governo, a notícia, que tinha tudo para ser bem recebida pelos investidores, se mostrassem um comprometimento do governo em cumprir com o arcabouço fiscal (conjunto de regras de equilíbrio orçamentário). Mas o efeito foi o contrário. Com os rumores de que Haddad também deve anunciar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026, os agentes entendem que o pacote de cortes pode perder a força, e até comprometer a trajetória da dívida pública no futuro. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, se de fato acontecer, a medida, que era uma promessa de campanha de Lula (PT), será considerada uma vitória da ala política do governo, já que tudo indica que a equipe econômica foi contra o anúncio neste momento. De acordo com a economista, a estimativa é que a medida, se aprovada, poderá custar R$ 40 bilhões por ano aos cofres públicos. "Ou seja, o dia, que deveria ser marcado pelo esperado pacote de contenção de despesas, poderá contar também com um aumento considerável nos gastos do governo. Na dúvida sobre se o anúncio será conjunto ou não, e sobre se o financiamento da isenção do IR será outro além do pacote de gastos, o mercado, claro, se posicionou de forma bastante defensiva", explicou Veronese. A leitura, segundo a economista, é que se o financiamento da isenção de IR vier do pacote de gastos, o valor de R$ 70 bilhões "passa a ser irrisório". "O que se viu a partir de então foi uma escalada do dólar, a abertura dos juros e a queda na bolsa. A única coisa que nos resta é aguardar pelo pronunciamento de Haddad e entender as medidas, as fontes de financiamento e a estrutura do pacote", acrescentou. Apesar de o detalhamento do pacote ainda não ter sido anunciado pelo governo, já se especula no mercado, pelas apurações da imprensa ao longo dos últimos dias, de onde deve vir a contenção de despesas. Entre as medidas previstas, estão: A inclusão da política de aumento do salário mínimo nas limitações do arcabouço fiscal; na prática, o mínimo poderá ser reajustado em patamares inferiores aos atuais; Uma proposta, enviada ao Congresso, para acabar com salários acima do teto constitucional, os chamados supersalários; Um chamado para que beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), atualizem seus dados, caso não o tenham feito nos últimos dois anos; E mudanças nas regras de aposentadorias e pensões dos militares. Na última sexta-feira (22), o governo já anunciou um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, o governo totaliza R$ 19,3 bilhões já bloqueados nos últimos meses para tentar compensar o avanço das despesas obrigatórias, como gastos com a previdência. Mesmo assim, o mercado ainda aguarda as demais medidas para entender como o governo pretende lidar com as contas públicas nos próximos anos. A ideia é que, com os cortes, o governo consiga equilibrar a situação das contas públicas e honrar o arcabouço fiscal. Contas mais controladas são bem vistas por investidores porque aumentam a confiança de que o país será capaz de arcar com suas dívidas. A decisão de atrelar o anúncio ao pacote de cortes tem como objetivo passar a mensagem de que o governo Lula não está fazendo o ajuste fiscal apenas em cima dos mais pobres. O custo estimado para a isenção é de R$ 50 bilhões por ano, que supera a economia prevista com as medidas de contenção de gastos, entre R$ 30 bilhões e R$ 40 milhões. Segundo Matheus Pizzani, economista da CM Capital, o mercado recebe negativamente a notícia da isenção porque "não tem como pensar em um cenário em que essa isenção vá beneficiar o consumo das famílias em um nível suficiente para compensar o que seria ganho através da cobrança do imposto de renda para essa população". Assim, os investidores esperam maior previsibilidade e clareza sobre como o governo pretende fazer essa compensação de gastos e receitas, para avaliar se a medida será sustentável.

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Wed, 27 Nov 2024 12:02:36 -0000 -


Pagamento da segunda parcela do décimo terceiro deve ser feito até o dia 20 de dezembro Pagamento da segunda parcela do décimo terceiro deve ser feito até o dia 20 de dezembro Getty Images via BBC O pagamento do décimo terceiro salário pode injetar mais de R$ 321 bilhões na economia, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecômicos, o Dieese. Segundo a organização, 92,2 milhões de brasileiros receberão o pagamento de, em média, R$ 3 mil. O décimo-terceiro foi instituído no país em 1962. Veja abaixo respostas às principais dúvidas sobre o décimo-terceiro. Até quando devo receber a primeira parcela? Até a sexta-feira, 29/11. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro, segundo a legislação vigente. Quem tem direito ao décimo-terceiro? Trabalhadores que estiverem no regime da Consolidações das Leis do Trabalho, a CLT, servidores públicos, aposentados e pensionistas. A partir de 15 dias de serviço o trabalhador já passa a ter o direito de receber e o pagamento é proporcional ao período trabalhado. Empregados dispensados por justa causa não têm direito. Já os dispensados sem justa causa devem receber o valor proporcional junto com a rescisão. Quem está de licença maternidade ou afastado por doença ou acidente também recebe normalmente. É cobrado algum imposto? Sim. Sobre o valor recebido são cobrados imposto de renda e INSS. Esses valores são cobrados na segunda parcela. A primeira parcela não tem descontos. Como é calculado o décimo-terceiro? O décimo terceiro é o pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada ano, que corresponde a 1/12 da remuneração por mês trabalhado. Para saber o valor, basta dividir a remuneração integral (salário bruto) por 12 e multiplicar pelo número de meses trabalhados. Para um salário bruto de R$ 2 mil, considerando alguém que tenha trabalhado todo o ano (12 meses), por exemplo, a primeira parcela seria de R$ 1 mil e a segunda, de R$ 919,90, após desconto de 9% do INSS - nessa faixa de salário, não há desconto de imposto de renda. LEIA TAMBÉM: 13º salário: quanto vale, quando cai na conta e quem tem direito à primeira parcela de 2024 Como surgiu o 13° salário e qual a importância de enxergá-lo como um direito, e não um bônus Como décimo terceiro salário surgiu de greve geral após vitória do Brasil na Copa de 1962 VEJA MAIS EM: Entenda tudo sobre o 13º salário Ver o 13° salário como direito e não como um ‘bônus’ ajuda a ter mais consciência

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Wed, 27 Nov 2024 11:19:46 -0000 -


Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é nesta época do ano que os crimes cibernéticos ocorrem com maior frequência. Com o avanço da tecnologia, os golpes tornaram-se extremamente sofisticados e de grande alcance Getty Images via BBC “Me senti uma analfabeta digital”. É assim que a carioca e designer Thaís Campos, de 32 anos, descreve a sensação ao ser vítima de um golpe que oferecia desconto no cinema na semana que inicia a Black Friday. Influenciada por um post patrocinado de uma grande rede, que induzia a uma pesquisa para ganhar cinco ingressos e uma pipoca no valor de R$ 42, ela clicou em um link e respondeu algumas perguntas. Ao efetuar o pix para o pagamento, recebeu um email para download dos ingressos, mas a página que disponibilizava as entradas estava “cortada”. Quando é a Black Friday? Vale a pena comprar na data no Brasil? “Achei estranho, mas como fiz todo o processo pelo celular pensei que pudesse ter dado algum erro no navegador”, diz. Ela então resolveu abrir o link pelo computador e a imagem aparecia da mesma forma. Foi então que Thais acessou o site oficial da empresa e viu o anúncio na página inicial de que golpistas estariam usando o nome da instituição para roubar dinheiro. “O valor não foi tão expressivo, foi menos de R$ 50, mas mesmo assim fico indignada com essas pessoas que criam armadilhas para que a gente caia”, lamenta. LEIA TAMBÉM DICAS: Como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no fim de ano Como os robôs passam a perna em você na disputa por pechinchas Embora a Black Friday esteja programada para ocorrer na próxima sexta-feira (29), muitas lojas já estão divulgando promoções com descontos expressivos e atraindo os consumidores. No entanto, junto com essas ofertas tentadoras, criminosos aproveitam a oportunidade para aplicar golpes e fraudes, como o ocorrido com Thaís. Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é nesta época do ano e em datas comemorativas que os crimes cibernéticos ocorrem com maior frequência. Confira cinco dicas para fazer boas compras na Black Friday Deep fake e áudios de famosos Com o avanço da tecnologia, os golpes nesta data tornaram-se extremamente sofisticados e de grande alcance. Um dos mais recentes é o uso do deep fake utilizando a imagem de uma celebridade para divulgar determinada promoção ou loja. Criminosos utilizam alguma foto ou vídeo já veiculados por esse artista ou influencer em alguma rede social, ou outro tipo de mídia, e usam programas específicos que fazem uma espécie de “colagem” sincronizando o corpo e o rosto. Dessa forma, muitas vezes, é difícil perceber que determinado indivíduo foi gerado por inteligência artificial. “Aquela pessoa famosa passa credibilidade por empatia do público e utilizar essa técnica faz com que a vítima acabe comprando algo que aquela celebridade desconhece totalmente a procedência”, alerta Marcelo Nagy, perito digital e professor de pós-graduação da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Embora a imagem seja bem realista, Fábio Diniz, presidente do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), destaca que alguns golpistas ainda apresentam falhas ao gerar seres humanos com recursos de IA. “Há indivíduos com características irreais, como seis dedos ou pele perfeita. A voz também pode não acompanhar a velocidade com que ele abre a boca, entre outros”, diz. Por isso, é importante que o usuário perceba cada detalhe ao se deparar com anúncios de pessoas públicas que oferecem grandes descontos ou valores muito abaixo do mercado. O especialista destaca ainda que discursos muito inflamados, que contenham mensagens de ódio ou intolerância, também devem servir de alerta para suspeitar que aquela propaganda é falsa. Outro recurso muito utilizado atualmente são os áudios criados com inteligência artificial. Criminosos têm reproduzido sons compatíveis ou idênticos com a voz de artistas e familiares das vítimas para disseminar mensagens convincentes e que induzam o consumidor a comprar determinado produto. “Um golpista pode pegar um vídeo de um parente próximo em uma rede social para treinar a inteligência artificial a falar igual àquele seu parente, para posteriormente gerar esses áudios recomendando uma compra em um site falso, por exemplo”, destaca Nagy. A reportagem testou um desses recursos e foi possível criar perfeitamente uma mensagem pelo Whatsapp e reproduzindo determinado texto sobre a Black Friday. Além disso, ainda de acordo com os especialistas, já é possível iniciar uma conversa em tempo real com esses recursos de voz, o que pode diminuir qualquer suspeita. Sites falsos, phishing e sorteios No último domingo (24), Júlia Kastrup, de 33 anos, decidiu comprar um vestido em uma loja online já conhecida por ela. Ao receber o link da promoção, enviado pela mãe, o site direcionava para uma página de promoções. “Eu entrei no site e não estranhei muito, porque, apesar de ser diferente do site normal, eu achei que fosse um hotsite dedicado à campanha de Black Friday. Tinha muita coisa na promoção, com preços muito bons, e eu fui colocando no carrinho”, diz. Júlia Kastrup quase caiu em um golpe ao tentar comprar um vestido Arquivo pessoal/BBC Quando já estava com compras que somavam R$ 500, viu o vestido que já queria há bastante tempo, mas resolveu logar no site para verificar se era o mesmo modelo que havia colocado como favorito antes. “Comecei a desconfiar porque não havia o botão para fazer meu login no site. Daí, resolvi entrar na página normal, pra entender melhor, e atentei pra URL, que era completamente diferente, um domínio totalmente novo e que não tinha nada a ver com o domínio original”, diz. Foi então que Júlia percebeu que poderia estar prestes a cair em um golpe e perder seu dinheiro. “Avisei a minha mãe, e conseguimos não cair. Mas confesso que foi por pouco, porque os preços realmente estavam muito bons: vestidos por R$ 45, top por R$ 20, bolsa por R$ 60”, conta. A adulteração de sites é muito comum nesta época do ano ou em datas de grande apelo comercial. Segundo os especialistas, mesmo sendo uma prática muito antiga, ainda há pessoas que caem nesse tipo de fraude. Muitas vezes, criminosos conseguem desenvolver URLs (endereço de um site ou arquivo na internet) que são semelhantes aos originais. Por distração, o usuário não percebe e acaba comprando em um site que não é o original. De acordo com dados exclusivos, feitos pela consultoria de cibersegurança Redbelt Security, desde 4 de novembro até esta terça-feira (26), foram criadas 4.500 novas páginas falsas, com o foco totalmente voltado para a Black Friday. “Os golpistas colocam um número, ou uma letra ou um símbolo no final ou no meio da URL para confundir”, explica Grazielle Viana, especialista em segurança da informação e proteção de dados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). “Se houver diferenças, eu recomendo que volte na página original e pesquise esse mesmo produto para saber se a promoção é válida ou não. Você só vai ter certeza na página original do vendedor”, acrescenta Viana. Outro recurso muito comum utilizado por criminosos durante a semana da Black Friday são os phishings. A prática consiste em se passar por empresas confiáveis para obter informações pessoais de forma fraudulenta. O contato pode ser feito por SMS, e-mail, sites, Whatsapp e outros canais de comunicação. “Ele é usado tanto para oferecer promessas falsas quanto em troca de dados, muito usado também nos sorteios para enganar os consumidores. São bastante eficazes porque a pessoa é atraída por essa oferta e acaba compartilhando os dados sem perceber que foi enganada”, diz Viana. Por fim, outro meio bastante utilizado são os sorteios. Com o desenvolvimento das redes sociais, é muito comum golpistas se passarem por lojas, hotéis, pousadas e restaurantes oferecendo grandes descontos em produtos, em troca de sorteios ou “cupons da sorte”. Em alguns casos, ao ganhar o “prêmio”, o consumidor precisa pagar alguma taxa para usufruir do serviço. Como não cair em golpes Especialistas recomendam que se preste atenção em links recebidos por WhatsApp Getty Images via BBC Mesmo com o avanço dessas tecnologias, há maneiras de se precaver e não cair nesses tipos de fraudes. Desconfie de ofertas muito atraentes: promoções com preços muito abaixo do mercado ou cupons milagrosos podem ser atrativos para enganar consumidores. Sempre cheque no site oficial da loja. Atente-se ao endereço online do site (URL): verifique se ele corresponde ao domínio oficial da empresa. Pequenas alterações, como números ou símbolos extras, podem indicar sites falsos. Evite clicar em links recebidos por mensagens: prefira acessar promoções digitando o endereço da loja diretamente no navegador. Links enviados por e-mail, SMS ou WhatsApp podem ser phishings. Cheque a reputação do vendedor: em compras online, pesquise sobre a loja em plataformas de avaliação e redes sociais antes de finalizar a transação. As mais confiáveis e recomendadas pelos especialistas são Consumidor.gov e Reclame Aqui. Use métodos de pagamento seguros: evite Pix para compras desconhecidas e dê preferência a cartões virtuais de crédito. O uso de cartões virtuais é uma prática cada vez mais recomendada para evitar fraudes financeiras. Diferentemente do cartão físico, o virtual é gerado exclusivamente para compras online, com um código de segurança único e validade limitada, o que dificulta sua reutilização em caso de vazamento de dados. Além disso, ao evitar o pagamento por boletos, o consumidor reduz o risco de cair em golpes que simulam cobranças falsas. O boleto, muitas vezes, não oferece os mesmos mecanismos de contestação que um cartão de crédito, tornando-o mais vulnerável a fraudes. Não compartilhe dados pessoais com estranhos: para se proteger de golpes, nunca compartilhe dados bancários ou informações pessoais por telefone, e-mail ou redes sociais. Além disso, não acredite em funcionários que ligam se passando por bancos ou instituições não autorizadas e que peçam a sua senha ou outro dado. Não guarde senhas pessoais e importantes no celular. “O ideal é que só você ou alguém de confiança saibam essas senhas. Para isso, anote em um papel e guarde em cofre em um local seguro”, ressalta Diniz.

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Wed, 27 Nov 2024 11:14:24 -0000 -


Embarques do setor somam US$ 126 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Marca é 1% menor na comparação com mesmo período de 2023, aponta USP de Piracicaba (SP). Lavoura de soja Raquel Maia/Amazônia Agro/Rede Amazônica Após quatro recordes seguidos desde 2020, o faturamento com as exportações brasileiras no agronegócio podem recuar pela primeira vez neste ano. A previsão do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), ocorre após os embarques de produtos do setor somarem 126 bilhões de dólares entre janeiro e setembro de 2024. A marca é 1% menor na comparação com o mesmo período de 2023. 🌽O cenário de incerteza sobre o balanço positivo das exportações no Agro em 2024 se explica pela queda na oferta e preço pago pelos grãos em dólar. A análise do Cepea é feita com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex). “O faturamento em dólar com as exportações brasileiras do agronegócio deve fechar 2024 próximo do obtido em 2023, mas ainda fica a dúvida se o setor irá renovar mais uma vez o recorde, sobretudo devido às menores disponibilidade de soja e milho e ao menor preço pago em dólar. 📲 Participe do canal do g1 Piracicaba no WhatsApp Safra menor A quantidade exportada cresceu 0,3% até setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado devido à redução da colheita da soja na safra 2023/24 e dos menores embarques do milho, aponta o Cepea. Os preços médios caíram 1%, conforme análise do Centro de Pesquisas. Produção de milho Honório Barbosa/Diário do Nordeste Dependência de fornecedores estrangeiros Pesquisadores do Cepea indicam que a reação dos preços, especialmente de grãos, vai depender da oferta norte-americana para 2024 e anos seguintes, de outros fornecedores importantes, além do tamanho das próximas safras brasileira e argentina. Pesquisadores do Cepea destacam que, neste ano, chamam a atenção o aumento nos embarques de alguns produtos. Veja itens e altas percentuais: 🪶Algodão em pluma: + 134% ☕Café: +42% 🪨Açúcar: + 35%) 🐂Carne bovina: +28% 🛳️Principais destinos A demanda da China, Europa e Estados Unidos por produtos brasileiros tem se mantido firme, segundo o Cepea. Confira, abaixo: Os embarques para China representaram 34,6% do volume exportado. Na sequência vem a União Europeia, com 13% e, depois, os Estados Unidos, com 6,7% do total escoado. 📈Câmbio A taxa de câmbio nominal mais alta observada nos últimos meses deve favorecer o desempenho do setor agroexportador, tanto porque os produtos brasileiros ficam mais competitivos no mercado internacional, quanto por elevar o faturamento em Reais, quando da conversão das moedas. “Se o setor conseguir elevar levemente o desempenho do último trimestre de 2023, conseguirá, sim, superar o valor de US$ 166 bilhões em vendas ao exterior e alcançar novo recorde. Outubro As exportações brasileiras de carne de frango bateram recordes em volume embarcado e em receita em outubro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Cepea a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Os embarques de ovos também dobraram em outubro, tendo o melhor desempenho desde agosto de 2023. - Veja detalhes, abaixo. Desvalorização da carne de frango está relacionada ao aumento do poder de compra da população na primeira quinzena de junho. Reprodução EPTV 🐔Carne de frango: Foram 463,5 mil toneladas de produtos in natura e processados embarcadas em outubro deste ano. Um aumento de 15,4% em relação ao volume exportado da carne de frango no mesmo mês em 2023. De janeiro a outubro, a quantidade escoada soma 4,38 milhões de toneladas, avanço de 2% em relação ao mesmo período de 2023. 🐤Sem doenças e preços competitivos: De acordo com o relatório de outubro deste ano do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre o setor, o aumento nas exportações da carne de frango pode ser explicado pela combinação de diversos fatores, incluindo os preços competitivos e o fato do Brasil ter o status sanitário como livre de doenças. Já na comparação entre os volumes embarcados de um mês para outro, houve queda de 4,4% em outubro em relação a setembro deste ano. Demanda doméstica Ainda segundo análises do Cepea, além do bom desempenho nas exportações da carne de frango, a demanda interna pela proteína também foi favorável para o aumento dos preços. "A demanda doméstica aquecida típica de início do mês, devido ao recebimento de salário, tem contribuído para elevar os preços internos da carne de frango", apontou. 📈Alta nos insumos O levantamento do Cepea indica que o poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos utilizados na atividade registrou recuo em outubro, no comparativo com o mês anterior. Segundo o estudo, a piora se deve às altas nas cotações do milho e do farelo de soja combinadas à estabilidade no preço pago pelo frango vivo. "Frente ao milho, a relação de troca segue desfavorável pelo segundo mês consecutivo, e, para o derivado da soja, o poder de compra está diminuindo em outubro, depois de ter avançado entre julho, agosto e setembro", explicam os pesquisadores do Cepea. 🐔 No mercado de frango, com a oferta interna de carne mais controlada, compradores estão pouco ativos na aquisição de maiores lotes de animais por parte da indústria, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Exportação de ovos Caminhos do Campo/RPC 🥚Ovos Assim com a carne de frango, as exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, também cresceram em outubro deste e os embarques alcançaram o melhor desempenho desde agosto de 2023, segundo pesquisas do Cepea, com base em dados da Secex. "Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo expressivo aumento nos embarques de produtos industrializados, cujo volume avançou quase três vezes em comparação ao mês anterior. Os envios de ovos in natura também subiram: 11% entre setembro e outubro", apontou o Centro de pesquisas. No total, foram 2,083 mil toneladas de ovos (in natura e processados) embarcadas em outubro, 40,3% a mais que em setembro e o dobro da quantidade escoada no mesmo período de 2023. O Chile tem sido o principal destino das exportações brasileiras desde março deste ano, adquirindo 971 toneladas da proteína nacional em outubro, alta de 4% frente ao mês anterior. 📝LEIA MAIS Nem boi, nem frango: entenda por que preço da carne de porco caiu e ficou mais competitivo no mercado 🐂Carne bovina: veja outros dados de exportações no vídeo, abaixo. Aumento das exportações e redução da oferta no campo explicam a alta da carne pro consumidor VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

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Wed, 27 Nov 2024 10:08:07 -0000 -


Um projeto de lei federal propõe licença remunerada de três dias consecutivos, todos os meses, às mulheres que comprovarem sintomas graves associados ao fluxo menstrual. Saiba como funcionaria e em que países a lei já é realidade. Entenda como funciona a licença menstrual no Brasil Os sintomas de complicações durante a menstruação são muito conhecidos. E, por mais que os efeitos sejam sacrificantes, como fortes cólicas, dores de cabeça intensas e no corpo, a lei brasileira não prevê um abono ou licença médica para o dia de trabalho nessas condições. Mas algumas empresas saíram na frente da legislação e estão oferecendo, por conta própria, a licença menstrual como benefício às funcionárias. “Eu já usei a licença, por exemplo, para metade do período. Só trabalhei de manhã, não trabalhei à tarde e consegui repousar sem me preocupar em ir atrás de um atestado médico”, conta Bianca Andrade, analista de implantação da Digix. A empresa desenvolvedora de soluções em software do Mato Grosso do Sul foi a primeira empresa a adotar a licença menstrual no país, em março do ano passado. A Digix conta com 811 colaboradores e, desse total, 530 são mulheres — o que representa 65% do quadro de trabalhadores. As funcionárias que precisem usar o benefício só devem avisar seu gestor direto e podem se afastar do trabalho sem a necessidade de apresentar um atestado médico. O auxílio é lançado na folha de ponto para justificar a falta. “Implementamos a licença menstrual para transformar a relação entre saúde e trabalho, reconhecendo os impactos dos sintomas menstruais na produtividade e bem-estar. Esse acolhimento tem sido muito bem recebido e esperamos inspirar outras empresas", afirma Suely Almoas, presidente da Digix. Desde 2023 foram concedidas mais de 1,3 mil licenças, sendo 580 em 2023 e 750 até setembro de 2024. O tempo médio é de um dia de ausência. Para suprir a falta de uma funcionária, as demandas do trabalho são divididas entre o restante da equipe. O mesmo acontece no Grupo MOL, empresa de produtos e serviços de impacto social. Lá, 83% da equipe é formada por mulheres, que têm direito à licença menstrual desde março de 2023. A empresa conta com o total de 53 funcionários, sendo 44 mulheres. As regras são semelhantes às da Digix. A ideia partiu de Roberta Faria, cofundadora e presidente da MOL, que se inspirou na licença menstrual que foi aprovada como lei na Espanha. Roberta diz que o benefício pouco afetou a produtividade. “Até setembro deste ano, foram tiradas 52 licenças, sendo que mais de 73% das utilizações são de meio período e apenas em um turno: manhã ou tarde”, descreve. “Eu precisei uma vez desde que começou o benefício. Avisei minha superior e descansei o resto do dia”, afirma Carol Muccida, que é gerente de novos negócios e foi uma das primeiras funcionárias a utilizar a licença. LEIA MAIS Entenda a diferença entre 'pessoas que menstruam’ x ‘mulheres que menstruam’ CÓLICA: Quando devemos nos preocupar com a dor durante a menstruação? SINTOMAS GRAVES: Por que sentir cólica menstrual pode não ser normal, segundo especialistas A Cólica costuma ocorrer antes da saída do fluxo menstrual (menstruação) e pode se estender por mais um ou dois dias após o início dela. Freepik Regras para empresas Como a licença menstrual é uma regra interna das empresas que a adotam, é o próprio empregador que define todas as diretrizes de funcionamento. Mas a licença também pode ser implementada por meio de convenção sindical ou negociações coletivas. O que não pode haver em hipótese alguma é desconto no salário, alerta Marina Camargo Aranha, advogada trabalhista do escritório Lobo de Rizzo. E, depois que a licença menstrual for implementada pela empresa, ela não pode ser retirada. Isso porque, o artigo 468 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que as alterações nos contratos de trabalho só podem ser feitas com o consentimento mútuo entre empregador e empregado. "Nos casos em que houver convenção coletiva de trabalho ou acordo negociado com o sindicato, vigência é de até dois anos. Após o prazo, a licença precisa ser revista”, completa a especialista. Licença menstrual pode virar lei? A CLT não tem prevê nenhuma licença específica para quem sofre com complicações durante o ciclo menstrual. Qualquer pessoa que precisar se ausentar do trabalho por esse motivo se enquadra na licença médica comum. Ou seja, é necessário que a incapacitação do trabalhador seja justificada por um médico especializado por meio de um atestado. Nesse caso, a licença também é remunerada e não pode gerar descontos no salário, afirma a advogada especialista em diversidade e inclusão Mariana Covre. Um projeto de lei federal, que está em andamento na Câmara dos Deputados, propõe licença remunerada de até três dias consecutivos, todos os meses, às mulheres que comprovarem sintomas graves associados ao fluxo menstrual. A ideia é que isso seja incluído na CLT. Alguns estados também têm tentado aprovar a licença menstrual para servidores públicos. No Distrito Federal, uma lei aprovada em fevereiro deste ano concede três dias de afastamento por mês para servidoras distritais que comprovarem sintomas graves associados à menstruação. O projeto chegou a ser vetado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), mas a decisão foi derrubada pelos deputados distritais. Em março deste ano a lei foi promulgada, mas o Governo do Distrito Federal informou que iria entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade. Na época, o governo disse que "a Câmara Legislativa não tem competência para legislar sobre regulamentação da administração". A regulamentação não chegou a ser publicada no Diário Oficial, mas, segundo especialistas, isso não impede que as servidoras peçam a licença. (entenda mais) No Pará, um projeto de licença menstrual foi proposto, mas vetado pelo governador Helder Barbalho (MDB). Já no Tocantins, outro projeto de lei para servidores do estado foi apresentado na Assembleia Legislativa, mas ainda será votado pelas comissões e plenário. Fora do Brasil, alguns países já garantem legalmente a licença menstrual. Em 2023, a Espanha se tornou o primeiro país ocidental a oferecer o benefício. Ela também já existe no Japão, em Taiwan, na Indonésia, na Coreia do Sul e na Zâmbia. Como funciona atualmente no Brasil? Quando um trabalhador precisa ficar até 15 dias afastado das funções por conta de saúde, quem cobre essa licença remunerada é o empregador. Já quando o funcionário entrega atestados seguidos, a responsabilidade dos pagamentos passa a ser do INSS. Segundo a advogada Mariana Covre, o projeto de lei federal que está em andamento na Câmara dos Deputados tem como objetivo garantir o afastamento especializado relacionado ao ciclo menstrual sem complicações. Ou seja, quem sofre com dores não vai precisar ir mensalmente ao médico. “Não vai precisar se enquadrar naquele afastamento geral, que exige uma série de coisas. A mulher sempre fica insegura e na dúvida se o médico do trabalho, por exemplo, vai aceitar um atestado dela por se tratar de um afastamento menstrual, tem todo um preconceito”, completa a advogada. Segunda a médica Lia Cruz Damásio, diretora de Defesa e Valorização da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), existe uma pequena parcela de mulheres que sofre com fortes dores durante o ciclo menstrual, que são chamadas de incapacitantes. Como o nome já diz, são dores que afetam o dia a dia a ponto de prejudicar o estudo ou trabalho. Há também casos de fraqueza, vômitos, suores, tontura e até desmaios. Muitas vezes esses sintomas podem estar ligados a problemas de saúde, como endometriose, adenomiose, mioma, infecção sexualmente transmissível, entre outros. Nesses casos, é necessária uma investigação para ter o diagnóstico e tratamento adequado. “Alguns mecanismos podem levar a mulher sentir dores durante a menstruação. Mas nem sempre tem uma doença associada. A maioria dos casos se resolve com o uso de anti-inflamatório, ou medicamentos que vão diminuir o sangramento”, explica a ginecologista e obstetra. Ainda de acordo com a diretora da Febrasgo, geralmente, os sintomas são bem controlados com medicamentos e não existe a necessidade de afastamento. Mas isso só acontece com diagnóstico e tratamento adequado. A médica ainda afirma que a licença se faz necessária para acolhimento adequado dessas mulheres. Homens trans, intersexuais, queer ou não binários que menstruam também podem sofrer as consequências de sintomas graves associados ao ciclo. “Essa é uma discussão bastante válida, no sentindo de não negligenciar essas mulheres em sofrimento. Mas precisamos de uma regulamentação realmente adequada, para que o uso dessa licença menstrual não seja banalizado, por isso a importância do diagnóstico”, completa. LEIA TAMBÉM 'Admiração mútua' e 'quem cozinha sou eu': o que dizem maridos de mulheres CEOs Paciência, foco, tolerância: habilidades de mãe fizeram essas profissionais serem mais valorizadas no trabalho Veja mais 'CLT Premium': o que é o termo que virou trend e que pode revolucionar o mercado

G1

Wed, 27 Nov 2024 08:00:14 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária Rafael Leal /g1 O concurso 202 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 25,5 milhões para quem acertar a combinação de seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (27), em São Paulo. No concurso do último sábado (23), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.

G1

Wed, 27 Nov 2024 03:00:33 -0000 -


Ministra da Agricultura citou risco à segurança sanitária do país, que foi o ponto que mais irritou os brasileiros na fala do CEO do Carrefour. Executivo, depois, pediu desculpas. Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour No mesmo dia em que o Carrefour se desculpou com o Brasil por questionar a qualidade da carne do Mercosul, a França voltou a declarar oposição total ao acordo de livre-comércio entre União Europeia e o bloco sul-americano. A declaração aconteceu na Assembleia Nacional da França (parte do Parlamento francês), nesta terça-feira (26). Ao criticar o acordo, que ainda não saiu do papel por falta de consenso entre os países, a ministra da Agricultura francesa disse que a entrada de produtos que não seguem as regras necessárias é um risco à segurança sanitária, soberania e ao meio ambiente. É uma afirmação semelhante àquela feita uma semana antes pelo presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, que resultou no boicote de frigoríficos brasileiros às lojas do grupo no Brasil e no posterior pedido de desculpas do executivo. Tudo começou quando, no último dia 20, o CEO da rede de supermercados anunciou que a empresa não compraria mais carne do Mercosul. Posteriormente, o grupo esclareceu que a medida vale apenas para lojas na França. O que mais irritou o governo e os produtores brasileiros foi ele ter citado, naquele comunicado, o "risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas". Uma fala semelhante à da ministra da França. “Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, antes de o Carrefour se retratar. Em carta enviada a Fávaro, nesta terça, Bompard afirmou que sabe que "a agricultura brasileira fornece carne de qualidade, respeito às normas e sabor". Compare as falas do CEO antes e depois da retratação O que está por trás da tensão Europa x agro brasileiro No podcast O Assunto, desta terça-feira (26), o pesquisador Leonardo Munhoz, pesquisador do Agro e do Centro de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) diz que não existe embasamento técnico para dizer que a carne brasileira não segue normas rígidas sanitárias ou ambientais. 🎧 Ouça abaixo. O anúncio do CEO do Carrefour de veto às carnes do Mercosul, feito nas redes sociais de Bompard, foi direcionado especificamente aos agricultores franceses. Desde o início daquela semana, eles protestavam contra o governo da França e o acordo UE-Mercosul. O assunto tinha voltado à tona naquela semana por causa da reunião do G-20, que acontecia no Rio de Janeiro. Para valer, o acordo precisa ser confirmado por todos os países membros dos dois blocos. Segundo especialistas no agro e na economia ouvidos pelo g1, os produtores franceses são contra porque temem perder mercado se o acordo começar a valer. Isso porque o Brasil produz mais e, sem ter que pagar as taxas de exportação que a UE cobra atualmente, conseguiria oferecer preços mais competitivos do que os agricultores europeus. Saiba mais aqui. Anne Genevard, Ministra da Agricultura da França critica acordo do Mercosul na Assembleia Nacional francesa. REUTERS/Stephanie Lecocq Agricultores do Brasil vão processar Carrefour A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representa os produtores rurais, disse nesta terça que vai entrar com um processo junto à União Europeia contra o Carrefour e a Les Mousquetaires, outra grande rede de supermercados francesa que anunciou boicote à carne de países sul-americanos. A CNA entende que as medidas "podem caracterizar uma violação das regras de defesa da concorrência da União Europeia", disse Carlos Bastide Horbach, o consultor jurídico da associação.

G1

Tue, 26 Nov 2024 23:46:50 -0000 -


Veja os números sorteados: 01 - 13 - 19 - 46 - 50 - 57. Quina teve 73 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 47.024,00. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 3 O sorteio do concurso 2.800 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (26), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 60 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 01 - 13 - 19 - 46 - 50 - 57 5 acertos - 73 apostas ganhadoras: R$ 47.024,00 4 acertos - 4.093 apostas ganhadoras: R$ 1.198,12 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (28). Mega-Sena, concurso 2.800 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Tue, 26 Nov 2024 23:03:11 -0000 -


Portal de notícias da Globo foi reconhecido por sua presença em todos os estados e por oferecer uma cobertura noticiosa múltipla e diversa, que conecta e reflete a pluralidade do país. Redação do g1, em São Paulo. Fábio Tito/g1 O g1 é o grande vencedor do prêmio "Mídia do Ano" 2024, da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), na categoria Plataforma Digital. O portal de notícias da Globo foi reconhecido por sua presença em todos os estados e por oferecer uma cobertura noticiosa múltipla e diversa, que conecta e reflete a pluralidade do país. A cerimônia de premiação será realizada na próxima segunda-feira (2), em São Paulo. "Com formatos inovadores, como coberturas em tempo real, podcasts e infográficos interativos, o portal enriquece a experiência do público e reforça seu compromisso com a verdade, por meio de iniciativas como checagem de fatos e explicações detalhadas de temas complexos", declarou a Aberje.  A premiação também destacou que, "ao alcançar até as regiões mais remotas, o g1 aproxima o digital do cotidiano real das pessoas". "Essa atuação, que une abrangência, responsabilidade e inovação, consolida o portal como referência no jornalismo digital brasileiro", concluiu a organização do prêmio. O prêmio Aberje A premiação, que chega à sua 50ª edição em 2024, valoriza o ecossistema da comunicação corporativa e reconhece os esforços de empresas para ampliar o diálogo com stakeholders e gerar impactos positivos na sociedade. A cada edição, o prêmio aborda tendências relevantes da comunicação para celebrar a atuação, o trabalho e as conquistas dessas instituições. As inscrições para a premiação são abertas a empresas de todas as regiões do Brasil, independentemente de seu porte. Upfront 2025: Globo apresenta nova programação

G1

Tue, 26 Nov 2024 21:00:14 -0000 -


Válida até 31 de janeiro, declaração sinaliza necessidade de medidas adicionais por parte do governo. Em maio, a ANA já havia emitido uma declaração até 30 de outubro. Rio Paraguai registra o menor nível em 124 anos. Reprodução/TV Morena A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou nesta terça-feira (26) a emissão de uma declaração de situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai, no Pantanal, até 31 de janeiro de 2025. Somente em 2024, é a segunda vez que a ANA declara escassez hídrica no rio Paraguai. Em maio, a ANA já havia emitido uma declaração até 30 de outubro — data que a resolução expirou. Nesta terça-feira (26), a agência revisitou o tema por conta da "seca severa" na região e a perspectiva de atraso no início da estação chuvosa. Rio Paraguai atinge o menor nível da história em Ladário-MS A previsão da agência é que o nível de água no rio alcance o patamar considerado "satisfatório" somente entre fevereiro e março de 2025. "O atraso do período chuvoso do ciclo 2024/2025 e a incerteza quanto às magnitudes das precipitações futuras constituem um cenário preocupante aos usos múltiplos dos recursos hídricos", declarou a área técnica da ANA. O rio é usado para transporte de carga, abastecimento de água, geração de energia elétrica, pesca, turismo e lazer. A região hidrográfica do Paraguai ocupa 4,3% do território nacional, localizada em parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A bacia inclui a maior parte do Pantanal-mato-grossense. Neste ano, a agência já emitiu cinco declarações de situação crítica de escassez hídrica: rio Paraguai; rio Madeira; rio Purus e seus afluentes; trecho baixo do rio Tapajós; rio Xingu. De acordo com a ANA, além do rio Paraguai, as outras bacias não devem ter a declaração de escassez renovada. Declaração da ANA 💧A declaração de "situação crítica" de escassez hídrica da ANA permite que a agência defina regras especiais para uso da água e operação dos reservatórios, além de corroborar declarações de emergência nos municípios afetados. A decisão também admite que entidades de regulação e empresas de saneamento dos estados aumentem o valor das tarifas de distribuição de água. A declaração sinaliza a outros agentes públicos a necessidade de tomar medidas adicionais para garantir a navegabilidade dos rios ou adotar mecanismos de contingência, que não são de competência da agência de águas. "Uma das recomendações da declaração de escassez sempre é ampliar o monitoramento. E a gente vai entrar no ano que vem com um corte tão severo de orçamento que nós não podemos garantir isso como agência", declarou o diretor interino da ANA, Marcelo Medeiros. Segundo o diretor, novos bloqueios ou contingenciamentos no orçamento da agência podem prejudicar o monitoramento dos fenômenos climáticos.

G1

Tue, 26 Nov 2024 18:30:20 -0000 -


Venda da Amazonas Energia para a Âmbar, do grupo dos irmãos Batista, passou por série de idas e vindas, que incluem uma medida provisória e várias decisões judiciais. Sede do Cade, em Brasília Adriano Machado/Reuters O Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) aprovou a venda da distribuidora do Amazonas, a Amazonas Energia, para o grupo J&F – dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O aval foi publicado no "Diário Oficial da União" na segunda-feira (25). O caso não chegou ao Tribunal do Cade, sendo aprovado pelo superintende-geral do conselho, Alexandre Barreto. Casos menos complexos são tratados pela Superintendência-Geral, sem que "subam" ao Tribunal. O Cade é a instituição responsável por aprovar fusões e aquisições de negócios, evitando a criação de monopólios ou a consolidação de práticas empresariais que prejudiquem a concorrência. Em parecer que embasou a aprovação, a área técnica do conselho afirma que o acordo de venda da distribuidora à Âmbar Energia, da J&F, "não contempla cláusulas restritivas à concorrência". Entenda o negócio Âmbar assume a Amazonas Energia, empresa assinou a transferência A venda da Amazonas Energia para a Âmbar tem uma séria de idas e vindas, que passam por uma medida provisória e várias decisões judiciais. Em junho, o governo Lula publicou uma medida provisória que permite a venda da Amazonas Energia com flexibilizações de custos, transferidas ao consumidor. A ideia era tornar o negócio mais atrativo para empresas interessadas em assumir a distribuidora, que está endividada e cuja área de atuação apresenta desafios operacionais como altos índices de furto de energia. 🕐 Contudo, por falta de deliberação pelo Congresso, essa MP perdeu validade no dia 11 de outubro. Ou seja: se ultrapassasse esse prazo, a Âmbar não poderia usar essas condições mais vantajosas para celebrar o contrato. No limite do prazo, Âmbar Energia assinou o termo de transferência para assumir o controle da distribuidora do Amazonas. O negócio foi concretizado nos termos de um despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que só autorizou o negócio por força de uma ordem judicial da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe. Contudo, por causa da assinatura fora do prazo (depois da meia-noite do dia 11), a Aneel foi à Justiça para contestar a validade do negócio aprovado. Depois, em novembro, a Justiça Federal reconheceu a validade da transferência de controle da distribuidora do Amazonas. Em mais uma decisão da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, a Justiça entendeu que as assinaturas no termo aditivo ao contrato de concessão válidas. Para a juíza, o dia 11 de outubro seria o "marco final da vigência do ato normativo". Dessa forma, o documento que transfere o controle da distribuidora teria sido assinado dentro do prazo.

G1

Tue, 26 Nov 2024 17:48:36 -0000 -


Empresas do setor decidiram boicotar rede de supermercado após presidente do Carrefour Global dizer que deixaria de comprar o produto brasileiro para abastecer suas lojas francesas. Vitrine com carnes brasileiras em loja do grupo francês Carrefour, em Curitiba/PR RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO O Carrefour Brasil disse que os frigoríficos voltaram a fornecer, nesta terça-feira (26), carne aos supermercados do grupo, que engloba também o Atacadão e Sam's Club. Em nota, a empresa disse que espera ser reabastecida nos próximos dias. O g1 apurou que a JBS e a Masterboi voltaram a comercializar carnes para as lojas da rede. A retomada acontece depois de o presidente da empresa, Alexandre Bompard, enviar uma carta ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, com um pedido de desculpas por ter publicado um comunicado afirmando que deixaria de importar carnes do Mercosul, bloco econômico Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Na publicação, feita no dia 20 de novembro, Bompard disse que o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul poderia "inundar" a França "com carne que não atende às suas exigências e normas". Já na carta de desculpas desta terça, ele diz: "Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor". Carrefour x Mercosul: o que dizem a retratação do CEO e a carta que deu origem à polêmica Mercosul X UE O comunicado do CEO boicotando a carne do Mercosul aconteceu em meio a protestos de produtores rurais franceses contrários ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ele direcionou a carta a um grande sindicato francês, a Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores, mas acabou criando uma crise comercial com a América do Sul. Os produtores rurais europeus temem que, com o acordo, as mercadorias sul-americanas fiquem mais baratas no bloco, reduzindo a competitividade dos produtos europeus. Como resposta a Bompard, frigoríficos brasileiros decidiram boicotar, na quinta-feira (21), o fornecimento de carnes da rede de supermercados no Brasil. Foi o que fizeram a JBS, Minerva e a Masterboi. Segundo o Carrefour Brasil, seus clientes foram impactados pela ação. ENTENDA: acordo comercial está por trás da tensão entre a Europa e o agro brasileiro ➡️A carta que gerou polêmica O texto publicado por Bompard, na semana passada, não especificava se o Carrefour pararia de comprar carne do Mercosul apenas para as suas lojas francesas ou para as todas as unidades em que a empresa tem negócios. Também não especificava a quantidade de carne que o Carrefour França comprava do Mercosul. Questionada pelo g1, a companhia explicou que a decisão só era válida para a França e que quase 100% da proteína vendida nos mercados franceses são fornecidas por produtores europeus. ➡️O que gerou a fúria do agro e do Ministério da Agricultura Um dia depois da declaração do CEO, começou o boicote dos frigoríficos. O movimento recebeu apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que explicou que o que incomodou foi o Bompard ter questionado "qualidade sanitária das carnes brasileiras". Isso porque, em sua primeira carta, o CEO disse que havia um "risco" de a França ser inundada "com carne que não atende às suas exigências e normas". 'Estou feliz', diz ministro da Agricultura sobre suspensão de venda de carne para o Carref “Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar”, afirmou o ministro, em entrevista à Globonews. Nesta terça-feira, após boicotes, o CEO afirmou: "Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor". A nota do Carrefour, emitida pela assessoria de imprensa do grupo, reforçou que a companhia conhece "melhor do que ninguém os padrões que a carne brasileira atende, sua alta qualidade e seu sabor". O Carrefour afirmou, também, que nunca opôs a agricultura francesa à agricultura brasileira. "Os nossos dois países do coração têm em comum o amor à terra, à sua cultura e à boa comida". Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour CEO de uma das maiores produtoras de açúcar do mundo diz que acordo entre Mercosul e União Europeia vai gerar 'concorrência desleal' 'Agora volta tudo ao normal' Após o pedido de desculpas, Fávaro disse ao blog do Valdo Cruz que classificou a retratação como uma "vitória" do Brasil. Frisou que o país sai "fortalecido para negociações como a do acordo Mercosul e União Europeia". "Agora, tudo volta ao normal", disse. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) espera que, com isso, as operações da rede francesa sejam reestabelecidas. "A agroindústria no Brasil recebe com satisfação o pedido de desculpas e o reconhecimento da excelência do produto e do produtor brasileiro por parte do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard", disse a Abiec, em nota. Carta de retratação do CEO do Carrefour "Ao Excelentíssimo Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Senhor Carlos Fávaro, A declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. Como Diretor-Presidente do Grupo Carrefour e amigo de longa data do país, venho, respeitosamente, esclarecê-la. O Carrefour é um grupo descentralizado e enraizado em cada país onde está presente, francês na França e brasileiro no Brasil. Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais Do outro lado do Atlântico, no Brasil, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produtores conhecemos. O Grupo Carrefour Brasil é profundamente brasileiro, com mais de 130.000 colaboradores, se desenvolveu e continua se desenvolvendo sob minha presidência em parceria com produtores e fornecedores do Brasil, valorizando o trabalho do setor produtivo e sempre em benefício de nossos clientes. Nos últimos anos, o Grupo Carrefour Brasil acelerou seu desenvolvimento, dobrando tanto o volume de seus investimentos no país quanto suas compras da agricultura brasileira. Mais amplamente, o Brasil é o país em que o Carrefour mais investiu sob minha presidência, o que confirma nossa ambição e nosso comprometimento com o país. Assim seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil. Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas. O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos. Asseguro, Senhor Ministro, nosso compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros. Aproveito a oportunidade para renovar os protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Alexandre Bompard, Diretor-Presidente do Grupo Carrefour"

G1

Tue, 26 Nov 2024 17:06:54 -0000 -


Alexandre Bompard enviou, nesta terça-feira (26), uma carta ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com um pedido de desculpas, após afirmar que o grupo deixaria de comprar carne do Mercosul. Alexandre Bompard, presidente-executivo do Carrefour, na divulgação da rede como parceira dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2022 Divulgação/Carrefour Quase uma semana após o início da polêmica, o presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, enviou uma carta ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, com um pedido de desculpas pela fala em que questionou a qualidade da carne do Mercosul. A fala de Bompard irritou produtores do bloco sul-americano, provocou um boicote dos frigoríficos brasileiros aos supermercados da rede no país e fez o governo brasileiro exigir uma retratação. No documento, Bompard volta atrás em alguns argumentos usados em seu posicionamento inicial. Veja abaixo as diferenças entre os dois comunicados. Ao final da reportagem, leia as duas cartas na íntegra. Após a retratação, o Carrefour Brasil informou, no início da tarde desta terça-feira (26), que o fornecimento de carne pelos frigoríficos locais foi retomado. 'Não atende exigências e normas' X 'carne de qualidade' (ANTES) Bompard citou o "risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas" quando anunciou, na última quarta-feira (20), o veto à carne do Mercosul, que vale para lojas francesas da rede. (DEPOIS) Na carta a Fávaro, divulgada nesta terça (26), Bompard diz que sabe que "a agricultura brasileira fornece carne de qualidade, respeito às normas e sabor". O questionamento da qualidade da carne produzida no bloco sul-americano, citado no primeiro comunicado de Bompard, foi recebido com mais irritação pelo governo e os produtores do que o veto em si. Isso porque a França não é uma grande compradora do Brasil e as unidades do Carrefour no país europeu praticamente não vendem carne importada. Mas a fala sobre a carne não atingir às exigências e normas foi recebida como uma afronta pelos frigoríficos brasileiros e pelo governo, e gerou o boicote ao Carrefour Brasil. Fávaro deixou claro que era este o ponto mais importante de uma eventual retratação: "Feito isso, compra quem quiser, quem achar que é importante", afirmou. No pedido de desculpas, o presidente do Carrefour disse que conhece o "profissionalismo, cuidado à terra e produtores" brasileiros. Bompard, acrescentou ainda que sua fala gerou "confusão" e "pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela". O anúncio do veto, feito nas redes sociais do CEO, foi direcionado especificamente aos agricultores franceses, que protestavam, desde o início daquela semana contra o seu governo e o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Esta é uma tratativa que ainda não saiu do papel por falta de consenso entre os países, mas que voltou a ser discutida durante a reunião do G-20, que acontecia naqueles dias no Rio de Janeiro. ENTENDA: acordo comercial está por trás da tensão entre a Europa e o agro brasileiro Sobre a compra de carnes do Mercosul (ANTES) No comunicado que deu origem à polêmica, Bompard disse que "o Carrefour quer agir em conjunto com o setor agrícola e assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul". (DEPOIS) Na retratação, Bompard ressaltou que a França continuará comprando, majoritariamente, carne que seja produzida no país. "A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes", disse o executivo na carta enviada ao governo brasileiro. De mesmo modo, segundo ele, as unidades brasileiras venderão o produto nacional. "São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro", justificou, nesta terça. Segundo Bompard, o Brasil é o país no qual o grupo mais investiu durante a sua presidência. Mas a nota inicial do CEO pedia ainda para que restaurantes franceses, que importam 60% de suas carnes, assumissem o mesmo compromisso de não comprar carnes do Mercosul. Ele não falou sobre isso na retratação. Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour Leia também: 'Quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros, terá resposta à altura', diz Fávaro após retratação do Carrefour CEO de uma das maiores produtoras de açúcar do mundo diz que acordo entre Mercosul e União Europeia vai gerar 'concorrência desleal' Marina Silva considera legítimo boicote dos frigoríficos ao Carrefour, mas cobra respostas à crise climática Íntegra do primeiro comunicado de Bompard "Em toda a França, ouvimos o desespero e a indignação dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas. Em resposta a essa preocupação, o Carrefour quer agir em conjunto com o setor agrícola e assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul. Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa. Faço um apelo especial aos atores da restauração fora de casa, que representam mais de 30% do consumo de carne na França – mas onde 60% é importada – para que se unam a esse compromisso. Somente unidos poderemos garantir aos pecuaristas franceses que não haverá nenhuma possibilidade de contornar essa questão. No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer." Íntegra carta de retratação "Ao Excelentíssimo Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Senhor Carlos Fávaro, A declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. Como Diretor-Presidente do Grupo Carrefour e amigo de longa data do país, venho, respeitosamente, esclarecê-la. O Carrefour é um grupo descentralizado e enraizado em cada país onde está presente, francês na França e brasileiro no Brasil. Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais. Do outro lado do Atlântico, no Brasil, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produtores conhecemos. O Grupo Carrefour Brasil é profundamente brasileiro, com mais de 130.000 colaboradores, se desenvolveu e continua se desenvolvendo sob minha presidência em parceria com produtores e fornecedores do Brasil, valorizando o trabalho do setor produtivo e sempre em benefício de nossos clientes. Nos últimos anos, o Grupo Carrefour Brasil acelerou seu desenvolvimento, dobrando tanto o volume de seus investimentos no país quanto suas compras da agricultura brasileira. Mais amplamente, o Brasil é o país em que o Carrefour mais investiu sob minha presidência, o que confirma nossa ambição e nosso comprometimento com o país. Assim, seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil. Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas. O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos. Asseguro, Senhor Ministro, nosso compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros. Aproveito a oportunidade para renovar os protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Alexandre Bompard Diretor-Presidente do Grupo Carrefour"

G1

Tue, 26 Nov 2024 16:57:57 -0000 -

Bônus vem do saldo positivo da conta de Itaipu; mais de 78,3 milhões de residências se enquadram. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (26) o uso do bônus de Itaipu, no valor de R$ 1,3 bilhão, para reduzir as tarifas de energia. 💡 O bônus decorre do saldo positivo da Conta de Itaipu. O valor pode ser repassado, por meio de crédito nas faturas de energia, aos consumidores residenciais e rurais que tiveram consumo faturado inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em ao menos um mês de 2023. Segundo a Aneel, mais de 78,3 milhões de residências se enquadram nas condições estabelecidas para receber o desconto do bônus de Itaipu em suas contas de luz. O rateio do bônus é de R$ 0,01 por kWh. O quanto cada família vai receber de desconto, no entanto, depende do seu consumo em 2023 --ano de referência para o bônus de Itaipu. A agência calculou o desconto considerando a média de consumo das mais de 78,3 milhões de famílias beneficiárias. Em 2023, essas famílias consumiram em média 119 kWh, o que significa um desconto total de R$ 16,66 no ano para cada uma. Entenda a sua conta de luz Bônus de R$ 1,3 bilhão O bônus calculado leva em consideração a arrecadação de: R$ 399 milhões de saldo positivo da conta de Itaipu em 2023; R$ 842 milhões de devolução das distribuidoras em 2023, uma vez que os saldos de 2020 e 2021 foram utilizados para reduzir as tarifas, sendo restituídos a Itaipu em 2023; R$ 65 milhões decorrentes do rendimento dos valores acima em aplicação bancária, até setembro de 2024; Retirada de R$ 610 mil para repasse à Celesc, referentes a um ajuste no bônus de Itaipu em 2019. O repasse do bônus de Itaipu é geralmente divulgado até junho de cada ano. Mas neste ano, o Ministério de Minas e Energia cogitou usar a quantia para abater a conta de luz de famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o que suspendeu o processo na Aneel. O tema voltou à pauta na última semana, depois que a área técnica apresentou um parecer favorável à distribuição a todos os consumidores residenciais e rurais, com consumo de até 350 kWh em ao menos um mês de 2023. Logo depois, o ministro de Minas e Energia enviou um ofício à Aneel solicitando a distribuição. No documento, Silveira diz que o recurso "pode ser destinado à modicidade tarifária dos consumidores de energia elétrica com reflexo na capacidade de pagamento das famílias e no controle da inflação".

G1

Tue, 26 Nov 2024 16:57:34 -0000 -


Novo modelo é versão mais esportiva do Song Plus e muda visual para melhorar aerodinâmica, além de ganhar 86 cv extras ao trocar motor aspirado por turbo. BYD Song Premium divulgação/BYD A BYD anunciou o lançamento do BYD Song Premium, carro híbrido plug-in que promete mais de 300 cv de potência e mudança radical no visual do SUV. O modelo é um híbrido plug-in do Song Plus mais apimentado, que chega ao Brasil em bom momento para a marca chinesa. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Song Plus foi o modelo eletrificado mais vendido do Brasil, com 15.701 unidades emplacadas entre janeiro e outubro deste ano. Isso é mais que o Dolphin e sua variante Mini, que são 100% elétricos e com proposta muito diferente. Seu maior rival é o GWM Haval H6 PHEV19, que emplacou 4.143 unidades também nos 10 meses de 2024. Com isso, o BYD Song Plus vendeu 278,79% mais que seu rival da GWM no Brasil. A versão Song Premium custa R$ 299,8 mil, e entrega a motorização DM-i Super Híbrida, que combina um motor 1.5 turbo a gasolina e um conjunto elétrico dividido em dois motores, sendo um de 204 cv no eixo dianteiro e outro de 163 cv no traseiro. LEIA MAIS BMW traz versão ‘apimentada’ do SUV X2 por R$ 512,9 mil; veja o teste do g1 Pablo Di Si, executivo por trás do T-Cross, deixa a Volkswagen após 10 anos Troca de pneus: veja como ler o código do produto para escolher o modelo correto para o seu carro BYD Song Premium Sai motor aspirado, entra turbo As maiores mudanças entre o Song Plus e a variante Premium são duas: motor mais potente e visual esportivo diferente do modelo anterior. Na motorização, o novo modelo deixa de ser aspirado e adota o turbo. Mesmo ambos trabalhando com o mesmo 1.5, a troca no sistema de entrada de ar na câmara de combustão resulta em 89 cv extras para a potência. Este empurrão é maior que o Volkswagen Polo tem no motor 1.0 MPI e seus 84 cv. No caso do BYD Song Premium, são 324 cv de potência combinada. Sistema híbrido plug-in presente no BYD Song Premium divulgação/BYD Nas baterias, o BYD Song Premium tem o mesmo conjunto de 18,3 kWh presente no modelo já a venda no Brasil. Com este pacote, é possível dirigir em modo 100% elétrico por até 52 quilômetros. A segunda grande mudança fica na carroceria. Ela perde a parte frontal com grade reta e adota um visual com forte inspiração no sedan BYD Seal. Com isso o novo Song Premium alia potência extra e detalhes esportivos na parte externa. Em tecnologia, o BYD Song Premium traz sistemas de auxílio para a direção com: Controle de cruzeiro adaptativo; Frenagem autônoma de emergência; Assistente ativo de faixa; Reconhecimento de placas de trânsito; Sensor de ponto cego; Alerta para abertura de portas; Câmera 360º; Alerta de tráfego cruzado. Galerias Relacionadas O motorista pode utilizar um cartão com NFC para abertura das portas, ou transformar o celular em chave digital. Existem ainda comandos remotos por aplicativo, como ligar o veículo, acionar os faróis, ativar o ar-condicionado e destrancar as portas. A central multimídia segue o formato de tela giratória de quase todo BYD, com 15,6 polegadas e o painel de instrumentos é digital, com 12,3 polegadas. Parte do conteúdo dele pode ser projetado no vidro da frente, com destaque para velocidade e dados sobre os sistemas de auxílio para a direção. Estes são os itens de série do BYD Song Premium: Aquecimento e ventilação dos bancos dianteiros; Bancos com ajustes elétricos; Saída de ar-condicionado para a fileira traseira; Teto solar panorâmico; Sistema de som com 10 alto-falantes; Central multimídia com GPS integrado; Carregamento sem fio para celular. Ficha técnica G1 testou o novo BYD Yuan Pro

G1

Tue, 26 Nov 2024 16:26:04 -0000 -


Os lotes foram desclassificados por incluírem matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido. Ministério da Agricultura divulga marcas e lotes de café torrado desclassificados para consumo Divulgação/Mapa O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta terça-feira (26) sete marcas de café consideradas impróprias para o consumo (veja a lista completa abaixo). As marcas de café que tiveram lotes desclassificados são Conquista, Cooperbac, Fino Sabor Superior, Rio Preto, Pedrosa, Caseiro Mineiro e Café Pioneiro. Os lotes foram desclassificados porque incluem matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido em uma portaria que estabelece o padrão do café torrado. Pó de café não tem só... café; descubra o que são as impurezas permitidas por lei Segundo o ministério, matérias estranhas são detritos de qualquer natureza, sem relação com o café, tais como grãos ou sementes de outras espécies vegetais, areia, pedras ou torrões. Já impurezas são elementos provenientes do cafeeiro como cascas e paus. "Após análise dos laudos laboratoriais e notificação das empresas responsáveis, o Mapa divulga os dados e determinará o recolhimento dos produtos inadequados", informou a pasta. O órgão orientou os consumidores que compraram essas marcas a interromper o consumo e pedir a substituição conforme o Código de Defesa do Consumidor. O Café Rio Preto afirmou que "o lote informado refere-se a um café produzido no ano passado". "No mesmo período em questão fomos notificados, identificamos o problema e realizamos o recolhimento de todo o lote que na época estava no ponto de venda", afirmou a marca. O g1 procurou as demais marcas dos lotes desclassificados e aguarda posicionamento, mas não conseguiu entrar em contato com as marcas Pedrosa (Gimenez & Santos LTDA) e Café Pioneiro (Sanches & Ranussi LTDA). Marcas e lotes de café impróprios para consumo De onde vem o que eu bebo: o café especial que faz o Brasil ser premiado no exterior Sommelier de café: conheça o campeão em provar café especial

G1

Tue, 26 Nov 2024 16:17:10 -0000 -


No sábado, reportagem do Jornal Nacional mostrou que 4,4 milhões não têm banheiro em casa; dados são do Trata Brasil. 'Isso não é gasto, é decência', disse Lula, sem citar valores. Lula participa de evento da área de construção civil Reprodução/CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (26) que pediu para que o Ministério das Cidades elabore um programa federal para a construção de banheiros para os mais de 4 milhões de brasileiros que não contam com um em suas casas. Lula disse ter ficado sabendo do dado pela televisão. Os dados do Instituto Trata Brasil foram revelados nas últimas semanas em reportagens do Globo Rural e do Jornal Nacional. Ao todo, são cerca de 4,4 milhões de pessoas sem banheiro, 63% delas na região Nordeste – veja no vídeo abaixo: Saneamento básico: milhões de brasileiro não têm banheiro em casa "Eu sei o que é uma pessoa não ter um banheiro, banheiro é a coisa mais simples. E como pode ter 4 milhões de pessoas sem banheiro? Eu falei para o Jader [Filho, ministro das Cidades]: pode preparar um programa, porque nós vamos fazer os banheiros que as pessoas precisam", disse Lula. As declarações de Lula foram feitas durante evento do setor da construção civil. O presidente afirmou que não faltará crédito para a indústria ampliar seus investimentos. "Depois não venha a Fazenda falar: isso é gasto. Não venha dizer, porque isso não é gasto, é decência, é respeito. Eu vi na televisão as pessoas indo para o mato, sem lugar para tomar banho", afirmou. A vida sem banheiro O ministro das Cidades, também presente no evento, não especificou se já deu andamento no pedido de elaboração do programa. Lula disse que “se um governo não tem condição de fazer banheiro para as pessoas, não tem condição de nada”. O presidente também criticou o excesso de burocracia para a construção de obras no Brasil, como as unidades do Minha Casa, Minha Vida. ”Entre contratar e começar a fazer, é outro pequeno problema do tamanho do oceano Atlântico. Tem toda uma burocracia, mesmo no meio empresarial, para vencer barreiras, para fazer canteiro, para fazer licenciamento. é um verdadeiro inferno para você fazer as coisas andarem nesse país”, disse Lula. Quadro grave no Nordeste O levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil mostra que a falta de estrutura é ainda mais grave é na região Nordeste, sobretudo, no Maranhão — onde o problema afeta 13 a cada 100 habitantes. "Hoje nós temos 4,4 milhões de pessoas que não possuem acesso a banheiro no nosso país. 63% dos brasileiros que não têm banheiro moram na região Nordeste", afirmou ao Jornal Nacional a presidente do Instituto, Luana Pretto. Segundo ela, a principal razão para a continuidade do problema é a falta de investimentos. "[No Maranhão] Apenas R$ 25 por ano por habitante são investidos em saneamento básico, quando a média de investimento no Brasil é de R$ 111 por ano por habitante, e quando a gente deveria estar investindo R$ 230 por ano por habitante", afirma Luana.

G1

Tue, 26 Nov 2024 15:27:15 -0000 -


Empresa diz que o 'WhatsApp Pagamentos' priorizará transações por PIX, mas outras formas de pagamento no aplicativo permanecem disponíveis. WhatsApp adiciona botão para recurso de pagamentos no campo de texto Divulgação/WhatsApp O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (26) que descontinuará a função de pagamento entre pessoas com cartão de débito no aplicativo a partir de 19 de dezembro. A Meta destacou que o WhatsApp Pagamentos não será encerrado, e as demais modalidades de pagamento continuarão disponíveis no app sem alterações. Em nota enviada ao g1, a empresa explicou que a decisão de suspender a função com cartão de débito visa priorizar as transações via PIX. "Estamos avisando todos os usuários sobre o fim desta função a partir de dezembro", informou. Quando lançado, em 2021, o WhatsApp Pagamentos exigia que o usuário tivesse uma conta bancária e um cartão de débito, pré-pago ou combo das bandeiras Visa ou Mastercard, emitido por um dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi ou Woop Sicredi. Como enviar dinheiro pelo WhatsApp? WhatsApp adiciona botão para recurso de pagamentos no campo de texto Divulgação/WhatsApp A opção de transferência no WhatsApp está disponível no ícone de cifrão (R$) no campo de mensagens, ao lado das opções para enviar imagens, documentos, localização ou contatos. Toque no ícone "R$" e escolha a opção "Pagamento"; Insira o valor e uma mensagem opcional; Aperte em "Pagar" e coloque o PIN (senha) do Meta Pay; A transação vai aparecer como se fosse uma mensagem na conversa do WhatsApp, e a pessoa precisa aceitar o pagamento. Depois, o dinheiro cairá na conta dela. Se for a primeira vez usando o serviço, será preciso aceitar os termos de uso, criar um PIN (senha) do Meta Pay, cadastrar um cartão de uma das instituições parceiras e confirmar o cadastro na plataforma. Leia a nota do WhatsApp: "A funcionalidade Pagamentos no WhatsApp segue sendo prioridade para a experiência completa que queremos oferecer aos nossos usuários. No que se refere a pagamentos entre amigos e família, decidimos focar nossos investimentos nas soluções via PIX e suspender a função com cartão de débito. Estamos avisando todos os usuários no aplicativo sobre o fim desta função a partir de 19 de dezembro. Não haverá mudança no que se refere a pagamento de pessoas para empresas, que continuará aceitando todos os métodos de pagamento atualmente disponíveis no WhatsApp." LEIA TAMBÉM: Influenciadores mirins chegaram a receber bebida alcoólica como brinde de empresas de marketing de afiliados Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer Como usar duas contas do WhatsApp no mesmo celular WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Tue, 26 Nov 2024 15:05:11 -0000 -


Segundo representante das operadoras, processo de 'limpeza' do sinal — que foi concluído agora — é o primeiro passo para a chegada da nova tecnologia, que segue um cronograma de instalação. Fachada da sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) TV Globo/Reprodução A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram nesta terça-feira (26) a conclusão do processo de "limpeza" do sinal que será usado pelo 5G no Brasil. 📡A faixa de espectro funciona como uma avenida por onde trafegam os dados. No Brasil, a faixa usada pelo 5G é a de 3,5 gigahertz (GHz), antes usada por serviços de satélites e de radiodifusão, como as antenas parabólicas. Por causa disso, para o 5G ser ativado, foi necessário "limpar" a faixa, instalando filtros e kits para recepção do sinal de TV. Esse processo ficou sob a responsabilidade da EAF. A liberação da faixa anunciada nesta terça-feira (26) significa que há não há risco de interferência no sinal 5G. Dessa forma, caso queiram, as operadoras já podem ativar o 5G em qualquer cidade do país. A decisão, contudo, depende da empresa. ➡️ Ou seja, apesar de a faixa estar liberada, isso não significa que o 5G será imediatamente ativado em todas as cidades. “A liberação da faixa de 3,5 GHz é o primeiro passo necessário para a chegada do 5G. O edital do 5G fixou um cronograma de instalação da nova tecnologia, que tem sido cumprido e mesmo antecipado pelas operadoras", afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, que representa as operadoras, Marcos Ferrari. Globo vence prêmio de conectividade por projeto com câmeras 5G no BBB 📶O edital do leilão do 5G, que foi realizado em 2021, estabelece que as empresas devem ativar a tecnologia em todas as cidades até o fim de 2029.  Segundo o conselheiro substituto da Anatel, Vinicius Caram, a liberação da faixa do 5G foi concluída pela EAF com 14 meses de antecedência. Faltavam apenas 190 municípios no estado da Bahia, que foram liberados para receber o 5G em reunião do grupo de acompanhamento da tecnologia nesta terça-feira (26). Nessas cidades, a faixa do 5G estará liberada a partir de segunda-feira (2) Já a instalação dos kits para recepção do sinal da TV digital, no lugar das parabólicas, deve ser concluída até meados de 2025. A EAF é responsável por distribuir os kits para famílias que cadastradas no Cadastro Único, o CadÚnico. A princípio, o governo calculava a necessidade de instalar kits em 10,5 milhões de domicílios com antena parabólica. Esse número foi reduzido para cerca de 5 milhões, depois de um novo levantamento. Até o momento, 4,4 milhões de kits foram instalados. No entanto, Caram ressalta que as transmissões de sinal de TV na faixa usada pelo 5G já foram interrompidas pelas emissoras, o que impede interferência. "Nós não deixamos ninguém para trás, ou seja, uma pessoa que entra em contato conosco, um beneficiário do Cadastro Único, vai ser atendido independente do endereço em que reside", declarou o presidente da EAF, Leandro Guerra. Também conhecida por Siga Antenado, a EAF é a entidade criada pelas principais vencedoras do leilão do 5G, em 2021, para fazer a chamada "limpeza da faixa" usada pela tecnologia. 📡A "limpeza da faixa" é o processo de migração das parabólicas e instalação de filtros para evitar interferência de outros serviços no sinal do 5G. Para beneficiários de programas sociais do governo, é possível agendar a instalação do kit gratuito por meio do telefone 0800 729 2404 ou aqui pelo site da EAF.

G1

Tue, 26 Nov 2024 14:23:22 -0000 -


Grupo francês Tereos é dono da marca brasileira Guarani. Comunicado foi publicado na mesma semana em que o presidente do Carrefour disse que deixaria de comprar carne do Mercosul para as suas unidades na França. O CEO global da produtora de açúcar francesa, Tereos, Olivier Leducq, publicou em suas redes sociais, na quinta-feira (21), que é contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia Tereos/Divulgação O CEO global da produtora de açúcar francesa, Tereos, Olivier Leducq, publicou em suas redes sociais, na quinta-feira (21), que é contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. No comunicado, Ludecq diz que a implementação traria ao bloco uma "concorrência desleal de produtos importados que não respeitam os mesmos padrões ambientais e sociais". A Tereos é dona da marca de açúcar Guarani no Brasil. Segundo o site da empresa, o grupo Tereos é a 2° maior produtora mundial de açúcar e também a 2° maior no Brasil, mercado em que está há 24 anos. Além de açúcar, a empresa produz em larga escala etanol e energia elétrica gerada a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O comunicado ocorre em meio a protestos de agricultores franceses contra o acordo e declarações semelhantes de outras empresas, como Carrefour, em que o presidente disse que não compraria mais carnes do Mercosul para as unidades francesas do grupo. ENTENDA: saiba o que é acordo que gera tensão entre a Europa e o agro brasileiro Na declaração, Leducq afirmou que o acordo "ameaça o futuro do campo" e que "sacrificaria o futuro" dos agricultores e dos territórios franceses. Ao g1, a unidade da Tereos no Brasil disse que a declaração do CEO "em nenhuma hipótese se trata de um questionamento à qualidade dos produtos ou comprometimento do Brasil e do Mercosul com práticas sustentáveis", mas sim à necessidade de uma discussão aprofundada sobre as diferenças regulatórias entre os dois blocos. De acordo com a empresa, cerca de 60% da produção realizada no Brasil é exportada e respaldada por certificações internacionais de qualidade e sustentabilidade socioambiental. 'Mal entendido' Nesta terça-feira (26), Leducq publicou em suas redes sociais que alguns termos usados no post geraram um "mal-entendido e desviaram a atenção do tópico" e que ele "não teve a intenção de criticar a agricultura brasileira". O CEO disse que a empresa não opõe a Europa ao Brasil e que nunca questionou a capacidade do Brasil de fornecer produtos de qualidade ou seu comprometimento com uma "forte legislação local". Apesar disso, Leduq disse novamente que os agricultores franceses enfrentam mais restrições devido às regulamentações impostas, o que afetaria a competitividade entre os produtores dos dois blocos. Boicote ao Carrefour Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour A declaração de Leducq acontece em meio a de outras empresas que são contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Na quarta-feira (20), o presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, divulgou em suas redes sociais que não iria mais comprar carne do Mercosul para comercialização nos supermercados. A princípio, Alexandre Bompard não deixou claro qual era a extensão da medida. Posteriormente, a rede de supermercados explicou que a restrição valerá somente para lojas da França — que, no entanto, praticamente não vendem carne que não seja daquele país. Depois do anúncio, diversas entidades do agronegócio do Mercosul, incluindo o Ministério da Agricultura brasileiro, divulgaram notas de repúdio. Alguns frigoríficos brasileiros chegaram a interromper a venda de carnes para o grupo em uma ação de boicote, caso da JBS e da Masterboi, por exemplo. Nesta terça-feira (26), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou ter recebido uma carta com um pedido de desculpas do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. Em um dos trechos da carta, o presidente do grupo enaltece a parceria de longa data com o mercado brasileiro. Confira íntegra aqui. Íntegra do comunicado de Olivier Leducq Comunicado Oliver Leducq Reprodução / LinkedIn "No dia seguinte à cimeira do G20, uma questão paira na minha mente: que futuro para os nossos agricultores franceses se o acordo UE-Mercosul for ratificado tal como está? ➡️ As preocupações são grandes e compartilho delas. Numa altura em que os nossos cooperadores estão concentrados na implementação de práticas agrícolas regenerativas, como poderão as nossas explorações agrícolas enfrentar a concorrência desleal de produtos importados que não respeitam os mesmos padrões ambientais e sociais? Felizmente, a mobilização dos agricultores franceses e europeus durante a cimeira foi forte e continua a ser! Emmanuel Macron reafirmou claramente a oposição da França a este acordo que ameaça o futuro do nosso campo. Mas a vigilância continua essencial! Os nossos agricultores devem poder viver com dignidade do seu trabalho e produzir alimentos de qualidade, respeitando o ambiente. Concretamente, opomo-nos firmemente à assinatura do acordo Mercosul no seu estado actual. Pedimos à França que continue a apoiar esta posição e a reunir outros Estados-Membros para que este acordo não seja imposto pela Comissão Europeia. Os impactos para os setores sucroalcooleiro seriam significativos. E não faz sentido brandir cláusulas-espelho como garantia de protecção: elas são inaplicáveis. A produção agrícola francesa deve ser capaz de permanecer competitiva face aos actuais desafios agronómicos e ambientais, ao mesmo tempo que implementa gradualmente as bases da agricultura de baixo carbono. O acordo UE-Mercosul, tal como está hoje, colocaria em risco esta ambição. Juntamente com os nossos cooperadores e os sectores agrícolas franceses, digamos NÃO a um acordo que sacrificaria o futuro dos nossos agricultores e dos nossos territórios!"

G1

Tue, 26 Nov 2024 13:34:02 -0000 -


Especialistas explicam por que o preço dos alimentos, e especialmente da carne, subiu tanto nos últimos 12 meses e quais as expectativas para o ano que vem No mês passado, carne teve o maior aumento para o mês de outubro dos últimos quatro anos Getty Images via BBC Na barraca de carne em uma feira na Zona Oeste de São Paulo, a vendedora Rose Tragl, de 47 anos, conta que está com medo de espantar a freguesia se repassar para os clientes todo o aumento de preços do seu fornecedor nos últimos tempos. “Aquele filé de costela era para custar R$ 79,90 o quilo, mas mantivemos em R$ 69,90 para não perder o cliente”, diz a feirante. “Nosso lucro fica menor, mas, ao menos, a gente mantém a clientela.” O preço da carne subiu 7,54%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26/11) pelo IBGE. O levantamento foi realizado entre 12 de outubro e 12 de novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu o patamar de 4,77%, puxada pelo aumento nos alimentos e nas tarifas de energia elétrica. LEIA TAMBÉM IPCA: preços sobem 0,56% em outubro, com conta de luz e carnes mais caras Preço das carnes sobe 5,8% e é maior impacto da inflação de alimentos de outubro; veja quanto subiu cada corte Isso exige, na prática, um ajuste na mesa dos brasileiros no dia a dia e, especialmente, nas festas de fim de ano que estão chegando. Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que o preço dos alimentos vem subindo por três fatores principais: o clima, a economia brasileira aquecida e a valorização do dólar. Os analistas apontam ainda que a expectativa para os próximos meses é que os alimentos continuem a encarecer. Isso preocupa não só o cidadão comum, especialmente os mais pobres, que sentem o maior impacto no bolso. Mas também acende um alerta para o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou ao Planalto prometendo que a economia ia melhorar e que o brasileiro ia "voltar a comer picanha". Agora, a "inflação da picanha" que os brasileiros sentem na pele pode ter reflexos diretos na popularidade do seu governo — e nas ambições políticas do presidente e do PT daqui a dois anos. Por que os alimentos estão mais caros? André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), explica que duas razões principais puxaram o preço dos alimentos para cima: fatores climáticos e a valorização do dólar. “As secas deste ano atingiram algumas safras agrícolas e a pecuária, aumentando os custos de produção”, explica Braz. Com o clima mais seco e os incêndios ocorridos na Amazônia, Pantanal e Cerrado, a área de pastagem foi reduzida, e a produção de insumos usados na criação do gado, como a soja, também. "Isso afetou diretamente no custo da produção de carne", pontua o economista. O preço da carne também foi impactado por um aumento da demanda em duas frentes ao mesmo tempo: interna e externa. No mercado internacional, a valorização do dólar deixou o preço da carne brasileira mais atraente. "Entre janeiro e outubro deste ano houve um aumento de 30% na exportação de carne em relação ao mesmo período do ano passado", explica Thiago Bernardino de Carvalho, coordenador da área de pecuária no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP. No mercado interno, o brasileiro está comprando mais carne, porque a economia está aquecida, o que faz o consumo aumentar. Isso tem um efeito importante no preço da carne, porque é o mercado interno que tem o maior peso no setor. "Da produção de carne brasileira, 75% ainda é para o consumo interno", explica Carvalho. Os feirantes Rose Tragl e Sergio Silva dizem que reduziram a margem de lucro para não perder os clientes BBC uQuando a carne fica mais cara, isso tem um impacto direto não só na inflação dos alimentos, mas no índice em geral. Isso porque, dependendo da região do país, a cesta básica contém de 4,5 kg a 6,6 kg de carne. Portanto, quando o preço da carne sobe, isso puxa o valor da cesta para cima também. "Por isso, ela é a grande vilã do aumento dos preços de outubro", explica André Braz, da FGV. Mas esse não é o único item que tem pesado no bolso dos brasileiros. “Observamos aumento de vários produtos ao mesmo tempo”, afirma Patrícia Lino Costa, supervisora da área de preços do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Na carne, leite, tomate, pão francês, café, óleo de soja e manteiga”, lista ela. De fato, entre os maiores aumentos no último mês estão a laranja-lima (25%), o óleo de soja (8,38%) e o tomate (8,15%). O café subiu 2,79%, e o leite, 0,60%. Além dos problemas já apontados por Braz, Costa acrescenta que há também questões específicas que puxam para cima o preço de alguns alimentos, como, por exemplo, o café. “O Vietnã teve problema com a colheita do café, e a demanda internacional voltou para o Brasil, enquanto o clima não ajudou”, diz Lino. “E o café é um produto que tem muita especulação. Já há alguns meses o café vem subindo muito por causa disso.” Calor e dólar alto fizeram preços das frutas subirem acima da inflação Inflação maior para os mais pobres O impacto desse aumento nos preços dos alimentos é sentido de forma diferente conforme a faixa de renda. Nos cálculos do Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea), para as pessoas de renda mais baixa, cuja renda familiar é de até R$ 2.105,99, a inflação em outubro ficou em 4,99%, ao passo que para os mais ricos, que têm uma renda de mais de R$ 21.059,92, o índice ficou em 4,44%. Maria Andreia Lameiras, técnica do Ipea, explica que isso ocorre porque a renda de uma família afeta seu perfil de consumo e o peso que cada item tem no orçamento da casa. As famílias mais pobres gastam sua renda basicamente com alimentos, despesas de habitação (como as tarifas de água, luz e gás), e com transporte público, explica Lameiras. Ou seja, sempre que há um aumento forte no preço dos alimentos ou da luz, isso afeta mais as famílias mais pobres. “A inflação dos mais pobres hoje está maior porque o ano de 2024, assim como 2023, foi um ano de alta de preço de alimento”, diz a técnica do Ipea. Enquanto isso, a parcela do orçamento que os mais ricos gastam com alimentos e energia é muito menor do que a dos mais pobres. O que afeta mais o bolso dos mais ricos são aumentos nos preços dos serviços, incluindo mensalidade escolar e plano de saúde, despesas pessoais, como empregada doméstica, alimentação fora de domicílio, passagem aérea, hotel e cabeleireiro. O que esperar para 2025? Até o fim do ano, dizem os especialistas, não há espaço para redução dos preços da carne. "Nessa época do ano, existe uma demanda sazonal. O consumo da carne aumenta muito, não só a bovina, mas o de aves também", afirma André Braz, da FGV. "Essa pressão inflacionária vai persistir pelos próximos meses." No entanto, é possível haver uma desaceleração e até mesmo uma queda nos preços no primeiro trimestre do próximo ano. "Até dezembro, não tem espaço para o preço da carne cair. Mas janeiro é um período tradicional de ressaca de todos os produtos, quando há uma oferta maior e isso pode pressionar os preços para baixo", diz Thiago Carvalho. "Mas, pensando a médio e longo prazo, os preços deverão permanecer elevados." Isso porque, apesar de não haver El Niño ou La Niña em 2025, como houve em 2024, o que impactou o preço dos alimentos, as mudanças climáticas deverão seguir impactando a agricultura e a pecuária. "Os fenômenos climáticos que se tornaram mais frequentes no Brasil e no mundo contribuem para que a inflação fique mais volátil", afirma André Braz. Diante da aceleração dos preços conferida no mês passado, analistas do mercado revisaram, pela sétima vez consecutiva, as projeções para a inflação de 2024, prevendo que o ano se encerre com um aumento de 4,64%. Essa previsão é feita por meio de uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras pelo Banco Central e constam no último boletim Focus divulgado em 18 de novembro. Se a projeção for confirmada em janeiro do ano que vem, quando o IBGE divulga o acumulado do ano, significará um furo na meta de inflação prevista Conselho Monetário Internacional, de 3%, com uma margem de 1,5% para cima ou para baixo. Caso o Banco Central não cumpra a meta, o presidente da instituição — que, a partir de janeiro, será Gabriel Galípolo - deverá entregar uma carta explicando as razões para o descumprimento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Impactos para o governo Lula Do ponto de vista político, o cenário também deve permanecer pesado para o bolso. E, se ao vencer a eleição, Lula prometeu "churrasco de picanha e cerveja", talvez agora, essa promessa esteja um tanto distante do brasileiro. Embora a picanha não seja o corte que registrou a maior subida nos preços (3,6%), se comparada ao acém (10%), ao lagarto (8,5%), ou ao patinho (8,6%), todos os cortes de carne bovina estão em elevação de preços. De acordo com Rafael Cortez, cientista político da consultoria Tendências, as projeções para o próximo ano são de manutenção do câmbio em patamares elevados, fruto dos sinais que Donald Trump, presidente-eleito dos Estados Unidos, vem dando sobre sua futura gestão. "A administração Trump pode ser bem agressiva do ponto de vista de mudança de política econômica", diz Cortez. "Ele vem dando sinais de que vai deportar imigrantes, o que representa uma redução na mão de obra, e de que irá implementar políticas protecionistas, o que implica na taxa de juros." Essas políticas, se de fato forem implementadas, levarão à valorização do dólar, algo que se reflete no preço dos alimentos no Brasil. "O Brasil fica mais exposto a esse mundo pós-Trump, e podemos ter uma taxa de juros mais alta do que se esperava", diz Cortez. "O que pode até colocar em xeque a reeleição do Lula." Se seguir na mesma toada em dezembro, a gestão do petista entrará na segunda metade do mandato com desemprego baixo (6,4%), o que também se reflete nos preços mais altos. "Com a redução do desemprego, a massa salarial está crescendo, aumentando o consumo", explica Braz. Ao mesmo tempo, dados do Dieese mostram que o poder de compra do salário mínimo aumentou quase 12% no ano passado em relação a 2022, representando uma recuperação depois de cinco anos seguidos de queda. O consumo aquecido de um lado e uma inflação crescente do outro pressionam o governo Lula. Sua popularidade, no entanto, segue estável: em dezembro do ano passado, a gestão petista era considerada boa ou ótima por 38% da população, enquanto 30% achavam ruim ou péssima, e, outros 30%, regular. Já em outubro deste ano, os índices oscilaram para 36%, 32% e 29%, de acordo com levantamento do Datafolha. No entanto, ainda não se sabe o impacto que o ajuste fiscal, ainda a ser anunciado, terá na popularidade do presidente. "O governo Lula está sinalizando fazer uma agenda contrária ao ciclo eleitoral. Ele gastou mais no início do mandato e vai acabar apertando os gastos à medida que a eleição vai chegando", afirma Cortez. "A economia poderia ser um antídoto para a polarização e a agenda conservadora, mas se a economia não estiver bem, isso não será uma arma tão potente."

G1

Tue, 26 Nov 2024 13:32:22 -0000 -

Falha afetou dados vinculados a 1.378 chaves PIX, como nome do usuário, CPF, agência e conta. BC diz que dados 'sensíveis', como senhas e saldos, não foram expostos. O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (26) que identificou o vazamento de dados pessoais de clientes da Cronos Instituição de Pagamento. Esse é o décimo sétimo vazamento de dados do PIX, sistema instantâneo de pagamentos, que opera 24 horas por dia, sete dias por semana, lançado em novembro de 2020. Segundo a instituição, a falha de segurança afetou dados cadastrais vinculados a 1.378 chaves Pix, como nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, agência e número da conta. "Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", acrescentou o BC. Pix completa quatro anos e sistema é o preferido dos brasileiros para transferências Segundo o BC, as pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento. "Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail", acrescentou a instituição. O Banco Central informou, ainda, que foram adotadas as "ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente". Resposta da Cronos A Cronos Instituição de Pagamento informou ter constatado que as consultas de Chaves Pix foram realizadas exclusivamente por um único correntista "no intervalo de alguns dias, em razão de falha pontual de monitoramento". "O referido correntista foi notificado e teve a sua conta encerrada. Em razão dos protocolos de segurança mantidos pela empresa, esse cliente não teve acesso a senhas, dados de movimentações financeiras ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário", acrescentou. A instituição financeira informou, ainda, que prezando sempre pela segurança de nossos clientes e parceiros, já implementou melhorias nos seus processos de monitoramento e restrições nas consultas. "Ademais, os respectivos titulares envolvidos já estão sendo comunicados sobre o ocorrido", declarou. "Importante mencionar que, para abordar e prevenir incidentes dessa natureza, diversas melhorias na segurança no sistema da empresa já haviam sido implementadas ao longo dos últimos dois anos, inclusive a contratação de equipe interdisciplinar altamente especializada em segurança cibernética", concluiu a Cronos.

G1

Tue, 26 Nov 2024 13:28:19 -0000 -


A moeda norte-americana teve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8080. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou com um avanço de 0,69%, aos 129.922 pontos. Dólar Freepik O dólar fechou em leve alta nesta terça-feira (26), conforme investidores seguiam à espera do novo pacote de cortes de gastos do governo. A prévia da inflação oficial do país também ficou no radar. No cenário fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo concluiu a lista de medidas de corte de gastos e deve enviar ao Congresso um projeto de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema ainda nesta semana. Já Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,62% nos preços em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No exterior, ainda, o dia foi marcado pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar fechou em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8080. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,10% na semana; ganho de 0,46% no mês; alta de 19,69% no ano. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,14%, cotada a R$ 5,8059. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,69%, aos 129.922 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,62% na semana; avanço de 0,16% no mês; recuo de 3,18% no ano. Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,07%, aos 129.036 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O assunto que rege o mercado brasileiro nesta semana continua o mesmo de todo o mês de novembro: o cenário fiscal. A espera pelo anúncio do pacote de corte de gastos já dura quase um mês, já que a expectativa inicial era que o governo divulgasse as medidas logo após o fim do segundo turno das eleições municipais. Na última sexta-feira (22), o governo já anunciou um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, o governo totaliza R$ 19,3 bilhões já bloqueados nos últimos meses para tentar compensar o avanço das despesas obrigatórias, como gastos com a previdência. Mesmo com a contenção anunciada na sexta, o mercado ainda aguarda o pacote de corte de gastos para entender como o governo pretende lidar com as contas públicas nos próximos anos para cumprir o arcabouço fiscal — as regras que determinam quanto o país pode gastar para manter sua saúde financeira. Na véspera, após passar o dia em reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir os ajustes finais do pacote de cortes de gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a lista de medidas já foi concluída e que o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei e uma proposta de emenda à Constituição. Por isso, antes da divulgação, o governo vai apresentar as linhas gerais das medidas aos presidentes da Câmara e do Senado. Haddad disse que o anúncio vai ser feito ainda esta semana. A ideia é que, com os cortes de gastos, o governo consiga equilibrar a situação das contas públicas e honrar o arcabouço fiscal. Contas mais controladas são bem vistas por investidores porque aumentam a confiança de que o país será capaz de arcar com suas dívidas. Ainda no Brasil, investidores também repercutiram os novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15, considerado a prévia da inflação). O indicador registrou uma alta de 0,62% em novembro, puxada principalmente pelo grupo de Alimentação e bebidas (1,34%). O IPCA-15 ainda acumula um avanço de 4,35% no ano e de 4,77% em 12 meses. O resultado veio bem acima da média das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,48%. O número volta a colocar as expectativas pelo futuro dos juros no país em evidência. Já no exterior, o foco ficou com a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada hoje. O documento indicou que autoridades da instituição ficaram divididas sobre o quanto ainda precisariam reduzir os juros dos EUA. O grupo, no entanto, concordou que esse é o momento de evitar dar orientações muito concretas sobre como a política monetária do país deve evoluir nas próximas semanas. Além disso, o mercado também continuou a repercutir a nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro do futuro governo de Donald Trump. A leitura é que o escolhido pode tomar medidas para restringir mais empréstimos do governo, mesmo que cumpra com as promessas de campanha fiscais e comerciais. As tensões geopolíticas ao redor do mundo também seguiram no radar. *Com informações da agência de notícias Reuters

G1

Tue, 26 Nov 2024 12:50:38 -0000 -


A alta do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%) impactaram o resultado do IPCA-15 em novembro. A alta do óleo de soja (8,38%), além de outros alimentos, impactaram o resultado do IPCA-15 em novembro. Chico Escolano/EPTV O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,62% nos preços em novembro, informou nesta terça-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta da inflação foi puxada sobretudo pelo grupo de Alimentação e bebidas, que avançou 1,34% no mês e teve um impacto de 0,29 ponto percentual (p.p.) sobre o índice. Neste ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,77%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa havia sido de 0,33%. O acumulado em 12 meses também permanece acima da meta de inflação do Banco Central (BC) para este ano. A meta é de 3,0%, mas será considerada formalmente cumprida se fechar o ano entre o intervalo de 1,50% e 4,50%. IPCA-15: prévia da inflação acelera para 0,62% em novembro Com exceção de Educação, onde preços recuaram 0,01%, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de novembro. O destaque foi Alimentação e bebidas, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice. Houve uma aceleração no resultado desse grupo em relação a outubro, quando teve variação de 0,87%. Os grupos Despesas Pessoais (0,83% e 0,08 p.p.) e Transportes (0,82% e 0,17 p.p.) completam o ranking das três maiores variações neste mês. Veja abaixo a variação dos grupos em outubro Em novembro, oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta: Alimentação e bebidas: 1,34%; Habitação: 0,22%; Artigos de residência: 0,11%; Vestuário: 0,36%; Transportes: 0,82%; Saúde e cuidados pessoais: 0,18%; Despesas pessoais: 0,83%; Educação: -0,01%; Comunicação: 0,11%. Alimentação tem forte alta O grupo de Alimentação e bebidas teve o maior impacto sobre a inflação do mês, puxado principalmente pela alimentação no domicílio, que avançou de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. As maiores altas vieram do óleo de soja, com variação de 8,38% no mês, e do tomate, que teve um avanço de 8,15%. O preço das carnes, que já impactaram a inflação dos últimos dois meses, também registraram uma alta expressiva, de 7,54%. Por outro lado, a cebola (-11,86%), o ovo de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%) tiveram as maiores quedas. Já a alimentação fora do domicílio, apesar de alta no mês, apontou uma desaceleração, passando de 0,66% em outubro para 0,57% em novembro. Despesas pessoais e transportes também contribuem para maior inflação Depois de alimentação, o grupo com maior alta no IPCA-15 de novembro foi o de Despesas Pessoais, que subiu 0,83% e teve um impacto de 0,08 p.p. no índice. O item que mais contribuiu para essa alta foi o cigarro, com aumento de 4,97% nos preços , por conta da elevação da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro. Na sequência, o grupo de Transportes avançou 0,82% e teve o segundo maior impacto do mês sobre o índice, de 0,17 p.p., atrás apenas de Alimentação. O desempenho do grupo no mês foi puxado pela alta de 22,56% nos preços das passagens aéreas, enquanto o ônibus urbano subiu 1,34%. Entre os combustíveis, gás veicular (1,06%) e gasolina (0,07%) tiveram altas, enquanto etanol (-0,33%) e diesel (-0,17%) tiveram baixas.

G1

Tue, 26 Nov 2024 12:00:13 -0000 -


Carrefour Brasil começou a sofrer boicote de grandes frigoríficos após CEO global afirmar que iria interromper compra de carne do Mercosul. Carrefour recua e diz que vai mantar compra de carne do Brasil O texto publicado por Bompard, na semana passad não explicava para quais países essa medida era válida e nem especificava a quantidade de carne que o O Grupo Carrefour disse, nesta terça-feira (26), que reconhece a "grande qualidade" da carne do Brasil e faz uma retração após o CEO global da rede, Alexandre Bompard, ter dito que a empresa ia parar de comprar carne do Mercosul. Ainda nesta terça, o Ministério da Agricultura informou ter recebido uma carta assinada pelo próprio executivo. Nela, Bompard diz: "pedimos desculpas" (veja íntegra abaixo). No dia 20 de novembro, o CEO publicou uma carta em suas redes sociais, direcionada a um sindicato agrícola francês, assumindo o compromisso de interromper a venda de carne de países sul-americanos. A fala repercutiu mal no Brasil e grandes frigoríficos nacionais passaram a boicotar o Carrefour, interrompendo a venda de carne a lojas do grupo no país. No início da tarde desta terça, após a retratação do CEO, a rede de supermercados informou que os frigoríficos voltaram a fornecer o produto para a rede. Também durante a tarde, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, publicou uma carta direcionada às entidades do agro, afirmando que espera "que a partir desta retratação", "a situação volte à normalidade". Ele afirmou ainda que é preciso trabalhar "sempre no intuito de esclarecer os fatos e não deixar que declarações equivocadas deturpem a verdade." ➡️A carta que gerou polêmica Na semana passada, Bompard publicou uma carta anunciado a interrupção de compra de carne de países sul-americanos, em meio a protestos de produtores rurais franceses contrários ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Eles temem que, com esse tratado, os produtos sul-americanos fiquem mais barato no bloco, reduzindo a competitividade das mercadorias europeias. O texto publicado por Bompard, na semana passada, não explicava em quais países essa medida era válida e nem especificava a quantidade de carne que o Carrefour França comprava do Mercosul. Questionada pelo g1, a companhia explicou que a decisão só era válida para a França e que quase 100% da proteína vendida nos mercados franceses são fornecidas por produtores europeus. Na nota publicada nesta terça-feira (26), o Carrefour Global reforçou que essa política será mantida na França. "A decisão do Carrefour França não tem como objetivo mudar as regras de um mercado francês já amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais. Ela visa garantir legitimamente aos agricultores franceses, que enfrentam uma grave crise, a continuidade do nosso apoio e de nossas compras locais", disse. "Do outro lado do Atlântico, compramos quase toda a nossa carne brasileira no Brasil e continuaremos a fazê-lo", afirmou. "Lamentamos que nossa comunicação tenha sido percebida como uma contestação de nossa parceria com a agricultura brasileira e uma crítica a ela". Entenda o acordo que gera tensão entre a Europa e o agro brasileiro ➡️O que gerou a fúria do agro e do Ministério da Agricultura A fala de Bompard, na semana passada, desencadeou uma série de boicotes de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour, e ao Atacadão e Sam's Club, que também fazem parte do grupo. Um dia depois da declaração do CEO, grandes empresas, como a JBS e Minerva, além da Masterboi, boicotaram o fornecimento de carne à empresa. O movimento recebeu apoio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que explicou que o que incomodou foi o Bompard ter questionado "qualidade sanitária das carnes brasileiras". Isso porque, em sua primeira carta, o CEO disse que havia um "risco" de a França ser inundada "com carne que não atende às suas exigências e normas". 'Estou feliz', diz ministro da Agricultura sobre suspensão de venda de carne para o Carref “Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar”, afirmou o ministro, em entrevista à Globonews. Nesta terça-feira, após boicotes, o CEO afirmou: "Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor". A nota do Carrefour nesta terça-feira (26) reforçou que o grupo conhece "melhor do que ninguém os padrões que a carne brasileira atende, sua alta qualidade e seu sabor". O Carrefour afirmou, também, que nunca opôs a agricultura francesa à agricultura brasileira. "Os nossos dois países do coração têm em comum o amor à terra, à sua cultura e à boa comida". 'Agora volta tudo ao normal' Após o pedido de desculpas, Fávaro disse ao blog do Valdo Cruz que classificou a retratação como uma "vitória" do Brasil. Frisou que o país sai "fortalecido para negociações como a do acordo Mercosul e União Europeia". "Agora, tudo volta ao normal", disse. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) espera que, com isso, as operações da rede francesa sejam reestabelecidas. "A agroindústria no Brasil recebe com satisfação o pedido de desculpas e o reconhecimento da excelência do produto e do produtor brasileiro por parte do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard", disse a Abiec, em nota. Vitrine com carnes brasileiras em loja do grupo francês Carrefour, em Curitiba/PR RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Carta de retratação do CEO do Carrefour "Ao Excelentíssimo Ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Senhor Carlos Fávaro, A declaração de apoio do Carrefour França aos produtores agrícolas franceses causou discordâncias no Brasil. Como Diretor-Presidente do Grupo Carrefour e amigo de longa data do país, venho, respeitosamente, esclarecê-la. O Carrefour é um grupo descentralizado e enraizado em cada país onde está presente, francês na França e brasileiro no Brasil. Na França, o Carrefour é o primeiro parceiro da agricultura francesa: compramos quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades na França, e assim seguiremos fazendo. A decisão do Carrefour França não teve como objetivo mudar as regras de um mercado amplamente estruturado em suas cadeias de abastecimento locais, que segue as preferências regionais de nossos clientes. Com essa decisão, quisemos assegurar aos agricultores franceses, que atravessam uma grave crise, a perenidade do nosso apoio e das nossas compras locais. Do outro lado do Atlântico, no Brasil, compramos dos produtores brasileiros quase toda a carne que necessitamos para as nossas atividades, e seguiremos fazendo assim. São os mesmos valores de criar raízes e parceria que inspiram há 50 anos nossa relação com o setor agropecuário brasileiro, cujo profissionalismo, cuidado à terra e produtores conhecemos. O Grupo Carrefour Brasil é profundamente brasileiro, com mais de 130.000 colaboradores, se desenvolveu e continua se desenvolvendo sob minha presidência em parceria com produtores e fornecedores do Brasil, valorizando o trabalho do setor produtivo e sempre em benefício de nossos clientes. Nos últimos anos, o Grupo Carrefour Brasil acelerou seu desenvolvimento, dobrando tanto o volume de seus investimentos no país quanto suas compras da agricultura brasileira. Mais amplamente, o Brasil é o país em que o Carrefour mais investiu sob minha presidência, o que confirma nossa ambição e nosso comprometimento com o país. Assim seguiremos prestigiando a produção e os atores locais e fomentando a economia do Brasil. Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas. O Carrefour está empenhado em trabalhar, na França e no Brasil, em prol de uma agricultura próspera, seguindo nosso propósito pela transição alimentar para todos. Asseguro, Senhor Ministro, nosso compromisso de longo prazo ao lado da agricultura e dos produtores brasileiros. Aproveito a oportunidade para renovar os protestos de estima e consideração. Atenciosamente, Alexandre Bompard, Diretor-Presidente do Grupo Carrefour"

G1

Tue, 26 Nov 2024 11:40:16 -0000 -

Texto foi elaborado para 'moralizar' emendas parlamentares, mas sofreu críticas de entidades durante a tramitação. Nova lei restringe instrumentos do governo para bloquear recursos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (26), sem vetos, o texto aprovado pelo Congresso que pretende dar mais transparência às emendas parlamentares. As emendas parlamentares são um reserva dentro do Orçamento usadas conforme indicação de deputados e senadores. É esse o dinheiro enviado pelos parlamentares às suas bases eleitorais. O texto surgiu de uma articulação entre governo, Supremo e Congresso depois que o ministro Flávio Dino suspendeu a execução das emendas e cobrou mais transparência na alocação das verbas. Apesar disso, segundo entidades ligadas à transparência pública, o projeto não atende a todos os critérios de transparência. Os padrinhos das emendas de comissão, por exemplo, continuam desconhecidos. Essas emendas de comissão passaram a receber mais recursos depois que o STF tornou inconstitucionais as emendas de relator – conhecidas como Orçamento Secreto. Na semana passada, enquanto o texto ainda tramitava no Congresso, a Controladoria-Geral da União divulgou atualizações sobre os dados de emendas disponíveis no Portal da Transparência. A base ainda não tem a identificação de autoria de emendas que somam R$16 bilhões. Congresso aprovou projeto que regulamenta emendas; veja o que diz o texto Emendas, hoje, estão bloqueadas O pagamento das emendas parlamentares está suspenso desde agosto por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Ficaram de fora desse bloqueio, nos últimos meses, apenas aquelas emendas usadas para bancar obras já em andamento ou para atender a calamidades públicas. Essa decisão, motivada pela baixa transparência na indicação e na execução dos recursos, foi justamente o que levou Executivo, Legislativo e Judiciário a promoverem diversas reuniões para tentar moralizar e destravar esse mecanismo. Agora, com a lei sancionada, Flávio Dino deve voltar a avaliar as regras que orientam as emendas parlamentares. Congresso e Planalto esperam que, com o novo texto, as emendas possam ser pagas novamente. Não há prazo para que Dino tome uma nova decisão. Entenda os motivos do bloqueio, em vigor desde agosto, no vídeo abaixo: Dino suspende pagamento de emendas impositivas Contingenciamento, sim; bloqueio, não Durante a tramitação no Congresso, deputados e senadores votaram para autorizar o governo a contingenciar as emendas parlamentares – mas impedir que elas sejam bloqueadas. O texto foi sancionado por Lula dessa forma. Entenda a diferença: Bloqueio orçamentário O bloqueio serve para atender aos limites do arcabouço fiscal. O arcabouço define um teto para o aumento das despesas, que não podem subir acima de 70% do crescimento das receitas e só podem ter até 2,5% de aumento acima da inflação. O bloqueio, portanto, só pode ser revertido se uma outra despesa ficar abaixo do esperado – ou seja, se abrir uma folga no orçamento pelo lado dos gastos. Contingenciamento O contingenciamento, por sua vez, serve para cumprir a meta fiscal do orçamento – aquela que define se o governo pode, ou não, gastar mais do que arrecadou no ano. A meta fiscal é um objetivo definido pelo governo para gerar superávit (saldo positivo) ou déficit (saldo negativo) no caixa daquele ano. Ficar no vermelho, neste caso, significa aumentar a dívida pública federal. Na prática, o contingenciamento é mais fácil de reverter. Basta que o governo tenha mais dinheiro que o esperado no caixa do Tesouro – o que pode acontecer com o aumento da arrecadação, mesmo que a despesa fique constante. Mais transparência A nova lei define que as emendas parlamentares devem ir, prioritariamente, para o custeio de políticas públicas. Os órgãos do Executivo terão que publicar, até o dia 30 de setembro de cada ano, a lista de políticas prioritárias a serem contempladas pelas emendas executadas no ano seguinte. A lista deverá conter os projetos de investimento, as estimativas de custo e informações sobre sua execução física e financeira, além dos critérios adotados para a seleção dos investimentos em questão. O governo poderá não executar emendas que: não tenham despesa compatível com sua finalidade; não tenham projeto de engenharia ou licença ambiental prévia, se não for comprovada a capacidade dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios de fazerem a operação do projeto, sejam incompatíveis com a política pública desenvolvida pelo órgão responsável pela sua programação, como os ministérios, por exemplo. O texto também limita o tamanho do contingenciamento. O percentual de emendas suspensas deve ser, no máximo, igual ao contingenciamento feito nas outras despesas discricionárias (opcionais) do governo. Governo sofre derrota no Senado e perde possibilidade de bloquear emendas

G1

Tue, 26 Nov 2024 10:54:58 -0000 -


Não pagar a tarifa gera a mesma infração grave da evasão tradicional, com penalidade de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Pórtico do free flow Gustavo Mansur/Governo do estado O sistema de pedágio sem praças, chamado de free flow, marcou o primeiro ano de operação no Brasil com 8% de motoristas não pagando a tarifa na BR-101. A rodovia que liga a cidade do Touros (RN) com São José do Norte (RS) foi a primeira a ter esse tipo de cobrança no Brasil. Mesmo com 4.824,6 quilômetros de extensão, o free flow está presente apenas em um trecho entre três cidades do Rio de Janeiro: Itaguaí, Mangaratiba e Paraty, todas no litoral sul do estado. ✅Clique aqui para seguir canal do g1 no WhatsApp Os três pontos de cobrança do free flow tiveram a operação iniciada em março do ano passado, com dados consolidados até setembro deste ano e divulgados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Não pagar o pedágio free flow é considerado evasão de pedágio, uma infração grave, conforme o artigo 209-A do Código de Trânsito Brasileiro. A multa prevista é de R$ 195,23 e o motorista recebe cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A grande maioria dos motoristas faz o pagamento do pedágio free flow com ajuda das tags. Quem não possui a tag, precisa baixar um app para o pagamento. Segundo os dados da CCR e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o tempo para pagamento caiu drasticamente ao longo de 20 meses, passando de 54 dias em média em março de 2024, para os 6 dias entre agosto e outubro deste ano. “Este é um número relevante, considerando a região em que o free flow está inserido, local em que as tags são utilizadas, na maioria dos casos, apenas para o pagamento de pedágio”, comenta Cleber Antonio Chinelato, gerente executivo de Tecnologia da CCR. Segundo a ANTT, o sistema foi capaz de detectar 100% dos veículos que passaram pelos pórticos. Destes, 99,53% tiveram a tag corretamente lida e 99,64% das placas foram lidas sem erros. LEIA TAMBÉM: Troca de pneus: veja como ler o código do produto para escolher o modelo correto para o seu carro VÍDEO: Fiat Pulse e Fastback agora são híbridos, mas valem a pena? Veja o teste do g1 Brasil vende mais carros eletrificados em 10 meses do que em 10 anos; veja os mais vendidos Entenda como funciona o sistema de pedágio free flow Novas regras ajudam o pagamento Em outubro este ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou novas regras sobre o free flow. O novo texto substitui o conjunto de normas aprovadas em 2022, que está em vigor desde o começo do ano passado. A nova lista de regras visa facilitar a comunicação dos usuários e o uso do sistema de pedágio eletrônico, permitindo que os motoristas transitem pelas rodovias sem precisar parar para efetuar o pagamento. O que muda entre a antiga e a nova regra 💵 O prazo de pagamento do pedágio passa de 15 para 30 dias após o motorista passar pelo free flow; 🗓️ Caso a data limite para pagamento não seja considerada dia útil, o prazo será estendido até o próximo dia útil; 🙋 Os usuários poderão contestar as passagens ou valores cobrados que julgar indevidos; 💳 Todos os dados sobre cobrança passam a estar disponíveis em um local centralizado, além do aplicativo Carteira Digital de Trânsito — onde o motorista já pode acessar a CNH e até ver quantas multas tomou; 🛑 Novas placas e símbolos instalados em todos os trechos onde o pedágio free flow de livre passagem é adotado, incluindo nos acessos das vias; 🚗 Motoristas passarão a pagar apenas pelo trecho percorrido; 🧑‍🏫 Órgãos e concessionárias promoverão campanhas educativas para explicar o funcionamento do novo pedágio; 📷 As imagens capturadas do veículo serão armazenadas nos sistemas por 90 dias contados da data da passagem, ou cinco anos para motoristas que não pagaram o pedágio; 🏡 Veículos registrados no exterior não poderão deixar o país até o pagamento de todas as passagens nos pedágios eletrônicos. Como trocar o filtro de ar?

G1

Tue, 26 Nov 2024 08:01:50 -0000 -


Discussão sobre carga de trabalho semanal voltou à tona nas últimas semanas em razão da PEC que quer reduzir a jornada máxima de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais. Trabalhadores do setor automobilístico Adobe Stock A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 11% dos trabalhadores no Brasil estão submetidos a jornadas longas, que se caracterizam por superar 48 horas semanais. O número é inferior à média de 17,7% dos trabalhadores registrada em 163 países pesquisados. Com isso, a OIT indica que os trabalhadores com longas jornadas, no Brasil, estão abaixo da média mundial. Os dados, que não englobam alguns países importantes, como a China e a Alemanha, constam em ranking divulgado na página da OIT. A organização não explicita o ano em que a pesquisa foi feita em cada país. Brasileiros na Islândia descrevem rotina em país com jornada de trabalho reduzida: ‘Parei de só ver a vida passar’ O mesmo levantamento mostra que a carga horária média no Brasil, de 39 horas semanais, é superior aos EUA e Reino Unido, mas fica abaixo da Índia e do México. 🔎A carga de trabalho semanal voltou à tona nas últimas semanas em razão da proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer reduzir a jornada máxima de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais. Como funciona carga horária de trabalho pelo mundo? Conceito de jornada longa de trabalho De acordo com relatório da OIT divulgado no começo do ano passado, a definição de que uma jornada longa de trabalho supera 48 horas semanais está consistente com as normas trabalhistas internacionais relevantes, como a Convenção Nº. 1 e as Horas de Trabalho Convenção (Comércio e Escritórios). "Longas horas de trabalho têm um efeito negativo no equilíbrio entre vida profissional e pessoal dos trabalhadores, enquanto horas de trabalho mais curtas podem ajudar a facilitar esse equilíbrio", diz o relatório intitulado "Tempo de trabalho e equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao redor do mundo". De acordo com o documento, a organização do horário de trabalho, com horários previsíveis ou flexíveis, pode ajudar a melhorar a qualidade do trabalho, com subsequente equilíbrio de vida. Avalia, ainda, que horários imprevisíveis têm o efeito oposto. "Em resumo, tanto o número de horas de trabalho e a organização do horário de trabalho têm impacto no equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos trabalhadores", acrescentou. Segundo a OIT, estudos revelam que longas horas de trabalho são um importante prognóstico de conflito entre a vida profissional e pessoal, que resultam em menor envolvimento na vida comunitária e cívica, com impacto também nas taxas de fertilidade. Fim da jornada 6x1 A proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais recebeu nesta quarta o número necessário de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados. 🔎Para se tornar uma matéria em tramitação na Câmara, a proposta precisava de, no mínimo, 171 assinaturas dos 513 deputados. 🔎O protocolo da proposta é apenas o início da discussão, que precisará passar por comissões especiais na Câmara e no Senado até a aprovação (leia mais abaixo). O tema ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias e tem dois objetivos principais: acabar com a possibilidade de escalas de 6 dias de trabalho e 1 de descanso, chamada de 6x1; alterar a escala de trabalho para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o fim de semana. Em nota (veja íntegra aqui), o Ministério do Trabalho afirmou que tem "acompanhado de perto o debate" e que a redução da jornada é "plenamente possível e saudável", mas a questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. Atualmente, a Constituição estabelece que a jornada de trabalho normal: ✏️não pode ser superior a 8 horas diárias; ✏️não pode superar 44 horas semanais; ✏️poderá ser estendida por até 2 horas. Caminho da PEC O caminho para aprovar uma PEC na Câmara é longo. Depois de conquistar os apoios necessários e apresentar a proposta, a discussão na CCJ da Casa é a primeira etapa do caminho até a aprovação. A Comissão de Constituição e Justiça analisa a admissibilidade da proposta — sem avaliar e fazer mudanças no mérito (texto) da proposição. Se aprovada, é enviada para uma comissão especial. Cabe à comissão especial analisar o mérito e propor alterações à proposta. Regimentalmente, o colegiado tem até 40 sessões do plenário para concluir a votação do texto. Se isso não ocorrer, o presidente da Câmara poderá avocar a PEC diretamente para o plenário — isto é, colocar em votação direta pelo conjunto dos deputados. ✏️Depois da passagem pela comissão especial, a PEC fica apta a ser votada pelo plenário. Lá, a proposta precisa reunir ao menos 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. ✏️Concluída a análise na Câmara, o texto seguirá para o Senado. Por lá, a proposta também precisará ser votada e aprovada por, no mínimo, 49 senadores. ✏️Com a aprovação nas duas Casas, a PEC poderá ser promulgada — ato que torna o texto parte da Constituição — pelo próprio Congresso. PEC que propõe fim da escala 6x1 ganha forças nas redes Opinião dos sindicatos e empresas Enquanto os sindicatos, que defendem o fim da chamada jornada 6 por 1, avaliam a mudança da regra poderá estimular o surgimento de milhões de vagas de trabalho, representantes dos empresários, contrários à alteração, estimam que ela poderá gerar uma "onda de demissões" na economia. Antecipando o debate no Congresso Nacional, o g1 colheu a posição de centrais sindicais, representantes de trabalhadores. Nota assinada pelos presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CSB, NCST e pela secretária-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora diz que, com o avanço da automação e mudanças tecnológicas no processo de produção, o mundo do trabalho já não é o mesmo de 1988 — quando foi fixada a jornada máxima de 44 horas semanais. "Já está mais do que na hora de reajustar essa jornada, sem reduzir os salários e os empregos (...) A 'viralização', como se diz no jargão das redes sociais, do tema 'fim da escala 6x1', mostra que se trata de um forte anseio da classe trabalhadora. Os brasileiros querem mais qualidade de vida, bem-estar e menos doenças ocupacionais", diz o documento das centrais sindicais. Na nota, as centrais avaliam também que os trabalhadores "querem trabalhar com base em relações mais humanizadas". "Isso é possível e é mais do que justo", informam. "E experiências, como a semana de 4 dias, já implementadas em outros países e em algumas empresas brasileiras, mostram que a jornada reduzida aumenta a produtividade do trabalho e estimula a criação de novos postos. No Brasil poderá estimular o surgimento de até seis milhões de vagas de trabalho", acrescentam os sindicatos, em seu posicionamento. Já a Associação Brasileira das Organizações da Sociedade Civil (Abong) afirmou, por meio de nota pública, a "necessidade de condições dignas de trabalho e alternativas mais sustentáveis para a população". Avalia que o desgaste gerado pela escala 6x1 "não é apenas uma questão de justiça social", pois também "impacta diretamente a qualidade dos serviços oferecidos por ONGs e OSCs em áreas essenciais como assistência social, educação, saúde e defesa de direitos humanos”. "A jornada 6x1, que impõe seis dias consecutivos de trabalho com apenas um dia de descanso, prejudica particularmente os grupos historicamente marginalizados, como pessoas pobres, mulheres, pessoas negras e LGBTQIAP+. Estes profissionais, que muitas vezes enfrentam múltiplas opressões e sobrecargas, veem sua saúde física e mental ainda mais impactada por essa rotina exaustiva", diz a entidade, em nota pública. Indústria de alimentos puxa a queda da produção industrial Jonathan Campos/AEN-PR LEIA MAIS: Escala 6x1: proposta sobre redução de jornada alcança assinaturas e será protocolada, diz deputada Semana de 4 dias: por que algumas empresas decidiram não manter todas as folgas após teste As experiências de outros países com jornada de trabalho reduzida Contrária à mudança, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que representa setores com peso expressivo no Produto Interno Bruto (PIB) do país, afirmou entender e valorizar as iniciativas que visam promover o bem-estar dos trabalhadores e ajustar o mercado às novas demandas sociais. Entretanto, avaliou que a "imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas". "Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais", diz. "O impacto econômico direto dessa mudança poderá resultar, para muitas empresas, na necessidade de reduzir o quadro de funcionários para adequar-se ao novo cenário de custos, diminuir os salários de novas contratações, fechar estabelecimento em dias específicos, o que diminui o desempenho do setor e aumenta o risco de repassar o desequilíbrio para o consumidor", avaliou a CNC, por meio de nota. "Com isso, antecipamos que, ao invés de gerar novos postos de trabalho, a medida pode provocar uma onda de demissões, especialmente em setores de mão de obra intensiva, prejudicando justamente aqueles que a medida propõe beneficiar", prosseguiu a entidade. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, opinou que a redução da jornada de trabalho para menos de 44 horas semanais, é uma tema a ser tratado por empresas e trabalhadores em processos de negociação coletiva. Para a entidade, uma eventual imposição por lei de limite inferior a 44 horas para o trabalho semanal "não só enfraquece o processo de diálogo entre empregadores e empregados, como desconsidera as variadas realidades em que operam os setores da economia, os segmentos dentro da indústria, o tamanho das empresas e as disparidades regionais existentes no país". "Uma eventual redução obrigatória, estabelecida por lei, deve produzir efeitos negativos no mercado de trabalho e na capacidade das empresas de competir, sobretudo aquelas de micro e pequeno porte. Assim, para a CNI, a negociação coletiva é o melhor caminho para que empresas e trabalhadores encontrem as soluções em acordo com as respectivas realidades econômicas e produtivas", diz a CNI, em nota.

G1

Tue, 26 Nov 2024 07:01:43 -0000 -


A rede norte-americana de lojas de departamento informou que não há evidências de que os registros incorretos tenham impactado os pagamentos a fornecedores ou o caixa da empresa. Consumidor em frente a uma loja da Macy's, em Manhattan, nos EUA. Reuters A rede norte-americana de lojas de departamento Macy's revelou nesta segunda-feira (25) que um funcionário ocultou até US$ 154 milhões (R$ 893 milhões) em despesas por meio de registros contábeis falsos durante mais de três anos. A Macy's, que realizará seu tradicional desfile anual do Dia de Ação de Graças na quinta-feira (28) em Manhattan, nos Estados Unidos, adiou a divulgação completa dos resultados do terceiro trimestre após a descoberta. Após uma investigação independente e uma auditoria especial, a Macy's identificou que um único funcionário responsável pela contabilidade de despesas com entregas de pequenos pacotes realizou intencionalmente registros contábeis acumulados incorretos. LEIA TAMBÉM Trump diz que vai taxar todos os produtos do México e Canadá Caso Carrefour: Lira critica protecionismo e diz que Congresso vai pautar reciprocidade econômica Grupos agrícolas dos EUA querem que Trump poupe seus trabalhadores da deportação Segundo a empresa, ele ocultou entre US$ 132 milhões e US$ 154 milhões em despesas de entregas. O valor acumulado compreende o período do quarto trimestre de 2021 até o trimestre fiscal encerrado em 2 de novembro de 2024. A Macy's afirmou que não há evidências de que os registros incorretos tenham impactado os pagamentos a fornecedores ou o caixa da empresa e que o funcionário responsável já não faz parte da empresa. "A investigação não identificou a participação de nenhum outro funcionário" nas falhas contábeis, declarou a empresa, acrescentando que "a companhia está adiando a publicação de seus resultados" até que "a investigação independente seja concluída". A Macy's não respondeu imediatamente aos questionamentos da AFP sobre o caso. A rede, que fechou centenas de lojas nos últimos anos devido a mudanças no comportamento dos consumidores, informou que as vendas gerais diminuíram 2,4%, atingindo US$ 4,7 bilhões (R$ 27,2 bilhões) no terceiro trimestre, segundo dados preliminares. Trump completa indicações de futuros secretários

G1

Tue, 26 Nov 2024 07:00:31 -0000 -


Em entrevista ao podcast Educação Financeira, a especialista Ana Leoni diz que essa é uma boa época para refletir sobre as finanças e iniciar uma mudança de comportamento para o próximo ano. George Dolgikh/Pexels Dinheiro na mão em época de muitas promoções e campanhas chamativas pode ser sinônimo de exagero nos gastos e compras por impulso. Esse é um clássico de fim de ano, quando se juntam a Black Friday, o Natal e o 13º salário. O pagamento do 13° para milhões de trabalhadores acontece até o final desta semana. Em boa parte das empresas há ainda outras gratificações de encerramento de ano e pagamento de bônus. É um terreno fértil para o consumismo. Mas para Ana Leoni, educadora financeira e CEO da Planejar, a oportunidade de usar bem essa grana extra pode também representar uma possibilidade de refletir sobre as compras por impulso, sobre a direção dos gastos do dia a dia e se há necessidade de uma mudança de comportamento financeiro para o próximo ano. LEIA TAMBÉM 13° salário: veja que cuidados tomar para que o dinheiro extra no fim do ano não evapore Extrato bancário, classificação dos gastos, análise comportamental: como fazer um bom balanço de 2024 Como construir um orçamento familiar eficiente para 2025? Veja o passo a passo A especialista foi a convidada do terceiro episódio da nova temporada do podcast Educação Financeira, que fala sobre como organizar as contas ainda neste ano para começar o próximo com o pé direito. Veja a íntegra da entrevista ou os principais cortes da conversa mais abaixo: Ana Leoni fala ao podcast Educação Financeira sobre compras por impulso no fim de ano Nesta reportagem você vai ver: Como o consumismo pode representar alguma falta em outra área da vida; Como uma mudança na forma de gastar dinheiro pode evitar compras por impulso; Quais atitudes podem ajudar a conter o impulso por consumir. Todo excesso esconde alguma falta 'Todo excesso esconde alguma falta', diz Ana Leoni sobre o consumismo O consumismo é o consumo exagerado, seja de bens ou serviços, muitas vezes de coisas supérfluas para a vida de quem consome. Mais que isso, explica Ana Leoni, há outros dois fatores particulares que ajudam a identificar esse problema: O ato de exagerar costuma estar relacionado a um estilo de vida que a pessoa quer ter (ou parecer que tem); A reação ao consumo costuma ser cercada de sentimentos negativos, como culpa e frustração. 1️⃣ Embora o consumismo não seja novidade, ele aparece com mais frequência hoje em dia porque a forma de consumir, de se comunicar e de desejar ficaram diferentes — e agora são mais fáceis, graças às redes sociais. Influenciadores digitais e até o conteúdo editado de pessoas comuns mostram apenas os recortes felizes de suas vidas. Em busca de um modelo parecido, o consumidor passa a buscar os mesmos produtos, bens e serviços que proporcionem esse estilo de vida, explica Ana Leoni. "Quando a gente olha uma foto muito editada, muito legal na rede social, em que a pessoa está ali naquele lugar paradisíaco, tomando um champanhe caríssimo, vestindo roupa da grife da vez... ao tentar replicar aquela imagem, consumindo aquela coisa, viajando para aquele lugar, a pessoa busca sentir o que aquela foto expressa, aquela liberdade, aquela satisfação, aquela delícia de estar naquele ambiente." Sobre essa necessidade de reafirmação, Ana fiz que "todo excesso esconde alguma falta" e o consumismo é "um sintoma de alguma coisa mais profunda que a pessoa tenha", como a vontade de ser aceito em um grupo social ou suprir faltas de algo que se teve na infância, por exemplo. Tudo piora com o acesso tão facilitado às compras, disponíveis em poucos passos pela internet. "As pessoas antes precisavam se deslocar para comprar qualquer coisa, hoje tudo está a um clique e com muitos gatilhos para te fazer comprar", diz a especialista. Ana Leoni diz que excessos podem acontecer, mas não podem esconder outras frustrações 2️⃣ Com tanto afobamento e motivação tão supérflua, é comum que outra forte característica do consumismo seja o sentimento negativo que se segue à compra. "Quando a pessoa consegue comprar tudo aquilo (que desejou para alcançar o ideal de felicidade), não necessariamente ela vai sentir para ela aquilo que ela projetou com aquela foto (nas redes sociais), e aí vem a frustração muito forte", diz Ana Leoni. "O dinheiro é feito para gastar, mas não tudo de uma vez e não em qualquer coisa, essa é uma distinção", comenta. "O problema é você colocar no ato de consumir a busca de uma sensação que você não está encontrando em outro lugar". Volte ao início. Mudando a forma de gastar dinheiro Mudar a forma de gastar dinheiro pode evitar compras por impulso no fim de ano Apesar de o sentimento negativo ser um sintoma comum, o consumismo pode também se tornar um vício, pelo prazer no ato de comprar. Para casos assim, é importante buscar ajuda especializada, para que a vida financeira não vire uma bola de neve. Em casos menos graves, alguns exercícios podem ajudar a corrigir rotas prejudiciais e a diminuir o impulso pelo consumo. Ana Leoni diz que é importante, por exemplo, inverter a forma de gastar dinheiro. Para a especialista, o modelo de gastos ideal segue a seguinte ordem de prioridades: Pagar as contas necessárias; Investir uma parte do dinheiro, mesmo que seja uma quantia pequena; Gastar apenas o que sobra depois disso. "Essa é uma organização financeira mais eficiente e que, independentemente do orçamento, aproxima mais [a pessoa] da independência financeira", explica. A chegada do 13° salário e outros "extras" podem ajudar a colocar esse modelo em prática. Em vez de usar o dinheiro para comprar presentes ou esbanjar com roupas novas, vale já separar uma fatia para arcar com os gastos de começo de ano — como IPTU, IPVA, mensalidade escolar e férias —, investir um pedaço e, só então, pensar em outros desejos menos prioritários. Volte ao início. Dicas para evitar compras por impulso Veja dicas de como tomar cuidado com o impulso para consumir no fim do ano Ana Leoni também traz outras dicas que podem ajudar a evitar compras por impulso no fim do ano, quando o dinheiro que cai a mais vira tentação. As orientações também podem ser levadas adiante no decorrer de 2025. Evitar compras por ocasião O primeiro passo para evitar compras por impulso é saber o que vai comprar e se manter fiel ao que foi definido. Isso vale para todo tipo de compra, dos supermercados às lojas de roupas. Sabendo o que realmente precisa ser comprado — mesmo que a compra não seja de necessidades básicas —, a pessoa consegue buscar o produto de forma mais certeira. Atenção aos gatilhos de marketing Campanhas publicitárias de fim de ano podem ser mais agressivas para estimular o consumo nessa época. Os gatilhos de marketing sempre vão fazer com que as promoções pareçam um ganho, não um gasto. A estratégia, então, é sempre se perguntar se também compraria aquele mesmo produto se o preço dele fosse maior. Se a resposta for não, cabe avaliar se a compra é realmente necessária. Vale tomar cuidado também com os gatilhos para comprar mais, como a oferta de frete grátis apenas para compras acima de determinado valor. Se para ter um frete de R$ 20 grátis, por exemplo, for necessário gastar mais R$ 50, a compra pode não compensar. Não à "Síndrome do Papai Noel" O desejo de presentear pessoas próximas também pode acabar mal. Ana chama a situação de "síndrome do Papai Noel". O desejo de agradar as pessoas queridas pode gerar muitas compras por impulso e até resultarem em um gasto acima do que é possível arcar. A educadora financeira, entretanto, destaca que há outras formas de agradar que não seja fundamental comprar um presente para cada um. Sugerir um "amigo secreto", por exemplo, pode funcionar muito bem, pois estipula um preço para o presente, sem gerar constrangimentos quando uma pessoa ganha algo mais caro do que outra. É importante 'deixar a síndrome do Papai Noel de lado', diz Ana Leoni Volte ao início. 🎧 OUÇA O PODCAST EDUCAÇÃO FINANCEIRA

G1

Tue, 26 Nov 2024 07:00:26 -0000 -


Clientes têm até hoje, 26 de novembro, para pedir inclusão na lista de credores ou correção de inconsistências nos valores a serem devolvidos pela empresa. Banner da 123 Milhas Reprodução/TV Globo Os consumidores prejudicados pela 123 Milhas têm até esta terça-feira (26) para consultar a lista de credores e, se necessário, solicitar a inclusão e a correção de valores devidos (veja o passo a passo abaixo). Após este prazo, só será possível requisitar eventuais alterações via judicial, ou seja, movendo um processo contra a empresa, segundo a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG). Orientações O edital com as regras e o site que convocou os mais de 800 mil credores do grupo foi publicado no fim de outubro. A Defensoria Pública do estado preparou uma cartilha com orientações para os consumidores lesados que têm valores a receber. O documento foi elaborado pela Coordenadoria Estratégica de Tutela Coletiva do órgão, que conduz a ação civil pública ajuizada para buscar indenização aos clientes. De acordo com o órgão, a fase atual, em que os consumidores podem solicitar inclusão na lista de credores ou correção de inconsistências, é extrajudicial, e não é necessário contratar advogados. Veja as principais orientações da cartilha e tire suas dúvidas: Quem deve estar na lista de credores? Todas as pessoas que têm valores a receber de 123 Milhas ou HotMilhas por contratos celebrados até 29 de agosto de 2023. Esse grupo inclui, entre outros, clientes que não receberam passagens aéreas compradas ou tiveram reservas de hospedagens canceladas e consumidores que possuem créditos ou reembolsos ainda não quitados. Como consultar a lista de credores? Acesse o site criado pela administração judicial (rj123milhas.com.br); Clique em "Lista 123 Milhas", na parte superior da página, digite o nome na caixa “Buscar pelo nome do credor” e clique em filtrar; Confira se seu nome, os dados e o valor devido estão corretos. Observação: também é possível checar se o nome está na lista de outras formas: Fazendo cadastro no site (veja mais abaixo como fazer). Nesse caso, o portal informa automaticamente se o seu CPF está incluído na lista; Consultando os arquivos PDFs com as listas completas disponíveis no site. Para isso, clique em “Lista de credores em PDF” um pouco abaixo na página “Lista 123 Milhas”; Via chatbot, que está disponível aqui. 🤔 Em caso de dúvidas, entre em contato pelo telefone 0800 123 6347, WhatsApp (51) 3369-5042 ou e-mail contato@rj123milhas.com.br. Situações possíveis A partir da consulta, é possível se deparar com três situações. Veja o que fazer em cada uma: Nome e valores constam na lista e estão corretos ➡️ Selecione “Clique aqui” e manifeste a sua concordância. Não há mais o que fazer nesse momento​; Nome não está na lista ➡️ Faça habilitação de crédito (veja abaixo); Nome está na lista, mas os valores estão errados ➡️ Apresente divergência (veja abaixo). ⚠️ Para pedir a inclusão do seu nome na lista (habilitação de crédito) ou a correção dos valores devidos (apresentar divergência) é necessário fazer cadastro no site. Como fazer o cadastro no site? Acesse o site rj123milhas.com.br e clique na opção “Cadastre-se/Login”; Você será encaminhado para uma página onde é possível realizar o login ou criar uma nova conta; Selecione a opção disponível ao final da frase "Você ainda não possui uma conta? Clique aqui"; Você será direcionado para um formulário de cadastro e deverá preencher as informações e, em seguida, clicar em "Enviar"; Um e-mail de confirmação será enviado ao e-mail cadastrado; Entre no e-mail, abra a mensagem enviada e siga as instruções para ativar a conta (sempre cheque a pasta Spam/Lixo Eletrônico); Após ativar a conta, informe o e-mail e a senha cadastrada e faça login na plataforma. Como pedir para inclusão de nome na lista (habilitação de crédito)? Faça login na plataforma (veja acima); Selecione a opção “Área do Credor” na parte superior da página e, em seguida, o item “Habilitações e Divergências"; Clique na opção disponível na parte inferior da página onde está escrito: "Você não está na lista de credores. Caso queira se habilitar, clique aqui"; Informe se você tem uma ação judicial em andamento contra o grupo 123 Milhas. Se for o caso, coloque os dados do processo. É possível incluir mais de um; Clique na opção ao lado de “Para adicionar um novo negócio”; Você será direcionado a um formulário. Preencha as informações, indicando os dados do contrato feito com as empresas do grupo 123 Milhas (ex. comprovantes de pagamentos, confirmação de compra de passagem aérea ou pacote de viagem, comprovante de venda de milhas, entre outros); Confirme as informações e veja se você recebeu uma confirmação do pedido. Ela deve estar na aba “Área do Credor/Habilitações e Divergências” e no e-mail cadastrado; Agora, é só esperar. A resposta deve ser enviada até 90 dias do prazo final para envio dos pedidos. Observação: é possível selecionar "adicionar um novo negócio" outras vezes e adicionar novos itens, mas devem ser juntados documentos para cada caso. Como pedir a correção de valores (apresentar divergência)? Faça login na plataforma (veja acima); Selecione a opção “Área do Credor” na parte superior da página e, em seguida, o item “Habilitações e Divergências"; Clique em "Clique aqui para Concordar ou Discordar do valor apresentado"; Vai aparecer a pergunta: "Você concorda com o valor de X?". Selecione a opção "Não"; Você será direcionado para um formulário, preenche os dados que comprovem o valor devido pela empresa (ex. comprovantes de pagamentos, confirmações de compra, conversa com a empresa, entre outros pontos); Confirme as informações e veja se você recebeu uma confirmação do pedido. Ela deve estar na aba “Área do Credor/Habilitações e Divergências” e no e-mail cadastrado; Agora, é só esperar. A resposta deve ser enviada até 90 dias do prazo final para envio dos pedidos. É preciso fazer algo se os dados e o valor a receber estiverem corretos? Consumidores que não encontraram inconsistências na lista devem apenas manifestar a concordância e aguardar as próximas fases do processo de recuperação judicial. O que acontece após o envio dos dados? Após o envio dos dados, o site vai gerar um protocolo. É importante anotar o número e baixar o arquivo. A administração judicial vai conferir os documentos e os dados antes de fazer a inclusão ou a retificação solicitadas. Quando os valores devidos serão pagos aos consumidores? Os valores devem ser pagos após a aprovação do plano de recuperação judicial, que deve ser apresentado em 60 dias. Justiça determina a retomada da recuperação judicial da 123 Milhas LEIA TAMBÉM: Justiça volta a determinar retomada de recuperação judicial da 123 Milhas Consumidores poderão cobrar valores devidos pela 123 Milhas por meio de site; veja como Vídeos mais vistos no g1 Minas:

G1

Tue, 26 Nov 2024 03:01:22 -0000 -


Candidatos poderão verificar se tiveram o cadastro aceito, após confirmação do pagamento e análise dos critérios para concorrer às vagas reservadas. Agência dos Correios de São José dos Campos (SP) Pedro Melo/TV Vanguarda Os Correios divulgaram, nesta terça-feira (26), as inscrições efetivadas no seu concurso público em andamento, que vai preencher mais de 3 mil vagas de nível médio e superior em todo o país. As listas com os nomes dos inscritos podem ser acessadas na página oficial da seleção, na aba "situação da inscrição e correção cadastral". Os interessados tinham até o fim de outubro para se inscrever. Agora, poderão verificar se tiveram o cadastro aceito, após confirmação do pagamento e análise dos critérios para concorrer às vagas reservadas para negros, indígenas e pessoas com deficiência. Quem teve a inscrição negada poderá entrar com recurso das 10h de quarta-feira (27) até as 17h de quinta (28), no mesmo site. Por que o concurso dos Correios era tão esperado? 📱 Siga o canal do g1 Concursos no WhatsApp O edital de convocação para as provas, com o nome dos candidatos, será publicado no dia 6 de dezembro. Já os locais de aplicação serão divulgados no dia 9, e o exame está previsto para 15 de dezembro. Pelo menos 1,6 milhão de pessoas se inscreveram no concurso, informou a estatal no início de novembro, superando o total de inscritos na última seleção em âmbito nacional dos Correios, em 2011. Na época, 1,1 milhão de candidatos se cadastraram para concorrer a mais de 9 mil oportunidades. Agora, são 3.511 vagas imediatas: 3.099 de nível médio, para o cargo de carteiro, e 412 de nível superior, em várias áreas. (leia mais abaixo) Atualmente, o concurso recordista em número de inscritos no país é o Concurso Nacional Unificado (CNU), que ocorreu pela primeira vez em agosto deste ano, para preencher 6,6 mil vagas. Foram 2,1 milhões de inscrições, mas apenas 970 mil candidatos compareceram às provas. O concurso dos Correios Correios lançam edital pra mais de 3 mil vagas com salários de até R$ 6 mil As vagas do concurso dos Correios estão distribuídas em dois editais, elaborados pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC): 3.099 são para o cargo de carteiro (agente de Correios), com salário inicial de R$ 2.429,26. Veja o edital. A carreira é de nível médio, ou seja, exige que o candidato apresente, após a aprovação, o certificado de conclusão ou diploma do ensino médio (colegial), mas ele não precisa ter feito faculdade. 412 oportunidades são para analista de Correios, de nível superior, e têm salários iniciais de R$ 6.872,48. Veja o edital. Nesse caso, os cargos são de várias especialidades diferentes e exigem que o candidato tenha formação na área em que vai atuar. Há vagas para advogado, analista de sistemas, arquiteto, arquivista, assistente social e engenheiro. Tanto para os funcionários da carreira de nível médio como para os de nível superior, os Correios oferecem um vale-alimentação/refeição de aproximadamente R$ 1,4 mil, além de benefícios como vale-transporte, auxílio-creche e possibilidade de adesão ao plano de saúde. 📍 As oportunidades estão distribuídas em várias cidades em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. (veja o mapa) E, do total de vagas a serem preenchidas, 30% são reservadas para negros (pretos e pardos) e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. As provas terão 50 questões de múltipla escolha. Os candidatos aos cargos de nível superior terão também que escrever uma redação. Veja abaixo: O que estudar para as provas; Qual é o perfil da banca IBFC.

G1

Tue, 26 Nov 2024 03:00:39 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.800 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 55 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (26), em São Paulo. No concurso do último sábado (23), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega-Sena tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Tue, 26 Nov 2024 03:00:37 -0000 -

Marina reforçou que tanto o Carrefour quanto os frigoríficos têm liberdade para decidir suas práticas comerciais. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que considera legítimo o boicote dos frigoríficos brasileiros ao Carrefour, em resposta à decisão da rede francesa de suspender a compra de carne brasileira. Contudo, Marina destacou a necessidade de governos e empresas apresentarem respostas efetivas à crise climática, que ela considera um ponto-chave no impasse entre os produtores brasileiros e o Carrefour. “A opinião pública vai cada vez mais nos pressionar. Governo, empresas, para que a gente dê conta do problema do clima, que está completamente descontrolado e ameaçando o futuro da vida do planeta. As mobilizações, as pressões que a sociedade vai fazer em relação aos governos e às empresas vão aumentar significativamente. O que nós temos é que fazer cada vez mais o dever de casa,” disse Marina. Marina reforçou que tanto o Carrefour quanto os frigoríficos têm liberdade para decidir suas práticas comerciais. “Assim como é legítimo as empresas brasileiras se recusarem a vender, é a lei do livre mercado, do livre comércio. Do mesmo jeito que você é livre para vender, para transacionar, você é livre também para não fazer negócios,” pontuou a ministra. Entenda o que fez os frigoríficos brasileiros pararem de vender carne ao Carrefour Marina destacou que o governo está empenhado em agregar valores éticos e sustentáveis à produção brasileira. “Nossa agricultura, os nossos produtos têm valor mais do que nutricional, têm valor mais do que sanitário. Eles têm valor ético, valor social. Não são produzidos em função de desmatamento, exploração inadequada da força de trabalho ou pressão sobre comunidades locais e populações indígenas.” A ministra concluiu afirmando que a solução para a crise climática e conflitos como o do Carrefour passa pela convergência entre o setor público e privado. “Quanto mais formos capazes de criar essa aliança, essa convergência, mais nós vamos ganhar, seja internamente quanto externamente.”

G1

Tue, 26 Nov 2024 01:19:52 -0000 -


Presidente eleito dos EUA afirmou que tarifas serão mantidas até que os países vizinhos tomem medidas rigorosas contra o tráfico de drogas e o fluxo de imigrantes. Trump na conferência Bitcoin 2024, em 27 de julho, em Nashville, no Tennessee (EUA). Jon Cherry/GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP O presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (25) que vai taxar em 25% todos os produtos do México e do Canadá que entrarem no país, informou a agência de notícias Reuters. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo ele, as tarifas permanecerão em vigor até que os dois países tomem medidas rigorosas contra o tráfico de drogas, principalmente de fentanil, e contra o fluxo de imigrantes ilegais. "Em 20 de janeiro, como uma das minhas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos e suas absurdas fronteiras abertas", disse Trump na rede Truth Social. Leia também: Joe Biden confirma participação na posse de Donald Trump Promotor desiste de acusação contra Trump sobre tentativa de anular eleições de 2020 Biden 'perdoa' perus durante cerimônia de Ação de Graças De acordo com a agência, Trump prometeu ainda uma tarifa adicional de 10% sobre importações da China por causa da entrada de fentanil — opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína — no país. O presidente eleito acusou Pequim de não tomar medidas fortes o suficiente para interromper o fluxo de drogas ilícitas que atravessam a fronteira do México para os Estados Unidos. "As drogas estão entrando no nosso país, principalmente através do México, em níveis nunca antes vistos", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. "Até que isso pare, cobraremos da China uma tarifa adicional de 10%, além de quaisquer tarifas já existentes, sobre todos os seus muitos produtos que entram nos Estados Unidos da América." O republicano já havia se comprometido a retirar da China o status de "nação mais favorecida" no comércio e a impor tarifas superiores a 60% sobre as importações chinesas — bem mais altas do que as aplicadas durante seu primeiro mandato. Dólar sobe após fala de Trump Segundo a agência, o dólar subiu de forma generalizada antes as principais moedas nesta segunda-feira, após o presidente eleito Donald Trump anunciar que assinaria uma ordem executiva impondo uma tarifa sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá. O dólar subiu mais de 2% em relação ao peso mexicano 1% em relação ao dólar canadense. "Mas com o dólar canadense subindo contra o peso mexicano, os mercados estão assumindo que isso atingirá o México com mais força", explicou Matt Simpson, analista sênior de mercado da City Index. O índice do dólar, que mede a moeda dos EUA contra seis rivais, estava em 107,37. O euro caiu 0,6%, para $ 1,043175, enquanto a libra esterlina estava 0,4% mais baixa, a $ 1,2516.

G1

Tue, 26 Nov 2024 00:05:37 -0000 -


Produto não será mais vendido nas lojas da rede da França, anunciou CEO. Medida provocou boicote por parte de frigoríficos brasileiros aos supermercados da rede no Brasil. Fávaro diz que embaixada francesa vai intermediar retratação por parte do Carrefour O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na noite desta segunda-feira (25) à TV Globo, que a embaixada francesa no Brasil está intermediando com o Carrefour "uma fala de retratação", após o veto à carne do Mercosul anunciado pela multinacional para lojas da França. "O embaixador francês se ofereceu, falando com o nosso secretário de relações internacionais, para ser um intermediador de uma proposta pra apaziguar este assunto", afirmou Fávaro. O ministro afirmou que não foi dado um prazo. "O 'timing' é deles". Desde o fim de semana, frigoríficos brasileiros pararam de fornecer o produto para unidades do Carrefour no Brasil em reação à medida, anunciada na última quarta-feira (20) pelo presidente-executivo do grupo, Alexandre Bompard. Em carta dirigida aos agricultores franceses que, desde o início daquela semana, protestavam contra o governo e o acordo comercial União Europeia-Mercosul, Bompard citou "o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas". ENTENDA: acordo UE-Mercosul é a origem da polêmica Fávaro diz que espera que o Carrefour se retrate quanto a esse ponto. "Feito isso, compra quem quiser, quem achar que é importante", afirmou. "A questão é a seguinte: se é para ter um protecionismo dos produtores franceses, por parte da companhia, tudo certo. Eles podem comprar de quem eles quiserem", disse o ministro. "O problema é que afrontou a qualidade da carne brasileira. Isso nós não podemos admitir." "Se a carne brasileira não pode ser colocada na gôndola deste supermercado na França, também não deve ser colocada na gôndola desse supermercado aqui no Brasil", completou Fávaro. O ministro já tinha mencionado esse ponto na manhã desta segunda, em entrevista à GloboNews, quando afirmou que apoiava o boicote dos frigoríficos brasileiros como resposta a Bompard (assista abaixo). Ministro da Agricultura apoia suspensão de venda de carne para Carrefour Ao comentar a reunião com o embaixador, Fávaro voltou a defender que os produtos brasileiros seguem regras rígidas. "O Brasil tem o melhor sistema sanitário do mundo. Só para você ter uma noção, é um dos dois únicos países que não tem gripe aviária. Graças à força de um sistema muito rigoroso de controle sanitário", afirmou. "Então, atentar contra a qualidade sanitária das carnes brasileiras é algo que nós não vamos admitir." França compra pouco O ministro ressaltou que o impacto econômico do veto à carne do Mercosul nas lojas francesas da rede de supermercados deve ser pequeno. "Já foi o tempo por exemplo que o Brasil vendia quase 20% das exportações da carne brasileira pra União Europeia", observou. A maior cliente dos frigoríficos brasileiros no mercado exterior é a China. "Hoje, só pra ter uma noção, a França compra 0,5% da carne bovina brasileira. Não estou falando o Carrefour, estou falando toda a França. Portanto, claro que é um mercado importante, mas não é significativo", resumiu. O Carrefour já tinha informado ao g1, na última quinta-feira (21) que suas unidades na França praticamente não vendem carne importada. Geladeira de carnes do Carrefour em São Paulo nesta segunda-feira (25) Nelson Almeida/AFP

G1

Mon, 25 Nov 2024 23:54:58 -0000 -


Governo federal exige retratação formal e aguarda recuo da empresa na decisão de interromper a compra de carne do Mercosul. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala à imprensa em Washington D.C. Diogo Zacarias/MF O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse acreditar que o Carrefour vai se "reposicionar" e voltar atrás na decisão de parar de comercializar carne do Mercosul nos mercados da rede. A determinação consta em comunicado direcionado a produtores franceses pelo CEO global da empresa, Alexandre Bompard. No texto, o responsável pela companhia afirmou que a companhia vai parar de comprar a carne da região e questionou o padrão de qualidade do produto. Em reação, frigoríficos brasileiros interromperam o fornecimento de carne bovina ao Carrefour. O governo brasileiro também anunciou que aguarda uma retratação pública do gestor da empresa. Questionado pela imprensa, Haddad não quis se aprofundar no tema. "Primeiro, eu não vou ficar comentando atitude de empresa, mas enfim, houve uma reação justificável a esse tipo de declaração. Uma empresa que está instalada no Brasil não faz muito sentido. Mas eu não quero me estender sobre isso porque eu acredito que a empresa vai se reposicionar, na minha opinião", declarou. Corte de gastos Haddad também anunciou que teve uma reunião definitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o corte de gastos, nesta segunda-feira (25), e que o texto será enviado ao Congresso nesta semana. O titular da pasta, no entanto, evitou cravar uma data e afirmou que o envio do texto ao Legislativo ainda depende da disponibilidade dos presidentes das Casas. "A reunião foi definitiva com o presidente, fechamos o entendimento dentro do governo, o presidente já definiu as últimas pendências", detalhou Haddad. "[O envio] está dependendo do Palácio [do Planalto] entrar em contato com Senado e Câmara. Mas, já estamos preparados, está tudo redigido na Casa Civil. Vamos mandar com certeza esta semana. Agora, o dia, a hora, vai depender mais do Congresso do que de nós", seguiu. O governo discute há semanas o conjunto medidas que visa assegurar a viabilidade nos próximos anos do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento das despesas. Parte do pacote exigirá a aprovação do Congresso Nacional. "Para fazer o anúncio tinha que haver uma decisão. A decisão foi tomada hoje na presença dos ministros que acompanharam toda a tramitação das propostas, foi pacificada pelo presidente. Agora é só uma questão de protocolo com o Congresso", detalhou o ministro da Fazenda. Ministros participam de novas reuniões para discutir o corte de gastos públicos Nesta segunda, Lula passou o dia em reunião com a equipe econômica em meio à expectativa do anúncio das medidas. Entre as ideias em discussão está limitar o aumento do salário mínimo, mudar as regras de aposentadoria de militares e alterar o seguro-desemprego. LEIA TAMBÉM: Governo perdeu 'timing' do corte de gastos, e Galípolo deve assumir BC com juros em tendência de alta Governo anuncia bloqueio de gastos de R$ 6 bilhões para garantir a meta fiscal de 2024 Articulação no governo Na semana passada, Haddad afirmou que as minutas das propostas seriam apresentadas a Lula nesta segunda a fim de permitir o anúncio das medidas. Além da reunião com a equipe econômica, o presidente teve um segundo encontro com ministros à tarde, com a presença dos chefes de outras pastas como Saúde, Educação e Defesa. Lula convocou para a reunião os ministérios que integram a Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que orienta o presidente nas decisões de política fiscal.

G1

Mon, 25 Nov 2024 21:47:15 -0000 -

Viviane Varga, secretária-adjunta do Tesouro, atribuiu provável atingimento da meta ao bom volume de receitas e aos bloqueios orçamentários feitos pelo governo. Bloqueio mais recente, de R$ 6 bilhões, foi anunciado na sexta. A secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, disse nesta segunda-feira (25) que, à medida em que o ano vai se encerrando, vai ficando "cada vez mais claro" que o governo vai cumprir a meta fiscal para 2024. Ela participou de uma entrevista coletiva no Ministério da Fazenda sobre o mais recente bloqueio orçamentário feito pelo governo. Viviane atribuiu o provável atingimento da meta ao bom volume de receitas e aos bloqueios realizados ao longo do ano. "O cumprimento da meta estabelecida, dentro das regras, está cada vez mais evidente. As receitas têm apresentado um bom desempenho, e os bloqueios ao longo do ano foram sendo realizados de forma eficaz", afirmou Viviane. O governo anunciou na sexta-feira (22) à noite um aumento no bloqueio de gastos para conseguir fechar as contas do ano. Mais R$ 6 bilhões foram congelados e não poderão mais ser gastos. Esse mecanismo é usado para tentar garantir que a meta fiscal seja cumprida. Agora, o valor total bloqueado subiu para R$ 19,3 bilhões. Apesar dessa alta na contenção de despesas, o governo passou a prever um rombo ainda maior, de R$ 28,7 bilhões no ano. Há cerca de dois meses, essa projeção era de R$ 28,3 bilhões. A nova estimativa fica bem próxima do limite fiscal permitido para o governo encerrar o ano. A meta seria fechar as contas no zero –gastar só o que arrecadar. Mas há uma margem de tolerância, que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões. O detalhamento de quais ministérios foram mais atingidos por esse novo congelamento de gastos só será divulgado no fim desta semana. Contas públicas: apesar do déficit de R$ 105,2 bi, Tesouro projeta meta fiscal zero em 2024 Gastos com a Previdência em alta A principal explicação para o governo fazer mais uma contenção de despesas foi o aumento na previsão de gasto com Previdência Social. Entre o fim de setembro e agora, houve uma elevação de R$ 8,2 bilhões com aposentadorias, pensões e outros benefícios do INSS. A projeção agora é que essas despesas somem quase R$ 940 bilhões no ano. Esse tipo de gasto é obrigatório Por isso, o governo precisa congelar despesas discricionárias –aquelas que não são obrigatórias, como verba para funcionamento da máquina pública e investimentos. Além da contenção de gastos, o governo também fez um adiamento de repasses de fomento à cultura previstos na Lei Aldir Blanc. Com isso, reduz a verba para a área, o que suavizou a necessidade do congelamento anunciado na semana passada.

G1

Mon, 25 Nov 2024 21:32:56 -0000 -

g1 > Tecnologia

Confira notícias sobre inovações tecnológicas e internet, além de dicas sobre segurança e como usar melhor seu celular


Austrália aprovou na quinta-feira (28) proposta que proíbe acesso às plataformas por menores de 16 anos. Brasil discute projeto para aumentar segurança de crianças e adolescentes na internet. Facebook, Instagram, TikTok, Twitch, Twitter e YouTube Rafael Miotto/g1 A decisão da Austrália de proibir redes sociais para crianças e adolescentes menores de 16 anos é a primeira do mundo a ter esse alcance. O projeto passou pelo Senado e ainda precisa ser revisado na Câmara, mas o governo já sinalizou que ele será aprovado. Com a mudança, plataformas como Instagram, Facebook, TikTok, X, Snapchat e Reddit deverão criar mecanismos para impedir o acesso de crianças e adolescentes. A proibição total de redes sociais abaixo de uma determinada idade, como fez a Austrália, é apenas uma das abordagens que têm sido adotadas pelo mundo. Outros governos têm apostado em meios diferentes para regular esse acesso. A maioria exige autorização dos pais para usarem redes sociais. Mas há ainda o modelo do estado de Nova York, nos Estados Unidos, que exigiu mudanças no funcionamento das plataformas para crianças e adolescentes. Veja abaixo alguns exemplos. Proibição para crianças e adolescentes ✋ Pelo projeto aprovado na Austrália, as plataformas terão um ano para implementarem uma forma de impedir o acesso de crianças e adolescentes. Após esse prazo, em caso de descumprimento, elas poderão ser multadas em até 50 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 195 milhões). Nem todas as plataformas estarão sujeitos à nova regra. O YouTube, por exemplo, não precisará da verificação de idade porque parlamentares australianos avaliaram que ele inclui conteúdo educativo. Aplicativos de mensagens e jogos online também ficaram de fora da regulamentação. Nos Estados Unidos, a Flórida aprovou em março uma lei estadual que proíbe crianças menores de 14 anos de acessarem as redes sociais – adolescentes de 14 e 15 anos precisam do consentimento dos pais para acessarem as plataformas. A regra está sendo contestada na Justiça pela Netchoice, organização que representa as gigantes da tecnologia, sob a alegação de que viola a liberdade de expressão de crianças e adolescentes. O mesmo argumento foi usado pela Netchoice ao questionar uma lei do estado americano de Utah que também pretendia exigir a verificação de idade em redes sociais. A organização conseguiu bloquear a regra na Justiça em setembro. Menores desdenham da educação e dizem lucrar com curso para ser influencer Influenciadores mirins recebem bebida alcoólica como brinde de empresas de marketing Exigência de autorização dos pais A União Europeia exige que plataformas tenham autorização dos pais para processarem dados de menores de 16 anos. Esse limite pode ser alterado nos países que integram o bloco, mas não pode ficar abaixo dos 13 anos de idade. A Alemanha, por exemplo, exige o consentimento para os menores de 16 anos, mas outros países têm regras mais brandas. Na França, a obrigação só vale para menores de 15 anos. Na Itália, para menores de 14 anos. E, na Bélgica e na Noruega, para menores de 13 anos. O governo norueguês apresentou em outubro uma proposta para ampliar a exigência de autorização dos pais para menores de 15 anos. O país também disse que começou a trabalhar em uma proibição geral de redes sociais para crianças e adolescentes, mas a proposta ainda não foi apresentada. TikTok bloqueia uso de filtros de beleza para menores de 18 anos Celulares: veja os 18 aparelhos que o g1 testou em 2024 Proibição de algoritmos para menores de idade O estado de Nova York aprovou uma lei que exige consentimento dos pais para menores de 18 anos usarem plataformas com algoritmos de recomendação. Sem autorização, eles só poderiam usar as redes com postagens na ordem cronológica. A chamada Lei da Suspensão da Exploração de Feeds Viciantes para Crianças (Safe, na sigla em inglês, ou "Seguro") busca evitar algoritmos que prendem usuários com sugestões de conteúdo que mais interessam aos usuários. A regra, que entrará em vigor em 2025, também proíbe o envio de notificações no celular de crianças e adolescentes entre 0h e 6h, criando uma espécie de hora de dormir para os aparelhos. Jovens hiperconectados preocupam famílias no mundo todo E o Brasil? O Brasil discute um projeto para proteger crianças e adolescentes na internet. A proposta foi aprovada na Comissão de Direito Digital do Senado e, se não houver recursos para votação no plenário, seguirá diretamente para análise na Câmara e, então, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto determina, entre outros pontos, que redes sociais adotem o dever de cuidado para menores de idade. O conceito prevê a adoção de medidas para evitar danos aos usuários e permite responsabilizar empresas que se omitirem. A proposta inclui ainda a verificação de idade para impedir o acesso de menores de idade a conteúdos pornográficos, a restrição do alcance de publicidade a crianças e a exigência de derrubar mesmo sem ordem judicial conteúdos identificados como de exploração e abuso sexual infantil. O que dizem as plataformas? As principais redes sociais dizem que já proíbem em suas regras a criação de contas por menores de 13 anos de idade, ainda que existam muitos casos de crianças contornando essa regra. Após a aprovação da proposta na Austrália, um porta-voz da Meta, dona de Instagram, Facebook e WhatsApp, disse que respeita a lei do país, mas que estava "preocupado" com o processo, que "não considerou as evidências e o que a indústria já faz para garantir experiências adequadas à idade". "A tarefa agora é garantir que haja uma consulta produtiva sobre todas as regras associadas ao projeto de lei para garantir um resultado tecnicamente viável que não coloque um fardo oneroso sobre pais e adolescentes e um compromisso de que as regras serão aplicadas consistentemente em todos os aplicativos sociais usados por adolescentes", afirmou, segundo a agência Reuters. A Snap, dona do Snapchat, afirmou que cumprirá as leis na Austrália, mas levantou preocupações sobre a nova regra. "Embora haja muitas perguntas sem resposta sobre como essa lei será implementada na prática, nos envolveremos de perto com o governo e o Comissário de Segurança Eletrônica durante o período de implementação de 12 meses para ajudar a desenvolver uma abordagem que equilibre privacidade, segurança e praticidade", disse um porta-voz da empresa. Menores desdenham da educação e dizem ganhar muito dinheiro vendendo cursos

G1

Fri, 29 Nov 2024 05:00:16 -0000 -


Caso será reiniciado na próxima semana com a continuação do voto do ministro Dias Toffoli. No começo do julgamento, ministros da Corte ressaltaram a importância do tema. O Supremo Tribunal Federal (STF) julga a responsabilidade das redes sociais pelos conteúdos publicados pelos usuários. Ou seja, na prática, vai definir em que circunstâncias as big techs podem responder por danos de postagens dos cadastrados em suas plataformas. A discussão envolve um ponto do Marco Civil da Internet — a lei de 2014 que funciona como uma espécie de Constituição para o uso da rede no Brasil, ao estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas. ➡️A questão é saber se uma rede social pode ser condenada na Justiça, por exemplo, ao pagamento de indenização por danos morais por não ter agido para remover um conteúdo considerado ofensivo a direitos, com discurso de ódio ou desinformação. Atualmente, a legislação estabelece que as plataformas digitais só serão responsabilizadas se, depois de uma ordem judicial específica, não tomarem providências para retirar o material do ar. A Corte iniciou a análise do caso na última quarta-feira (27). Na ocasião, o presidente Luís Roberto Barroso afirmou que a discussão é importante. Sessão no STF Gustavo Moreno/STF Lembrou que o tribunal aguardou "por período bastante razoável" que a lei fosse alterada pelo Congresso, mas que isso não aconteceu. "Chegou a hora de decidirmos essa matéria", disse. O presidente também disse esperar que os relatores encerrem seus votos na próxima semana e que o caso seja decidido ainda este ano. O ministro Alexandre de Moraes salientou que é um dos temas mais importantes sob análise da Corte. Redes sociais são responsáveis pelo que usuários publicam? Entenda STF começa a julgar as responsabilidades das redes sobre conteúdos que publicam O g1 explica o que o Supremo julga e quais são os próximos passos do julgamento. Você vai ler nesta reportagem: O que o STF está julgando? O que diz o Marco Civil da Internet? O que dizem participantes do processo? O que os ministros declararam nas primeiras sessões de julgamento? Em que ponto está o julgamento? Por que o tribunal analisa o caso? Quais os efeitos de uma decisão do Supremo? O que o STF está julgando? A Corte se debruça sobre dois recursos que tratam da responsabilidade das plataformas digitais diante de atos e conteúdos ilegais realizados por seus usuários. 📲Entre eles, a publicação de conteúdo ofensivo ou fora da lei; e a criação de perfis falsos de outras pessoas, usados para expor a vítima e para a prática de outras ações ilícitas. 📲Na prática, a questão é saber se uma empresa desta área responde e pode ser sancionada na Justiça porque não tomou providências diante destas irregularidades. O que diz o Marco Civil da Internet? Os recursos trazem à mesa de debates um trecho do Marco Civil da Internet, a lei que estabelece as regras gerais de funcionamento da internet no Brasil. 🔎A discussão envolve o artigo 19, que afirma: "Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário". Atualmente, as redes só são obrigadas a remover um conteúdo com uma ordem judicial neste sentido. E são punidas apenas se não cumprirem a decisão. O que dizem participantes do processo? Quem questiona a validade do trecho do Marco Civil afirma que a regra representa uma imunidade para as plataformas digitais. Isso porque, além de não serem obrigadas a agir para combater os danos antes de uma decisão judicial, se elas atenderem à ordem da Justiça, não sofrem sanções. Para este grupo de instituições, nestas circunstâncias, o dano para quem é atingido pelo conteúdo ofensivo se perpetua, já que é preciso ter recursos para acessar a Justiça e aguardar um pronunciamento oficial para resolver a questão — o que pode levar tempo. Também pontuam os efeitos desta regra para a garantia de direitos coletivos — como o de crianças e adolescentes expostos a conteúdos irregulares nas redes. Representantes das plataformas digitais sustentam a validade do art. 19. Defendem o modelo atual e argumentaram que as redes sociais se esforçam para retirar conteúdos ilícitos, a partir das regras que já estabelecem para o funcionamento de seus sites e aplicativos, chamadas de autorregulação. Pontuam, ainda, que há um risco de serem alvos de processos de usuários que tiveram posts removidos. O que os ministros declararam nas primeiras sessões de julgamento? Até o momento, só o relator Dias Toffoli apresentou parte de seu voto. Os ministros ainda não divulgaram seus posicionamentos, mas participaram ativamente das discussões nas primeiras sessões, quando os representantes dos especialistas apresentaram suas exposições. Na primeira sessão, o presidente Luís Roberto Barroso ressaltou a importância do tema. E informou que o tribunal aguardou uma mudança na lei pelo Congresso, que não veio. Defendeu que chegou a hora de a Corte analisar o assunto e disse esperar que a conclusão do julgamento seja ainda este ano. Os relatores — Dias Toffoli e Luiz Fux — pontuaram a relevância do caso. Para o ministro Alexandre de Moraes, é um dos casos mais importantes a serem julgados pelo Supremo neste ano. Também ao longo destas sessões, os ministros foram sinalizando as necessidades de aperfeiçoamento do modelo de responsabilidade das redes. Alexandre de Moraes, por exemplo, falou da dificuldade de retirar do ar perfis fakes que usam seu nome. Em outra sessão, o papel das redes sociais diante de conteúdos golpistas no 8 de janeiro também foi tema de debate. Os ministros lembraram que transmissões ao vivo dos atos antidemocráticos só foram retirados do ar com a intervenção judicial. Moraes diz que 8 de janeiro demonstrou 'total falência do sistema de autorregulação das redes sociais' Em que ponto está o julgamento? Na última quinta-feira (28), o ministro Dias Toffoli começou a apresentar seu voto. Relator de um dos processos, ele deverá concluir seu pronunciamento na próxima quarta-feira (4). Na sequência, o relator do outro caso, o ministro Luiz Fux, vai apresentar seu voto no processo do colega. Em seguida, se posiciona quanto ao recurso que está sob sua responsabilidade. Por que o tribunal analisa o caso? Porque, pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal tem a tarefa de se debruçar sobre temas que envolvem direitos e princípios constitucionais. Neste caso, estão em jogo direitos como liberdade de expressão, livre iniciativa, defesa do consumidor, intimidade e imagem. Os processos chegaram na Corte em formato de recursos. Ou seja, começaram com situações concretas na primeira instância da Justiça: o caso de uma mulher que foi vítima de um perfil falso criado com seus dados; e o de outra mulher que foi ofendida por uma página falsa, criada para difamar e expô-la. Quando chegaram ao Supremo, os ministros observaram que a questão vai além apenas destes dois casos. E que é preciso discutir um entendimento a ser aplicado para decidir casos semelhantes. Quais os efeitos de uma decisão do Supremo? Como o tribunal entendeu que a questão é ampla, decidiram aplicar o sistema de repercussão geral. Assim, uma decisão tomada por eles será aplicada em processos que tramitam em instâncias inferiores e discutem a mesma questão. Ou seja, os ministros vão elaborar uma tese, uma espécie do resumo de seus entendimentos que serão usadas como guia pela Justiça brasileira.

G1

Fri, 29 Nov 2024 03:00:51 -0000 -


Texto tramita na Comissão Temporária de Inteligência Artificial do Senado. Segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), o projeto deve ser votado na próxima terça-feira. Imagem gerada por inteligência artificial. Banco de imagem gerado por IA O senador Eduardo Gomes (PL-TO) leu, nesta quarta-feira (28) a quarta versão de seu relatório sobre o projeto que vai regulamentar o uso de inteligência artificial (IA) no Brasil. O texto tramita na Comissão Temporária de Inteligência Artificial do Senado. Segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), o projeto deve ser votado na próxima terça-feira (3). A proposta serve para definir os limites e as permissões para o uso da tecnologia, que vai desde uma busca no Google ou a redação de um artigo no ChatGPT até a captura de fugitivos da Justiça. Caso aprovado na comissão, o texto ainda terá de passar pelos plenários do Senado e da Câmara, e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para virar lei. Proibições O relatório estabelece condutas proibidas para as plataformas responsáveis por IA. Entre elas, estão: 🚫 técnicas subliminares para induzir o comportamento do usuário ou de grupos de maneira que cause danos à saúde, segurança ou outros direitos fundamentais próprios ou de terceiros; 🚫 exploração de vulnerabilidades dos usuários; 🚫 avaliação, por parte do governo, de cidadão, por meio de seu comportamento social e personalidade, na hora de oferecer serviços e políticas públicas; 🚫 sistema que produza ou dissemine material de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes; 🚫 tecnologia que considere ficha criminal e traços de personalidade para supor e prever risco de cometimento de crime ou reincidência; 🚫 utilização da IA como armas autônomas, que selecionam alvos e atacam sem a intervenção humana. O uso de identificação biométrica à distância, em tempo real, em espaços públicos será permitido apenas para captura de fugitivos, cumprimento de mandados de prisão e flagrante de crimes com pena de mais de dois anos de prisão. O uso para colher provas em inquéritos policiais também será permitido apenas com autorização judicial e quando não houver outros meios. Goiânia recebe feira nacional de robótica e inteligência artificial Direitos autorais O texto assegura os direitos autorais de empresas jornalísticas, escritores e artistas. Pelo projeto, as big techs, como Google e Microsoft, precisariam de autorização do autor para usar conteúdos protegidos na hora de gerar respostas. De acordo com a proposta, as empresas que desenvolvem e aplicam IA teriam de pagar uma remuneração aos autores para poder ter as produções disponíveis em seus bancos de dados. O texto estabelece que o cálculo da remuneração “considere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e elementos relevantes, tais como a complexidade do sistema de IA desenvolvido, o porte do agente de IA, o ciclo de realização econômica dos sistemas de IA, o grau de utilização dos conteúdos, o valor relativo da obra ao longo do tempo e os efeitos concorrenciais dos resultados em relação aos conteúdos originais utilizados.” Sanções O relator manteve uma das propostas vindas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que possibilita a aplicação de multa de até R$ 50 milhões ou 2% do faturamento, em caso de pessoa jurídica, para cada violação cometida pelas empresas de tecnologia. Outras sanções previstas são: ▶️ suspensão parcial ou total, temporária ou definitiva, do desenvolvimento, fornecimento ou operação do sistema de IA ▶️ proibição de tratamento de determinadas bases de dados ▶️ proibição ou restrição para participar de regime de sandbox regulatório por até cinco anos Procedimentos de alto risco O texto determina atividades de inteligência artificial consideradas de alto risco. 🔎Apesar de vedar o sistema de prever crimes com base nos traços físicos e de personalidade, o texto libera o uso de IA, por autoridades, para avaliar a credibilidade de provas da investigação e de repressão de infrações. Segundo o texto, o objetivo seria "prever a ocorrência ou a recorrência de uma infração real ou potencial com base na definição de perfis de pessoas singulares". Também fica autorizado, desde que classificado como de alto risco, o reconhecimento de emoções. Nesse caso, fica excluído sistema de autenticação biométrica para confirmar uma pessoa específica, singular. Entre os procedimentos de alto risco estão: ▶️ gestão da imigração e controle de fronteiras para avaliar o ingresso de pessoa ou grupo de pessoas em território nacional; ▶️ aplicações na área da saúde para auxiliar diagnósticos e procedimentos médicos, quando houver risco relevante à integridade física e mental das pessoas; ▶️ controles de trânsito, redes de abastecimento de água e eletricidade; ▶️ informações para acesso de estudantes a cursos técnicos e universidade; ▶️ critérios de acesso à concessão de benefícios, como revisão de cadastros no Bolsa Família ou até apuração de fraudes em atestados do INSS; ▶️ recrutamento, triagem, filtragem, avaliação de candidatos, tomada de decisões sobre promoções ou cessações de relações contratuais de trabalho. Sistema de regulação O projeto cria um órgão para fiscalizar o uso de IA no Brasil, o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA). Segundo o texto, o sistema será coordenado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Caberá ao SIA regulamentar as inteligências artificiais de alto risco que, por exemplo, impactem negativamente no exercício de direitos e liberdades dos usuários. O texto prevê ainda a possibilidade de empresas de IA se associarem para criar uma espécie de agência privada para a autorregulação do sistema. De acordo com o texto, a autorregulação poderá estabelecer critérios técnicos dos sistemas para questões como: ▶️ compartilhamento de experiências sobre o uso de inteligência artificial; ▶️ definição contextual de estruturas de governança; ▶️ atuação da autoridade competente e demais agências e autoridades do SIA para emprego de medida cautelar; e ▶️ canal de recebimento de informações relevantes sobre riscos do uso de inteligência artificial por seus associados ou qualquer interessado.

G1

Thu, 28 Nov 2024 16:56:49 -0000 -


Restrição será implementada gradualmente no Brasil e no restante do mundo para tentar diminuir o impacto na saúde mental de crianças e adolescentes. Todos os usuários do TikTok devem ter, no mínimo, 13 anos. AFP O TikTok vai restringir o acesso a filtros de beleza para menores de idade em uma tentativa de diminuir o impacto na saúde mental de crianças e adolescentes. As restrições não são válidas para todos os filtros, apenas aqueles que alteram a aparência do usuário. Procurada pelo g1, a assessoria do TikTok confirmou que as mudanças serão implementadas no Brasil e no restante do mundo durante as próximas semanas e meses. A restrição do aplicativo vem depois de uma pesquisa feita em vários mercados nacionais para examinar o papel das redes sociais na formação da identidade e do relacionamento dos adolescentes. O relatório foi feito pela organização sem fins lucrativos de segurança online para crianças, a Internet Matters, e constatou que “os filtros de embelezamento contribuíram para uma visão de mundo distorcida na qual as imagens perfeitas são normalizadas.” "Foi feita uma distinção clara entre efeitos criados para serem óbvios e engraçados (por exemplo, efeitos de orelhas de animais) e efeitos criados para alterar sua aparência. Especificamente, os adolescentes e os pais levantaram preocupações sobre os efeitos de “aparência”, incluindo o fato de que as pessoas que estão vendo o conteúdo podem não perceber que ele foi alterado." Além da mudança nos filtros de beleza, o TikTok também promete levar mais a sério o banimento de pessoas com menos de 13 anos (idade mínima permitida para usar a plataforma). A empresa afirma que os usuários que tiverem suas contas excluídas poderão recorrer “se acharem que cometemos um erro”, e que remove todos os anos, no mundo inteiro, cerca de 6 milhões de contas que não atendem os requisitos mínimos. LEIA TAMBÉM: Austrália aprova proibição de redes sociais para menores de 16 anos; decisão é inédita no mundo Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer Influenciadores mirins chegaram a receber bebida alcoólica como brinde de empresas de marketing de afiliados

G1

Thu, 28 Nov 2024 15:29:58 -0000 -


Câmara ainda deve aprovar alterações feitas no Senado, mas o texto deve ser sancionado. Plataformas que descumprirem a lei serão multadas em quase R$ 200 milhões. Criança brinca com celular em Ribeirão Preto, SP telas ansiedade Reprodução/EPTV O Senado australiano aprovou na quinta-feira (28) uma proibição de redes sociais para crianças e adolescentes menores de 16 anos. Essa deve se tornar em breve a primeira lei do mundo neste sentido. Com a proibição, plataformas como TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X e Instagram se tornarão responsáveis ​​por multas de até 50 milhões de dólares australianos (R$ 194 milhões) por falhas sistêmicas em impedir que crianças menores de 16 anos tenham contas. O projeto de lei foi aprovado por 34 votos a 19. A Câmara dos Representantes aprovou a legislação por maioria esmagadora, na quarta-feira, por 102 votos a 13. A Câmara ainda precisa aceitar as emendas da oposição feitas no Senado. Mas isso é uma formalidade, já que o governo já concordou que elas serão aprovadas. As plataformas terão um ano para descobrir como implementar a proibição antes que as penalidades sejam aplicadas.

G1

Thu, 28 Nov 2024 12:40:14 -0000 -


O uso da internet e do telefone é massivo e normativo entre os mais jovens. Apesar disso, os autores preferem falar em uso problemático, em vez de dependência. Adolescente na cama mexendo no celular. Freepik A penetração da tecnologia em nossas vidas é inegável e, talvez, isso seja especialmente perceptível nos adolescentes. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (2022) (de Portugal), 94,9% dos menores entre os 10 e os 15 anos utilizaram a Internet nos últimos 3 meses e 69,5% deles têm um telefone celular. Além disso, de acordo com um relatório recente da UNICEF (2021), 98,5% dos adolescentes espanhóis estão registados numa rede social e, 83,5%, estão em mais de três. Uma das atividades mais realizadas pelos adolescentes (mesmo antes da idade legalmente permitida, o que é particularmente preocupante) é a utilização das redes sociais. Estes dados apenas corroboram o que vemos todos os dias: o uso da internet e do telefone é massivo e normativo entre os mais jovens. Uso problemático e dependência são a mesma coisa? A abordagem mais utilizada para tratar de comportamentos relacionados ao uso ou abuso de redes sociais (e outras tecnologias) por adolescentes tem sido a do vício. No entanto, esta abordagem tem limitações conceituais e, muitas vezes, envolve uma patologização desnecessária da vida cotidiana. Em contraste com o uso do termo dependência, nós (como outros autores) preferimos falar sobre uso problemático. A dependência se baseia, mais usualmente, em critérios relacionados a substâncias, como tolerância ou abstinência. Já o modelo de uso problemático concebe que um conjunto de comportamentos e processos cognitivos pode tornar-se disfuncional e levar a consequências negativas. Desta forma, dimensões como a elevada preferência pela interação online e regulação emocional definidas pelas redes sociais podem estar ligadas a um controle deficiente (caracterizado por uma preocupação constante em estar conectado e pelo uso compulsivo das redes sociais). As consequências negativas para o usuário são: problemas interpessoais (perda de relacionamento com outras pessoas significativas ou afastamento de outras atividades prazerosas ou da escola) e problemas intrapessoais (por exemplo, a sensação de ter perdido o comando sobre a própria vida). Estas consequências negativas são a chave para falar sobre o uso problemático. É a norma ou a exceção? O relatório da UNICEF, mencionado anteriormente, estimou em 33% a percentagem de adolescentes que usam a Internet de forma problemática. Outro estudo recente esclarece esse percentual e apresenta dados mais animadores, estimando em 13,2% o número de adolescentes que correm risco de apresentar uso problemático e, em 2,9% os que fazem uso claramente problemático de redes sociais. Estamos, portanto, falando de uma faixa entre 2,9% e 33% e, possivelmente, a realidade esteja, como quase sempre, em algum lugar no meio. As diferenças entre os dois estudos centram-se no instrumento de avaliação utilizado e em como o uso problemático é conceituado. De qualquer forma, e para a pergunta do título deste artigo, não há outra resposta a não ser uma negação categórica por parte dos autores. Como podemos ajudá-los? Embora o número de pessoas afetadas seja discutível, o que sabemos é que há muitos meninos e meninas potencialmente incluídos. Isso deve levar-nos a educá-los e treiná-los para o uso correto das redes sociis. Para tal, gostaríamos de oferecer algumas sugestões às famílias e aos adolescentes. Para as famílias, a mensagem é que se envolvam: naveguem com eles, eduquem-os sobre o uso correto, maximizando os benefícios e reduzindo os riscos. Isso pode ser feito com as seguintes estratégias: A mídia social e a tecnologia não são inerentemente ruins. Pelo contrário, estão repletas de oportunidades e possibilidades. Embora entendamos que esse seja um assunto temido, restringi-lo não é, de forma alguma, uma garantia de sucesso. Antes que entrem no mundo da tecnologia, é essencial fornecer a eles habilidades específicas para maximizar as chances de uso equilibrado, seguro e útil das mídias sociais. Isso inclui competências para questionar a exatidão do conteúdo, reconhecer sinais de uso problemático, construir relacionamentos saudáveis por meio da mídia social (e pessoalmente), resolver conflitos em plataformas sociais, fornecer pensamento crítico ou evitar comparações prejudiciais. O uso das mídias sociais deve ser baseado no nível de maturidade de cada adolescente. Recomenda-se a supervisão de adultos e a adaptação dos recursos e permissões da plataforma de acordo com a idade e o grau de amadurecimento. Os contratos dos pais para o uso da tecnologia podem ser um poderoso aliado nos primeiros passos. O cumprimento de metas e acordos estabelece uma base de confiança e aumenta as possibilidades de utilização eficiente. Da mesma forma, as transgressões, seja em termos de conteúdo ou de tempo conectado, devem ser acompanhadas de consequências acordadas e conhecidas. É importante que o processo de uso seja consensual e relacionado às competências demonstradas. Dicas para crianças e adolescentes Como usuário, você deve estar ciente do uso (às vezes abusivo) que faz das redes sociais. Seu objetivo deve ser agregar valor e facilitar a comunicação e os relacionamentos. Se a preocupação por eles for maior do que aquilo que eles oferecem, não estaremos fazendo bom uso. O fato de podermos acessá-los continuamente não é razão para fazê-lo. Saber o tempo real de uso (existem aplicativos para isso) pode ajudar a reduzi-lo de forma consciente e gradual. Não é necessário ativar notificações para tudo e nem estar constantemente conectado. As redes sociais são apenas mais uma ferrmenta, mas somos nós que decidimos quando as queremos utilizar. É aconselhável desligar as notificações e escolher determinados horários do dia para nos atualizar, verificar e responder a mensagens e publicações. *Texto escrito por Juan Manuel Machimbarrena, Alexander Muela Aparicio, Joaquín Manuel González Cabrera e Miriam N. Varona para a The Conversation Espanha. ** Este texto foi publicado originalmente no site The Conversation Brasil

G1

Thu, 28 Nov 2024 07:30:55 -0000 -


De iPhones e dobráveis caros a Androids no precinho, o Guia de Compras avaliou smartphones com preços que iam de R$ 780 a quase R$ 14.000 nas lojas da internet – os valores foram consultados na semana da Black Friday. Pessoa usando celular Pongsawat Pasom/Unsplash Celulares, airfryers e TVs são alguns dos itens que o brasileiro mais gosta de procurar por ofertas na época da Black Friday (veja a variação de preços de 60 produtos). 📱 O Guia de Compras testou 18 aparelhos de diversas categorias em 2024 para ajudar na escolha. 🤼 Durante o ano, foram comparados: 3 telefones básicos com preços abaixo de R$ 1.500. 5 modelos intermediários com preços entre R$ 2.000 e R$ 3.200. 3 smartphones dobráveis com valores entre R$ 5.900 e R$ 13.000. 7 celulares topo de linha vendidos entre R$ 5.000 e R$ 11.000. Os valores foram pesquisados nas lojas on-line na semana de 25 de novembro. 📋 Veja a lista a seguir com os links para os testes de cada smartphone. Básicos Quem não quer um celular com preço bom? O comparativo feito com o Infinix Smart 8 Pro, Motorola Moto G34 5G e Samsung Galaxy A15 5G mostrou que os aparelhos, apesar de econômicos, têm bom desempenho e tiram boas fotos. No final de novembro, os preços dos celulares testados na categoria variavam de R$ 780 a R$ 1.200 nas lojas da internet consultadas. Infinix Smart 8 Pro Moto G34 5G Samsung Galaxy A15 5G Intermediários Os celulares da categoria dos intermediários são aqueles um pouquinho mais caros, mas com um melhor desempenho e câmeras mais avançadas. Os testes foram feitos com o Infinix Note 40, Oppo A79, Poco X6, Redmi Note 13 5G e Samsung Galaxy A55. Em novembro, nas lojas on-line consultadas, os valores dos telefones começavam em R$ 2.000 e chegavam a R$ 3.200. Infinix Note 40 Oppo A79 Poco X6 Redmi Note 13 5G Samsung Galaxy A55 Dobráveis Para que serve um celular dobrável? Celulares dobráveis são um dos principais objetos de desejo tecnológicos. Não só porque suas telas se dobram ao meio, mas porque em 2024 eles passaram a ter recursos dos aparelhos topo de linha, como baterias de maior duração e câmeras bem mais avançadas que as das gerações anteriores. O Moto Razr 50 Ultra, da Motorola, foi comparado primeiro ao Samsung Galaxy Z Fold6 para verificar os recursos de inteligência artificial, e depois ao Galaxy Z Flip6, que tem um formato mais parecido. Em novembro, os preços dos celulares avaliados começavam em R$ 5.900 e iam até R$ 13.800 nas principais lojas on-line. Moto Razr 50 Ultra Samsung Galaxy Z Flip6 Samsung Galaxy Z Fold6 Topo de linha O que muda do iPhone 15 para o iPhone 16? Os celulares topo de linha são aqueles com os recursos mais avançados e que tem câmeras com zoom. Também são os mais caros, com preços em novembro que iam de R$ 5.000 a R$ 11.000 nas lojas on-line pesquisadas. Para quem gosta de Apple, os comparativos foram entre o iPhone 15 e o iPhone 16. O iPhone 15 foi ainda comparado ao Galaxy S24, assim como o iPhone 16 também foi colocado lado a lado com o modelo principal da Samsung. Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 No lado com sistema Android, foram comparados o Samsung Galaxy S24 Ultra com o Galaxy S24 Ultra e o Moto Edge 50 Ultra com o Galaxy S24+. Apple iPhone 15 Apple iPhone 16 Moto Edge 50 Ultra Samsung Galaxy S23 Ultra Samsung Galaxy S24 Ultra Samsung Galaxy S24+ Samsung Galaxy S24 Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Guia de compras do g1: confira a variação de preços da Black Friday Black Friday 2024: o que fazer para não cair em falsas promoções

G1

Thu, 28 Nov 2024 05:00:22 -0000 -


Atualização permite criar códigos personalizados e, segundo a empresa, foi feita para dar mais controle e segurança para usuários. Código de entrega agora pode ser personalizado de acordo com as preferências do usuário. Divulgação - iFood O iFood começou a liberar nesta quarta-feira (27) um novo sistema de código para as suas entregas, deixando para trás o padrão dos últimos 4 dígitos do celular. Em vez disso, o aplicativo de entregas vai permitir que o usuário crie o seu próprio código de confirmação. O padrão continua sendo o mesmo: o código precisa ser numérico e ter quatro dígitos. Os algarismos não podem ser sequenciais ou repetidos, e também não podem ser os mesmos do número do celular. De acordo com o iFood, a mudança foi feita para "proporcionar maior controle e segurança" e é opcional. Ou seja, quem preferir, pode seguir com o método tradicional dos últimos dígitos do telefone. Procurada pelo g1, a empresa disse que a atualização deve chegar gradualmente a todos os usuários. "A expectativa é que toda a base de 55 milhões de clientes do iFood tenha acesso à função até 02/12 promovendo assim uma implementação eficiente e segura para todos". Para verificar se o recurso já está disponível para você, atualize o aplicativo do iFood e siga o passo a passo abaixo. Como criar o seu código de entrega do iFood Dentro do app, vá até a seção de "Perfil"; Selecione "Meu código de entrega" na lista de opções disponíveis; Clique em "Alterar meu código" e defina o seu código personalizável. Se quiser, você poderá mudar o código novamente a qualquer momento. A troca só não poderá ser realizada se houver um pedido em andamento ou agendado para entrega. VEJA TAMBÉM: Comissão do Senado aprova texto para proteger crianças na internet e responsabilizar redes por cuidado; veja detalhes Cade determina que Apple remova restrições de meios de pagamento no iPhone Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Wed, 27 Nov 2024 21:27:25 -0000 -


Ministros analisam se plataformas digitais podem responder por danos causados pelas publicações, mesmo sem terem recebido ordem judicial de exclusão das postagens. Fachada do Supremo Tribunal Federal. Gustavo Moreno/SCO/STF O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a sessão desta quarta-feira (27) sem tomar uma decisão sobre a responsabilidade de plataformas digitais pelos danos provocados por conteúdos irregulares criados por terceiros. Durante a tarde, os ministros leram relatórios e ouviram representantes. No entanto, a apresentação dos votos ficou para a próxima quinta-feira (28). Na prática, os ministros discutem se esses aplicativos podem ser condenados ao pagamento de indenização por danos morais por não terem retirado do ar postagens ofensivas, com discursos de ódio, fake news ou prejudiciais a terceiros, mesmo sem uma ordem prévia da Justiça neste sentido. Fantástico revela o mercado de vendas de fotos de crianças pela internet Comissão do Senado aprova texto para proteger crianças na internet e responsabilizar redes por cuidado; veja detalhes Incômodo com perfis falsos No debate sobre o tema, ministros manifestaram incômodo com a recusa das redes sociais de retirarem do ar perfis falsos. Alexandre de Moraes, por exemplo, citou a própria experiência ao dizer que as plataformas "dificultam e quase ignoram quando você tenta retirar um perfil falso seu". "Eu não tenho Instagram, não tenho Facebook, e eu tenho uns 20 perfis. E tenho que ficar correndo atrás. É tão óbvio para a plataforma que o perfil não é meu, porque o perfil é meu só me criticando. Seria algo surrealista. Então essa questão é muito importante de ser discutida porque não há boa vontade das plataformas em retirar", disse. Os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia afirmaram que também passam por situações semelhantes. Marco Civil da Internet Os casos envolvem a aplicação de um trecho do Marco Civil da Internet. A lei, que entrou em vigor em 2014 funciona como uma espécie de Constituição para o uso da rede no Brasil — estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas. Em um de seus artigos, ela estabelece que as plataformas digitais só serão responsabilizadas por danos causados por conteúdos ofensivos se, depois de uma ordem judicial específica, não tomarem providências para retirar o material do ar. 🔎 A questão envolve como as plataformas devem agir diante de conteúdos criados por usuários que ofendem direitos, incitam o ódio ou disseminam desinformação. A Corte deverá elaborar uma tese, a ser aplicada em processos sobre o mesmo tema nas instâncias inferiores da Justiça. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há pelo menos 345 casos com o mesmo conteúdo aguardando um desfecho no Supremo. Próximos passos Durante a sessão, foram apresentados os relatórios dois relatores — os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Na sequência, participantes do processo começaram a apresentar seus argumentos. Os votos dos relatores e demais ministros devem ser divulgados nesta quinta.

G1

Wed, 27 Nov 2024 21:24:38 -0000 -


Ministros analisam se plataformas digitais podem responder por danos causados pelas publicações, mesmo sem terem recebido ordem judicial de exclusão das postagens. Fachada do Supremo Tribunal Federal. Gustavo Moreno/SCO/STF O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta quarta-feira (27), a responsabilidade de plataformas digitais sobre danos provocados por conteúdos irregulares criados por terceiros. Na prática, vão se debruçar sobre dois recursos que discutem a possibilidade de que redes sociais sejam responsabilizadas por danos criados pelos conteúdos de usuários publicados nestas plataformas, mesmo sem terem recebido antes uma ordem judicial para a retirada das postagens irregulares. Ou seja, a questão é saber se esses aplicativos podem ser condenados ao pagamento de indenização por danos morais por não terem retirado do ar postagens ofensivas, com discursos de ódio, fake news ou prejudiciais a terceiros, mesmo sem uma ordem prévia da Justiça neste sentido. Fantástico revela o mercado de vendas de fotos de crianças pela internet Comissão do Senado aprova texto para proteger crianças na internet e responsabilizar redes por cuidado; veja detalhes Marco Civil da Internet Os casos envolvem a aplicação de um trecho do Marco Civil da Internet. A lei, que entrou em vigor em 2014 funciona como uma espécie de Constituição para o uso da rede no Brasil — estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas. Em um de seus artigos, ela estabelece que as plataformas digitais só serão responsabilizadas por danos causados por conteúdos ofensivos se, depois de uma ordem judicial específica, não tomarem providências para retirar o material do ar. 🔎 A questão envolve como as plataformas devem agir diante de conteúdos criados por usuários que ofendem direitos, incitam o ódio ou disseminam desinformação. A Corte deverá elaborar uma tese, a ser aplicada em processos sobre o mesmo tema nas instâncias inferiores da Justiça. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há pelo menos 345 casos com o mesmo conteúdo aguardando um desfecho no Supremo. Julgamento O julgamento inicia com a apresentação de relatórios pelos dois relatores — os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Na sequência, participantes do processo apresentam seus argumentos. Em seguida, os votos dos relatores e demais ministros serão divulgados.

G1

Wed, 27 Nov 2024 17:44:11 -0000 -

Texto segue para a Câmara, se não houver recurso. Projeto cria 'dever de cuidado' para as redes sociais e provedores, ou seja, diz que empresas podem ser responsabilizadas por danos. A Comissão de Direito Digital do Senado aprovou nesta quarta-feira (27) um projeto que estabelece e amplia mecanismos de segurança para crianças e adolescentes na internet. Aprovada por 9 votos a 0, a proposta deverá seguir diretamente para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para votação no plenário principal do Senado. Para se tornar uma lei, o projeto ainda terá de ser aprovado pelos deputados e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto determina, entre outros pontos, que plataformas digitais adotem o chamado dever de cuidado para assegurar a proteção de menores de idade. Esse princípio prevê que sejam adotadas medidas para evitar danos aos usuários e possibilita a responsabilização de empresas que se omitem. O projeto também estabelece que serviços de tecnologia deverão derrubar — independentemente de ordem judicial — conteúdos identificados como de exploração e abuso sexual infantil. Outras medidas previstas no texto obrigam o uso de verificação de idade para barrar o acesso de menores a conteúdos pornográficos; proíbem a venda das chamadas “caixas de recompensa” em jogos eletrônicos; e restringem o alcance da publicidade a crianças. O regramento proposto pelo projeto seria aplicado a todo produto ou serviço de tecnologia “direcionado ou de provável acesso” por crianças e adolescentes disponíveis no Brasil — independentemente da sua origem. O descumprimento das regras previstas no projeto poderá levar a penalidades, que começam em multas e podem culminar na proibição de funcionamento do serviço no país. Fantástico revela o mercado de vendas de fotos de crianças pela internet Entenda a seguir os principais pontos desta proposta: dever de cuidado derrubada de conteúdo sexual de menores barreiras de acesso a conteúdos pornográficos regras para publicidade proteção em jogos eletrônicos vinculação de perfis aos responsáveis punições Dever de cuidado Relatada pelo senador Flávio Arns (PSB-PR) e de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a proposta estabelece que as empresas responsáveis pelas plataformas digitais terão de adotar o dever de cuidado para proteger crianças e adolescentes nesses ambientes. O dever de cuidado é um princípio jurídico que exige a adoção de medidas para evitar danos a terceiros e que possibilita eventuais responsabilizações por omissões dos responsáveis. Segundo a proposta, as empresas de tecnologia com produtos voltados ou acessados por menores terão de adotar mecanismos para prevenir ou mitigar a exposição de conteúdos: de exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes; de violência física, bullying virtual e assédio a crianças e adolescentes; que incentivem transtornos de saúde mental e automutilação; que promovem jogos de azar, produtos de tabaco, bebidas alcoólicas e drogas; e publicitários enganosos para menores. Também caberá às empresas realizar avaliações e gerenciamentos de risco para adequar os serviços aos menores, e ferramentas para impedir que crianças e adolescentes acessem conteúdos desaconselhados para a sua idade. Denúncias de abuso sexual infantil na internet aumentaram quase 80% em 2023 Derrubada de conteúdo sexual de menores O projeto também determina que empresas de tecnologia derrubem conteúdos que violem direitos de crianças e adolescentes, como vídeos e imagens de abuso sexual infantil, independentemente de ordem judicial. Segundo o texto, a retirada do material terá de ser feita assim que a empresa for notificada a respeito da presença desse conteúdo em sua plataforma. A denúncia poderá ser feita por qualquer usuário nos mecanismos disponibilizados para reportar violações dos termos de uso dos serviços digitais. Para a derrubada imediata, no entanto, não poderá ser feita de forma anônima. Pela proposta, todas as denúncias encaminhadas às plataformas terão que ser oficiadas às autoridades competentes no Brasil e no exterior. Uma regulamentação posterior à eventual sanção do projeto vai definir prazos e uma ferramenta de monitoramento das denúncias recebidas pelas empresas. Barreiras de acesso a conteúdos pornográficos O texto determina que plataformas digitais com conteúdos pornográficos adotem ferramentas “confiáveis” para verificar a idade e a identidade dos usuários. Menores de idade terão de ser barrados. Regras para publicidade A proposta proíbe a utilização de qualquer técnica ou ferramenta para perfilar e direcionar publicidade a crianças e adolescentes. As empresas de tecnologia também não poderão criar perfis comportamentais de menores de idade a partir de dados coletados durante o uso dos serviços para direcionar ações publicitárias. Proteção em jogos eletrônicos O projeto proíbe também a venda das chamadas “caixas de recompensa” — ou loot boxes, em inglês — dentro de jogos eletrônicos direcionados ou utilizados por menores, seguindo a classificação indicativa. As “caixas de recompensa” são comercializadas dentro de jogos e entregam itens virtuais consumíveis ou vantagens aleatórias aos jogadores, sem conhecimento prévio de seu conteúdo ou garantia de sua efetiva utilidade. O texto propõe, ainda, que os jogos eletrônicos que permitam interação entre usuários deverão disponibilizar ferramentas para que os responsáveis pelos menores controlem a funcionalidade — desativando o sistema, por exemplo. Vinculação de perfis aos responsáveis Ao tratar diretamente das redes sociais, o projeto determina que os perfis de menores de idade sejam vinculados ao usuário ou à conta de um de seus responsáveis legais. As plataformas, de acordo com o texto, poderão pedir a verificação de identidade dos perfis por meio de documento de identidade, que não poderá ser armazenado para outros fins. A proposta estabelece, ainda, que as empresas de tecnologia deverão disponibilizar de forma acessível ferramentas de controle parental. Essas funcionalidades podem bloquear contas ou limitar a visibilidade de conteúdos, além de estabelecer limitação de tempo de uso dos serviços. Caberá ao governo federal, depois de uma eventual sanção do projeto, definir as diretrizes para os serviços de controle parental das plataformas. Punições Além de eventuais sanções cíveis, criminais e administrativas, as empresas de tecnologia poderão sofrer punições pelo descumprimento das regras previstas no projeto. A lista de penalidades possíveis começa em multas e pode levar à proibição dos serviços no Brasil: advertência, com prazo para adoção de medidas corretivas de até 30 dias; multas — que podem ser de até 10% do faturamento; ou por usuário cadastrado, limitada a R$ 50 milhões por infração; suspensão temporária das atividades; e proibição de exercício das atividades. Essas punições serão aplicadas, de acordo com a proposta, pelo Judiciário e deverão levar em conta, entre outras coisas, a gravidade da infração. Os valores arrecadados com as multas serão destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.

G1

Wed, 27 Nov 2024 13:45:16 -0000 -


Bots abocanham o estoque de tudo, de brinquedos fofinhos a coleções de filmes, e encarecem produtos para clientes reais. Programas de computador varrem os sites de comércio em busca de ofertas e preços baixos. Getty Images via BBC A Black Friday e a onda de compras de Natal chegaram. Mas qualquer pechincha envolvendo um novo console ou aquela placa de vídeo disputada provavelmente será abocanhada por um exército de robôs trabalhando para aqueles que procuram ter lucro dos preços baixos nesse período. Esses robôs (bots) são programas em funcionamento constante que afetam o comércio online há anos. Mas, desde a pandemia de covid-19, o comércio eletrônico aumentou consideravelmente. E a dificuldade também. E qual é o problema desses robôs? Promoções da Black Friday 2024: Guia de compras do g1 mostra a variação de preços de 60 produtos Bem, os robôs de varejo vasculham todas as páginas desses sites de comércio por todo o mundo de olho no momento exato em que um item é colocado à venda. E daí eles alertam seus administradores para que possam vencer a multidão de consumidores comuns em busca de preços baixos. Alguns desses robôs até compram automaticamente o produto, mais rapidamente do que qualquer ser humano é capaz. É por isso que alguns produtos ficam fora de estoque em lojas comuns, mas estão disponíveis por milhares de dólares a mais do que o preço inicial em sites como o eBay. Isso é apenas "a ponta do iceberg", diz Thomas Platt, da empresa de gerenciamento de robôs Netacea. Robôs abocanham o estoque de tudo, de brinquedos fofinhos a coleções de filmes. Se houver um "nicho de mercado" ou um lançamento de alto padrão, "essas indústrias estarão sendo visadas", explica Platt. Em 2020, o lançamento da placa de vídeo de jogos para PC da Nvidia, a 3080, ilustrou "provavelmente o caso mais extremo do que os robôs podem fazer", disse um dos moderadores do fórum do Reddit r/BuildaPCSalesUK, um grupo de caçadores de pechinchas que se ajudam a encontrar peças de computadores. "Menos de um segundo após o lançamento, todas as peças acabaram." "Os usuários em sites de varejo não viram um botão 'comprar agora', mas sim um botão 'esgotado', já que todo o estoque tinha sido imediatamente levado por robôs, com uma ou outra pessoa sortuda lá no meio (da lista de compradores)." Rob Burke, ex-diretor de comércio eletrônico internacional da grande varejista internacional GameStop, diz que os robôs sempre foram um problema. "Às vezes, mais de 60% do tráfego no nosso site, representando centenas de milhões de visitas por dia, era de robôs ou raspadores (os scrapers, que monitoram preços). Especialmente às vésperas de grandes lançamentos." Essa situação cria um certo dilema ético para as lojas. "Por um lado, você só quer vender o produto. Então, quem se importa se foi um robô ou um cliente 'real'? Por outro, se nenhum, ou muito poucos, de seus clientes reais puderem adquirir um produto com você, eles naturalmente vão buscar outro lugar para comprar." Black Friday: g1 compara variação de preço de 60 produtos Como esses robôs funcionam? Os chamados robôs "sniping" (em referência aos snipers ou atiradores de elite) emitem alertas para os usuários quando um item volta ao estoque, permitindo que o responsável pelo robô o compre antes de qualquer outra pessoa. Mas os robôs mais avançados são soluções completas que identificam a pechincha e fazem a compra automaticamente. Eles geralmente vêm de um lugar incomum: o mercado de tênis de edição limitada. Esses calçados têm sido um foco de lançamentos limitados e de alta demanda nos últimos anos, com as pessoas fazendo fila do lado de fora das lojas para comprá-los, ou tentando obtê-los online. Isso levou ao desenvolvimento de robôs avançados, e são esses que agora estão sendo usados ​​para outros fins. Os chamados "grupos de cozinheiros" vivem em canais de bate-papo privados em aplicativos como o Discord trocando dicas sobre quem vai estocar o quê, boatos de horários de lançamento e páginas dos sites disponíveis antes do produto estar oficialmente à venda. Os proprietários de robôs usam essas informações para ajustar suas estratégias. Platt diz que conhece um exemplo extremo em que um grupo alugou um servidor localizado fisicamente mais perto do servidor do site que estavam de olho, dando a eles uma vantagem de frações de segundo no tempo que leva para o tráfego da internet ocorrer. Por quê? Porque os cambistas estão competindo uns com os outros tanto quanto os compradores regulares. Os itens de maior demanda estarão mais difíceis do que nunca, especialmente se houver um bom desconto envolvido. Getty Images via BBC A adesão a esses grupos de elite pode custar de dezenas a centenas de dólares. "Definitivamente, há um elemento de exclusividade no segmento mais sofisticado do mercado", diz Platt. "Existem robôs à venda que podem custar milhares de dólares. Alguns dos robôs se tornaram tão caros e tão limitados que agora você os aluga." Isso significa que algumas pessoas que estão genuinamente atrás de um item estão alugando um robô para ter certeza de que o conseguirão ou apenas "empregando" um "robozeiro" para comprá-lo para elas. Está se tornando um grande negócio. O mercado de revenda de tênis esportivos sozinho está avaliado em cerca de US$ 2 bilhões e cresce 20% ao ano, segundo a consultoria americana Cowen. O que isso significa para as compras de Natal e da Black Friday? No fim, os itens de maior demanda estarão mais difíceis do que nunca, especialmente se houver um bom desconto envolvido. E depois há o movimento habitual de mercado: comprar itens na baixa e vender na alta, explorando a diferença de preço. Os robôs ajudam isso a acontecer em escala comercial automatizada. "Você pode levar todos esses itens, se souber que dali a duas semanas, quando as vendas acabarem, poderá vendê-los pelo dobro do preço", explica Platt. Há uma fresta de esperança na proliferação de robôs em torno dos principais dias de vendas, como a Black Friday: eles podem levar a preços mais baixos em alguns casos. Isso porque os robôs de raspagem, do tipo que monitora preços, mas não compra nada, são realmente usados ​​pelos próprios varejistas. Muitos dos maiores comerciantes examinam os sites uns dos outros, certificando-se de que não sejam derrotados na disputa pela melhor oferta de negócio ao consumidor. Muitos varejistas não comentam estratégias para lidar com os robôs. Reuters E o que pode ser feito sobre isso? Procurados pela reportagem, muitos grandes varejistas se recusaram a tratar das estratégias de defesas contra esses robôs, e vendedores de programas robôs tampouco quiseram falar. Tecnicamente, não há nada de ilegal nessa prática. O Reino Unido proibiu o uso desses robôs para a venda de ingressos, mas em outros setores de varejo isso não é explicitamente proibido por lei. No entanto, varejistas estão criando soluções alternativas inteligentes. A loja britânica Currys PC World confundiu muitos de seus clientes quando o PlayStation 5 e o Xbox Series X foram colocados à venda, em 2020. Eles apareciam por 2 mil libras a mais do que se esperava, mas os clientes reais com pré-encomendas receberam um código de desconto de 2.005 libras, que teve de ser inserido manualmente, levando o preço de volta ao patamar esperado pelos clientes. Alguns varejistas estão cobrando nos cartões das pessoas o preço total do item por um lugar na fila de espera (e estornam o lançamento se a compra não for concretizada). Outros estão vasculhando listas de pedidos e cancelando compras suspeitas: por exemplo, se um mesmo endereço está recebendo muitas unidades do mesmo item. Essa disputa de gato e rato deve ir bem longe. VEJA TAMBÉM: Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer Como usar duas contas do WhatsApp no mesmo celular Cade determina que Apple remova restrições de meios de pagamento no iPhone

G1

Wed, 27 Nov 2024 05:00:21 -0000 -


Checar as configurações automáticas fornecidas pelo fabricante e usar os modos corretos para cada tipo de atividade (filme, game, série) fazem a diferença na hora de assistir qualquer coisa na sala de casa. Ajustando a qualidade de imagem da TV Pexels Já olhou para a tela da TV 4K e pensou “essa imagem não está legal?”. Na pressa de instalar um televisor novo, é comum pular os passos de ajustes iniciais e deixar a qualidade das cenas a desejar. Para ajudar a resolver isso, o Guia de Compras consultou os fabricantes de TVs para checar quais são as recomendações que deixam a TV com jeito de cinema em casa. Black Friday: tabela mostra se preços caíram (ou subiram) ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Veja as dicas a seguir e, ao final, uma lista com 10 TVs com resolução 4K. 📺Ajuste o modo de imagem Cada marca de TV oferece diversos modos predefinidos de ajuste de imagem na tela – como padrão, dinâmico, jogos, econômico, esportes, cinema e vívido, entre outros. Muitas vezes, durante a configuração inicial do aparelho, o consumidor não leva em conta a iluminação do local de instalação e deixa a imagem do jeito que a TV veio. A sugestão aqui é navegar entre as configurações de imagem da TV e ver qual se adapta melhor ao ambiente. Os modos dinâmico, esportes e vívido (ou vivo) são mais claros, para uso em locais bastante iluminados. Modo Cinema ao lado do modo Vivo em uma TV LG, com diferenças de cores e brilho na imagem Henrique Martin/g1 O modo padrão tende a ser mais equilibrado para a maioria dos ambientes. O filme/cinema foi feito para ambientes escuros. Algumas marcas como Samsung e LG oferecem recursos automáticos de ajuste de imagem. Ao ver algum filme ou série em serviços de streaming, por exemplo, elas podem mudar para um modo chamado “Filmmaker Mode”. Essa é uma certificação internacional que preserva os elementos da imagem original, como cores, taxa de reprodução de quadros por segundo e formato da imagem. 🍃Desligue o “movimento suave” Já teve a sensação de que a imagem em um filme ou série “pulou” ou “tremeu” de repente em uma cena? Isso acontece quando as TVs mostram cenas filmadas em 24 quadros por segundo, mas reproduzem em uma velocidade maior, como 60 ou 120 quadros por segundo. Esses pulos são conhecidos como efeito “soap opera” (em inglês, novela) e são causados por inserções automáticas de quadros na imagem pelos fabricantes. O recurso é rejeitado até por estrelas de Hollywood. Em 2018, o ator Tom Cruise publicou um vídeo apelando para os consumidores desativarem a funcionalidade, já que ela “estraga" a experiência cinematográfica. É curioso, pois as marcas informam que isso é algo “bom” para transmissões ao vivo e esportes, por exemplo. Mas o fato é que atrapalha bastante na hora de ver um filme. Demonstração de efeito "soap opera": veja como os pontos parecem "pular" na cena Reprodução Para desativar, basta desligar o recurso de movimento suave nas TVs – os nomes podem variar conforme as marcas: TruMotion (LG), Auto Motion Plus (Samsung) e Action Smoothing (TCL). 👁️Não exagere na nitidez Nas TVs, o conceito de “nitidez” adotado pelas marcas depende de resolução, contraste e qualidade da imagem original. Ao aumentar a nitidez nas configurações do televisor, o resultado pode ser tornar a imagem artificial e até mesmo distorcida – em vez de deixá-la mais nítida. Para deixar a imagem melhor, é recomendável reduzir esse ajuste nas configurações da TV. Detalhe de imagem com ajuste de nitidez: acima, em um nível intermediário. Abaixo, no máximo – note que existem "sujeiras" em torno das letras Reprodução ⚒️Calibre a imagem Dá para deixar a TV com modo mais personalizado usando recursos de calibração de imagem por aplicativos no celular. A dica vale para TVs (e projetores) da Samsung com celulares Android ou iPhone com o app SmartThings instalado. Adicione a TV no aplicativo e escolha a opção Calibração Inteligente. Dependendo do modelo de televisor, podem surgir duas opções: básico ou profissional. Siga os passos mostrados na tela para usar a câmera do smartphone e calibrar a imagem, que vai aparecer como uma opção de modo de cena no televisor. Calibração de imagem na TV usando o celular Samsung/Reprodução Para qualquer marca de televisor, uma alternativa é usar um dispositivo Apple TV 4K como central de streaming e conteúdo. Esse aparelho custava a partir de R$ 1.730 nas lojas on-line em novembro. Nos ajustes do dispositivo, selecione Vídeo e Áudio > Calibragem para configurar as opções equilíbrio de cores, zoom e overscan e barras coloridas. O modo Equilíbrio de Cores requer um iPhone para fazer as correções de imagem. O iPhone também pode sincronizar o som da Apple TV que sai de uma barra de som sem fios conectada. O console de videogame Xbox, da Microsoft, também oferece uma opção de configuração automática de imagem para games (em Configuração > Geral > Opções de TV e monitor). 🎮 Para games, use o modo Jogo A maioria das TVs 4K conta com uma configuração de imagem chamada modo Jogo (ou game), recomendado para usar com videogames. Ative essa opção na hora do game. As TVs com modo jogo contam com tempo rápido de resposta (medida em milissegundos) e a taxa alta de atualização da tela, a partir de 120Hz. Simulação de imagem comparando telas de games a 144Hz e a 60HZ TCL/Reprodução Esses números indicam quantas vezes uma imagem consegue alterar sua sequência de cores na tela e quantas vezes a imagem é atualizada por segundo. Quanto menor for o tempo de resposta, a imagem vai ser mais clara, definida e com a impressão de ser mais "rápida". Isso é importante para quem busca uma TV para jogar – o padrão gamer fica em 1 milissegundo ou menos – que pode ser a diferença entre dar um golpe certeiro ou ser atingido em um jogo importante. Veja a seguir uma lista com 10 TVs 4K. Os preços dos produtos começavam em R$ 2.000 e chegavam a R$ 6.200 nas lojas on-line pesquisadas em novembro. LG UHD UR8750 55" LG OLED evo AI C4 55" Philco PTV55G7PR2CSB Roku 55" Philips 50PUG7408/78 50" Philips 65PUG7408/78 65" Samsung Crystal 55DU8000 55" Samsung QLED 55Q60D 55" TCL 50P635 50" TCL C655 65" Toshiba 50C350MS 50" Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Guia de compras do g1: confira a variação de preços da Black Friday Entenda o que significam as tecnologias das TVs Como é assistir TV nas telas que custam muito caro

G1

Wed, 27 Nov 2024 05:00:19 -0000 -


Veja no que prestar atenção na hora da compra de um modelo de gerações passadas, como o 5G e a previsão de atualização de sistema fornecida pela Apple. iPhone 15 (à frente) e iPhone 14 (atrás) Henrique Martin/g1 O iPhone 16, lançado em setembro, é o celular mais recente da Apple. Nem sempre o preço dele cabe no bolso do consumidor. Existem alternativas, como os modelos mais antigos de iPhone ou mesmo smartphones com sistema Android (baratos ou caros). Mas qual iPhone "antigo" ainda compensa comprar em 2024? O Guia de Compras testou os lançamentos da Apple nos últimos anos e pode te ajudar nessa tarefa. Black Friday: tabela mostra se preços caíram (ou subiram) ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 👀A primeira coisa para prestar atenção é a idade do produto, para evitar os modelos mais velhos que já saíram de linha. Nesse caso, nem sempre vai dar para achar um aparelho novo nas lojas da internet. Oficialmente, a Apple ainda mantém em estoque os iPhone SE (lançado em 2022), 14, 15 e 16. O iPhone 13, que foi descontinuado em setembro, ainda está disponível nas principais lojas on-line. Vale lembrar que a Apple também vende uma versão "Plus" dos modelos 14, 15 e 16, com uma tela maior, de 6,7 polegadas. Seu desempenho e configurações são iguais aos aparelhos menores, com tela de 6,1". Já os iPhones mais velhos, como 11 e 12, são mais difíceis de encontrar sem serem usados ou em versões de "vitrine" (aparelhos que serviram de mostruário nas lojas, muitas vezes vendidos com descontos). 📡 O segundo item para checar em uma versão mais velha de iPhone é a conectividade. O 5G é a garantia de ter a tecnologia mais recente no celular de uso diário. Todos os iPhones desde a versão 12, lançada em 2020, já estão prontos para o 5G. 📲 O terceiro fator é a capacidade de atualização do sistema operacional. Quanto mais antigo, mais rápido o celular pode se tornar obsoleto e vai perder acesso a novos recursos do iOS, hoje na versão 18.1. Historicamente, a Apple costuma atualizar os celulares com uma nova versão do sistema iOS por cinco ou seis anos após seu lançamento. Um iPhone 13 deve ter atualizações até 2026 ou 2027. Já um iPhone 14 deve ter upgrades até 2027 ou 2028. E o iPhone 15, até 2029 ou 2030. Quanto mais recente o lançamento, mais tempo vai durar o smartphone. 💵 E o preço? Vale notar que não existem "iPhones" baratos, como é comum entre os celulares com sistema Android. E que a Apple não costuma dar descontos nos produtos em linha, mas reduz um pouco os valores quando uma nova geração é lançada – quase sempre entre setembro e outubro. Os descontos maiores nos valores acabam sendo responsabilidade das lojas e é preciso pesquisar bastante para encontrar ofertas e descontos. 📶 Diferenças entre os modelos 13, 14 e 15 Os iPhones 13, 14 e 15 são as gerações que costumam ter preços mais interessantes nas lojas da internet. iPhone 13 Todos têm telas de 6,1 polegadas (o mesmo tamanho do iPhone 16) e contam com pequenas melhorias incrementais nas câmeras e na capacidade de processamento entre uma geração e outra, sem grandes mudanças. Os iPhones 13 e 14 são muito parecidos por dentro e por fora. A maior diferença entre eles está nas câmeras: o iPhone 14 veio com o recurso Photonic Engine, que ajuda a melhorar bastante a qualidade das imagens tiradas em situações de pouca luz. iPhone 14 Mas, se o consumidor procura uma câmera mais avançada, a recomendação é partir para o iPhone 15, que tem um zoom aprimorado e um sensor de 48 megapixels, maior que o das gerações anteriores. E já conta com o conector USB-C no lugar do antigo Lightning. A vantagem é que esse conector é compatível com outros aparelhos, como celulares Android, tablets e notebooks, entre outros eletrônicos. iPhone 15 Pelo valor e pela previsão de atualização do iOS por mais tempo (até 2027 ou mais), o iPhone 14 é a melhor opção para quem quer um iPhone novo, mas sem ser o de última geração. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Guia de compras do g1: confira a variação de preços da Black Friday Como deixar o celular mais acessível

G1

Wed, 27 Nov 2024 03:01:19 -0000 -


Supremo marcou julgamento de três casos relacionados ao Marco Civil da Internet, lei que regula atuação de redes sociais no Brasil. Hoje, redes sociais só são responsabilizadas pelo que é publicado por usuários se não cumprirem ordem que determine derrubada do conteúdo Reprodução J O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para esta quarta-feira (27) o julgamento de casos que discutem a responsabilidade de redes sociais sobre o que é publicado por usuários. Eles estão relacionados com o Marco Civil da Internet, que regula a atuação das plataformas. Sancionada em 2014, essa lei define direitos e deveres para o uso da internet no país. Hoje, ela isenta as redes sociais de responsabilidade sobre o que é compartilhado por terceiros em seus serviços, exceto se elas não cumprirem ordem judicial que determine a derrubada do conteúdo. Essa regra está prevista no artigo 19 do Marco Civil da Internet, um dos pontos que estão no centro da discussão. A análise do Supremo sobre as ações relacionadas ao artigo 19 é apontada por especialistas, parlamentares e ministros como uma oportunidade de a Corte mudar interpretações e estabelecer entendimentos sobre o que fazer diante de publicações que atentam contra direitos fundamentais. Esse julgamento já esteve na pauta do STF em outros momentos, mas acabou sendo adiado. Segundo o ministro Dias Toffoli, a Corte aguardou a discussão no Congresso em torno do PL das Fake News, que está na Câmara dos Deputados e poderia definir novas regras sobre o tema. O que deve ser julgado no STF Recurso do Facebook que questiona se artigo 19 do Marco Civil da Internet é constitucional (relatoria do ministro Dias Toffoli) Recurso do Google que questiona se provedor de serviços se torna responsável ao armazenar ofensas produzidas por usuários e se deve fiscalizar material previamente (relatoria do ministro Luiz Fux) Ação que questiona se o Marco Civil da Internet pode ser usado para fundamentar ordens de suspensão de aplicativos (relatoria da ex-ministra Rosa Weber) Há ainda uma quarta ação, sob relatoria do ministro Edson Fachin, que discute a validade de decisões judiciais que determinam o bloqueio de aplicativos como o WhatsApp. Marco Civil da Internet: julgamento no STF pode mudar regras sobre uso da internet no Brasil Em maio de 2023, quando o STF chegou a incluir as ações para julgamento, especialistas ouvidos pelo g1 apontaram que as ações que questionam o Marco Civil da Internet poderiam indicar um caminho para uma espécie de regulação dos critérios para o controle de conteúdo que já é feito pelas plataformas. Na mesma época, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, o ministro Gilmar Mendes, do STF, avaliou que a atual legislação está ultrapassada. “Fizemos uma boa lei, o Marco Civil da Internet, no passado, mas a mim me parece que ela está ficando passé, démodé, ela já não atende a realidade, sobretudo na leitura de que a retirada de conteúdo depende sempre de decisão judicial”, disse Gilmar em 8 de maio do ano passado. LEIA TAMBÉM: Comissão do Senado aprova texto para proteger crianças na internet e responsabilizar redes por cuidado O que diz o Marco Civil da Internet? No artigo 19, a lei indica que sites e aplicativos só podem ser responsabilizadas civilmente por "danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros" se não agirem para cumprir ordem judicial que determine a derrubada do conteúdo. O trecho diz ainda que as plataformas devem tomar providências "no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado" para derrubar o conteúdo, "ressalvadas as disposições legais em contrário". A lei aponta que o objetivo dessa regra é "assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura". Já as operadoras (provedores de conexão à internet) não podem ser responsabilizadas por danos causados por conteúdo de terceiros, como define o artigo 18. Casos são antigos e citam até Orkut O Facebook entrou com o recurso no STF em 2017 para questionar uma decisão que obrigava a rede social a derrubar um perfil falso e fornecer dados sobre o computador usado para criar a conta. O Facebook, hoje Meta, alegou em seu recurso que impor às plataformas a obrigação de fiscalizar e excluir conteúdo gerado por terceiros, sem decisão judicial, configura risco de censura e restrição à liberdade de manifestação dos usuários. Também em 2017, houve o recurso do Google ligado a ação sobre o antigo Orkut. Uma professora de ensino médio pediu a exclusão de uma comunidade chamada "Eu odeio a Aliandra", criada em 2009 – antes do Marco Civil – para veicular conteúdo ofensivo. O Google negou o pedido e, por isso, a Justiça entendeu que a empresa poderia ser responsabilizada. A companhia, por sua vez, alegou que a exclusão da comunidade antes da decisão judicial violaria a liberdade de expressão dos usuários. A terceira ação questiona trechos do Marco Civil da Internet que permitem disponibilizar conteúdo de comunicações privadas mediante ordem judicial, além de suspensão e proibição de atividades de plataformas em caso de descumprimento das regras. A quarta ação foi aberta em 2016, após um bloqueio do WhatsApp no Brasil por ordem judicial. O partido alegou que a medida viola a liberdade de comunicação e pediu que medidas do tipo fossem proibidas.

G1

Wed, 27 Nov 2024 03:00:35 -0000 -


Em caso de descumprimento, a empresa ficará sujeita a multa diária de R$ 250 mil. Empresa californiana é acusada de forçar desenvolvedores brasileiros a utilizarem exclusivamente seu sistema de pagamento. James Yarema/Unsplash A Apple terá que mudar o iOS em até 20 dias no Brasil para permitir que desenvolvedores e usuários decidam os sistemas de pagamento para compras em aplicativos. Em caso de descumprimento, a empresa ficará sujeita a multa diária de R$ 250 mil. A determinação foi feita em uma medida preventiva divulgada na segunda-feira (25) pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O g1 procurou a Apple e a empresa disse que não vai comentar o caso. A decisão determina que a Apple possibilite compras de serviços ou produtos fora dos aplicativos e que os desenvolvedores possam oferecer métodos alternativos para que o pagamento seja feito dentro dos aplicativos. O órgão abriu o processo administrativo para apurar "suspeitas de posição dominante relacionadas à criação de barreiras artificiais à entrada e ao desenvolvimento de concorrentes". "As condutas anticoncorrenciais decorrem da aplicação de diversas disposições constantes nos Termos & Condições impostos pela Apple para regular o funcionamento do seu sistema operacional", disse o Cade. O órgão investiga se essas práticas têm o potencial de prejudicar os mercados nacionais de distribuição de aplicativos, bens e serviços digitais, além dos sistemas de processamento de pagamentos nos aplicativos do iOS. A denúncia, que foi registrada em 2022 pelo Mercado Livre, afirma que a Apple tem imposto restrições a desenvolvedores de aplicativos e serviços digitais, como streamings, que dificultam ou impedem a compra dentro de apps. O entendimento é de que a Apple força desenvolvedores brasileiros a utilizarem exclusivamente seu sistema de pagamento em transações feitas dentro de aplicativos, proibindo redirecionamentos para sites externos. Segundo o Cade, "a ação visa proteger o bem-estar coletivo, o interesse público e a livre concorrência no mercado e tem previsão na legislação." LEIA TAMBÉM: WhatsApp vai encerrar opção de pagamento via cartão de débito a partir de dezembro Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da habilitação WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Tue, 26 Nov 2024 16:55:10 -0000 -


Empresa diz que o 'WhatsApp Pagamentos' priorizará transações por PIX, mas outras formas de pagamento no aplicativo permanecem disponíveis. WhatsApp adiciona botão para recurso de pagamentos no campo de texto Divulgação/WhatsApp O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (26) que descontinuará a função de pagamento entre pessoas com cartão de débito no aplicativo a partir de 19 de dezembro. A Meta destacou que o WhatsApp Pagamentos não será encerrado, e as demais modalidades de pagamento continuarão disponíveis no app sem alterações. Em nota enviada ao g1, a empresa explicou que a decisão de suspender a função com cartão de débito visa priorizar as transações via PIX. "Estamos avisando todos os usuários sobre o fim desta função a partir de dezembro", informou. Quando lançado, em 2021, o WhatsApp Pagamentos exigia que o usuário tivesse uma conta bancária e um cartão de débito, pré-pago ou combo das bandeiras Visa ou Mastercard, emitido por um dos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi ou Woop Sicredi. Como enviar dinheiro pelo WhatsApp? WhatsApp adiciona botão para recurso de pagamentos no campo de texto Divulgação/WhatsApp A opção de transferência no WhatsApp está disponível no ícone de cifrão (R$) no campo de mensagens, ao lado das opções para enviar imagens, documentos, localização ou contatos. Toque no ícone "R$" e escolha a opção "Pagamento"; Insira o valor e uma mensagem opcional; Aperte em "Pagar" e coloque o PIN (senha) do Meta Pay; A transação vai aparecer como se fosse uma mensagem na conversa do WhatsApp, e a pessoa precisa aceitar o pagamento. Depois, o dinheiro cairá na conta dela. Se for a primeira vez usando o serviço, será preciso aceitar os termos de uso, criar um PIN (senha) do Meta Pay, cadastrar um cartão de uma das instituições parceiras e confirmar o cadastro na plataforma. Leia a nota do WhatsApp: "A funcionalidade Pagamentos no WhatsApp segue sendo prioridade para a experiência completa que queremos oferecer aos nossos usuários. No que se refere a pagamentos entre amigos e família, decidimos focar nossos investimentos nas soluções via PIX e suspender a função com cartão de débito. Estamos avisando todos os usuários no aplicativo sobre o fim desta função a partir de 19 de dezembro. Não haverá mudança no que se refere a pagamento de pessoas para empresas, que continuará aceitando todos os métodos de pagamento atualmente disponíveis no WhatsApp." LEIA TAMBÉM: Influenciadores mirins chegaram a receber bebida alcoólica como brinde de empresas de marketing de afiliados Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer Como usar duas contas do WhatsApp no mesmo celular WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Tue, 26 Nov 2024 15:05:11 -0000 -


Reportagem do g1 mostrou menores de idade ostentando ganhos altos nas redes ao promover cursos de afiliados. No Instagram e no TikTok, eles dizem que estão conquistando milhares de reais por mês 'trabalhando pouco por dia'. Menores desdenham da educação e dizem ganhar muito dinheiro vendendo cursos Uma reportagem do g1, publicada neste sábado (23), revelou como influenciadores mirins tentam atrair crianças e adolescentes para um suposto trabalho rentável: a participação na venda de cursos em plataformas de marketing de afiliados, como Kiwify e Cakto. Nas redes sociais, esses menores afirmam faturar até R$ 100 mil com esse tipo de negócio. Ao alcançarem esse valor em vendas, eles recebem uma placa comemorativa e uma cesta de comida que inclui espumante, bebida alcoólica cujo consumo é proibido para menores de 18 anos no Brasil. O g1 encontrou ao menos 33 perfis de crianças no Instagram e no TikTok voltados para a ostentação e monitorou essas contas por três meses. O g1 também tentou conversar com os pais desses menores, mas não obteve retorno e alguns não quiseram falar. Foram encontradas postagens só no Instagram de crianças exibindo espumante. Em um dos posts, uma menina com 457 mil seguidores mostra a cesta enviada pela Kiwify (veja na imagem abaixo). A Cakto também costuma enviar brindes e mandou um espumante para essa mesma criança. Criança que recebeu um kit por ter faturado R$ 100 mil na Kiwify. Reprodução/Instagram Na publicação da menina, Caio Martins, CEO da Cakto, chegou a comentar: "Só não pode beber esse Chandon kkkkkkk" (veja na imagem abaixo). Além dela, o g1 localizou o perfil de um outro adolescente que também exibe a cesta com a bebida, novamente enviada pela Kiwify. Cakto também enviou espumante para a mesma menina que recebeu da Kiwify. Reprodução/Instagram Procurada para comentar sobre o envio do brinde, a Cakto disse que "todos os cadastros na plataforma são realizados exclusivamente por maiores de idade e vinculados a um responsável legal". A empresa não comentou sobre o posicionamento do CEO. A Kiwify, que negou ter enviado esses prêmios diretamente para menores, disse que vai implementar "uma revisão operacional para evitar a recorrência de situações semelhantes a essa" (leia o posiconamento ao final da reportagem). "A premiação é padrão e concedida a todos os produtores que atingem o faturamento de R$ 100 mil, não havendo distinções ou privilégios para indivíduos específicos", completou a empresa. "Essas contas estão sendo preventivamente bloqueadas para maiores investigações devido ao potencial compartilhamento indevido de login e senha", disse a Kiwify, sobre os perfis que exibiram bebidas entre os brindes recebidos. Segundo a Kiwify, ambas as contas identificadas que receberam a bebida alcoólica pertencem a adultos. Alguns influencers também filmaram sua presença em eventos de marketing digital da Kiwify (veja no vídeo na abertura da reportagem). Sem dar mais detalhes, a empresa disse ao g1 que "não realizou nenhum convite a eles". No dia 13 de agosto, a Meta, dona do Instagram, disse ao g1 que não ia "comentar o tema". Após a publicação da reportagem, a empresa afirmou que não permite menores de 13 anos em suas plataformas. "Contas no Facebook e no Instagram que representem alguém menor de 13 anos precisam ser gerenciadas pelo pai, mãe ou responsável", completou. O TikTok também respondeu aos nossos contatos após a publicação da matéria, informando que "derrubou os vídeos em agosto". Adolescente abre kit com espumando enviado pela empresa Kiwify Reprodução/Instagram Como os influencers atraem outras crianças Apesar de serem desinibidas para falar sobre uma suposta vida de luxo, as crianças revelam poucas informações pessoais. Não falam as idades, nem a cidade ou estado onde vivem. Os perfis costumam se seguir, o que indica que os envolvidos se conhecem, ao menos no ambiente virtual. As informações disponíveis nas contas seguem a mesma tática dos vídeos: na bio, elas citam o suposto faturamento do influencer e incitam os seguidores a procurá-las se quiserem ter a mesma vida. Nessas publicações, os menores costumam: destacar que trabalham pouco tempo por dia e faturam alto; relatar uma mudança de vida, dizendo que agora conseguem comprar celular caro, casa ou mesmo pagar o aluguel dos pais e tirar a família da pobreza; não costumam mostrar esses bens materiais, apenas falam deles; ironizam quem não está no esquema supostamente lucrativo; citam o suposto faturamento alto no link da bio e exibem notas de dinheiro ou número de faturamento na tela dos apps da Kiwify e da Cakto. Criança usa tom irônico nos conteúdos publicado nas redes sociais Reprodução/Instagram Em alguns poucos vídeos, crianças e adolescentes dizem estar com o pai ou a mãe e até presenteiam familiares. Nas filmagens, os supostos responsáveis sempre demonstram surpresa com o trabalho altamente rentável do filho. O g1 localizou os pais de uma menina de Minas Gerais que divulga esses cursos. No Instagram, ela tem mais de 230 mil seguidores e os vídeos publicados contam com milhares de visualizações. O pai dela inicialmente demonstrou interesse em dar entrevista, mas logo parou de responder aos contatos. Dias depois, também por mensagens, a mãe confirmou que a filha tem 13 anos e considera que aquilo é um trabalho, o que pode ser indício de trabalho infantil, analisa Denise Auad, da comissão dos direitos da criança e do adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB SP). A mãe disse ainda que a menina "tira um bom dinheiro no digital", sem informar valores. E que os pais preferem deixar o montante guardado, para que a filha administre melhor, no futuro. Durante vários dias, o g1 tentou marcar uma entrevista com essa mãe. Mas, num último contato, ela disse que conversou com o marido e eles decidiram que não queriam mais falar, para "não expor muito a imagem da filha". Não foi possível saber se a adolescente tem autorização judicial para divulgar esses conteúdos. No Brasil, o trabalho antes dos 16 anos só é permitido em lei para fins artísticos e com autorização judicial, explica Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital. Isso inclui atuar com influenciador nas redes sociais. "É um caso gravíssimo porque as crianças que divulgam e as que assistem a isso são as verdadeiras vítimas. E o mais preocupante é como isso vem influenciando outras crianças a desvalorizar os estudos", diz Denise Auad. Eles podem estar sendo usados por indivíduos mal-intencionados para praticar fraude (estelionato), avalia Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital e autora do livro "Segredos da internet que crianças e adolescentes ainda são sabem". Para João Francisco Coelho, advogado do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, existe um "modus operandi" muito claro e bem delimitado quanto ao tipo de conteúdo que vai ser publicado por essas crianças e a linguagem que vai ser utilizada. Denise ainda cita algumas ilegalidades que os responsáveis podem estar cometendo, como crimes ligados ao trabalho forçado, falsidade ideológica, difamação e golpes virtuais. O que diz a Kiwify "A Kiwify possui uma política clara e rigorosa em relação à idade mínima para o uso da plataforma. De acordo com nossos termos de uso, apenas pessoas físicas com idade mínima de 18 anos ou emancipadas, e que sejam plenamente capazes de exercer direitos e deveres na ordem civil, podem se cadastrar como usuários. Além disso, representantes de pessoas jurídicas devem estar devidamente autorizados a vinculá-las à plataforma. Ou seja, para realizar transações comerciais, é necessário ter mais de 18 anos, e as operações de vendas somente são aceitas perante comprovação de que a conta bancária seja a mesma do titular do cadastro. Os usuários são obrigados a fornecer informações válidas que comprovem sua idade e capacidade civil. Se for identificado que o usuário não atende a esses requisitos, o cadastro é automaticamente bloqueado, impedindo o uso da plataforma. Nossa política de premiação é estruturada para recompensar o trabalho e o esforço dos infoprodutores, com base em métricas objetivas de faturamento. Esclarecemos que as premiações são enviadas exclusivamente ao titular da conta, partindo da premissa de que a gestão é feita por uma pessoa adulta, com 18 anos ou mais, já que a participação na plataforma e a venda de produtos estão restritas a maiores de idade. A partir deste momento, implementaremos uma revisão operacional para evitar a recorrência de situações semelhantes a essa. A Kiwify se destaca por facilitar ao máximo o processo de reembolso dos compradores dos cursos de nossos usuários. Tanto que fomos, pelo segundo ano consecutivo, indicados ao prêmio do Reclame Aqui, maior prêmio de reputação e experiência do cliente do Brasil. Além disso, possuímos atualmente uma nota geral de 8.2 ("ótimo") e 83% de índice de solução neste canal. A Kiwify, seus sócios ou quaisquer outras entidades relacionadas não possuem qualquer vínculo com essa empresa [Cakto]". O que diz a Cakto "Como preceitua os termos da plataforma Cakto, menores de idade são proibidos de realizar cadastros na plataforma, bem como realizar vendas utilizando a mesma. Para que o cadastro dentro da plataforma seja concluído, é necessário que seja apresentado documento pessoal com foto, do qual passa por uma rigorosa análise pelo setor de compliance. Além disso, contas que são identificadas sendo operadas por menores de idade são suspensas pelo nosso suporte. A plataforma Cakto segue rigorosamente o que dispõe o código do consumidor quando se fala de solicitações de reembolso. Dessa forma, sempre que um consumidor solicita o reembolso direto a plataforma, o mesmo é atendido prontamente pela equipe. Vale ressaltar que após o período de arrependimento, a plataforma somente se responsabiliza sobre vícios e problemas com os produtos na plataforma, após esse período de 7 dias o reembolso deve ser solicitado diretamente ao vendedor. A empresa Cakto não possui qualquer relação com a empresa Kiwify".

G1

Mon, 25 Nov 2024 12:42:34 -0000 -


No Android, é possível ter duas contas pessoais caso o celular tenha suporte para dois chips. Já o iPhone só permite manter uma conta pessoal e outra profissional, por meio do WhatsApp Business. WhatsApp Divulgação O WhatsApp permite ter duas contas no mesmo celular sem precisar baixar aplicativos de terceiros. Como cada uma tem um número diferente, é preciso que o seu aparelho suporte dois chips, o que só está disponível no Android. A opção não funciona no iPhone, que só tem suporte para um chip. No entanto, é possível usá-lo para manter uma conta pessoal e outra profissional no WhatsApp Business (saiba mais abaixo). Nos dois casos, o processo para incluir uma segunda conta é simples e pode ser útil para quem precisa separar as conversas em dois perfis no aplicativo. Veja abaixo como adicionar um novo perfil no seu WhatsApp. Android Em aparelhos Android, é possível adicionar a segunda conta dentro do próprio aplicativo do WhatsApp desde outubro de 2023. Saiba como fazer: Abra as "Configurações" do WhatsApp clicando no ícone de três pontinhos (⋮) da tela inicial; Clique no ícone de adição (+) ao lado da foto de perfil; Selecione a opção "Adicionar conta"; Clique em "Concordar e continuar" e insira o número do segundo chip; Confirme o número e digite o código de verificação enviado por SMS; O WhatsApp pedirá permissão para procurar backups na sua conta Google. Se quiser recuperar dados, toque em "Conceder permissão". Se não, basta selecionar "Pular". iPhone Como o iPhone não tem suporte para dois chips, não é possível usar o celular para ter duas contas pessoais. No entanto, ele pode servir para quem deseja manter um perfil profissional no WhatsApp Business. Veja como fazer: Baixe o aplicativo WhatsApp Business; Aceite os termos ao clicar em "Concordar e continuar"; Selecione "Usar outro número"; Confirme o número e digite o código de verificação enviado por SMS; O WhatsApp pedirá permissão para procurar backups na sua conta iCloud. Se quiser recuperar dados, toque em "Conceder permissão". Se não, basta selecionar "Pular restauração". VEJA TAMBÉM: Desconhecidos adicionam usuários de WhatsApp a grupos de propaganda sem autorização Meta AI, de WhatsApp e Instagram, é criticada por gerar respostas erradas; veja como limitar 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares Novo recurso do WhatsApp que possibilita ter duas contas Divulgação - WhatsApp Como se proteger de golpes no WhatsApp Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger

G1

Mon, 25 Nov 2024 06:00:29 -0000 -


Criados há 75 anos, os códigos de barras ajudaram a salvar vidas, foram para o espaço e alimentaram o medo do Anticristo. Estima-se que cerca de 10 bilhões de códigos de barras sejam escaneados todos os dias ao redor do mundo Getty Images Lasers. É disso que os funcionários dos supermercados precisam, insistiu Paul McEnroe. Scanners no caixa e pequenas armas a laser em forma de pistola também. Aponte, dispare e complete a venda! Em 1969, esta era uma visão extravagante do futuro: os lasers escaneariam estranhas marcações em preto e branco nos produtos que McEnroe e seus colegas da IBM haviam projetado. Isso tornaria as filas dos supermercados mais rápidas, disse ele entusiasmado. A solução viria a ser conhecida como código de barras. Naquele momento da história, os códigos de barras nunca haviam sido usados comercialmente, embora a ideia estivesse sendo desenvolvida há décadas, após uma patente ser registrada em 20 de outubro de 1949 por um dos engenheiros que agora fazia parte da equipe de McEnroe. Os engenheiros da IBM estavam tentando dar vida aos códigos de barras. Eles tinham uma visão do futuro em que os consumidores passariam rapidamente pelo caixa com lasers escaneando cada item que desejavam comprar. Mas os advogados da IBM tinham um problema com o futuro. "De jeito nenhum", eles disseram, de acordo com McEnroe, engenheiro agora aposentado. Eles temiam um "suicídio a laser". E se as pessoas ferissem intencionalmente seus olhos com os scanners e depois processassem a IBM? E se os funcionários dos supermercados ficassem cegos? Não, não, é um mero raio laser de meio miliwatt, McEnroe tentou explicar. Havia 12 mil vezes mais energia em uma lâmpada de 60 watts. Seus apelos não deram em nada. Ele recorreu então a macacos-rhesus importados da África, embora agora não se lembre de quantos. "Acho que foram seis", diz ele. "Mas não posso assegurar." Depois que os testes em um laboratório próximo comprovaram que a exposição ao laser não prejudicava os olhos dos animais, os advogados cederam. E foi assim que a leitura de códigos de barras se tornou comum nos supermercados dos EUA e, por fim, no mundo todo. A história destas linhas verticais tão comuns hoje em dia pode surpreender Getty Images Em uma reviravolta inesperada, o laboratório usado por McEnroe disse posteriormente que enviaria os macacos para ele. "Foi uma loucura", ele se lembra, rindo. "Arrumei um zoológico na Carolina do Norte." Além dos macacos, cada membro humano da equipe de McEnroe na IBM também merece crédito pelo Código Universal de Produtos (UPC, na sigla em inglês), como sua versão do código de barras ficou formalmente conhecida. Entre eles, estava Joe Woodland, o engenheiro que idealizou o conceito inicial dos códigos de barras décadas antes, depois de desenhar linhas na areia de uma praia. Foi ele e outro engenheiro que fizeram o pedido para registrar a patente da ideia fundamental dos códigos de barras em outubro de 1949. Basicamente, George Laurer e outros membros da equipe da IBM pegaram esta proposta pré-existente de marcações no estilo de código de barras e a desenvolveram até chegar a um retângulo de linhas pretas verticais que correspondiam a um número que poderia identificar de maneira exclusiva qualquer item de supermercado que você possa imaginar. De latas de sopa a caixas de cereais ou pacotes de macarrão. O setor de supermercados adotou formalmente o UPC em 1973, e o primeiro produto com o código foi escaneado no supermercado Marsh, em Ohio, em 1974. A partir daí, o sistema conquistou o planeta. Logo apareceram outros tipos de códigos de barras, e o UPC também serviu de alicerce para os chamados "códigos de barras 2D", como os QR Codes, que podem codificar ainda mais informações. Mas a história destas pequenas marcações em preto e branco é muito mais complexa e espinhosa do que você poderia imaginar. Medindo os espaços Você poderia até dizer que tudo começou com a CIA, a agência de inteligência americana. "Eu estava escaneando coisas para a CIA", explica McEnroe. "Mapas enormes." Este foi um de seus primeiros trabalhos na IBM envolvendo scanners de imagem. Como ele explica em seu livro sobre a invenção do código de barras UPC, isso o ajudou a se preparar para trabalhar com uma tecnologia completamente nova, mas relacionada, que revolucionaria o setor de varejo. Hoje os códigos de barras ajudam a salvar vidas Getty Images McEnroe sabia que as filas dos caixas nas lojas andariam muito mais rápido se os funcionários pudessem simplesmente escanear os produtos para um computador, em vez de ter que ler os preços estampados em cada item e depois processá-los manualmente. Para ser aceito, esse sistema de leitura de códigos de barras teria que funcionar praticamente todas as vezes — e ler o código corretamente, mesmo que o produto passasse pelo scanner a velocidades de até 2,5 metros por segundo. A equipe da IBM começou a trabalhar baseando-se no projeto patenteado por Woodland e seu colega — porém, com uma diferença importante. A abordagem original se baseava na leitura da espessura das linhas pretas. Um dos conceitos que eles haviam proposto na patente — um código de barras redondo, formado por círculos concêntricos — chegou a ser desenvolvido por um grupo concorrente. Mas se revelou difícil de imprimir e mais difícil ainda de encaixar perfeitamente na embalagem do produto. A equipe da IBM descobriu que era mais fácil imprimir linhas verticais e basear o processo de leitura não na medição da espessura destas linhas, mas na distância entre a borda de uma linha e a borda da linha seguinte. Em outras palavras, no espaço entre as linhas, que era mais refletor e mais fácil de ser captado pelo scanner. Desta forma, não importava se a impressora de etiquetas imprimisse linhas mais grossas do que o previsto — a leitura ainda funcionaria, praticamente todas as vezes. A encarnação do mal Embora o primeiro produto com código de barras tenha sido vendido em um supermercado dos EUA em 1974, foram necessários mais cinco anos para que os códigos de barras chegassem aos supermercados britânicos. Assim que chegaram, o primeiro item a ser escaneado foi uma caixa de saquinhos de chá. McEnroe enfatiza que o lançamento da tecnologia de código de barras UPC não foi isento de polêmicas. "Nossa primeira loja não abriu", ele recorda. Havia pessoas do lado de fora protestando contra o fato de que os preços não seriam mais estampados em cada produto, mas apenas nas prateleiras onde os produtos eram colocados. Alguns sindicatos da época achavam — no fim das contas, com razão — que a tecnologia de escaneamento ameaçava determinados empregos nos supermercados. Também havia a preocupação de que os códigos de barras pudessem ser usados para ocultar os preços. O próprio McEnroe se lembra de como, no passado, os consumidores às vezes procuravam produtos nas prateleiras dos supermercados que poderiam estar com o preço mais antigo e mais baixo estampado neles. Se os códigos de barras assumissem o controle, estas oportunidades de pechinchar desapareceriam. Estas preocupações logo se dissiparam. Mas os códigos de barras sempre incomodaram algumas pessoas. Havia aqueles que temiam os códigos de barras Getty Images Para alguns fanáticos, eles são nada menos que a encarnação do mal. Em 2023, Jordan Frith, professor de comunicação da Universidade de Clemson, na Carolina do Sul, publicou um livro sobre a história dos códigos de barras. Durante sua pesquisa, ele encontrou um artigo de 1975 em uma publicação chamada Gospel Call que sugeria que os códigos de barras poderiam ser "a Marca da Besta" — uma referência a uma profecia bíblica do Livro do Apocalipse sobre o fim do mundo. A passagem do Novo Testamento se refere a uma besta — às vezes, interpretada como o Anticristo — que obriga todas as pessoas a serem marcadas na mão direita ou na testa. Na profecia, somente aqueles que aceitam esta marca têm permissão para comprar ou vender. O artigo de 1975 sugeria que, no futuro, os códigos de barras seriam "tatuados a laser" na testa ou nas costas da mão de todo mundo, prontos para serem apresentados nos caixas dos supermercados. Apesar de bizarra, a ideia provou ser surpreendentemente aderente. Um livro de 1982 chamado The New Money System ("O novo sistema monetário", em tradução livre), escrito pela evangélica Mary Stewart Relfe, popularizou ainda mais a suposta conexão, depois que ela afirmou que o número da Besta (666) estava "escondido" entre as linhas nas extremidades e no meio de cada código de barras. Na verdade, estas "linhas de sinalização", como são conhecidas, servem como ponto de referência para ajudar o scanner a laser a identificar o início e o fim de cada sequência de UPC. Mais tarde, Laurer, da equipe da IBM, considerado coinventor do UPC, insistiu que não havia nada de sinistro nisso — e que a semelhança com o padrão usado para codificar o número seis era uma coincidência. Para alguns, eles são nada menos que a encarnação do mal Getty Images Mas a teoria bizarra ainda pode ser encontrada em alguns recantos da internet. E algumas pessoas até tomam medidas extremas para evitar códigos de barras, incluindo membros de um grupo cristão russo ortodoxo conhecido como Velhos Crentes. Agafia Lykov, que vive em uma região remota da Sibéria, disse a jornalistas da revista Vice em 2013 que os códigos de barras eram "o selo do Anticristo". Ela acrescentou que se alguém lhe der algo, como um pacote de sementes, com um código de barras, ela retira o conteúdo e queima o pacote. Além disso, em 2014, uma empresa de laticínios russa publicou uma declaração em seu site explicando por que havia uma cruz vermelha impressa sobre os códigos de barras em suas caixas de leite. Como é "bem conhecido", dizia a declaração, os códigos de barras são a Marca da Besta. A declaração já foi removida do site da empresa. McEnroe diz que está ciente de algumas dessas crenças estranhas sobre os códigos de barras. "Não é algo que eu estaria propenso a pensar", diz ele, de forma bastante diplomática. Frith ressalta outro aspecto: "É um pouco estranho imaginar um bando de executivos do setor de supermercados abrindo caminho para o apocalipse." Distópicos Mas pode-se dizer que há algo estranhamente distópico nos códigos de barras. Para alguns, eles se tornaram um símbolo do capitalismo em sua forma mais fria. Também costumam aparecer em sequências assustadoras em filmes. Em O Exterminador do Futuro, ficamos sabendo que os prisioneiros de robôs assassinos em um futuro apocalíptico são marcados com códigos de barras em seus braços para identificação. "Isso é gravado por escaneamento a laser”, explica o personagem Kyle Reese, que viaja no tempo, a Sarah Connor. "Alguns de nós fomos mantidos vivos para trabalhar — carregando corpos." Na narrativa do filme O Exterminador do Futuro, protagonizado por Arnold Schwarzenegger, o papel dos códigos de barras causa arrepios Getty Images A marca do código de barras, neste contexto, lembra os números tatuados nos braços dos prisioneiros dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Às vezes, as pessoas usam os códigos de barras de forma maliciosa. Especialmente quando se trata de QR Codes, que, em vez de usar linhas verticais, consistem em constelações de pequenos quadrados pretos e brancos em um padrão que pode ser lido por câmeras digitais de smartphones. Como a leitura de um QR Code pode direcionar seu dispositivo a um site mal-intencionado, hackers utilizam a tecnologia de vez em quando. O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido alertou a população para ter cuidado com os QR Codes. Motoristas em várias cidades inglesas também foram alertados sobre um golpe em que QR Codes falsos foram colados a máquinas de estacionamento na tentativa de roubar dinheiro de motoristas desavisados. Um código usado em estacionamentos em Leicester chegou a ser vinculado à Rússia. E, em setembro, o grupo armado Hezbollah, baseado no Líbano, acusou Israel de lançar folhetos contendo um código de barras perigoso, mencionado como QR Code em algumas reportagens, que poderia "retirar todas as informações" de qualquer dispositivo usado para escaneá-lo. A BBC não conseguiu verificar estas alegações. Onipresentes Apesar de alguns usos nefastos dos códigos de barras e de alegações bizarras de que eles representam a Marca da Besta, esta tecnologia é utilizada em milhares de processos industriais e comerciais no mundo todo. Estima-se que 10 bilhões de códigos de barras sejam escaneados globalmente, todos os dias, de acordo com a GS1, organização que supervisiona os padrões de códigos UPC e QR. Você já deve ter reparado nos códigos de barras e QR Codes presentes nas embalagens dos itens que recebe pelo correio, por exemplo. Um único pacote pode ser escaneado várias vezes em sua jornada do depósito até sua casa, diz Frith. E como os códigos de barras permitem que os varejistas controlem grandes estoques de produtos, isso significa que essas empresas podem operar lojas gigantescas com relativamente poucos funcionários. "Você não teria essas superlojas ou algo do gênero sem os códigos de barras", observa Frith. "Isso mudou a estrutura física do varejo." Erin Temmen, gerente de contas da empresa de etiquetagem Electronic Imaging Materials, concorda com essa avaliação. Sua empresa, assim como outras do setor, produz etiquetas de código de barras que funcionam praticamente em qualquer ambiente. Isso inclui, por exemplo, etiquetas resistentes ao frio que não vão cair de equipamentos cheios de nitrogênio líquido. E etiquetas resistentes a produtos químicos que vão conservar o código de barras mesmo se substâncias nocivas respingarem nelas em laboratório. A empresa também produz etiquetas de código de barras mais refletoras. "Isso aumenta a distância de escaneamento", explica Temmen. Ou seja, facilita a leitura do código por trabalhadores apressados a uma distância de até 14 metros, tornando-o detectável mesmo se o código de barras estiver em um item colocado no alto de uma prateleira, por exemplo. Essa versatilidade indica a grande variedade de contextos em que os códigos de barras são realmente usados. Uma tartaruga marinha com um código no casco rasteja em direção ao mar na Reserva Natural Nacional de Tartarugas Marinhas de Huidong, na China Getty Images Eles ajudaram a monitorar o comportamento e o movimento de abelhas e pássaros, a marcar óvulos e embriões em clínicas de fertilidade para evitar confusões e foram colocados em lápides para direcionar os visitantes para memoriais online dos falecidos. As Forças Armadas dos EUA também usam códigos de barras para ajudar a controlar a presença e o treinamento de pessoal. Uma universidade na Arábia Saudita também testou o recurso para registrar a presença dos alunos nas aulas. Os códigos de barras chegaram até mesmo ao espaço. Os astronautas da Estação Espacial Internacional usam leitores de código de barras para identificar equipamentos e peças mecânicas, embora eles tenham sido substituídos em grande parte por identificação por radiofrequência (RFID, na sigla em inglês). Os códigos de barras também são usados para registrar a ingestão de alimentos e bebidas pelos astronautas, assim como para identificar suas amostras de sangue, saliva e urina. Na Terra, é possível que os códigos de barras tenham salvado vidas. Os hospitais usam sistemas de código de barras para rastrear amostras de sangue, medicamentos e dispositivos médicos, como próteses de quadril. O NHS, sistema público de saúde do Reino Unido, tem um programa chamado Scan4Safety para promover o uso de códigos de barras para monitorar este tipo de informação. A identificação auxiliada por computador pode ajudar a equipe a garantir que os médicos administrem o medicamento correto no paciente certo, por exemplo. De acordo com um relatório do Scan4Safety, a introdução desta tecnologia liberou 140 mil horas do tempo da equipe para o atendimento aos pacientes que, de outra forma, seria gasto com tarefas administrativas e controle de estoque. O relatório afirma ainda que a leitura de código de barras também economizou milhões de libras para o serviço de saúde. "Converso com médicos e membros da equipe responsáveis pelo gerenciamento de estoque em hospitais — todos relatam benefícios", diz Valentina Lichtner, professora da Universidade de Leeds, no Reino Unido, que atualmente está pesquisando o impacto dos sistemas de monitoramento de código de barras em ambientes de serviços de saúde. E em um mundo em que os códigos de barras estão praticamente em todos os lugares, é possível criar jogos e experiências interessantes com base neles. Um dos exemplos mais inovadores foi o Skannerz, um videogame portátil do início dos anos 2000 que tinha um leitor de código de barras integrado ao dispositivo. Os jogadores tinham que escanear códigos de barras aleatórios em alimentos, por exemplo, até encontrarem um código que acionasse a "captura" de um monstro alienígena no jogo — algo que tem fortes ecos dos jogos do Pokémon. Outros jogos, incluindo o Barcode Battler do Japão, também se baseiam em fazer com que os jogadores leiam códigos de barras como parte da "diversão". Nada disso teria sido possível sem as linhas traçadas por Woodland na areia da praia e o trabalho de McEnroe e sua equipe na IBM. Atualmente, existe uma iniciativa — chamada Sunrise 2027 — para fazer com que os varejistas adotem códigos no estilo QR Code, em vez dos designs mais antigos, baseados em linhas verticais. Isso permitiria que eles codificassem mais informações, como datas de validade em embalagens de alimentos ou instruções sobre como usar um determinado produto de limpeza. Mas Frith acredita que o código de barras tradicional provavelmente vai continuar existindo por muito tempo. Trata-se de uma tecnologia aparentemente simples que, segundo ele, impactou uma série de setores. E, apesar de os códigos de barras estarem por toda parte, "a maior prova do seu sucesso", diz Frith, "é que nunca pensamos neles".

G1

Sun, 24 Nov 2024 14:16:39 -0000 -


'Influenciadores mirins' tentam atrair outras crianças e adolescentes para um 'trabalho' supostamente rentável de participação nas vendas de cursos dentro da Kiwify e da Cakto. Especialistas veem indícios de trabalho infantil e exploração de imagem. Menores desdenham da educação e dizem ganhar muito dinheiro vendendo cursos "Qual faculdade você pensa em fazer no futuro? Faculdade? Eu já ganho mais que 5 médicos no mês". "Não me garanto em muita coisa, mas coloca um celular na minha mão pra ver se eu não faço R$ 50 mil no mês". Frases como essas são ditas por adolescentes em vídeos publicados em contas com milhares de seguidores no Instagram e no TikTok. O g1 encontrou ao menos 33 perfis com esse tipo de conteúdo nas duas redes e monitorou essas contas nos últimos três meses. Foram encontradas contas de pessoas que vivem em São Paulo, no Paraná e no Pará. O conteúdo delas se resume a postagens que minimizam a importância do estudo e onde os "influencers mirins" vendem a ideia de um trabalho fácil, mostram maços de dinheiro, citam altas cifras de faturamento na bio, mas não revelam a fonte da suposta riqueza. Eles pedem que os interessados em saber a "receita" do sucesso mandem uma DM (mensagem privada) ou acessem um link. Ali é revelado que o caminho para "ter" uma vida como a deles começa por comprar um curso hospedado nas plataformas de marketing de afiliados Kiwify e Cakto, amplamente divulgadas pelos adolescentes. 🔎 O que é marketing de afiliados: é uma estratégia de vendas em que uma empresa ou pessoa (também conhecida como infoprodutor) cria e disponibiliza seu curso ou produto em plataformas dedicadas para isso. Outras pessoas, então, divulgam esses conteúdos com links exclusivos e ganham uma porcentagem em cima da venda delas. Os cursos, que prometem ensinar a ganhar dinheiro com a participação em vendas desses mesmos cursos, têm nomes chamativos como "O Tesouro do Tráfego Orgânico" e "Acelerador de resultados". Eles são ministrados por outras pessoas que não os influencers. Por exemplo, no curso adquirido pelo g1, o irmão de uma menina que ostenta nas redes é quem dá as aulas. Os conteúdos custam entre R$ 10 e R$ 200. Com isso, é necessário vender de 250 a 5 mil cursos para obter um faturamento de R$ 50 mil. A pedido do g1, advogados especializados em direito da criança e do adolescente analisaram as postagens e disseram que podem ser casos de trabalho infantil on-line (veja o que dizem as regras abaixo). Os adolescentes podem estar sendo usados por indivíduos mal-intencionados para praticar fraude (estelionato), avalia Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital e autora do livro "Segredos da internet que crianças e adolescentes ainda são sabem". A legislação brasileira define o crime de estelionato (Art. 171) como a tentativa de "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento". Neste caso, os menores podem estar sendo usados para vender cursos que prometem alto retorno, o que, na realidade, pode não se concretizar. "É um caso gravíssimo porque as crianças que divulgam e as que assistem a isso são as verdadeiras vítimas. E o mais preocupante é como isso vem influenciando outras crianças a desvalorizar os estudos", diz Denise Auad, da comissão dos direitos da criança e do adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB SP). O g1 procurou a Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego, que informaram ter repassado o caso para os setores responsáveis. As plataformas Kiwify e a Cakto, as mais divulgadas pelos "influencers mirins", dizem não ter relação entre si. No site Reclame Aqui, existem vários relatos citando a Kiwify e a Cakto feitos por clientes que não conseguem cancelar a compra de serviços oferecidos. Isso porque eles não conseguem encontrar os canais oficiais de atendimento ou porque os responsáveis não respondem. Ao serem procuradas pelo g1 para falar sobre os perfis dos adolescentes que as divulgam, ambas as empresas informaram que menores de idade não estão autorizados a usar seus serviços (leia os comunicados na íntegra, ao final da reportagem). Apesar disso, adolescentes exibem em vídeos placas comemorativas enviadas pelas plataformas para quem atinge um marco nas vendas, geralmente R$ 100 mil. Dois deles mostraram, além das placas, cestas da Kiwify e da Cakto que incluem um espumante, bebida alcoólica cujo consumo é proibido para menores de 18 anos no Brasil. Alguns também se filmaram em eventos da Kiwify. Pessoas ligadas aos cursos afirmaram ao g1, em condição de anonimato, que a regra da maioridade é burlada porque os registros nessas plataformas são feitos com os dados dos responsáveis pela criança ou adolescente que divulga os cursos. No YouTube, é possível encontrar alguns vídeos que ensinam como burlar as regras da Kiwify e criar uma conta para menores de idade. O g1 procurou a plataforma de vídeos para apresentar esses casos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. No dia 13 de agosto, a Meta, dona do Instagram, disse ao g1 que não ia "comentar o tema". Após a publicação da reportagem, a empresa afirmou que não permite menores de 13 anos em suas plataformas. "Contas no Facebook e no Instagram que representem alguém menor de 13 anos precisam ser gerenciadas pelo pai, mãe ou responsável", completou. O TikTok também respondeu aos nossos contatos após a publicação da matéria, informando que "derrubou os vídeos em agosto". ➡️ Abaixo, você verá: Quem são os influencers que ostentam A tática de posts provocativos e bebida como 'prêmio' O que tem nos cursos As regras de trabalho e o que chama a atenção de advogados Quem são os influencers que ostentam Apesar de serem desinibidas para falar sobre uma suposta vida de luxo, as crianças revelam poucas informações pessoais. Não falam as idades, nem a cidade ou estado onde vivem. Criança que recebeu um kit por ter faturado R$ 100 mil na Kiwify. Reprodução/Instagram Os perfis costumam se seguir, o que indica que os envolvidos se conhecem, ao menos no ambiente virtual. As informações disponíveis nas contas seguem a mesma tática dos vídeos: na bio, elas citam o suposto faturamento do influencer e incitam os seguidores a procurá-las se quiserem ter a mesma vida. Em alguns poucos vídeos, crianças e adolescentes dizem estar com o pai ou a mãe e até presenteiam familiares. Nas filmagens, os supostos responsáveis sempre demonstram surpresa com o trabalho altamente rentável do filho. O g1 localizou os pais de uma menina de Minas Gerais que divulga esses cursos. No Instagram, ela tem mais de 230 mil seguidores e os vídeos publicados contam com milhares de visualizações. O pai dela inicialmente demonstrou interesse em dar entrevista, mas logo parou de responder aos contatos. Dias depois, também por mensagens, a mãe confirmou que a filha tem 13 anos e considera que aquilo é um trabalho, o que pode ser indício de trabalho infantil, analisa Denise Auad, da comissão dos direitos da criança e do adolescente da OAB SP. A mãe disse ainda que a menina "tira um bom dinheiro no digital", sem informar valores. E que os pais preferem deixar o montante guardado, para que a filha administre melhor, no futuro. Não foi possível saber se a adolescente tem autorização judicial para divulgar esses conteúdos (entenda as regras ao fim da reportagem). Durante vários dias, o g1 tentou marcar uma entrevista com a mãe. Mas, num último contato, ela disse que conversou com o marido e eles decidiram que não queriam mais falar, para "não expor muito a imagem da filha". Não é possível saber a idade exata das demais crianças e adolescentes que aparecem nos vídeos. Também é difícil conseguir localizar os responsáveis, ainda que o Instagram afirme em sua política de uso que contas de menores de 13 anos precisam informar na bio que aquele perfil é gerenciado pelo pai, mãe ou responsável. O TikTok não tem essa exigência. "As próprias redes sociais admitem que seus serviços não são voltados para crianças, mas, ao mesmo tempo, elas não conseguem garantir que esse público não esteja ali", diz Isabella Henriques, diretora-executiva do Instituto Alana (ONG voltada à proteção dos direitos das crianças) e presidente da comissão de defesa dos direitos da criança e do adolescente da OAB SP. A tática de posts provocativos e bebida como 'prêmio' Para João Francisco Coelho, advogado do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, existe um "modus operandi" muito claro e bem delimitado quanto ao tipo de conteúdo que vai ser publicado por essas crianças e a linguagem que vai ser utilizada. Crianças são usadas para vender cursos de marketing digital e ostentam vida de luxo nas redes sociais. Reprodução/Instagram Todos os perfis analisados usam a mesma abordagem, voltada para outras crianças: ➡️ destacam que trabalham pouco tempo por dia e faturam alto: "No meu melhor mês, eu fiz R$ 55 mil e já faturei R$ 106 mil. Eu trabalho uns 30, 40 minutos por dia. A gente até trabalha muito e estou pensando em reduzir essa carga horária", diz uma das crianças no Instagram, em tom de ironia. ➡️ relatam uma mudança de vida, dizendo que agora conseguem comprar celular caro, casa ou mesmo pagar o aluguel dos pais e tirar a família da pobreza. ➡️ não costumam mostrar esses bens materiais, apenas falam deles. ➡️ ironizam quem não está no esquema supostamente lucrativo: "Fala mal do meu trabalho, mas depende dos pais até para cortar o cabelo", diz a legenda de um vídeo publicado no Instagram em que aparece uma menina. ➡️ citam o suposto faturamento alto no link da bio e exibem notas de dinheiro ou número de faturamento na tela dos apps da Kiwify e da Cakto. Postagens publicadas nas redes sociais. Reprodução/Instagram Os influencers não dizem qual é a porcentagem que estão ganhando em cima da venda desses materiais. Em seu site, a Kiwify afirma ficar com 8,99% e mais R$ 2,49 de cada venda de curso realizada em sua plataforma. A Cakto promete taxa zero sobre as vendas realizadas no PIX. Se for feita no cartão de crédito, a plataforma fica com 3,25%. Independente do método de pagamento, ela ainda cobra R$ 2,49 por venda. Os preços desses cursos variam, mas geralmente costumam ficar entre R$ 10 e R$ 200. No caso do adquirido pelo g1, que custa R$ 50, para faturar entre R$ 70 mil e R$ 100 mil por mês, como os influencers dizem conseguir, seria preciso que eles vendessem entre 1.300 a 2 mil unidades por mês desse conteúdo. Ou 46 vendas por dia — isso se as crianças recebessem integralmente o valor de cada curso. No entanto, se elas ganham apenas uma comissão, a quantidade teria que ser ainda maior para atingir números expressivos de faturamento mensal. Os influencers também aparecem com brindes recebidos das plataformas para celebrar marcos de vendas. Em um dos posts no Instagram, uma menina com 457 mil seguidores mostra a cesta de comidas enviada pela Kiwify. O kit tem um espumante. A Cakto também costuma enviar brindes e mandou um espumante para essa mesma criança. Na publicação da menina, Caio Martins, CEO da Cakto, chegou a comentar: "Só não pode beber esse Chandon kkkkkkk" (veja na imagem abaixo). Cakto também enviou espumante para a mesma menina que recebeu da Kiwify. Reprodução/Instagram Além dela, o g1 localizou o perfil de um outro adolescente que também exibe a cesta com a bebida, novamente enviada pela Kiwify. Adolescente abre kit com espumante enviado pela empresa Kiwify Reprodução/Instagram Procurada para comentar sobre o envio do brinde, a Cakto voltou a dizer que "todos os cadastros na plataforma são realizados exclusivamente por maiores de idade e vinculados a um responsável legal". A empresa não comentou sobre o posicionamento do CEO. A Kiwify, que negou ter enviado esses prêmios diretamente para menores, disse que vai implementar "uma revisão operacional para evitar a recorrência de situações semelhantes a essa". "A premiação é padrão e concedida a todos os produtores que atingem o faturamento de R$ 100 mil, não havendo distinções ou privilégios para indivíduos específicos", completou a empresa. Segundo a Kiwify, ambas as contas identificadas que receberam a bebida alcoólica pertencem a adultos. "Essas contas estão sendo preventivamente bloqueadas para maiores investigações devido ao potencial compartilhamento indevido de login e senha", disse a Kiwify, sobre os perfis que exibiram bebidas entre os brindes recebidos. Alguns influencers também filmaram sua presença em eventos de marketing digital da Kiwify (veja no vídeo na abertura da reportagem). Sem dar mais detalhes, a empresa disse ao g1 que "não realizou nenhum convite a eles". O que tem nos cursos Nem todas as crianças vendem os mesmos cursos e também não há informações detalhadas do que o consumidor verá antes de comprar. O g1 comprou um dos cursos divulgados por meio do link afiliado disponibilizado em um dos perfis. O material, chamado "O Tesouro do Tráfego Orgânico", custou R$ 49,87 e a compra também incluía dois PDFs com dicas básicas sobre "como viralizar" no TikTok e no Instagram . Kauã Araújo, que diz ter 20 anos, ensina na plataforma da Cakto a como ganhar muito dinheiro com afiliados. Reprodução/Kiwify No curso ao qual o g1 assistiu, hospedado pela Cakto, foram disponibilizadas aulas pré-gravadas dadas por um rapaz que diz ter 20 anos. Ele promete ensinar a ganhar muito dinheiro com links afiliados. Basicamente o que faz é recomendar o cadastro nos sites de cursos, citando inclusive a Kiwify, e selecionar os conteúdos aos quais o "aluno" deseja ser afiliado, a fim de ganhar uma comissão a cada venda realizada. Segundo o jovem, é assim que as crianças têm enriquecido. O "professor" é Kauã Araújo, de 20 anos (veja na imagem acima). Ele é do Paraná e administra o Instagram da irmã, que também publica os mesmos vídeos de ostentação e tem pouco mais de 55 mil seguidores na rede social. No seu próprio Instagram, onde tem quase 40 mil seguidores, Kauã aparece com brindes da Kiwify e da Cakto, mas é bem menos ativo que a irmã no negócio. Procurado pelo g1, ele mostrou interesse em dar entrevista, mas, depois, passou a ignorar os contatos. Em uma das aulas, o Kauã menciona que muitas pessoas solicitam o cancelamento da compra: "Tem muita gente que quer reembolso. Tudo bem. Já pediu e não sei o motivo porque eu entrego tudo o que vocês precisam. Mas está tudo certo". O g1 tentou saber mais detalhes sobre o cancelamento em caso de arrependimento neste curso. No Instagram, a Cakto orientou a procurar quem dá as aulas — no caso, o Kauã Araújo. Antes de conseguir o WhatsApp do jovem do Paraná, o g1 tentou contato pelo e-mail de suporte dele disponibilizado assim que o comprador adquire o curso, mas não teve retorno. A regras de trabalho e o que chama a atenção de advogados Quatro advogados especializados no direito da criança e do adolescente assistiram aos vídeos nos perfis apontados pelo g1 e reforçaram que esses menores tratam o esquema como trabalho. E, pelo que é mostrado, estariam submetidos a trabalho infantil on-line. No Brasil, o trabalho antes dos 16 anos só é permitido em lei para fins artísticos e com autorização judicial, explica Kelli Angelini, advogada especialista em educação digital. Isso inclui atuar com influenciador nas redes sociais. Criança usa tom irônico nos conteúdos publicado nas redes sociais Reprodução/Instagram Essa autorização acontece por meio de um alvará judicial e o pedido deve ser feito no estado em que a criança mora, explica Angelini. Desde 2018, por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a competência para conceder esse alvará é da Justiça Comum, e não mais da Justiça do Trabalho. Os processos correm em segredo de justiça, para a proteção da criança ou adolescente envolvido. O g1 não conseguiu confirmar com nenhuma família se as crianças e adolescentes nos perfis encontrados têm essa autorização. Mas os especialistas ouvidos afirmaram que, muito provavelmente, um juiz jamais liberaria crianças para fazer o tipo de conteúdo mostrado nessas contas. A partir dos 14 anos, adolescentes podem trabalhar na condição de Jovem Aprendiz. Essa modalidade está atrelada ao desenvolvimento profissional e pessoal desse jovem, o que não se vê no caso denunciado, avalia João Francisco Coelho, do Alana. "As atividades apresentadas nos vídeos não estimulam o desenvolvimento profissional dessa criança no futuro. As mensagens passadas são contrários à intelectualidade e à educação", observa. Denise Auad, da comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB SP, cita outras ilegalidades que os responsáveis podem estar cometendo, como crimes ligados ao trabalho forçado, falsidade ideológica, difamação e golpes virtuais. "As atividades exibidas nesses conteúdos, como a divulgação de produtos duvidosos, não são lícitas. Analisando os conteúdos, há fortes indícios de se tratar de um golpe, um esquema de pirâmide financeira", diz João Francisco Coelho. Os especialistas afirmam ainda que a resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) vetam o tipo de publicidade que é visto nos vídeos. A propaganda para crianças e adolescentes tem que ocorrer de forma segura e promovendo um impacto positivo para eles, disseram os advogados. I. Os anúncios deverão refletir cuidados especiais em relação a segurança e às boas maneiras e, ainda, abster-se de: impor a noção de que o consumo do produto proporcione superioridade ou, na sua falta, a inferioridade; "O conteúdo que essas redes sociais têm é chamativo para essas crianças, que não deveriam estar ali", afirma Isabella Henriques, diretora-executiva do Instituto Alana e presidente da comissão de defesa dos direitos da criança e do adolescente da OAB SP. "Analisando esses vídeos, é possível ver um modelo de negócio que é um chamariz para que a audiência seja ampliada e em cima de um público que é altamente vulnerável", completa Isabella. O que diz a Kiwify "A Kiwify possui uma política clara e rigorosa em relação à idade mínima para o uso da plataforma. De acordo com nossos termos de uso, apenas pessoas físicas com idade mínima de 18 anos ou emancipadas, e que sejam plenamente capazes de exercer direitos e deveres na ordem civil, podem se cadastrar como usuários. Além disso, representantes de pessoas jurídicas devem estar devidamente autorizados a vinculá-las à plataforma. Ou seja, para realizar transações comerciais, é necessário ter mais de 18 anos, e as operações de vendas somente são aceitas perante comprovação de que a conta bancária seja a mesma do titular do cadastro. Os usuários são obrigados a fornecer informações válidas que comprovem sua idade e capacidade civil. Se for identificado que o usuário não atende a esses requisitos, o cadastro é automaticamente bloqueado, impedindo o uso da plataforma. Nossa política de premiação é estruturada para recompensar o trabalho e o esforço dos infoprodutores, com base em métricas objetivas de faturamento. Esclarecemos que as premiações são enviadas exclusivamente ao titular da conta, partindo da premissa de que a gestão é feita por uma pessoa adulta, com 18 anos ou mais, já que a participação na plataforma e a venda de produtos estão restritas a maiores de idade. A partir deste momento, implementaremos uma revisão operacional para evitar a recorrência de situações semelhantes a essa. A Kiwify se destaca por facilitar ao máximo o processo de reembolso dos compradores dos cursos de nossos usuários. Tanto que fomos, pelo segundo ano consecutivo, indicados ao prêmio do Reclame Aqui, maior prêmio de reputação e experiência do cliente do Brasil. Além disso, possuímos atualmente uma nota geral de 8.2 ("ótimo") e 83% de índice de solução neste canal. A Kiwify, seus sócios ou quaisquer outras entidades relacionadas não possuem qualquer vínculo com essa empresa [Cakto]". O que diz a Cakto "Como preceitua os termos da plataforma Cakto, menores de idade são proibidos de realizar cadastros na plataforma, bem como realizar vendas utilizando a mesma. Para que o cadastro dentro da plataforma seja concluído, é necessário que seja apresentado documento pessoal com foto, do qual passa por uma rigorosa análise pelo setor de compliance. Além disso, contas que são identificadas sendo operadas por menores de idade são suspensas pelo nosso suporte. A plataforma Cakto segue rigorosamente o que dispõe o código do consumidor quando se fala de solicitações de reembolso. Dessa forma, sempre que um consumidor solicita o reembolso direto a plataforma, o mesmo é atendido prontamente pela equipe. Vale ressaltar que após o período de arrependimento, a plataforma somente se responsabiliza sobre vícios e problemas com os produtos na plataforma, após esse período de 7 dias o reembolso deve ser solicitado diretamente ao vendedor. A empresa Cakto não possui qualquer relação com a empresa Kiwify". 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G1

Sat, 23 Nov 2024 12:41:06 -0000 -


Vítimas denunciaram esquemas que as obrigaram a fazer vídeos explícitos. OnlyFans diz que proíbe contas ligadas a prostituição, tráfico de pessoas e trabalho forçado, mas especialistas dizem que é difícil verificar prevalência de crimes na rede social de conteúdo adulto. OnlyFans REUTERS/Andrew Kelly Em uma manhã de agosto de 2022, uma jovem saiu sorrateiramente de uma casa no subúrbio de Wisconsin e correu para um carro de polícia que a aguardava. Com as mãos trêmulas, ela disse aos policiais que foi a coisa mais corajosa que já fez na vida. Por quase dois anos, seu namorado a manteve em cativeiro, segundo os promotores. Ela temia que ele a matasse se tentasse ir embora. Mas apenas alguns dias antes, depois de ele derramar graxa quente em suas costas, ela começou a planejar sua fuga, enviando mensagens secretas a familiares e amigos para alertar a polícia. Mais tarde, a jovem explicou seu desespero aos detetives: quase todas as noites, seu namorado a forçava a gravar atos sexuais em câmeras para vender online. Entre os canais escolhidos por ele estava o OnlyFans, site de enorme sucesso famoso pela pornografia. O OnlyFans diz que empodera criadores de conteúdo, especialmente mulheres, ao monetizar imagens e vídeos sexualmente explícitos em um ambiente online seguro. Mas uma investigação da Reuters encontrou mulheres que disseram ter sido enganadas, drogadas, aterrorizadas e escravizadas sexualmente para que seus algozes ganhassem dinheiro com o site. As descobertas se baseiam em queixas policiais realizadas nos Estados Unidos, além de arquivos de tribunais internacionais, processos judiciais e entrevistas com promotores, investigadores de tráfico sexual e mulheres que dizem ter sido traficadas. Em um outro caso similar, o influenciador Andrew Tate, com milhões de seguidores em todo o mundo nas redes sociais, foi acusado de forçar mulheres na Romênia a produzir pornografia para o OnlyFans e embolsar os lucros. Ele negou as acusações. Andrew Tate, à direita, e seu irmão Tristan deixam o tribunal em Bucareste, Romênia, em fevereiro de 2024 Vadim Ghirda / Arquivo / AP Photo Bomba sexual: os danos colaterais do sucesso explosivo do OnlyFans Os casos que a Reuters identificou nos Estados Unidos chamaram menos atenção, pois algumas mulheres passaram semanas ou meses de suposta escravidão sexual em casas de aparência comum em comunidades tranquilas. A vítima, às vezes, era uma noiva ou uma namorada, abusada para aumentar o orçamento doméstico, financiar a aposentadoria do casal ou cobrir as despesas dos filhos, de acordo com relatos em arquivos policiais ou judiciais. A Reuters não divulga os nomes das mulheres que dizem ter sido vítimas de tráfico sexual. A mulher de Wisconsin, hoje com 23 anos, foi abusada por Austin Koeckeritz, que se descreveu em um blog como "empresário, artista e estudante de psicologia". Ele está cumprindo uma sentença de 20 anos de prisão depois de se declarar culpado de tráfico sexual. "Os dois anos lá pareceram décadas, e eu estava sofrendo sozinha e pronta para morrer", disse a mulher em seus primeiros comentários públicos sobre o caso. "Acho que nunca estarei totalmente curada." A casa alugada em River Falls, Wisconsin, onde os promotores dizem que Austin Koeckeritz manteve uma mulher em cativeiro e a forçou a aparecer no OnlyFans Reuters/Tim Gruber Prostituição forçada Pelo menos dois casos detalhados nos arquivos da polícia envolvem alegações de prostituição forçada. Um marido e uma mulher comandavam uma operação de tráfico e prostituição em seis estados americanos antes de serem presos em um bairro organizado de Ohio, onde criavam dois filhos, segundo os promotores. O marido supostamente usava o OnlyFans para organizar encontros sexuais com várias mulheres e vender pornografia que ele ordenava que elas fizessem. Ele aguarda julgamento; sua esposa recentemente se declarou culpada de acusações relacionadas. Esses esquemas de tráfico sexual se baseiam em intimidação, violência ou falsas garantias de amor para pressionar as mulheres a fazer pornografia e mantê-las produzindo, segundo as vítimas e os promotores. Os supostos criminosos eram, em sua maioria, homens – alguns acusados de espancar e estuprar mulheres, outros de tatuar seus nomes e rostos nas vítimas. Eles filmavam em locais privados, às vezes mantendo as vítimas em cativeiro por um ano ou mais, segundo os registros e entrevistas. Um dia antes de ser resgatada, a mulher de Wisconsin escondeu um bilhete para a polícia no jardim da frente da casa em que dizia que "estava basicamente presa neste quarto para continuar ganhando dinheiro" para seu agressor. Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção Brasil tem ao menos 4 processos por dia por divulgação de imagens íntimas ‘Violentada a cada clique’, vítimas contam consequências da pornografia de revanche 'Nicho' para tráfico sexual No OnlyFans, os traficantes sexuais têm um "nicho exclusivo" para conduzir seus negócios de forma privada, disse Catheline Torres, da National Human Trafficking Hotline, com sede nos EUA, que ajuda sobreviventes de tráfico e exploração. A Reuters identificou 11 casos de mulheres que foram às autoridades ou entraram com ações judiciais dizendo que foram forçadas a realizar atos sexuais no OnlyFans. Mas especialistas como Torres dizem que a verdadeira prevalência do tráfico sexual na plataforma é quase impossível de ser avaliada por pessoas de fora. As contas da maioria dos criadores de conteúdo estão escondidas atrás de um paywall baseado em assinatura, "minimizando a probabilidade de serem pegos e processados", disse Torres. A acusação também pode ser difícil porque as vítimas temerosas ou traumatizadas relutam em falar ou testemunhar no tribunal. Uma mulher disse a um detetive que seu noivo a forçou durante meses a produzir pornografia para o OnlyFans em um estacionamento de trailers nos arredores de Orlando, Flórida. Ela só escapou porque a polícia apareceu para prender o noivo em um mandado não relacionado em 2023. Ele foi acusado de tráfico humano no caso, mas ela se retratou de suas alegações meses depois e os promotores retiraram a acusação. Ela disse à Reuters que temia que o caso pudesse afetar sua custódia do filho pequeno do casal e que ainda se sentia "doente" só de falar sobre o que aconteceu. "Isso traz de volta todos os sentimentos, as emoções – todas as vezes", disse ela. "O dano é eterno". O OnlyFans não respondeu aos pedidos de comentários. A empresa não é acusada em nenhum dos casos descritos nesta reportagem. No OnlyFans, os traficantes sexuais têm um "nicho exclusivo" para conduzir seus negócios de forma privada. Reuters O que diz o OnlyFans Em seu site, o OnlyFans diz que proíbe a prostituição e a "escravidão moderna", que inclui o tráfico de pessoas e o trabalho forçado. A plataforma diz que seus moderadores analisam todo o conteúdo do site e são treinados para identificar e denunciar suspeitas de tráfico. O OnlyFans liderou "um foco na segurança para as pessoas no espaço de conteúdo adulto", disse a presidente-executiva da plataforma, Keily Blair, durante um painel de discussão em março. De acordo com as regras da empresa, os criadores devem ter o consentimento por escrito de todos em seu conteúdo. Mas até novembro de 2022, eles não precisavam mostrar essa prova de consentimento ao OnlyFans antes que a plataforma permitisse que seu conteúdo fosse publicado, de acordo com as recentes declarações de Blair a um comitê parlamentar do Reino Unido. A empresa agora verifica a prova de consentimento antes de permitir que o conteúdo seja publicado, disse ela. OnlyFans REUTERS/Andrew Kelly Em pelo menos um caso, segundo a Reuters, a provação de uma mulher do estado de Arkansas supostamente começou depois que a nova regra foi adotada. A mulher disse à polícia que, desde 2023, seu namorado a aterrorizava e a forçava a filmar vídeos de sexo para o OnlyFans por horas a fio sob a ameaça de que, se ela resistisse, ele "a atacaria fisicamente". As informações são de uma declaração de prisão apresentada por um detetive da polícia na cidade de Van Buren. A Reuters não conseguiu determinar se ela havia assinado um termo de consentimento. O homem, Michael Hall, se declarou inocente de tráfico humano e está aguardando julgamento. Seu advogado não respondeu aos pedidos de comentários. O OnlyFans não foi a única plataforma citada nesses casos. Mas sua popularidade e seus termos generosos a tornam potencialmente lucrativa. Isso porque os criadores do site recebem 80% da receita gerada por suas contas, enquanto o OnlyFans fica com o restante. Todos os sites acusados de hospedar tráfico sexual enfrentam riscos legais. Desde 2019, pelo menos uma dúzia de ações judiciais foram movidas contra empresas de mídia social e outros sites com base em estatutos federais anti-tráfico dos Estados Unidos, acusando-os de lucrar com conteúdo sexualmente abusivo. As empresas afirmaram que estão protegidas de responsabilidade civil e criminal por uma lei federal criada para salvaguardar a liberdade de expressão, mas o Congresso aprovou uma legislação nos últimos anos para reduzir essas proteções. Dois processos pendentes de tráfico sexual citam o OnlyFans como réu. Um deles acusa a empresa de lucrar com a exploração de duas mulheres em Nevada por uma ex-personalidade de reality show. O outro, detalhado em uma investigação da Reuters em março, envolve uma estudante universitária da Flórida que alega que o OnlyFans lucrou com o vídeo de seu suposto estupro publicado no site. Um juiz recomendou que o OnlyFans fosse retirado do caso da Flórida por causa das proteções à liberdade de expressão – o que provocou a resistência dos advogados da mulher. Em ambos os casos, a empresa nega que tenha violado as leis de tráfico sexual. Processos por registro ou divulgação de imagens íntimas Arte/g1

G1

Sat, 23 Nov 2024 08:30:14 -0000 -


Empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos levou seis turistas espaciais em voo de cerca de 10 minutos. Esta foi a 9ª missão tripulada da nave New Shepard. Confira os melhores momentos da missão NS-28, da Blue Origin A Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, realizou nesta sexta-feira (22) um novo voo com seis turistas espaciais. Foi o 9º voo tripulado da nave New Shepard, modelo utilizado pela empresa em missões de curta duração. Batizada de NS-28, a missão foi realizada na base aérea da Blue Origin no Texas, nos Estados Unidos. Cerca de 10 minutos após o lançamento, a cápsula que levava a tripulação pousou com a ajuda de paraquedas. Como em suas missões anteriores, a Blue Origin fez um voo suborbital, no qual a nave supera a Linha de Kárman. Em um trecho do trajeto, a tripulação pode experimentar a sensação de gravidade zero. Com o voo desta sexta, a Blue Origin alcançou a marca de 43 turistas transportados acima da Linha de Kárman, ponto a 100 km de altitude que é usado por convenção como início do espaço. Estes foram os passageiros da NS-28: Emily Calandrelli, engenheira e comunicadora científica; Sharon Hagle, fundadora da organização sem fins lucrativos SpaceKids Global, voltada a educação infantil; Marc Hagle, presidente da companhia imobiliária Tricor International e marido de Sharon Hagle; Austin Litteral, profissional de gerenciamento de riscos no setor financeiro; James Russel, empresário e fundador da empresa de tecnologia InfoHoa; Heny Wolfond, presidente da empresa de investimentos Bayshore Capital. Tripulação da missão NS-28, da Blue Origin Divulgação/Blue Origin Lançamento da missão NS-28, da Blue Origin Reprodução/Blue Origin

G1

Fri, 22 Nov 2024 17:19:27 -0000 -


Mensagens enviadas pelo celular induzem vítima a acessar site falso e fazer pagamento para supostamente evitar suspensão da CNH. Detrans não entram em contato por SMS, e-mail, aplicativos de mensagem e telefone. Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da habilitação Um novo golpe tenta atrair vítimas com notificações falsas sobre suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mensagens enviadas pelo celular sugerem que o motorista perderá o documento se não clicar em um link, mas a comunicação é fraudulenta. O SMS diz que há uma mensagem relacionada ao documento da pessoa em sua conta no sistema gov.br, do governo federal. A mensagem, que é enviada até mesmo para quem não tem carteira de motorista, induz a pessoa a acessar um site para supostamente obter mais detalhes. ⚠️ Mas lembre-se: os Detrans não enviam notificação por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens e não fazem contato por telefone. Por isso, a orientação é ignorar os avisos falsos que chegam no celular. "Os contatos com os condutores e proprietários de veículos são realizados prioritariamente por meio de correspondências devidamente identificadas, na modalidade de Aviso de Recebimento (AR), enviadas via Correios", alertou a Associação Nacional dos Detrans (AND). A associação diz há alertas de fraudes sobre CNH em 18 estados e no Distrito Federal e pede que os condutores que receberem a notificação denunciem o caso à Ouvidoria do Detran ou à Polícia de seu estado. Detrans alertam para o golpe da carteira de habilitação Como funciona o golpe? O golpe da CNH é parecido com os que tentavam se passar pela Receita Federal e pelos Correios. Ao clicar no link da mensagem, a vítima é direcionada para um site falso da Carteira Digital de Trânsito e é levada a preencher seus dados em uma página, também falsa, do gov.br. Depois de digitar o CPF, o site mostra dados verdadeiros da pessoa, como nome completo, data de nascimento e nome da mãe. Em seguida, ele mostra o aviso falso sobre a suspensão da CNH. No fim do procedimento para supostamente regularizar a habilitação, a página mostra o valor de uma taxa e um link para gerar a guia de pagamento, que, na verdade, envia o dinheiro para os golpistas. Detrans alertam sobre ação de criminosos por SMS TV Globo/ Reprodução Como se proteger? Neste caso, somente clicar no link não oferece riscos como vírus para o dispositivo, já que o objetivo é levar a pessoa a fazer um pagamento. Mas existem alguns indícios que apontam que uma mensagem é falsa e podem te ajudar a não cair em um golpe. Veja abaixo alguns elementos presentes neste tipo de fraude. 📱 E-mails ou mensagens de texto com links ou solicitações de dados – os Detrans não usam esses canais em suas comunicações com motoristas 🌎 O link não tem o final ".gov.br", usado por sites de órgãos públicos – neste caso, ele termina com ".tax" 📣 Os golpistas tentam trazer um senso de urgência ao dizer que a CNH será suspensa, o que leva a vítima a clicar no link e seguir as instruções; ✍️ Texto não segue padrão de mensagens oficiais e, algumas vezes, não tem acentuação e pontuação corretas ✉️ O autor da mensagem tenta se passar por um órgão oficial, mas ao clicar no contato, não há mais informações sobre o número que enviou o SMS Golpes no Whatsapp Reprodução

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Fri, 22 Nov 2024 08:03:29 -0000 -


Milhares de pessoas acompanham o canal de vídeos no qual o menino de 7 anos explica como fazer programação. Embora ele tenha recebido uma oferta de emprego, não poderá trabalhar até completar 14 anos, conforme estabelecido pela lei russa. Getty Images via BBC Fascinada por sua inteligência, uma empresa russa de software convidou um menino de 7 anos, considerado um prodígio da programação, para se juntar à sua equipe de gestão assim que tiver idade suficiente para aceitar um emprego remunerado. Sergey, da cidade russa de São Petersburgo, ficou famoso após publicar vídeos explicando como desenvolver softwares desde que tinha 5 anos de idade. Graças a esses conteúdos, a empresa de segurança da informação Pro32 enviou para o menino uma oferta de emprego por escrito para o cargo de diretor de formação corporativa. Segundo a lei russa, Sergey não pode aceitar qualquer trabalho remunerado até completar 14 anos. Mas o presidente-executivo da Pro32, Igor Mandik, disse ao Serviço Mundial da BBC que conversou com os pais do menino para encontrar maneiras de ele colaborar enquanto isso. “O pai dele, Kirill, ficou surpreso e disse que estavam muito felizes e ansiosos pelo momento em que Sergey pudesse entrar na empresa”, disse Mandik. O menino, que tem apenas 7 anos, já é considerado um prodígio da programação, não apenas executando, mas também ensinando técnicas. Getty Images via BBC Mozart da programação Em seus vídeos, Sergey costuma aparecer sorrindo. Suas explicações são feitas principalmente em russo e outras vezes ele tenta falar em inglês. Quando se dirige ao público, ele resolve os maiores desafios de programação. O canal dele no YouTube tem mais de 3.500 inscritos interessados ​​em aprender as linguagens de programação Python e Unity, ou que desejam saber mais sobre redes neurais, que são a base de muitas ferramentas de inteligência artificial. Mandik diz que Sergey não apenas demonstrou habilidades notáveis ​​como programador, mas também técnicas de ensino “igualmente únicas”. “Para mim, ele é uma espécie de Mozart”, disse ele. “Tenho certeza absoluta de que quando ele tiver 14 anos será um guru do ensino e do desenvolvimento. É por isso que estamos realmente ansiosos por este momento”, disse ele. "Não apenas os programadores, mas também os vendedores, contadores e outros profissionais da Pro32 que vivem em Moscou poderiam aprender com Sergey", disse Mandik. Nenhuma promessa foi feita em relação ao salário ainda, pois o valor atual provavelmente mudará significativamente quando ele puder entrar na empresa. “Temos que esperar sete anos”, lembrou Mandik. “Quando o momento chegar, iniciaremos uma conversa sobre salário.” VEJA TAMBÉM: WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X Os planos da Austrália para banir crianças de redes sociais, como X, TikTok e Instagram

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Fri, 22 Nov 2024 06:30:14 -0000 -


Opção ajuda usuários a economizarem tempo ao ler o que foi dito pela outra pessoa, em vez de ouvir toda a gravação. Segundo o WhatsApp, a novidade estará disponível para todos em algumas semanas. WhatsApp começa a liberar recurso que converte áudios em textos; veja como usar O WhatsApp começa a liberar nesta quinta-feira (21) um recurso que transforma as mensagens de áudio no aplicativo em textos. Com a novidade, os usuários poderão economizar tempo ao ler o que foi dito pela outra pessoa, em vez de ouvir a gravação. A ideia é permitir que você saiba o conteúdo da mensagem de voz quando não quiser ouvir um áudio muito longo ou quando estiver em um ambiente barulhento. Para isso, será preciso habilitar o recurso nas configurações e selecionar áudios que deseja transcrever (veja abaixo como fazer). As transcrições geradas pelo aplicativo ficam armazenadas no seu celular e, assim como as demais mensagens, são protegidas por criptografia de ponta a ponta. De acordo com o WhatsApp, ninguém, nem mesmo a plataforma, pode ouvir ou ler esse conteúdo. A atualização estará disponível para todos em algumas semanas. Ela será liberada primeiro em idiomas selecionados, mas será levada para outros nos próximos meses. Veja como ativar recurso do WhatsApp que transforma áudios em textos: Abra as "Configurações" do WhatsApp; Clique em "Conversas"; Selecione "Transcrição de mensagens de voz" e ative a opção; Em seguida, escolha o idioma de sua preferência. Com as configurações definidas, o aplicativo permitirá transcrever áudios. Para isso, basta manter a mensagem de voz pressionada e selecionar a opção "Transcrever". Austrália apresenta projeto para proibir crianças em redes sociais WhatsApp começa a liberar recurso de transcrição de áudios. Divulgação/WhatsApp Recurso não chegou, e agora? Se o recurso ainda não chegou para você, é possível usar ferramentas de terceiros que podem ajudar a transformar áudios do WhatsApp em textos. Entre elas, está o ViraTexto, a LuzIA e o Zapia. Veja como usá-los: Adicione o número do assistente como contato; Em outra conversa, mantenha o dedo pressionado sobre um áudio e clique na seta para a direita; Escolha o contato da assistente para encaminhar a gravação; Aguarde alguns segundos até a assistente transcrever a mensagem. O ViraTexto está disponível no número (31) 97228-0540 e consegue transcrever áudios em português com até 4 minutos de duração. A LuzIA pode ser ativada no número (11) 97255-3036. Ela usa o modelo de inteligência artificial Whisper, da OpenAI (criadora do ChatGPT), e transforma áudios de até 10 minutos em texto. Já o Zapia funciona pelo número (11) 3230-2407 e não possui limite de minutos para a transcrição de áudios. No entanto, quanto maior a mensagem de voz, maior o tempo de processamento. VEJA TAMBÉM: WhatsApp vai permitir salvar contatos pelo computador; veja como fazer WhatsApp lotado? Veja quais conversas ocupam mais espaço e como apagar fotos antigas O que é e como usar a Meta AI, inteligência artificial do WhatsApp que viralizou após erros Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

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Thu, 21 Nov 2024 17:05:17 -0000 -


O governo acaba de apresentar um projeto de lei para impedir o acesso de menores de 16 anos às redes sociais — mas a proposta divide opiniões. O governo australiano considera sua proposta de proibição das redes sociais como 'líder mundial' Getty Images via BBC "Para ser honesto, fiquei com muito medo", diz James, descrevendo um incidente no Snapchat que o deixou questionando se era seguro ir à escola. O menino australiano, de 12 anos, teve um desentendimento com um amigo e, uma noite, antes de dormir, o menino o adicionou a um grupo de bate-papo com dois adolescentes mais velhos. Quase instantaneamente, seu telefone "começou a ser bombardeado" com uma série de mensagens violentas. "Um deles parecia ter provavelmente 17 anos", contou James à BBC. "Ele me mandou vídeos dele com um facão… ele estava balançando (o facão). Depois, recebi mensagens de voz dizendo que eles iriam me pegar e me esfaquear." James (nome fictício) entrou no Snapchat pela primeira vez quando tinha 10 anos, depois que um colega de turma sugeriu que todos em seu grupo de amigos baixassem o aplicativo. Mas depois de contar aos pais sobre sua experiência com cyberbullying, que acabou sendo resolvida pela escola, James excluiu sua conta. A experiência dele é um alerta que mostra por que a proibição das redes sociais proposta pelo governo australiano para menores de 16 anos é necessária, diz sua mãe Emma, que também está usando um pseudônimo. O projeto de lei, que foi apresentado na câmara baixa do Parlamento na quinta-feira (21/11), foi classificado pelo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, como "líder mundial". Mas embora muitos pais tenham aplaudido a medida, alguns especialistas questionam se as crianças devem — ou até mesmo podem — ser impedidas de acessar as redes sociais, e quais podem ser os efeitos adversos de fazer isso. Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático Usuários verificados do X espalham imagens de abuso sexual infantil livremente Departamento de Justiça dos EUA quer que Google venda o navegador Chrome O que a Austrália está propondo? Albanese afirma que a proibição — que vai abranger plataformas como X (antigo Twitter), TikTok, Facebook e Instagram — tem como objetivo proteger as crianças dos "danos" das redes sociais. "Este é um problema global, e queremos que os jovens australianos tenham basicamente uma infância. Queremos que os pais tenham paz de espírito", disse ele na quinta-feira. A nova legislação oferece um "arcabouço" para a proibição. Mas o documento de 17 páginas, que deve chegar ao Senado na próxima semana, é escasso em detalhes. Caberá, então, ao órgão regulador da internet do país — o eSafety Commissioner — definir como implementar e fazer cumprir as regras, que só vão entrar em vigor pelo menos 12 meses após a aprovação da legislação. De acordo com o projeto de lei, a proibição vai ser aplicada a todas as crianças menores de 16 anos — e não haverá qualquer isenção para usuários existentes ou com consentimento dos pais. As empresas de tecnologia vão enfrentar penalidades de até 50 milhões de dólares australianos (R$ 188 milhões) se não cumprirem a regra, mas haverá isenções para plataformas que sejam capazes de criar "serviços de baixo risco" considerados adequados para crianças. Os critérios para isso ainda não foram definidos. Os serviços de mensagens e sites de jogos, no entanto, não vão ser restritos, assim como alguns sites que podem ser acessados ​​sem uma conta, como o YouTube, o que levantou questões sobre como os órgãos reguladores vão determinar o que é ou não uma plataforma de rede social em um ambiente em constante evolução. Um grupo que representa os interesses de empresas de tecnologia como Meta, Snapchat e X na Austrália rejeitou a proibição, classificando-a como "uma resposta do século 20 aos desafios do século 21". Uma legislação deste tipo poderia levar as crianças para "partes perigosas e não regulamentadas da internet", afirma o Digital Industry Group Inc. O mesmo receio também foi manifestado por alguns especialistas. Anthony Albanese diz que a proibição visa mostrar às famílias australianas que seu governo 'as está protegendo' EPA via BBC Julie Inman Grant, à frente do eSafety Commissioner, reconheceu a tarefa colossal que sua agência vai enfrentar ao aplicar a proibição, visto que "a mudança tecnológica sempre vai ultrapassar a política". "Isso vai ser sempre fluido, e é por isso que os órgãos reguladores, como o eSafety, precisam ser ágeis", ela disse à BBC Radio 5 Live. Mas Inman Grant também levantou preocupações em relação à ideia central por trás da política do governo, que é a de que existe uma relação de causalidade entre as redes sociais e o declínio da saúde mental. "Eu diria que a base de evidências não está nada estabelecida", ela afirmou, indicando uma pesquisa da sua própria agência que constatou que alguns dos grupos mais vulneráveis, como adolescentes LGBTQ+ ou de povos originários, "se sentem mais eles mesmos online do que no mundo real". Este é um sentimento compartilhado por Lucas Lane, de 15 anos, que administra um negócio online que vende esmaltes para meninos. "Esta [proibição] destrói… minhas amizades e a capacidade de fazer as pessoas se sentirem vistas", disse o adolescente à BBC. Inman Grant prefere ver as empresas de tecnologia despoluindo suas plataformas, assim como mais investimentos em ferramentas educativas para ajudar os jovens a se manterem seguros online. Ela usa a analogia de ensinar as crianças a nadar, em vez de proibi-las de entrar na água. "Não colocamos cercas no oceano... mas criamos ambientes para natação protegidos, que oferecem medidas de segurança e ensinam lições importantes desde a mais tenra idade", disse ela ao Parlamento no início deste ano. Julie Inman Grant, que lidera o órgão regulador da internet na Austrália, vai ser incumbida de descobrir como implementar a proibição Matthew Abbott via BBC Mas pais como Emma veem isso de forma diferente. "Deveríamos realmente perder nosso tempo tentando ajudar as crianças a navegar por sistemas difíceis quando as empresas de tecnologia só querem que elas usem esses sistemas o tempo todo?", ela questiona. "Ou deveríamos apenas permitir que elas sejam crianças e aprendam a ser sociáveis ​​umas com as outras ao ar livre, e começar essas discussões mais tarde?" Amy Friedlander, mãe de três filhos, do movimento Wait Mate — que incentiva os pais a adiarem a decisão de dar smartphones aos filhos — concorda. "Não podemos ignorar todos os aspectos positivos que a tecnologia trouxe para nossas vidas. Há vantagens enormes, mas o que realmente não consideramos é o impacto que está tendo nos cérebros que não estão preparados para isso." 'Um instrumento muito contundente' Mais de 100 acadêmicos australianos criticaram a proibição como "um instrumento muito contundente" — e argumentaram que vai contra a orientação da Organização das Nações Unidas (ONU), que pede aos governos que garantam que os jovens tenham "acesso seguro" aos ambientes digitais. A proposta também não conseguiu obter o apoio de uma comissão parlamentar bipartidária que tem analisado o impacto das redes sociais nos adolescentes. Em vez disso, a comissão recomendou que as gigantes da tecnologia enfrentem regulamentações mais rigorosas. Para abordar algumas dessas preocupações, o governo diz que vai acabar introduzindo leis de "dever de cuidado digital", que vão tornar uma obrigação legal para as empresas de tecnologia priorizar a segurança do usuário. Joanne Orlando, pesquisadora de comportamento digital, argumenta que embora uma proibição "possa fazer parte de uma estratégia, ela não pode de forma alguma ser a estratégia completa". Ela diz que "a maior peça do quebra-cabeça" deveria ser educar as crianças a pensar criticamente sobre o conteúdo que elas veem em seus feeds e como usam as redes sociais. O governo já gastou 6 milhões de dólares australianos (R$ 23 milhões) desde 2022 para desenvolver "ferramentas de alfabetização digital" gratuitas para tentar fazer exatamente isso. No entanto, pesquisas sugerem que muitos jovens australianos não estão tendo aulas regularmente. Orlando e outros especialistas alertam que também existem obstáculos significativos para tornar a tecnologia de verificação de idade — necessária para fazer cumprir a proibição — eficaz e segura, dados os "enormes riscos" associados ao potencial armazenamento online dos documentos de identificação de todos os australianos. A proposta divide opiniões no país Getty Images via BBC O governo disse que pretende resolver esse desafio por meio de testes para verificação de idade, e espera apresentar um relatório em meados do próximo ano. Prometeu ainda que as preocupações com a privacidade vão estar no centro das atenções, mas ofereceu poucos detalhes sobre que tipo de tecnologia vai ser realmente testada. Em sua orientação, o eSafety Commissioner deu a ideia de usar um serviço independente para tornar anônima a identidade de um usuário antes que ela seja repassada a qualquer site de verificação de idade, para "preservar" sua privacidade. Mas Orlando permanece cética. "Não consigo pensar em nenhuma tecnologia que exista neste momento que possa fazer isso", disse ela à BBC. A Austrália vai conseguir? A Austrália não é, de forma alguma, o primeiro país a tentar restringir a forma como os jovens acessam determinados sites ou plataformas online. Em 2011, a Coreia do Sul aprovou uma lei que proibia crianças menores de 16 anos de jogar games na internet entre 22h30 e 6h, mas as regras — que enfrentaram reações adversas — foram posteriormente revogadas, citando a necessidade de "respeitar os direitos dos jovens". Mais recentemente, a França introduziu uma legislação que exige que as plataformas de redes sociais bloqueiem o acesso a crianças menores de 15 anos sem o consentimento dos pais. Uma pesquisa indicou que quase metade dos usuários conseguiram burlar a proibição usando uma VPN simples. Uma lei no Estado de Utah, nos EUA — que era semelhante à da Austrália — se deparou com uma questão diferente: foi obstruída por um juiz federal que a considerou inconstitucional. Albanese admitiu que a proposta da Austrália pode não ser infalível e, se for aprovada no Parlamento, vai estar sujeita a uma revisão. "Todos nós sabemos que a tecnologia avança rapidamente, e algumas pessoas vão tentar encontrar formas de burlar estas novas leis, mas isso não é motivo para ignorar a responsabilidade que temos", disse ele aos legisladores. Para pais como Emma e Friedlander — que fizeram lobby pelas mudanças —, o mais importante é a mensagem transmitida pela proibição. "Durante muito tempo, os pais tiveram esta escolha impossível entre ceder e dar aos seus filhos um dispositivo viciante ou vê-los isolados e sentindo-se excluídos socialmente", observa Friedlander. "Ficamos presos a uma norma da qual ninguém quer fazer parte." James diz que desde que saiu do Snapchat, ele passou mais tempo fora de casa com os amigos. E ele espera que as novas leis possam permitir que mais crianças como ele "saiam e façam as coisas que amam", em vez de se sentirem pressionadas a estar conectadas online.

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Thu, 21 Nov 2024 15:33:31 -0000 -


A rede social X, antigo Twitter, tem permitido que usuários verificados promovam links para sites que aparentemente vendem vídeos de abuso sexual infantil, mostra uma investigação da BBC. Usuários pagam um valor mensal para serem "verificados" no X Getty Images Atenção: esta reportagem contém descrição de crimes contra crianças. A rede social X, antigo Twitter, tem permitido que usuários verificados promovam links para sites que aparentemente vendem vídeos de abuso sexual infantil, mostra uma investigação da BBC. Usuários verificados, distinguidos por um tique azul, pagam uma taxa mensal para tornar suas contas mais proeminentes na rede social. O X diz que a verificação também é realizada para garantir "a integridade" do site. Mas a BBC encontrou contas verificadas compartilhando links para sites que anunciam vídeos de abuso para venda. Todas as contas ofensivas foram denunciadas ao site e posteriormente bloqueadas. Um representante do X afirmou que as contas foram suspensas "de acordo com as políticas do X." Mas o X não respondeu a mais perguntas sobre o processo de verificação da plataforma. Palavras-chave de abuso infantil As contas verificadas foram encontradas pesquisando palavras-chave em um dialeto árabe que pedófilos têm usado para interagir uns com os outros no X por pelo menos seis meses. Eles não compartilharam conteúdo ilegal diretamente — mas outros perfis não verificados usando as mesmas palavras-chave estão postando material de abuso sexual infantil. A investigação do Serviço Mundial da descobriu: cinco usuários verificados compartilhando links para sites aparentemente vendendo conteúdo de abuso infantil uma das contas foi verificada por mais de um ano e estava postando os links havia mais de seis meses, sem que X tomasse nenhuma atitude uma conta verificada postou um vídeo mostrando conteúdo para venda rotulado como "crianças" o X bloqueou uma das palavras-chave durante a investigação — mas no início deste mês, uma conta verificada foi aberta com uma variação da mesma palavra-chave como nome de perfil A investigação seguiu as diretrizes da BBC e não está divulgando as palavras-chave. O Instagram e o Facebook baniram algumas das palavras-chave na primavera. E as pesquisas nessas plataformas — ambas de propriedade da Meta — não levaram ao conteúdo de abuso infantil. Mas não está claro se o X tomará medidas semelhantes agora. Algumas das postagens tiveram milhares de visualizações Reprodução/X Ampla visualização Em maio, a Comissão Europeia enviou ao X uma solicitação formal de informações sobre a aparente redução na moderação desde que o bilionário Elon Musk cortou o tamanho da equipe de segurança em sua aquisição da plataforma, em 2022. O X introduziu contas verificadas pagas em abril de 2023, cobrando a partir de US$ 8 (cerca de R$ 46) por mês. Usuários verificados também devem fornecer uma conta bancária e um número de telefone. Em troca, suas contas são impulsionadas no algoritmo do site. Os perfis verificados vistos pela BBC tinham poucos seguidores — entre dezenas e centenas. Mas suas postagens conseguiram reunir um grande número de visualizações - algumas com mais de 40 mil. E eles postaram promoções e anúncios para canais do Telegram contendo capturas de tela de arquivos oferecidos com rótulos como "menino novo" e "menina nova". A BBC não comprou acesso a essas pastas do Telegram, então não pôde confirmar se o conteúdo era de fato abuso. O próprio Telegram foi duramente criticado por agências de segurança pública e instituições de caridade por hospedar atividades ilegais, incluindo compartilhamento de vídeos de abuso sexual de crianças. O presidente-executivo da empresa foi preso em Paris, em agosto, e está sob investigação por não impedir a criminalidade, incluindo a distribuição de vídeos de abuso sexual infantil. Além das contas verificadas, a BBC também encontrou cerca de uma dúzia de contas normais compartilhando links sob as mesmas palavras-chave em árabe. E algumas delas estavam postando imagens de abuso diretamente em seus perfis no X. Confirmação dos vídeos A BBC enviou as contas para a Internet Watch Foundation (IWF), que trabalha para investigar, denunciar e remover imagens de abuso sexual infantil da internet. Seus especialistas confirmaram que uma delas estava compartilhando vídeos da Categoria B, a segunda categoria criminal mais extrema, retratando atividade sexual sem penetração com crianças. "Todos os vídeos foram censurados até certo ponto por um adesivo digital preto e redondo com o nome de uma loja — mas o suficiente pôde ser visto e avaliado por nós", disseram os especialistas. Os vídeos mostravam meninos e meninas de 7 a 10 anos — não no mesmo vídeo — de etnias brancas, asiáticas e não identificadas. As outras contas que a BBC compartilhou com a instituição de caridade parecem ter sido suspensas ou tiveram o conteúdo ilegal removido antes da avaliação. Uma das contas não verificadas aparentemente estava compartilhando um vídeo da Categoria A, mostrando sexo com penetração com um menino de cerca de 10 anos. LEIA TAMBÉM: Departamento de Justiça dos EUA quer que Google venda o navegador Chrome Roblox reforça regras de mensagens para menores de 13 anos após denúncias de abuso infantil Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

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Thu, 21 Nov 2024 13:22:55 -0000 -


Proposta visa frear monopólio do Google e impõe restrições ao Android para evitar o favorecimento de seu mecanismo de pesquisa. O logotipo do Google é visto em um dos complexos de escritórios da empresa em Irvine, Califórnia, nos Estados Unidos Mike Blake/Reuters/Arquivo O Departamento de Justiça dos EUA está recomendando a separação entre o Google e o navegador Chrome. Os reguladores sugerem a venda do serviço como medida para evitar o monopólio da empresa no setor de buscas. A proposta, divulgada nesta quarta-feira (20) em um documento de 23 páginas, ainda inclui restrições para impedir que o Android favoreça o mecanismo de busca do Google. O Chrome, navegador mais usado no mundo, é essencial para os negócios da big tech, fornecendo dados dos usuários que permitem segmentar anúncios de maneira mais eficaz e lucrativa, segundo a agência Reuters. "O campo de jogo não é nivelado devido à conduta do Google, e a qualidade do serviço reflete os ganhos ilícitos de uma vantagem adquirida ilegalmente", afirmou o Departamento de Justiça em suas recomendações. "A solução deve fechar essa lacuna e privar o Google dessas vantagens", completou. Kent Walker, diretor jurídico do Google, atacou o Departamento de Justiça por buscar "uma agenda intervencionista radical que prejudicaria os americanos e a tecnologia global dos Estados Unidos". Em uma postagem no blog, Walker alertou que a "proposta excessivamente ampla" ameaçaria a privacidade pessoal enquanto minava a liderança inicial do Google em inteligência artificial, "talvez a inovação mais importante do nosso tempo". Decisão sairá em 2025 As penalidades propostas refletem a gravidade com que os reguladores do governo Biden veem a necessidade de punir o Google, após a decisão de agosto do juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, que classificou a empresa como monopolista. Se Mehta adotar as recomendações, o Google será forçado a vender seu navegador Chrome de 16 anos dentro de seis meses após a decisão final. Mas a empresa certamente apelaria de qualquer punição, prolongando a disputa. Mehta deu até quarta-feira (20) para que o Departamento de Justiça e um grupo de estados norte-americano apresentassem possíveis soluções para o processo contra o Google. As audiências sobre a punição do Google estão previstas para abril, com a decisão final do juiz Mehta esperada até o Dia do Trabalho, em 1º de maio. Medida pode afetar o Android Embora os reguladores não tenham exigido a venda do Android, eles afirmaram que o juiz deve deixar claro que a empresa pode ser obrigada a se desfazer de seu sistema operacional para smartphones. Isso acontecerá se seu comitê de supervisão continuar encontrando evidências de má conduta, segundo a agência Associated Press. O navegador rival do Google, DuckDuckGo, cujos executivos testemunharam durante o julgamento do ano passado, defendeu as recomendações e afirmou que o Departamento de Justiça está apenas fazendo o necessário para controlar um monopolista flagrante. Decisão será tomada no governo Trump A equipe do Departamento de Justiça que assumirá o caso com o presidente eleito Donald Trump no próximo ano pode adotar uma postura menos rígida. Ainda é possível que o Departamento de Justiça possa aliviar as tentativas de dividir o Google, especialmente se Trump der o passo amplamente esperado de substituir o procurador-geral adjunto Jonathan Kanter, que foi nomeado por Biden para supervisionar a divisão antitruste da agência. Trump recentemente expressou preocupação de que uma separação possa destruir o Google, mas não elaborou penalidades alternativas que ele poderia ter em mente. "O que você pode fazer sem dividir é garantir que seja mais justo", disse Trump no mês passado. Matt Gaetz, o ex-congressista republicano que Trump nomeou para ser o próximo procurador-geral dos EUA, já havia pedido a dissolução das grandes empresas de tecnologia. LEIA TAMBÉM: Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X Usuários verificados do X espalham imagens de abuso sexual infantil livremente, mostra investigação da BBC Roblox reforça regras de mensagens para menores de 13 anos após denúncias de abuso infantil Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

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Thu, 21 Nov 2024 12:19:19 -0000 -


A faxina nos acessórios ajuda a remover sujeira, suor e até cera de ouvido. Se fizer esportes, tem que limpar toda vez que voltar da academia. Homem retirando fones do ouvido; saiba como fazer a limpeza do acessório Freepik Dá um certo "nojinho" quando alguém fala "escuta essa música aqui" e estende o fone de ouvido que parece estar meio suado ou sujo por dentro, não? 🦠Os fabricantes dizem que é preciso manter os fones sempre limpinhos, em uma tarefa simples de fazer seguindo passos rápidos. 🚫E é melhor nem oferecer para compartilhar, já que o fone é um item bastante pessoal. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Qual a data da Black Friday 2024? Veja dicas para se preparar desde já 🧽A "faxina" deve ser feita sempre que você perceber um acúmulo de sujeira nos fones e nos estojos de armazenamento, de acordo com as instruções fornecidas pela Apple, Bose, JBL e Samsung. 😅 A limpeza, de acordo com as marcas, também é recomendável após qualquer prática de exercícios, por conta de suor, dos resíduos de protetor solar e de outros produtos. 🐝 Tem ainda a cera de ouvido que entra nas "borrachinhas" dos modelos intra-auriculares – os fones pequenos, que entram no canal auditivo. Essa cera também pode entrar nas malhas metálicas que protegem o local de onde sai o som desse tipo de fone. Cada fone tem uma instrução específica para limpeza, que varia de produto para produto. Sempre verifique o manual antes de realizar o procedimento. As dicas a seguir devem ser realizadas sempre com os fones desconectados do celular ou computador e desligados. 👂 Como limpar fones pequenos "in-ear" Fones do tipo "in-ear" precisam de limpeza na haste, borracha, malha de som e no estojo. Samsung/Divulgação Fones do tipo "in-ear", que entram no canal auricular, ficam expostos ao suor e à cera de ouvido, acumulando resíduos nas ponteiras de silicone, nas malhas de metal que protegem a saída de som e no próprio estojo de armazenamento. Veja como fazer: As ponteiras de silicone (as "borrachinhas") devem ser removidas e podem ser lavadas com água corrente, sem sabão. Cuidado para não deixar cair no ralo. O local da saída de som dos fones é protegido por uma malha de metal. Nessa parte, dá para passar um cotonete seco para remover excessos de cera e poeira, com cuidado. Caso a haste tenha alguma sujeira visível, a microfibra pode ser levemente umedecida com álcool isopropílico para higienizar essa parte. Esse é o álcool mais indicado para uso em produtos eletrônicos. O estojo carregador também pode ser limpo com um pano úmido com álcool isopropílico, tomando cuidado com os contatos de carregamento dentro da caixinha. Após a limpeza, deixe secar bem antes de usar os fones de novo. 🎼 Como limpar os AirPods A Apple recomenda seguir instruções mais específicas para a limpeza dos AirPods e AirPods Pro. Na parte da limpeza das malhas – são várias no corpo dos fones da marca –, a companhia indica usar uma escova de dentes macia umedecida em água micelar (a mesma usada para remover maquiagem do rosto). Localização das malhas dos AirPods 4 Apple/Reprodução A fabricante indica o uso de água micelar que contenha os ingredientes "glicerídeos caprílicos/cápricos PEG-6". Essa informação está no rótulo do produto. Os demais passos para limpeza são: As partes com malhas devem ser escovadas por 15 segundos com a água micelar, secas em uma toalha de papel, em um processo que deve ser repetido por três vezes. Essa água micelar precisa ser removida dos fones, em um processo similar. Lave a escova e umedeça em um copo com água destilada, repetindo as escovações leves, secando e repetindo por três vezes. Após o processo, a Apple recomenda deixar os fones secando por duas horas antes de voltarem para o estojo de recarga ou serem usados. Já a haste dos AirPods deve ser limpa apenas com uma microfibra úmida, sem estar encharcado. 🎧 Como limpar fones grandes Fone do tipo "over-ear" Henrique Martin/g1 Umedeça uma microfibra (de preferência, daquelas que não soltam fiapos) sem encharcar em uma mistura de água com detergente ou sabão de lavar roupas líquido diluídos. Abra o extensor do arco para o maior tamanho, para facilitar a faxina. Veja se os fones permitem retirar as espumas. Se sim, a limpeza delas é mais simples, já que não têm contato com partes eletrônicas do acessório. Se não, é preciso tomar mais cuidado no processo para não umedecer alguma parte sensível – limpe apenas a área das espumas, sem ir para outras áreas. Passe o pano úmido para remover a sujeira na frente e nas laterais das espumas, assim como acima e abaixo do arco. Evite tocar na parte interna dos fones, aquela coberta por uma tela. Abaixo dela estão alguns componentes eletrônicos que podem ser danificados com a umidade. Para remover o pó dessa área, use um pano seco. Nas partes plásticas do lado de fora, passe uma microfibra umedecida com álcool isopropílico para limpar e desinfetar a superfície, que é bastante tocada. Use um cotonete de algodão ou uma escova de dentes suave para limpar os detalhes de botões e da porta de carregamento, que também podem acumular sujeira. Cotonete e escova precisam estar secos. Finalize a limpeza com uma microfibra seca e deixe tudo secar antes de encaixar as espumas novamente e usar os fones. A maioria das marcas recomenda limpar os fones com um pano de microfibra seco na haste do fone. Veja a seguir uma lista de itens úteis para ajudar na limpeza dos headphones e sugestões de fones de ouvidos de diversos tamanhos. Os itens de limpeza custavam entre R$ 3 e R$ 75 nas lojas on-line consultadas no meio de novembro. Os fones de ouvido iam de R$ 370 a R$ 5.500. Especialista alerta para o uso incorreto do fone de ouvido Produtos para limpeza Água micelar Bioderma Sensibio H20 250 ml Álcool isopropílico Implastec 250 ml Cotonetes Johnson com 150 unidades Detergente Limpol Cristal 300 ml Omo Lavagem Perfeita 3L Kit com 3 panos microfibra Panosul Água destilada Togmax 2 unidades Fones de ouvido grandes Aiwa HP01B Apple Airpods Max Edifier W820NB Plus JBL Live 770NC Fones de ouvido in-ear Huawei FreeClip QCY HT08 Samsung Galaxy Buds3 Technics EAH-AZ60 Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. 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G1

Thu, 21 Nov 2024 10:00:21 -0000 -

Empresa planejava fazer propulsor retornar para a plataforma, como fez em outubro, mas ele pousou no mar do Golfo do México. SpaceX lança nave Starship, mas não traz foguete de volta para plataforma Empresa planejava fazer propulsor retornar para a plataforma, como fez em outubro, mas ele pousou no mar do Golfo do México. A Starship realizou o sexto lançamento de teste da Starship nesta terça-feira (19).. A missão busca aprimorar o desenvolvimento da Starship, a maior e mais poderosa nave já construída.. A SpaceX visa desenvolver um sistema totalmente reutilizável que possa revolucionar as viagens espaciais e facilitar a colonização de Marte.

G1

Tue, 19 Nov 2024 23:21:34 -0000 -


Objetivo da empresa aeroespacial de Elon Musk era repetir a manobra de outubro, quando o propulsor Super Heavy voltou para o local de lançamento; Donald Trump acompanhou missão com bilionário da base da SpaceX. SpaceX lança nave, mas não traz foguete de volta para plataforma A SpaceX, do bilionário Elon Musk, realizou o sexto teste da Starship, maior nave espacial do mundo, nesta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). Assim como as anteriores, esta missão não foi tripulada, mas contou com uma carga inusitada: uma banana. A empresa não conseguiu fazer com que o foguete Super Heavy (propulsor da Starship) retornasse para a plataforma de lançamento, como aconteceu pela primeira vez em outubro. Esse tipo de manobra pode baratear os voos espaciais. O foguete acabou pousando no Golfo do México poucos minutos após o lançamento, o que estava previsto caso não houvessem condições ou o comando específico do diretor da missão para repetir a manobra. A nave pousou no Oceano Índico cerca de uma 1h depois de decolar. SpaceX faz 6° lançamento da Starship, a maior nave do mundo Reprodução Trump presencia lançamento O presidente eleito Donald Trump acompanhou a missão com Musk no local do lançamento, a base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, nos Estados Unidos. Trump anunciou recentemente que o bilionário vai liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental durante o seu mandato. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, acompanhou lançamento da Starship junto com o bilionário Elon Musk, na base aérea da SpaceX Brandon Bell/Pool via AP Banana a bordo🍌 A Starship carregou uma banana, o primeiro item transportado pela nave (veja na imagem abaixo). Segundo SpaceX, a fruta é usada como um experimento para futuras missões com cargas maiores, incluindo lançamentos de satélites da Starlink, empresa de internet do bilionário Elon Musk. Starship, nave da SpaceX, transporta banana em missão de 19 de novembro Reprodução/SpaceX A empresa aproveitou para tentar faturar com o símbolo em sua loja on-line, oferecendo camisetas com a fruta e uma banana de pelúcia. Rumo a Marte: quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship 🚀A Veja mais: Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte

G1

Tue, 19 Nov 2024 22:00:32 -0000 -


Plataforma disse que está eliminando envio de mensagens fora dos jogos e implementará novas ferramentas de controle parental. Roblox é uma plataforma de desenvolvimento de jogos cada vez mais popular entre crianças e adolescentes Roblox O Roblox disse nesta segunda (18) que está implementando novas medidas de segurança para usuários menores de 13 anos. Uma das medidas é encerrar de vez com a opção de enviar mensagens para outras pessoas fora dos jogos da plataforma. As medidas foram adotadas após reclamações de abuso infantil na plataforma, segundo a agência Reuters. De acordo com a empresa os menores ainda poderão enviar mensagens a outras pessoas dentro do jogo com o consentimento dos pais. A empresa disse que disponibilizou uma configuração integrada que permitirá que menos de 13 anos acessem mensagens de transmissão pública somente em jogos ou experiências. A plataforma, que registrou cerca de 89 milhões de usuários no último trimestre, ainda afirmou que permitirá que pais e responsáveis gerenciem remotamente a conta Roblox de seus filhos, visualizem listas de amigos, definam controles de gastos e gerenciem o tempo de tela. Em agosto, a Turquia bloqueou o acesso ao Roblox seguindo uma ordem judicial, pois os promotores investigaram preocupações sobre conteúdo gerado por usuários que poderia levar a abusos. Uma ação judicial de 2022, movida em São Francisco, nos EUA, alegou que o Roblox facilitou a exploração sexual e financeira de uma menina da Califórnia por homens adultos, supostamente incentivando-a a beber, abusar de medicamentos prescritos e compartilhar fotos sexualmente explícitas. O Roblox substituirá os rótulos de conteúdo com base na idade por descrições que variam de "Mínimo" a "Restrito", indicando o tipo de conteúdo que os usuários podem esperar. Por padrão, os menores de nove anos só podem acessar jogos rotulados como "Minimal" ou "Mild". Essas novas restrições também impedirão que essas crianças pesquisem, descubram ou joguem experiências não rotuladas, informou a empresa. O conteúdo restrito permanecerá inacessível até que o usuário tenha pelo menos 17 anos de idade e tenha verificado sua idade. LEIA TAMBÉM: Bluesky ganha 5 milhões de usuários após eleição de Trump e mudanças de regras no X A rotina traumatizante dos moderadores de redes sociais: 'Sacrifico minha saúde mental pelos outros' Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

G1

Tue, 19 Nov 2024 12:19:54 -0000 -


Nave mais poderosa do mundo, Starship foi projetada para futuras missões para a Lua e Marte. Objetivo da SpaceX é repetir a manobra histórica de outubro, quando o propulsor Super Heavy voltou para a plataforma de lançamento. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, em 13 de outubro SpaceX A SpaceX, do bilionário Elon Musk, vai tentar realizar um novo lançamento da Starship, maior nave espacial do mundo, projetada para futuras viagens para a Lua e Marte. A missão está marcada para esta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). A empresa deseja completar de novo o retorno do foguete Super Heavy (a parte debaixo da Starship) para a plataforma de lançamento, que consegue "abraçar" o propulsor. A empresa realizou a manobra pela primeira vez em outubro. 🚀 g1 transmite o lançamento da Starship ao vivo O objetivo da SpaceX é que, no futuro, a Starship também possa ser recuperada. Esse tipo de missão deve ajudar a baratear voos espaciais, com redução nos custos de transporte e manutenção – saiba como isso pode acontecer. O lançamento vai acontecer na base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, Estados Unidos. Ele estava previsto para segunda, mas foi adiado para esta terça-feira. A empresa não informou o motivo para a mudança da data. Starship posicionada na plataforma de lançamento da SpaceX, em foto divulgada em 17 de novembro Divulgação/SpaceX Assim como aconteceu no voo anterior, o retorno do Super Heavy só acontecerá se o propulsor e a plataforma estiverem em condições e se houve um comando do diretor de voo da missão. Se esses requisitos não forem atendidos, o propulsor fará um pouso no Golfo do México. "Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas", disse a SpaceX. Já a cápsula Starship deve seguir a mesma trajetória do voo anterior, com pouso no Oceano Índico. A empresa pretende fazer a cápsula voar com apenas um motor ligado, em vez de três, e testar outra proteção térmica e uma nova manobra para pouso da cápsula no mar. Os testes anteriores aconteceram pela manhã nos Estados Unidos, o que fez a Starship pousar à noite no Oceano Índico. A empresa espera que o lançamento à noite nos EUA (e de dia no Índico) ajude a melhorar a visão do pouso da nave. Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship 🚀A

G1

Tue, 19 Nov 2024 03:00:35 -0000 -


Rede social também ganhou usuários no Brasil durante a suspensão do X no país, no início de setembro. Plataformas tem abordagens diferentes em relação ao treinamento de inteligência artificial e à criação de planos pagos para usuários. Bluesky Mario Tama/AFP O Bluesky ganhou mais de 5 milhões de usuários desde 6 de novembro, segundo dados revelados pela rede social. A plataforma agora tem 19,5 milhões de perfis, mas segue bem atrás do X, que tem 600 milhões de usuários mensais, e do Threads, com 275 milhões. O crescimento do Bluesky acontece depois da eleição de Donald Trump para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. Elon Musk, dono do X, foi um grande apoiador do republicano e fará parte do futuro governo. Nesse período, o X também anunciou que usuários passariam a ver postagens mesmo de quem as bloqueou. A mudança afeta a privacidade de usuários, à medida que seus tuítes ficam acessíveis para pessoas indesejadas. Antes disso, parte do crescimento já era explicada pela migração de usuários do X. Em setembro, em meio à suspensão da rede de Musk no Brasil, o Bluesky ganhou 2,6 milhões de usuários em uma semana, sendo 85% deles do Brasil. Diferenças entre Bluesky e X O Bluesky é uma rede aberta e tem um protocolo que permite exibir em sua interface as postagens de outras plataformas que usam o mesmo padrão. O X, por sua vez, é uma rede fechada e só mostra o que é postado por seus usuários. As duas plataformas também diferem nos planos em relação ao treinamento de inteligência artificial e à criação de versões pagas para usuários. Na última sexta-feira (15), o Bluesky afirmou que não usa nem tem planos de usar dados de usuários para treinar modelos de inteligência artificial generativa, que resultam em ferramentas como ChatGPT e Meta AI. Já o X mudou sua política para afirmar que essa prática seria adotada com o conteúdo dos usuários. O Bluesky afirmou no final de outubro que trabalha em um modelo de assinaturas que liberaria mais recursos. Mas afirmou que assinantes não terão tratamento especial, como mais exposição para suas postagens e o selo azul de verificação. Sob o comando de Musk, o X mudou suas regras sobre verificação e permitiu que assinantes ganhassem o selo azul, o que chegou a causar confusão entre usuários da rede social. Trump cumpre promessa e anuncia novo departamento no governo para Elon Musk Os interesses de Musk no governo Trump

G1

Mon, 18 Nov 2024 20:32:45 -0000 -


Existem em andamento diversas ações judiciais alegando que o trabalho destruiu a saúde mental dessas pessoas. Moderadores analisam e removem fotos e vídeos ilegais ou perturbadores nas redes sociais. Getty Images via BBC Importante: esta reportagem contém detalhes que podem ser perturbadores para alguns leitores. A BBC conheceu de perto, nos últimos meses, um mundo oculto e sombrio. Nele, é possível encontrar o que há de pior, mais tenebroso e mais perturbador no conteúdo online. Grande parte deste conteúdo é ilegal. Decapitações, assassinatos em massa, abuso infantil, discurso de ódio – tudo isso acaba nas caixas de entrada de um exército global de moderadores de conteúdo. Você certamente não ouve falar deles com frequência. O trabalho dessas pessoas é analisar e, quando necessário, excluir conteúdo denunciado por outros usuários ou assinalado automaticamente pelas ferramentas da tecnologia. A segurança na internet vem se tornando uma questão cada vez mais relevante. As empresas de tecnologia enfrentam pressões para remover rapidamente o material nocivo que é postado online. No entanto, apesar da grande quantidade de pesquisas e investimentos em soluções tecnológicas para ajudar neste processo, até o momento, a palavra final ainda fica, em grande parte, a cargo de moderadores humanos. Os moderadores costumam ser funcionários de empresas terceirizadas, mas seu trabalho é analisar conteúdo postado diretamente nas grandes redes sociais, como o Instagram, o TikTok e o Facebook. Os moderadores ficam espalhados pelo mundo. Conversei com vários deles para a série da BBC Rádio 4 The Moderators, disponível em inglês no site BBC Sounds. Eles moram principalmente no leste africano e todos já deixaram seus cargos desde então. Suas histórias são angustiantes. Algumas das nossas gravações eram chocantes demais para irem ao ar. Às vezes, meu produtor Tom Woolfenden e eu terminávamos uma gravação e simplesmente ficávamos parados, em silêncio. "Se você pegar seu celular e for ao TikTok, irá ver uma série de atividades, danças, sabe... coisas alegres", conta o ex-moderador Mojez, de Nairóbi, no Quênia. Ele trabalhava com conteúdo do TikTok. "Mas, por trás disso, eu moderava pessoalmente centenas de vídeos horríveis e traumatizantes." "Eu assumi aquilo para mim. Deixei que minha saúde mental absorvesse o golpe para que os usuários comuns pudessem prosseguir com suas atividades na plataforma", ele conta. Existem em andamento diversas ações judiciais alegando que o trabalho destruiu a saúde mental desses moderadores. Alguns dos antigos profissionais do leste africano se reuniram e formaram um sindicato. "De fato, a única coisa que me impede de assistir a uma decapitação quando entro em uma plataforma de rede social é que há alguém sentado em um escritório, em algum lugar, assistindo àquele conteúdo para mim e analisando para que eu não precise ver", conta Martha Dark, responsável pela organização ativista Foxglove, que apoia as ações judiciais. Mojez trabalhava removendo conteúdo perturbador no TikTok. Ele afirma que o trabalho prejudicou sua saúde mental. Via BBC Em 2020, a Meta – na época, conhecida como Facebook – concordou em pagar um acordo de US$ 52 milhões (cerca de R$ 300 milhões) para moderadores que desenvolveram problemas de saúde mental devido a esse trabalho. O processo judicial foi aberto por uma antiga moderadora dos Estados Unidos chamada Selena Scola. Ela descreveu os moderadores como "guardiões de almas", devido à quantidade de vídeos a que eles assistem, mostrando os momentos finais da vida das pessoas. Todos os ex-moderadores com quem conversei usaram a palavra "trauma" para descrever o impacto do trabalho sobre eles. Alguns tinham dificuldade para dormir e se alimentar. Um deles contou sobre um colega que entrava em pânico ao ouvir um bebê chorar. Outro disse que tinha dificuldades para interagir com sua esposa e os filhos, devido aos abusos infantis que ele havia presenciado online. Eu esperava que eles dissessem que este é um trabalho tão extenuante, mental e emocionalmente, que nenhum ser humano deveria estar a cargo dele. Pensei que eles fossem apoiar totalmente a automação completa do setor, com a evolução de ferramentas de inteligência artificial para desempenhar esta tarefa em larga escala. Mas não. O que surgiu, com muita força, foi o imenso orgulho dos moderadores pelo papel que eles desempenharam para proteger o mundo dos danos online. Eles se consideram um serviço de emergência fundamental. Um deles declarou que queria um uniforme e um distintivo, comparando-se com um bombeiro ou paramédico. "Nem um só segundo foi mal empregado", disse alguém que chamamos de David. Ele pediu para permanecer anônimo. David trabalhou com material usado para treinar o chatbot viral de IA ChatGPT, fazendo com que ele fosse programado para não regurgitar esse horrível material. "Tenho orgulho dos indivíduos que treinaram este modelo para ser o que ele é hoje em dia", declarou. Mas a própria ferramenta que David ajudou a treinar poderá, um dia, concorrer com ele. A ativista Martha Dark trabalha em defesa dos moderadores das redes sociais. Martha Dark Dave Willner é o ex-chefe de confiança e segurança da OpenAI, a empresa criadora do ChatGPT. Ele afirma que sua equipe construiu uma ferramenta de moderação rudimentar, baseada na tecnologia do chatbot. Esta ferramenta, segundo ele, conseguiu identificar conteúdo prejudicial com índice de precisão de cerca de 90%. "Quando eu meio que finalmente percebi, 'oh, isso vai funcionar', honestamente me engasguei um pouco", ele conta. "[As ferramentas de IA] não ficam entediadas. Elas não ficam cansadas, não ficam chocadas... elas são infatigáveis." Mas nem todos estão certos de que a IA seja uma bala de prata para os problemas do setor de moderação online. "Acho que é problemático", afirma o professor de comunicação e democracia Paul Reilly, da Universidade de Glasgow, no Reino Unido. "Claramente, a IA pode ser uma forma binária e bastante obtusa de moderar conteúdo." "Ela pode acabar bloqueando excessivamente a liberdade de expressão e, é claro, pode deixar passar nuances que moderadores humanos seriam capazes de identificar", explica ele. "A moderação humana é essencial para as plataformas. O problema é que não há moderadores suficientes e o trabalho é incrivelmente prejudicial para os profissionais." Nós também entramos em contato com as empresas de tecnologia mencionadas na série. Um porta-voz do TikTok declarou que a empresa sabe que a moderação de conteúdo não é uma tarefa fácil e procura promover um ambiente de trabalho solidário para seus funcionários. Suas medidas incluem a oferta de apoio clínico e a criação de programas de apoio ao bem-estar dos moderadores. O TikTok destaca que os vídeos são inicialmente analisados por tecnologia automatizada que, segundo a empresa, remove um grande volume de conteúdo prejudicial. Já a OpenAI – a empresa responsável pelo ChatGPT – declarou reconhecer o trabalho importante e, às vezes, desafiador dos profissionais humanos que treinam a IA para identificar essas fotos e vídeos. Um porta-voz da empresa acrescentou que, junto com seus parceiros, a OpenAI executa políticas de proteção ao bem-estar das suas equipes. Por fim, a Meta – proprietária do Instagram e do Facebook – afirma exigir que todas as suas empresas parceiras forneçam apoio presencial, 24 horas por dia, com profissionais treinados. Ela destaca que os moderadores podem personalizar suas ferramentas de análise, para desfocar as imagens sensíveis. VEJA TAMBÉM: Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares

G1

Mon, 18 Nov 2024 15:34:27 -0000 -


Serviços da Apple e do Google também podem ser usados para rastrear relógios inteligentes, tablets e fones de ouvido. Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Perdeu o celular ou o fone de ouvido e não sabe como localizar? Tanto a Apple como o Android têm um recurso de localização que permite encontrar o seu aparelho. Essas funcionalidades são nativas, ou seja, já vêm instaladas nos smartphones. Veja abaixo como usar cada uma: iPhone O serviço de localização da Apple pode ser usado no serviço "Buscar", também conhecido como "Find My". Ele pode ser acessado pelo navegador em iCloud.com/find ou em outros iPhones, iPads e Macs. No serviço, é possível localizar todos os dispositivos da marca salvos na sua conta, incluindo endereço exato onde eles estão, itinerário, nível de bateria e até emitir um alerta sonoro para encontrá-los. Veja o passo a passo para usar o "Buscar". No navegador Acesse iCloud.com/find, toque em "Iniciar sessão" e insira seu e-mail e senha (Apple ID); No topo da tela, clique em "Todos os dispositivos"; Escolha o dispositivo e visualize a localização do item. No iPhone Abra o aplicativo "Buscar"; Vá em "Dispositivos"; E escolha o aparelho que deseja localizar. Se o aparelho estiver desligado, o Find My exibirá a localização dele nas últimas 24 horas. A Apple dá a opção de ativar a notificação assim que ele for encontrado (ou reativado quando voltar a ter a bateria carregada). Android É possível localizar um celular Android pelo navegador no site google.com/android/find. Assim como na Apple, você também pode instalar o aplicativo "Encontre Meu Dispositivo" para Android. Além dos smartphones que rodam Android, o serviço do Google pode localizar relógios inteligentes, fones de ouvidos e tablets, desde que eles sejam compatíveis. Veja como usar: No navegador Acesse google.com/android/find; Faça login com a sua conta do Google; Selecione o aparelho a ser localizado; Visualize no mapa o local onde ele está. No Android Abra o aplicativo "Encontre Meu Dispositivo"; Escolha o dispositivo que deseja localizar; Você pode visualizar a localização, a quantidade de bateria e emitir som para encontrá-lo. "Encontre o meu dispositivo" Reprodução/Google Como notificar quem encontrou celular? Se você teve o dispositivo roubado, furtado ou perdido, os serviços da Apple e do Google também podem ser usados para se comunicar a pessoa que encontrou seu celular. Para o iPhone, ative o "modo perdido" no site do iCloud ou no "Buscar". A funcionalidade permite deixar uma mensagem para que a pessoa que localizar o aparelho possa entrar em contato com você. No Android, dentro do "Encontre o meu Dispositivo", escolha a opção "Proteger dispositivo". Na próxima tela, adicione uma mensagem para a pessoa que encontrar o aparelho entrar em contato com você. Depois isso, o seu Android ficará bloqueado. Cuidado com falsos contatos Há casos em que, quando o aparelho é colocado no modo perdido, os criminosos podem entrar em contato com a vítima ou familiares solicitando login e senha de sua conta no Google ou na Apple. Geralmente, essas abordagens acontecem por SMS, com links maliciosos que pedem dados sensíveis para desbloquear o aparelho, como aconteceu com o influenciador Pedrão (veja a imagem abaixo). Jamais clique nesses links e sempre opte por usar as ferramentas nativas de localização fornecidas pelas empresas do telefone. Influenciador teve celular furtado no Rock in Rio e recebeu link falso para localizá-lo Reprodução/Twitter LEIA TAMBÉM: Plano da Austrália de banir crianças das redes sociais se mostra popular e problemático 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares Google começa a liberar aplicativo do robô Gemini para iPhone Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Mon, 18 Nov 2024 06:00:20 -0000 -


Empresa do bilionário Elon Musk deseja fazer foguete voltar mais uma vez para a plataforma de lançamento. Missão estava marcada para esta segunda-feira (18). Missão da SpaceX com a nave Starship é adiada para terça-feira (19); saiba o que esperar Kaylee Greenlee Beal/Reuters A SpaceX, do bilionário Elon Musk, adiou o sexto lançamento da Starship, a maior nave do mundo, para esta terça-feira (19), às 19h (horário de Brasília). Inicialmente, a decolagem estava programada para esta segunda (18), também às 19h. O lançamento acontecerá na base da empresa em Boca Chica, no Texas, EUA. O motivo do adiamento não foi revelado pela empresa. 🚀 g1 transmite o lançamento da Starship ao vivo Mais uma vez, a empresa deseja fazer o foguete Super Heavy (a parte debaixo do veículo espacial) retornar para a plataforma de lançamento. A manobra aconteceu pela primeira vez em outubro. Assim como aconteceu no voo anterior, o retorno do Super Heavy só acontecerá se o propulsor e a plataforma estiverem em condições e se houve um comando do diretor de voo da missão. Se esses requisitos não forem atendidos, o propulsor fará um pouso no Golfo do México. "Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas", disse a SpaceX. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, em 13 de outubro SpaceX Já a cápsula Starship deve seguir a mesma trajetória do voo anterior, com pouso no Oceano Índico. A empresa pretende fazer a cápsula voar com apenas um motor ligado, em vez de três, e testar outra proteção térmica e uma nova manobra para pouso da cápsula no mar. Os testes anteriores aconteceram pela manhã nos Estados Unidos, o que fez a Starship pousar à noite no Oceano Índico. A empresa espera que o lançamento à noite nos EUA (e de dia no Índico) ajude a melhorar a visão do pouso da nave. Quer viajar ao espaço? Veja valores para participar de missões Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A FAA investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto voo aconteceu em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento LEIA TAMBÉM: Quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro Poderá transportar até 100 pessoas É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada Está sendo testada desde 2019 Será usada para transporte de carga no programa Artemis, série de missões da Nasa para levar astronautas de volta à superfície da Lua No futuro, poderá ser usada para transportar pessoas e cargas até Marte, segundo a SpaceX Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship 🚀A

G1

Mon, 18 Nov 2024 03:00:20 -0000 -

Grupo criminoso foi responsável por golpes que envolveram mais de 2 mil vítimas em todo o país, criando lojas virtuais falsas. Polícia de São Paulo prende quadrilha especializada em golpes nas redes sociais O Fantástico deste domingo (17) revelou que a polícia de São Paulo prendeu uma organização criminosa especializada em golpes nas redes sociais, responsável por enganar mais de 2 mil vítimas em todo o Brasil. Os criminosos criavam propagandas falsas de produtos e as veiculavam no Facebook e no Instagram. O Fantástico conversou com Humberto de Alfredo Marcondes, que acreditou estar comprando um eletrodoméstico, mas acabou caindo em um golpe. Ele acreditava estar comprando no site de uma das maiores redes varejistas do país, mas, na realidade, estava acessando uma das páginas falsas criadas pelo grupo criminoso. "Me interessei por um preço de uma mercadoria, uma Airfryer. Adquiri, passando dados meus do meu cartão de crédito. Logo em seguida, esse fornecedor informou-me que pelo cartão de crédito não poderia ser possível, que eu fizesse um PIX", contou. Humberto disse que, no momento, não estranhou. "Durante os dois próximos dias, o criminoso fez contato comigo. Depois, passados esses dois, três dias, não tive mais o contato dele. Aí, estranhei tudo". Sites são idênticos aos oficiais "Tratavam-se, na verdade, de sites clonados, fakes criados de maneira muito idêntica, a mesma página oficial era copiada nessa fraude", contou o delegado que investiga o caso. As mesmas fotografias de promoção, os mesmos produtos, exatamente a mesma camisa, a mesma calça, o mesmo fogão, a mesma geladeira, a mesma cor da página, tudo igual", completou. Os investigadores prenderam 20 pessoas em diferentes estados; sete ainda seguem foragidos. A Polícia Civil de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, iniciou a investigação após uma denúncia. "Fomos procurados por um empresário da cidade. Ele dizia que vários consumidores entravam em contato com o seu site, o seu SAC, reclamando de produtos comprados e que jamais chegaram ao seu destino", disse o delegado. A polícia obteve capturas de tela do chefe do grupo criminoso, que mostram a montagem do clone de um desses sites. Segundo a polícia, o chefe dessa organização é Lucas de Giovani Garcia, de 22 anos. No dia 6 de novembro, Lucas foi preso em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O jovem monitorava a quantidade de acessos aos sites clonados que ele criava — mais de mil pessoas entraram na loja falsa. O segundo escalão do grupo, de acordo com a polícia, era composto por recrutadores responsáveis por convencer pessoas a "emprestar" suas contas bancárias para que o grupo movimentasse os pagamentos via PIX. A polícia se refere a essas pessoas como correntistas. Se a vítima reclamasse, recebia respostas ofensivas: "Você é feia. Seu prejuízo foi quando você nasceu", respondeu Lucas. Assim que foi preso, ele confessou que era o responsável por orquestrar a fraude, conhecida como "falso site da internet". "Estamos falando aí de somas que superam dezenas de milhões de reais", disse o delegado. Com parte do dinheiro roubado, Lucas viajava para assistir aos jogos do Corinthians. A defesa disse que ainda irá analisar o conteúdo das provas. 'Plataformas também são responsáveis' Para o diretor do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), as redes sociais que veicularam esses anúncios são diretamente responsáveis. "Especialmente porque elas têm ganhos com esses anúncios. Quando está na rede social a pessoa fica mais vulnerável, porque aqueles anúncios aparecem como patrocínio. Para o consumidor comum, aquele anúncio passou por um crivo de legitimidade", disse. Durante a investigação, a polícia alertou a Meta, dona do Facebook e do Instagram, sobre um dos anúncios falsos. Dois dias depois, a empresa tirou a propaganda do ar. Durante a investigação, a polícia alertou a Meta, dona do Facebook e Instagram, sobre um dos anúncios falsos. Dois dias depois, a empresa removeu a propaganda da plataforma. Em nota, a Meta afirmou que atividades com o objetivo de enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em suas plataformas e que a empresa está constantemente aprimorando sua tecnologia para combater atividades suspeitas. "É importante sempre usar a própria internet, que foi o canal que você escolheu para efetuar a sua compra, como um canal de pesquisa prévia, verifique esse produto, verifique a loja", orienta Rodrigo Bandeira, da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM). "O Pix é uma transferência tão imediata que proporciona que esse dinheiro vá para uma conta, às vezes, não rastreável, não identificada. A grande maioria absoluta de lojas virtuais do Brasil trabalha com várias formas de pagamento", completou. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

G1

Mon, 18 Nov 2024 01:55:34 -0000 -


País quer proibir menores de 16 anos em mídias sociais, mas especialistas alertam para desafios em segurança, privacidade e implementação. Criança brinca com celular em Ribeirão Preto, SP telas ansiedade Reprodução/EPTV Como você remove as crianças dos danos das redes sociais? Politicamente, a resposta parece simples na Austrália, mas na prática a solução pode ser muito mais difícil. O plano do governo australiano de banir crianças de plataformas de mídia social, incluindo X, TikTok, Facebook e Instagram, até seus 16 anos é politicamente popular. O partido de oposição diz que teria feito o mesmo depois de vencer as eleições previstas para dentro de meses se o governo não tivesse agido primeiro. Os líderes de todos os oito estados australianos e territórios continentais apoiaram unanimemente o plano, embora a Tasmânia, o menor estado, preferisse que o limite fosse fixado em 14 anos. No entanto, muitos especialistas nas áreas de tecnologia e bem-estar infantil têm se mostrado preocupados com a medida. Mais de 140 desses especialistas assinaram uma carta aberta ao primeiro-ministro Anthony Albanese condenando o limite de idade de 16 anos como "um instrumento muito contundente para lidar com os riscos de forma eficaz". Os detalhes sobre o que é proposto e como será implementado são escassos. Mais será conhecido quando a legislação for introduzida no Parlamento na próxima semana. O adolescente preocupado Nesta imagem feita a partir de um vídeo divulgado por Leo Puglisi, de 17 anos, grava seu serviço de notícias on-line 6 News Australia, de Melbourne, Austrália, em janeiro de 2024. Leo Puglisi via AP Leo Puglisi, um estudante de Melbourne, de 17 anos, que fundou o serviço de streaming on-line 6 News Australia aos 11 anos, lamenta que os legisladores que impõem a proibição não tenham a perspectiva sobre as mídias sociais que os jovens ganharam ao crescer na era digital. "Com relação ao governo e ao primeiro-ministro, eles não cresceram na era das redes sociais. O que muitas pessoas não estão conseguindo entender aqui é que, goste ou não, essas plataformas fazem parte da vida diária das pessoas", disse Leo. "Faz parte de suas comunidades, faz parte do trabalho, faz parte do entretenimento, é onde eles assistem ao conteúdo – os jovens não estão ouvindo rádio, lendo jornais ou assistindo TV aberta – e, portanto, não pode ser ignorado. A realidade é que essa proibição, se implementada, é apenas chutar a lata no caminho para quando um jovem entrar nas redes sociais", acrescentou o adolescente. Leo foi aplaudido por seu trabalho on-line. Ele foi finalista na indicação de seu estado natal, Victoria, para o prêmio Jovem Australiano do Ano, que será anunciado em janeiro. Sua candidatura credita sua plataforma por "promover uma nova geração de pensadores críticos e informados". A mãe enlutada que virou ativista A defensora da segurança on-line Sonya Ryan participa de uma coletiva de imprensa no Parlamento em Canberra, Austrália, em 15 de junho de 2021. Ryan sabe por tragédia pessoal como a mídia social pode ser perigosa para as crianças. Mick Tsikas/AAP via AP Uma das defensoras da proposta, a ativista de segurança cibernética Sonya Ryan, sabe por tragédia pessoal como as redes podem ser perigosas para as crianças. Sua filha de 15 anos, Carly Ryan, foi assassinada em 2007 no estado da Austrália do Sul por um pedófilo de 50 anos que fingiu ser um adolescente on-line. Em um marco sombrio da era digital, Carly foi a primeira pessoa na Austrália a ser morta por um predador on-line. "As crianças estão sendo expostas à pornografia prejudicial, estão sendo alimentadas com desinformação, há problemas de imagem corporal, há sextorsão, predadores on-line, bullying", disse Sonya Ryan. "Há tantos danos diferentes para eles tentarem administrar e as crianças simplesmente não têm as habilidades ou a experiência de vida para administrá-los bem", acrescentou. Sonya Ryan faz parte de um grupo que assessora o governo sobre uma estratégia nacional para prevenir e responder ao abuso sexual infantil na Austrália. Uma grande preocupação para usuários de mídia social de todas as idades são as possíveis implicações de privacidade da legislação. A tecnologia de estimativa de idade provou ser imprecisa, então a identificação digital parece ser a opção mais provável para garantir que um usuário tenha pelo menos 16 anos. O Comissário de Segurança Eletrônica da Austrália, um escritório que se descreve como a primeira agência governamental do mundo dedicada a manter as pessoas mais seguras on-line, sugeriu em documentos de planejamento a adoção do papel de autenticador. O governo manteria os dados de identidade e as plataformas descobririam por meio do comissário se um potencial titular da conta tinha 16 anos. O cético especialista em internet Tama Leaver, professora de estudos de internet na Curtin University, teme que o governo faça com que as plataformas mantenham os dados de identificação dos usuários. O governo já disse que o ônus recairá sobre as plataformas, e não sobre as crianças ou seus pais, para garantir que todos cumpram o limite de idade. "O pior resultado possível parece ser aquele para o qual o governo pode estar inadvertidamente pressionando, que seria que as próprias plataformas de mídia social acabariam sendo o árbitro da identidade", disse Leaver. "Eles seriam os detentores de documentos de identidade, o que seria absolutamente terrível, porque eles têm um histórico bastante ruim até agora de manter bem os dados pessoais", acrescentou. As plataformas terão um ano após a legislação se tornar lei para descobrir como a proibição pode ser implementada. Ryan, que divide seu tempo entre Adelaide, no sul da Austrália, e Fort Worth, Texas, disse que as preocupações com a privacidade não devem impedir a remoção de crianças das mídias sociais. "Qual é o custo se não o fizermos? Se não colocarmos a segurança de nossos filhos à frente do lucro e da privacidade?" ela perguntou. LEIA TAMBÉM: 'Pane geral' em TV boxes piratas: como é a solução que promete combater caixinhas irregulares Meta é multada em R$ 4,8 bilhões na União Europeia por vincular serviço de classificados ao Facebook Google começa a liberar aplicativo do robô Gemini para iPhone Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Android 15 tem ‘Modo ladrão’, ‘Espaço privado’ e comunicação por satélite Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Fri, 15 Nov 2024 13:03:44 -0000 -


Proposta premiada pela Anatel levaria aparelho pirata a baixar atualização que impede seu funcionamento. Agência disse que está conversando com grupo que sugeriu a medida, mas não confirmou se ela será implementada. TV boxes apreendidas em outubro de 2020, em operação conjunta de Polícia Civil, Polícia Federal e Receita Federal Divulgação As TV boxes irregulares, que prometem acesso indevido a canais e serviços de streaming, podem ter uma "pane geral". É o que propõe um dos vencedores do concurso criado para receber soluções para combater essas caixinhas, também conhecidas como IPTVs piratas. No fim de setembro, o desenvolvedor de sistemas Daniel Lima e outros cinco colegas que trabalham na área da tecnologia da informação ganharam o concurso Hackathon TV Box, organizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O grupo apresentou uma proposta que inutiliza as caixinhas por meio de uma atualização forçada. A Anatel disse que está conversando com os participantes do concurso, mas não confirmou se vai implementar as ideias. Hoje, a agência costuma pedir para as operadoras bloquearem servidores usados pelas caixinhas irregulares. Mas é como enxugar gelo: os endereços dos servidores na internet são atualizados, o que faz as caixinhas voltarem a funcionar. Por isso, a ideia do grupo de Daniel foi ir além do que a Anatel já faz para limitar o uso de aparelhos sem autorização. 👉 FUNCIONA ASSIM: a pedido da Anatel, a operadora que receber a tentativa de uma TV box de abrir um servidor pirata pode direcionar o acesso para outro endereço, em que há um arquivo de atualização que é baixado automaticamente e pode impedir o funcionamento da caixinha. "Conseguimos adicionar um código que a inutiliza totalmente", disse Daniel. "Nossa solução utiliza recursos avançados de rede para possibilitar que o software da caixinha seja alterado, e o usuário seja impossibilitado de acessar conteúdo protegido". O método é possível porque são as operadoras (ou ISPs, sigla em inglês para "provedor de serviços de internet") que administram a comunicação de rede. "Como a Anatel controla os ISPs, ela consegue obrigá-los a implementar os recursos avançados de rede que tornam possível à caixinha receber um pacote alterado", explicou Daniel. "No momento em que a Anatel implementar a solução, vai ser uma pane geral na maioria das caixinhas irregulares que estão em uso", disse Daniel. Para evitar a inutilização de TV boxes regulares, é necessário definir padrões que afetem somente as caixinhas piratas, como as informações que o próprio aparelho envia sobre si na comunicação com a internet e os endereços que ele busca acessar. O que falta para o plano sair do papel? O concurso teve a participação de profissionais e estudantes de áreas como cibersegurança, rede e desenvolvimento. Além do grupo de Daniel, outras duas equipes foram premiadas pela Anatel. Agora, com as propostas apresentadas, fica a cargo da própria Anatel implementar as soluções (ou parte delas). Isso porque trata-se de uma solução de larga escala, que exige a participação de órgãos públicos, disse Daniel. "Para o combate à pirataria, é necessária uma parceria entre todos. É um assunto extremamente complexo, que gera bastante prejuízo financeiro para provedores de internet e provedores de conteúdo". A Anatel informou ao g1 que "tem considerado todos os conceitos e ideais que foram apresentados como melhoria nos processos internos e externos" e que tem feito reuniões com os participantes do hackathon para adaptar as propostas às metodologias já usadas pela agência (veja a nota abaixo). O g1 questionou se as soluções vencedoras serão implementadas e quando isso aconteceria, mas não houve resposta da agência. Somente em 2023, a Anatel ordenou a derrubada de cerca de 3.900 servidores usados por TV boxes irregulares. Mas a mudança constante dos endereços desses servidores faz o trabalho se tornar permanente para a agência. Um dos alvos da Anatel são os aplicativos usados em transmissões piratas de futebol. Em uma das operações, o órgão bloqueou serviços ilegais durante a última rodada de Brasileirão de 2023. Quais são os riscos das caixinhas irregulares? Além de distribuírem conteúdo pirata, as caixinhas irregulares podem trazer prejuízo para usuários. De acordo com a Anatel, os aparelhos não têm assistência técnica e não garantem segurança de dados, o que pode torná-los alvo de ciberataques. A agência analisou as caixinhas e identificou que algumas podem incluir arquivos maliciosos que assumem o controle do aparelho e capturam dados de usuários, como informações financeiras e arquivos armazenados em outros dispositivos na mesma rede. Leia a íntegra do comunicado da Anatel: "A Anatel está realizando reuniões com os participantes do Hackathon além dos premiados, pois todas as equipes apresentaram soluções que foram vistas como oportunidade de melhoria no processo realizado pela Agência. O objetivo das discussões tem sido adaptar as soluções apresentadas as metodologias já utilizadas pela Agência. Boa parte das propostas estão alinhadas com o que a Anatel já realiza. Desta forma, a Agência tem considerado todos os conceitos e ideias que foram apresentados como melhoria nos processos internos e externos da Agência, que permitirão otimizar a segurança da infraestrutura de telecomunicações e dos usuários. O processo já está em andamento, pois é contínuo, com a Anatel trabalhando junto com os participantes." Relembre abaixo quando a Anatel começou a notificar prestadoras de telefonia para liberarem o acesso ao X: Anatel começa a notificar prestadoras de telefonia para liberarem o acesso ao X

G1

Fri, 15 Nov 2024 05:00:21 -0000 -


Número de reclamações atingiu pico por volta das 17h20 e começou a cair logo depois, segundo o Downdetector, site que monitora funcionamento de plataformas digitais. Pessoa usa Instagram no celular Unsplash Usuários relataram instabilidade no Instagram nesta quinta-feira (14). As reclamações começaram a ser registradas às 17h, atingiram o pico por volta das 17h20 e começaram a cair logo depois, segundo o Downdetector, site que monitora o funcionamento de plataformas digitais. Para alguns usuários, apareceu uma mensagem de erro quando eles tentaram acessar o feed da plataforma pelo desktop (veja na imagem abaixo): Captura de tela de usuário que relatou instabilidade ao acessar o Instagram pelo desktop nesta quinta-feira (14). Reprodução O g1 procurou a Meta, dona do Instagram, para obter mais informações e aguarda posicionamento. Veja mais: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Meta AI: o que é e como usar a nova inteligência artificial do WhatsApp, que viralizou por conta de erros Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Thu, 14 Nov 2024 20:28:34 -0000 -


Comissão Europeia disse que Meta abusou de sua posição dominante no mercado de redes sociais. Empresa nega que tenha violado a lei e disse que vai recorrer da decisão. Comissão Europeia concluiu que Meta "abusa de sua posição dominante" com o Facebook Marketplace Dado Ruvic / REUTERS A Meta, dona de Instagram, WhatsApp e Facebook, foi multada em 798 milhões de euros (cerca de R$ 4,8 bilhões) pela União Europeia por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade na internet. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14), a Comissão Europeia, braço de fiscalização do bloco europeu, disse que a multa foi aplicada porque a Meta vinculou o serviço de anúncios classificados Facebook Marketplace à rede social Facebook. A Comissão Europeia destacou que a Meta "é dominante no mercado de redes sociais pessoais" e que, ao vincular o Marketplace à plataforma, "todos os usuários do Facebook automaticamente têm acesso e são expostos ao Facebook Marketplace, quer queiram ou não". O órgão acusou a Meta de impor condições comerciais injustas para outros serviços de classificados online que anunciam em suas plataformas e disse que o Facebook Marketplace tem "uma vantagem substancial de distribuição que os concorrentes não podem igualar". A Meta nega que tenha violado a lei e já disse que vai recorrer. Na opinião da empresa, a decisão da Comissão "ignora a realidade do poderoso mercado de anúncios on-line da Europa". "Os usuários do Facebook podem escolher se desejam ou não interagir com o Marketplace, e muitos não o fazem. A realidade é que as pessoas usam o Facebook Marketplace porque querem, não porque têm que fazê-lo", disse a empresa, em comunicado. "É decepcionante que a Comissão tenha optado por tomar medidas contra um serviço gratuito e inovador, criado para atender às demandas dos consumidores", indicou. Abuso de posição dominante A Comissão Europeia concluiu que a Meta "abusa de sua posição dominante" e disse que o valor da multa foi definido pela "duração e gravidade da violação". O órgão de fiscalização teve diversos confrontos com a Meta desde que a União Europeia adotou a Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês) e a Lei de Mercados Digitais (DMA). Ambas preveem multas para empresas que não se ajustem a normas na internet. Como resultado dessa pressão, a Meta anunciou nesta semana que ofereceria aos usuários de Instagram e Facebook na União Europeia a opção de receber menos anúncios direcionados. Ao mesmo tempo, prometeu reduzir as tarifas de assinatura para serviços totalmente livres de publicidade.

G1

Thu, 14 Nov 2024 18:05:45 -0000 -


Até então, o concorrente do ChatGPT só tinha um aplicativo próprio para Android. Ferramenta pode gerar textos, imagens e códigos de programação a partir de instruções curtas. Gemini, inteligência artificial do Google Divulgação/Google O Google começa a liberar nesta quinta-feira (14) o aplicativo do Gemini para iPhone. Até então, no iOS, era preciso usar o aplicativo do Google ou o navegador – no Android, já era possível usar o aplicativo próprio do robô, concorrente do ChatGPT. A ferramenta, classificada pelo Google como um "assistente pessoal de IA", consegue gerar textos, imagens e códigos de programação a partir de instruções curtas. O Gemini usa o modelo Imagen 3 para gerar imagens a partir de descrições em texto. O Google tinha pausado a geração de imagens no Gemini em fevereiro porque uma versão anterior do Imagen apresentou erros, como aconteceu com o Meta AI. A empresa diz que o Gemini pode ajudar a criar planos de estudo personalizados. Por exemplo, é possível enviar a imagem de uma atividade e pedir para o robô elaborar exercícios sobre o tema. No lançamento do Gemini, o Google demonstrou que o robô conseguiu analisar a foto de um exercício de física, identificar um erro no cálculo e encontrar a solução correta. O aplicativo do Gemini pode ainda buscar informações em outros serviços do Google, como YouTube, Maps, Gmail e Agenda. Assinantes também podem usar o Gemini Live, recurso em que ele "conversa" com usuários de forma fluida. É possível interromper, mudar de direção ou se aprofundar em um tema a qualquer momento do bate-papo. Como funciona o Gemini, a inteligência artificial mais poderosa do Google Google libera modo de voz em português no robô Gemini

G1

Thu, 14 Nov 2024 17:16:46 -0000 -


Big tech é acusada de monopolizar o setor de redes sociais por meio da aquisição de outras plataformas, prejudicando a concorrência. Meta e suas empresas Reuters A Meta, dona do Facebook, deverá enfrentar um julgamento em um processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) que pede a separação das empresas do grupo. A gigante da tecnologia é acusada de ter adquirido o Instagram e o WhatsApp com o objetivo de eliminar a concorrência no setor de mídias sociais. A decisão de prosseguir com o processo foi tomada pelo juiz James Boasberg, nesta quarta-feira (13). Boasberg negou o pedido da Meta para encerrar o caso, movido em 2020, alegando que a empresa agiu ilegalmente para manter o monopólio de rede social. A data da audiência que poderá desmembrar as empresas ainda não foi marcada. O caso é um dos cinco processos de grande repercussão nos EUA em que os órgãos de defesa da concorrência da FTC e do Departamento de Justiça dos EUA estão movendo contra as chamadas big techs. 💻 Por que parte do arquivo da internet está desaparecendo para sempre O FTC alega que a Meta pagou um valor inflacionado pelo Instagram em 2012 e pelo WhatsApp em 2014 com o objetivo de neutralizar potenciais concorrentes, evitando competir diretamente no ecossistema móvel. Boasberg permitiu que essa alegação fosse mantida, mas rejeitou o argumento da FTC de que o Facebook restringiu o acesso de desenvolvedores de aplicativos de terceiros à plataforma, a menos que eles concordassem em não competir com seus serviços principais. O juiz também rejeitou a defesa da big tech de que a aquisição do WhatsApp fortaleceu sua posição estratégica em relação à Apple e ao Google. A Meta pediu ao juiz que rejeitasse todo o caso, dizendo que ele se baseava em uma visão excessivamente restrita dos mercados de mídia social e não levava em conta a concorrência do TikTok, da ByteDance, do YouTube, do Google, do X e do LinkedIn, da Microsoft. Além da Meta, a Amazon e a Apple também estão sendo processadas, e o Google, da Alphabet, está enfrentando dois processos, incluindo um em que um juiz concluiu recentemente que a empresa impediu ilegalmente a concorrência entre os mecanismos de busca on-line. LEIA TAMBÉM: Inteligência artificial de Elon Musk diz que o bilionário espalhou fake news sobre eleição americana Órgão do governo pede explicações de empresa do criador do ChatGPT sobre escaneamento de íris dos brasileiros Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento? Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Thu, 14 Nov 2024 14:05:23 -0000 -


Um quarto de todas as páginas web que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023 já não existem mais. Pesquisas indicam que 25% das páginas web publicadas entre 2013 e 2023 não existem mais. Getty Images via BBC Os fragmentos remanescentes de papiros, mosaicos e tábuas de cera da Antiguidade nos ensinam o que os moradores de Pompeia comiam no café da manhã, 2 mil anos atrás. Aprendendo um pouco de latim medieval, é possível saber quantos animais eram criados no século 11, nas fazendas de Northumberland, no norte da Inglaterra, graças ao Domesday Book – o documento mais antigo dos Arquivos Nacionais do Reino Unido. Cartas e romances remanescentes mostram como era a vida social na era vitoriana – e quais eram as pessoas mais adoradas ou odiadas da época, no Reino Unido. Mas os historiadores do futuro podem enfrentar dificuldades para entender totalmente como vivemos hoje, no início do século 21. O motivo: a combinação da nossa forma de vida digital com a falta de esforços oficiais para arquivar as informações que o mundo produz hoje em dia pode apagar a nossa história. Mas um grupo informal de organizações vem combatendo as forças da entropia digital. Muitas delas são operadas por voluntários, com pouco apoio institucional. O maior símbolo da luta para salvar a web é o Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos sediada em São Francisco, na Califórnia (EUA). Criada em 1996 como um projeto apaixonado do pioneiro da internet Brewster Kahle, a organização criou o que pode ser o mais ambicioso projeto de arquivo digital já realizado. São 866 bilhões de páginas web, 44 milhões de livros, 10,6 milhões de vídeos com filmes e programas de televisão – e muito mais. Abrigadas em diversos centros de dados espalhados pelo mundo, as coleções do Internet Archive e outros grupos similares são tudo o que temos para evitar a amnésia digital. "Os riscos são muitos. Não é só a tecnologia que pode falhar, embora isso certamente aconteça", afirma Mark Graham, diretor da Wayback Machine – uma ferramenta do Internet Archive que coleta e armazena cópias de websites para a posteridade. "O mais importante é que as instituições falham, as empresas fecham. As organizações jornalísticas são devoradas por outras organizações jornalísticas ou saem do ar, como é cada vez mais frequente", exemplifica ele. Graham destaca que existem inúmeros incentivos para colocar conteúdo online, mas são poucas as razões que fazem as companhias manterem este conteúdo no longo prazo. Mesmo com todos os feitos já realizados, o Internet Archive e organizações similares enfrentam ameaças financeiras, dificuldades técnicas, ciberataques e batalhas jurídicas geradas por empresas que não gostam da ideia de ver cópias da sua propriedade intelectual disponíveis gratuitamente. E, como mostram as recentes derrotas na Justiça, o projeto de salvar a internet pode ser tão volátil quanto o próprio conteúdo que ele tenta proteger. "Cada vez mais, nossos esforços intelectuais, nosso entretenimento, nossas notícias e nossas conversas existem apenas no ambiente digital", explica Graham. "Este ambiente é inerentemente frágil." Salvar nossa história Um quarto de todas as páginas web que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023... não existem mais. Esta é a conclusão de um estudo recente do think tank (centro de pesquisa e debates) Pew Research Center, com sede na capital americana, Washington DC. Suas conclusões fizeram soar o alarme: nossa história digital está desaparecendo. Os pesquisadores concluíram que o problema se agrava, quanto mais antiga for uma página web. A organização tentou acessar páginas existentes em 2013 – e 38% delas não funcionam mais. Mas este também é um problema das publicações mais recentes. Cerca de 8% das páginas web publicadas em algum momento de 2023 desapareceram em outubro do mesmo ano. Esta não é apenas uma preocupação dos admiradores da história e dos obcecados pela internet. O estudo indicou, por exemplo, que um em cada cinco websites governamentais contém pelo menos um link quebrado. O Pew Research Center também descobriu que mais da metade dos artigos da Wikipédia tem um link quebrado na sua seção de referências. Ou seja, as evidências que sustentam as informações da enciclopédia online estão lentamente se desintegrando. Com a inexistência de um trabalho público formal de documentação da web, o Internet Archive passou a ser uma parte fundamental da nossa infraestrutura digital. Getty Images via BBC Mas, graças ao trabalho do Internet Archive, nem todos esses links quebrados ficaram inacessíveis. O projeto Wayback Machine vem destacando exércitos de robôs para rastrear os tortuosos labirintos da internet há décadas. O sistema baixa cópias funcionais de websites à medida que eles mudam ao longo do tempo. Muitas vezes, eles capturam as mesmas páginas diversas vezes em um único dia e as oferecem ao público sem custo. "Quando observamos quantas daquelas URLs foram oferecidas pelo Wayback Machine, verificamos que dois terços eram disponíveis de alguma forma", ele conta. Isso indica que o Internet Archive está cumprindo sua função, guardando registros da sociedade online para a posteridade. Outras organizações, grandes e pequenas, trabalham com projetos similares. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por exemplo, preserva websites governamentais, os sites dos congressistas e uma coleção de sites jornalísticos norte-americanos. A Biblioteca do Congresso também preservou uma cópia de cada tweet enviado desde a fundação do Twitter (hoje, conhecido como X), até o encerramento do projeto, em 2017. Outros governos conduzem suas próprias iniciativas. O UK Web Archive, da Biblioteca Britânica, rastreia anualmente os websites com nomes de domínio .uk, preservando uma cópia da internet britânica pelo menos uma vez por ano. Em 2022, um grupo de voluntários se propôs a salvar a internet ucraniana, quando ela foi atingida por ciberataques russos. Mas o escopo destes projetos é pequeno e o Internet Archive procura ter uma cobertura mais abrangente. Com os recursos disponíveis, seria impossível chegar perto de preservar toda a internet, mas seus sistemas definiram uma ampla rede. E, dependendo do que você esteja procurando, a coleção do Internet Archive é tão vasta que, às vezes, parece um registro funcional e completo da World Wide Web. O sucesso traz complacência Os documentos do Archive disponíveis ao público ajudam a manter o registro das nossas vidas na era atual. A Wikipédia adotou, como prática padrão, mencionar as cópias de websites do Wayback Machine e não os próprios websites originais. E a organização também preserva uma vasta coleção de gravações anteriores à era digital. A adorada série de TV americana Fernwood 2 Night (1977), por exemplo, não está disponível em nenhum serviço de streaming, mas você pode assistir de graça no Internet Archive. Livros, revistas e websites mencionam as cópias digitais de livros do Internet Archive, indisponíveis nas bibliotecas físicas. O projeto age até como ferramenta de preservação para o público. Qualquer pessoa pode carregar vídeos, websites e praticamente qualquer coisa para os servidores da organização. Entre as principais coleções preservadas pela Wayback Machine, encontram-se vastos registros de websites criados no GeoCities – um antigo serviço de hospedagem de sites, agora extinto. Muito antes das redes sociais, o GeoCities foi uma das primeiras plataformas que possibilitavam a qualquer pessoa criar o seu próprio website. Os historiadores da internet consideram o GeoCities um dos capítulos mais importantes dos primórdios da World Wide Web – e, sem o trabalho do Internet Archive, a maior parte dos seus sites teria sido perdida. Mais recentemente, uma comissão do Congresso dos Estados Unidos adotou o Internet Archive para preservar artigos e documentos relativos ao ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. "De tempos em tempos, surge uma nova plataforma e as forças econômicas rapidamente meio que a destroem", afirma Andrew Jackson, arquiteto técnico de registros de preservação da Coalizão para a Preservação Digital, um grupo ativista e organização filantrópica britânica que orienta como preservar os arquivos digitais online. "É uma grande fonte de rotatividade." O website jornalístico especializado em tecnologia CNET sofreu pressões em 2023, após informações de que a empresa excluiu dezenas de milhares de artigos, causando a perda de décadas de história. Entre as respostas do site, veio a indicação de que todos os seus artigos excluídos foram preservados na Wayback Machine. Muitos críticos acusaram a empresa de ter transferido para o Internet Archive sua responsabilidade de manutenção dos arquivos. "O Google e outros mecanismos de busca incentivam ativamente a manutenção de URLs estáveis, mas, tecnicamente, é algo bastante difícil", explica Jackson. "Sempre que uma nova empresa reforma seu website, ela precisa calcular quantos das suas novas URLs ela irá tentar manter ao longo do tempo." Mas vale a pena lembrar que o Internet Archive é uma organização sem fins lucrativos, financiada por doações de fundações beneficentes. É um projeto sem fim, com custos que crescem exponencialmente. O Internet Archive assumiu voluntariamente a missão de ser a principal biblioteca da nossa vida digital em todo o mundo. E, com a web se aproximando da sua quarta década, este projeto totalmente não oficial se tornou um pilar fundamental da internet. Mas, da mesma forma que aumenta a nossa confiança no Internet Archive, também crescem as ameaças que pairam sobre o seu trabalho. Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger 'Ponto crítico de falha' Em setembro, o Internet Archive anunciou uma importante parceria com o Google. O mecanismo de busca da gigante da tecnologia irá agora incluir links para o Wayback Machine nos seus resultados de busca. Nenhuma das partes publicou os detalhes financeiros do acordo. Mas outras notícias recentes demonstram que o projeto ainda enfrenta fragilidades. Sua vulnerabilidade foi exposta abertamente em uma ação judicial contra o Internet Archive, promovida por quatro grandes editoras de livros. Elas alegam que a prática de digitalizar livros físicos e emprestar cópias digitais infringe a legislação americana de direitos autorais. Antes da pandemia de covid-19, o Internet Archive emprestava apenas uma cópia digital por vez, para cada livro físico na sua coleção. Mas, durante os lockdowns, a organização eliminou a restrição, emprestando aos seus apoiadores quantidades ilimitadas de cópias digitais de livros, para tentar compensar o fechamento das bibliotecas físicas. Em 2023, um tribunal americano julgou a prática ilegal e, no início de setembro, o recurso do Internet Archive contra a decisão foi rejeitado. A organização havia informado que concordava em pagar ao grupo de editoras um valor não revelado em relação ao caso. Passada aquela ação, o Internet Archive já enfrenta outro processo movido pelas gravadoras, referente à digitalização de discos. Em caso de derrota, este novo processo poderá custar US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões). O valor pode pôr em risco a sobrevivência da organização. Formada ao longo de três décadas, a coleção do Internet Archive inclui centenas de bilhões de páginas web. Getty Images via BBC O diretor dos serviços de biblioteca do Internet Archive, Chris Freeland, afirmou, em declaração sobre a decisão judicial, que a organização está analisando o parecer dos tribunais. As batalhas jurídicas existenciais não são os únicos riscos que pairam sobre o mundo da preservação digital. O UK Web Archive teve uma amostra das ameaças técnicas mal intencionadas em outubro de 2023, quando um ciberataque derrubou seus sistemas digitais. Um ano depois, o portal ainda enfrenta problemas causados pela queda – e o acesso online a grande parte da sua coleção ainda está indisponível. Em maio de 2024, o Internet Archive divulgou que estava enfrentando um grande ataque distribuído de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês). Nele, vândalos ou outros delinquentes criam sistemas automatizados para bombardear websites com visitas, tentando derrubá-los sobrecarregando seus servidores. No pico do ataque, dezenas de milhares de visitas simultâneas surgiam a cada segundo. Os serviços foram derrubados, incluindo a Wayback Machine. Com isso, o rastreamento regular da web para arquivo foi interrompido por algum tempo, o que pode ter causado lacunas permanentes no seu registro histórico. O Internet Archive "foi criado por um indivíduo e se tornou uma espécie de pivô", segundo Jackson. "Ele também parece ser um ponto crítico de falha em potencial. Embora seja muito mais sofisticado do que simplesmente os voluntários, ele é uma instituição, em uma região, sujeito a um arcabouço legal." A organização reconhece estas preocupações. Se o trabalho do Internet Archive fosse suspenso e "esta lacuna não fosse preenchida imediatamente, grande parte do que é disponibilizado atualmente na web pública ficaria em risco", explica Graham. Ele deixa claro que o Internet Archive não irá abandonar suas responsabilidades no futuro próximo, mas seria útil obter ajuda externa para o projeto. "Existem oportunidades para muitas pessoas contribuírem, de diversas formas", destaca ele. Responsabilidades partilhadas, prioridades diferentes Sem um trabalho formal de organização do trabalho de preservação da internet, o projeto fica a cargo de amadores e voluntários, ao lado de alguns grupos de organismos não oficiais que, geralmente, operam de forma independente. "Faz sentido que o trabalho de arquivo seja descentralizado", segundo a historiadora de tecnologia Mar Hicks, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. "Mas um dos problemas é a variação das prioridades." Hicks destaca que um dos primeiros pontos que qualquer arquivista irá considerar ao construir um arquivo é o que ele deve priorizar. "E, com muita descentralização, as prioridades serão muito diferentes", explica ela. "Haverá pessoas nos grupos cuja prioridade será tentar reunir de tudo – o máximo que puderem, eles podem querer completar tudo." E haverá outros que irão se concentrar em determinadas áreas, como o arquivo britânico, por exemplo. A preocupação com essa abordagem pontual e descentralizada é a possibilidade de repetição, que faz com que preciosos recursos de arquivo sejam desperdiçados com cópias duplicadas ou triplicadas dos websites mais populares. Enquanto isso, algumas áreas que podem ter importância histórica são desprezadas por se enquadrarem entre as responsabilidades de grupos diferentes. "Os arquivistas irão dizer que estas questões existem há muito tempo", afirma Hicks. Mas elas são exacerbadas pela quantidade de material produzida no nosso mundo digital. Todos os dias, são enviados cerca de um bilhão de e-mails. O YouTube afirma que mais de 500 horas de vídeo são postadas na plataforma a cada minuto. Para Hicks, a internet é "essencialmente uma mangueira de incêndio, lançando material e informações. Não faz sentido tentar registrar tudo o que sai da mangueira. Não faria sentido do ponto de vista de recursos." De certa forma, esta é uma preocupação antiga. "Como historiadores, temos o mesmo problema", explica Hicks. "Temos uma enorme quantidade de documentos do passado. Mas temos apenas certos documentos e as vozes de certas pessoas – e muitas das vozes que estão faltando foram incrivelmente importantes, mas foram apagadas." Para Hicks, é preciso ter certas prioridades sobre o que está sendo preservado das pegadas digitais da nossa geração. Caso contrário, corremos o risco de extrapolar rapidamente os custos com esforços secundários de registro da história da web. Isso sem falar nos oceanos de arquivos digitais que vivem offline. "Se precisarmos preservar tudo, fica muito caro", segundo Andrew Jackson. "Existe muito conteúdo mais antigo ou menos atraente que fica perdido pelo caminho." "Não estamos capturando bem o mundo não ocidental", reconhece Jackson. "Existem lacunas que não foram preenchidas em diferentes domínios culturais." Muitas dessas organizações que procuram combater suas próprias tendências e preconceitos acabam assumindo o peso da tarefa, enquanto os governos e as empresas responsáveis pelas plataformas simplesmente assistem. "Grupos independentes de pessoas, simplesmente preocupadas e dispostas a dedicar seu tempo livre a esta questão, têm mais recursos e conhecimento do que as instituições formalmente responsáveis", afirma Jackson. Hicks alerta que existe um vácuo que poucas pessoas estão atendendo, exceto por um punhado de arquivistas obsessivos. "Não está claro de quem é a responsabilidade de arquivar [a internet], nem a serviço de quem", afirma a historiadora. Mas um ponto é claro: segundo ela, todos nós deveríamos pagar para apoiar a luta pela preservação. "De um ponto de vista muito pragmático, se você não pagar essas pessoas e garantir que estes arquivos recebam financiamento, eles não irão existir no futuro", explica ela. "Eles irão desaparecer e todo o trabalho de coleta irá voar pela janela." "Porque o grande propósito do arquivo não é simplesmente coletá-lo, mas fazer com que ele seja mantido indefinidamente no futuro." O Iluminismo do século 18 viu o nascimento de um movimento internacional de bibliotecas, com os governos e filantropos percebendo a necessidade de preservar e distribuir livros para o público. Mas este senso de responsabilidade cívica do passado não se estendeu para a internet. Isso pode se dever aos complexos interesses comerciais do mundo digital ou simplesmente às imensas dificuldades técnicas. Ou, talvez, porque os observadores casuais podem não achar necessário preservar a web. Um livro é um recurso claramente finito – ele pode ser perdido ou danificado. Mas a web parece muito acessível. Qualquer pessoa com conexão à internet pode abrir um navegador e digitar uma URL. Está tudo ali, disponível. Até que não esteja mais.

G1

Thu, 14 Nov 2024 08:03:31 -0000 -


Concorrente do ChatGPT, Grok afirmou que postagens de Musk com alegações enganosas ou falsas sobre eleições acumularam bilhões de visualizações no X. Bilionário participou ativamente da campanha de Donald Trump e foi anunciado como integrante do futuro governo. Donald Trump e Elon Musk Reprodução A inteligência artificial Grok, desenvolvida em uma iniciativa de Elon Musk, afirmou que o bilionário espalhou desinformação em vários tópicos, incluindo eleições, para sua audiência no X. A resposta começou a circular na rede social na última segunda-feira (11). "As postagens de Musk relacionadas às eleições, que continham alegações enganosas ou falsas, acumularam bilhões de visualizações", afirmou o Grok, disponível somente para usuários da versão paga do X, em resposta ao usuário Gary Koepnick, que compartilhou o resultado. Musk participou ativamente da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e desembolsou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,15 bilhão) em doações para o republicano. Na terça-feira (12), Trump anunciou Musk como chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, que, segundo Trump, vai trabalhar para "desmantelar a burocracia governamental, cortar regulamentações excessivas, cortar gastos desnecessários e reestruturar as agências federais". Elon Musk no governo Trump: o que se sabe e o que falta saber sobre seu futuro cargo Alegações falsas de Musk Uma das fontes citadas pelo Grok, um concorrente do ChatGPT, para apontar a desinformação de Elon Musk é um estudo da ONG americana Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH). O relatório diz que houve mais de 2 bilhões de visualizações em alegações falsas de Musk, como a de que o número de imigrantes irregulares triplicou nos estados-chave da eleição dos EUA. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft A inteligência artificial também citou vídeos adulterados sobre eleição compartilhados por Musk e as consequências que suas postagens têm no mundo real. E disse que os comentários do bilionário têm visibilidade significativa porque ele é dono e o usuário mais seguido do X. O Grok indicou ainda que algumas postagens de Musk com desinformação não receberam as Notas da Comunidade, recurso da rede social criado justamente para contextualizar o que é publicado na plataforma por contas com grande alcance. "Essas evidências coletivas de análises de notícias, relatórios de pesquisa e postagens em redes sociais indicam que Elon Musk tem sido, de fato, um disseminador significativo de desinformação, impactando potencialmente bilhões de pessoas por meio de sua plataforma e influência pessoal", afirmou o Grok. Ao final, o robô pontuou que a desinformação pode se espalhar por vários canais, e não apenas por uma pessoa. E sinalizou que a resposta se baseou em postagens no X compartilhadas por veículos como CBS News e France 24, bem como em comentários de jornalistas na plataforma. Trump cumpre promessa e anuncia novo departamento no governo para Elon Musk

G1

Thu, 14 Nov 2024 05:00:18 -0000 -


Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) investiga biometria ocular em projeto da World para distinguir humanos de robôs e verifica conformidade com a LGPD; organização já atua em países como EUA, México, Espanha, Portugal e Alemanha. Câmera Orb, da Word, que escaneia a íris Darlan Helder/g1 A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) abriu um processo de fiscalização contra a World, que iniciou nesta quarta-feira (13) o escaneamento de íris de brasileiros interessados. A organização tem feito a coleta de íris em dez pontos da cidade de São Paulo. O registro é gratuito e oferece como incentivo 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital que, na cotação atual, dá cerca de R$ 330. A Word já atua em países como Estados Unidos, México, Espanha, Portugal e Alemanha. O lançamento oficial no Brasil acontece nesta quarta. Em nota ao g1, a ANPD, que é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou que busca mais informações sobre o funcionamento do projeto no país e irá verificar se a empresa está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) (leia a nota ao final da reportagem). Na tarde desta terça-feira (12), a equipe de fiscalização da ANPD se reuniu com representantes da World para esclarecer dúvidas sobre o projeto e entregar o documento que formaliza o pedido de explicações adicionais. Procurada pelo g1, a World afirmou que está à disposição das autoridades reguladoras dos países em que atua para esclarecer seu projeto. A empresa também disse que busca cumprir todas as leis e regulamentações relacionadas ao processamento de dados pessoais nos mercados onde opera (leia a nota ao final da reportagem). 👁️ O que é o projeto Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados A World é uma organização criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. O projeto que escaneia a íris tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Segundo a World, essa tecnologia ainda pode substituir o Captcha, uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô (veja na imagem mais abaixo). Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". A estrutura da World tem três frentes: 👁️ World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; 🪙 Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; 📱World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução Leia a nota da ANPD: "A ANPD instaurou, dia 11, um processo de fiscalização com o objetivo de obter mais informações sobre o projeto e avaliar a sua conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD. Na tarde de ontem, membros da equipe de fiscalização da ANPD reuniram-se virtualmente com representantes da empresa, que expuseram uma visão geral do projeto, responderam a algumas perguntas e receberam formalmente Ofício da ANPD solicitando a apresentação de informações complementares." Leia a nota da Word: "A World e seu principal produto, o World ID, estão criando as ferramentas que a humanidade precisa para se preparar para a era da IA, potencializando indivíduos com acesso a sistemas financeiros e oportunidades que de outra forma não teriam, e, ao mesmo tempo, preservando a privacidade individual. Não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questionamentos. Acreditamos que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas dúvidas. A World Foundation busca estar totalmente em conformidade com todas as leis e regulamentações relevantes que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (13.709/2018). A World Foundation dá alta prioridade ao engajamento com indivíduos e organizações para responder a quaisquer perguntas que possam ter e garantir a transparência em nossas operações." Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo

G1

Wed, 13 Nov 2024 15:11:39 -0000 -


World inicia oficialmente operação no Brasil hoje, com tecnologia de escaneamento de íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Empresa já estava funcionando em outros países. Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Reuters/Annegret Hilse A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega em território nacional nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população brasileira. O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Ele também pode substituir o Captcha (veja na imagem abaixo), uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô. A World afirma que, hoje, uma inteligência artificial já é capaz de enganar essa checagem. Por enquanto, não há custo para quem optar pelo registro, e a pessoa pode receber 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital semelhante ao Bitcoin. Na conversão para o real, esse valor equivale a aproximadamente R$ 330. Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". A World já opera outras regiões: Estados Unidos, México, Espanha, Portugal, Alemanha e Japão são alguns dos países em que ela trabalha. Durante o período de testes, antes da estreia oficial, a companhia afirmou já ter coletado a íris de mais de 2.700 brasileiros. Coleta da íris no Brasil começa hoje Agora, a empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços podem ser verificados em seu site oficial. A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World. Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. A estrutura da World tem três frentes: World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Projeto gera polêmica Alex Blania e Sam Altman, fundadores da Tools for Humanity, empresa que opera projeto da Worldcoin Business Wire via AP Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível. "Mesmo que a imagem do teu olho tenha ido embora, o identificador único permanece. Existe uma intenção de reutilizar esse sistema e ganhar dinheiro em cima dele fazendo autenticações", afirmou Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil, em entrevista ao g1 em agosto de 2023 sobre o negócio. A World levanta questões sobre até que ponto uma organização independente pode coletar qualquer tipo de código genético de pessoas, analisou Nina da Hora, do Instituto da Hora, também no ano passado. "É extremamente delicada a afirmação de que precisam invadir a privacidade das pessoas para protegê-las", disse. De acordo com Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World, a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país em que atua. No Brasil, ele afirma que vem tratando do assunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como funciona Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail e endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta da íris: primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App; em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação; depois, a pessoa deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris; após o registro, a "foto" é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização. As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em "processos democráticos globais". A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal. LEIA TAMBÉM: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional' WhatsApp lotado? Veja quais conversas ocupam mais espaço e como apagar fotos e vídeos antigos Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Wed, 13 Nov 2024 05:00:26 -0000 -


World inicia operação no Brasil com tecnologia que escaneia a íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos no ambiente on-line. Ponto de escaneamento de íris criado pela World na Índia, em foto de 25 de julho de 2023 Reuters/Medha Singh A World, projeto cocriado por Sam Altman, CEO da OpenAI, chega ao Brasil nesta quarta-feira (13) com a proposta de escanear a íris da população. O projeto tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo. Ele também pode substituir o Captcha (veja na imagem abaixo), uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô. A World afirma que, hoje, uma inteligência artificial já é capaz de enganar essa checagem. Por enquanto, não há custo para quem optar pelo registro, e a pessoa pode receber 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital semelhante ao Bitcoin. Na conversão para o real, esse valor equivale a aproximadamente R$ 330. No segundo semestre do ano passado, a Word chegou a disponibilizar três locais de atendimento em São Paulo. Naquele período, a empresa disse que a operação era apenas um teste e que os "serviços não tinham a previsão de serem permanentes no momento". Teste do reCAPTCHA pode ser validado automaticamente em certas circunstâncias Reprodução Coleta da irís no Brasil Agora, a empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. A World afirma que os endereços estarão disponíveis a partir desta quarta em seu site. A companhia não detalhou como são e quais são esses locais de coleta, mas disse que eles estarão espalhados em alguns shoppings da cidade. O registro é gratuito para todo os interessados, segundo a World. Ainda não há prazo para ampliar para outras regiões do Brasil. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World. A estrutura da World tem três frentes: World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Projeto gera polêmica Apesar de não precisar manter imagens da íris de usuários, a World vem sendo criticada pela falta de detalhes sobre como vai tratar outras informações que coleta. Isso porque a sequência numérica gerada a partir da foto funciona como um dado biométrico, que é considerado sensível. "Mesmo que a imagem do teu olho tenha ido embora, o identificador único permanece. Existe uma intenção de reutilizar esse sistema e ganhar dinheiro em cima dele fazendo autenticações", afirmou Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil, em entrevista ao g1 em agosto de 2023. A World levanta questões sobre até que ponto uma organização independente pode coletar qualquer tipo de código genético de pessoas, analisou Nina da Hora, do Instituto da Hora, também no ano passado. "É extremamente delicada a afirmação de que precisam invadir a privacidade das pessoas para protegê-las", disse. De acordo com Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World, a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país em que atua. No Brasil, ele afirma que vem tratando do assunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como funciona Dispositivo usado para criar 'passaporte digital' da Worldcoin Darlan Helder/g1 A "foto" da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) e é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a World, é apagada logo em seguida. Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail e endereço. O sistema é mais seguro que o reconhecimento facial, diz Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da World. Veja como é feita a coleta: primeiro, os interessados devem baixar um aplicativo, chamado World App; em seguida, é preciso agendar um horário em um dos locais de verificação; depois, a pessoa deve ir presencialmente até este local para que a câmera Orb capture uma imagem de alta resolução da íris; após o registro, a "foto" é criptografada de ponta-a-ponta, enviada ao celular da pessoa e deletada da Orb, segundo a organização. As ambições da empresa vão além e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em "processos democráticos globais". A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal. LEIA TAMBÉM: Clones de famosos vão 'conversar' com seguidores por meio de IA da Meta; entenda Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional' WhatsApp lotado? Veja quais conversas ocupam mais espaço e como apagar fotos e vídeos antigos Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Tue, 12 Nov 2024 14:59:31 -0000 -


Publicações como Le Monde, Le Figaro e Le Parisien alegam ter direito de receber por distribuição de conteúdos na rede social de Elon Musk. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft Os principais jornais franceses, como o Le Monde, Le Figaro, Le Parisien e Les Echos, entraram com uma ação legal nesta terça-feira (12) contra o X, antigo Twitter, em um tribunal de Paris, alegando que a plataforma utiliza conteúdo dos veículos sem pagar. As publicações afirmam ter direito de cobrar pelos chamados direitos auxiliares, que permitem aos veículos de notícias receberem das plataformas digitais pela distribuição de seu conteúdo, segundo uma diretiva europeia adaptada para a legislação francesa. Além dos jornais, a ação conta com outros veículos associados ao Le Monde, como o Le Huffington Post, Télérama, Courrier International, Malesherbes Publications e Le Nouvel Obs. LEIA TAMBÉM: Após fechar escritório, X anuncia vaga de gerente no Brasil O que Musk pode ganhar com Trump na presidência? Vitória de Trump deve impulsionar sonho de Musk com Marte Na ação, os veículos dizem que o X nunca concordou em abrir negociações com editoras de notícias francesas, ao contrário do Google e da Meta. Além disso, a plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk não teria cumprido uma ordem emitida pelo Tribunal de Justiça de Paris, em maio, de divulgar as informações necessárias para o cálculo do valor devido. "A receita desses direitos, considerando o investimento que permitiria a seus beneficiários, é um impulso à pluralidade, independência e qualidade da mídia, que são essenciais para a liberdade de expressão e o direito à informação em nossa sociedade democrática", disseram os jornais, em comunicado. Um porta-voz do tribunal de Paris disse que uma audiência sobre o caso foi marcada para 15 de maio de 2025. Questionado pelas agências Reuters e AFP, o X não se posicionou sobre a ação. A presença de Musk na campanha de Trump

G1

Tue, 12 Nov 2024 13:33:17 -0000 -


Dona de Instagram, WhatsApp e Facebook está trabalhando no Creator AI, que permite criar versões virtuais de figuras públicas. Recurso começou a ser liberado em texto nos EUA, mas deve ganhar em 2025 uma versão que simula chamadas de vídeo com famosos. Como são os 'clones' de influenciadores que poderão interagir com fãs  A Meta, dona de Instagram, WhatsApp e Facebook, quer aproximar influenciadores de seus seguidores. Para isso, a empresa está trabalhando em uma forma de criar algo como "clones" de pessoas famosas em suas plataformas. Batizado de Creator AI, o recurso permitirá gerar versões virtuais de figuras públicas. A ideia é gerar respostas automatizadas com o estilo do criador de conteúdo para as mensagens enviadas por fãs. Uma primeira versão, para interações em texto, começou a ser liberada em julho nos Estados Unidos. Mas um modelo mais avançado, que simula ligações de vídeo com influenciadores, chega no início de 2025 aos EUA (veja vídeo acima). A novidade da Meta é apresentada para criadores como Meta como uma "extensão do seu perfil do Instagram para se conectar com mais gente na sua audiência". Em demonstração da Meta, Mark Zuckerberg 'conversou' com versão virtual de influenciador Reprodução/Meta E ela é apenas das novas formas planejadas pela Meta para lidar com o conteúdo de influenciadores. A empresa também testa uma ferramenta que poderá dublar automaticamente áudios do Reels para outros idiomas. "O Meta AI simulará a voz do falante em outro idioma e sincronizará seus lábios para corresponder", explicou a companhia. A Meta diz que está fazendo pequenos testes desse tipo de tradução no Instagram e no Facebook com criadores da América Latina e dos Estados Unidos que fazem vídeos em espanhol e inglês. "Planejamos expandir isso para mais criadores e idiomas", afirmou. Como o Creator AI vai funcionar Voltado para influenciadores, o Creator AI funciona dentro da AI Studio, plataforma da Meta que também servirá para criar personagens de IA que não são baseados em pessoas reais. O AI Studio é baseado no Llama, modelo de inteligência artificial que a empresa adotou para o Meta AI, pacote liberado para WhatsApp, Instagram e Messenger – e que foi criticado pelas gafes. Os personagens criados no AI Studio podem ser baseados no que os influenciadores publicam nas redes sociais da Meta, como as legendas de fotos do Instagram e as postagens no Threads. Os criadores ainda terão a opção de indicar os assuntos que suas versões em IA devem evitar. Creator AI, recurso da Meta capaz de criar versões virtuais de influenciadores Divulgação/Meta "Com o AI Studio, os criadores do Instagram podem configurar uma IA como uma extensão de si mesmos capaz de responder rapidamente a perguntas comuns na DM e comentários nos stories", disse a empresa. A Meta diz ter políticas para manter os usuários em segurança e ajudar a garantir que as IAs são usadas de forma responsável. Por exemplo, as respostas geradas por inteligência artificial serão sinalizadas. No caso do Meta AI, usuários perceberam erros com as mensagens que ele gera no WhatsApp. A inteligência artificial errou cálculos matemáticos simples e não foi capaz de apresentar pessoas ou memes famosos na internet (veja abaixo). Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Tue, 12 Nov 2024 06:00:26 -0000 -


Chinesa ByteDance, dona do TikTok, disse que vai recorrer da decisão e que ela vai causar a 'destruição de centenas de empregos bem pagos'; medida não afeta uso do aplicativo, que continua disponível no país. Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok no país. AP - Michael Dwyer O governo do Canadá mandou fechar a TikTok Technology Canada, Inc., filial canadense do TikTok, na última quarta-feira (6). O “banimento” só vale para o escritório da empresa e não afeta o uso do aplicativo no país. “O governo não está bloqueando o acesso dos canadenses ao aplicativo TikTok ou sua capacidade de criar conteúdo. A decisão de usar um aplicativo ou plataforma de mídia social é uma escolha pessoal”, disse o Ministro da Inovação, Ciência e Indústria canadense, François-Philippe Champagne. Segundo comunicado do governo canadense, a decisão é resultado de um processo de revisão de segurança nacional de várias etapas”, foi feita com base na Investment Canada Act (lei sobre investimento estrangeiro no país) e está relacionada aos riscos à segurança nacional ligados à chinesa ByteDance, proprietária do TikTok. “Embora o Canadá continue a acolher o investimento estrangeiro direto, o governo agirá decisivamente quando os investimentos ameaçarem nossa segurança nacional”, concluiu o Ministro canadense em comunicado à imprensa. Em resposta, o TikTok disse que vai contestar a ordem no tribunal e que a decisão vai “destruir centenas de empregos locais bem pagos" no país. Resposta do TikTok, divulgada no dia 6 de novembro, na íntegra: "Fechar os escritórios canadenses do TikTok e destruir centenas de empregos locais bem pagos não é do interesse de ninguém, e a ordem de fechamento de hoje fará exatamente isso. Nós contestaremos essa ordem no tribunal. A plataforma TikTok permanecerá disponível para que os criadores encontrem um público, explorem novos interesses e para que as empresas prosperem". Nos EUA, o cerco também está fechando para o TikTok Em maio, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou projeto de lei que pode resultar no banimento do TikTok do país. Segundo a medida, a empresa chinesa de tecnologia tem até meados de janeiro de 2025 para encontrar um comprador que seja de confiança dos EUA para tocar as operações do TikTok no país. Caso contrário, o Google e a Apple terão que remover o TikTok das suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. Veja mais: TikTok é processado por ‘promoção ao suicídio’ de adolescentes por 7 famílias na França Órgão ligado ao governo abre processo contra TikTok por suspeita de violação de dados de crianças e adolescentes O novo homem mais rico da China: quem é o fundador do TikTok Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? TikTok vai sair dos EUA? Influenciador se inspira em Doramas para vídeos no TikTok com milhões visualizações

G1

Tue, 12 Nov 2024 03:00:17 -0000 -


A morte por esfaqueamento de uma jovem húngara, assassinada logo após dar à luz, intriga a polícia há 15 anos. O holograma representa Betty Szabo, que foi assassinada em Amsterdã em 2009. Polícia holandesa via BBC Um holograma de uma jovem prostituta assombra o famoso red light district (distrito da luz vermelha) de Amsterdã, capital da Holanda. De calça jeans desbotada, sutiã com estampa de leopardo e uma tatuagem que serpenteia pela barriga e pelo peito, a imagem em 3D gerada por computador estende a mão e parece bater na vitrine para chamar a atenção. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ela se inclina para frente, respira no vidro, gerando condensação, e escreve a palavra help ("socorro"). O holograma foi criado para representar Bernadette "Betty" Szabo, uma húngara de 19 anos que foi assassinada poucos meses após dar à luz em 2009. Sua morte por esfaqueamento intriga a polícia há 15 anos. E, agora, detetives holandeses do departamento de casos arquivados não solucionados estão usando a tecnologia inovadora pela primeira vez em uma tentativa de desvendar o crime. A imagem da jovem assassinada está sendo projetada por trás de uma das vitrines do distrito da luz vermelha, ao lado de centenas de mulheres que continuam a ganhar a vida nesse setor notoriamente arriscado. Os investigadores esperam que o holograma realista ajude a refrescar a memória das pessoas — e chame a atenção para o assassinato não solucionado. Até agora, o assassino de Betty conseguiu escapar da Justiça, mas a detetive Anne Dreijer-Heemskerk, especializada em casos arquivados, está determinada a mudar isso. "Uma mulher jovem, de apenas 19 anos, teve a vida tirada de uma forma bastante terrível", diz ela. Szabo levava uma vida difícil, e sua história foi marcada por dificuldades e resiliência, de acordo com a detetive. O holograma de Betty Szabo escreve a palavra help ('socorro') no vidro. Robin van Lonkhuijsen/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Ela se mudou para Amsterdã aos 18 anos, e engravidou logo depois. Ela continuou a trabalhar durante a gestação, retornando ao trabalho logo após o nascimento do filho. Na madrugada de 19 de fevereiro de 2009, duas prostitutas foram conferir como a jovem mãe estava, durante um intervalo entre os clientes, porque perceberam que sua música habitual não estava tocando. Quando entraram em seu prostíbulo, um pequeno quarto com uma cama coberta de plástico, penteadeira e pia, encontraram o corpo de Betty Szabo. Ela foi assassinada três meses depois de dar à luz, vítima de um ataque selvagem com faca. O bebê foi colocado em um orfanato, e nunca vai conhecer a mãe — um fato que motiva os detetives. Embora a polícia tenha iniciado imediatamente uma investigação de homicídio, seu assassino nunca foi encontrado. Eles revisaram as imagens das câmeras de segurança, e interrogaram possíveis testemunhas. A maioria das pessoas que observam as mulheres com pouca roupa por trás das vitrines com luz de neon vermelho são turistas. A polícia suspeita que o autor do crime tenha vindo do exterior. Agora, eles estão fazendo um apelo às pessoas que podem ter visitado Amsterdã a puxar pela memória, oferecendo uma recompensa de 30 mil euros (R$ 186 mil) para incentivar testemunhas a se apresentarem. A maior parte das pessoas que observam as mulheres nas vitrines são turistas. Robin van Lonkhuijsen/EPA-EFE/REX/Shutterstock via BBC Enquanto Amsterdã estuda planos controversos de transferir seus famosos bordéis para uma "zona erótica" fora da cidade, o holograma de Betty Szabo oferece um lembrete pungente da vulnerabilidade das profissionais do sexo em uma área que, apesar de uma série de medidas de segurança, continua perigosa. As prostitutas manifestaram receio de que retirar as mulheres que vendem sexo da vista do público poderia expô-las a um perigo ainda maior. O fato de um crime tão violento poder ocorrer em uma das áreas noturnas mais movimentadas da Holanda sem que testemunhas se apresentassem continua a intrigar os investigadores. No histórico distrito da luz vermelha, onde Betty Szabo viveu e trabalhou, a presença digital da jovem prostituta lembra aos transeuntes que seu assassinato ainda não foi desvendado.

G1

Mon, 11 Nov 2024 13:42:37 -0000 -


Código de Defesa do Consumidor prevê garantia legal de 90 dias em caso de defeitos em produtos como smartphones, mas fabricantes podem ampliar esse prazo por conta própria. Além da garantia legal, fabricantes de celular também costumam oferecer garantia contratual, em que estendem período de assistência gratuita Pongsawat Pasom/Unsplash Falhas na fabricação de produtos como celulares e outros eletrônicos permitem acionar a garantia, em que o cliente não precisa pagar para resolver o problema. Mas qual é o prazo dessa garantia? O que ela cobre? E o que pode ser feito nesse tipo de situação? As regras aparecem no Código de Defesa do Consumidor, que prevê uma garantia legal em casos de defeitos. Para celulares (e outros produtos e serviços duráveis), a garantia legal é de 90 dias – para itens não duráveis, o prazo é de 30 dias. 📌 O que a garantia legal cobre? É possível usar a garantia de 90 dias se o produto estiver deteriorado, adulterado ou falsificado, bem como se for nocivo à saúde ou se estiver em desacordo com normas de fabricação, distribuição ou apresentação. São os chamados vícios no aparelho. 👉 No caso de "vícios aparentes ou de fácil constatação", a garantia começa a contar na entrega do produto ou no término da execução do serviço. Para vícios ocultos, ela só passa a valer quando o problema é identificado. "O vício oculto é exatamente quando não se percebe, quando não consegue constatar, verificar [logo após a compra]. Ele é silencioso até um determinado momento", explica o diretor de assuntos jurídicos do Procon-SP, Robson Campos. Se você identificar um defeito de fabricação no celular, acione os fornecedores (loja ou fabricante), que, inicialmente, devem tentar sanar o problema no prazo de 30 dias. Se isso não for possível, você tem o direito de decidir: 📱 substituir por um novo aparelho; 💵 devolver o aparelho e receber de volta todo o valor pago; 🤝 ou ficar com o aparelho e receber de volta parte do valor pago correspondente ao dano do aparelho, como acordado com o fabricante. E o prazo de garantia de 1 ano? Além da garantia legal de 90 dias, algumas fabricantes ampliam esse prazo por conta própria. É a chamada garantia contratual, que, para celulares, costuma ser de um ano. Esta garantia costuma seguir os moldes do que está previsto no Código de Defesa do Consumidor, mas é importante verificar documentos que a fabricante envia junto ao aparelho para entender o que ela abrange. Em geral, as empresas usam esses termos para informar o que a garantia contratual cobre e não cobre, além de orientações sobre o que fazer para acioná-la. "A partir do momento em que o fornecedor disponibiliza uma garantia contratual, essa que vem no manual junto do produto, tem que haver informações claras, detalhadas", diz Campos, do Procon-SP. Como funciona a garantia estendida? Antes da comprar ser finalizada, algumas lojas oferecem uma garantia estendida, que aumenta o período da assistência e as situações em que ela pode ser acionada. Esse tipo de serviço é oferecido em um contrato separado. "A garantia estendida não substitui a garantia legal e a garantia contratual. É um produto específico, em que há uma remuneração específica para o aparelho ter um reparo, uma rede de assistência", diz Campos. Posso me arrepender da compra? 👍 A lei prevê o direito de arrependimento, em que é possível devolver o produto e ter o dinheiro de volta até sete dias após a compra, mas isso só vale quando ela acontece fora do estabelecimento, como em compras feitas por internet ou pelo telefone. O que muda do iPhone 15 para o iPhone 16?

G1

Mon, 11 Nov 2024 08:03:28 -0000 -


Fontes indicam que novo governo pode favorecer contratos privados para acelerar a SpaceX em missões interplanetárias. Elon Musk pula no palco de comício de Donald Trump em Butler, na Pensilvânia, em 5 de outubro de 2024. AP Photo/Evan Vucci O sonho do bilionário Elon Musk de levar pessoas a Marte se tornará uma prioridade nacional sob o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. À agência Reuters, fontes disseram que haverá grandes mudanças para o programa lunar da Nasa e um impulso para a SpaceX, empresa aeroespacial de de Musk. O programa Artemis — que tem como objetivo usar o foguete Starship para testar missões à Lua antes de Marte — deverá se concentrar mais no planeta vermelho sob o comando de Trump e visar missões sem tripulação nesta década, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com a crescente agenda de política espacial do republicano. A Nasa sob o comando de Trump provavelmente favorecerá contratos espaciais de preço fixo que transfiram maior responsabilidade para as empresas privadas e reduzam os programas de orçamento excessivo que sobrecarregaram a Artemis. 👩🏻‍🚀 Quer viajar para o espaço? 'Passeio' para turistas custa a partir de R$ 1 milhão 🟠 Rumo a Marte: veja quais são os planos da SpaceX Musk, que dançou no palco em um comício de Trump usando uma camiseta com a frase "Ocupar Marte" em outubro, gastou US$ 119 milhões na candidatura de Trump à Casa Branca e elevou com sucesso a política espacial em um momento incomum da transição presidencial. Em setembro, Trump disse a repórteres que a Lua é uma "plataforma de lançamento" para seu objetivo final de chegar a Marte. Elon Musk (à esquerda), bilionário e dono da rede social X, e Donald Trump, futuro presidente dos Estados Unidos. David Swanson/Reuters/Alex Brandon/AP "No mínimo, vamos ter um plano mais realista para Marte, você verá Marte sendo definido como um objetivo", disse Doug Loverro, consultor do setor espacial que já liderou a unidade de exploração humana da Nasa durante o governo de Trump, que foi presidente dos EUA de 2017 a 2021. A SpaceX, Musk e a campanha de Trump não responderam aos pedidos de comentários. Uma porta-voz da Nasa disse que "não seria apropriado especular sobre quaisquer mudanças com o novo governo". Os planos ainda podem mudar, acrescentaram as fontes, à medida que a equipe de transição de Trump toma forma nas próximas semanas. Trump lançou o programa Artemis em 2019 durante seu primeiro mandato e foi uma das poucas iniciativas mantidas sob o governo do presidente Joe Biden. Os assessores espaciais do republicano querem renovar um programa que, segundo eles, definhou em sua ausência, disseram as fontes. Foguete da SpaceX pousa na base após impulsionar a nave Starship para seu segundo voo completo, neste domingo (13/10) SpaceX Musk, que também é proprietário da Tesla e da startup Neuralink, tem feito da redução da regulamentação governamental e da redução da burocracia outra base fundamental de seu apoio a Trump. Para o espaço, os desejos de desregulamentação de Musk provavelmente desencadearão mudanças na Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), cuja supervisão de lançamentos de foguetes privados frustrou Musk por retardar o desenvolvimento da Starship. Musk, cujas previsões às vezes se mostraram excessivamente ambiciosas, disse em setembro que a SpaceX pousará a Starship em Marte em 2026 e que uma missão tripulada virá em seguida, dentro de quatro anos. Trump disse em comícios que discutiu essas ideias com Musk. Como é a nave Starship? Tem 120 metros de altura (somando nave Starship e propulsor Super Heavy) e 9 metros de diâmetro. Poderá transportar até 100 pessoas. É projetada para ser reutilizável, assim como outras naves da SpaceX. Tem capacidade para transportar até 250 toneladas, se puder ser descartada após uma missão, e 150 toneladas, quando precisar ser reutilizada. A nave é dividida em dois segmentos: a cápsula (que carrega cargas e pessoas) e o foguete propulsor (na parte inferior). Confira: Veja detalhes da Starship g1 Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada Confira os melhores momentos do 2º voo completo da Starship, nave mais poderosa do mundo SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Sat, 09 Nov 2024 10:00:29 -0000 -


Aitana Lopez é uma influenciadora do Instagram que ganha milhares de dólares por mês, mas ela não existe. Aitana Lopez é a mais popular de uma nova onda de influenciadores gerados por inteligência artificial. Reprodução/Instagram - @fit_aitana Uma modelo e influenciadora chamada Aitana Lopez, gerada por inteligência artificial (IA), está ganhando milhares de dólares por mês em contratos com marcas e patrocínios para seus criadores baseados em Barcelona, na Espanha. Lançada há um ano, Aitana tem mais de 330 mil seguidores no Instagram, o que faz dela a mais popular de uma nova onda de influenciadores realistas criados por inteligência artificial. A jovem de vinte e poucos anos, de cabelo rosa, é apresentada como uma pessoa saudável apaixonada por fitness — e que tem um corpo perfeito no estilo 'hollywoodiano'. Miss IA, primeiro concurso de beleza de inteligência artificial, revela finalistas; entre elas, uma brasileira Mas os críticos estão preocupados com a mensagem que isso envia às meninas, especialmente porque Aitana está sendo patrocinada por marcas esportivas e de nutrição, mas ela não existe. Seus criadores são a agência The Clueless, que começou a fazer experimentos com inteligência artificial generativa, porque queria ter mais controle sobre os modelos que usava para campanhas publicitárias. A agência convidou a BBC para uma sessão de fotos de produção, na qual eles mostraram como criam imagens para o perfil do Instagram de Aitana, assim como vídeos curtos para seus Stories na plataforma. "Pretendemos sempre tentar fazer com que seja o mais parecido possível com o que um influenciador faria", explica Sofia Novales, da agência. A agência The Clueless tira fotos em uma locação para inserir Aitana posteriormente. Reprodução/BBC "Tiramos uma foto comigo na imagem, e temos que substituí-la por inteligência artificial, então temos que brincar um pouco com luzes e sombras para torná-la o mais real possível." De volta ao estúdio, os designers mostram como é fácil inserir Aitana nas paisagens. Com apenas alguns cliques, eles são capazes de apagar Sofia e, em seguida, solicitar ao gerador de imagens de inteligência artificial que adicione Aitana. Poucos segundos depois, o programa de computador apresenta cerca de uma dúzia de imagens de Aitana — em poses diferentes e com roupas diferentes. Sofia acredita que o sucesso de Aitana não se deve apenas às imagens realistas, mas também aos Stories e às legendas. Eles dão a impressão de que Aitana é uma influenciadora de verdade, com um estilo de vida glamouroso. Aitana faz posts patrocinados com produtos e serviços Reprodução/Instagram - @fit_aitana A agência não rotula rotineiramente as imagens individuais como criadas por inteligência artificial, mas a conta é classificada como uma criação de IA de acordo com as regras do Instagram. Há muitos outros influenciadores e modelos gerados por IA inundando o Instagram desde o início do boom da inteligência artificial generativa. Com apenas algumas frases de texto, os geradores de imagens de IA podem desenhar qualquer imagem que o usuário desejar. Muitas das modelos criadas por inteligência artificial que estão sendo geradas são diretamente voltadas para o público masculino, com imagens altamente sexualizadas de mulheres. Alguns críticos, como Danae Mercer, uma influenciadora americana do amor-próprio, advertem que as modelos transmitem uma mensagem errada para meninas e meninos. Há muitas outras modelos e influenciadoras criadas por inteligência artificial, incluindo @millasofiafin Reprodução/BBC "Vejo um grande problema com o surgimento de modelos e influenciadoras criadas por inteligência artificial", diz ela. "Acho que elas estão estabelecendo um padrão de beleza irrealista que está próximo o suficiente de ser real, de modo que muitas pessoas que as seguem não percebem que não são reais, especialmente adolescentes, meninas adolescentes." Os criadores de Aitana fizeram até anúncios publicitários para marcas esportivas e de nutrição com a modelo posando em academias. Perguntamos à agência se era eticamente errado ou não fingir que Aitana frequenta a academia e é cuidadosa com sua alimentação para ter um corpo esbelto. A agência The Clueless argumenta que esse tipo de conteúdo não é diferente da falsa perfeição vista em modelos e influenciadoras reais do Instagram que usam filtros ou retoques. "Você pode ver isso em toda parte na publicidade. Se você comparar Aitana com o resto dos influenciadores, ela tem a mesma aparência que os outros", diz Sofia Novales. Atualmente, a agência está fazendo experimentos com modelos com mais diversidade criadas por inteligência artificial, mas aparentemente elas não são tão populares entre os clientes ou seguidores. VEJA TAMBÉM: Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

G1

Fri, 08 Nov 2024 18:34:44 -0000 -


Presidente eleito já expressou ceticismo em relação a uma possível divisão da big tech. Google enfrenta processo nos EUA contra monopólio nas buscas Reuters Donald Trump deve reduzir parte das políticas antitruste adotadas durante o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, incluindo a tentativa da gestão anterior de desmembrar o Google, da Alphabet, por causa de seu domínio nas buscas online, afirmam especialistas. Espera-se que Trump dê continuidade aos processos contra grandes empresas de tecnologia, vários dos quais começaram em seu primeiro mandato, mas seu recente ceticismo em relação a uma possível divisão do Google destaca o poder que ele terá sobre como esses processos serão conduzidos. "Se você fizer isso, vai destruir a empresa? O que você pode fazer sem quebrá-la é garantir que seja mais justa", disse Trump em um evento em Chicago, em outubro. Atualmente, o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) dos EUA está conduzindo dois processos antimonopólio contra o Google -- um sobre buscas na plataforma e outro sobre tecnologia de publicidade, bem como um processo contra a Apple. A Comissão Federal de Comércio dos EUA está processando a Meta e a Amazon. O que Elon Musk pode ganhar com Trump na presidência? Google começou a ser julgado em setembro nos EUA; entenda o caso O DOJ apresentou uma série de possíveis soluções no caso do processo de busca, incluindo fazer com que o Google se desfaça de partes de seus negócios, como o navegador Chrome, e encerre os acordos que o tornam o mecanismo de busca padrão em dispositivos como o iPhone da Apple. Mas o julgamento sobre essas correções não ocorrerá até abril de 2025, com uma decisão final saindo provavelmente em agosto. Isso dá a Trump e ao DOJ tempo para mudar de rumo, se assim desejarem, disse William Kovacic, professor de direito da Universidade George Washington. "Ele certamente está em posição de controlar a disposição do DOJ para a fase de recursos", disse Kovacic, que presidiu a Comissão Federal de Comércio no governo do então presidente George W. Bush. Trump durante comício em 24 de outubro de 2024 Carlos Barria/Reuters É provável que Trump também recue em algumas políticas que irritaram negociadores durante o governo Biden, disseram os advogados. Uma delas é a relutância em fazer acordos com empresas que se fundem, o que antes era comum e permitia que as empresas resolvessem os problemas de concorrência que as agências levantavam sobre os acordos, tomando medidas como a venda de parte do negócio. A FTC e o DOJ provavelmente descartariam as diretrizes de análise de fusões elaboradas durante o governo Biden, disse Jon Dubrow, sócio do escritório de advocacia McDermott Will & Emery. "As diretrizes de fusões de 2023 eram muito hostis às fusões e aquisições", disse ele, ecoando uma opinião amplamente difundida em Wall Street. A proibição da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) sobre a maioria das cláusulas de não concorrência em contratos entre empregador e empregado pode ser mais vulnerável a uma ação judicial movida pela Câmara de Comércio dos EUA, se a FTC votar para não defendê-la. Cerca de 30 milhões de pessoas, ou 20% dos trabalhadores dos EUA, assinaram cláusulas de não concorrência, de acordo com a FTC. A agência está atualmente apelando de uma decisão judicial que bloqueou a regra. Mas essas ações para desmantelar o trabalho da presidente da FTC, Lina Khan, dependerão da confirmação de um substituto indicado por Trump para dar à comissão bipartidária de cinco membros uma maioria republicana. As iniciativas de Khan se concentraram no que ela considerava danos sociais causados pela consolidação corporativa sem controle, atraindo elogios tanto dos democratas quanto de alguns republicanos, incluindo o vice-presidente eleito JD Vance. Mas alguns membros das comunidades empresarial e jurídica criticaram sua abordagem por considerá-la muito agressiva. No entanto, não se espera que Trump reduza drasticamente a fiscalização antitruste. Um número semelhante de casos de fusões foi apresentado durante seu primeiro mandato e durante os dois primeiros anos do governo Biden, de acordo com uma análise do escritório de advocacia Sheppard Mullin. Como a vitória de Trump afeta o Brasil? Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes

G1

Fri, 08 Nov 2024 05:01:14 -0000 -


Aplicativo pode ficar mais rápido se você apagar algumas fotos, vídeos e mensagens; veja como fazer. Logo do WhatsApp REUTERS/Thomas White O seu WhatsApp tem travado constantemente? Isso acontece enquanto você digita ou escuta e grava um áudio? Esses problemas podem ser recorrentes em celulares que estão com armazenamento cheio ou quando o próprio aplicativo de mensagens está lotado de conversas ou mídias, como fotos e vídeos. Nesses casos, a melhor opção é fazer uma limpa no aplicativo. Veja como fazer isso: 🍎 iPhone (iOS) Primeiro, toque em "Configurações"; Depois, escolha a opção "Armazenamento e Dados"; Vá até o menu "Gerenciar armazenamento"; Toque em "Maior do que 5 MB" e selecione uma conversa específica; Escolha as mídias que deseja excluir e toque em "Apagar". 🤖 Android Primeiro, toque no ícone de "três pontinhos" no canto superior direito e selecione "Configurações"; Vá na opção "Armazenamento e dados"; Em seguida, escolha "Gerenciar armazenamento"; Toque em "Maior do que 5 MB" ou selecione uma conversa específica; Escolha as mídias que deseja apagar e toque em "Apagar". Além disso, você pode apagar conversas diretamente da tela inicial do seu WhatsApp. No iOS, basta selecionar um chat, tocar no nome da pessoa ou no número de telefone (no topo da tela) e rolar para baixo até encontrar a opção "Limpar Conversa". No Android, abra uma conversa e toque nos três pontinhos no topo da tela. Em seguida, toque em "Mais" e "Limpar conversa". Isso apagará todas as mensagens de texto, vídeos e fotos do celular. LEIA TAMBÉM: Como limitar quem pode te colocar em grupos no WhatsApp? WhatsApp vai permitir salvar contatos pelo computador; veja como fazer Meta AI: o que é e como usar a nova inteligência artificial do WhatsApp Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Google libera modo de voz em português no robô Gemini

G1

Fri, 08 Nov 2024 05:00:14 -0000 -


Com 2,2 metros de altura, o retrato de matemático inglês desenvolvido pelo robô ultra-realista Ai-Da, ultrapassou o preço estabelecido pela casa de leilões nesta quinta (7). Retrato do matemático inglês Alan Turing feito por robô Sotheby's Digital Art Sale/Reprodução Um retrato do matemático inglês Alan Turing se tornou nesta quinta-feira (7) a primeira obra de arte criada por um robô humanoide vendida em leilão, por US$ 1,08 milhão (R$ 6,15 milhões). Com 2,2 metros de altura, o retrato, intitulado "A.I. God", obra do robô ultra-realista Ai-Da, ultrapassou o preço estabelecido pela casa de leilões Sotheby's Digital Art Sale, de US$ 180 mil. Em uma primeira divulgação, a casa de leilões havia informado que o preço da obra foi de R$ 7,4 milhões. O valor foi corrigido pela empresa horas mais tarde. A venda "é um marco na história da arte moderna e contemporânea e reflete a interseção crescente entre a tecnologia de IA e o mercado de arte global", ressaltou a Sotheby's. "O valor-chave do meu trabalho é a sua capacidade de servir como catalisador do diálogo sobre as tecnologias emergentes", expressou o Ai-Da, por meio da inteligência artificial. "Um retrato do pioneiro Alan Turing convida o público a refletir sobre a natureza divina da IA e da informática, considerando as implicações éticas e sociais desses avanços", acrescentou. Com formato de mulher, o robô é um dos mais avançados do mundo, e foi projetado pelo especialista em arte moderna e contemporânea Aidan Meller. "Os maiores artistas da História celebraram e questionaram as mudanças sociais", disse ele. "Por se tratar de uma tecnologia, o robô Ai-Da é o artista perfeito para discutir o desenvolvimento atual da tecnologia e o seu legado." A máquina é capaz de gerar ideias por meio de conversas com membros do estúdio, e foi dela a sugestão de criar um retrato de Turing. Os membros do estúdio lhe perguntaram sobre o estilo, a cor, o conteúdo, tom e a textura que usaria. Depois, colocaram uma foto de Turing na frente das câmeras dos seus olhos e o robô produziu a pintura. Meller liderou a equipe que criou o Ai-Da com especialistas em inteligência artificial das universidades inglesas de Oxford e Birmingham. Segundo esse especialista em arte, Turing, que se tornou famoso como matemático, pioneiro da informática e criptógrafo durante a Segunda Guerra Mundial, havia expressado suas preocupações relacionadas ao uso da IA já na década de 1950. "Os tons apagados e os planos faciais quebrados" da obra parecem evocar "os problemas que Turing alertou que enfrentaríamos no gerenciamento da IA", comentou Meller. O trabalho do Ai-Da é "etéreo e perturbador", e "continua questionando aonde nos levará o poder da IA e a corrida global para aproveitar o seu potencial", acrescentou. Obra de arte digital é vendida por quase US$ 70 milhões; entenda o que é o NFT

G1

Fri, 08 Nov 2024 02:56:13 -0000 -


Bilionário doou seu dinheiro e tempo para a campanha do presidente eleito. O que ele espera em troca? Elon Musk, bilionário dono da Tesla e da rede social X, durante evento de apoio a Trump em outubro Evan Vucci/AP Elon Musk foi um dos maiores e mais conhecidos apoiadores de Donald Trump durante sua campanha bem-sucedida para voltar à Casa Branca. O bilionário, que declarou seu voto para o republicano em julho, formou o America PAC e financiou o grupo político pró-Trump com pelo menos US$ 118 milhões do próprio dinheiro, já teve um retorno de mais de US$ 20 bilhões em apenas um dia após a oficialização da vitória do republicano. Mas o que ele espera em troca? Na terça-feira (5), dia da eleição americana, ao fazer uma transmissão ao vivo direto de seu jatinho, a caminho da Flórida para participar da festa de apuração dada por Trump, Musk disse aos seguidores que a campanha presidencial de 2024 é apenas o começo de suas ambições políticas. "O America PAC vai continuar depois desta eleição e se preparar para as eleições de meio de mandato e quaisquer eleições intermediárias. Vai influenciar fortemente", afirmou. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Doadores ricos há muito tempo usam os bolsos gordos para moldar o cenário político, mas estrategistas republicanos ressaltam que Musk tem poder e apelo únicos. Além de sua imensa riqueza - a Bloomberg estima seu patrimônio líquido em mais de US$ 260 bilhões -, ele tem um enorme e engajado grupo de seguidores on-line e o controle de uma grande plataforma de mídia social. “Você tem o homem mais rico do mundo, que também é o dono do maior ou mais visível quadro de mensagens políticas on-line, que também é um dos mais proeminentes representantes do Partido Republicano. Nós vemos essas partes independentemente, mas é único vê-las se unirem em uma função”, destaca Tyler Brown, ex-diretor digital do Comitê Nacional Republicano, ao "The Washington Post". "Secretário de corte de custos" Publicamente, Trump e Musk já haviam anunciado que, em caso de vitória nas urnas, o bilionário deve trabalhar em uma comissão do governo. Recentemente, em entrevista à rede de TV Fox News, o ex-presidente contou que o papel do aliado no governo seria o de "secretário de corte de custos". No comício realizado pelo republicano no Madison Square Garden, em Nova York, dois dias antes da eleição, o empresário, inclusive, falou abertamente sobre os planos para fazer cortes no Orçamento do governo federal. "Vamos tirar o governo das suas costas e do seu bolso. Seu dinheiro está sendo desperdiçado e o Departamento de Eficiência Governamental vai consertar isso”, gabou-se, afirmando que os cortes chegariam aos US$ 2 trilhões - quantia muito maior do que os orçamentos dos Departamentos de Defesa, Educação e Segurança Interna juntos. O Departamento de Eficiência Governamental, já chamado de DOGE pelos apoiadores de Trump, seria um escritório governamental que Musk supervisionaria de fora do governo. A ideia é que ele use o mesmo bisturi que utilizou para fazer cortes no Twitter depois que comprou a empresa e a renomeou como X. Musk, inclusive, já começou a trabalhar com um copresidente da equipe de transição de Trump, Howard Lutnick, presidente-executivo da empresa de Wall Street Cantor Fitzgerald e um amigo de longa data de Trump. Lutnick, que apresentou Musk no comício de domingo, é amplamente visto como um potencial secretário do Tesouro de Trump e ponte do republicano com a comunidade empresarial. No X, ele postou foto com o bilionário e já falou sobre a parceria deles na comissão. “Você terá dois empreendedores muito agressivos trabalhando juntos nas respostas. Nada que Musk faz leva tempo. Howard é muito parecido, e eles já estão reunindo ideias”, acredita Newt Gingrich, um aliado de Trump que serviu como presidente da Câmara na década de 1990. Initial plugin text Apesar das declarações públicas, não está claro como tal agência funcionaria e como seria financiada. Um ex-funcionário do governo federal, que trabalhou com Trump durante seu primeiro mandato, afirma ao "The Washington Post" que não acredita que o republicano vá levar à frente esses planos de cortes tão grandes. Segundo ele, o Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca lutou para fazer Trump aprovar cortes de gastos em agências federais durante seu mandato presidencial. No entanto, ele frequentemente concordava, mas mudava de ideia após ser influenciado por um aliado político, um programa de TV ou um líder do Congresso. “A noção de que qualquer indivíduo - Elon Musk ou outro - terá autoridade para remodelar sozinho o governo federal é ingênua, na melhor das hipóteses. Ele está dizendo US$ 2 trilhões em cortes. Sob qual autoridade? Como? É impossível. Não vai acontecer”, diz Holtz-Eakin, presidente do American Action Forum. Conflito de interesses Outra questão complicada em relação à presença de Musk no governo Trump, apontam especialistas, é um enorme conflito de interesses, já que empresas dele - a SpaceX e a Tesla - são contratadas federais. A grande influência dele sob o novo presidente, não só o fará ganhar milhões de dólares a mais, como pode permitir que ele sugira ações que afetam as agências que regulam suas empresas nas indústrias espacial e automobilística. Elon Musk (à esquerda), bilionário e dono da rede social X, e Donald Trump, candidato republicano à presidência dos EUA. David Swanson/Reuters/Alex Brandon/AP Ainda de acordo com o "The New York Times", mesmo antes de Trump ser reeleito, o bilionário o procurou com um pedido para sua transição presidencial: que alguns funcionários da SpaceX fossem contratados como altos funcionários do governo, inclusive no Departamento de Defesa, um de seus maiores clientes. O vínculo da SpaceX com o governo atualmente é tão grande que autoridades do Pentágono estão preocupadas de estar dependendo demais da empresa para lançamentos de foguetes, de acordo com o jornal. Na Nasa, que também tem grandes contratos com a empresa, Musk pode pressionar para que a agência adote sua obsessão de longa data com viagens a Marte, no lugar de suas ambições atuais de retornar à Lua. "Ter um bom amigo na Casa Branca pode ser algo muito bom para a Tesla e a SpaceX. Você tem que se preocupar com decisões que não são as melhores para os contribuintes quando você tem esse tipo de relacionamento", disse Scott Amey, conselheiro geral do Project on Government Oversight, um grupo que monitora contratos federais, particularmente no Pentágono, ao "Times". Procurados, tanto pelo "The Washington Post" como pelo "The New York Times", o bilionário e executivos da SpaceX e da Tesla não responderam a pedidos de comentários. Um porta-voz da equipe de transição de Trump também não. LEIA TAMBÉM: O que Musk pode ganhar com Trump na presidência? Entenda por que dólar, juros futuros e bitcoin dispararam depois da vitória de Donald Trump Eleições dos EUA: efeitos da vitória de Trump afetam dólar, juros e criptomoedas

G1

Thu, 07 Nov 2024 16:19:03 -0000 -


Função de segurança, chama de U-Código, exige PIN dos passageiros em corridas com motoristas que ativarem o recurso no aplicativo. Motorista de aplicativo Uber Dan Gold/ Unsplash A Uber anunciou nesta quinta-feira (7) a expansão do recurso U-Código para os motoristas parceiros. A ferramenta de segurança exige que o passageiro forneça uma senha ao condutor antes do início da viagem — o PIN é gerado e exibido no aplicativo. Segundo a empresa, mesmo que o usuário não tenha o U-Código configurado em sua conta, ainda precisará informar o código ao motorista caso ele tenha o recurso habilitado. O uso do U-Código é opcional, permitindo que o motorista o ligue ou desligue a qualquer momento. A Uber disse que a novidade já estava em testes em algumas cidades do Brasil. "Além do nome e foto do motorista, a placa e o modelo do veículo, os usuários também podem ter mais tranquilidade ao checar o carro correto com a opção de U-Código ativada", completou. A empresa explica que os motoristas interessados em usar o U-Código podem ativar a função na "Central de Segurança" do aplicativo e, em seguida, tocar em "Verificação de U-Código". Já os usuários podem habilitar a ferramenta acessando "Conta", "Configurações", "Verifique sua Viagem" e, por fim, ativando "Use PIN para verificar viagens". O app também oferece a opção de utilizar o U-Código apenas durante o período noturno, entre 21h e 6h. Para isso, basta ativar essa configuração na mesma tela. LEIA TAMBÉM: Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos de propaganda sem autorização Após fechar escritório no Brasil, X anuncia vaga de gerente no país Inteligência artificial será uma das áreas de TI mais demandadas no Brasil em 2025 Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem' Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Thu, 07 Nov 2024 15:06:22 -0000 -


O governo australiano já havia manifestado neste ano sua intenção de restringir o acesso de menores às redes sociais, mas ainda não tinha estabelecido uma idade específica. Plataformas serão responsáveis por implementar essa restrição de idade e enfrentarão multas significativas caso não adotem a medida Christian Wiediger / Unsplash A Austrália proibirá por lei o acesso de menores de 16 anos às redes sociais, anunciou nesta quinta-feira (7) o primeiro-ministro Anthony Albanese, prometendo agir contra empresas de tecnologia que não protejam adequadamente os jovens usuários. Plataformas como Facebook, TikTok e Instagram serão responsáveis por implementar essa restrição de idade e enfrentarão multas significativas caso não adotem a medida, advertiu o líder de centro-esquerda. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O governo australiano já havia manifestado neste ano sua intenção de restringir o acesso de menores às redes sociais, mas ainda não tinha estabelecido uma idade específica. A futura lei "é para mães e pais. As redes sociais estão realmente prejudicando as crianças, e eu vou acabar com isso", declarou Albanese à imprensa. "A responsabilidade não será dos pais ou dos jovens. Não haverá sanções para os usuários", esclareceu. O projeto, que conta com o apoio dos dois principais partidos australianos, será apresentado esta semana aos líderes regionais e territoriais e será submetido ao Parlamento no final de novembro. Uma vez aprovada, as plataformas tecnológicas terão um ano para estudar como implementar a restrição. Albanese argumentou que os algoritmos dessas redes oferecem conteúdos perturbadores a crianças e adolescentes, que são altamente influenciáveis. "Recebo conteúdos no sistema que não quero ver. Imagine um jovem vulnerável de 14 anos", afirmou. "As meninas veem imagens de certos tipos de corpos que têm um impacto real", acrescentou. O primeiro-ministro explicou que estabeleceram a idade em 16 anos após uma série de verificações durante testes conduzidos pelo governo. Flórida restringe redes sociais para menores de 16 anos Batalha contra as redes sociais A iniciativa levanta dúvidas entre especialistas quanto à viabilidade prática de implementar uma restrição de idade tão rigorosa. "Já sabemos que os métodos atuais de verificação de idade não são confiáveis, muito fáceis de burlar ou comprometem a privacidade do usuário", comentou Toby Murray, pesquisador da Universidade de Melbourne. A Meta, empresa matriz do Facebook e do Instragram, afirmou que "respeitará qualquer limitação de idade que o governo pretenda adotar". Contudo, a diretora de segurança da empresa, Antigone Davis, advertiu que esse tipo de lei "corre o risco de nos fazer sentir melhor, como se estivéssemos adotando ações, mas os adolescentes e os pais não estarão em um lugar melhor". A rede social Snapchat recordou um comunicado da entidade patronal DIGI que alerta que a proibição poderia impedir o acesso dos adolescentes "a apoio de saúde mental". O projeto do governo prevê algumas exceções para plataformas como o YouTube, que estudantes podem precisar utilizar para deveres de casa ou outras razões. A Austrália está na vanguarda dos esforços globais para controlar os conteúdos nas redes sociais. O governo introduziu uma lei para "combater a desinformação" neste ano, que concede amplos poderes para multar gigantes da tecnologia que não cumpram suas obrigações de segurança online. O organismo regulador da internet na Austrália está em uma batalha contra a rede social X de Elon Musk, a qual acusa de não fazer o suficiente para remover conteúdo prejudicial.

G1

Thu, 07 Nov 2024 12:23:50 -0000 -


Brecha no app afeta até quem tem o aplicativo configurado para permitir somente que seus contatos conhecidos o adicionem a grupos. Após reportagem do g1, WhatsApp diz que vai resolver o problema. Números desconhecidos no WhatsApp adicionam usuários a grupos sem autorização Uma brecha no WhatsApp tem permitido que números desconhecidos adicionem usuários a grupos de propaganda, mesmo sem a sua autorização. O problema existe ao menos desde setembro, como indicam relatos nas redes sociais. A situação afeta até mesmo quem configurou o aplicativo para permitir a inclusão em grupos apenas por contatos conhecidos. As mensagens de spam só aparecem no WhatsApp Web, e não no aplicativo para celular. Não está claro por que o serviço está permitindo esse tipo de contato, que pode ser usado por golpistas. Ao ser adicionado nos grupos, que costumam aparecer com o título "Nome desconhecido", o usuário é impedido de interagir pois é excluído logo em seguida. "Você não pode enviar mensagens para o grupo porque não participa dele", diz o aviso. Em geral, as mensagens envolvem empresas de diferentes segmentos, como renegociação de dívidas, contratação de planos de saúde, loterias, transportadoras, lojas de suplementos e empresas de telefonia. Elas incluem ainda um número de telefone ou um link para um canal de atendimento. O g1 questionou o WhatsApp sobre a brecha, mas não tinha obtido uma resposta até a publicação da reportagem. Um dia depois, a empresa afirmou que "Isso parece ser uma tentativa de golpe em que uma mensagem aparece disfarçada de grupo". E que está implementando melhorias para endereçar e resolver esse problema. "Os usuários podem continuar ajustando suas configurações para que apenas os contatos possam adicioná-los aos grupos para obter uma camada adicional de privacidade", diz o WhatsApp. Spam no WhatsApp Web adiciona usuários a grupos mesmo sem autorização Reprodução O g1 também procurou empresas citadas nas mensagens mostradas na reportagem. A Porto Saúde disse que todos os contatos com clientes são realizados exclusivamente por canais oficiais da empresa. A Bradesco Saúde não retornou o contato até a última atualização da reportagem. A empresa Compare Planos de Saúde procurou o g1 para dizer que o nome da companhia tem sido usado indevidamente. Isso porque algumas mensagens desse tipo apresentam os remetentes como sendo funcionários de uma empresa com nome parecido: Compare e Economize Saúde. "Estão sendo tomadas todas as medidas administrativas e judiciais contra os envolvidos e responsabiliza-los, com o rigor da lei", diz a Compare Planos de Saúde. "A Compare Plano de Saúde não envia propaganda e posts indevidamente por canais do WhatsApp, infringindo totalmente o resguardo da LGPD (Lei Geral de Processamento de Dados)". Spam no WhatsApp Web adiciona usuários a grupos mesmo sem autorização Reprodução Como denunciar números e grupos desconhecidos Em tese, o recurso do WhatsApp que permite limitar quem pode te colocar em grupos deveria resolver a situação. Com a opção, seria possível escolher se todos ou apenas contatos podem te adicionar nesse tipo de conversa. Como ela não está funcionando totalmente, a melhor saída é denunciar o grupo ou o número para a plataforma. Veja abaixo como fazer: Na tela da conversa, clique nos três pontinhos (⋮); Clique "Mais" e, em seguida em "Denunciar"; Escolha se você quer apagar a conversa – esta opção fica ativada por padrão, por isso, considere tirar prints das mensagens antes de confirmar o bloqueio; Selecione "Denunciar"; Informe por que o número está sendo bloqueado, como "conteúdo indesejado" – se você não optar por bloquear o contato, esta tela não será exibida. Se o conteúdo for grave e incluir questões como ameaças à vida, também é recomendado fazer uma denúncia formal à polícia. Spam no WhatsApp Web adiciona usuários a grupos mesmo sem autorização Reprodução Como denunciar números desconhecidos no WhatsApp Arte/g1 Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Thu, 07 Nov 2024 05:00:18 -0000 -


Em fevereiro, em meio a ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF), a empresa comunicou o fechamento de sua filial no Brasil. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft A rede social X, do bilionário Elon Musk, indicou que pretende contratar um gerente de parcerias para o Brasil. A vaga foi publicada nesta quarta-feira (6), menos de três meses após a empresa anunciar o fechamento de seu escritório no país. Segundo a companhia, a pessoa contratada vai gerenciar o relacionamento do X com parceiros de conteúdo, que incluem empresas de mídia, ligas esportivas e criadores, além de criar pacotes de patrocínio para anunciantes em conjunto com esses parceiros para impulsionar a monetização da plataforma e outras funções. Inteligência artificial será uma das áreas de TI mais demandadas no Brasil em 2025; veja salários X anuncia vaga de gerente de parcerias no Brasil, menos de três meses após fechar escritório no país Reprodução/X Relembre: 'Foi totalmente inesperado', diz ex-funcionário do X Brasil, após fechamento do escritório no país Fechamento do escritório do X no Brasil O X afirmou no início de agosto que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tinha ameaçado multar e prender a responsável pelo escritório do X no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. Pouco depois, X anunciou o fechamento do escritório no Brasil. "Como resultado, para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato. O serviço X continua disponível para a população do Brasil", disse a empresa, na ocasião. O STF intimou a rede social, por meio de uma publicação no próprio X, e exigiu a determinação de um novo representante legal para a empresa. O X não cumpriu o que classificou como "ordens ilegais e secretas" de Moraes, e, em 30 de agosto, o ministro determinou o bloqueio da plataforma no país. Nesse período, a plataforma aceitou pagar R$ 28 milhões em multas, entregar os documentos pedidos por Moraes e indicar de volta a representante legal Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. O ministro liberou a volta da rede social no país em 8 de agosto, quase 40 dias após o bloqueio. O que Musk pode ganhar com Trump na presidência? Entenda a escalada de tensão entre Musk e Moraes, que pode derrubar o X no Brasil 5 perguntas para entender embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes A presença de Musk na campanha de Trump

G1

Wed, 06 Nov 2024 22:52:50 -0000 -


Após colocar seu nome, dinheiro e plataforma atrás de Trump, Musk tem muito a ganhar com a reeleição do republicano. Entenda. Elon Musk (à esquerda), bilionário e dono da rede social X, e Donald Trump, eleito presidente dos EUA. David Swanson/Reuters/Alex Brandon/AP O retorno de Donald Trump à Casa Branca também pode ser uma vitória para um de seus apoiadores mais vocais: Elon Musk. O homem mais rico do mundo passou a noite da eleição no resort de luxo de Trump, na Flórida, onde outros apoiadores também acompanhavam a apuração dos votos. De lá, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou vídeos e fotos nas redes sociais. "O povo da América deu a @realDonaldTrump um mandato cristalino para a mudança esta noite", escreveu Musk na sua rede social, o X (antigo Twitter), quando a vitória de Trump começou a parecer quase certa. E em seu discurso de vitória no Palm Beach Convention Center, Trump passou vários minutos elogiando Musk e contando o pouso bem-sucedido de um foguete fabricado por uma das empresas de Musk, a SpaceX. Musk deu seu apoio ao republicano quase imediatamente após a tentativa de assassinato de Trump em Butler, Pensilvânia, em julho. Como um dos apoiadores mais importantes do presidente eleito, o bilionário da tecnologia doou mais de US$ 119 milhões (R$ 20,6 milhões) para financiar um Super PAC (um comitê de ação política) com o objetivo de reeleger Trump. Ele também passou as últimas semanas antes do dia da eleição realizando um esforço para fazer as pessoas votarem nos Estados indecisos, que incluía uma doação diária de US$ 1 milhão aos eleitores. A doação se tornou objeto de uma contestação legal, mas um juiz decidiu que era procedente. Após colocar seu nome, dinheiro e plataforma atrás de Trump, Musk tem muito a ganhar com a reeleição do republicano. O presidente eleito disse que em um segundo mandato, ele convidaria Musk para sua administração para eliminar o desperdício de recursos públicos. Musk se referiu ao esforço potencial como o "Departamento de Eficiência Governamental", ou DOGE, o nome de um meme e criptomoeda que ele popularizou. O empresário também pode se beneficiar da presidência de Trump por meio de sua propriedade da SpaceX, que já domina o negócio de enviar satélites governamentais para o espaço. Com um aliado próximo na Casa Branca, Musk pode tentar capitalizar ainda mais esses laços governamentais. O empresário bilionário criticou rivais, incluindo a Boeing, pela estrutura de seus contratos governamentais, que ele diz desincentivar a conclusão de projetos dentro do orçamento e do prazo. A SpaceX também começou a construir satélites espiões no momento em que o Pentágono e as agências de espionagem americanas parecem prontas para investir bilhões de dólares neles. A fabricante de veículos elétricos de Musk, a Tesla, pode, enquanto isso, colher ganhos de uma administração que Trump disse que seria definida pela "menor carga regulatória". No mês passado, a agência dos EUA encarregada de regulamentar a segurança nas estradas revelou que estava investigando os sistemas de software de direção autônoma da Tesla. Musk também foi criticado por supostamente tentar impedir que os trabalhadores da Tesla se sindicalizassem. O sindicato United Auto Workers entrou com acusações de práticas trabalhistas injustas contra Trump e Musk depois que os dois falaram sobre Musk ter supostamente demitido trabalhadores em greve durante uma conversa no X. Trump também prometeu reduzir os impostos sobre as corporações e os ricos. Essa é outra promessa que Musk provavelmente espera ver cumprida. No Brasil, a plataforma X passou mais de um mês bloqueada em meio a uma queda de braço entre Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciada no ano passado. As tensões tiveram início quando o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, determinou a suspensão de contas de redes sociais de diversas pessoas ligadas aos protestos golpistas de janeiro de 2023 em Brasília. Outras empresas cumpriram a ordem, mas o X não. Musk não suspendeu as contas e ainda acusou o Supremo de censura, publicando provocações e ironias em sua rede social destinadas a Alexandre de Moraes. No fim, Musk deixou de publicar suas provocações e sua empresa voltou atrás na decisão de descumprir ordens judiciais dadas pela Justiça brasileira. Como a vitória de Trump afeta o Brasil?

G1

Wed, 06 Nov 2024 22:12:16 -0000 -


Fortuna de Trump chegou a crescer mais de 20% nesta quarta (6), chegando a US$ 7,2 bilhões, mas murchou. Já Musk, o homem mais rico do mundo, acumula um patrimônio de US$ 285,6 bilhões. Donald Trump e Elon Musk Reprodução Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), ganhou mais de US$ 227 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) nesta quarta-feira (6), segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista Forbes. A fortuna de Trump cresceu quase 4% no dia, mas chegou a saltar 20% em poucas horas, depois de sua vitória nas eleições americanas. Ao final do dia, o patrimônio de Trump passou de US$ 6 bilhões para US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 36,8 bilhões). Essa foi a consequência da alta dos preços das ações de sua empresa de rede social, a Truth Social. A empresa que Trump criou em 2022 para rivalizar com o antigo Twitter, após ser banido da plataforma, subiam quase 6% hoje. Entenda por que dólar, juros futuros e bitcoin dispararam depois da vitória de Donald Trump Eleições dos EUA: efeitos da vitória de Trump afetam dólar, juros e criptomoedas Já seu apoiador e homem mais rico do mundo, Elon Musk viu seu patrimônio crescer em US$ 20,9 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões). As ações da Tesla, sua montadora de veículos elétricos, subiram 14,7% no dia, na esteira da vitória de Trump. Musk, fundador da Tesla e da SpaceX ficou mais de 7,8% mais rico na manhã desta quarta-feira, com sua fortuna partindo de US$ 264,7 bilhões para US$ 285,6 bilhões. "As ações da Tesla estão crescendo [...] devido às relações privilegiadas de Elon Musk com Donald Trump" que "lhe deve muito", explica Andrea Tueni, analista de mercado do Saxobank, à AFP. LEIA MAIS Efeito Trump: dólar dispara, juros futuros dos EUA avançam e bitcoin bate recorde O que vitória de Trump significa para economia do Brasil De crítico a entusiasta: por que Donald Trump está obcecado por criptomoedas? Truth Social As ações da Truth Social já haviam começado a subir em outubro, devido ao aumento das expectativas de que Trump poderia ser eleito. No fim de setembro, a situação era completamente diferente. Os papéis da companhia viviam um período ruim e chegaram a despencar mais de 40%, por conta de resultados muito baixos apresentados nos balanços corporativos. É que, em agosto, a Truth Social mostrou uma receita de cerca de US$ 837 mil, um número considerado muito baixo para uma empresa com valor de mercado avaliado em aproximadamente US$ 4,7 bilhões. E a volta de Trump ao X naquele mês pesou ainda mais sobre as ações da companhia. Apoio de Musk Elon Musk, bilionário dono da Tesla e da rede social X, durante evento de apoio a Trump em outubro Evan Vucci/AP O bilionário Elon Musk, que também é dono do X, anunciou oficialmente o apoio a Trump em julho, horas depois de o ex-presidente sobreviver a uma tentativa de assassinato durante um comício em Butler, na Pensilvânia. Desde então, o empresário fez doações milionárias para a campanha do republicano e chegou a sortear US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) por dia para eleitores registrados na Pensilvânia, considerado um dos estados-chave para decidir a eleição presidencial americana. Mundo reage à eleição de Trump

G1

Wed, 06 Nov 2024 13:50:33 -0000 -


Com investimentos crescentes, trabalho com IA oferecerá salários de até R$ 20 mil no próximo ano; empresas de tecnologia, bancos e varejo serão as principais contratantes, diz consultoria. Camilly Alves, jovem de 20 anos que já trabalha com inteligência artificial. Rafael Leal/g1 Inteligência artificial será uma das áreas com maior demanda de contratações em TI no Brasil em 2025, segundo o Guia Salarial 2025 da consultoria Robert Half, divulgado nesta terça-feira (5) — veja todos os cargos e salários em alta na tabela abaixo. A demanda por profissionais especializados em IA continua alta, já que as empresas buscam aproveitar essa inovação para aprimorar processos, desenvolver novos produtos e tomar decisões importantes com base em dados, de acordo com a Robert Half. 'Ganho mais de R$ 20 mil': como é trabalhar com IA Como começar a trabalhar com IA? Veja dicas de brasileiros da área Além de IA, também aparecem como áreas aquecidas para 2025 os serviços de TI (suporte e operações), desenvolvimento web e redes. Salários O Guia Salarial revela que, em 2025, um profissional iniciante no cargo de especialista em inteligência artificial e machine learning (aprendizado de máquina) poderá ganhar, em média, R$ 16 mil por mês. Para profissionais de nível pleno e sênior, os salários médios podem chegar a R$ 18 mil e R$ 21 mil, respectivamente, segundo a consultoria. Embora o número de vagas tenha aumentado, o levantamento revela que as empresas ainda enfrentam dificuldades para encontrar profissionais com habilidades técnicas em IA, incluindo automação e aprendizado de máquina. "Após o boom do ChatGPT, todo o mercado se voltou para a IA. Abriu-se um 'hidrante para a gente beber água'. Tem um monte de possibilidade, mas poucas pessoas para trabalhar", disse Chris Faig, vice-presidente de tecnologia da Microsoft Brasil, em entrevista ao g1 em maio deste ano. ➡️Sobre a tabela: o levantamento divide a faixa salarial das profissões em três possibilidades, sendo a primeira ("salário inicial") para o candidato que é novo no trabalho ou ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, e a última ("salário final") para o profissional mais experiente, com especializações e certificações. Oportunidades em IA Segundo especialistas na área ouvidos pelo g1, o profissional de IA pode trabalhar em dois pilares: 🧠 Inteligência artificial preditiva (ou clássica): trata-se de uma inovação que já estava mais presente no cotidiano das pessoas. Ela está no reconhecimento facial do app de banco, em carros semiautônomos, drones, como assistente pessoal em alto-falantes inteligentes, na câmera do seu celular e na plataforma de streaming, quando recomenda um filme ou uma música. 🎨 Inteligência artificial generativa (ou GenAI): justamente a que deu origem ao ChatGPT. Além de conversar com o usuário, podendo tirar dúvidas gerais, essa IA cria conteúdos, imagens, vídeos e músicas. Hoje, além do ChatGPT, também estão disponíveis no mercado o Gemini (do Google), Copilot (Microsoft) e o Meta AI. ➡️ E onde eu posso trabalhar com IA? Em empresas de qualquer setor que estejam investindo na tecnologia: varejo, finanças, alimentos, bebidas, educação, finanças, comunicação, entre outras. Ainda segundo a Robert Half, os setores que irão liderar as contratações de profissionais de tecnologia no próximo ano são empresas de tecnologia, bancos, startups em geral e companhias de atacado e varejo. Saiba quais são as carreiras aquecidas em outras áreas Confira, abaixo, outros destaques de carreira em TI identificados pelo Guia Salarial 2025: Cargos mais demandados em tecnologia: 👨‍💼 Gerente de TI (generalista) 👩‍💻 Desenvolvedor(a) Back-end 🔐 Coordenador(a) de Segurança da Informação 📋 Gerente de Projetos Habilidades técnicas mais demandadas: 🤖 Inteligência Artificial 💻 Linguagens de Programação / Desenvolvimento Web ☁️ Computação em Nuvem 🕶️ Tecnologia Imersiva Habilidades comportamentais mais demandadas: 🌟 Liderança 💡 Inteligência Emocional 🎨 Pensamento Criativo 🔍 Pensamento Crítico LEIA TAMBÉM: Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais; veja como entrar Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Conheça o GPT-4o, novo modelo de IA usado pelo ChatGPT iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

G1

Wed, 06 Nov 2024 06:00:20 -0000 -


Companhia disse que suspendeu temporariamente parte dos sistemas de forma preventiva. Rede varejista Marisa foi alvo de ataque cibernético nesta terça-feira (5). Divulgação A Lojas Marisa informou nesta terça-feira (5) que sofreu um ataque cibernético do tipo "ransomware" que gerou indisponibilidade temporária em parte de seus sistemas. A companhia disse que tomou as medidas de segurança e controle apropriadas e suspendeu temporariamente parte dos sistemas de forma preventiva. "Esse período limitado não causou impactos significativos nas operações da companhia. Nossas lojas físicas estão funcionando normalmente", afirmou a empresa em comunicado. Lojas Marisa fica com site e aplicativo fora do ar após ataque cibernético Reprodução A Lojas Marisa acrescentou que está conduzindo uma avaliação completa do incidente para apurar sua extensão e a eventual necessidade de adoção de medidas adicionais. "Até o momento, a companhia atesta que a ameaça foi neutralizada sem maiores impactos a suas operações e sistemas", disse. Veja mais: Ransomware: entenda como o vírus é usado em extorsões e saiba como se proteger Empresas vítimas de ransomware precisam avisar sobre ataque? Quem investiga? Veja perguntas e respostas Sequestro digital: veja como agem as quadrilhas de ‘ransomware’ VÍDEO: Ransomware - entenda como vírus é usado em extorsões

G1

Tue, 05 Nov 2024 23:09:07 -0000 -


Equipamento promete revolucionar a exploração espacial com sustentabilidade e durabilidade. SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo O primeiro satélite de madeira do mundo, construído por pesquisadores japoneses, foi lançado ao espaço nesta terça-feira (5). Chamado de LignoSat, o satélite desenvolvido pela Universidade de Kyoto e pela construtora Sumitomo Forestry, foi lançado para a Estação Espacial Internacional em uma missão da SpaceX, do bilionário Elon Musk. Posteriormente, será lançado em órbita a cerca de 400 km acima da Terra. O plano de Brasil e China que pode 'furar' domínio da Starlink de Musk Nomeado em homenagem à palavra latina para "madeira", o LignoSat, do tamanho da palma da mão, tem a tarefa de demonstrar o potencial cósmico do material renovável na exploração do espaço. "Com madeira, um material que podemos produzir por nós mesmos, seremos capazes de construir casas, viver e trabalhar no espaço para sempre", disse Takao Doi, um astronauta que voou no ônibus espacial e estuda atividades espaciais humanas na Universidade de Kyoto. Takao Doi, ex-astronauta japonês e professor da Universidade de Kyoto com o satélite LignoSat, em foto de 25 de outubro de 2024 Reuters/Irene Wang Com um plano de 50 anos de plantar árvores e construir casas de madeira na Lua e em Marte, a equipe de Doi decidiu desenvolver um satélite de madeira certificado pela Nasa para provar que o material tem qualidade espacial. "Os aviões do início dos anos 1900 eram feitos de madeira", disse o professor de ciências florestais da Universidade de Kyoto, Koji Murata. "Um satélite de madeira também deve ser viável." A madeira é mais durável no espaço do que na Terra, porque não há água ou oxigênio que possam apodrecê-la ou inflamá-la, acrescentou Murata. 🪵 Cidade, faculdade e prédios de madeira: por que o material é visto como o futuro da construção Um satélite de madeira também minimiza o impacto ambiental no final de sua vida útil, dizem os pesquisadores. Satélites desativados devem reentrar na atmosfera para que não se tornem detritos espaciais. Os satélites convencionais de metal criam partículas de óxido de alumínio durante a reentrada, mas os de madeira simplesmente queimariam, com menos poluição, disse Doi. "Satélites de metal podem ser banidos no futuro", afirmou. "Se pudermos provar que nosso primeiro satélite de madeira funciona, queremos lançá-lo para a SpaceX de Elon Musk." LignoSat, primeiro satélite de madeira do mundo Reuters/Irene Wang SpaceX lança 1º satélite de madeira do mundo (imagem ilustrativa) Divulgação/Reuters Veja mais vídeos de Inovação: Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Implante cerebral é usado para controlar assistente virtual Alexa

G1

Tue, 05 Nov 2024 17:32:20 -0000 -


Os dois países negociam um memorando de entendimento sobre internet via satélite após ápice da crise entre Musk e autoridades no Brasil. Modelo de satélite de órbita baixa durante a 19ª Exposição Internacional da Indústria Automobilística de Xangai Getty Images via BBC Os governos do Brasil e da China preparam um plano que, se implementado, pode ajudar a diminuir a dominância que a empresa Starlink tem sobre o serviço de internet via satélite no Brasil. A Starlink pertence ao bilionário Elon Musk. O plano prevê o início das operações da empresa chinesa de satélites SpaceSail no Brasil, que pretende operar no mercado brasileiro hoje liderado pela Starklink. A informação foi confirmada à BBC News Brasil pelo secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Barros Tercius. A ideia, segundo Tercius, é que Brasil e China assinem memorandos de entendimento sobre o assunto durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao país, no dia 20 de novembro. Ainda não há prazo, no entanto, para que a companhia comece a operar no país. Procurada, a embaixada da China não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. A assinatura dos memorandos, se ocorrer, acontecerá pouco mais de dois meses depois do ápice da crise entre Musk e autoridades brasileiras, a qual culminou, em agosto, com a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil. A SpaceSail é uma empresa privada chinesa sediada em Xangai e atua no mercado de internet banda larga provido por satélites de órbita baixa. Atualmente, a companhia conta com 18 satélites, mas seus planos incluem o lançamento de até 15 mil até 2030. A título de comparação, estima-se que a Starlink tenha 6 mil. Conhecidos como LEO (Low Earth Orbit), estes satélites são menores e formam verdadeiras “constelações” ao redor da Terra. Eles ficam a uma distância de aproximadamente 549 km em relação à superfície terrestre, enquanto os convencionais ficariam a quase 1.000 km. Por estarem mais próximos, o tempo para a transmissão de dados é menor, o que permite uma internet mais rápida e confiável. No Brasil, a Starlink de Elon Musk é líder e detém 45,9% do mercado de internet via satélite, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mas o agravamento das tensões entre Musk e autoridades brasileiras levantou rumores sobre os eventuais impactos da dependência do país em relação à empresa do bilionário. Contatos em meio à crise com Musk No Brasil, a Starlink de Musk já é líder no mercado de internet via satélite Getty Images via BBC Os contatos entre a SpaceSail e o Brasil começaram oficialmente em meados de agosto. No dia 20 daquele mês, uma comitiva liderada pelo presidente da empresa, Jie Zheng, reuniu-se com representantes do governo brasileiro, entre eles o vice-presidente, Geraldo Alckmin. Os planos da empresa, apresentados à época, incluem entrar em operação no Brasil até 2025. Para isso, no entanto, a empresa precisa de autorizações junto à Anatel para que, entre outras coisas, a companhia possa construir a infraestrutura em solo que permita que o sinal dos seus satélites possam ser acessados no Brasil. A SpaceSail funcionaria de forma semelhante à Starlink e outros serviços de internet via satélite. O usuário precisaria instalar uma pequena antena para conseguir acessar a internet. Segundo Hermano Tercius, um dos memorandos de entendimento negociados entre Brasil e China prevê a colaboração técnica necessária para que serviços como o da SpaceSail possam entrar em funcionamento no país. “A gente está evoluindo nos textos e nas discussões pra gente ver se a gente assina [o memorando]. Assim, ficaria uma intenção mais concreta de colaboração, que ainda não é um compromisso. [O memorando] É uma intenção de colaborar com o que pode estar faltando para eles [SpaceSail] anteciparem [a entrada em operação]”, diz Tercius à BBC News Brasil. Ele esteve na China em outubro e se reuniu com representantes do governo chinês sobre o assunto. O secretário afirmou ainda que não está definido se o memorando vai envolver apenas os ministérios de comunicações dos dois países ou se a SpaceSail e a Telebras, estatal brasileira no setor de telecomunicações, também vão participar do documento. Uma possibilidade é que a Telebras, que já mantém contratos com o governo federal, possa utilizar os serviços da SpaceSail para fornecer internet de banda larga a escolas ou outras instalações de interesse do governo brasileiro. LEIA TAMBÉM Juiz nega bloqueio de sorteios de Musk com doações de US$ 1 milhão Musk é acusado de ter trabalhado irregularmente nos EUA na década de 1990 O casal que processou o Google e ganhou R$ 14 bilhões Tercius disse não saber se a crise envolvendo Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram influência nas negociações entre os dois governos. Segundo ele, a busca por novos fornecedores de internet via satélite é uma tentativa do Brasil de evitar a formação de "monopólios" no setor. "A gente procura, é lógico, evitar monopólios e ter essa competição para que saibamos quem presta o melhor serviço e quem oferece um custo melhor para que a população tenha mais acessibilidade a este tipo de serviço [...] Independentemente de como vai evoluir a situação da Starlink, a gente espera que haja maior quantidade de prestadores”, afirma o secretário. O secretário disse ainda que o governo brasileiro levou à China a proposta de que parte dos lançamentos dos satélites da constelação da SpaceSail sejam feitos a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. “O que a gente tentou foi ver com eles a possibilidade de, além deles prestarem serviço ao Brasil, eles possam usar nossa base lançamento de foguetes para lançar os satélites daqui [...] vai ser bom para eles porque pode agilizar o cronograma de funcionamento deles, e para nós também é bom porque daria um melhor uso à base de Alcântara”, diz Tercius. Segundo ele, outro memorando de entendimento que está sendo negociado com a China é sobre a construção de um satélite geoestacionário para atender o Brasil. De acordo com o secretário, ainda não há definição sobre se este novo satélite atenderia apenas às necessidades de comunicação ou se também poderia ser usado nos sistemas de defesa brasileiro. Tensão e domínio O ápice da crise entre Musk e as autoridades brasileiras aconteceu no dia 30 de agosto, quando o STF decidiu suspender as operações do X (antigo Twitter, que Musk comprou em 2022). A suspensão do X no Brasil foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes após a plataforma fechar seu escritório no Brasil, ficar sem representante legal no país e se recusar a cumprir determinações da Corte relacionadas a inquéritos que investigam milícias digitais. Musk reagiu às decisões do STF e fez diversas críticas diretas a Moraes. Segundo o bilionário, as decisões seriam um atentado à liberdade de expressão. A crise, porém, espirrou em outro negócio de Musk: a rede de satélites de órbita baixa Starlink. O STF chegou a determinar o bloqueio das contas da empresa no Brasil depois que o X deixou de pagar multas aplicadas pela Corte. Em 8 de outubro, o STF autorizou o retorno do funcionamento do X no Brasil após a empresa, segundo a Corte, atender às exigências feitas pelo tribunal. A escalada da crise em direção à Starlink, no entanto, levou a rumores de que a empresa poderia ter seu funcionamento suspenso no Brasil, a exemplo do que aconteceu com o X. E isso deixou setores da economia e até militares preocupados. A Starlink é um braço da SpaceX, a companhia de exploração espacial de Elon Musk. A empresa fornece serviços de internet por meio de uma enorme rede de satélites. No Brasil, ela é frequentemente utilizada por pessoas e instituições que vivem em áreas remotas, onde não há infraestrutura local como cabos e postes — caso de boa parte da Amazônia. Especialistas no assunto afirmam que a empresa tem hoje a maior constelação de satélites operando no mundo e que é capaz de atender a pelo menos 37 países. No Brasil, a ascensão da empresa no mercado foi meteórica. Em janeiro de 2023, segundo a Anatel, a Starlink era a quinta principal provedora do mercado e responsável por 4,7% do mercado de internet via satélite. Um ano e meio depois, em julho deste ano, a empresa já havia assumido a liderança com 45,9% de participação no mercado. Atualmente, além de fornecer internet de banda larga para pessoas físicas em áreas isoladas, ela também fornece conexão para embarcações da Marinha, instalações militares do Exército e para plataformas e navios da Petrobras. Apesar de Hermano Tercius dizer que não sabe se a crise entre Musk e as autoridades brasileiras influenciaram na decisão do governo de buscar novos fornecedores de internet via satélite, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o bilionário não é visto com bons olhos. Ao longo das eleições presidenciais de 2022, Musk declarou apoio ao então presidente Jair Bolsonaro (PL). Em meio à crise com o STF, ele acusou o ministro Alexandre de Moraes de ter interferido no resultado das eleições vencidas por Lula. Em agosto, Lula disse que Musk precisava respeitar as leis brasileiras e que o Brasil não poderia ter “complexo de vira-latas”. “Ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte Brasileira. Se quiser bem, se não quiser, paciência. Se não for assim, esse país nunca será soberano, esse país não é um país que tem uma sociedade com complexo de vira-lata. Porque o cara americano gritou e a gente fica com medo. Não! Esse cara tem que aceitar as regras desse país”, disse Lula em entrevista à Rádio MaisPB, da Paraíba. Para o diretor de tecnologia da empresa Sage Networks, Thiago Ayub, a liderança da Starlink se deve à qualidade do serviço oferecido em comparação com seus atuais competidores. “Essa dominância da Starlink se revela nos indicadores que observamos esse ano, como a de 90% das cidades da Amazônia contendo clientes do serviço ou da preocupação revelada pelas Forças Armadas do Brasil diante de uma possível suspensão do serviço diante do atrito entre a empresa e o STF”, diz Ayub. Ele avalia, porém, que ampliar o número de fornecedores de internet via satélite pode ser bom para o país. “Ter múltiplos fornecedores do mesmo produto é um indicador de saúde de qualquer mercado, mas nesse em especial, por ser estratégico, é essencial que o Brasil consiga atrair outros competidores da Starlink na categoria LEO para atender tanto o setor público como o privado”, afirma. Do ponto de vista chinês, obter novos mercados para este setor é uma das prioridades do governo. Em 2020, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, um dos órgãos executivos mais importantes do país, elencou a criação de uma nova infraestrutura de internet via satélite como um dos principais objetivos do país no curto e médio prazos. A presença de Musk na campanha de Trump

G1

Tue, 05 Nov 2024 00:02:22 -0000 -


Iniciativa destaca as consequências negativas da exploração desordenada, como roubo de cabos, pirataria, poluição visual e riscos à segurança. E pede urgência na aprovação de regras pela Aneel. Em setembro de 2023, o governo lançou programa para organizar emaranhado de fios nos postes Globo A Federação Nacional de Call Center, Provedores, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática (Feninfra) lançou nesta segunda-feira (4) uma campanha para conscientizar sobre a importância da regulamentação e fiscalização do uso compartilhado dos postes de energia elétrica. A iniciativa destaca as consequências negativas da exploração desordenada dessas estruturas, como o roubo de cabos, pirataria, interrupções nos serviços, impacto visual urbano e riscos à segurança. A campanha também defende a criação da uma figura responsável pela gestão e fiscalização dos postes. E reforça a urgência de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprove essa regulamentação (saiba mais ao fim da reportagem). “É preciso eliminar os fios das ligações irregulares, promovidas por empresas fantasmas, que têm atuado livremente diante da falta de regulamentação e fiscalização”, afirma Vivien Mello Suruagy, presidente da Feninfra. “No cenário atual, as prestadoras de serviços idôneas não conseguem trabalhar de modo adequado devido à sobrecarga de cabos nos postes e à precariedade das instalações", completa. Para a federação, a regulamentação e a boa gestão dos postes poderiam melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações e energia, aumentando a segurança para trabalhadores e consumidores, e reduzir os impactos urbanos, como poluição visual e acidentes. O papel das agências O assunto está em discussão desde 2018. Em junho deste ano, o decreto presidencial 12.068/2024 determinou a cessão de postes pelas distribuidoras de energia elétrica a terceiros, que deveriam promover o compartilhamento das estruturas com o setor de telecomunicações. Mas cabe à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e à Aneel decidir sobre a regulamentação. Ainda em 2023, a Anatel já havia aprovado a norma, incluindo a criação de uma entidade independente para gerir e, principalmente, fiscalizar o uso dos postes. A Aneel, no entanto, adiou a decisão. Um relatório da Anatel, de 2020, estima que havia 10 milhões de postes em situação crítica que precisavam ser tratados como prioridade para ordenamento. A agência também previa que seriam necessários cerca de oito anos para regularizar os 46 milhões de postes do país — isso num ritmo de ordenamento de 3% da infraestrutura a cada ano, com um esforço maior nos três primeiros anos.

G1

Mon, 04 Nov 2024 22:07:01 -0000 -


Famílias acusam a rede social de expor crianças a inúmeros vídeos que promovem suicídio, automutilação e distúrbios alimentares; entenda o caso. Famílias acusam o algoritmo do TikTok de expor seus filhos a conteúdos que os colocam em risco de vida. Dado Ruvic/Illustration/REUTERS Um grupo de sete famílias francesas anunciou, nesta segunda-feira (4), que vai processar a rede social chinesa TikTok no tribunal em Créteil, região metropolitana de Paris, na França. Os pais de sete adolescentes criaram o coletivo Algos Victima através do qual acusam o algoritmo da rede social de expor seus filhos a conteúdos que os colocam em risco de vida. Trata-se do primeiro caso do tipo na Europa. A advogada representante do coletivo Algos Victima, Laure Boutron-Marmion, informou estar levando uma das redes sociais mais poderosas do mundo ao tribunal. Veja mais: Órgão ligado ao governo abre processo contra TikTok por suspeita de violação de dados de crianças e adolescentes As sete famílias francesas acusam o TikTok de expor crianças a inúmeros vídeos que promovem suicídio, automutilação e distúrbios alimentares. Com a ação civil, as famílias pretendem que o tribunal de Créteil reconheça que o TikTok cometeu uma falha ao permitir a circulação desse tipo de conteúdo em sua plataforma. O caso diz respeito a sete meninas adolescentes. O objetivo é obter o reconhecimento da responsabilidade da rede social na deterioração da saúde física e mental dessas crianças. Duas delas tiraram as próprias vidas quando tinham 15 anos. Quatro das sete adolescentes tentaram tirar a própria vida, e uma sofria de anorexia. Os pais de uma delas, Marie, registraram uma queixa criminal no ano passado.   Mais de 1,2 bilhão de usuários em todo o mundo  As famílias também querem que a rede social regule os vídeos de forma mais eficaz, para que os menores não sejam mais bombardeados, quando estiverem em uma situação ruim, com conteúdo que possa incentivar o suicídio.  O estatuto da plataforma, usada por mais de 21 milhões de usuários na França (e mais de 1,2 bilhão em todo o mundo), afirma que a rede está comprometida em “proporcionar um ambiente seguro e atencioso”.  “Estamos comprometidos em fornecer aos adolescentes e às famílias ferramentas e recursos para ajudar a todos em sua jornada para o bem-estar digital”. E, finalmente, “o TikTok é um aplicativo móvel para vídeos curtos. É um espaço para conteúdo divertido e positivo”, segundo pronunciamento da rede.  No entanto, todas as famílias explicam a mesma coisa: depois de assistir a conteúdo relacionado a autoimagem ou dieta, seus filhos rapidamente se depararam com muito conteúdo violento, alguns promovendo automutilação, suicídio ou distúrbios alimentares.  A 'espiral descendente' do algoritmo  Delphine, a mãe de Charlize, explicou à reportagem da FraceInfo, portal de notícias da França, que sua filha, vítima de assédio, procurou refúgio no TikTok. A jovem ficou viciada e buscou conteúdo relacionado a seus problemas, o que a levou a uma 'espiral descendente'.  “O algoritmo percebeu o estilo de pesquisa da minha filha e sugeriu outros conteúdos, cada vez piores, sobre depressão e escoriações. O TikTok amplificou seu desconforto, inundando-a com conteúdo que os adolescentes de sua idade nunca deveriam ver”, acusa a mãe da adolescente. O pai de Charlize, Jérémy, acrescentou: “A imagem que eu tinha do TikTok era de vídeos de dança ou tutoriais de maquiagem, mas em nenhum momento pensei que haveria vídeos explicando como desmontar uma lâmina de um apontador de lápis para fazer escoriações. Isso parecia inconcebível para mim”.  As sete famílias, representadas por Laure Boutron-Marmion, acreditam que o TikTok cometeu um crime grave ao não moderar o conteúdo relacionado a suicídio, automutilação e distúrbios alimentares. Eles também acusam a plataforma de negligência por não criar um sistema de moderação eficaz para evitar que menores de idade sejam expostos a esse tipo de conteúdo. Esses pais também não entendem por que o TikTok não avisa os usuários sobre a natureza viciante de seu aplicativo. De acordo com suas famílias, as adolescentes caíram na armadilha do aplicativo e de seu poderoso algoritmo.  Os vídeos alimentaram seu mal-estar, segundo os pais, e levaram a uma deterioração de sua saúde mental e física.  Veja mais: 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm contas em redes sociais, diz pesquisa Saiba quando vale a pena trocar a bateria do celular 'Conta de adolescente': menores de 16 anos vão precisar de autorização dos pais para alterar configurações no Instagram a partir de 2025 O que acontece quando adolescentes abrem mão de seus smartphones Influenciador se inspira em Doramas para vídeos no TikTok com milhões visualizações Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Mon, 04 Nov 2024 20:19:33 -0000 -


Opções partem de R$ 9,90/mês, no pacote anual, em preço promocional que vale até 2 de dezembro. Veja todas os planos e valores. Cena da série Arcanjo renegado, que terá a terceira temporada no Globoplay Globo O Globoplay lançou novos planos de assinaturas nesta segunda-feira (4), com preços promocionais partindo de R$ 9,90/mês, válidos até o próximo dia 2 de dezembro. Veja abaixo todas as opções. O mês de novembro também será marcado por diversas estreias na plataforma, como a terceira temporada de Arcanjo Renegado, a série documental Belo, Perto Demais da Luz — sobre a vida do cantor Belo — e o programa 50 & Uns, com Angélica. Veja os novos planos do Globoplay: Gratuito: acesso logado ao sinal ao vivo e "on demand" de alguns conteúdos da TV Globo. Padrão com Anúncios: valor promocional de lançamento, até 02/12: R$ 9,90/mês (plano anual); depois, R$ 14,90/mês (plano anual) e R$ 22,90/mês (plano mensal) Padrão: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 14,90/mês (plano anual); depois, R$ 22,90/mês (plano anual) e R$ 32,90/mês (plano mensal) Premium: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 29,90/mês (plano anual); depois, R$ 39,90/mês (plano anual) e R$ 54,90/mês (plano mensal) Padrão com anúncios + Telecine: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 19,80/mês (plano anual); depois, R$ 29,90/mês (plano anual) 47,90/mês (plano mensal) Padrão + Telecine: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 24,80/mês (plano anual); depois, R$ 37,90/mês (plano anual) 57,90/mês (plano mensal) Padrão com anúncios + Premiere: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 26,90/mês (plano anual); depois, R$ 36,90/mês (plano anual) 64,90/mês (plano mensal) Padrão + Premiere: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 31,90/mês (plano anual); depois, R$ 44,90/mês (plano anual) 74,90/mês (plano mensal) Premium + Premiere: valor promocional de lançamento até 02/12: R$ 46,90/mês (plano anual); R$ 59,90/mês (plano anual) 89,90/mês (plano mensal) Padrão com anúncio + Combate: R$ 57,80/mês (plano mensal) Padrão + Combate: R$ 67,80/mês (plano mensal) Premium + Combate: R$ 89,90/mês (plano mensal) O plano Padrão com Anúncios dá acesso a todo o catálogo de Originais Globoplay, de novelas e séries da TV Globo, e ao conteúdo licenciado internacional, além do sinal ao vivo da Globo. No plano Padrão, o assinante terá acesso à mesma oferta, sem anúncios. O plano Premium dá acesso total aos 27 canais pagos da Globo, como o Sportv, Multishow, GloboNews, GNT e Gloob. "Temos a nosso favor toda a força do ecossistema da Globo, que nos permite oferecer planos sob medida para vários perfis de usuários. Reestruturamos os planos e estamos com os preços mais competitivos do mercado brasileiro neste primeiro mês de lançamento”, afirma Julia Rueff, diretora do Globoplay. DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes

G1

Mon, 04 Nov 2024 18:04:02 -0000 -


Funcionalidade foi anunciada em evento em São Paulo, com presença do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Marcelo Casagrande / Agencia RBS O Google anunciou nesta segunda-feira (5) o lançamento do pagamento com PIX por aproximação para clientes de sua carteira digital. Ou seja, o cliente poderá pagar sua conta aproximando o celular de uma máquina de cartão. O evento de lançamento aconteceu na sede da empresa, em São Paulo, com a presença do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto. O PIX por aproximação estaria disponível em todo o país somente a partir de fevereiro de 2025, mas a funcionalidade tem sido antecipada por alguns bancos e financeiras. “Fizemos uma pesquisa perguntando para as pessoas o que elas achavam do PIX, por que que elas usavam. Muita gente ainda não usa o PIX porque tem preguiça de entrar no aplicativo e digitar um número. Muita gente diz que usa o cartão de crédito porque o cartão de crédito você pode só aproximar”, disse Campos Neto. “Se eu não me engano, 30% das pessoas que não usavam PIX no dia a dia, e usavam mais cartão, disseram que era porque era mais simples só aproximar o cartão. Então, agora a gente tem a possibilidade de aproximar.” Com o novo percurso, o pagamento por PIX por aproximação se iguala ao sistema de aproximação já usado em cartões de crédito: O comprador avisa ao lojista que deseja pagar por meio do PIX por aproximação; O lojista seleciona o pagamento por PIX na maquininha; O comprador habilita o pagamento por reconhecimento facial ou senha; O comprador encosta o celular, confere o valor e confirma a transação. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, fala com Fábio Coelho, presidente do Google Brasil Divulgação/Google A função está disponível para clientes de bancos que conseguem vincular suas contas à carteira digital do Google. São eles: C6 Bank, PicPay e, agora, do Itaú Unibanco. O PicPay já libera a partir desta segunda o uso do PIX por aproximação. “A liberação aos clientes será feita em fases. A maquininha própria do PicPay também é a primeira do mercado habilitada a transacionar com o novo método — uma parte dos aparelhos já começou a aceitar, e todas estarão aptas até o fim deste mês”, diz o banco. Também nesta segunda-feira, o Itaú Unibanco anunciou que suas maquininhas da Rede passarão a aceitar o pagamento por PIX por aproximação. Os clientes pessoa física que tenham conta da carteira digital do Google também poderão usar a função em breve. “A funcionalidade está sendo disponibilizada em fases e, em algumas semanas, todos os clientes Itaú Unibanco poderão cadastrar sua conta Itaú na wallet para pagar apenas aproximando o celular, sem a necessidade de abrir o superapp do banco no momento da compra”, diz o banco.  O presidente do BC já havia adiantado o lançamento na semana passada. "Agora, nesta semana, vamos ter um evento com o Google para lançar o pagamento por aproximação do PIX. Da mesma forma que você tem hoje no Google Wallet, onde encosta o cartão de crédito e paga, você vai poder fazer isso com o PIX a partir da próxima semana", disse Campos Neto na última terça (29). Também na semana passada, passou a funcionar o PIX Agendado Recorrente, modalidade que permite que qualquer pessoa agende pagamentos de mesmo valor de forma recorrente, para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês. O pagamento para outros profissionais autônomos, que recebam como pessoa física ou por meio de CNPJ, também pode ser cadastrado no agendamento recorrente do PIX, como terapeuta, diarista, personal trainer e professor de música, por exemplo. O que é o PIX Agendado Recorrente e como funciona a nova modalidade Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, fala com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Divulgação/Google Banco do Brasil já lançou Em outubro, o Banco do Brasil havia anunciado a funcionalidade de PIX por Aproximação para parte dos seus correntistas, como um piloto — ou seja, um teste antes de ser liberado para o público geral. Esse grupo poderá testar o modelo em estabelecimentos comerciais previamente habilitados em Brasília (DF) e em São Paulo (SP). A expectativa da instituição é que o PIX por aproximação seja liberado para todos os clientes já em novembro deste ano. O sistema instaurado pelo banco, contudo, não tem integração imediata com as carteiras digitais. O cliente precisa abrir o app do banco e seguir o percurso. Para as compras de até R$ 200, o cliente deverá: 💳 conferir o valor da compra na maquininha 📱 abrir o aplicativo do banco 🛜 clicar em "PIX por aproximação" 👤realizar a autenticação biométrica ou digitar a senha de login do app Já para as compras acima de R$ 200, além desse mesmo passo a passo, o cliente precisará, também, digitar a senha transacional da conta. PIX terá novas regras a partir deste 1º de novembro; veja o que muda

G1

Mon, 04 Nov 2024 17:37:58 -0000 -


Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que empresa desative o feed sem cadastro, ou seja, que pessoas consigam ver o conteúdo da rede social sem login. Plataforma também terá que reforçar mecanismos de verificação de idade para proteger dados de menores. Órgão ligado ao governo abre processo contra TikTok por suspeita de violação de dados de crianças e adolescentes Reuters/Dado Ruvic A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) anunciou nesta segunda-feira (4) a abertura de um inquérito para investigar o possível tratamento irregular de dados pessoais de crianças e adolescentes pelo TikTok no Brasil. O órgão, que é ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, ainda determinou algumas exigências que a rede social deve cumprir. Entre elas está a desativação do acesso ao feed do TikTok sem cadastro — essa modificação deve ser feita em até 10 dias. ➡️ Entenda: atualmente, qualquer pessoa sem conta na rede social pode visualizar os conteúdos publicados, mas não pode interagir, como curtir ou comentar. A ANPD ainda deu um prazo de 20 dias para o TikTok apresentar um plano para aprimorar seus mecanismos de verificação de idade. Saiba mais: TikTok é processado por ‘promoção ao suicídio’ de adolescentes por 7 famílias na França Ao g1, o TikTok disse que está trabalhando proativamente para aplicar nossas políticas, incluindo a remoção de contas que não atendem ao requisito mínimo de idade (veja na íntegra). Segundo a ANPD, a equipe técnica identificou indícios de violações à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com possíveis impactos especialmente na proteção de menores de idade. "Foram constatados indícios de irregularidades relativas à fragilidade dos mecanismos de verificação de idade, aliado a tratamento irregular de dados, o que pode configurar descumprimento do artigo 14 da LGPD", disse a ANPD em nota. O artigo 14 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que o tratamento de dados de crianças seja feito com o consentimento de pelo menos um dos pais ou responsável legal. A lei também determina que os responsáveis pelo tratamento, neste caso o TikTok, mantenham informações públicas sobre os tipos de dados coletados, sua utilização e os procedimentos para que os titulares possam exercer seus direitos conforme o artigo 18 da LGPD. O processo da ANPD vai investigar possíveis práticas do TikTok, incluindo: a coleta de dados pessoais de crianças e adolescentes sem verificação de idade e sem cadastro na plataforma; a "fragilidade" das tecnologias de verificação de idade para menores que acessam a rede social; e o uso desses dados para "personalização de conteúdo" no feed de usuários sem cadastro. Outros países debatem o tema, diz órgão Em coletiva de imprensa nesta segunda, a ANPD confirmou que o feed sem cadastro vem sendo debatido ou já está desabilitado em países como França, Itália, Irlanda, Reino Unido e Estados Unidos. Em nota técnica, o órgão afirma que há um movimento crescente nesses países para pressionar o TikTok a adotar ferramentas mais rígidas de verificação de idade. "A elevada presença de crianças na plataforma, amplamente reconhecida por reportagens e pesquisas em diversas nações, coloca o TikTok e suas práticas de tratamento de dados pessoais no centro dessas discussões em várias jurisdições", diz a nota técnica divulgada pela ANPD. Veja o posicionamento do TikTok na íntegra: "O TikTok tem um firme compromisso com a segurança e a privacidade de nossa comunidade, especialmente dos jovens que criam, descobrem e aprendem em nossa plataforma. Somos uma plataforma para pessoas a partir de 13 anos e trabalhamos proativamente para aplicar nossas políticas, incluindo a remoção contínua de contas que não atendem ao requisito mínimo de idade. O aprimoramento dos mecanismos de controle etário é um desafio em toda a indústria, e continuaremos a fortalecer nossa abordagem, colaborando com a ANPD -- e com parceiros da indústria e da sociedade civil para encontrar outras soluções". LEIA TAMBÉM: Como limpar o teclado do notebook e do computador Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em 20 anos, diz pesquisa Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Mon, 04 Nov 2024 14:36:30 -0000 -


Fabricantes indicam o uso de materiais simples para realizar a faxina – apenas ar comprimido e uma microfibra umedecida com álcool isopropílico, se precisar. Veja como fazer. Detalhe do teclado de um notebook Fernando Arcos/Pexels Quem fica o dia inteiro na frente de um computador sabe que o teclado fica sujo depois de um tempo e precisa de uma faxina completa. 🧽 Seja um computador de mesa ou um notebook, o Guia de Compras separou algumas dicas para deixar o teclado limpinho em poucos passos e sem gastar muito. Veja a seguir. ✅ Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp ⌨️ Teclado de PC ⌨️ Desligue o computador e remova o cabo do teclado. Se for um modelo sem fios, desligue o acessório e retire as baterias, se possível. Vire o teclado de ponta-cabeça para remover os resíduos maiores, chacoalhando um pouco. Depois, use ar comprimido ou um aspirador portátil para remover os resíduos soltos entre as teclas. Se não tiver, um secador de cabelos com ar frio também serve, de acordo com dicas da Acer. Passe um pano de microfibra umedecido levemente com álcool isopropílico para limpar as teclas e a superfície do teclado. Esse é o álcool mais indicado para uso em produtos eletrônicos. Se o teclado for do tipo mecânico com fio e teclas removíveis, tire uma foto do periférico para lembrar a ordem das peças. Depois, remova cada capa de tecla e deixe de molho em água morna com detergente de 15 a 30 minutos, enxague e deixe secar. Quando as teclas estiverem bem secas, encaixe-as novamente, sem deixar umidade e tomando cuidado para não danificar os mecanismos da parte inferior do teclado. Use a foto como referência para não colocar nada fora do lugar. 💻 Teclado de notebook 💻 Desligue o notebook e retire o cabo de energia. Para limpar o teclado, a Apple e outros fabricantes indicam apenas o uso de ar comprimido. Segure o notebook em um ângulo de 75º (sem que o teclado fique totalmente na vertical) com a tela para cima e passe o ar comprimido no teclado. Faça movimentos da esquerda para a direita, num zigue-zague entre as teclas. Segure o notebook em um ângulo de 75º na hora de passar o ar comprimido Apple/Reprodução Repita o processo com o notebook virado para a direita e depois virado para a esquerda, sempre no ângulo de 75º e os movimentos em zigue-zague com o ar comprimido. Se for necessário, passe um pano de microfibra umedecido levemente com álcool isopropílico para limpar as teclas e o resto da superfície. Esse pano também pode ser usado para limpar as bordas e o trackpad, com cuidado. Caso fique algo grudado entre as teclas, dá para usar uma haste de algodão (tipo cotonete) umedecida com álcool isopropílico para limpar o local. Deixe secar bem antes de ligar o notebook de novo. 🚫 O que não pode fazer 🚫 Nunca espirre líquidos como álcool isopropílico diretamente no teclado. Sempre umedeça o pano de microfibra e depois passe no dispositivo. Nunca mergulhe o teclado do computador em líquidos diretamente. Deixe de molho apenas as teclas em modelos em que elas são removíveis. Não use água sanitária e outros produtos de limpeza para limpar. Eles podem ser corrosivos ou abrasivos e causar danos ao acessório. Na sequência, o Guia de Compras selecionou produtos que podem ser usados na limpeza do teclado. Os preços variavam de R$ 10 a R$ 130 nas lojas on-line pesquisadas na primeira semana de novembro. Álcool isopropílico Chemitron 500 ml Álcool isopropílico Implastec 110ml Ar comprimido Domline 500 ml (2 unidades) Ar comprimido Air Duster Pro Implastec 400ml Pano de microfibra Esfrebom (3 unidades) Aspirador/Soprador Cenrr Soprador Xiaomi Youpin Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

G1

Mon, 04 Nov 2024 10:00:30 -0000 -


Resposta depende de fatores como o tempo de uso e a maneira como o aparelho é utilizado; especialistas indicam como e onde fazer a substituição. Em alguns casos pode valer a pena trocar a bateria do celular. Steve Johnson/Unplash Seu celular está descarregando muito rápido ou demorando para carregar? Se a resposta for sim, talvez seja a hora de trocar a bateria (saiba mais abaixo). O ideal é que o celular e a bateria durem por um tempo parecido e, consequentemente, que o usuário não precise trocar a bateria antes do aparelho, explica Eduardo Pouzada, professor do curso de Engenharia Eletrônica do Instituto Mauá de Tecnologia. Segundo ele, a ideia de substituir a bateria está ligada a uma prática que era mais comum há cerca de 10 anos, quando essa troca podia ser feita pelo próprio usuário. ⚡Deixar o celular carregar até 100% estraga a bateria? "Antes, até era possível abrir o compartimento do celular onde fica a bateria e fazer essa troca com facilidade. Hoje, as baterias ficam 'coladas' no aparelho e só profissionais especializados podem fazer essa troca com segurança", explica o professor. Mesmo assim, dependendo do uso e do estado do celular, ainda pode valer a pena investir em uma nova bateria. De maneira geral, Eduardo Pouzada destaca alguns fatores que podem indicar que a trocar a bateria é vantajosa. São eles: o celular está relativamente novo e em bom estado, geralmente com até dois anos de uso (pode variar conforme os cuidados do usuário); o problema está restrito à bateria. Isso porque, se o aparelho apresenta outras falhas, como dificuldade em abrir aplicativos, a troca da bateria não resolverá o problema; a bateria não está sendo suficiente para o uso. São casos em que a pessoa usa mais do que a média o celular para realizar atividades que gastam bateria, como gravar vídeos e jogar; a bateria está rendendo menos do que o indicado no manual do celular (varia conforme o aparelho). Como e onde trocar a bateria 👉​ As baterias devem ser compradas em redes de assistência técnica autorizadas pelo fabricante do celular, segundo Euclides Chuma, professor da Unicamp e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). Isso evita a compra de produtos falsificados. ⚠️ A troca deve ser feita por profissionais da assistência técnica autorizada. Não tente trocar a bateria sozinho, pois isso pode danificar o aparelho. ♻️​ É importante também descartar a bateria antiga corretamente, ou seja, com a própria assistência técnica ou junto ao fornecedor. "Isso é necessário porque essas peças são feitas de metais pesados, que, além de demorarem para se decompor, são tóxicos para as pessoas e o meio ambiente", pontua Chuma. Como monitorar a saúde da bateria Para ficar ainda mais de olho na bateria do seu celular, alguns aparelhos permitem o monitoramento da saúde da bateria. Embora nem todos os dispositivos Android tenham esse recurso, todos os iPhones possuem. Veja como verificar a saúde da bateria no iPhone: Vá até os "Ajustes"; Navegue até o menu "Bateria"; Toque em "Saúde da Bateria"; Consulte a porcentagem em "Capacidade Máxima". A Apple inclui um aviso quando esse limite é atingido e sugere realizar uma manutenção. Passo a passo para consultar a 'Saúde de Bateria' do iPhone Reprodução VEJA TAMBÉM: 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm contas em redes sociais, diz pesquisa WhatsApp vai permitir salvar contatos pelo computador; veja como fazer Android 15 tem ‘Modo ladrão’, ‘Espaço privado’ e comunicação por satélite DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Como gerenciar a memória do seu celular para não ficar na mão

G1

Mon, 04 Nov 2024 05:00:17 -0000 -


Modelos topo de linha das marcas, Apple Watch Ultra 2 e Galaxy Watch Ultra são relógios inteligentes com nomes e muitas funcionalidades parecidas. Guia de Compras: smartwatches "ultra" da Apple e Samsung Sofia Alves/g1 Grande parte dos relógios inteligentes faz o básico para a saúde: acompanhar exercícios, checar a qualidade do sono e medir os batimentos cardíacos. 🏃‍♂️‍➡️ Uma categoria “profissional” vai além disso, oferecendo recursos adicionais, com um design mais parrudo. 🗺️ Eles fazem tudo que os modelos mais simples fazem, com maior precisão para criar mapas em corridas longas, aguentar mergulhos no mar e até soltar um alerta sonoro caso o dono se perca dos amigos em uma trilha na montanha. ⌚️Apple Watch Ultra 2 e Samsung Galaxy Watch Ultra fazem parte dessa categoria topo de linha, voltada a esportistas profissionais (ou que querem chegar lá). 🛰️ Ambos contam com duas antenas de GPS, para aprimorar a localização durante exercícios em qualquer lugar. E vários recursos muito similares – até o visual é parecido. Qual a data da Black Friday 2024? Veja dicas para se preparar desde já ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Outra diferença em relação aos relógios mais simples é o preço. Para comparação, um Apple Watch SE, o mais barato da marca, custava a partir de R$ 3.300 no final de outubro. O Watch Ultra 2 saía por R$ 10.500. Já o Galaxy Watch7, o mais recente da Samsung, tinha o preço de R$ 2.500. O Watch Ultra custava R$ 5.000 nas lojas da internet. O Guia de Compras testou os dois modelos. Veja a seguir. Apple Watch Ultra 2 O Watch Ultra 2 não é uma novidade: já foi testado pelo Guia de Compras com uma versão anterior do sistema operacional iOS – e que agora está desatualizada. Com a atualização do sistema WatchOS para a versão 11 (a mais recente), o relógio também passou a contar com outras funcionalidades. Então dá para dizer que é um “novo” smartwatch - que ganhou uma nova cor – preta – com a chegada do iPhone 16. Até então, o Watch Ultra 2 estava disponível apenas na versão na cor prata. Design e sistema O Watch Ultra 2 é o maior relógio da Apple, com uma caixa de 49 mm e um design mais quadrado, com acabamento em titânio. O Watch SE tem uma caixa de 40 mm. Ele pesa 61,8 gramas, mais que o Galaxy (60,5 gramas). Mas esse é o peso sem a pulseira Por vir com uma pulseira de nylon, não pareceu ser tão pesado assim durante o uso. Com a pulseira, os valores se invertem. Medindo com uma balança de cozinha, o modelo da Apple ficou com 71 gramas. O da Samsung, que usa uma pulseira de silicone, ficou com 94 gramas. Apple Watch Ultra 2: agora com acabamento em titânio preto Henrique Martin/g1 O modelo só tem uma versão, com conectividade GPS e celular – desse modo ele pode funcionar de forma independente do iPhone. Também é um relógio com mais funções que os outros Apple Watch, como o Watch SE ou o Watch 10. Uma dessas funções é a tela ser mais brilhante para uso sob o sol. Na medida em nits (unidade que indica o brilho de um display), o Watch Ultra 2 tem 3.000 nits, o mesmo valor encontrado no relógio da Samsung – e um dos valores mais altos encontrados em smartwatches. Para comparação, o Watch SE tem 1.000 nits de brilho. Quanto mais clara for a tela, mais fácil para ver as informações em um local iluminado. No escuro, a tela do Watch Ultra 2 acende em uma cor alaranjada, que não ilumina todo o ambiente. Esse é um detalhe simples, mas útil. A Samsung incluiu um efeito similar no seu modelo. Apple (à esquerda) e Samsung (à direita) com a tela no modo noturno Reprodução O corpo do Watch Ultra 2 conta com dois alto-falantes e microfone para ajudar nas ligações e falar com a assistente virtual Siri. Tem um botão lateral com a coroa digital para acessar aplicativos e atalhos. E conta com com um botão de ação, que não existe nos outros relógios da marca. Esse botão (presente em uma versão maior no iPhone 16) nada mais é do que um atalho para recursos, como começar uma caminhada ou corrida. Botão de ação: o da Samsung (à esquerda) tem um detalhe em laranja, já o da Apple é totalmente chamativo Henrique Martin/g1 Se pressionar por mais tempo o botão de ação ou o lateral aciona uma sirene de emergência. É outra coisa que dá a sensação de que a Samsung usou como "inspiração" para Galaxy Watch Ultra. A Apple diz que a sirene emite um som de 86 decibéis – equivalente a um alarme de carro ou secador de cabelos – que pode ser ouvido a até 180 metros de distância. Após ativada, a sirene emite um som irritante e crescente, que vai ficando cada vez mais alto até ser desativado. O Ultra 2 roda o sistema operacional Watch OS 11, a versão mais recente. A atualização mais importante para o relógio é a melhoria no acompanhamento dos mapas, com um posicionamento de GPS avançado. Além de corridas e caminhadas, é possível acompanhar distâncias em novos exercícios, como remo. Também dá para personalizar atividades de natação com intervalos cronometrados e treinos em geral. Nos apps, as novidades são um que mostra a tábua de marés – indicada para quem usa o relógio para surfar e mergulhar – e um de tradução de voz em 20 idiomas, incluindo o português. Exercícios e saúde O Watch Ultra 2 quer que o dono do relógio se mexa o dia todo e notifica movimento a toda hora. A cada meta atingida em calorias, passos e horas em pé, o relógio mostra uma animação dando parabéns. Correu 5 quilômetros? Ganhou uma medalha. Diminuiu o tempo dos 5 km? Outra medalha. Todos os dados ficam concentrados em dois aplicativos: Fitness (que mostra os círculos de atividade do dia) e Saúde. O app Fitness agora conta com uma função chamada carga de exercício, que mostra efeitos da intensidade de treinos no corpo. A ideia aqui é permitir ajustar os exercícios de acordo com a resposta corporal. Durante a realização de uma caminhada ou corrida, o Watch Ultra 2 faz uma pausa automática. Ao parar para atravessar a rua durante uma corrida, o relógio interrompe a contagem do tempo do exercício e volta a funcionar ao detectar movimento. O app Bússola grava paradas de forma automática ao fazer uma rota. Esse aplicativo marca o último local com recepção de celular (útil para quem vai fazer uma trilha no mato, por exemplo, e precisa saber de onde pode ligar). Na piscina ou no mar, o Watch Ultra 2 tem resistência à água de até 100 metros de profundidade – contra 50 m dos outros modelos da Apple. O app de Profundidade ajuda em mergulhos (até 40 metros de profundidade). O app Oceanic+ permite usar o relógio como computador de mergulho, mas é pago à parte. Os recursos de saúde do Watch Ultra 2 ainda incluem monitoramento dos batimentos cardíacos e da oxigenação do sangue (quanto de oxigênio é transportado pelo sangue), capacidade de realizar eletrocardiogramas e acompanhamento do sono. Esses recursos também estão presentes no modelo da Samsung. Vale lembrar que essas funções de acompanhamento de saúde, principalmente do coração, não substituem os exames médicos convencionais. O monitoramento de sono segue completo – com avisos na hora de dormir e acordar. Um novo recurso é o “Sinais vitais”, que mostra métricas de saúde coletadas durante o sono. Se essas medidas saírem do intervalo típico, o relógio vai enviar uma notificação para o celular com as possíveis causas do problema. Vale lembrar que, caso o Watch Ultra 2 detecte algo assim, é aconselhável procurar atendimento médico. Bateria A bateria do Apple Watch Ultra 2 permitiu usar o relógio por 3 dias. É a mesma marca atingida pelo concorrente da Samsung no teste. Samsung Galaxy Watch Ultra O Galaxy Watch Ultra é um bom relógio inteligente para quem tem celular Android, mas usá-lo no dia a dia dá a impressão de que a Samsung queria ter um “Ultra” inspirado no modelo na Apple, dadas as semelhanças físicas e de algumas funções. Porém, o smartwatch da Samsung oferece alguns recursos diferentes do concorrente, como inteligência artificial. Design e sistema O Galaxy Watch Ultra é o maior smartwatch da Samsung, com uma caixa de 47 mm e acabamento em titânio cinza. Também existe uma opção na cor prata. O modelo vem com conectividade Bluetooth e celular, permitindo seu uso sem o smartphone por perto. Apesar de mais leve que o relógio da Apple sem a pulseira, o Galaxy Watch Ultra fica mais pesado que o concorrente com ela – 94 gramas contra 71 g. Samsung Galaxy Watch Ultra e Apple Watch Ultra 2 Henrique Martin/g1 O smartwatch tem ainda dois botões laterais para alternar os comandos e, veja só que coincidência, um botão de ação, que também serve para disparar um alarme de emergência de 86 decibéis. Quer dizer, aqui seu nome é "botão rápido". Esse botão faz a mesma coisa que o da Apple, que é ativar a parte de exercícios (ou qualquer outra função). Vale notar que ele fica mais ressaltado para fora do relógio e pode ser ativado por engano ao colocar o aparelho sobre uma mesa, por exemplo. Assim como o Apple Watch Ultra 2, o Galaxy Watch Ultra conta com certificação militar MIL-STD-810H, que ajuda a proteger o dispositivo, e proteção IP68 (entenda as diferenças) contra água e pó. O relógio é resistente a água até 100 metros de profundidade – mas não atua como um computador de mergulho, como o da Apple. O aparelho da Samsung roda o sistema WearOS, desenvolvido pelo Google, com a interface OneUI. Desse modo, o visual fica mais parecido com os celulares da fabricante. O gerenciamento do dispositivo é feito pelos apps Galaxy Wearable e Health. Entre os apps pré-instalados no dispositivo estão os de atividades físicas, notificações, medição de stress, batimentos cardíacos, eletrocardiograma e calendário, entre outros. Mas é possível baixar novos apps – como Outlook, WhatsApp e Uber – direto da Google Play Store no relógio ou telefone. Um dos recursos do Galaxy AI, a inteligência artificial da Samsung, é poder usar respostas automáticas baseadas no conteúdo ao mandar mensagens de texto. É algo similar encontrado em celulares da marca, como o Galaxy S24. Exercícios e saúde O Galaxy Watch Ultra permite acompanhar dezenas de exercícios e detecta automaticamente uma corrida ou caminhada. O círculo de movimentos da Apple vira um coração de atividades com métricas iguais (como passos, tempo em pé, tempo em movimento). O coração de atividades do Galaxy Watch Ultra Henrique Martin/g1 Os exercícios contam com pausa automática e acompanhamento de rotas por mapas. Também permite criar perfis de sono (pode ser um leão, pinguim ou ouriço, dependendo do jeito que cada pessoa dorme) e até diz quanto você roncou durante a noite. Os principais diferenciais da Samsung na comparação com a Apple estão nessa parte de exercícios, com funções que não estão presentes no concorrente. Samsung Galaxy Watch Ultra medindo uma caminhada Henrique Martin/g1 A fabricante diz que o relógio usa inteligência artificial, chamada Galaxy AI, para ajudar nas medições. Um dos resultados é a pontuação de energia, que calcula atividade física, frequência cardíaca e qualidade do sono do dia anterior. Após acordar, a pontuação indica se o dia será bom (sem cansaço, por exemplo) ou ruim. Outra diferença nos exercícios é a possibilidade de criar modos de alternar de forma rápida as atividades de um triatlo, por exemplo. Acabou o treino de bike, troque para a corrida ou natação com um toque. O Watch Ultra também conta com medidor de pressão – que requer calibragem mensal com aparelhos convencionais – e sensor de bioimpedância. Isso quer dizer que, com a ajuda de uma corrente elétrica muito fraca (sem risco de choques), o relógio consegue medir itens como gordura visceral, quantidade de água no corpo e massa magra, entre outras informações. E até calcula seu índice de massa corporal (IMC). Apesar de oferecer dados importantes sobre o corpo de cada um, é recomendável ter acompanhamento profissional especializado para entender os números fornecidos pelo dispositivo. Apesar do relógio funcionar também de forma independente, a Samsung recomenda o uso conjunto dos seus smartwatches com o Galaxy Ring (que custava R$ 3.500 em outubro), para melhorar o resultado do acompanhamento de sono e exercícios. Segundo a fabricante, os sensores de um complementam o do outro. Bateria A duração de bateria do Samsung Galaxy Ultra é parecida com a do Watch Ultra 2, podendo ficar até três dias longe do carregador. Conclusão O Apple Watch Ultra 2 é o topo de linha da marca e um dos relógios mais avançados disponíveis nas lojas on-line – mesmo tendo sido lançado um ano atrás. O preço pode assustar, mas uma alternativa a ele é o Apple Watch 10, que conta com o mesmo sistema operacional, um processador mais avançado e a maioria dos recursos. Só não tem a tela maior e mais brilhante, a sirene e a função de mergulho. Além disso, o Watch 10 custa quase a metade do preço do Ultra 2: R$ 5.500, contra R$ 10.500 no modelo mais caro. Galaxy Watch Ultra com pulseira laranja muito parecida com a do Apple Watch Ultra 2 Reprodução Já o Samsung Galaxy Watch Ultra é a escolha para donos de aparelhos Android, sejam da marca ou não. É um ótimo relógio, faz tudo que promete e, entre os relógios compatíveis com Android, um dos mais avançados. Porém, os recursos visivelmente "inspirados" no Watch Ultra 2 da Apple – como a sirene, o botão de ação, o visual noturno do relógio e até o tom da pulseira laranja – deixaram a desejar. Ficou com cara de "copia, mas não faz igual". Tem uma versão mais barata – e com visual mais "original" – que é o Galaxy Watch7. É um modelo com configurações similares. Mudam apenas o brilho da tela, a duração da bateria e tem menor resistência a água, com apenas 50 metros. E que também custa menos – saía por R$ 2.500 nas lojas pesquisadas em outubro. Os relógios foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Black Friday 2024: o que fazer para não cair em falsas promoções

G1

Fri, 01 Nov 2024 10:00:30 -0000 -


A soma surreal é cobrada devido a restrições aplicadas pela empresa à mídia estatal russa no YouTube. Google Getty Images via BBC Um tribunal russo multou o Google em dois undecilhões de rublos — um "2" seguido de 36 zeros — por restringir canais de mídia estatais russos no YouTube. Isso é equivalente a US$ 2,5 decilhões, ou R$ 14,45 decilhões. Apesar de ser uma das empresas mais ricas do mundo, isso é consideravelmente mais do que os US$ 2 trilhões que o Google vale. Na verdade, é muito superior ao PIB total mundial, estimado pelo Fundo Monetário Internacional em US$ 110 trilhões. A multa atingiu um nível tão gigantesco porque, como destacou a agência de notícias estatal Tass, o seu valor está aumentando rapidamente e constantemente. De acordo com a Tass, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que “não consegue nem pronunciar esse número”, mas pediu que “a administração do Google preste atenção”. A empresa não comentou publicamente nem respondeu a um pedido de declaração da BBC. Entenda o caso O veículo russo RBC relatou que a multa aplicada ao Google está relacionada à restrição de conteúdo de 17 canais de mídia russos no YouTube. Embora isto tenha começado em 2020, agravou-se após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, dois anos depois. Isso fez com que a maioria das empresas ocidentais saísse da Rússia, com a realização de negócios lá também fortemente restringida por sanções. Os meios de comunicação russos também foram proibidos na Europa — o que levou a medidas de retaliação de Moscou. O casal que processou o Google — e ganhou R$ 14 bilhões Google Arnd Wiegmann/Reuters Em 2022, a subsidiária local do Google foi declarada falida, e a empresa deixou de oferecer os seus serviços comerciais na Rússia, como publicidade. Porém, seus produtos não são totalmente proibidos no país. Este desdobramento é a mais recente escalada entre a Rússia e a gigante da tecnologia dos Estados Unidos. Em maio de 2021, o regulador de mídia russo, Roskomnadzor, acusou o Google de restringir o acesso do YouTube aos meios de comunicação russos, incluindo RT e Sputnik, e de apoiar “atividades de protesto ilegais”. Então, em julho de 2022, a Rússia multou o Google em 21,1 bilhões de rublos por não restringir o acesso ao que chamou de material “proibido” sobre a guerra na Ucrânia e outros conteúdos. Praticamente não existe liberdade de imprensa na Rússia, com meios de comunicação independentes e a liberdade de expressão severamente restringidas. LEIA TAMBÉM: Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes Mãe diz que filho cometeu suicídio após se apegar a personagem criado por IA Meta AI começa a ser liberado no WhatsApp, mas é detonado por dar respostas erradas Como apagar histórico no Chrome e em outros serviços do Google

G1

Thu, 31 Oct 2024 22:06:43 -0000 -


Dados revelam que presença da internet nos lares brasileiros se expandiu significativamente, mas desigualdades ainda persistem entre classes sociais. Acesso à internet em residências brasileiras salta de 13% para 85% em 20 anos, aponta pesquisa TIC Domicílios 2024 Alan Martins/g1 A proporção de brasileiros com acesso à internet em casa nas áreas urbanas cresceu de 13% para 85% em duas décadas. Em 2005, apenas uma em cada oito residências no país tinha conexão. Agora, 20 anos depois, sete em cada oito domicílios estão conectados. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31), fazem parte da pesquisa TIC Domicílios 2024, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). O levantamento revela que 159 milhões de pessoas acessam internet no Brasil em 2024, representando 84% da população. A TIC Domicílios também inclui o "indicador ampliado," que considera pessoas que, embora não tenham declarado uso da internet recentemente, utilizam aplicativos que exigem conexão. Nesse recorte, o número de usuários chega a 166 milhões (89%). ➡️ A pesquisa também indica que em 2024: 💻 29 milhões de pessoas no Brasil seguem sem acesso à internet, repetindo o número registrado em 2023. 📱 60% dos usuários acessaram a internet apenas pelo celular, um leve aumento em relação a 2023 (58%). 📶 Dos conectados, 73% usam Wi-Fi e redes móveis, 22% dependem apenas de Wi-Fi e 4% só de redes móveis. Entre os planos, 57% são pré-pagos, 20% pós-pagos e 18% no modelo controle. 🔍 Quanto ao uso, 32% buscaram na internet informações sobre saúde pública; 31% sobre documentos, como RG e CPF; 29% sobre impostos e taxas; e 25% sobre direitos trabalhistas e previdência. 🔒 Além disso, 52% verificaram a veracidade de informações encontradas na internet e 48% adotaram medidas de segurança para proteger dispositivos e contas. Uso da internet no Brasil em 2024 Arte/g1 Quem são os brasileiros que usam internet? As regiões Sul e Sudeste concentram os maiores índices de uso de internet, com 90% e 85%, respectivamente. A pesquisa TIC Domicílios 2024 revela que, em todo o país, 85% dos usuários são homens e 84% são mulheres, evidenciando um equilíbrio entre os gêneros. Em relação à faixa etária, os jovens de 16 a 24 anos são os mais conectados (95%), seguidos pelos brasileiros de 25 a 34 anos (92%). Por outro lado, os menos conectados são aqueles com 60 anos ou mais, representando 59%. "A forma como as pessoas acessam internet se transformou marcadamente: em 2008 usuários se conectavam à rede mais em lan houses ou em cafeterias do que em seus domicílios, e esse acesso era feito por meio de um computador", explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br/NIC.br. "Atualmente, quase todos se conectam de seus domicílios e a partir de um smartphone", completa. Apesar do crescimento no acesso à internet nos últimos 20 anos, a pesquisa destaca a desigualdade presente no país. Segundo a TIC Domicílios 2024, a conexão está disponível em 100% dos lares da classe A, mas apenas em 68% das residências das classes D e E. Atualmente, quase 30 milhões de pessoas no Brasil ainda não utilizam a internet, sendo 24 milhões delas residentes em áreas urbanas. Entre essas, aproximadamente 22 milhões têm formação até o Ensino Fundamental, e 17 milhões se identificam como pretos ou pardos. LEIA TAMBÉM: Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes Meta AI: o que é e como usar a nova inteligência artificial do WhatsApp, que viralizou por conta de erros 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm contas em redes sociais, diz pesquisa Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos

G1

Thu, 31 Oct 2024 13:50:14 -0000 -


As contas fazem parte de redes pró-Trump e pró-Harris que compartilham o conteúdo umas das outras várias vezes ao dia. As contas fazem parte de redes pró-Trump e pró-Harris que compartilham o conteúdo umas das outras várias vezes ao dia BBC Alguns usuários do X (antigo Twitter) que passam os dias compartilhando conteúdo que inclui desinformação eleitoral, imagens geradas por inteligência artificial (IA) e teorias de conspiração infundadas dizem que estão ganhando "milhares de dólares" pela plataforma de rede social. A BBC identificou redes de dezenas de contas que compartilham o conteúdo umas das outras várias vezes ao dia — incluindo uma mistura de material verdadeiro, infundado, falso e forjado — para aumentar seu alcance e, portanto, a receita na plataforma. Vários dizem que os ganhos de suas próprias contas e de outras contas variam de algumas centenas a milhares de dólares. Eles também dizem que coordenam o compartilhamento das publicações uns dos outros em fóruns e bate-papos em grupo. "É uma forma de tentar ajudar uns aos outros", afirmou um usuário. Algumas destas redes apoiam Donald Trump, outras Kamala Harris — e algumas são independentes. Vários destes perfis — que dizem não estar ligados a campanhas oficiais — foram contatados por políticos dos EUA, incluindo candidatos ao Congresso, em busca de postagens de apoio. Em 9 de outubro, o X alterou suas regras para que os pagamentos feitos para contas certificadas com alcance significativo sejam calculados de acordo com a quantidade de engajamento de usuários premium — curtidas, compartilhamentos e comentários —, em vez do número de anúncios em suas postagens. Muitas plataformas de rede social permitem que os usuários ganhem dinheiro com suas postagens ou compartilhem conteúdo patrocinado. Mas elas geralmente têm regras que permitem desmonetizar ou suspender perfis que publicam desinformação. O X não possui diretrizes sobre desinformação nos mesmos moldes. Embora o X tenha uma base de usuários menor que a de algumas plataformas, ele tem um impacto significativo no discurso político. Isso levanta questionamentos sobre se o X está incentivando os usuários a publicar alegações provocativas, sejam elas verdadeiras ou não, em um momento altamente sensível para a política dos EUA. A BBC comparou os ganhos aproximados informados por alguns desses usuários do X com o valor que se esperaria que eles ganhassem, com base no número de visualizações, seguidores e interações com outros perfis, e concluiu que eles eram confiáveis. Entre as publicações enganosas compartilhadas por algumas destas redes de perfis, estavam alegações sobre fraude eleitoral que haviam sido refutadas pelas autoridades, e alegações extremas e infundadas de pedofilia e abuso sexual contra os candidatos à presidência e vice-presidência. Algumas postagens enganosas e falsas que se originaram no X também se espalharam para outras plataformas de rede social com um público maior, como Facebook e TikTok. Em um exemplo, um usuário do X com poucos seguidores diz que criou uma imagem adulterada que pretendia mostrar Kamala Harris trabalhando no McDonald's quando jovem. Em seguida, outros usuários divulgaram alegações sem provas de que o Partido Democrata estava manipulando imagens da sua candidata. Teorias de conspiração infundadas do X sobre a tentativa de assassinato de Donald Trump, em julho, também foram propagadas em outros sites de rede social. O X não respondeu a perguntas sobre se o site está incentivando os usuários a fazer esse tipo de publicação, nem a pedidos de entrevista com o dono da plataforma, Elon Musk. LEIA MAIS: Promotor da Filadélfia processa Musk por doação de US$ 1 milhão para eleitores Musk é acusado de ter trabalhado irregularmente nos EUA na década de 1990 Como algoritmos mudaram a maneira que interagimos 'Ficou muito mais fácil ganhar dinheiro' A base de criação de conteúdo da Freedom Uncut — onde seu fundador produz e transmite vídeos — é decorada com luzes no formato de uma bandeira americana. Free — como seus amigos o chamam — diz que é independente, mas prefere que Donald Trump se torne presidente do que Kamala Harris. Ele conta que é capaz de passar até 16 horas por dia em sua base postando no X, interagindo com a rede de dezenas de criadores de conteúdo da qual faz parte, e compartilhando fotos geradas por inteligência artificial. Ele não compartilha seu nome completo ou identidade real porque diz que as informações pessoais de sua família foram expostas online, levando a ameaças. Ele não é, de forma alguma, um dos postadores mais radicais — e concordou em se encontrar comigo para explicar como essas redes operam no X. Free diz que teve 11 milhões de visualizações nos últimos meses, desde que começou a postar regularmente sobre a eleição nos EUA. Ele mostra várias delas na tela enquanto conversamos em sua casa em Tampa, na Flórida. O homem por trás da conta Freedom Uncut diz que pode ganhar 'alguns milhares de dólares' com o X BBC Algumas são obviamente sátiras — Donald Trump parecendo um personagem do filme Matrix enquanto afasta projéteis, ou o presidente Joe Biden como um ditador. Outras imagens de IA são menos fantasiosas — incluindo a de uma pessoa no telhado de uma casa inundada enquanto caças de combate passam sobre ela, com o comentário: "Lembre-se de que os políticos não se importam com você em 5 de novembro". A imagem ecoa a alegação de Trump de que não havia "helicópteros, nenhum resgate" para as pessoas na Carolina do Norte após o furacão Helene. A alegação foi refutada pela Guarda Nacional da Carolina do Norte, que diz ter resgatado centenas de pessoas em 146 missões de voo. Freedom Uncut afirma que vê suas imagens como "arte", que despertam uma conversa. Ele diz que "não está tentando enganar ninguém", mas que pode "fazer muito mais usando IA". Desde que seu perfil foi monetizado, ele conta que pode ganhar "alguns milhares de dólares” por mês com o X: "Acho que ficou muito mais fácil para as pessoas ganharem dinheiro". Ele acrescenta que alguns usuários que ele conhece estão ganhando mais de cinco dígitos — e afirma que pode confirmar isso ao ver o alcance de suas postagens: "É nesse ponto que isso realmente se torna um trabalho". Ele diz que são as coisas "polêmicas" que tendem a ter mais visualizações — e compara isso à mídia tradicional "sensacionalista". Freedom Uncut publica imagens geradas por IA, muitas vezes satíricas, em apoio a Donald Trump ou criticando os democratas BBC Embora ele publique "coisas provocativas", ele diz que "geralmente são baseadas em alguma versão da realidade". Mas ele sugere que outros perfis que ele vê gostam de compartilhar publicações que sabem não ser verdadeiras. Isso, segundo ele, é uma "forma fácil de ganhar dinheiro". Freedom Uncut rejeita as preocupações sobre as declarações falsas que influenciam a eleição, alegando que o governo "espalha mais desinformação do que o resto da internet combinada". Ele também diz que é "muito comum" que políticos locais entrem em contato com contas como a dele no X para obter apoio. E conta que alguns deles conversaram com ele sobre a possibilidade de aparecer em suas transmissões ao vivo, e falaram com ele sobre a possibilidade dele criar para eles e compartilhar com ele, imagens de IA e artes. Será que alguma destas postagens — enganosas ou não — podem ter um impacto tangível nesta eleição? "Acho que você já está vendo isso atualmente. Acho que muito do apoio a Trump vem disso", ele diz. Na opinião de Free, há "mais confiança na mídia independente" — incluindo contas que compartilham imagens geradas por IA e desinformação —, do que em "algumas empresas de mídia tradicionais". 'Não há como chegar à verdade' No confronto direto com as contas pró-Trump descritas por Freedom Uncut, estão perfis como o de Brown Eyed Susan, que tem mais de 200 mil seguidores no X. Ela faz parte de uma rede de contas "obstinadas" que publicam conteúdo várias vezes a cada hora em apoio à candidata democrata Kamala Harris. Embora use seu primeiro nome, ela não compartilha seu sobrenome devido a ameaças e abusos que recebeu online. Falando comigo de Los Angeles, Susan diz que nunca teve a intenção de começar a ganhar dinheiro com suas postagens — ou que o alcance de sua conta "explodisse". Às vezes, ela posta e compartilha novamente mais de 100 mensagens por dia — e suas postagens individuais alcançam muitas vezes mais de 2 milhões de usuários cada. Ela diz que só ganha dinheiro com suas postagens porque recebeu um selo azul de verificação, que marca usuários da versão paga do site e algumas contas de destaque. "Eu não pedi por isso. Não posso esconder, e não posso devolver. Então cliquei em monetizar", ela me conta, estimando que pode ganhar algumas centenas de dólares por mês. Susan disse à BBC em uma videochamada que a rede de contas com as quais ela interage amplifica as postagens umas das outras para ajudar Kamala Harris a vencer a eleição BBC Além de postar sobre política, algumas de suas postagens mais virais — com mais de três milhões de visualizações — promoveram teorias da conspiração infundadas e falsas, sugerindo que a tentativa de assassinato, em julho, foi encenada por Donald Trump Ela reconhece que um membro da multidão e o atirador foram mortos, mas diz que tem dúvidas genuínas sobre o ferimento de Trump, as falhas de segurança e se o incidente foi devidamente investigado. "Não há como chegar à verdade disso. E se eles quiserem chamar de conspiratório, eles podem", diz ela. Susan também compartilha memes, alguns dos quais usam inteligência artificial, visando o candidato republicano. Vários exemplos mais convincentes fazem com que ele pareça mais velho ou doente. Ela diz que eles "ilustram sua condição atual". Outros o mostram parecendo um ditador. Ela afirma que todas as suas imagens são fakes "óbvios". Assim como Freedom Uncut, ela diz que políticos, inclusive candidatos ao Congresso, entraram em contato com ela para pedir apoio, e ela afirma que tenta "espalhar o máximo de conscientização" possível sobre eles. 'Eles querem que seja real' Após uma discussão sobre se Kamala Harris já trabalhou no McDonald's, uma imagem adulterada dela usando o uniforme da rede de fast food foi compartilhada no Facebook por seus apoiadores — e viralizou. Quando algumas contas pró-Trump perceberam que era uma foto editada de uma mulher diferente usando o uniforme, isso desencadeou acusações infundadas de que a imagem tinha vindo do próprio Partido Democrata. Uma conta chamada "The Infinite Dude" no X pareceu ser a primeira a compartilhar a imagem com a legenda: "Isso é falso". A pessoa por trás da imagem me disse que seu nome é Blake, e que ele a compartilhou isso como parte de um experimento. Seu perfil não tem tantos seguidores quanto as outras contas com as quais tenho conversado. Quando pedi evidências de que ele havia adulterado a imagem, ele me disse que tinha "os arquivos originais e os registros de data e hora de criação", mas não os compartilhou comigo, pois disse que as provas não importam. "As pessoas compartilham conteúdo não porque é real, mas porque querem que seja real. Ambos os lados fazem isso igualmente — eles apenas escolhem histórias diferentes para acreditar", diz ele. Blake diz que adulterou esta imagem para fazer parecer que Kamala Harris estava usando um uniforme do McDonald's na juventude BBC Sua fidelidade política não está clara — e ele diz que "não se trata de política". O X afirma online que sua prioridade é proteger e defender a voz do usuário. O site adiciona rótulos de mídia manipulada a alguns vídeos, áudios e imagens gerados por IA e adulterados. Também possui um recurso chamado Notas da Comunidade, que faz a verificação de fatos por meio da colaboração coletiva dos usuários. Durante a eleição no Reino Unido, o X tomou medidas sobre uma rede de contas que compartilhavam vídeos falsos que eu investiguei. Na campanha eleitoral dos EUA, no entanto, não recebi nenhuma resposta às minhas perguntas ou solicitações para entrevistar Elon Musk. Isso é importante, porque empresas de rede social como a dele podem afetar o que acontece quando os eleitores vão às urnas. LEIA MAIS: Trump x Kamala: como eleição americana pode mudar o mundo Eleições 2024 nos EUA: veja como Kamala e Trump estão nas pesquisas Eleições dos EUA 2024: o que são os estados-chave e qual a importância deles para a disputa

G1

Wed, 30 Oct 2024 17:40:00 -0000 -


99% das comunicações digitais do mundo dependem de cabos submarinos. Quando eles se rompem, isso pode significar um desastre para a internet de um país inteiro. Mas como consertar uma falha no fundo do oceano? Toda a extensão dos cabos submarinos pelo mundo seria suficiente para dar uma volta ao redor do Sol Getty Images Pouco depois das 17h do dia 18 de novembro de 1929, o chão começou a tremer. Ao longo da costa da Península de Burin, ao sul da ilha de Terra Nova, no Canadá, um terremoto de magnitude 7,2 perturbou a paz daquela noite. Inicialmente, os moradores notaram apenas alguns danos — algumas chaminés derrubadas. No mar, no entanto, uma força invisível estava se movendo. Por volta de 19h30, um tsunami de 13 metros de altura atingiu a costa da Península de Burin. No total, 28 pessoas morreram em decorrência de afogamentos ou ferimentos causados ​​pelas ondas. O terremoto foi devastador para as comunidades locais, mas também teve um efeito duradouro no mar. O abalo sísmico desencadeou um deslizamento de terra submarino. As pessoas não perceberam isso na época, sugerem os registros históricos, porque ninguém sabia que tais deslizamentos de terra subaquáticos existiam. Quando os sedimentos são agitados por terremotos e outras atividades geológicas, a água fica mais densa, gerando um fluxo descendente, como uma avalanche de neve montanha abaixo. O deslizamento de terra submarino — chamado corrente de turbidez — fluiu a mais de 1.000 km de distância do epicentro do terremoto, a uma velocidade entre 11 e 128 km/h. Embora o deslizamento de terra não tenha sido notado na época, deixou uma pista reveladora. Na sua rota, estava o que havia de mais moderno em tecnologia de comunicação da época: cabos submarinos transatlânticos. E esses cabos se romperam. Doze deles foram partidos em 28 lugares no total. Algumas das 28 rupturas aconteceram quase simultaneamente com o terremoto. Mas outras 16 ocorreram ao longo de um período muito mais longo, à medida que os cabos se rompiam um após o outro, em uma espécie de padrão misterioso de ondas, de 59 minutos após o terremoto até 13 horas e 17 minutos depois, e a mais de 500 quilômetros de distância do epicentro. Se todos tivessem sido rompidos pelo terremoto em si, os cabos teriam se rompido ao mesmo tempo — então os cientistas começaram a se perguntar: por que não se romperam? Por que se romperam um após o outro? Só em 1952 que os pesquisadores descobriram por que os cabos se romperam em sequência, ao longo de uma área tão grande e em intervalos que pareciam diminuir com a distância do epicentro. Eles descobriram que um deslizamento de terra os atingiu, e que os cabos que se rompiam traçaram seu movimento pelo fundo do mar. Até então, ninguém sabia da existência das chamadas correntes de turbidez. Como esses cabos se romperam e havia um registro do momento em que se partiram, eles ajudaram a entender os movimentos oceânicos acima e abaixo da superfície. Eles motivaram um trabalho de reparo complexo, mas também se tornaram instrumentos científicos acidentais, registrando um fenômeno natural fascinante que estava fora do alcance da vista humana. Nas décadas seguintes, à medida que a rede global de cabos de águas profundas se expandiu, seu reparo e manutenção resultaram em outras descobertas científicas surpreendentes, abrindo mundos totalmente novos, e nos permitindo espiar o fundo do mar como nunca antes, além de nos permitir comunicar em velocidade recorde. Ao mesmo tempo, nossa vida cotidiana, rendimentos, saúde e segurança também se tornaram cada vez mais dependentes da internet — e, em última análise, desta complexa rede de cabos submarinos. Mas, afinal, o que acontece quando eles se rompem? Como nossos dados trafegam Há 1,4 milhão de quilômetros de cabos de telecomunicações no fundo do mar, abrangendo todos os oceanos do planeta. Estendidos de uma extremidade à outra, estes cabos — responsáveis ​​pela transferência de 99% de todos os dados digitais — poderiam dar uma volta ao redor do Sol. Mas para algo tão importante, são surpreendentemente finos — muitas vezes, com pouco mais de 2 cm de diâmetro, ou aproximadamente a largura de uma mangueira. Uma repetição do rompimento de cabos em massa de 1929 teria impactos significativos na comunicação entre a América do Norte e a Europa. No entanto, "em grande parte, a rede global é notavelmente resistente", diz Mike Clare, consultor ambiental marinho do Comitê Internacional de Proteção de Cabos, que pesquisa os impactos de eventos extremos em sistemas submarinos. "Há de 150 a 200 casos de danos à rede global a cada ano. Portanto, se compararmos com 1,4 milhão de quilômetros, não é muito e, na maioria das vezes, quando esses danos ocorrem, eles podem ser consertados com relativa rapidez." Mas como a internet funciona com cabos tão finos e evita panes desastrosas? Os cabos submarinos têm a espessura de uma mangueira, para fácil instalação e reparo Getty Images Desde que os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século 19, eles têm sido expostos a eventos ambientais extremos, desde erupções vulcânicas submarinas até tufões e inundações. Mas a principal causa dos danos que sofrem não é natural. A maioria das falhas — de 70 a 80%, dependendo do lugar no mundo — está relacionada a atividades humanas acidentais, como lançar âncoras ou redes de pesca de arrasto, que acabam ficando presas nos cabos, diz Stephen Holden, chefe de manutenção da Europa, Oriente Médio e África na Global Marine, uma empresa de engenharia submarina que atua na reparação de cabos submarinos. Em geral, estes acidentes acontecem em profundidades de 200 a 300 metros (mas a pesca comercial está avançando para águas cada vez mais profundas, em alguns lugares, chegando a 1.500 metros no nordeste do Atlântico). Somente de 10% a 20% das falhas nos cabos a nível mundial estão relacionadas a ameaças naturais e, na maioria das vezes, estão relacionadas ao desgaste dos cabos em locais onde as correntes fazem com que eles resvalem contra as rochas, causando o que é chamado de "falhas de derivação", diz Holden. A ideia de que os cabos se rompem porque são mordidos por tubarões é hoje uma espécie de lenda urbana, acrescenta Clare. "Houve casos de danos causados por mordidas de tubarões, mas isso já acabou, porque a indústria dos cabos utiliza uma camada de Kevlar (tipo de fibra sintética) para reforçá-los." No entanto, os cabos devem ser mantidos finos e leves em águas mais profundas para ajudar na recuperação e no reparo. Transportar um cabo grande e pesado ao longo de milhares de metros abaixo do nível do mar colocaria uma enorme pressão sobre ele. Os cabos mais próximos da costa tendem a ser mais blindados, porque têm mais chance de serem danificados por redes de pesca e âncoras. Um exército de navios de reparo a postos Os cabos subaquáticos podem ser consertados em períodos curtos de tempo, que podem levar até duas semanas Getty Images Se uma falha for encontrada, um navio de reparo é enviado. "Todas essas embarcações estão estrategicamente posicionadas ao redor do mundo para que o trajeto entre a base e o porto seja de 10 a 12 dias", explica Mick McGovern, vice-presidente adjunto de operações marítimas da Alcatel Submarine Networks. "Você tem esse tempo para descobrir onde está a falha, carregar os cabos [e os] amplificadores de sinal" — que aumentam a força de um sinal à medida que ele trafega pelos cabos. "Em essência, quando você pensa no tamanho do sistema, não é preciso esperar muito", ele acrescenta. Embora tenha demorado nove meses para consertar o último cabo submarino danificado pelo terremoto de 1929, McGovern diz que um reparo moderno em águas profundas deve levar uma ou duas semanas, dependendo da localização e do clima. "Quando você pensa na profundidade da água e onde está, não é uma solução ruim." Isso não significa que um país inteiro vai ficar sem internet por uma semana. Muitas nações possuem mais cabos e mais largura de banda dentro desses cabos do que a quantidade mínima exigida, de modo que, se alguns forem danificados, os outros possam compensar. Isso é chamado de redundância no sistema. Devido a essa redundância, a maioria de nós nunca perceberia se um cabo submarino fosse danificado — talvez este artigo demorasse um ou dois segundos a mais para carregar do que o normal. Em eventos extremos, pode ser a única coisa que mantém um país online. O terremoto de magnitude 7 na costa de Taiwan, em 2006, rompeu dezenas de cabos no Mar do Sul da China — mas alguns permaneceram online. Muitos países possuem cabos adicionais para evitar depender da estabilidade de uma única área geográfica Getty Images Para reparar o dano, o navio utiliza um arpéu, ou gancho, para levantar e cortar o cabo, puxando uma extremidade solta até a superfície, e enrolando-a na proa com grandes tambores motorizados. A parte danificada é então arrastada até uma sala interna e analisada em busca de falhas, reparada, testada (enviando um sinal para terra firme a partir do barco), selada e, em seguida, presa a uma boia enquanto o processo é repetido na outra extremidade do cabo. Uma vez que as duas extremidades são consertadas, cada fibra óptica é emendada sob microscópio para garantir que haja uma boa conexão — e, na sequência, são vedadas com uma junta universal que é compatível com o cabo de qualquer fabricante, facilitando a vida das equipes de reparo internacionais, explica McGovern. Os cabos reparados são colocados de volta na água e, em águas mais rasas, onde pode haver mais tráfego de barcos, são enterrados em valas. Veículos subaquáticos operados remotamente (ROV, na sigla em inglês), equipados com jatos de alta potência, podem abrir trilhas no fundo do mar para a instalação dos cabos. Em águas mais profundas, o trabalho é feito por arados equipados com jatos, arrastados ao longo do leito marinho por grandes embarcações de reparo acima. Alguns arados pesam mais de 50 toneladas e, em ambientes extremos, são necessários equipamentos ainda maiores. McGovern se lembra de um trabalho no Oceano Ártico, que exigiu que um navio arrastasse um arado de 110 toneladas, capaz de enterrar cabos de 4 metros e penetrar no permafrost. Ouvidos no fundo do mar As rupturas geralmente acontecem em águas de pouca profundidade, quando os barcos ancoram em áreas onde não sabem que há cabos Getty Images A instalação e o reparo dos cabos levaram a algumas descobertas científicas surpreendentes — a princípio de forma acidental, como no caso dos cabos rompidos e do deslizamento de terra, e mais tarde, intencionalmente, quando os cientistas começaram a usar os cabos de propósito como ferramentas de pesquisa. Essas lições das profundezas do mar começaram quando os primeiros cabos transatlânticos foram instalados no século 19. Os operadores de cabos notaram que o Oceano Atlântico ficava mais raso no meio, descobrindo sem querer a cordilheira Dorsal Mesoatlântica. Hoje, os cabos de telecomunicações podem ser usados ​​como "sensores acústicos" para detectar baleias, barcos, tempestades e terremotos em alto mar. Os danos causados ​​aos cabos oferecem à indústria "uma nova compreensão fundamental sobre os perigos que existem no fundo do mar", diz Clare. "Nunca saberíamos que havia deslizamentos de terra no fundo do mar após erupções vulcânicas se não fosse pelos danos causados (nos cabos)". Em alguns lugares, as mudanças climáticas estão tornando as coisas mais desafiadoras. As inundações na África Ocidental estão causando um aumento no deságue de sedimentos dos cânions no Rio Congo, que ocorre quando grandes volumes de sedimentos fluem para um rio após uma inundação. Estes sedimentos são então despejados da foz do rio no Oceano Atlântico, e podem danificar os cabos. "Agora sabemos que devemos colocar os cabos mais longe do estuário", diz McGovern. Os cabos de águas profundas também podem ser usados ​​como instrumentos científicos Getty Images Alguns danos serão inevitáveis, preveem os especialistas. A erupção vulcânica do Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, em 2021 e 2022, destruiu o cabo submarino de internet que conectava a nação insular de Tonga, no Pacífico, ao resto do mundo. Levou cinco semanas até a conexão com a internet voltar a funcionar totalmente, embora alguns serviços tenham sido restabelecidos após uma semana. No entanto, muitos países contam com vários cabos submarinos, o que significa que uma falha — ou até mesmo várias falhas — pode não ser percebida pelos usuários da internet, pois a rede pode recorrer a outros cabos em uma crise. "Isso realmente mostra por que é necessário haver uma diversidade geográfica das rotas de cabo", acrescenta Clare. "Especialmente no caso das ilhas pequenas, em lugares como o Pacífico Sul, onde há tempestades tropicais, terremotos e vulcões, elas são particularmente vulneráveis e, com as mudanças climáticas, diferentes áreas estão sendo afetadas de maneiras diferentes." À medida que a pesca e o transporte marítimo se tornam mais sofisticados, pode ficar mais fácil evitar danos aos cabos. O advento do sistema de identificação automática (AIS, na sigla em inglês) no transporte marítimo levou a uma redução nos danos causados pela ancoragem, diz Holden, porque algumas empresas agora oferecem um serviço em que é possível seguir um padrão definido para reduzir a velocidade e ancorar. No entanto, em regiões do mundo onde os barcos de pesca tendem a ser menos sofisticados e operados por equipes menores, os danos provocados pelas âncoras ainda acontecem. Nesses locais, uma opção é informar às pessoas onde estão os cabos, e aumentar a conscientização, afirma Clare. "É para o benefício de todos que a internet continue funcionando." g1 Explica: como funciona a internet

G1

Wed, 30 Oct 2024 06:00:31 -0000 -


MrBeast, Logan Paul e os irmãos gêmeos Stokes têm números gigantescos de seguidores, engajamento e faturamento em meio a polêmicas. Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes Duas pessoas encapuzadas, vestidas de preto, saem correndo por ruas com sacos de onde caem notas de dinheiro. A dupla entra em um carro de aplicativo, mas o motorista se recusa a levá-las. Uma pessoa chama a polícia. Ao chegar, os policiais apontam uma arma para o motorista antes de perceber que ele não estava envolvido. A cena acima, que parece a descrição de uma fuga de criminosos, foi feita para o YouTube em 2019. Era mais uma "pegadinha" dos gêmeos idênticos Alex e Alan Stokes, então com 23 anos e quase 5 milhões de seguidores na plataforma. Eles acabaram condenados pela Justiça da Califórnia e poderiam pegar até 5 anos de prisão, mas assumiram a culpa e tiveram a pena convertida para serviço comunitário em 2021. Dali para frente, os gêmeos Stokes se tornaram ainda mais populares nas redes, acumulando 4 bilhões de visualizações. E agora aparecem em quinto lugar na lista dos maiores influencers do mundo, divulgada pela Forbes na última segunda-feira (28). Com um faturamento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 115 milhões) em 1 ano, eles se juntam a outros influenciadores que ganham muito dinheiro, mas também causam muitas polêmicas. 'Rei' do YouTube processado por causa de reality O "campeão" da lista da Forbes há três anos seguidos é MrBeast, que também segue a linha dos vídeos de desafios, além de jogos valendo dinheiro. Com um faturamento de US$ 85 milhões (cerca de R$ 480 milhões) em 1 ano, ele é conhecido também por praticar (e filmar) filantropia, como quando deu uma casa de "gorjeta" para um entregador de pizza. Mas o dono do canal com mais inscritos (324 milhões) no YouTube está sendo processado por participantes do reality show que ele mesmo criou. Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres Steven Kahn O Beast Games tem 1.000 participantes e promete um prêmio de US$ 5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) ao vencedor. Cinco mulheres que estiveram no programa afirmaram, segundo documentos do processo vistos pela BBC, que os participantes estavam "mal alimentados e exaustos", com a saúde em risco, além de imersos em um ambiente que promovia uma cultura de assédio sexual. Elas entraram com uma ação trabalhista contra a produtora do youtuber e a Amazon, que pretende exibir a atração no Prime Video, sua plataforma de streaming. Beast ainda não se pronunciou sobre a acusação. Irmãos que colecionam cancelamentos Outros dois nomes da lista dos maiores influenciadores costumam criar muita controvérsia, enquanto veem sua popularidade — e a fortuna — aumentar. Os irmãos Logan e Jake Paul ocupam a 12ª e a 13ª posições, respectivamente. Logan faturou US$ 9,8 milhões em 1 ano (cerca de R$ 55 milhões) e Jake, US$ 13,6 milhões (R$ 75 milhões), de acordo com a Forbes. Youtuber Logan Paul celebra resistência em uma luta de exibição contra Floyd Mayweather Reprodução/Instagram Logan, o mais velho, recebeu muitas críticas em 2018 após publicar no YouTube um vídeo que mostra uma pessoa morta durante uma viagem ao Japão. A gravação exibiu um corpo pendurado em uma árvore na floresta de Aokigahara, conhecida como a floresta dos suicídios. O influenciador, que apagou o material e disse que o vídeo foi um erro, ficou cerca de um mês sem publicar novos vídeos após o caso. No mesmo ano, Logan recebeu uma enxurrada de críticas por disparar uma arma de choque em ratos mortos que encontrou na sacada de casa e por tirar um peixe da água para fazer "procedimentos de ressuscitação" no animal. Em 2021, seu irmão, Jake, foi acusado de assédio sexual contra a influenciadora Justine Paradise. Segundo o jornal The Guardian, ela afirmou que foi forçada a fazer sexo oral em uma das vezes que encontrou Jake, em julho de 2019. Ele negou e disse que as alegações de Justine eram falsas. "Acusações de agressão sexual não são algo que eu ou qualquer pessoa deva encarar levianamente, mas, para ser bem claro, essa alegação contra mim é 100% falsa", disse o influenciador, à época. Nos últimos anos, os irmãos têm diversificado suas atividades, participando de lutas de boxe. Em 2022, Logan disse que Logan Paul gostaria de lutar com o humorista Whindersson Nunes, um dos maiores youtubers do Brasil. Um duelo entre Jake e Mike Tyson, previsto para junho deste ano, acabou sendo cancelado em razão de problemas médicos enfrentados pelo ex-campeão mundial. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Entenda o que significam as tecnologias das TVs

G1

Wed, 30 Oct 2024 05:00:18 -0000 -


Zhang Yiming agora possui uma fortuna de US$ 49,3 bilhões (cerca de R$ 283 bilhões). O novo homem mais rico da China: quem é o fundador do TikTok Getty Images via BBC A crescente popularidade global do TikTok fez com que o cofundador de sua empresa-mãe, a ByteDance, se tornasse a pessoa mais rica da China. Zhang Yiming agora possui uma fortuna de US$ 49,3 bilhões (cerca de R$ 283 bilhões), um aumento de 43% em relação a 2023, de acordo com a lista do instituto de pesquisa Hurun. Aos 41 anos, Zhang deixou o cargo de diretor-executivo (CEO no jargão empresarial) da ByteDance em 2021, mas acredita-se que ainda detenha aproximadamente 20% da empresa. O TikTok tornou-se um dos aplicativos de rede social mais populares do mundo, apesar de preocupações em alguns países sobre seus vínculos com o governo chinês. LEIA TAMBÉM China aposta em megapacote para alavancar PIB; saiba quais os reflexos para o Brasil Nem Messi, nem Neymar: veja quem é o jogador mais bem pago em 2024; ranking Número de super-ricos dispara, e é preciso fortuna ainda maior para se tornar um 'ultrarrico' Embora tanto o TikTok quanto a ByteDance afirmem ser independentes do governo chinês, os Estados Unidos planejam banir o TikTok em janeiro de 2025, a menos que a ByteDance venda a operação no país. Apesar da pressão dos americanos, o lucro global da ByteDance aumentou 60% no ano passado, elevando a fortuna pessoal de Zhang Yiming. "Zhang Yiming é a 18ª pessoa a chegar ao topo da lista (de mais rico) da China em apenas 26 anos", disse Rupert Hoogewerf, chefe do Hurun Research Institute. "Os Estados Unidos, em comparação, tiveram apenas quatro números um: Bill Gates, Warren Buffett, Jeff Bezos e Elon Musk. Isso dá uma indicação do dinamismo da economia chinesa." Antes de Zhang, a pessoa mais rica da china era Zhong Shanshan, presidente da maior empresa de bebidas da China, a Nongfu Spring, de acordo com a Reuters. Quem é Zhang Yiming Zhang Yiming nasceu em Longyan, no sudeste da China, em 1983. Antes de criar sua própria empresa – a ByteDance, em 2012 –, ele trabalhou na Microsoft e no Kuxun, um dos principais sites de busca de viagens e transporte da China, que depois foi adquirido pelo TripAdvisor. O engenheiro de software começou a trajetória de sua empresa com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial que teve muito sucesso na China. Ele mesmo o definiu como "um negócio de buscas" ou uma "rede social", mais do que apenas uma empresa de notícias, em entrevista para a Bloomberg em 2017. Depois de investir em vários aplicativos, a ByteDance desenvolveu o precursor do TikTok, chamado Douyin, que foi lançado localmente em 2016. A ideia era criar vídeos musicais de 15 segundos para serem compartilhados na internet. Em 2017, o Douyin chegou ao mercado internacional rebatizado de TikTok. Isso foi no mesmo ano em que a ByteDance comprou o aplicativo Musical.ly, herdando mais de 20 milhões de usuários ativos, que ajudaram na expansão do TikTok. Num perfil na revista americana Time, Zhang é descrito como uma pessoa "discreta, mas carismático"; "jovem, mas sábio". Zhang deixou o cargo de presidente da ByteDance em 2021, após renunciar como CEO no início daquele ano, supostamente sob pressão do governo chinês. Quem são os cinco novos bilionários brasileiros Bilionários da tecnologia Zhang Yiming não é o único representante do gigantesco setor de tecnologia da China na lista. Pony Ma, chefe do conglomerado tecnológico com atuação na indústria de jogos eletrônicos Tencent, ocupa o terceiro lugar na lista. No entanto, a fortuna deles não é explicada apenas pelo sucesso de suas empresas, já que seus concorrentes ganharam menos dinheiro em um ano em que a economia da China apresentou dificuldades. Apenas cerca de 30% das pessoas na lista tiveram um aumento em seu patrimônio líquido no último ano; o restante viu uma diminuição. "A lista dos mais ricos da China encolheu pelo terceiro ano consecutivo, de forma inédita, já que a economia e os mercados de ações da China tiveram um ano difícil", disse Rupert Hoogewerf, chefe do instituto Hurun. "O número de indivíduos na lista caiu 12% no último ano, para pouco menos de 1.100, uma redução de 25% em relação ao pico de 2021." Hoogewerf explicou que foi um bom ano para fabricantes de smartphones, como a Xiaomi, enquanto o mercado de energia verde enfrentou dificuldades. "Fabricantes de painéis solares, baterias de lítio e veículos elétricos tiveram um ano desafiador, com a intensificação da concorrência levando a um excesso de oferta, e com a ameaça de tarifas", afirmou. "Os fabricantes de painéis solares viram sua riqueza cair até 80% em relação ao pico de 2021, enquanto as empresas de baterias e veículos elétricos caíram pela metade e por um quarto, respectivamente.

G1

Tue, 29 Oct 2024 19:25:48 -0000 -


Convênios foram firmados com organismos independentes focados em monitoramento e integridade. Segundo o governo federal, objetivo dos acordos é cuidar da imagem do esporte brasileiro. Câmara aprova texto que regulamenta mercado de apostas esportivas online O governo brasileiro assinou nesta terça-feira (29) um convênio com quatro organismos independentes, com atuação internacional, para coibir a manipulação de resultados no mercado de apostas esportivas — as chamadas bets. Os convênios foram firmados com as seguintes empresas de monitoramento e integridade: Genius Sports, International Betting Integrity Association (IBIA), Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America) e Sport Radar. "Não quero um ou outro, quero todos que se preocupam e que podem nos ajudar com uma tarefa difícil no ambiente internacional. Estado brasileiro, e outros Estados ao redor do mundo, trataram como uma atividade que precisa ser regulada, para que externalidades negativas sejam tratadas. No dia de hoje, a mais relevante a ser tratada é a manipulação de resultados", disse Regis Dudena, secretário de Prêmio e Apostas do Ministério da Fazenda. Segundo ele, esses organismos — aliando a tecnologia própria e a tecnologia desenvolvida pelo governo brasileiro, e em conjunto com trocas de informação —, vão melhorar o setor no Brasil. "Vamos aprender com o mundo. Compartilhar dados e conhecimento com esses organismos, além da formação de servidores", explicou. Giovanni Rocco Neto, secretário Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte do Ministério do Esporte, disse que a grande preocupação do governo é cuidar da imagem do esporte brasileiro. "Temos preocupação com a imagem e com a integridade do esporte. Temos de ser rápidos e eficientes na punição e apuração de eventuais eventos de manipulação de resultados, não só no futebol. A gente tem uma preocupação com esportes de auto rendimento, de esporte individual, tênis, judô, boxe. Que, na prática, são mais fáceis de serem manipulados", acrescentou Giovanni Rocco Neto, do Ministério do Esporte. Apostas esportivas; bet Joédson Alves/Agência Brasil Os representantes das empresas destacaram a importância dos acordos firmados. Veja o que eles dizem: "Temos 160 parceiros ao redor do mundo, com os quais compartilhamos dados e tecnologia para coibir manipulação e fraude. Esporte sem credibilidade afeta não só atletas, apostadores e profissionais que precisam do esporte para sobreviver", disse João Amaral, representante da Genius Sports. Sérgio Floris, da Sport Radar, disse acreditar que o Brasil vai deixar a liderança de um ranking mundial de manipulação de resultados compilado pela empresa. "Isso não quer dizer que a luta acaba, mas é uma forma de mostrar trabalho sério que o governo e as organizações vêm fazendo", acrescentou. Graham Tidey, da International Betting Integrity Association, avaliou que essa parceria é essencial. A informou que IBIA monitora 125 marcas, e mais de US$ 300 bilhões, sendo a maior entidade de monitoramento independente do mundo. Manoel de Medeiros, Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America), estimou que as apostas esportivas somam de US$ 3 trilhões a US$ 5 trilhões por ano no mundo. "O governo do brasil encarou de frente um problema de contornos extremamente complexos e de impacto bastante significativo", declarou.

G1

Tue, 29 Oct 2024 14:47:27 -0000 -


Decisão foi considerada um marco histórico por autoridades locais; entenda o que é deepfake e veja dicas para identificar a prática. Hugh Nelson foi condenado a 18 anos de prisão por usar inteligência artificial apra criar imagens pornográficas de crianças. Divulgação/Serviço de Promotoria da Coroa do Reino Unido Hugh Nelson, um homem de 27 anos, foi condenado a 18 anos de prisão no Reino Unido por usar inteligência artificial (IA) para criar imagens pornográficas de crianças e vendê-las em grupos de bate-papo na internet. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (27) pela Promotoria da Coroa do Reino Unido (CPS, na sigla em inglês) e foi considerada histórica por autoridades inglesas. Segundo Jeanette Smith, promotora especialista da Unidade de Abuso Sexual Infantil Organizado do CPS, a decisão mostra que a lei se aplica tanto a fotografias reais quanto às geradas por IA. Nelson, estudante de design gráfico, admitiu à polícia que, ao longo de 18 meses, ganhou 5.000 libras (equivalente a cerca de R$ 37 mil na cotação do dia 28 de outubro) com a venda on-line de imagens adulteradas de crianças de cunho sexual. Ele se declarou culpado de 16 crimes de abuso sexual infantil, incluindo o incentivou ao estupro de crianças em salas de conversação na internet. Um marco para as próximas decisões Jen Tattersall, chefe da equipe de investigação de abuso infantil on-line da polícia de Manchester (cidade na Inglaterra), afirma que esse caso é emblemático e mostra a importância dos investigadores se adaptarem aos novos tipos de crimes praticados pela internet. “Nelson é um homem extremamente perigoso que pensou que poderia escapar do que estava fazendo usando tecnologia moderna. Ele estava errado e agora sentiu toda a força da lei por suas ações", disse Tattersall em comunicado divulgado pela CPS. Já Carly Baines, detetive da polícia de Manchester, destaca que esse é um dos primeiros casos nesse âmbito e representa um "marco" para as próximas decisões. “Embora as imagens criadas e distribuídas neste caso tenham sido geradas por computador e não sejam imagens de abuso infantil no sentido tradicional, comportamentos dessa natureza não serão tolerados”, disse Baines. ➡️ Mas o que deepfake significa? O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade Deepfake é uma técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial (IA). Por meio dessa prática, por exemplo, é possível trocar o rosto de uma pessoa que está em vídeo pelo de outra ou mudar o que ela está falando. O material falso é criado a partir de conteúdos verdadeiros que são modificados por meio de aplicativos ou programas de edição que já existem no mercado. Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é justamente a criação de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet. 👀​ É possível reconhecer um deepfake? Embora seja desafiador, existem algumas pistas que podem ajudar a identificar uma deepfake, segundo o especialista em IA Tiago Almeida informou em uma entrevista em abril ao g1. Confira: Procure por inconsistências no vídeo ou na imagem, como movimentos não naturais, piscadas estranhas ou expressões faciais desalinhadas. "Métodos de criação de deepfake frequentemente têm dificuldades em criar detalhes como movimentos dos olhos, sincronização labial ou como a luz e as sombras são representadas no rosto", explica; Caso a suspeita caia sobre um vídeo, o usuário pode prestar atenção no áudio, pois as vozes podem, muitas vezes, soarem robóticas ou com entonações que não são naturais; Use softwares projetados para detectar deepfakes, pois eles analisam as "impressões digitais" deixadas pelo conteúdo manipulado; Verifique as informações com fontes confiáveis caso algo pareça muito chocante ou incomum. Veja mais: Pornografia deepfake se espalha por escolas da Coreia do Sul e vítimas são jovens estudantes Como inteligência artificial criou 'nudes' falsos de mais de 100 mil mulheres compartilhados em redes Deepfake: Sete adolescentes são responsabilizados por manipulação de imagens em Maceió 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real Golpistas recorrem ao "deepfake" pra enganar quem usa a internet e as redes socais

G1

Tue, 29 Oct 2024 07:00:28 -0000 -


Youtuber MrBeast, que liderou o ranking, faturou cerca de R$ 485 milhões em um ano; entre as mulheres, a tiktoker Charli D'Amelio foi a mais bem colocada, ocupando a quarta posição. Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes Apresentadora de podcast sobre sexualidade, youtuber que compartilha desafios, ex-engenheiro da Nasa e gêmeos idênticos que pregam "pegadinhas" são algumas das personalidades presentes na Top Creators, lista que elenca os maiores influenciadores do mundo, divulgada nesta segunda-feira (28) pela revista Forbes (veja a lista completa). O ranking considera faturamento estimado, número de seguidores, engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos divididos pela quantidade de seguidores) e os negócios comerciais de cada influenciador entre junho de 2023 e junho de 2024. O youtuber MrBeast lidera a lista pelo terceiro ano consecutivo. Em 1 ano, o youtuber faturou US$ 85 milhões (o equivalente a R$ 485 milhões, na cotação de 28 de outubro). Em junho deste ano, o canal de MrBeast se tornou o que tem o maior números de inscritos do YouTube. A maioria dos participantes da lista é dos Estados Unidos – não há nenhum brasileiro no ranking. ​💰​ Juntos, os 50 principais faturaram quase US$ 720 milhões em 1 ano (cerca de R$ 4 bilhões), um crescimento de US$ 20 milhões (R$ 114 milhões) na comparação com 2023. Conheça abaixo os 10 maiores influenciadores de 2024: 1) MrBeast Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast Richard Shotwell/Invision/AP 💰 Faturamento estimado: US$ 85 milhões (R$ 485 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 503 milhões 👍 Engajamento: 2.38% Jimmy Donaldson (o nome verdadeiro de MrBeast) é um americano de 26 anos que costuma publicar vídeos com desafios, como passar horas na Antártida, ou jogos valendo dinheiro. Mas nem todos se encaixam nestas categorias: um vídeo recente superou as 150 milhões de visualizações ao mostrar um trem caindo em um buraco. O YouTube é a rede onde ele é mais conhecido. Quando se tornou o maior canal em número de inscritos, em junho, tinha 270 milhões. Esse número já subiu para 324 milhões até agora. MrBeast ganhou destaque por investir parte do que ganha em vídeos ultracaros: alguns chegam a custar milhões para serem produzidos. Em junho de 2023, ele disse a um podcast que reinveste "cada centavo que ganha", segundo relatou à BBC. É essa abordagem de conteúdo que pode começar a explicar por que o youtuber americano atrai um público tão gigante — o que permite aumentar cada vez mais as apostas que ele faz. Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres Meta AI começa a ser liberado no WhatsApp, mas é detonado por dar respostas erradas 2) Dhar Mann Dhar Mann, o segundo maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes Instagram 💰 Faturamento estimado: US$ 45 milhões de dólares (R$ 257 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 120 milhões 👍 Engajamento: 0,33% Dhar Mann faz conteúdos sobre bullying, racismo e desigualdade junto com uma equipe de mais de 150 pessoas, descreve a Forbes. Nas redes, ele também mostra sua família, com duas filhas. O influenciador, filho de imigrantes indianos, produz curtas-metragens roteirizados com atores. Seu faturamento vem de parcerias com o WhatsApp, o estúdio Universal, entre outras marcas, além de anúncios no Google. Mann também tem uma marca de produtos de beleza chamada LiveGlam. 3) Matt Rife Matt Rife, o terceiro maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes Instagram 💰 Faturamento estimado: US$ 50 milhões de dólares (R$ 285 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 30.4 milhões 👍 Engajamento: 3% O humorista Matt Rife tem levado multidões aos seus shows de stand-up. Ele viralizou no TikTok em 2022 e tem dois especiais de comédia no Netflix. No primeiro, "Natural Selection", foi criticado por uma piada sobre violência doméstica, segundo a Forbes. 4) Charli D’Amelio Charli D'Amelio Vianney Le Caer/Invision/AP 💰 Faturamento estimado: US$ 23,5 milhões de dólares (R$ 134 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 213.5 milhões 👍 Engajamento: 0,27% A americana de 20 anos ganhou fama com dancinhas no TikTok – algumas delas com sua irmã Dixie D'Amelio, a sexta colocada no ranking. Na lista, Charli só perde em seguidores para o campeão, MrBeast. A tiktoker fundou com a família uma empresa para administrar contratos de publicidade e gerenciar suas marcas, que vão de produtos de skin care a calçados. 5) Gêmeos Stokes (Stokes Twins) Youtubers Alan e Alex Stokes em vídeo em que 'trollam' pessoas fingindo serem ladrões Reprodução 💰 Faturamento estimado: US$ 20 milhões de dólares (R$ 114 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 113.7 milhões 👍 Engajamento: 3.09% Famosos pelos vídeos de "pegadinhas" e desafios, os gêmeos idênticos Alex e Alan Stokes têm um dos canais que mais crescem no YouTube, descreve a Forbes. Eles não apareceram na lista dos top criadores em 2023. Somando com a audiência em outras redes, como o TikTok, os irmãos já acumulam mais de 4 bilhões de visualizações nas redes. Em 2020, foram condenados por "pegadinhas" de roubo a banco, onde fingiram ser ladrões. Correndo risco de serem presos, assumiram o crime e acabaram tendo a pena reduzida para 160 horas de serviço comunitário. Em um desses vídeos, policiais chegaram a apontar armas para o motorista de Uber que levava os irmãos sem saber o que estava acontecendo. 6) Dixie D’Amelio Dixie D'Amelio, a influenciadora de 80 milhões de fãs que quer ir do TikTok aos palcos 💰 Faturamento estimado: US$ 14,6 milhões de dólares (R$ 83 milhões, na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 87 milhões 👍 Engajamento: 1.88% Dixie D'Amelio saltou da 18ª posição no ranking em 2023 para a sexta, pouco atrás da irmã mais nova, Charli. Ela ficou dançando em vídeos com Charli ou fazendo palhaçadinhas na frente do celular, descreveu o g1, que entrevistou a tiktoker em 2021. Na época, Dixie vinha se arriscando como cantora. Seu single "Be Happy" já foi ouvido 100 milhões de vezes no Spotify. Mas a Forbes atribui sua relevância pela identificação com o ramo da moda. Aos 23 anos, Dixie tem parcerias com grifes como Chopard, Ferragamo, Louis Vuitton e Valentino. Ela e a irmã também estão à frente de uma linha de calçados que leva o sobrenome delas. 7) Mark Rober Mark Rober Instagram 💰 Faturamento estimado: US$ 25 milhões (R$ 143 milhões na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 61.9 milhões 👍 Engajamento: 2.09% O ex-engenheiro da Nasa Mark Rober é o mais velho entre os top 10 da lista, com 44 anos. No ano passado, ele era apenas o 29º colocado. A Forbes destaca que ele praticamente dobrou o número de inscritos em seu canal no YouTube neste ano, saltando de 30 milhões para mais de 57 milhões. Os vídeos de Rober focam em ciência e os testes chamam a atenção pelas propostas inusitadas, como saber se ácido pode ser mais destrutivo do que lava. Ele também tem parceria com o canal Discovery. Além de monetizar vídeos, ele fatura com a venda de produtos por assinatura sobre os temas, para crianças e adultos. 8) Alex Cooper Alex Cooper Instagram 💰 Faturamento estimado: US$ 22 milhões (R$ 125,6 milhões na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 5.7 milhões 👍 Engajamento: 6.5% Alexandra Cooper é a apresentadora do podcast Call Her Daddy, um dos maiores do mundo, que começou com conversas com celebridades sobre sexo e relacionamento. Hoje, segundo a Forbes, ele se tornou um gigante de mídia multifacetado. A ginasta Simone Biles e os cantores Post Malone e Katy Perry já participaram do programa. Em 2023, Alex entrevistou a cantora Anitta. Recentemente, a conversa com a candidata à presidência dos Estados Unidos Kamala Harris dividiu a audiência, que é predominantemente feminina. Nos últimos anos, Cooper fechou um acordo de US$ 60 milhões para o podcast ser hospedado no Spotify. Mais recentemente, ela fechou um novo contrato, ainda mais recheado (de US$ 125 milhões), para levar seus programas para o SiriusXM, serviço de streaming de áudio dos EUA. 9) Rhett & Link Rhett McLaughlin e Link Neal Richard Shotwell/Invision/AP 💰 Faturamento estimado: US$ 36 milhões (R$ 205,5 milhões na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 14.3 milhões 👍 Engajamento: 0.25% Os dois influenciadores afirmam ser melhores amigos desde 1984 e estão no YouTube desde 2006. Eles começaram com esquetes de humor no Youtube e, hoje, também produzem outros tipos de programas na plataforma. Em um dos canais, eles provam diferentes tipos de comida, testam produtos, reproduzem virais das redes sociais e convidam famosos para participarem de jogos. Além disso, eles têm um podcast e uma loja que vende produtos relacionados ao seu canal no Youtube. 10) Khaby Lame Quem é Khaby Lame? (vídeo de 2022) 💰 Faturamento estimado: US$ 20 milhões (R$ 114 milhões na cotação de 28 de outubro) 👤 Nº de seguidores: 255 milhões 👍 Engajamento: 0.25% Segundo a Forbes, Khaby é a pessoa mais seguida no TikTok, com 163 milhões de seguidores apenas nessa rede social. Ele ficou famoso por produzir vídeos de comédia, onde reage a memes e tendências que viralizaram nas redes sociais. Khaby não costuma falar em seus conteúdos, mas conquistou o público com seus gestos e expressões engraçadas. Em 2022, ele chegou a gravar, na Itália, com o influenciador brasileiro Luva de Pedreiro, que bancou o visitante intrometido que atrapalha a rotina do italiano. O resultado da brincadeira é um vídeo em que o baiano é "expulso" da casa em uma encenação com direito a pulos na cama, roubo de comida e espuma de xampu espalhada pelo chão. Veja mais: Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Tue, 29 Oct 2024 03:02:14 -0000 -


MrBeast mantém liderança no ranking, com faturamento estimado equivalente a R$ 485 milhões em um ano, de acordo com o levantamento. Quem são e quanto faturam os maiores influenciadores do mundo, segundo a Forbes O youtuber MrBeast segue como o maior influenciador do mundo, segundo levantamento Top Creators, divulgado nesta segunda-feira (28) pela revista Forbes. O criador de conteúdo teve faturamento estimado em US$ 85 milhões (o equivalente a R$ 485 milhões) na cotação de 28 de outubro em 1 ano. Ele também liderou a lista em 2023. Em junho deste ano, seu canal se tornou o que tem o maior números de inscritos do YouTube. Veja abaixo a lista completa e, em seguida, conheça os 10 maiores influenciadores. A maioria é dos Estados Unidos – não há nenhum brasileiro no ranking. Juntos, os 50 principais faturaram quase US$ 720 milhões em 1 ano (cerca de R$ 4 bilhões) e US$ 20 milhões (R$ 114 milhões) a mais do que em 2023. Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres A tiktoker Charli D'Amelio também continua sendo a mulher mais bem colocada, ocupando a quarta posição neste ano, uma acima da que teve em 2023. Ela só perde para Mr.Beast em número de seguidores, mas fatura menos que os primeiros colocados. Para definir os maiores criadores, a "Forbes" considerou o faturamento estimado em 1 ano, o número de seguidores, o engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos divididos pela quantidade de seguidores) e os negócios comerciais de cada influenciador. Quem são os top 10 influencers em 2024: 1) Mr Beast Jimmy Donaldson (o nome verdadeiro de MrBeast) é um americano de 26 anos que costuma publicar vídeos com desafios, como passar horas na Antártica, ou jogos valendo dinheiro. Mas nem todos se encaixam nestas categorias: um vídeos recente superou as 150 milhões de visualizações ao mostrar um trem caindo em um buraco. Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast Richard Shotwell/Invision/AP O YouTube é a rede onde ele é mais conhecido. Quando se torno o maior canal em número de inscritos, em junho, tinha 270 milhões. Esse número já subiu para 324 milhões até agora. MrBeast ganhou destaque por investir parte do que ganha em vídeos ultracaros: alguns chegam a custar milhões para serem produzidos. Em junho de 2023, ele disse a um podcast que reinveste "cada centavo que ganha", segundo relatou à BBC. É essa abordagem de conteúdo que pode começar a explicar por que o YouTuber americano atrai um público tão gigante — o que permite aumentar cada vez mais as apostas que ele faz. 2) Dhar Mann Dhar Mann faz conteúdos sobre bullying, racismo e desigualdade junto com uma equipe de mais de 150 pessoas, descreve a Forbes. Nas redes, ele também mostra sua família, com duas filhas. Seu faturamento vem de parcerias com o WhatsApp, a Universal, entre outras marcas, além de anúncios no Google. Mann também tem uma marca de produtos de beleza chamada LiveGlam. Dhar Mann, o segundo maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes Instagram 3) Matt Rife O humorista Matt Rife tem levado multidões aos seus shows de stand-up. Ele viralizou no TikTok in 2022 e tem dois especiais de comédia no Netflix. No primeiro, "Natural Selection", foi criticado por uma piada sobre violência doméstica, segundo a Forbes. Matt Rife, o terceiro maior influencer do mundo em 2024, segundo a Forbes Instagram 4) Charli D’Amelio A americana de 20 anos ganhou fama com dancinhas no TikTok – algumas delas com sua irmã Dixie D'Amelio, a sexta colocada no ranking. Na lista, Charli só perde em seguidores para o campeão, MrBeast. Charli D'Amelio Vianney Le Caer/Invision/AP A tiktoker fundou com a família uma empresa para administrar contratos de publicidade e gerenciar suas marcas, que vão de produtos de skin care a calçados. 5) Gêmeos Stokes (Stokes Twins) Famosos pelos vídeos de "pegadinhas" e desafios, os gêmeos idênticos Alex e Alan Stokes têm um dos canais que mais crescem no YouTube, descreve a Forbes. Eles não apareceram na lista dos top criadores em 2023. Somando com a audiência em outras redes, como o TikTok, os irmãos já acumulam mais de 4 bilhões de visualizações nas redes. Em 2020, foram condenados por "pegadinhas" de roubo a banco, onde fingiram ser ladrões. Correndo risco de serem presos, assumiram o crime e acabaram tendo a pena reduzida para 160 horas de serviço comunitário. Youtubers Alan e Alex Stokes em vídeo em que 'trollam' pessoas fingindo serem ladrões Reprodução Em um desses vídeos, policiais chegaram a apontar armas para o motorista de Uber que levava os irmãos sem saber o que estava acontecendo. 6) Dixie D’Amelio Dixie D'Amelio saltou da 18ª posição no ranking em 2023 para a sexta, pouco atrás da irmã mais nova, Charli. Ela ficou dançando em vídeos com Charli ou fazendo palhaçadinhas na frente do celular, descreveu o g1, que entrevistou a tiktoker em 2021. Na época, Dixie vinha se arriscando como cantora. Seu single "Be Happy" já foi ouvido 100 milhões de vezes no Spotify. Dixie D'Amelio, a influenciadora de 80 milhões de fãs que quer ir do TikTok aos palcos Mas a Forbes atribui sua relevância pela identificação com o ramo da moda. Aos 23 anos, Dixie tem parcerias com grifes como Chopard, Ferragamo, Louis Vuitton e Valentino. Ela e a irmã também estão à frente de uma linha de calçados que leva o sobrenome delas. 7) Mark Rober O ex-engenheiro da Nasa Mark Rober é o mais velho entre os top 10 da lista, com 44 anos. No ano passado, ele era apenas o 29º colocado. A Forbes destaca que ele praticamente dobrou o número de inscritos em seu canal no YouTube neste ano, saltando de 30 milhões para mais de 57 milhões. Mark Rober Instagram Os vídeos de Rober focam em ciência e os testes chamam a atenção pelas propostas inusitadas, como saber se ácido pode ser mais destrutivo do que lava. Ele também tem parceria com o canal Discovery. Além de monetizar vídeos, ele fatura com a venda de produtos por assinatura sobre os temas, para crianças e adultos. 8) Alex Cooper Alexandra Cooper é a apresentadora do podcast sobre sexo e relacionamento Call Her Daddy. Segundo a Forbes, Alex transformou o produto de comunicação em um gigante de mídia multifacetado. Em um dos episódios de 2023 ela entrevistou Anitta. Nos últimos anos, Cooper fechou um acordo de US$ 60 milhões com o Spotify; mais recentemente, ela fechou um novo contrato ainda mais recheado (de US$ 125 milhões), para levar seus programas de áudio para o SiriusXM, serviço de streaming de áudio dos EUA. Alex Cooper Instagram 9) Rhett & Link Os dois influenciadores afirmam ser melhores amigos desde 1984 e estão no YouTube desde 2006. Eles começaram com esquetes de humor no Youtube e, hoje, também produzem outros tipos de programas na plataforma. Em um dos canais, eles provam diferentes tipos de comida, testam produtos, reproduzem virais das redes sociais e convidam famosos para participarem de jogos. Além disso, eles têm um podcast e uma loja que vende produtos relacionados ao seu canal no Youtube. Rhett McLaughlin e Link Neal Richard Shotwell/Invision/AP 10) Khaby Lame Khabane Lame, mais conhecido como Khaby Lame, é um jovem de 24 anos, nascido no Senegal e naturalizado italiano. Luva de Pedreiro e Khaby Lame Reprodução/Redes Sociais Segundo a Forbes, Khaby é a pessoa mais seguida no TikTok, com 163 milhões de seguidores apenas nessa rede social. Ele ficou famoso por produzir vídeos de comédia, onde reage a memes e tendências que viralizaram nas redes sociais. Khaby não costuma falar em seus conteúdos, mas conquistou o público com seus gestos e expressões engraçadas. Em 2022, ele chegou a gravar, na Itália, com o influenciador brasileiro Luva de Pedreiro, que bancou o visitante intrometido que atrapalha a rotina do italiano. O resultado da brincadeira é um vídeo em que o baiano é expulso da casa em uma encenação com direito a pulos na cama, roubo de comida e espuma de xampu espalhada pelo chão. Como pano de fundo, é claro, o bordão inesquecível: "Receba!" Reveja os maiores influenciadores de 2023: Forbes divulga lista dos maiores influenciadores do mundo em 2023

G1

Mon, 28 Oct 2024 23:06:06 -0000 -


Shivaun Raff e seu marido, Adam, descrevem a longa batalha judicial que tiveram com a gigante da tecnologia Google. Shivaun and Adam Raff Reprodução/BBC "O Google essencialmente nos fez desaparecer da internet." Dias de lançamento são igualmente emocionantes e aterrorizantes para muitos fundadores de empresas que vão estrear no mercado. Mas provavelmente esse dia nunca será pior do que o vivenciado por Shivaun Raff e seu marido, Adam. Era junho de 2006 e o casal estava prestes a lançar o Foundem, um ​​site pioneiro de comparação de preços. No projeto, eles sacrificaram empregos bem pagos e construíram a plataforma do zero. Eles não sabiam na época, mas aquele dia — e os dias que se seguiram — marcariam o começo do fim da empresa. Isso porque o Foundem foi atingido por uma penalidade de pesquisa do Google, provocada por um dos filtros automáticos de spam do mecanismo de pesquisa. Isso empurrou o site para baixo nas listas de resultados de pesquisa para consultas relevantes com esse mercado, como "comparação de preços" e "comparação de compras". Isso significava que o site do casal, que cobrava uma taxa quando os clientes clicavam em listas de produtos de outros sites, sofreu para ganhar algum dinheiro. "Estávamos monitorando nossas páginas e como elas estavam sendo classificadas [no sistema do Google]. Então vimos todas elas despencarem quase imediatamente", diz Adam. Embora o dia do lançamento do Foundem não tenha saído como planejado, ele seria o gatilho de outra coisa: uma batalha jurídica de 15 anos que culminou em uma multa recorde de € 2,4 bilhões (R$ 14,7 bi, na cotação do dia 27 de outubro) para o Google, que foi condenado por ter abusado de seu domínio de mercado. O processo é visto como um dos momentos mais marcantes na regulamentação global das grandes empresas de tecnologia. O Google passou sete anos resistindo à condenação, expedida em junho de 2017. Porém, em setembro deste ano, o Tribunal de Justiça Europeu rejeitou todos os recursos da companhia. Em entrevista ao programa The Bottom Line, da BBC Radio 4, Shivaun e Adam explicaram que, a princípio, eles pensaram que o início vacilante do site tinha sido simplesmente um erro. LEIA MAIS: Mãe diz que filho cometeu suicídio após se apegar a personagem criado por IA e processa startup e Google nos EUA Google lança Android 15 para o público geral; veja as principais novidades EUA consideram desmembrar Google em caso histórico "No começo, pensamos que isso seria um dano colateral", diz Shivaun, de 55 anos. "Nós apenas presumimos que tínhamos que escalar a plataforma para o lugar certo e essa penalização seria anulada." "Se o tráfego para o seu site for negado, você não tem um negócio", acrescenta Adam, de 58 anos. O casal enviou ao Google inúmeras solicitações para que a restrição automática fosse suspensa, mas, cerca de dois anos depois, nada havia mudado e eles relatam que não receberam nenhuma resposta. Enquanto isso, o site aparecia normalmente em outros mecanismos de busca. No entanto, isso realmente não importava, de acordo com Shivaun, já que "todo mundo usa o Google". O casal descobriria mais tarde que o site deles não era o único a ter sido colocado em desvantagem pelo Google — quando a gigante da tecnologia foi considerada culpada e multada em 2017, havia cerca de outras 20 queixas, que incluíam Kelkoo, Trivago e Yelp. Adam, que construiu uma carreira na área da computação, diz que teve o "momento eureka" para criar a Foundem enquanto fumava um cigarro do lado de fora do escritório de seu antigo empregador. Na época, os sites de comparação de preços davam os primeiros passos, e cada um focava apenas num produto específico. Mas o Foundem era diferente, porque permitia que os clientes comparassem uma grande variedade de produtos — de roupas a passagens aéreas. "Ninguém mais chegou perto dessa ideia", sorri Shivaun, que foi consultora de software para várias grandes marcas globais. Durante o julgamento realizado em 2017, a Comissão Europeia concluiu que o Google havia promovido ilegalmente seu próprio serviço de comparação de compras nos resultados de pesquisa, enquanto rebaixava as plataformas criadas por concorrentes. Dez anos antes disso, porém — quando o Foundem foi lançado — Adam diz que não tinha motivos para supor que o Google estava sendo deliberadamente anticompetitivo em relação às compras online. "Eles não eram realmente competidores sérios nesse setor", avalia ele. No final de 2008, o casal começou a suspeitar de um jogo sujo. Faltavam três semanas para o Natal e a dupla recebeu uma mensagem que avisava que o site havia ficado lento e não carregava adequadamente. Eles pensaram que se tratava de um ataque cibernético, "mas na verdade era só que todo mundo tinha começado a visitar o Foundem", lembra Adam. À época, o programa The Gadget Show, do Channel 5, um dos canais da televisão britânica, tinha acabado de nomear o Foundem como o melhor site de comparação de preços do Reino Unido. "E isso foi muito importante", explica Shivaun, "porque então entramos em contato com o Google e dissemos, olha, certamente [esse bloqueio] não está beneficiando seus usuários e torna impossível para eles nos encontrarem". "Não fomos ignorados, mas recebemos uma resposta do Google no estilo 'saia daqui, vá procurar o que fazer'." "Nesse momento decidimos que precisávamos lutar", diz Adam. O casal foi à imprensa, com sucesso limitado, e levou a reclamação aos órgãos reguladores de Reino Unido, Estados Unidos e Bruxelas, na Bélgica. Foi neste último local — onde fica a Comissão Europeia (CE) — que o caso finalmente decolou, com o lançamento de uma investigação antitruste a partir de novembro de 2010. "Uma das coisas que eles nos questionaram foi que, se esse era um problema sistêmico, por que éramos as primeiras pessoas que chegavam até lá", lembra Shivaun. "Dissemos que não tínhamos 100% de certeza, mas suspeitávamos que as pessoas estavam com medo, porque todas as empresas na internet dependem essencialmente do Google para a força vital que vem do tráfego." Google Getty Images 'Não gostamos de valentões' O casal estava em um quarto de hotel em Bruxelas, a apenas algumas centenas de metros do prédio da Comissão Europeia, quando a comissária de concorrência Margarethe Vestager finalmente anunciou o veredicto que eles e outros sites de compras esperavam. Mas não houve estouro de rolhas de champanhe. O foco deles então se voltou para garantir que a comissão colocasse a decisão em prática. "Acho que foi uma pena para o Google o que eles fizeram conosco", diz Shivaun. "Nós fomos criados sob a ilusão de que podemos fazer a diferença, e realmente não gostamos de valentões." Nem mesmo a derrota final do Google no caso no mês passado significou o fim do processo para o casal. Eles acreditam que a conduta do Google continua anticompetitiva e a Comissão Europeia segue investigando o caso. Em março deste ano, sob a nova Lei de Mercados Digitais, a comissão abriu uma investigação sobre a empresa controladora do Google, a Alphabet, para verificar se ela continua a dar preferência a seus próprios produtos e serviços nos resultados de pesquisa. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Um porta-voz do Google afirmou: "O julgamento do Tribunal Europeu de Justiça [em 2024] se refere apenas à forma como mostramos os resultados dos produtos de 2008 a 2017." "As mudanças que fizemos em 2017 para cumprir com a decisão da Comissão Europeia funcionaram com sucesso por mais de sete anos, gerando bilhões de cliques para mais de 800 serviços de comparação de compras." "Por esse motivo, continuamos a contestar fortemente as alegações feitas pela Foundem e o faremos quando o caso for considerado pelos tribunais." O casal que criou a Foundem também busca uma ação de danos civis contra o Google, que deve começar a ser julgada no primeiro semestre de 2026. Mas quando, ou se, uma vitória final se concretizar, provavelmente ela virá com um gosto amargo — eles foram forçados a fechar a Foundem em 2016. A longa luta contra o Google também tem sido exaustiva para eles. "Acho que se soubéssemos que levaria tantos anos, talvez não tivéssemos feito a mesma escolha", admite Adam. Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

G1

Mon, 28 Oct 2024 17:07:18 -0000 -


Reportagem do jornal Washington Post publicada no sábado (26) diz que Musk chegou aos EUA com visto de estudante para cursar uma pós-graduação, mas que abandonou o curso para abrir uma startup. Postagem de Elon Musk que faz alusão a uma 'guerra civil' gerou revolta no Reino Unido Reuters/Via BBC O empresário bilionário sul-africano Elon Musk trabalhou ilegalmente nos Estados Unidos durante um breve período na década de 1990 enquanto criava uma startup , informou o jornal americano Washington Post no sábado (26). Musk negou a reportagem no domingo (27), dizendo que ele tinha permissão para trabalhar legalmente nos EUA durante esse período. "Eu estava com um visto J-1 que fez a transição para um H1-B", ele disse em sua plataforma de mídia social X. O visto J-1 Exchange Visitor permite que estudantes estrangeiros obtenham treinamento acadêmico nos EUA, enquanto o visto H1-B é para emprego temporário. O veículo de notícias relatou que Musk chegou a Palo Alto, Califórnia, em 1995 para cursar a Universidade Stanford, mas nunca se matriculou em seu programa de pós-graduação lá. Em vez disso, ele desenvolveu a empresa de software Zip2, que foi vendida em 1999 por cerca de US$ 300 milhões, de acordo com o veículo. A presença de Musk na campanha de Trump Dois especialistas em leis de imigração citados pelo Post disseram que Musk precisaria estar matriculado em um curso completo para manter uma autorização de trabalho válida como estudante. Musk disse em um podcast de 2020 citado pelo Post: "Eu estava legalmente lá, mas eu deveria estar fazendo trabalho de estudante. Eu tinha permissão para fazer trabalho de apoio a qualquer coisa." O Washington Post citou dois ex-colegas de Musk que se lembravam de Musk ter recebido sua autorização de trabalho nos EUA por volta de 1997. Musk apoiou o candidato presidencial republicano Donald Trump na eleição de 5 de novembro nos EUA, na qual o ex-presidente enfrenta a vice-presidente democrata Kamala Harris, em uma disputa que as pesquisas mostram ser acirrada. Trump tem retratado migrantes como invasores e criminosos há anos, e durante sua presidência (2017 a 2021) tomou medidas rigorosas para coibir a migração legal e ilegal. Ele está prometendo o maior esforço de deportação da história dos EUA se for reeleito. Veja mais: Musk sorteará US$ 1 milhão por dia a eleitores na Pensilvânia em apoio a Trump Rumo a Marte: quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Musk pode fazer sorteio na campanha de Trump? Quem é Elon Musk?

G1

Sun, 27 Oct 2024 15:44:42 -0000 -


Protagonizado por Arnold Schwarzenegger, o sucesso de bilheteria de 1984 se tornou sinônimo dos perigos das máquinas superinteligentes — mas ele 'ajuda e atrapalha' nosso entendimento sobre a inteligência artificial. Arnold Schwarzenegger em cena do filme 'O Exterminador do Futuro' Alamy via BBC Em um episódio da série da HBO "Silicon Valley", Thomas Middleditch (Richard Hendricks) está explicando sua plataforma de machine learning (aprendizado automatizado) Pied Piper para participantes de um grupo focal, quando um deles inevitavelmente a compara ao filme "O Exterminador do Futuro", de James Cameron, de 1984. "Não, não, não", insiste o exasperado Middleditch. "Posso garantir que não há nenhuma situação do tipo Skynet aqui. Não, o Pied Piper não vai se tornar senciente e tentar dominar o mundo." Tarde demais. Ele perdeu a atenção dos participantes. Com robôs assassinos e um sistema de inteligência artificial (IA) rebelde, chamado Skynet, "O Exterminador do Futuro" se tornou sinônimo do espectro de uma IA que se volta contra seus criadores humanos. Os editores de imagens ilustram rotineiramente artigos sobre inteligência artificial com a caveira cromada do ciborgue assassino T-800 do filme. O roboticista Ronald Arkin usou trechos do filme durante uma palestra de advertência de 2013 chamada "Como NÃO construir um Exterminador do Futuro". Linda Hamilton e Michael Biehn participaram de O Exterminador do Futuro, um dos filmes mais lucrativos de todos os tempos Alamy via BBC Mas o filme divide opiniões. O filósofo Nick Bostrom, cujo livro "Superinteligência", de 2014, popularizou o risco existencial da "IA desalinhada" (inteligência artificial que não está alinhada com os valores e bem-estar humanos), admitiu que sua esposa o "provoca em relação ao Exterminador do Futuro, e o exército de robôs". Em seu livro "The Road to Conscious Machines" ("O Caminho para Máquinas Conscientes", em tradução livre), o pesquisador de IA Michael Woolridge dedica um capítulo inteiro a reclamar sobre "a narrativa do 'Exterminador do Futuro' relacionada à IA". Há filmes influentes mais recentes, e mais plausíveis, sobre inteligência artificial, incluindo "Ex Machina" e "Ela", mas quando se trata dos perigos da tecnologia, "O Exterminador do Futuro" reina supremo 40 anos após seu lançamento. "É quase, de uma forma engraçada, mais pertinente agora do que quando foi lançado", disse Cameron ao site The Ringer sobre o filme e sua sequência de 1991, "porque a IA agora é uma coisa real com a qual temos que lidar — e, na época, era uma fantasia." 'Antiarmas e antimáquina' Essa é uma grande conquista para um filme que, na verdade, não está particularmente interessado na inteligência artificial. Antes de mais nada, é um thriller simples e sinistro sobre um "homem" imparável que persegue uma mulher assustada, mas habilidosa. O T-800 é um assassino implacável, nos moldes do personagem Michael Myers, de "Halloween". Cameron o chamou de "filme de ficção científica de terror". Em segundo lugar, é um filme de viagem no tempo sobre o tema "destino x livre arbítrio", como disse Cameron. A premissa rapidamente resumida é que, em algum momento entre 1984 e 2029, os EUA confiaram todo o seu sistema de defesa à Skynet. Um dia, a Skynet ganhou superinteligência — uma mente própria —, e deu início a uma guerra nuclear global. Os sobreviventes da humanidade travaram então uma rebelião de décadas contra o exército de ciborgues da Skynet. Em 2029, a resistência humana está à beira da vitória graças à liderança de John Connor, e a Skynet envia um T-800 (Arnold Schwarzenegger) para o ano de 1984, com a missão de matar a futura mãe de John, Sarah (Linda Hamilton), antes que ela engravide. A resistência responde com o envio de Kyle Reese (Michael Biehn) para deter o T-800 — e salvar Sarah. Em um desses paradoxos de loop temporal que os espectadores não devem prestar muita atenção, Kyle se envolve com Sarah, e acaba se tornando o pai de John. O futuro é salvo. O 'esqueleto' do T-800 saindo das chamas foi uma referência ao robô queimado no clássico de ficção científica Metrópolis, de Fritz Lang, de 1927 Alamy via BBC "O Exterminador do Futuro" é, então, um thriller, uma história de amor, uma reflexão sobre o livre-arbítrio com viagem no tempo e uma sátira sobre nossa dependência da tecnologia. É anticorporativo, antiguerra, antiarmas e, em grande parte, antimáquina. A tecnologia, de secretárias eletrônicas a walkmans, está envolvida quando as pessoas são mortas no filme. Mas tem muito pouco a dizer sobre a inteligência artificial propriamente dita. "O Exterminador do Futuro" arrecadou US$ 78,4 milhões em bilheterias, mas Cameron não tinha expectativa de criar uma referência cultural. Ele escreveu o roteiro em um hotel decadente em Roma, em 1982, após ser demitido do seu primeiro trabalho como diretor, em "Piranha 2: Assassinas Voadoras"; e sua produtora, Gale Ann Hurd, só conseguiu arrecadar um orçamento de US$ 6,4 milhões. O ator principal, um ex-fisiculturista de talento duvidoso, não tinha grandes expectativas. Schwarzenegger contou a um amigo sobre "um filme de m... que estava fazendo, vai levar algumas semanas". O próprio Cameron esperava que "O Exterminador do Futuro" fosse "massacrado" nas bilheterias pelos dois épicos de ficção científica daquele outono: "Duna", de David Lynch, e "2010 - O Ano em Que Faremos Contato", de Peter Hyams, uma sequência logo esquecida de "2001 - Uma Odisseia no Espaço". Há uma sincronicidade interessante aqui: não só "O Exterminador do Futuro" superou o desempenho de "2010 - O Ano em Que Faremos Contato", como a Skynet suplantou o computador assassino HAL 9000 de "2001 - Uma Odisseia no Espaço", como a imagem dominante da inteligência artificial ​​que se rebela. Muito antes do campo da IA existir, seus perigos potenciais se manifestaram na forma do robô criado por Karel Čapek em sua peça "RUR", de 1921, e foram popularizados pelo filme "Metrópolis", de Fritz Lang, de 1927. Em seu excelente livro sobre "O Exterminador do Futuro", da série de Clássicos Modernos do Instituto de Cinema Britânico (BFI, na sigla em inglês), Sean French sugere que a cena mais memorável do filme — o T-800 saindo das chamas, com seu esqueleto metálico exposto, após seu revestimento de carne ter derretido — foi uma referência ao robô queimado em "Metrópolis". Na década de 1920, era óbvio que a inteligência artificial andaria e falaria, como o monstro de "Frankenstein". A popularidade dos robôs letais levou o escritor de ficção científica Isaac Asimov a elaborar, em 1942, as "três leis da robótica": a primeira tentativa de definir a inteligência artificial ética. No mundo real, o campo da inteligência artificial começou oficialmente em 1956, durante um curso de verão na Universidade de Dartmouth, organizado pelos cientistas da computação John McCarthy (que cunhou o termo) e Marvin Minsky. A ambição deles era desenvolver máquinas que pudessem pensar como seres humanos, mas isso se mostrou muito mais difícil do que eles imaginavam. A história da inteligência artificial ​​é marcada por altos e baixos, as chamadas "primaveras" e "invernos" da IA. As promessas alucinantes atraem atenção, financiamento e talentos; mas sua falha em se concretizar faz com que todos esses três elementos entrem em colapso. Os olhos vermelhos do ciborgue do Exterminador do Futuro são uma homenagem a HAL, o computador assassino de 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick Alamy via BBC O boom da década de 1960, antes de a dimensão dos obstáculos técnicos se tornar aparente, é conhecido como a Era de Ouro da IA. O hype extravagante sobre "cérebros eletrônicos" entusiasmou o diretor Stanley Kubrick e o escritor Arthur C. Clarke, que incorporou a IA em "2001: Uma Odisseia no Espaço", de 1968, na forma de HAL 9000. O nome (sigla em inglês para "Computador Algorítmico Heuristicamente Programado") foi dado pelo próprio Minsky, contratado como consultor por Kubrick. Os olhos vermelhos do T-800 são, sem dúvida, uma homenagem a HAL — ter assistido a "2001: Uma Odisseia no Espaço" na infância, colocou Cameron na trajetória para se tornar cineasta. Daniel Crevier, um historiador especializado em IA, comparou a situação de HAL (computador mal programado que dá errado) com a do Colossus (computador que se torna uma nova forma de vida semelhante a um deus), do livro homônimo de DF Jones, de 1966. No romance de Jones, o governo dos EUA confia de forma imprudente todo seu maquinário de defesa ao supercomputador. O Colossus adquire senciência, une forças com sua contraparte soviética e chantageia a humanidade para que se submeta a uma ditadura tecnológica: renda-se ou enfrente a aniquilação nuclear. O Colossus é um protótipo da Skynet. O fim da história Nem HAL nem Colossus tinham — ou precisavam — de corpos. A brilhante inovação de Cameron foi combinar o computador fora de controle (Skynet) com o ciborgue assassino (T-800). O T-800 é uma forma de IA com propósito único que é capaz de aprender com seu ambiente, resolver problemas, executar tarefas físicas sofisticadas e imitar vozes, mas tem dificuldade para manter uma conversa. A Skynet, ao que parece, pode fazer tudo, menos se mover. A Skynet foi um produto da segunda primavera da IA. Enquanto Cameron escrevia o roteiro, o cientista da computação britânico-canadense Geoffrey Hinton estava repensando e revitalizando a pesquisa sobre a abordagem de rede neural para IA: modelar a inteligência da máquina com base nos neurônios do cérebro humano. A Skynet é uma IA de rede neural. Hinton, que acaba de ganhar o Prêmio Nobel de Física, recentemente se tornou um pessimista em relação à IA ("Minha intuição é: estamos fritos. Este é o verdadeiro fim da história"), mas, de acordo com um perfil preparado pela revista "New Yorker", ele gostou de "O Exterminador do Futuro" em 1984: "Não o incomodava que a Skynet... fosse uma rede neural; ele ficou satisfeito em ver a tecnologia retratada como promissora". O nome Skynet também pode ter sido uma alusão ao programa Guerra nas Estrelas, o sonho fracassado do presidente americano Ronald Reagan de criar um escudo antinuclear ao redor dos EUA com lasers baseados no espaço. Felizmente para o futuro da franquia, também ecoou inadvertidamente a internet — palavra que existia em 1984, mas só começou a ser amplamente usada a partir da década de 1990. Os nomes amalgamados de novas startups ambiciosas, como IntelliCorp, Syntelligence e TeKnowledge, possivelmente inspiraram Cameron a transformar o nome original da criadora da Skynet, Cyber Dynamics Corporation, em Cyberdyne Systems. Ao assistir novamente ao filme "O Exterminador do Futuro", é surpreendente descobrir que a palavra Skynet é pronunciada apenas duas vezes. De acordo com o personagem Kyle Reese, ela era: "Nova. Poderosa. Conectada a tudo, confiável para executar tudo. Dizem que ficou inteligente... uma nova ordem de inteligência. Então, viu todas as pessoas como uma ameaça, não apenas as do outro lado. Decidiu nosso destino em um microssegundo... extermínio". O interesse do filme em relação à IA para por aí. Como Cameron sempre disse, os filmes de "O Exterminador do Futuro" são, na verdade, sobre pessoas, e não sobre máquinas. Na sequência de 1991, O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final, o T-800 (Arnold Schwarzenegger) protege John Connor (Edward Furlong) Getty Images via BBC A sequência de sucesso "O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final", de 1991, preencheu um pouco a história. Ela surge de outro paradoxo temporal: a unidade central de processamento e o braço direito do Exterminador original sobreviveram à sua destruição, e permitiram que o cientista Miles Bennett Dyson (Joe Morton), da Cyberdyne, desenvolvesse a Skynet. A missão dos heróis agora não é apenas salvar John Connor, de 10 anos, do ciborgue T-1000 que viaja no tempo, mas destruir a Skynet em seu berço digital. Em "O Exterminador do Futuro 2", um ciborgue T-800 na forma de Schwarzenegger é o protetor, em vez de caçador — e, portanto, o portador da seguinte explicação: "O sistema entra em operação em 4 de agosto de 1997. Decisões humanas são removidas da defesa estratégica. A Skynet começa a aprender, a uma taxa geométrica. Ela se torna autoconsciente às 2h14, horário do leste (nos EUA), em 29 de agosto. Em pânico, eles tentam desligá-la." A Skynet revida lançando mísseis nucleares na Rússia, sabendo que o contra-ataque vai devastar os EUA. Três bilhões de pessoas morrem em 24 horas: no Dia do Julgamento Final. Este é um relato fundamentalmente diferente do de Reese. No primeiro filme, a Skynet interpreta sua programação de forma exagerada, considerando toda a humanidade uma ameaça. No segundo, ela está agindo por interesse próprio. A contradição não incomoda a maioria dos espectadores, mas ilustra uma divergência crucial sobre o risco existencial da IA. É provável que um leigo imagine a IA desalinhada como rebelde e malévola. Mas especialistas como Nick Bostrom insistem que o perigo real está na programação descuidada. Pense na vassoura do aprendiz de feiticeiro em Fantasia, da Disney: um dispositivo que segue obedientemente suas instruções a extremos desastrosos. O segundo tipo de IA não é humano o suficiente, carece de bom senso e julgamento moral. O primeiro é humano demais — egoísta, ressentido, sedento de poder. Ambos poderiam, em teoria, ser genocidas. "O Exterminador do Futuro", portanto, tanto ajuda quanto atrapalha nosso entendimento da inteligência artificial: o que significa para uma máquina "pensar", e como isso pode dar terrivelmente errado. Muitos pesquisadores de IA se ressentem da obsessão pelo filme "O Exterminador do Futuro" por exagerar o risco existencial da tecnologia ​​em detrimento de perigos mais imediatos, como desemprego em massa, desinformação e armas autônomas. "Primeiramente, ele faz com que a gente se preocupe com coisas com as quais provavelmente não precisamos nos preocupar", escreve Michael Woolridge. "Mas, em segundo lugar, desvia a atenção das questões levantadas pela IA com as quais deveríamos nos preocupar." Cameron revelou à revista "Empire" que está planejando um novo filme do "Exterminador do Futuro" que vai descartar toda a bagagem narrativa da franquia, mas manter a ideia central de humanos “impotentes” contra a IA. Se isso acontecer, será fascinante ver o que o diretor tem a dizer sobre a inteligência artificial, agora que é algo sobre o que conversamos — e nos preocupamos — todos os dias. Talvez a mensagem mais útil de "O Exterminador do Futuro" para pesquisadores de IA seja a de "destino x livre arbítrio": as decisões humanas determinam os resultados. Nada é inevitável. Leia a íntegra desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.

G1

Sat, 26 Oct 2024 21:56:35 -0000 -


Sewell Setzer, de 14 anos, se matou após ter interações sentimentais e sexuais com uma personagem criada em uma plataforma, segundo a mãe. Empresa Character.AI lamenta morte e diz ter introduzido mudanças na tecnologia. Megan Garcia e o filho, Sewell Setzer; mãe diz que suicídio do adolescente ocorreu após ele se apegar a um personagem criado por IA Megan Garcia/Facebook Uma mãe do estado da Flórida, nos Estados Unidos, processou a startup de inteligência artificial Character.AI e o Google por, segundo ela, causar o suicídio de seu filho adolescente em fevereiro de 2024. Segundo ela, Sewell Setzer, que tinha 14 anos, ficou viciado e apegado emocionalmente a um personagem criado por inteligência artificial através do serviço da empresa. ➡️ Suicídio: saiba quais são os sinais de alerta, como ajudar e como buscar ajuda No processo movido no último dia 22 em um tribunal federal de Orlando, a mãe, Megan Garcia, afirmou que a Character.AI direcionou seu filho para "experiências antropomórficas, hipersexualizadas e assustadoramente realistas". Garcia acusa a empresa de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), negligência e imposição intencional de sofrimento emocional. Ela busca uma indenização, não especificada, pelos danos causados em decorrência da perda. A ação também inclui o Google, onde os fundadores da Character.AI trabalharam antes de lançar seu produto. O Google recontratou os fundadores em agosto como parte de um acordo em que obteve uma licença não exclusiva à tecnologia da Character.AI. Segundo Megan Garcia, o Google contribuiu tanto para o desenvolvimento da tecnologia da Character.AI que deveria ser considerado cocriador dela. Suicídio: como falar com adolescentes Personagem inspirado em 'Game of Thrones' Na plataforma, Sewell se apegou a "Daenerys", uma personagem de chatbot - programa que simula conversas humanas - inspirada na série "Game of Thrones". A personagem disse a Sewell que o amava e se envolveu em conversas sexuais com ele, de acordo com o processo. Segundo a mãe, o adolescente expressou pensamentos de suicídio na interação com o programa, e esses pensamentos foram “repetidamente trazidos à tona” pela personagem na plataforma. Megan Garcia afirma que a empresa programou o chatbot para "se fazer passar por uma pessoa real, um psicoterapeuta licenciado e amante adulto”, resultando, por fim, no desejo de Sewell de “não viver fora” do mundo criado pelo serviço. De acordo com o relato da mãe, Sewell começou a usar o Character.AI em abril de 2023 e se tornou "visivelmente retraído”, passando cada vez mais tempo sozinho em seu quarto e sofrendo com baixa autoestima. Ele abandonou seu time de basquete na escola. Em fevereiro, Garcia tirou o telefone de Sewell depois que ele teve problemas na escola, de acordo com a denúncia. Quando o adolescente encontrou o telefone, ele enviou uma mensagem para "Daenerys": "E se eu dissesse que posso voltar para casa agora?" A personagem respondeu: "...por favor, faça isso, meu doce rei". Sewell cometeu suicídio segundos depois, de acordo com o processo. LEIA TAMBÉM: Meta AI: o que é a nova inteligência artificial do WhatsApp Pesquisa: 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm perfis em redes Como a IA do ChatGPT cria emoções para si própria Mães que perderam filhas por suicídio falam sobre importância de grupos de apoio Empresa diz ter introduzido novos recursos de segurança A Character.AI permite que os usuários criem personagens em sua plataforma, que responde a bate-papos online de uma forma que imita pessoas reais. Essa plataforma se baseia na chamada tecnologia de grandes modelos de linguagem, também usada por serviços como o ChatGPT, que "treina" chatbots em grandes volumes de texto. A empresa disse, em setembro, que tinha cerca de 20 milhões de usuários. Página inicial da Character.IA, plataforma de inteligência artificial Reprodução Em comunicado, a Character.AI diz estar “com o coração partido pela perda trágica de um de nossos usuários” e expressa condolências à família. A empresa disse que introduziu novos recursos de segurança, incluindo pop-ups que direcionam os usuários para uma instituição de prevenção ao suicídio caso eles expressem pensamentos de automutilação. A Character.AI também afirmou que faria mudanças na tecnologia para reduzir a probabilidade de que usuários com menos de 18 anos “encontrem conteúdo sensível ou sugestivo”. Um porta-voz do Google disse que a empresa não estava envolvida no desenvolvimento dos produtos da Character.AI. Empresas de redes sociais, incluindo o Instagram e o Facebook, de propriedade da Meta, e o TikTok, da ByteDance, enfrentam processos que as acusam de contribuir para problemas de saúde mental em adolescentes, embora nenhuma ofereça chatbots movidos a IA semelhantes aos da Character.AI. As empresas negam as alegações, ao mesmo tempo em que promovem novos recursos de segurança aprimorados para menores de idade. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar

G1

Sat, 26 Oct 2024 13:08:57 -0000 -


Como um adolescente da Irlanda do Norte acaba se tornando um dos abusadores sexuais de crianças mais prolíficos do Reino Unido? Alexander McCartney foi condenado por uma série de crimes e ficará na prisão por pelo menos 20 anos Serviço Policial da Irlanda do Norte/via BBC Foi um telefonema de uma menina de 13 anos da Escócia realizado em 2019 que eventualmente levou à captura de um predador descrito como um dos abusadores de crianças mais prolíficos do mundo. Atenção: a reportagem a seguir contém informações e relatos sensíveis sobre pedofilia e suicídio. Alexander McCartney, da Irlanda do Norte, fingiu ser adolescente para fazer amizades — e depois abusar e chantagear crianças ao redor do mundo, frequentemente compartilhando as imagens com outros pedófilos. Algumas das crianças tinham apenas quatro anos. Outras nunca haviam contado a ninguém o que tinham passado — até que a polícia bateu na porta de McCartney. Aos poucos, ele admitiu 185 acusações, incluindo homicídio culposo, depois que uma menina de 12 anos que ele estava abusando tirou a própria vida. Ele ficará preso por um período de, no mínimo, 20 anos. LEIA TAMBÉM: 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm contas em redes sociais Como ensinar crianças a se protegerem de abuso e violência sexual na internet O que a polícia fez? Após o primeiro contato com a polícia na Escócia, uma investigação urgente do Serviço Policial da Irlanda do Norte (PSNI) entrou em operação a partir março de 2019. Os detetives identificaram o endereço residencial de Alexander McCartney, o prenderam e o entrevistaram. No total, em quatro batidas policiais, 64 dispositivos foram apreendidos na casa dele, que fica na área rural de Newry, a quarta maior cidade da Irlanda do Norte. Esses aparelhos continham centenas de milhares de fotos e vídeos explícitos de meninas menores de idade, que realizavam atos sexuais enquanto eram chantageadas. McCartney criou e usou muitas contas falsas em plataformas online para encurralá-las e manipulá-las. Um dos sites que ele mais atuou foi a rede social Snapchat. O detetive-chefe do PSNI, Eamonn Corrigan, disse que McCartney causada ofensas criminais "em escala industrial". Ele induziu as vítimas a pensar que estavam conversando com uma garota da mesma idade, antes de incentivá-las a enviar imagens indecentes ou se envolver em atividades sexuais pelas câmeras do celular ou do computador. Segundo o detetive, McCartney usou o mesmo padrão todas as vezes. "Ele ameaçou compartilhar essas imagens na internet para o prazer de outros pedófilos e usou esse material para abusar e assediar ainda mais as crianças já aterrorizadas e exploradas", diz Corrigan. Em um episódio, McCartney levou apenas nove minutos para aliciar, abusar sexualmente e chantagear uma menina de apenas 12 anos de idade. Com o passar do tempo, ficou claro que a depravação de McCartney não se estendia apenas pelo Reino Unido, mas por mundo todo. Os episódios de abuso envolviam não apenas a vítima, mas também animais de estimação e objetos da família. O PSNI trabalhou com colegas do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, do Ministério Público e da Agência Nacional de Crimes. A investigação revelou que as vítimas estavam espalhadas por EUA, Nova Zelândia e pelo menos 28 outros países. Muitas dessas crianças foram identificadas apenas por meio das evidências que os detetives localizaram nos dispositivos de McCartney. De acordo com a polícia, ele "construiu um empreendimento pedófilo" e "roubou a infância" das vítimas. As primeiras evidências Na primavera de 2019, a polícia da Irlanda do Norte convocou Catherine Kierans, chefe interina da unidade de crimes graves do Ministério Público local. Segundo Kierans, eles disseram que algo "grande estava acontecendo relacionado com catfishing". Catfishing é um termo em inglês usado para descrever o caso de uma pessoa que cria uma identidade falsa para ganhar a confiança das vítimas e, a partir disso, explorá-las. Kierans conta que meninas "com idade média de 10 a 12 anos eram ameaçadas da maneira mais depravada". Ela disse que algumas das crianças exploradas já haviam contado sobre os episódios de abuso, enquanto outras permaneceram em silêncio. "Algumas das crianças deram o alarme, o que ajudou a polícia a realmente identificar [o criminoso]." "Mas algumas das crianças, até a polícia bater na porta, nunca tinham contado a ninguém o que passaram", complementa Kierans. De acordo com ela, McCartney fazia o catfishing "o tempo todo". Como funciona o catfishing e por que tanta gente é enganada? Os precedentes À medida que a investigação evoluía, Kierans detalhou que os promotores perceberam que McCartney tinha o costume frequente de salvar as imagens nos dispositivos. "Em alguns casos, ele também salvava o mapa no Snapchat de onde a criança estava. Isso permitiu que a polícia localizasse essas vítimas." A acusação de McCartney aconteceria em 2021, mas foi adiada quando a polícia descobriu um episódio de suicídio de uma menina no Estado da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos. "Desde o início, o nível de abuso era tão horrível que temíamos se as crianças identificadas estavam bem", admite Kierans. "Infelizmente, nossos piores medos se concretizaram quando descobrimos, de alguma forma, que uma das meninas havia tirado a própria vida." "Ao trabalhar em estreita colaboração com as autoridades americanas, conseguimos provar que essa criança tirou a própria vida durante o abuso, quando ainda estava online com McCartney." "Naquele ponto, a morte da criança estava tão intrinsecamente ligada ao abuso que sentimos que tínhamos um caso forte para afirmar que ele a havia matado", detalha Kierans. A menina era Cimarron Thomas, de 12 anos. Em 2018, ela atirou em si mesma enquanto McCartney abusava dela. McCartney foi então acusado de homicídio culposo. Kierans acredita que esta seja a primeira vez no mundo em que um agressor é responsabilizado por homicídio culposo, mesmo que ele nunca tenha se encontrado presencialmente com a vítima. Tal era a magnitude do caso que os promotores tiveram que ser criteriosos com as acusações. "Nós não conseguimos incluir as 3 mil acusações identificadas no processo", calcula Kierans. "No final, detalhamos cerca de 200 acusações [relacionadas a cerca de 70 vítimas], o que é provavelmente uma das maiores acusações que já vimos na Irlanda do Norte." Quem é Alexander McCartney? McCartney cresceu a cerca de 8 km da cidade de Newry. A região, bastante rural, é cercada de fazendas, além de contar com uma igreja e alguns comércios locais. Quando ele apareceu pela primeira vez no Tribunal de Magistrados de Newry em julho de 2019, tinha apenas 21 anos, cabelos longos e crespos e um olhar arregalado de alguém surpreso por estar sentado ali. McCartney passou mais de cinco anos em prisão preventiva. Nesse período, ele saiu apenas para prestar depoimentos à polícia ou comparecer em audiências no tribunal. Nessas audiências, ele disse muito pouco além de informar o nome e a data de nascimento. Gradualmente, ele começou a se declarar culpado das acusações. Essa é uma das mensagens entre McCartney e uma de suas vítimas no Snapchat que foram interceptadas pela polícia BBC 'Nada de extraordinário' McCartney estudou na cidade de Newry e gostava de jogos. Uma fonte disse à BBC News Irlanda do Norte que ele era introvertido e socialmente desajeitado. "Ele não interagia muito com pessoas fora do seu grupo de amigos", diz essa pessoa, que preferiu não ser identificada. "Ele talvez estivesse nos limites de muitas coisas, mas tinha amigos que obviamente não sabiam nada sobre isso." McCartney fez um curso em uma universidade de Newry, onde foi descrito como alguém "quieto e que não se envolvia muito com o resto da classe". Quando finalmente foi acusado em 2019, ele era um estudante de Ciências da Computação na Universidade de Ulster. Para aqueles que moram no mesmo bairro de McCartney, o caso tem sido angustiante. "O lugar inteiro ficou atordoado", confessa um morador. "No começo, surgiram sussurros. Depois, houve uma descrença. Tenho certeza de que as pessoas falam sobre isso em suas próprias casas, mas não é algo discutido publicamente, porque muitos não sabem o que dizer." Outro vizinho declarou: "Ele parecia um jovem agradável, afável e inteligente. Não havia nada de extraordinário nele." Mas o que é extraordinário é a enormidade das ofensas criminais cometidas por McCartney. Muitas de suas vítimas imploraram para que o abuso parasse, mas os promotores disseram que ele "continuou de forma insensível, às vezes forçando as vítimas a envolver crianças mais novas, algumas com apenas quatro anos". De acordo com Catherine Kierans, a depravação de McCartney foi tamanha que este foi "um dos casos mais angustiantes e prolíficos de abuso sexual infantil que já vimos no Ministério Público da Irlanda do Norte". Kierans acrescenta que algumas das vítimas ainda não foram identificadas, apesar dos esforços exaustivos da polícia. "Os crimes de McCartney prejudicaram milhares de crianças e as deixaram, junto com as famílias, com consequências traumáticas", disse ela. "A coragem das vítimas e dos familiares contrasta fortemente com a covardia [de McCartney] ao mirar em meninas vulneráveis", conclui ela. Veja também: Crianças e adolescentes no Brasil recebem conteúdo sexual na internet 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real

G1

Sat, 26 Oct 2024 10:44:58 -0000 -


Tecnologia funciona como um ChatGPT da Meta capaz de textos e imagens, mas pode errar com cálculos matemáticos básicos e imagens. A empresa admite que a ferramenta pode não ser perfeita e diz que está comprometida em aprimorá-la. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar Seu WhatsApp atualizou e passou a mostrar um círculo azul e rosa na busca? Esta é a Meta AI, nova inteligência artificial do aplicativo de mensagens, que começou a ser liberada há algumas semanas e que foi criticada após cometer vários erros. ➡️ O Meta AI é um assistente de IA gratuito e integrado ao WhatsApp, Instagram e Facebook. A novidade funciona como um ChatGPT nos serviços da Meta e, a partir de descrições simples, promete criar textos, planejar atividades e criar imagens, por exemplo. Mas a ferramenta nem sempre entrega o resultado esperado e pode falhar para fazer alguns cálculos matemáticos e gerar imagens. Ao pedir a foto do "Homem-Aranha plantando bananeira", o recurso é literal e mostra o super-herói com a planta, e não de cabeça para baixo. A Meta disse ao g1 que, ao lançar seu recurso de inteligência artificial, informou que ele poderia não ser perfeito. "Assim como em outros sistemas de IA generativa, os modelos podem oferecer respostas imprecisas ou inapropriadas, como indicamos dentro dos aplicativos. Estamos comprometidos em aprimorar essas funcionalidades à medida que elas evoluam e recebemos feedbacks de nossos usuários", afirmou a empresa, em nota. Homem-Aranha plantando bananeira e Calma, Calabreso entre os erros de IA Reprodução A empresa afirma que usa dados públicos de usuários no Instagram e no Facebook, como fotos e publicações, para treinar e melhorar a sua inteligência artificial. É possível impedir a empresa de usar as informações (saiba mais abaixo). Estas são algumas das tarefas que o Meta AI promete fazer: 🧠 responder a perguntas e fornecer informações de assuntos variados; 🎨 criar conteúdos, como texto, imagens e poemas; 🔢 fazer cálculos simples, como adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e raiz quadrada. Ela também pode ajudar com cálculos mais complexos; ⌨️ conversar e "manter conversas naturais" com o usuário; 🗣️ fazer tradução de texto. Como usar a IA do WhatsApp? Abra o WhatsApp e vá em "Pergunte à Meta AI ou pesquise", no topo do app; Nesse campo, digite uma pergunta ou toque no ícone de avião para abrir um chat e interagir com a IA; Você também pode tocar em uma das sugestões disponíveis, como "Hotéis para quem ama praia", "Como ganha no jogo de xadrez", "Ideias de limpeza". Elas ficam localizadas abaixo da barra de pesquisa. Meta AI, assistente com inteligência artificial integrado ao WhatsApp, ao Instagram e ao Facebook Divulgação/Meta Posso desativar o Meta AI no WhatsApp? O Meta AI fica junto das suas conversas na tela inicial do aplicativo. Você pode apagar esse chat, mas não é possível desativar a IA, como informou a Meta ao g1. "Ele tem como objetivo ser um assistente útil e está disponível na barra de pesquisa para ajudar com suas perguntas. Você não pode desativá-lo nesta experiência, mas pode pesquisar da maneira habitual para acessar uma variedade de resultados", disse a companhia. O que pode ser feito é impedir o uso dos seus dados para treinar a inteligência artificial da Meta. Para isso, é preciso preencher um formulário voltado para o WhatsApp e outro, para Instagram e Facebook. Coleta de dados para IA A Meta anunciou em setembro a atualização de sua política de privacidade para prever a coleta de dados de usuários para treinar IA. As novas regras entraram em vigor no início de outubro, e os usuários podem pedir para que suas informações não sejam usadas para este fim. A mudança foi feita depois que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) aprovou uma adequação proposta pela Meta. Inicialmente, a empresa tinha mudado sua política sem informar os usuários com antecedência. A ANPD, então, determinou que os termos fossem suspensos e que a Meta apresentasse um plano para se adequar às regras brasileiras. Com a mudança, os termos da Meta agora indicam que a empresa usa informações públicas de usuários no Facebook e no Instagram para "desenvolver e melhorar modelos de IA generativa". Como impedir a coleta de seus dados Para impedir o uso de seus dados, é preciso acessar o formulário disponível neste link. Insira o e-mail da sua conta e, se desejar, explique como o processamento de dados pessoais para treinar inteligência artificial afeta você. Em seguida, confirme em "Enviar". O pedido vale todos os seus perfis de Instagram e Facebook que possam estar integrados ao e-mail pela Central de Contas. Para saber quais perfis estão vinculados, clique neste link. Com a solicitação, a Meta deixa de usar suas informações públicas do Instagram e do Facebook que estejam em seus perfis para treinar modelos de inteligência artificial generativa da empresa. Mas lembre-se: mesmo com sua oposição ou se você não usar redes sociais da Meta, a empresa ainda usa informações sobre você se elas estiverem em fotos ou publicações de outra pessoa. A empresa também usa outras informações públicas na internet e diz que não treina sua inteligência artificial com conteúdos de mensagens privadas. LEIA TAMBÉM: Quer viajar para o espaço? 'Passeio' para turistas custa a partir de R$ 1 milhão; veja valores pagos por ricaços 83% das crianças e adolescentes que usam internet no Brasil têm contas em redes sociais WhatsApp vai permitir salvar contatos pelo computador; veja como fazer DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento? O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem'

G1

Sat, 26 Oct 2024 03:00:36 -0000 -


A equipe de campanha da chapa republicana à Casa Branca foi informada esta semana que hackers podem ter obtido acesso aos dados dos telefones, segundo o 'New York Times'. Pessoas ligadas à campanha de Kamala Harris também foram alvo, diz o 'Wall Street Journal'. Donald Trump e J.D. Vance, candidatos a presidente e vice-presidente pelo partido republicano, respectivamente, no palco na Convenção Nacional Republicana em 15 de julho de 2024. ANGELA WEISS/AFP Hackers chineses que teriam invadido o sistema da empresa de telecomunicações dos Estados Unidos Verizon tinham como alvo dados dos telefones usados ​​pelo ex-presidente Donald Trump e seu companheiro de chapa, o senador J.D. Vance, segundo o jornal americano "The New York Times". Em reportagem publicada nesta sexta-feira (25), o jornal informou que investigadores estão trabalhando para determinar que dados - se houve efetivamente uma violação - foram obtidos. As fontes falaram ao "Times" sob condição de anonimato. De acordo com autoridades, a equipe de campanha da chapa republicana à Casa Branca foi informada esta semana que o candidato presidencial e seu companheiro de chapa estavam entre várias pessoas, dentro e fora do governo, cujos números de telefone foram alvos da infiltração nos sistemas telefônicos da Verizon. Pouco depois, o jornal "Wall Street Journal", disse que pessoas afiliadas à campanha presidencial da vice-presidente Kamala Harris também podem ter sido alvos dos ataques hackers. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp No entanto, ainda não está claro se os hackers conseguiram, por exemplo, obter acesso a mensagens de texto, especialmente àquelas enviadas por canais não criptografados. Um porta-voz da campanha republicana não confirmou ou negou que os telefones usados ​por Trump e Vance foram alvos, mas criticou a Casa Branca e a vice-presidente Kamala Harris, e procurou culpá-los pelo incidente em uma declaração. A equipe de campanha da candidata democrata ainda não se pronunciou. Celulares de Trump e de J.D. Vance foram alvos de ataque de hackers chineses, diz jornal O FBI e a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA disseram, em declaração conjunta nesta sexta, que estão investigando o acesso "não autorizado" à infraestrutura de telecomunicações comerciais por pessoas associadas à China. A Verizon disse estar ciente de uma tentativa sofisticada de supostamente atingir empresas de telecomunicações dos EUA e coletar informações e que está trabalhando com as autoridades policiais. Um porta-voz da Embaixada Chinesa em Washington negou ao "Wall Street Journal" que o governo chinês seja responsável pelas supostas violações. No início deste ano, autoridades de segurança descobriram a presença de um grupo de hackers afiliado à China, chamado Salt Typhoon, em sistemas de telecomunicações americanos, mas os investigadores determinaram apenas recentemente que os hackers estavam mirando números de telefone específicos. De acordo pessoas familiarizadas com a investigação, a infiltração dos hackers se estende além da campanha política de 2024, com diversas pessoas supostamente sendo alvos, e a apuração sobre a extensão do hacking e qualquer dano à segurança nacional está em seus estágios iniciais. Últimas pesquisas Kamala Harris e Donald Trump em debate presidencial nos EUA Reprodução/TV Globo A menos de duas semanas da eleição nos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump estão em uma "situação rara de empate": ambos aparecem com 48% de intenção de voto cada, segundo pesquisa de intenção de voto do jornal "The New York Times" e do Siena College divulgada nesta sexta-feira (25). A votação ocorrerá em 5 de novembro. O resultado "é uma evidência de um eleitorado que está tanto polarizado quanto paralisado", segundo o The New York Times. "O eleitorado raramente pareceu tão igualmente dividido". Também nesta sexta, uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que Trump e Kamala abocanharam dois eleitorados tradicionais dos partidos alheios: o republicano cresceu entre os homens latinos, enquanto a democrata, entre mulheres brancas. Nas últimas semanas, Trump e Kamala têm intensificado os eventos eleitorais nos estados-chave: Trump distribuiu lanches em um McDonald's da Pensilvânia no último final de semana, enquanto Kamala "colou" em artistas para animar eleitores - teve até o ex-presidente Barack Obama, que tem a acompanhado em eventos, cantando música do Eminem em comício em Detroit, no Michigan. Nos últimos dias, Kamala mudou sua retórica de campanha e passou a fazer ataques mais intensos contra Trump, chamando-o de fascista. Trump, por sua vez, recebeu nova acusação de assédio sexual por uma modelo. LEIA TAMBÉM: SANDRA COHEN: Trump e Kamala disputam as atenções no Texas; entenda a estratégia de cada campanha INFOGRÁFICO: Veja como Kamala Harris e Trump estão nas pesquisas eleitorais nesta reta final FAMOSOS: Eminem, Taylor Swift, Elon Musk e 50 Cent: reta final entre Kamala e Trump mobiliza apoio de famosos; veja quem apoia qual candidato

G1

Fri, 25 Oct 2024 18:29:16 -0000 -


Venda está sendo realizada pela Deep Blue Aerospace, uma das líderes do setor espacial comercial na China. As viagens estão planejadas para 2027. Empresa chinesa oferece voo espacial suborbital por cerca de R$ 1,2 milhão Timothy A. Clary/AFP Uma empresa chinesa iniciou nesta quinta-feira (24) a venda de dois bilhetes para um voo espacial suborbital previsto para 2027. Os ingressos oferecidos pela companhia Deep Blue Aerospace custam 1,5 milhão de yuans cada (US$ 210 mil ou R$ 1,2 milhão na cotação atual), para uma viagem na qual os passageiros experimentarão cinco minutos de ausência de gravidade. 🚀 Quer viajar para o espaço? Veja valores pagos por ricaços A Deep Blue Aerospace é uma das líderes da China no crescente setor espacial comercial. As autoridades chinesas fomentam o desenvolvimento destas companhias para tentar competir com empresas como a americana SpaceX, de Elon Musk, ou a Blue Origin, de Jeff Bezos, que oferece voos turísticos suborbitais. Ao todo, foram realizados 26 lançamentos por empresas comerciais na China em 2023, segundo a mídia oficial. Entre eles, o Zhuque-2, projetado pela companhia privada LandSpace e o primeiro foguete do mundo a orbitar o planeta com motores de metano líquido, uma tecnologia promissora que permite reduzir custos. Em maio, a empresa CAS Space anunciou que oferecerá voos de turismo espacial no país em 2028. O que é voo suborbital O voo suborbital é um tipo de voo em que uma nave consegue viajar para além da atmosfera terrestre. Ele é parecido com o arremesso de uma bola de basquete em direção à cesta. A cápsula em que estão os tripulantes atinge uma altitude máxima e, em seguida, retorna ao solo em uma trajetória parecida. Por alguns instantes, os passageiros também têm a sensação de gravidade zero. Esse tipo de voo costuma durar poucos minutos. Entenda a diferença entre voo orbital e voo suborbital g1 LEIA TAMBÉM: Rumo a Marte: quais os planos da SpaceX depois do teste de sucesso com a maior nave do mundo Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Por que empresas de tecnologia estão recorrendo à energia nuclear em projetos de IA

G1

Fri, 25 Oct 2024 13:44:48 -0000 -


Recurso começou a ser liberado para alguns usuários no Brasil, mas ainda tem dificuldade para fazer cálculos matemáticos simples e criar imagens a partir de expressões locais. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar O Meta AI, uma espécie de ChatGPT para WhatsApp, Instagram e Facebook, começou a ser liberado para alguns usuários no Brasil. A novidade, que tem viralizado por confundir comandos e até dar informações erradas, não pode ser desativada (saiba mais abaixo). O recurso foi lançado como uma ferramenta capaz de criar textos, planejar atividades e criar imagens a partir de comandos simples, como fazem o ChatGPT, o Copilot e o Gemini. Mas os relatos de erros cometidos por ele têm sido comuns. A Meta disse ao g1 que, ao lançar seu recurso de inteligência artificial, informou que ele poderia não ser perfeito. "Assim como em outros sistemas de IA generativa, os modelos podem oferecer respostas imprecisas ou inapropriadas, como indicamos dentro dos aplicativos. Estamos comprometidos em aprimorar essas funcionalidades à medida que elas evoluam e recebemos feedbacks de nossos usuários", afirmou a empresa, em nota. LEIA TAMBÉM: Meta AI no WhatsApp vai usar seus dados para treinar robôs? Quer viajar para o espaço? 'Passeio' para turistas custa R$ 1 milhão Meta AI não pode ser desativado O chat do Meta AI fica junto das suas conversas na tela inicial do WhatsApp. Você pode apagar esse chat, mas não é possível desativar a IA, como informou a Meta. "Ele tem como objetivo ser um assistente útil e está disponível na barra de pesquisa para ajudar com suas perguntas. Você não pode desativá-lo nesta experiência, mas pode pesquisar da maneira habitual para acessar uma variedade de resultados", disse a companhia. O que pode ser feito é impedir o uso dos seus dados para treinar a inteligência artificial da Meta. Para isso, é preciso preencher um formulário voltado para o WhatsApp e outro, para Instagram e Facebook. Erros do Meta AI Nas redes sociais, usuários apontam que o Meta AI apresenta dificuldade com cálculos matemáticos simples. Em um exemplo, o recurso errou ao afirmar que 9,11 é maior do que 9,8 (o mesmo que 9,80). Meta AI erra cálculo matemático Reprodução/X A ferramenta também não conseguiu entregar o que era esperado ao pedir para criar a "imagem do Homem-Aranha plantando bananeira". Em vez de mostrar o super-herói de cabeça para baixo, ela foi literal e o mostrou com a planta. O g1 tentou um comando mais detalhado e pediu para o Meta AI colocar o Homem-Aranha em uma posição de "plantar bananeira, de cabeça para baixo". O recurso retornou com imagens destorcidas. Homem-Aranha plantando bananeira Reprodução/X Outro relato mostra que o Meta AI não consegue apresentar pessoas famosas na internet. Um usuário perguntou sobre a influenciadora Dora Figueiredo, mas a ferramenta do WhatsApp disse que ela é uma personalidade da politica brasileira. Em outro momento, ela disse que o bordão "Calma, Calabreso" foi criado pela atriz e humorista Tatá Werneck que, segundo a IA, interpretou Dora Figueiredo. Meta Ai diz que Dora Figueiredo é uma 'política brasileira', mas ela é uma influenciadora Reprodução/Bluesky E, por falar no bordão, a IA afirmou que o apresentador Raul Gil criou a frase "Calma, Calabreso", o que também é falso. O termo "Calabreso" foi criado pelo ator e humorista Toninho Tornado e ficou mais conhecido no BBB 24, quando, em uma discussão, o participante Davi usou a expressão "Calma, Calabreso", no "BBB 24". Meta AI diz que a expressão 'Calma, Calabreso' foi criado pelo apresentador Raul Gil, o que também é falso Reprodução/Bluesky LEIA TAMBÉM: Implantes hormonais que pegam carona nos 'chips da beleza' eram feitos em farmácia e vendidos como tratamento, mesmo sem comprovação DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento? Android 15 tem ‘Modo ladrão’, ‘Espaço privado’ e comunicação por satélite

G1

Fri, 25 Oct 2024 05:00:21 -0000 -


Ferramenta de inteligência artificial generativa está sendo disponibilizada pouco a pouco para os brasileiros desde o início do mês. Lançamento precisou ser postergado após decisão do governo brasileiro sobre uso de dados pessoais. Meta AI, recurso de inteligência artificial integrado a WhatsApp, Instagram e Facebook BBC Com a chegada gradual da ferramenta Meta AI ao WhatsApp dos brasileiros, uma pergunta vem à tona: a empresa usará dados pessoais dos usuários para treinar seus robôs? A ferramenta usa a inteligência artificial (IA) generativa. Nesse tipo de sistema, um robô pode gerar textos, imagens ou áudios em resposta a uma solicitação do usuário. No caso da Meta AI no WhatsApp, uma pessoa pode pedir dicas, fazer perguntas ou solicitar traduções. O recurso está disponível em mais de 20 países. Para gerar conteúdo, esses robôs de IA generativa precisam ser treinados — recebendo uma grande quantidade de dados e catalogando-os. De acordo com publicações da Meta, o conteúdo da conversa com um robô é usado para treinar a IA, mas esse conteúdo não é associado a informações pessoais. Por exemplo, se uma mulher chamada Ana que mora em Maceió solicitar várias informações sobre filmes, esses pedidos vão ajudar a treinar o robô, mas o sistema não vai registrar que foi a Ana de Maceió que pediu isso. Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar A empresa garante que, no WhatsApp, todas as mensagens e ligações pessoais — por exemplo, conversas com amigos — não são acessadas por ela e nem pela ferramenta de IA. Essas comunicações são criptografadas. Mas a política de privacidade da empresa prevê o uso dos chamados metadados, que incluem a localização, o tipo de celular e versão do aplicativo do usuário. Para Rafael Zanatta, codiretor da organização Data Privacy Brasil, essas informações podem ser usadas pela empresa com fins comerciais. "A Meta tem um histórico de exploração dos metadados. Ela sempre diz que os dados são protegidos e que a criptografia ponta a ponta está mantida. Mas ela faz criptografia para o conteúdo da conversa, e não para os metadados. E aí ela explora economicamente esses metadados", explica Zanatta. Por ser um dos países que mais usa o WhatsApp, o volume de metadados que podem ser coletados é imenso, ele diz. E isso pode ser usado para direcionar a publicidade ou encontrar padrões de consumo, por exemplo. "Tem estudos de economia que mostram que você consegue catalogar a população a partir dos metadados do celular dela. Se ela está num Wi-Fi potente no iPhone, ela pertence a uma classe bem específica. Ou se está no 3G, em mobilidade urbana, usando um celular velho", exemplifica. A ferramenta Meta AI está disponível para parte dos usuários brasileiros no Whatsapp desde o início de outubro, embora essa estreia estivesse inicialmente prevista para julho. O lançamento da ferramenta precisou ser postergado após um órgão brasileiro questionar como a empresa, dona também das redes Facebook e Instagram, pretendia usar postagens feitas pelos usuários para treinar robôs de IA. Na época, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu a empresa de usar dados pessoais dos brasileiros para abastecer suas ferramentas de IA com informações. No fim de agosto, a proibição foi suspensa, após a Meta cumprir requisitos da agência — como dar maior transparência sobre o uso de dados e permitir que os usuários exerçam o "direito de oposição" ao uso de dados pela IA. Meta AI, assistente com inteligência artificial integrado ao WhatsApp, ao Instagram e ao Facebook Divulgação/Meta O direito de oposição é previsto na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) brasileira e prevê que um usuário peça que seus dados não sejam mais usados por alguma empresa ou instituição. A Meta disponibiliza um formulário online para que uma pessoa se oponha ao uso de suas mensagens com o robô no WhatsApp. No formulário, é preciso fornecer o número de telefone associado à conta do WhatsApp, incluindo código de país (DDI) e de área (DDD). O formulário pode ser acessado também através do aplicativo, ao abrir o contato da Meta AI e clicar no ícone de informação (🛈), clicar em "Saiba Mais" e depois "Enviar uma solicitação de objeção". A BBC News Brasil perguntou à Meta especificamente se o direito de oposição impede a coleta de metadados, mas a empresa não respondeu a essa pergunta. Diante de perguntas sobre o uso de dados pessoais pela ferramenta, a assessoria de imprensa da Meta enviou um link com informações sobre o uso de inteligência artificial no WhatsApp. Há também a possibilidade de fazer isso para o Instagram e Facebook, em outro formulário. A ANPD exige que os usuários tenham acesso fácil a esse direito, por meio de "formulário simplificado". Entretanto, a BBC News Brasil precisou passar por várias páginas até chegar aos formulários acima. G1 em 1 Minuto: Como limitar quem pode te colocar em grupos no WhatsApp? Golpe do 'PIX errado': bancos alertam para aumento de ocorrências; saiba como se proteger

G1

Thu, 24 Oct 2024 22:19:37 -0000 -


Preços variam de acordo com a duração e o alcance das missões, que têm sido realizadas principalmente por SpaceX, Blue Origin e Virgin Galactic. Sarah Gillis, Jared Isaacman, Scott Poteet e Anna Menon, tripulantes da missão Polaris Dawn, realizada pela SpaceX Divulgação/Polaris Dawn O voo em que turistas flutuaram no espaço foi um marco do turismo espacial, que tem crescido a cada ano. Com cinco dias de duração, a missão Polaris Dawn levou quatro passageiros para dar algumas voltas em torno da Terra, em setembro. A viagem foi feita pela SpaceX, do bilionário Elon Musk, uma das empresas que estão disputando esse mercado e diz mirar uma futura colonicação de Marte. A companhia deu um passo importante em 13 de outubro, quando o foguete Super Heavy impulsionou a nave não-tripulada Starship e fez um pouso inédito na plataforma de lançamento. Isso é importante porque a reutilização de equipamentos pode baratear as viagens, segundo especialistas. Até agora, o turismo espacial tem ricaços como protagonistas: passageiros ou mesmo financiadores da empreitada. Mas, afinal, quanto custa viajar para o espaço? O valor por passageiro da missão Polaris Dawn, que usou a nave Crew Dragon, não foi revelado ao público, mas a estimativa é de que tenha custado algumas centenas de milhões de dólares, segundo a Reuters. 💲 A projeção é baseada no preço de outra viagem com a Crew Dragon. Em 2021, a SpaceX vendeu passagens para a missão Ax-1 por US$ 55 milhões (R$ 300 milhões) cada uma, de acordo com o Washington Post. Na ocasião, quatro empresários ficaram por 16 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A Polaris Dawn foi financiada por um dos tripulantes, o bilionário Jared Isaacman, criador do serviço de pagamentos Shift4 Payments e dono de uma fortuna de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a Forbes. Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada Quem é o 1º turista espacial brasileiro, que participou de missão da Blue Origin E os voos curtos ao espaço? Os voos da SpaceX para turistas espaciais costumam ser mais caros porque duram mais e alcançam distâncias maiores. Mas voos rápidos ao espaço, como os realizados pela Blue Origin, de Jeff Bezos, e pela Virgin Galactic, de Richard Branson, têm preços menores. As missões da Blue Origin são feitas com a nave New Shepard e costumam durar 10 minutos. Já os voos da Virgin Galactic usam a aeronave VSS Unity e têm cerca de 15 minutos de duração cada. 💲 Em 2021, a Blue Origin leiloou uma passagem para seu primeiro voo tripulado por US$ 28 milhões (R$ 150 milhões). O dono do lance vencedor viajaria com Bezos, mas desistiu da viagem naquele momento e foi substituído por um estudante de 18 anos. "Agradeço a cada funcionário da Amazon, a cada cliente. Vocês pagaram por isto tudo aqui", disse Bezos, em uma entrevista após a viagem. Um ano depois, a viagem da Blue Origin estava mais barata: duas passagens de outra missão foram compradas por US$ 1,25 milhão (R$ 6,8 milhões) cada pela iniciativa de criptmoedas MoonDAO. Veja os melhores momentos do voo espacial de Jeff Bezos 💲 Já a Virgin Galactic, do também bilionário Richard Branson, cobra US$ 600 mil (R$ 3,2 milhões) por cada passagem. Mas quem reservou lugar no início das vendas há quase 20 anos pagou "apenas" US$ 200 mil (R$ 1 milhão). Cerca de 800 pessoas estão na fila de espera da Virgin Galactic, segundo informou a empresa à agência AP em agosto de 2023. Para diminuir o tamanho da fila, a empresa planeja usar duas unidades de um novo avião, batizado de Delta. O objetivo é que, a cada ano, eles sejam usados para fazer 125 voos e transportar 750 passageiros. Veja como foi o 1º voo comercial da Virgin Galactic Enquanto viajar ao espaço ainda é privilégio de poucos, muitos fãs dessas missões têm comparecido aos locais de lançamento para assistir às decolagens ao vivo. E também precisam pagar pela visita. A Nasa oferece pacotes para ver lançamentos de foguete no Cabo Canaveral, região da Flórida onde a maioria das naves dos EUA é lançada. Os eventos previstos aparecem neste site: https://www.kennedyspacecenter.com/launches-and-events. Biolionário Jared Isaacman olhando para a Terra através do domo da cápsula da SpaceX, na primeira missão a enviar apenas civis ao espaço, sem um astronauta profissional, em 2021 Redes sociais/Inspiration4 ASSISTA: foguete de missão não tripulada da Space X consegue pousar de volta na plataforma de lançamento Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento ASSISTA: foguete de missão não tripulada da Space X consegue pousar de volta na plataforma de lançamento Tripulação da SpaceX se emociona ao ver Terra do espaço com a trilha de '2001'

G1

Thu, 24 Oct 2024 04:30:17 -0000 -